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A Introdução Da Metralhadora Na 1 Guerra Mundial
A Introdução Da Metralhadora Na 1 Guerra Mundial
A Introdução Da Metralhadora Na 1 Guerra Mundial
DIRECÇÃO DE ENSINO
CURSO DE INFANTARIA
Resumo
i
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Abstract
The present work of applied investigation has for objective to analyse the
“introduction of the machine gun in the First World War: implications in the tactics,
techniques and procedures of the infantry units in the C.E.P.” We also wanted to describe
the changes that emerged in the infantry units of the C.E.P., relatively to their tactics,
techniques and procedures, during the Great War with the introduction of the machine gun in
the battlefield.
To limit this work we tried to narrow it in the space and time available. Within the
defined time bounds to the accomplishment of this work, we applied the historic method, by
having in view the time sequence, fundamental to the historic contextualization, and the
analyses of the conflict evolution in that period by using a synchronic and diachronic
perspective.
This work of applied investigation was made into four parts, which organization we
describe next. In the first we made a historical contextualization, where we verified the
background that was in the origin and the why of the arms race. In the second part we tried
to introduce the machine guns that equipped the C.E.P. in First World War, seeking to
mention also the weapons that were replaced. In the third part of this investigation, we
analysed the organization of the C.E.P. and of the German Army, as a comparison, giving
special importance to their infantry units, by making reference to the changes made to better
instate the machine gun in the forces and to deal with the new way of fighting. For last we
investigated which were the implications of the use of the machine gun in The Great War,
making reference to the need to change the way of fighting of the infantry units, and the
advantages and disadvantages of the increasing number of machine guns in the battlefield.
Key words: First World War, Tactics, Corpo Expedicionário Português, Infantry, Machine
Gun.
ii
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Agradecimentos
A minha mais sincera gratidão a todos aqueles que me ajudaram a percorrer este
longo caminho, assim como, aos que me auxiliaram na realização deste trabalho de
investigação aplicada, dispensando o seu tempo e paciência para o tornar um pouco melhor.
iii
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Índice
Resumo........................................................................................................................................ i
Abstract ....................................................................................................................................... ii
Siglas e Abreviaturas................................................................................................................viii
Introdução ................................................................................................................................... 1
Capítulo III – A Organização das Unidades de Infantaria nos Exércitos Português e Alemão
na Grande Guerra: uma comparação ...................................................................................... 19
Conclusões ............................................................................................................................... 37
Doc. 1: Relatório dos Trabalhos efectuados nesta Oficina nos mezes de Julho e Agosto,
Oficina de Espingardeiros, 1917, cx. nº 890, doc. nº 10 ...................................................... 48
Doc. 2: Relatório dos Trabalhos efectuados nesta Oficina nos mezes de Setembro e
Outubro, Oficina de Espingardeiros, 1917, cx. nº 890, doc. nº 10 ...................................... 49
Doc. 3: Relatório dos Trabalhos efectuados nesta Oficina nos mezes de Novembro e
Dezembro, Oficina de Espingardeiros, 1917, cx. nº 890, doc. nº 10 ................................... 50
Doc. 10: Handbook of the .303-In. Vickers Machine Gun, Nova Iorque, George U. Harvey
Publishing CO., Inc., 1917 .................................................................................................... 57
Doc. 11: ORDENANCE DEPARTEMENT U.S.A., Handbook of the Vickers Machine Gun,
Washington, Government Printing Office, 1917 ................................................................... 58
v
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Índice de Figuras
Figura 1 – Plano Defensivo Aliado, Sector Português, Flandres, França – 1918 .................. 59
Figura 2 – Sector Português, situação das nossas forças na manhã de 9 de Abril de 1918 . 60
Figura 3 – Formação de Coluna e Quadrado .......................................................................... 61
Figura 4 – Ordem de Batalha do Corpo de Exército Português .............................................. 62
Figura 5 – Metralhadora Lewis ................................................................................................. 63
Figura 6 – França 1917 – Escola de Metralhadoras Ligeiras (Lewis) ..................................... 63
Figura 7 – Campo de Instrução Central de Marthes – Instrução de tiro anti-aéreo com
Metralhadora Lewis .................................................................................................................. 63
Figura 8 – Apontador da Metralhadora Lewis do C.E.P. ......................................................... 63
Figura 9 – Diversas versões da Metralhadora Lewis .............................................................. 64
Figura 10 – Metralhadora Vickers ............................................................................................ 65
Figura 11 – Exposição das peças que compõem a Vickers .................................................... 65
Figura 12 – Campo de Instrução Central em Marthes - Instrução de tiro com metralhadoras
Vickers ...................................................................................................................................... 65
Figura 14 – Carro de Transporte da Metralhadora Vickers ..................................................... 66
Figura 13 – Metralhadora Maxim (1904) e Metralhadora Vickers (1915) ............................... 66
Figura 15 – Metralhadora Schwarzlose ................................................................................... 66
Figura 16 – Metralhadora Nordenfelt ....................................................................................... 66
vi
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Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Índice de Quadros
Tabela 1 – Metralhadoras que equiparam o Exército Português (1906 - 1917) ..................... 67
vii
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Siglas e Abreviaturas
viii
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Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Introdução
1
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
1
Ordem do Exército nº14 de 1911, Alterações nas unidades das diversas armas e serviços para
cumprimento do disposto no decreto de 11 de Junho de 1911, p.995.
2
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
2
Mendes, 1987, p.143.
3
“Analisa os fenómenos ou processos em estudo, atendendo à constituição, ao desenvolvimento, à
formação e às consequências do fenómeno”. Sarmento, 2008, p.5.
4
Nas influências do meio sobre o homem pretendemos descrever as influências resultantes do meio
ambiente e dos vários acontecimentos que envolviam os homens participantes da acção. Mendes,
1987, pp. 147-150.
