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Toxicologia UFRJ - 2
Toxicologia UFRJ - 2
Toxicologia UFRJ - 2
Quadro Clínico:
Complicações locais
Complicações sistêmicas
A evolução para quadro séptico pode ocorrer nos pacientes que apresentaram
infecção secundária e não foram tratados adequadamente.
Acidente Crotálico:
Ação do veneno
As principais atividades do veneno são:
4. Quadro Clínico
O quadro local é discreto, podendo ser observado leve edema. Alguns pacientes
referem sensação de parestesia na região da picada.
Complicações
Complicação Local
Complicação Sistêmica
Insuficiência renal aguda (IRA) é uma complicação que pode ocorrer. Instala-
se, na maioria das vezes, nas primeiras 48 horas, sendo a necrose tubular
aguda, a lesão usualmente observada. Está associada à rabdomiólise e
eventual efeito direto do veneno.
Escorpionismo:
Quadro Clínico
Alterações Locais
Alterações Sistêmicas
Prognóstico
Exames complementares
Específico
Geral
Nos casos onde há dor intensa, utilizar infiltração local de anestésico, do tipo
lidocaína 2%, sem vasoconstritor, até o máximo de 4mL por aplicação, nos
adultos, que poderá ser repetida até um total de 3 vezes, a intervalos de uma
hora, dependendo da intensidade da dor. Em crianças deverá ser respeitada a
dose máxima por dose. Entretanto, ocasionalmente, pode ser necessário
associar analgésicos opióides.
Nos casos em que a dor tem menor intensidade apenas analgésicos orais (ou
sistêmicos) e compressas quentes no local podem controlar a dor.
Primeiros socorros
Prevenção
Tratamento Tratamento
Classificação Manifestações Clínicas
Inespecífico Específico
Observação
clínica
Leve Dor, eritema, sudorese, piloereção -
Anestésico local
e/ou analgésico
Quadro local e uma ou mais manifestações Internação 2-3 ampolas de
Moderado
como: náuseas, vômitos, sudorese e hospitalar SAAr ou SAEs
sialorréia discretas, agitação, taquipnéia e Anestésico local
taquicardia e/ou analgésico
Além das manifestações acima: vômitos
profusos e incoercíveis, sudorese e Internação em
4-6 ampolas de
sialorréia intensa, prostração, convulsão, Unidade de
SAAr ou SAEs
coma, bradicardia, insuficiência cardíaca, Terapia Intensiva
edema agudo de pulmão, choque
Anamnese:
I - Anamnese
• WHO – QUEM?
Primeiramente, deve-se identificar o paciente, incluindo sexo, idade, peso,
patologias de base (cardíaca, pulmonar, hepática, renal, neurológica,
psiquiátrica ou hematológica), passado de atopia, história de casos anteriores
ou história familiar de tentativa de suicídio, onde esteve e com quem,
medicação habitual (de uso do paciente, parentes e amigos), uso de
medicamentos sem receituário, uso de suplementos herbáceos/dietéticos ou
remédios caseiros. Devem ser incluídos questionamentos a respeito das
atividades ocupacionais atuais e passadas (focalizando-se em substâncias
químicas como metais e gases) e hobby. No caso de pacientes do sexo
feminino, em idade fértil, recomenda-se realizar sempre o diagnóstico de
gravidez, pois uma gravidez indesejável é causa freqüente de tentativas de
suicídio em adolescentes.
• WHAT – O QUÊ?
Estabelecer qual foi o produto envolvido (medicamento; droga de abuso;
agrotóxico de uso agrícola, doméstico ou veterinário; raticida; produto
domissanitário, entre outros) bem como a sua apresentação (sólido, líquido,
gás ou vapor) e pH. Se for um produto formulado, é de suma importância
analisar a sua composição, pois nesses produtos além do ingrediente ativo
(substância principal) são adicionadas outras substâncias que, algumas vezes,
são mais tóxicas. Deve-se estimar a quantidade (dose tóxica ou não tóxica)
ingerida ou com a qual o paciente entrou em contato e que, geralmente, são
maiores nas exposições intencionais. Na maioria das vezes ocorre ingestão ou
exposição a um único produto, porém, deve-se estar atento para a
possibilidade de intoxicações múltiplas, nas quais existem possibilidades de
interação de efeitos, para então instituir adequadamente as medidas
terapêuticas.
• WHEN – QUANDO?
Avaliar o tempo decorrido desde a exposição (mais ou menos de uma hora) e,
no caso de exposições repetidas, durante quanto tempo o paciente esteve
exposto. Este parâmetro é importante para a indicação ou não de medidas de
descontaminação. Também é importante estabelecer o que aconteceu no
período decorrido (ocorrência de vômito espontâneo ou induzido e seu aspecto;
muitas vezes é feita desnecessariamente a lavagem gástrica e, somente depois
ou durante a sua realização consulta-se um Centro de Informação e Assistência
Toxicológica).
