1) Jonathan Edwards foi um líder do Grande Despertamento do século 18 nos EUA e escreveu sobre avivamentos sendo obra do Espírito Santo.
2) Edwards argumentou que avivamentos verdadeiros transformam os corações das pessoas para amar a Deus, não se baseiam apenas em emoções.
3) Para Edwards, avivamentos são visitações soberanas de Deus que expandem rapidamente Seu reino, não podendo ser promovidos ou controlados pelos homens.
1) Jonathan Edwards foi um líder do Grande Despertamento do século 18 nos EUA e escreveu sobre avivamentos sendo obra do Espírito Santo.
2) Edwards argumentou que avivamentos verdadeiros transformam os corações das pessoas para amar a Deus, não se baseiam apenas em emoções.
3) Para Edwards, avivamentos são visitações soberanas de Deus que expandem rapidamente Seu reino, não podendo ser promovidos ou controlados pelos homens.
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Jonathan Edwards e a soberania de Deus no avivamento
1) Jonathan Edwards foi um líder do Grande Despertamento do século 18 nos EUA e escreveu sobre avivamentos sendo obra do Espírito Santo.
2) Edwards argumentou que avivamentos verdadeiros transformam os corações das pessoas para amar a Deus, não se baseiam apenas em emoções.
3) Para Edwards, avivamentos são visitações soberanas de Deus que expandem rapidamente Seu reino, não podendo ser promovidos ou controlados pelos homens.
1) Jonathan Edwards foi um líder do Grande Despertamento do século 18 nos EUA e escreveu sobre avivamentos sendo obra do Espírito Santo.
2) Edwards argumentou que avivamentos verdadeiros transformam os corações das pessoas para amar a Deus, não se baseiam apenas em emoções.
3) Para Edwards, avivamentos são visitações soberanas de Deus que expandem rapidamente Seu reino, não podendo ser promovidos ou controlados pelos homens.
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Jonathan Edwards e a soberania de Deus no avivamento
Jonathan Edwards (1703-1758) foi um dos grandes líderes do
avivamento do século XVIII, que tem sido chamado pelos norte- americanos de “Grande Despertamento”. Um estudo sério acerca deste assunto terá de levar em conta o que ele fez e escreveu.
D. Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) e J. I. Packer, ao escreverem
sobre Edwards, entendem que é na questão do avivamento que ele é preeminentemente o mestre. Avivamento é um derramamento do Espírito, e “se vocês quiserem saber algo sobre o avivamento verdadeiro, Edwards é o homem que se deve consultar”, arremata Lloyd-Jones.1 Em sua clássica obra A Treatise Concerning Religious Affections (Tratado sobre Afeições Religiosas), Edwards nos fala sobre a atuação do Espírito Santo, dando grande atenção à experiência pessoal.2 O anseio de Edwards em diferenciar a experiência religiosa verdadeira da falsa resultou de sua preocupação pastoral no contexto do avivamento. Ele pregou uma série de sermões sobre 1 Pedro 1.8 tratando do assunto, em 1742-1743. O Tratado resultou da revisão do texto desses sermões para publicação em 1746. Nesta obra, Edwards argumentou que o cristianismo verdadeiro não se evidencia pela quantidade ou intensidade das emoções religiosas, mas por um coração transformado que ama a Deus e busca o seu prazer. Ele faz uma análise rigorosa das diferenças entre a religiosidade carnal e a verdadeira espiritualidade, que toca o coração com a visão da excelência de Deus e liberta o homem do egocentrismo. Edwards lutou em duas frentes: contra os adversários do avivamento e contra os extremistas; contra o perigo de extinguir o Espírito e contra o perigo de deixar-se levar pela carne e ser iludido por Satanás. Por um lado, tinha que argumentar contra aqueles que descartavam todo o avivamento como histeria irracional; por outro, tinha que argumentar contra aqueles que pareciam pensar que tudo o que aconteceu no avivamento era “de Deus”, não importa quão estranho, extremista ou desequilibrado isso fosse (…). Em sua tentativa de traçar um caminho intermediário entre esses extremos, a um tempo similares e opostos, Edwards confrontou-se com uma série de questões fundamentais.3 Nos seus escritos, Edwards avaliou a experiência religiosa à luz das Escrituras e das suas convicções reformadas. O ponto de partida da sua pregação e da sua teologia foi o Deus soberano, em sua majestade, graça e glória. Edwards incluía uma ênfase na obra soberana e graciosa de Deus, ao tratar do avivamento. Segundo ele, o avivamento é uma visitação divina. É Deus vindo e agindo de maneira poderosamente incomum entre o seu povo. Utilizando a analogia do mar, o avivamento seria como as ondas do mar, que vêm e quebram sobre a praia, e nós podemos visualizar a história constatando essas ondas vindo e quebrando. De fato, a história dos avivamentos seria a história do povo de Deus. Num avivamento, ou experiência religiosa genuína, o critério principal é este: se quem está no centro das atenções é Deus ou o ser humano. Para que Deus esteja no centro é necessário, em primeiro lugar, que haja nos corações um profundo senso de incapacidade, de dependência de Deus, e de convicção da nossa pecaminosidade. Além disso, é preciso que haja a consciência de que toda genuína experiência religiosa é fruto da atuação do Espírito de Deus, que transforma e santifica os pecadores, capacitando-os a amar e honrar a Deus em suas vidas.