5
Nas transformações operadas pelo homem pretendemos descrever as influências resultantes da
conduta que o homem adopta ao agir sobre as coisas, o modo como se adapta ao ambiente ou o
adapta a si próprio. Godinho, Vitorino in Mendes, 1987, p. 150.
3
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Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
6
“Sincronia pressupõe investigação num determinado tempo curto, ou seja, transversal ou em corte”
Berkhofer in Mendes, 1987, p.161.
7
“Diacronia implica a investigação através – ou ao longo – de um tempo dado, isto é, longitudinal”
idem.
4
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Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
5
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
A situação política que originou a 1ª Guerra Mundial não foi instantânea, foi o
resultado de décadas de crise internacional com várias ameaças de guerra. Foi uma época
de vários confrontos diplomáticos, envolvendo as principais potências europeias da época,
como a França, a Alemanha, o Império Austro – Húngaro, a Rússia, a Inglaterra e a Itália 8.
A primeira aliança a surgir, na década que antecede o início do conflito, foi a Entente
Anglo – Francesa, que mais tarde se tornou na Tríplice Entente, com a entrada da Rússia
em 19079. Esta aliança veio mais tarde a ser a força opositora à Tripla Aliança, que incluía a
Alemanha, a Itália e a Áustria – Hungria, aliança esta que foi formada em 1882 e continuou
em efeito até 1915, dividindo assim o poder europeu em dois blocos contribuindo para o
início da 1ª Guerra Mundial10.
Os vários conflitos coloniais, principalmente em África, vieram também contribuir
para a instabilidade diplomática na Europa. Temos o caso da guerra Anglo – Boer de 1899 a
1902, as duas crises em Marrocos, a primeira em 1905 e a segunda em 1911 11, o caso
português do Mapa cor-de-rosa em 1886, que envolvia a Alemanha e a França, mas ia
contra as ambições de Inglaterra de ligar a cidade do Cabo à do Cairo 12, em suma, a partilha
de África pelas grandes potências europeias 13.
Para além, de toda esta situação, podemos isolar duas principais causas para o
desencadear da Grande Guerra, sendo elas a rivalidade entre a Áustria - Hungria e a Sérvia,
e a rivalidade com o Império Austro - Húngaro e a Rússia14.
A rivalidade entre a Áustria – Hungria e a Sérvia surgiu com as pretensões do
Império Austro – Húngaro expandir o seu território aos Balcãs, anexando a Bósnia e a
Herzegovina, o que acabou por conseguir em 190815. No entanto, a Sérvia demonstrou
descontentamento com esta iniciativa, uma vez, que também ela tinha planos de anexar
esses territórios, numa tentativa de criar uma “Grande Sérvia” 16. A Áustria – Hungria
absorveu estes territórios através da suposição de que a Rússia não iria tomar qualquer
8
Herrman, 1996, p. 3, tradução livre da responsabilidade do autor.
9
Torres, 1968, p. 329.
10
Idem.
11
O governo alemão tentou destabilizar o controlo de Marrocos por parte da França, fazendo
ameaças de que iria entrar em Guerra (Herrman, 1996, p. 37) Tradução livre da responsabilidade do
autor.
12
Torres, 1968, p. 310.
13
“Abolido o direito histórico, seguiu-se a partilha de África. Inglaterra, França, Alemanha e Itália
começaram a ocupar extensos territórios, ora pacificamente, por meio de tratados com os régulos
(chefes tribais), ora militarmente” (Torres, 1968, p. 309).
14
Torres, 1968, p. 330.
15
Herrman, 1996, p. 114, tradução livre da responsabilidade do autor.
16
Torres, 1968, p. 330.
6
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
iniciativa, devido aos sinais de “fraqueza” militar demonstrados pela mesma, que ainda não
tinha recuperado totalmente do confronto contra o Japão, de onde tinha saído derrotada 17.
Com esta anexação começou a prever-se uma futura guerra entre a Sérvia e a Áustria –
Hungria, aumentando assim o clima de tensão naquela região.
A rivalidade da Áustria – Hungria com a Rússia teve a mesma origem, porque assim
como o Império Austro – Húngaro desejava aumentar a sua influência nos Balcãs, também a
Rússia queria. Esta, através de espiões na Sérvia e nos outros Estados balcânicos,
instigava revoltas contra a Áustria-Hungria 18, uma vez que a sua capacidade militar estava
fragilizada em 1908 e a Rússia não se podia dar ao luxo de entrar numa Guerra
convencional19.
O pretexto da guerra surgiu deste ambiente, com o atentado de Sarajevo onde foram
assassinados o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do império Austro – Húngaro, e a
sua esposa por um estudante bósnio a 28 de Junho de 191420.
Deste acto resultaram os seguintes acontecimentos:
- A Áustria - Hungria enviou um ultimato à Sérvia, exigindo a dissolução das sociedades
secretas eslavas21 e um inquérito sobre o assassínio, com a colaboração de funcionários
austríacos;
- A Sérvia aceitou as propostas, mas negou o acesso às autoridades austríacas ao inquérito;
- A Áustria - Hungria declarou guerra à Sérvia e bombardeou a sua capital;
- A Rússia, para proteger a Sérvia e intimidar o Império Austro - Húngaro, iniciou a
mobilização das suas tropas, que com o receio de uma intervenção da Alemanha, acabou
por realizar uma mobilização geral;
- A Alemanha fez um ultimato à Rússia, para que esta cessasse os preparativos bélicos, e
outro à França, para informar qual a atitude que tomaria perante as acções da Rússia 22,
tendo a Alemanha acabado por declarar guerra à França e à Rússia após estas ignorarem
os ultimatos23,
- À luz da sua aliança com a Alemanha, a Áustria – Hungria declarou também guerra à
Rússia24.
É devido a esta sucessão de eventos que a 1ª Guerra Mundial acaba por ter início no
Verão de 1914, envolvendo as grandes potências europeias que acreditavam que o conflito
17
Herrman, 1996, p. 115, tradução livre da responsabilidade do autor.
18
Torres, 1968, pp. 330 e 331.
19
Herrman, 1996, pp. 117 – 121, tradução livre da responsabilidade do autor.
20
Torres, 1968, p. 330.
21
Investigações realizadas tinham demonstrado que o assassínio tinha sido orquestrado por uma
sociedade secreta, sob o comando de um Oficial Sérvio (Torres, 1968, pp. 330 e 331).
22
A França e a Rússia eram aliadas desde a formação da Tríplice Entente (Torres, 1968, p. 329).
23
Smith & Showalter, 2011, tradução livre da responsabilidade do autor.
24
Torres, 1968, p. 331.
7
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
seria resolvido numa questão de meses, o que acabou por não acontecer, tendo resultados
desastrosos para os diferentes países envolvidos.
25
Herrman, 1996, p. 3, tradução livre da responsabilidade do autor.
26
Idem.
27
Herrman, 1996, pp. 7 e 8, tradução livre da responsabilidade do autor.
8
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
28
Os políticos em Berlim não tinham qualquer intenção de iniciar uma guerra sobre tais territórios no
Norte de África (Herrman, 1996, p. 37) Tradução livre da responsabilidade do autor.
29
Este processo revelou a debilidade do Exército Russo, a falta de meios do Exército Britânico para
levar a cabo uma guerra continental e a vulnerabilidade dos Franceses enquanto os seus Aliados
eram incapazes de prestar auxílio (Herrman, 1996, pp. 37 e 40) Tradução livre da responsabilidade
do autor.
30
Torres, 1968, p. 329.
31
Herrman, 1996, p. 67, tradução livre da responsabilidade do autor.
32
Herrman, 1996, pp. 131 e 174, tradução livre da responsabilidade do autor.
33
Herrman, 1996, p. 175, tradução livre da responsabilidade do autor.
34
Triple Entente, 2008 (http://history.howstuffworks.com/world-war-i/triple-entente.htm), tradução livre
da responsabilidade do autor.
9
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Após a conquista dos territórios dos Balcãs em posse do Império Otomano, pela
aliança formada entre a Sérvia, a Bulgária e a Grécia, o ambiente nesta região da Europa
atingiu um pico de tensão diplomática entre a Alemanha e Áustria – Hungria e os restantes
Estados dos Balcãs, provocando uma aceleração na corrida ao armamento por parte das
grandes potências face a uma previsão de uma Guerra iminente 35. Esta Guerra foi
despoletada, como já foi referido, em 1914 com o assassinato do Arquiduque Francisco
Fernando por um nacionalista sérvio.
40
Marques, 2008 p. 18.
41
A sociedade portuguesa estava dividida, havia quem estivesse a favor da monarquia, a favor da
república, havia população a favor da entrada de Portugal na Grande Guerra, havia quem fosse
contra, também existia um conflito político-social dos políticos que eram pro-inglaterra e dos que eram
pro-alemanha (Marques, 2008, pp. 17 e 18).
42
Marques, 2008, p. 18.
43
Idem, p. 19.
44
Idem, p. 21.
45
Silva, A Entrada de Portugal na Grande Guerra, 2009
(http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=372).
11
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Nesta tentativa Portugal incorreu em várias acções como, o empréstimo das peças
de Artilharia a França, o envio do contingente militar português a acompanhar as peças de
Artilharia, a permissão de passagem a tropas inglesas na Rodésia pela Beira, a instalação
de uma base naval inglesa na Madeira e finalmente a apreensão dos vapores alemães 46, foi
esta última acção, como foi anteriormente descrito, que resultou na declaração de guerra a
Portugal pela Alemanha. A Alemanha justificou a sua declaração de guerra nas acções
conduzidas por Portugal, pois este, apesar da sua proclamada “neutralidade”, levou a cabo
várias iniciativas contra a Alemanha, que para além das acções descritas, ainda proibiu a
cedência de carvão aos vapores alemães, quebrou a neutralidade em águas territoriais,
incorreu na violação dos arquivos do Consulado Alemão em Moçambes, realizou
expedições militares em África contra os alemães, efectuou a prisão de oficiais e
funcionários alemães, e ofendeu e injuriou a Alemanha no Parlamento e na imprensa 47.
O plano português funcionou e Portugal entrou oficialmente na 1ªGuerra Mundial,
com a expectativa de uma guerra curta, o desejo de candidatar-se às indemnizações de
guerra e com a esperança de resolver problemas, internos e externos, do novo regime
português48.
46
Silva, A Entrada de Portugal na Grande Guerra, 2009
(http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=372).
47
Silva, A Entrada de Portugal na Grande Guerra, 2009
(http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=372).
48
Marques, 2008, pp. 19 e 20.
12
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
49
Ou seja, não necessitava de ser accionada à mão por uma manivela ou alavanca para executar tiro
automático. Utilizam os gases provenientes da explosão da pólvora para o funcionamento do
mecanismo da culatra (Macieira & Alves, 2007, pp. 1 - 16).
50
Payne, Evolution of the Machine-Gun, 2008 (http://www.westernfrontassociation.com/great-war-on-
land/weapons-equipment-uniform/183-evo-m-gun.html) Tradução livre da responsabilidade do autor.
51
Beça, 1922, p. 120.
52
Godinho, 1927, p. 248.
53
Beça, 1922, p. 121 e AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 890/doc nº 10, Oficina de Espingardeiro, 1917.
54
Ver Anexo B figura 10.
55
Ver Anexo B figura 5.
56
Ver Anexo B figura 15.
57
Herdade, 2001, pp. 27-34. Ver Anexo B figura 13.
58
Ver Anexo C tabela 1.
59
Payne, The story of the Lewis Machine-Gun,2008 (http://www.westernfrontassociation.com/great-
war-on-land/weapons-equipment-uniform/269-lewis-story-gun.html)Tradução livre da responsabilidade
do autor.
13
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
reduzido, numa altura em que se assistia a uma corrida ao armamento por toda a Europa e
a situação política e económica em Portugal já tinham visto melhores dias 60.
60
Marques, 2008, p.19.
61
Ver Anexo B figura 8.
62
Ver Anexo B figura 9.
14
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
viriam a aumentar com o decorrer da Guerra, não só no Exército Português como também
em todos os exércitos que participaram na Grande Guerra63.
63
Payne, The story of the Lewis Light Machine gun, 2008
(http://www.westernfrontassociation.com/great-war-on-land/weapons-equipment-uniform/269-lewis-
story-gun.html) Tradução livre da responsabilidade do autor.
64
Ver Anexo B figura 12.
65
Beça, 1922, p. 121.
66
Idem.
67
Ver Anexo B figura 11 e 14.
15
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
devido à sua eficácia no campo de batalha conseguiu o feito de estar presente em vários
conflitos até 1967, estando 55 anos ao serviço de forças armadas68.
68
Roy, British Weapons – The .303’’ Vickers Machine Gun (Part 1 & 2), 2008
(http://www.westernfrontassociation.com/great-war-on-land/weapons-equipment-uniform/807-vickers-
machine-gun.html) Tradução livre da responsabilidade do autor.
69
Ver Anexo B figura 13.
70
The Machine Gun 1718 – 1914, 2002 (http://www.bbc.co.uk/dna/h2g2/A876855) Tradução livre da
responsabilidade do autor.
71
Telo & Álvares, 2004, p. 96.
72
Telo & Álvares, 2004, p. 97.
73
Telo & Álvares, 2004, p. 98.
16
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
mobilidade das unidades. O seu alcance máximo era inferior ao da Vickers, permitindo
executar tiro só até aos 2500 m, menos 200 m que a sua sucessora74.
Apesar de esta arma não apresentar muitos defeitos acabou por ser substituída no
exército português pela Vickers, a sua sucessora, a quando da partida do C.E.P. para
França, como forma de uniformizar o equipamento utilizado com o exército britânico, referido
anteriormente.
74
Telo & Álvares, 2004, p. 95.
75
Ver Anexo B figura 15.
76
Hogg & Weeks, 1977, p. 8, tradução livre da responsabilidade do autor.
77
Hogg & Weeks, 1977, p. 8, tradução livre da responsabilidade do autor.
17
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
da Grande Guerra, sendo substituída por versões mais fiáveis, mais leves e com maior
cadência de tiro, de fabricantes rivais.
18
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
78
“É um ataque mais profundo que obriga o adversário a combater noutra direcção” (EPI, 2004, p.
35).
79
“É conduzido de forma a atacar as forças adversárias de flanco ou pela retaguarda numa
profundidade relativamente pequena” (Idem).
80
Beça, 1922, pp. 153 e 154.
81
Ordens do Exército nº 14 de 1911, p. 995 e 16 de 1911, p. 803.
82
Ordem do Exército nº 14 de 1911, p. 995.
83
Ver Anexo B figura 4.
84
Marques, 2008, p.31.
85
Nos exércitos: inglês, francês e português (Beça, 1922, p. 162).
19
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
a quatro Batalhões, em analogia com a organização inglesa 86. Era, portanto, a Brigada a
maior unidade táctica, base da defesa do sector, ficando-lhe agregados todos os elementos
de combate existentes no respectivo sector87. Esses elementos eram as baterias de
metralhadoras pesadas, as baterias de Artilharia de campanha, as baterias de morteiros
pesados e as baterias de morteiros médios88.
O sector português na Flandres estendia-se ao longo de 10 km, aproximadamente,
guarnecida por duas Divisões do Corpo, cujos Quartéis Generais se estabeleciam nas
povoações de Lestrem e Gorgue89. Delimitado em parte pelo canal de La Lys, a Norte, e
pelo canal de La Basse, a Sul, o sector português era assinalado na sua frente pela linha de
trincheiras avançadas, que se estendiam desde New Bond Street, a Norte, até Schtland
Road, a Sul de Quinque Ruc90. Os sectores atribuídos a cada Brigada eram então
subdivididos em dois subsectores, cada um guarnecido por um Batalhão.
A distribuição das forças do C.E.P. pelos seus sectores implicava em cada Divisão o
dispositivo de duas Brigadas em 1ª linha, ficando as restantes Brigadas na 2ª linha,
evidenciando-se a falta de uma 3ª linha que constituísse uma reserva geral do Corpo. Com a
adopção de um dispositivo de combate em que quatro Brigadas deviam desenvolver na
frente, constituindo a 1ª linha, ficando as duas restantes à retaguarda na 2ª linha, como
reservas parciais de Divisão, era necessário uma 3ª linha, como reserva de Corpo ou
reserva geral, para o dispositivo ficar completo, em harmonia com os princípios tácticos
correntes.
A deslocação das duas Brigadas (reservas divisionárias) para constituírem-se como
reserva de Corpo, como se sucedeu mais tarde no conflito, deixou subsistir a deficiência do
dispositivo91.
86
Idem.
87
Freiria in Beça, 1922, p. 162.
88
Idem.
89
Ver Anexo B figura 1 e 2.
90
Beça, 1922, p. 163. Ver Anexo B figura 1 e 2.
91
Beça, 1922, pp.161 – 163. Ver Anexo B figura 4.
20
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Todavia neste tipo de combate a unidade que ganhou mais importância foram os
Regimentos de Infantaria, devido à resultante da variedade de elementos auxiliares que se
lhe agregaram, servidos por tropas da própria arma, o que lhe proporcionou os meios
adequados para tornar poderosa e eficaz a sua acção, quer na guerra de trincheiras, quer
na luta em campo aberto92.
Houve várias modificações na constituição do exército alemão, resultado da
experiência acumulada ao longo da Grande Guerra, sendo em 1916 a composição de um
Regimento de Infantaria, a seguinte: 3 Batalhões a 4 Companhias de fuzileiros-granadeiros;
3 Companhias de metralhadoras; 3 Companhias de lança-granadas, a 4 Secções de duas
bocas de fogo; 1 Companhia de lança-minas ligeiras, a 3 Secções de duas bocas de fogo
(morteiros de trincheira); 1 Companhia de canhões de Infantaria, a 2 Secções de duas
bocas de fogo; 1 Secção de sapadores do parque regimental; unidades especiais de lança-
chamas e lança-gases asfixiantes, servidas por tropas do Regimento93.
No decorrer da guerra foram ainda introduzidas algumas modificações na
constituição orgânica do Regimento. Os Batalhões passaram a ter 5 Companhias, sendo
uma de metralhadoras pesadas (4 Secções de três armas), a cada uma das restantes
companhias eram distribuídas 16 metralhadoras ligeiras.
Deste modo podemos verificar que, além das metralhadoras e das espingardas semi-
automáticas, a acção da Infantaria no campo de batalha era poderosamente aumentada
com novos instrumentos de combate, que passaram a fazer parte integrante dos
Regimentos de Infantaria 94.
92
Beça, 1922, p. 154.
93
Foley, 2003, p. 240; The Times, 2003, p. 155; Beça, 1922, p. 154.
94
Beça, 1922, pp. 154 e 155.
21
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
através dos números dos meios empregues, da qualidade do equipamento e nas tácticas
empregues.
22
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
95
FM 23-14, 1994, Apêndice E.
96
Godinho, 1927, p. 254.
97
Soloview (Capitão do Exército Russo na guerra russo-japonesa em 1904) in Godinho, 1927, p. 257.
98
Monteiro in Livro de Ouro da Infantaria, 1920, p. 31.
23
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
99
Monteiro in Livro de Ouro da Infantaria, 1920, p. 32.
100
Godinho, 1927, p. 315.
101
Magno, 1921, p. 115.
102
No caso das metralhadoras ligeiras, nas metralhadoras pesadas, muitas vezes, era utilizado o tiro
contínuo, uma vez que o tiro era geralmente efectuado a partir das médias distâncias (a partir dos
1000m) através do tiro indirecto (Silva, 1920, p. 9; Godinho, 1927, p. 314).
103
A título de exemplo temos as povoações, estradas, pontes e desfiladeiros (Silva, 1920, pp. 12 e
13).
24
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
104
Considerando a pequena distância correspondente às 800 jardas, cerca de 730m (Silva, 1920, p.
9).
105
“O seu efeito pode ser comparado ao de uma descarga de um pelotão de Infantaria sobre um
homem isolado” (Silva, 1920, p. 11).
106
Granadas que expelem pequenos fragmentos em todas as direcções causando enormes baixas
em formações de Infantaria a descoberto, no entanto, os seus fragmentos são detidos por obstáculos
ligeiros (Idem).
107
Ver Anexo B figura 7.
25
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
108
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos defesa e Documentos
Anexos, 1917.
109
Payne, Evolution of the Machine-Gun, 2008 (http://www.westernfrontassociation.com/great-war-on-
land/weapons-equipment-uniform/183-evo-m-gun.html) Tradução livre da responsabilidade do autor.
110
Silva, 1920, p. 14.
26
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
111
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos defesa e Documentos
Anexos, 1917. Ver Anexo B figura 9.
112
Silva, 1920, pp. 7 – 17.
113
Soloview in Godinho, 1927, p. 257.
114
Silva, 1920, pp. 15 e 16.
27
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
115
Godinho, 1927, p. 254.
116
“Desalojar o adversário das suas posições, ocupando e conservando o terreno conquistado”
(Godinho, 1927, p. 254).
117
Godinho, 1927, p. 255.
118
Magno, 1921, p. 261 – 264.
119
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Instruções para a preparação de uma Divisão para a
Ofensiva, 1917. Ver Anexo B figura 6 e 12.
28
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
120
Exploradores, observadores, vigias, sinaleiros e maqueiros (AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9,
Instruções para a preparação de uma Divisão para a Ofensiva, 1917).
121
Ver Anexo B figura 6, 7 e 12.
122
Cortina de fogo destinada a impedir o assalto inimigo ou a facilitar o assalto das próprias tropas à
posição inimiga (AA. VV. Dicionário da Língua Portuguesa, 2010).
123
Silva, 1927, p. 14.
124
Objectivos da Artilharia envolviam: trabalhadores e tropas de reabastecimento; trincheiras de
comunicação, estradas, caminhos; bombardeamento de estações de caminho de ferro, depósitos de
munições e locais de estacionamento (AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Instruções para a
preparação de uma Divisão para a Ofensiva, 1917).
125
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Instruções para a preparação de uma Divisão para a
Ofensiva, 1917.
29
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
menos entre cada vaga. A unidade mais pequena utilizada em um assalto era o Pelotão,
organizado e instruído como uma unidade independente126, havendo a possibilidade de ser
acompanhado por uma ou duas metralhadoras.
Após o assalto, dava-se a consolidação, que consistia em formar uma linha
avançada ligada por pequenos postos, cada um composto por um Sargento, cerca de 6
homens e uma metralhadora, uma vez que era a maneira mais eficaz e económica de o
fazer. Os postos deveriam ser intercalados entre 150 a 200 metros ao longo da frente,
ocupando, em geral, crateras que eram rapidamente convertidas em curtas trincheiras de
combate.
Quando o sucesso era alcançado, a sua exploração era executada por pequenas
patrulhas que manobravam velozmente à frente da linha avançada, sendo protegidas por
grupos de metralhadoras ligeiras que estavam preparadas para cobrir a retirada das
patrulhas e ocupar o terreno já conquistado.
Na utilização das metralhadoras havia diferenciação quanto ao emprego das
metralhadoras pesadas e ligeiras. As metralhadoras pesadas eram utilizadas no ataque para
executar as seguintes missões: cobrir com o seu fogo o avanço da Infantaria, cobrir a
retirada da Infantaria em caso de insucesso do ataque, preencher os intervalos que se
produziam na linha de ataque, apoiar a consolidação da posição e repelir contra-ataques.
Nesta arma era ao Oficial que competia os trabalhos de preparação e organização
indispensáveis ao bom emprego da arma, e a fiscalização da forma como era empregue a
metralhadora, tendo em atenção a substituição do pessoal pelas reservas da Brigada.
Relativamente às metralhadoras ligeiras, estas eram empregues em três situações distintas:
antes, durante e depois do assalto. Antes do assalto eram empregues para destruir as
metralhadoras inimigas, para isso avançavam pela “terra de ninguém”127 à noite ou a coberto
do nevoeiro, tomando posição numa cratera de granada tão perto quanto possível da
trincheira adversária. As metralhadoras só rompiam fogo à hora do início do ataque e só
cessavam fogo quando a Infantaria se aproximava perigosamente da posição através do
seu avanço, nestes casos deveriam aguardar no local e só avançavam após a trincheira
adversária ter sido ocupada, para seguirem as colunas de assalto. Durante o assalto, as
metralhadoras ligeiras também poderiam avançar para as trincheiras adversárias com o
resto da Infantaria, de forma a apoiar os granadeiros caso surgissem trincheiras de
comunicação extensas, ou então, caso o Comandante de Batalhão assim o determinasse,
algumas destas armas das Companhias de reserva poderiam ser utilizadas para
preencherem os intervalos nas linhas de assalto. Depois do assalto a metralhadora Lewis
126
Pressuponha que na sua orgânica estivesse presente uma determinada proporção de atiradores,
granadeiros de espingarda, granadeiros, municiadores e estafetas (AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº
9, Instruções para a preparação de uma Divisão para a Ofensiva, 1917).
127
Terreno compreendido pelas trincheiras opostas de cada adversário (AHM/Div. 1/Sec. 35/cx.
511/doc nº 9, Instruções para a preparação de uma Divisão para a Ofensiva, 1917).
30
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
era utilizada para três fins: para a linha de postos avançados, referida anteriormente, para
repelir patrulhas inimigas que procurassem explorar o seu sucesso e para guarnecer a linha
que estava a ser consolidada, de forma a reduzir o efectivo da guarnição nos postos da linha
avançada128.
O sucesso das operações ofensivas dependia em larga escala da aptidão dos
pequenos grupos para a luta, com missões bem definidas e convenientemente instruídos
para as suas diferentes missões particulares129.
128
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Instruções para a preparação de uma Divisão para a
Ofensiva, 1917.
129
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Instruções para a preparação de uma Divisão para a
Ofensiva, 1917.
130
Magno, 1921, p. 113.
131
Ver Anexo B figura 1.
132
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos de Defesa e
Documentos Anexos, 1917.
133
Eram dispostas em profundidade a fim de estorvarem e demorarem a marcha do inimigo
(AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos de Defesa e Documentos
Anexos, 1917).
134
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos de Defesa e
Documentos Anexos, 1917.
31
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
135
Magno, 1921, p. 109.
136
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos de Defesa e
Documentos Anexos, 1917.
137
Magno, 1921, p. 109.
138
São posições à retaguarda da posição principal que são ocupadas quando a posição principal fica
comprometida e não é possível cumprir a missão atribuída a partir daquela posição (FM 3-90, 2001,
p.219).
139
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos de Defesa e
Documentos Anexos, 1917.
140
São acidentes de terreno naturais ou resultantes da acção do homem que impendem, restringem
ou fazem desviar os movimentos de forças militares (IPB, 2003, p. 23).
141
AHM/Div. 1/Sec. 35/cx. 511/doc nº 9, Q.G.C. – Missão Portuguesa: Planos de Defesa e
Documentos Anexos, 1917.
32
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
unidades em 1ª linha, caso fosse necessário, a impedir o avanço inimigo caso este
conseguisse penetrar no nosso dispositivo defensivo ou a apoiar possíveis contra-ataques
por parte do C.E.P.
142
Ver Anexo B figura 16.
143
Telo, 2004, p. 21.
144
Ornelas in Telo, 2004, p. 29.
145
Instruções da coluna de Chicomo, Mergulhão in Telo, 2004, p. 29.
146
Telo, 2004, p. 29. Ver Anexo B figura 3.
147
Telo, 2004, p. 30.
148
Idem, ver Anexo B figura 3.
33
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
uma linha de atiradores, que também se podia mandar avançar se o inimigo começasse a
retirar.
A coluna era sempre precedida por equipas de reconhecimento compostas por
cavalaria ou auxiliares149, estas equipas actuavam como guarda avançada e guarda da
retaguarda distanciadas entre 20 a 60m da coluna principal, existiam ainda, a uma distância
de 100 a 200m à volta de toda a coluna piquetes de cavalaria e a 100 a 200m dos cavaleiros
seguiam grupos de auxiliares. Tudo isto para que, em caso de ataque inimigo, a coluna
tivesse tempo suficiente para formar o dispositivo em segurança, uma vez que o terreno
nem sempre se apresentava com boas condições de visibilidade.