• WHERE – ONDE?
A investigação do ambiente (domicílio, local de trabalho, casa de amigos, festas
raves, terreno baldio, escola, ou outro local) onde o paciente foi encontrado
pode conter dados que contribuirão para o esclarecimento da intoxicação.
Deve-se procurar restos de alimentos ou do agente tóxico, cartelas ou frascos
de medicamentos vazios, garrafas de bebidas alcoólicas, embalagens de
agrotóxicos ou frascos /caixas de raticidas, seringas ou outros artifícios para
uso de drogas, notas de despedidas e presença de odores.
Exame Físico :
1. Síndrome anticolinérgica
3. Síndrome colinérgica
4. Síndrome simpatomimética
5. Síndrome serotoninérgica
Esta síndrome usual é causada por estimulação excessiva de receptores
serotoninérgicos centrais e periféricos. O aumento da estimulação provocada
pelo neurotransmissor 5-hidroxitriptamina (serotonina) pode ser devido:
7. Síndrome metemoglobinêmica
Descontaminação de superfície:
• Cutânea
4- procure identificar o agente e conhecer seus efeitos tóxicos para melhor lidar
com ele. Por exemplo, se a substância for oleosa, deve-se usar sabão ou
xampu. Se o produto não é absorvível através da pele, mas é cáustico, deve-se
proceder da mesma forma, pois muitas substâncias corrosivas, além do efeito
nocivo local são potencialmente tóxicas se absorvidas (Tabela 30). Entretanto
deve-se tomar cuidado na descontaminação para não aumentar a superfície da
lesão;
Observação importante:
A equipe assistencial deve proteger-se para evitar exposição a substâncias
potencialmente contaminantes. Para isso, recomenda-se o uso de luvas, jaleco
e óculos protetores. Em caso de exposição, lavar a área atingida rapidamente.
• Ocular
O contato ocular com substâncias químicas pode provocar lesões graves nos
olhos. A córnea é muito sensível a agentes corrosivos e hidrocarbonetos. Estas
substâncias podem danificar rapidamente a superfície córnea que evolui para
uma cicatriz permanente.
Como nas exposições dérmicas, deve-se agir rapidamente para prevenir uma
lesão mais grave e permanente e a absorção do agente tóxico, observando-se
as seguintes recomendações:
• Respiratória
Além de ser uma via de intoxicação comum e muito eficiente para a absorção
de gases, vapores e aerodispersóides, muitas substâncias químicas podem lesar
a árvore brônquica. A absorção pode ocorrer tanto nas vias aéreas superiores,
quanto nos alvéolos. Para a descontaminação deve-se:
Observação importante:
Antes de entrar no ambiente contaminado, a equipe assistencial deve proteger-
se com equipamentos apropriados.
Descontaminação Gastrointestinal:
O trato gastrintestinal constitui a principal via de introdução do agente tóxico
na maioria das intoxicações. As medidas que promovem a evacuação gástrica
(indução de vômito e lavagem gástrica) ou que diminuem a absorção intestinal
(uso de adsorventes, catárticos e irrigação intestinal) têm sido utilizadas há
muitos anos. Entretanto, existem muitas controvérsias com várias restrições
sobre os usos, indicações e, principalmente, quanto à real eficácia desses
procedimentos, tanto no atendimento pré-hospitalar quanto no hospitalar.
Muitas vezes, esses procedimentos são desnecessários e aplicados de forma
iatrogênica.
Lavagem gástrica
a- Indicações
b- Contra-indicações
c- Efeitos Adversos
d- Técnica
3 - Administração de adsorventes
O carvão ativado pode ser usado após o vômito induzido pela solução
emetizante, após a lavagem gástrica ou, isoladamente, nos pacientes onde a
descontaminação gástrica esteja contra-indicada, ou seja, ineficaz devido ao
tempo decorrido após a ingestão.
a- Indicações
b- Contra-indicações
• íleo sem distensão não é contra-indicação para o uso de uma única dose de
carvão ativado, porém doses repetidas devem ser evitadas;
• após a ingestão de ácidos ou álcalis, pois além de ser ineficaz para adsorver
tais substâncias, compromete o exame endoscópico e dificulta a cicatrização;
c- Efeitos adversos
d- Técnica e dose
• Terra de Füller
1º- Nitrito de amila: é uma substância muito volátil e deve ter suas
ampolas quebradas de forma a possibilitar a inalação pelo paciente
enquanto o acesso venoso e as outras drogas são providenciadas. Produz
um nível de metemoglobina de 5%.
Observações importantes: