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Tdah Informações Gerais
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Introdução
Cabe ressaltar que embora a letra “H” já tenha sido incorporada à sigla TDAH, o
transtorno do déficit de atenção não é necessariamente acompanhado por hiperatividade.
Inclusive, existem diferentes manifestações dos seus componentes, podendo ser
predominantemente hiperativo ou desatento. E, também, os sintomas podem surgir de
forma isolada ou combinada.
Ainda para Caliman (2009), o TDAH hoje se sustenta em torno de duas premissas
principais: (1) cálculos de risco (uma vez que a pessoa com essa condição é considerada
como mais predisposta a causar acidentes, ou seja, aquilo que seria acidental e sem
controle, como são as colisões, são explicadas pelo comportamento desatento – no limite,
a pessoa com TDAH é um risco/perigo) e (2) causa biológica e evidência visual (as
explicações neuroquímicas e os exames de imagem ratificam a existência do transtorno,
ainda que a autora aponte para a falibilidade desses procedimentos).
Porém, é preciso deixar claro que não é nossa intenção questionar as diferentes
concepções acerca do transtorno, ou mesmo chegar a um consenso, inclusive em relação
à medicação (prioritariamente o Metilfenidato) que é utilizada para a minimização dos
sintomas e que também é cercada por controvérsias (se realmente funciona, se é a melhor
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A década do cérebro diz respeito ao período no qual foram percebidos grandes avanços científicos em
relação à compreensão do funcionamento cerebral. Tal sensibilidade influenciou consideravelmente a
atribuição de diagnósticos e a intervenção dos casos patológicos.
opção de tratamento e os efeitos colaterais que pode causar) (BRZOZOWSKI E DIEH,
2013; SILVA et al, 2012).
Diagnóstico
O manual mais atual (DSM-5) ainda traz a opção de que o TDAH seja
categorizado como “Remissão Parcial”, nos casos em que houve diagnóstico pleno de
TDAH anteriormente (isto é, de acordo com todos os critérios), porém com um menor
número de sintomas atuais (ABDA, 2017). Além disso, a quinta edição traz a
possibilidade de o TDAH ser subdividido em Leve, Moderado e Grave, tomando por base
o grau de comprometimento que os sintomas causam na vida do sujeito.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE – DSM-V
A 1. Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção (duração mínima de 6 meses):
d) com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas
domésticas ou deveres profissionais;
A2. Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade (duração mínima de 6
meses):
e) está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age com se estivesse "a todo vapor";
C Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos
(escola, trabalho e em casa, por exemplo).
Referências
JOFFE, V. Um dia na vida de um adulto com TDAH, Editora Lemos, São Paulo, 2005.
MATTOS, P.; PALMINI, A.; SALGADO, C. A.; SEGENREICH, D.; GREVET, E.;
OLIVEIRA, I. R.; ROHDE, L. A.; ROMANO, M.; LOUZÃ, M.; ABREU, P. B.; LIMA,
P. P. Painel brasileiro de especialistas sobre diagnóstico do transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH) em adultos. Rev Psiquiatr RS jan/abr 2006;28(1):50-60.