A força que constituía cada unidade tinha reduzida mobilidade, devido ao forte calor
sentido em África. Em regra a marcha iniciava-se com o nascer do sol, entre as 4 e as 5
horas da manhã, e cessava perto do meio-dia, hora de calor mais intenso, montava-se então
o acampamento para se passar a noite. Marchava-se cerca de 7 a 8 horas por dia com
várias paragens150, o que podia significar cerca de 10 a 30 km por dia, dependendo do
terreno, os pequenos altos eram realizados a cada 2 horas podendo ser realizado um
grande alto entre 1 a 2 horas.
Cada coluna era empenhada em cerca de 5 a 6 dias de campanha, tendo uma
autonomia de cerca de 30 a 60 km a partir do último posto de abastecimentos, no entanto
uma distância de 50 km era pouca, tendo em conta a extensão dos territórios das colónias
africanas, por isso eram criados sucessivos postos de abastecimento de forma a aumentar a
capacidade de projecção das forças. Os mantimentos eram geralmente carregados em
carros de tracção animal à retaguarda da coluna guardados por unidades de cavalaria,
enquanto as munições para as diversas armas iam integradas na coluna.
Os acampamentos eram montados num ponto alto, em forma de quadrado, que
conferissem um campo de tiro de cerca de 300 m e com água potável por perto. Dentro do
acampamento montava-se um curral para guardar o gado, as tendas, cantinas móveis para
o rancho e à sua volta, sempre que possível, uma vedação com arame em estacas e uma
pequena trincheira para abrigo. O dispositivo defensivo, para além disto, dispunha-se com a
Infantaria a formar as faces, a Artilharia nos vértices e o comando, engenharia, cavalaria e
trem de combate ao centro. A vigilância do acampamento era intensa, uma vez que o
inimigo preferia atacar a coberto da noite e de surpresa, em regra pouco antes de o sol
nascer151. Para reduzir a probabilidade de sucesso do adversário eram montadas fogueiras
ou lanternas em estacas a 50 a 100 m das várias faces. Por vezes, também se montavam
149
Auxiliares eram o termo utilizado para os guerreiros nativos que cooperavam com o Exército
Português (Telo, 2004, p. 30).
150
Denominados pequenos ou grandes “altos”, os pequenos altos consistiam em paragens de cerca
de 10 a 15 min, os grandes altos no máximo duravam 24 horas e implicava que os atiradores
montassem um dispositivo de segurança elaborado (Telo, 2004, p. 31).
151
Telo, 2004, p. 32.
34
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Como podemos verificar o emprego das unidades de Infantaria era bastante distinto
nas duas épocas, especialmente por o teatro de operações ser bastante diferente assim
como o adversário. Em 1895 o emprego da metralhadora, apesar de vantajoso, não assumia
relevância nas formações das unidades, no entanto e pelo contrário, isso já não se vem a
verificar na 1ª Guerra Mundial onde o emprego da metralhadora ganhou uma importância
exponencial em relação às campanhas em África.
A metralhadora não é uma arma perfeita, contudo foi uma arma que começou a
ganhar importância nas campanhas coloniais e mostrou-se extremamente importante para
qualquer unidade de Infantaria na Grande Guerra revelando-se “uma arma de oportunidade,
particularmente apta para o fogo de surpresa, mas menos apta para uma prolongada acção
152
Idem.
153
Mínimo de 120 munições, das quais 60 ou 80 nas cartucheiras (Telo, 2004, p. 33).
154
Telo, 2004, pp. 29 – 35.
35
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
155
Silva, 1920, p. 16.
156
“Whether or not you've ever held a machine gun or even seen one, this powerful device has had a
profound effect on your life. Machine guns have had a hand in dissolving nations, repressing
revolutions, overthrowing governments and ending wars. In no uncertain terms, the machine gun is
one of the most important military developments in the history of man”; Watson & Harris, How Machine
Guns Work, 2001 (http://science.howstuffworks.com/machine-gun9.htm) Tradução livre da
responsabilidade do autor.
36
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Conclusões
38
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
estado o abastecimento de munições tornava-se impossível. Por outro lado temos também o
avanço tecnológico presente nas novas armas, que se apresentaram como argumentos
válidos para a sua incorporação nas unidades do C.E.P.
Com a análise das alterações na organização das unidades de Infantaria equipadas
com metralhadoras no Exército Português, verificámos igualmente a terceira hipótese, onde
se confirmou que com a reestruturação de 1911, as unidades equipadas com metralhadoras
passaram a um escalão inferior, permitindo uma maior flexibilidade e concentração de
meios.
O número de metralhadoras foi aumentando com o decorrer da Grande Guerra, nos
diversos exércitos, causando alterações na orgânica inicial das unidades militares das
diferentes forças em conflito. Estas alterações também foram fruto da vasta experiência que
se foi acumulando com o decorrer do conflito, de forma a retirar o maior proveito do
conhecimento adquirido. Em suma verificámos que as alterações realizadas, em ambos os
exércitos analisados, foram semelhantes, uma vez que as principais diferenças eram nos
meios empregues nas unidades, nas quantidades disponíveis e na forma de organizar o
dispositivo de combate. Até a forma de actuar das várias unidades era semelhante,
conforme verificámos nos vários testemunhos da época, ou seja, conforme um dos
adversários desenvolvia uma nova técnica, após a observação da mesma, o outro lado tinha
tendência a adaptar a mesma técnica ao seu exército, logo a vantagem nas batalhas era
adquirida através dos números empregues dos diferentes meios, da qualidade do
equipamento e da capacidade de estar sempre a inovar as técnicas de combate.