Portanto, todas as teorias de salvação que dão ênfase às obras
humanas ou à capacidade humana só desmerecem a grandeza do amor de Deus revelado a nós em Cristo Jesus e tornado real em nossos corações somente pela iluminação do Espírito Santo.4 The Distinguishing Marks of a Work of the Spirit of God (As Marcas Distintivas de uma Obra do Espírito de Deus) é um pequeno mas importante livro de Edwards baseado em um sermão que pregara em Boston, durante o Grande Despertamento.5 Depois do sermão, ele fez alguns acréscimos e publicou o livro em 1741. Trata-se de uma exposição do capítulo 4 da Primeira Epístola de João, texto que nos exorta a provarmos “os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”. De fato, no argumento de Edwards, a palavra “evidência” seria preferível à palavra “marca”. Edwards extrai dos escritos do apóstolo João um total de quatorze sinais ou evidências que indicam a presença ou ausência do Espírito de Deus numa pessoa, movimento ou igreja. A seguir, ele oferece cinco conclusões práticas para a igreja, encerrando com sua ênfase característica na humildade em todas as coisas do Espírito. Esta questão lhe era crucial, pois sua igreja fora atingida pelo Grande Despertamento nas décadas de 30 e 40 do século XVIII, e aquele período foi de grande agitação e confusão, à medida que se faziam todos os tipos de reivindicação espiritual. Em seu livro Jonathan Edwards e o Avivamento Brasileiro, o qual recomendo ao leitor, Luiz Roberto França de Matos (1956-2004), ao analisar os escritos de Edwards, conclui sobre os “princípios úteis para julgar se uma obra espiritual ou movimento religioso efetivamente vem do Espírito”. Que princípios são esses? O autor resume-os como segue: 1. Quaisquer manifestações exteriores resultantes de experiências extraordinárias não são um sinal fidedigno de espiritualidade e não asseguram uma obra genuína do Espírito. 2. Uma obra verdadeira do Espírito de Deus produzirá uma mudança radical na natureza de uma alma individual, que irá expressar-se em um comportamento e prática completamente novos, revelando-se progressivamente a imagem de Jesus Cristo implantada no crente.6 Quanto ao avivamento, é ele um período marcante, quando Deus, de forma rápida e impressionante, expande o seu Reino através de um revitalizar da sua igreja; é obra poderosa do Espírito Santo no meio de muita gente ao mesmo tempo. O avivamento é uma intensificação do Cristianismo. Não é um outro tipo de Cristianismo, mas uma intensificação do mesmo quando em tempos normais. Não é diferente em essência; a diferença é de grau e não de tipo. O Catecismo Maior de Westminster, na resposta à pergunta de número 182, diz que o Espírito Santo nos ajuda “operando em nossos corações, e despertando (embora não em todas as pessoas, nem em todos os tempos, na mesma medida) aquelas apreensões, afetos e graças que são necessários…”.7Alguém recorreu à analogia entre uma “chuva normal” e uma “chuva forte”. Num contexto de avivamento, os crentes são mais zelosos, pecadores são atraídos, e mesmo os incrédulos que não se convertem, se vêem convencidos da verdade. J. I. Packer diz que a “Escritura aponta para um processo repetido muitas vezes, mediante o qual, seguindo-se à frieza, descuido e infidelidade existentes dentre o povo de Deus, o próprio Deus age soberanamente para restaurar o que estava prestes a perecer”. E acrescenta: “E através do transbordamento evangelístico consequente, [Deus] torna a estender ainda mais o reino de Cristo”.8 Uma observação importante, que deve novamente ser enfatizada, é que o avivamento vem exclusivamente de Deus. “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6). O desejo do salmista está voltado para Deus, pois o homem não pode operar esta façanha. É Deus quem pode vivificar. O avivamento é uma obra soberana de Deus, pois “o vento sopra onde quer” (Jo 3.8). Nós não podemos dar uma ordem para que haja um avivamento, e ele não segue um modelo previamente fixado por qualquer homem. Nós estamos amarrados à misericórdia de Deus. “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” (Jo 5.21). Isto não deveria causar-nos desespero, mas fome, um apetite pela visitação de Deus. Deveria nos levar à humilhação. Na compreensão de Edwards, avivamento é algo que acontece, não é algo que se promove. O homem não é o agente; ele é objeto dessa obra do Espírito. Deus é absolutamente soberano em cada dádiva que concede. Isto é tão verdadeiro acerca do avivamento como é de qualquer grande obra redentora.
J. I. Packer colocou isto nas seguintes palavras:
O avivamento é Deus demonstrando a soberania de sua graça.
Avivamento é inteiramente obra da graça, pois sobrevém a igrejas e cristãos que merecem apenas julgamento; e Deus o faz acontecer de maneira a mostrar que sua graça foi decisiva nele. Os homens podem organizar convenções e campanhas e buscar a bênção de Deus sobre elas, mas o único organizador dos avivamentos é Deus, o Espírito Santo. Repetidas vezes, o avivamento tem vindo de maneira súbita, irrompendo frequentemente em lugares obscuros, através do ministério de homens também obscuros. Na verdade, ele vem em resposta à oração, e onde ninguém orou é provável que também ninguém seja avivado; entretanto, a maneira pela qual a oração é respondida será de forma a enfatizar a soberania de Deus como a única fonte de avivamento, mostrando que todo o louvor e toda a glória precisam ser dados somente a ele.9
Iain Murray, em seu excelente livro Pentecost Today, chama a
atenção para o fato de que a soberania de Deus no avivamento é revelada em que Ele é soberano nos instrumentos que se propõe utilizar neste sentido, em seus propósitos no avivamento, e com relação ao tempo quando o avivamento começa.10 Roberts & Gruffydd, em seu livreto Avivamento e seus Frutos, quando se referiram ao avivamento de 1762, no País de Gales, escreveram: Avivamento, por definição, é o próprio princípio de vida da igreja. O poder que produz a vida é o próprio princípio de sua vida. O poder que traz à vida é o poder que sustém a vida. A igreja como um corpo de crentes permanece numa contínua necessidade do vivificante Espírito de Deus.11 Evans observa que “um dos fatos mais coagentes e convincentes que serve para demonstrar a soberania do Espírito Santo em instaurar reavivamentos é a maneira simultânea de manifestar Sua operação em vários lugares e pessoas”.12 E o mesmo autor salienta o papel da oração. Não obstante ser obra graciosa e soberana, o avivamento sempre vem através da oração. Oração intensa e persistente. A correta compreensão da doutrina da soberania de Deus não implica em passividade da parte do povo de Deus. Edwards colocara isto da seguinte maneira: Quando Deus tem algo muito grande para realizar em favor da sua igreja, a vontade dele é que isso seja precedido pelas orações extraordinárias do seu povo, segundo manifestado por Ezequiel 36.37… E é revelado que, quando Deus está para realizar grandes coisas para a sua igreja, ele começará derramando de maneira notável o espírito de graça e de súplicas (Zc 12.10).13 “Aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Isaías 64 é uma oração muito própria em favor de um avivamento. Também o salmista ora: “Vivifica-me, SENHOR, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira da tribulação a minha alma” (Sl 143.11). Além disto, a pregação da Palavra de Deus é instrumento de Deus para reavivar seu povo. O SENHOR utiliza sua própria Palavra (Sl 119.25; Ez 37.9). O Salmo 119 descreve a Palavra de Deus como o meio para o reavivamento do povo de Deus: “Estou aflitíssimo; vivifica-me, SENHOR, segundo a tua palavra” (Sl 119.107). O impulso do avivamento há de partir do Senhor, como também o poder que acompanha a Palavra deve ser atribuído a Ele. Enfim, se pudermos falar de uma metodologia em Edwards, esta era, basicamente, orar por avivamento e expor a palavra da Escritura.