Ao estudarmos as vantagens da utilização da metralhadora nas unidades de
Infantaria do C.E.P., verificámos a quarta hipótese, designadamente a confirmação de que
com a utilização da metralhadora as unidades referidas ganharam uma maior cadência de
tiro empregando um menor número de homens e uma arma indispensável para se adquirir o
sucesso em todos os tipos de operações. Esta pesquisa foi elaborada com base no
planeamento do C.E.P. para o confronto na Flandres e em vários testemunhos de oficiais
que relataram a sua vivência na 1ª Guerra Mundial. Nestes documentos estava descrito as
vantagens, desvantagens, modo de actuar na ofensiva e modo de actuar na defensiva.
Apesar das suas inúmeras vantagens, a metralhadora não se apresenta como uma
arma perfeita, contudo foi uma arma que começou a ganhar relevância desde a sua
invenção até aos dias de hoje, revelando-se extremamente útil durante o decorrer da
Grande Guerra. Com a pesquisa efectuada sobre as vantagens deparámo-nos também com
as desvantagens acarretadas por esta arma, como o seu elevado consumo de munições,
aliada com as dificuldades da logística de, por vezes, não conseguir manter um fluxo
contínuo das mesmas, o elevado desgaste das peças e a fragilidade de algumas peças em
ambientes mais adversos.
39
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
As razões para não estudarmos de forma mais profunda este domínio, relevando
todos os pormenores relativamente à aplicação da metralhadora na Grande Guerra,
resultam de algumas limitações inferidas à nossa investigação. Verificou-se a falta de
informação detalhada sobre a organização do Corpo Expedicionário Português, mais
propriamente em relação às pequenas unidades, como as companhias e os Pelotões. Foi,
no entanto, encontrada no AHM, grande quantidade de informação sobre os escalões
Divisão, Regimento e Brigada do exército português. Uma possível consulta de arquivos
ingleses e alemães especializados, onde se poderá encontrar eventualmente
documentações sobre o tema, certamente poderiam enriquecer o trabalho, mas a
concretização de tal consulta torna-se difícil, por razões logísticas e limitações que se
prendem com as dimensões do trabalho de investigação aplicada e os prazos para a sua
conclusão. Uma investigação futura poderá aprimorar esta investigação que aborda a
história militar portuguesa.
Verificámos, que com a introdução da metralhadora na 1ª Guerra Mundial houve
várias alterações nas tácticas, técnicas e procedimentos das unidades de Infantaria do
Corpo Expedicionário Português. Foi neste âmbito que no C.E.P., as formas de agir das
suas unidades de Infantaria, foram alteradas, o armamento foi substituído e a orgânica das
unidades que estavam equipadas com metralhadoras modificou-se de forma a adaptar-se à
organização dos exércitos dos aliados de Portugal. Estas inovações permitiram verificar as
potencialidades da metralhadora no moderno campo de batalha.
Quer já se tenha visto ou pegado numa metralhadora, ou não, este poderoso
dispositivo teve um profundo efeito nas nossas vidas. Esta arma já foi implicada na
dissolução de nações, na repressão de revoluções, no derrube de governos e no término de
guerras. Em termos inequívocos, a metralhadora é um dos desenvolvimentos militares mais
importantes na história do homem157.
157
Watson & Harris, How Machine Guns Work 2001 (http://science.howstuffworks.com/machine-
gun9.htm) Tradução livre da responsabilidade do autor.
40
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Fontes e Bibliografia
Fontes Primárias
1.Fontes Manuscritas
Relatório dos Trabalhos efectuados nesta Oficina nos mezes de Julho e Agosto, Oficina de
Espingardeiros, 1917, cx. nº 890, doc. nº 10
Relatório dos Trabalhos efectuados nesta Oficina nos mezes de Setembro e Outubro,
Oficina de Espingardeiros, 1917, cx. nº 890, doc. nº 10
Relatório dos Trabalhos efectuados nesta Oficina nos mezes de Novembro e Dezembro,
Oficina de Espingardeiros, 1917, cx. nº 890, doc. nº 10
2.Fontes Impressas
1ª DIVISÃO / 2ª SECÇÃO:
Plano de defeza do sector do centro do XIº Corpo, guarnecido por esta Divisão, 1917, cx. nº
511, doc nº 9
41
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BEÇA, General Adriano, Lições da Grande Guerra, Lisboa, Tipografia da Empresa Diário de
Notícias, 1922.
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MAGNO, Capitão David, Livro da Guerra Vol. I e Vol II, Porto, Companhia Portuguesa
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SILVA, Tenente Nunes da, Manual da Metralhadora “Vickers” Vol. II, Secretaria da Guerra,
1920.
Sector Português, situação das nossas forças na manhã de 9 de Abril de 1918 (Magno,
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42
A Introdução da Metralhadora na 1ª Guerra Mundial:
Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
Gravuras:
Formação de Coluna e Quadrado (Telo, 2004, p. 34).
Metralhadora Maxim (1904) e Metralhadora Vickers (1915) (Hogg & Weeks, 1977, p. 205).
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Implicações nas Tácticas, Técnicas e Procedimentos das Unidades de Infantaria do Corpo Expedicionário Português
1.Teoria e Método
ECO, Humberto, Como se faz uma Tese, Lisboa, Editoral Presença, 2007.
2. Enciclopédias e Dicionários
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DRURY, Ian (Ed.), The Times, A História da Guerra (J. Boléo, A. Mendes e A. Marcelo,
Trad.), Lisboa, A Esfera dos Livros, 2006.
FOLEY, Robert T., Alfred von Schlieffen’s Military Writings, Londres, Frank Cass, 2003.
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Anexo B – Figuras
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Figura 2 – Sector Português, situação das nossas forças na manhã de 9 de Abril de 1918
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