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Apostila Ozônio (2023)
Apostila Ozônio (2023)
Apostila Ozônio (2023)
As indicações Terapêuticas e Dose e volume são baseados no conhecimento de que baixas doses
fisiológicas de ozônio pode desempenhar um papel importante na célula a nível molecular, os vários
mecanismos de ação de ozono demonstraram evidência clínica desta terapia.
Nossas aulas estão embasadas nos artigos publicados até setembro de 2022. Na Pubmed encontramos
mais de 4000 artigos científicos, com centenas de ensaios clínicos randomizados, mais de 50 revisões
sistemáticas e estudos de metanalise.
Aviso: essa apostila de apoio cita Referencias seguras, intervalos terapêuticos eficazes, procurando
minimizar os eventos adversos que doses inadequadas poderiam causar, portanto os protocolos são
referência e não obrigatórios, cabe a cada profissional o julgamento clinico ao aplicar as
recomendações .
Ozônio terapia é uma terapia complementar e não terapia alternativa, ela complementa outros
tratamentos, porém não substitui.
E um tratamento utilizando a mistura de oxigénio mais ozono (de 95% - 99,95% de oxigénio e de 0,05%
- 5% de ozono) como um agente terapêutico para o tratamento de uma ampla gama de doenças. Uma
vez que o ozono não possui receptores e o seu mecanismo de ação farmacológico é indireto porque atua
através dos seus mediadores, a resposta depende da transdução de sinais nucleares como mecanismo
de ativação (Nrf2: fator nuclear (2 derivada-eritróide) - como 2) e a síntese de proteínas, tais como SOD
(superóxido dismutase), CAT (catalase), HO 1 ( Heme - oxigenase 1)
Formação do O3
Naturalmente, pela ação dos raios UV e descargas elétricas nas tempestades
Geradores de ozônio, que convertem O2 em O3
1
O gerador tem de ser capaz de produzir a mistura de oxigenoterapia em ozono, isto é, uma mistura
homogénea com uma gama de concentrações) de 1 a 100 microgramas por mililitro (ug / ml)
Nenhuma outra substâncias podem estar presentes somente O2 e O3 na mistura de gás produzida.
Geração do ozônio
• Luz ultravioleta
• Eletrólise Kimberly Carolinne Santos
• Descarga corona kimberlycarol30@hotmail.com
• Plasma Frio
Concentração de ozônio:
2
Princípio da “hormesis” (isto é, “o efeito benéfico de uma exposição de baixo nível a
um agente que é prejudicial a altos níveis ”) Bocci, 2011; Sire, 2022.
Histórico
Kimberly Carolinne Santos
A primeira menção sobre ozônio que aparece na literatura científica pertence para o físico holandês
kimberlycarol30@hotmail.com
Mak Van Marum, e data de 1785. Durante a experimentação em um poderoso instalação para
eletrificação, ele descobriu que, passando uma faísca elétrica através de do ar apareceu uma
substância gasosa com um odor característico, que possui propriedades intensas oxidantes Em
1801, Kriunchenk detectou um cheiro semelhante durante a eletrólise da água. Em 1840, Christian
Frederick Schonbein, professor da Universidade de Basileia, dados relacionados sobre mudanças
nas propriedades de oxigênio com a formação de um gás de concreto que ele chamou de ozônio
(da palavra grega "oloroso"). Schonbein detectado por primeira vez que a capacidade do ozônio
para se ligar com substratos biológicos nas posições correspondente a ligações duplas (Razumovski
e Zaikov, 1974; Viebahn-Hansler, 1999). Posteriormente, De la Riva e Moriniak demonstraram que o
ozônio é uma variedade de oxigênio (citado por Lunin, 1998). Em 1848, Xant colocou a hipótese de
que o ozônio Era oxigênio triatômico. Em 1857, com a ajuda do «tubo de indução magnética
moderno» criado por Verner Von Simens, foi construído o primeiro dispositivo técnico de
ozonização, que Ele foi empregado em uma instalação para a purificação da água potável.
3
Prof. Dr. Alexander Gomes de Azevedo, e Dr Heitor Bennedetti, Clinca HLPA 2003,
Clinica de Cirurgia Plástica e Medicina Estética.
1º Edição 2010
2º Edição 2015
3º Edição 2020
Fisioterapia
Resolução-COFFITO nº 380, de 3 de novembro de 2010, regulamentou o uso pelo
fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
Enfermagem
COFEN autorizou enfermeiros a atuar com ozonioterapia em feridas – parecer
n°23/2015/CTAS/Cofen
Odontologia
Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconhece e regulamenta a prática da
ozonioterapia pelo cirurgião-dentista – Resolução CFO – 166/2015
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Biomedicina
Medicina
A resolução CFM 2.181/2018 de 20 de abril de 2018 classificou a prática como
experimental, só podendo ser realizada sob protocolos clínicos de acordo com o
sistema CEP/Conep, em instituições devidamente credenciadas
Farmácia
Efeitos biológicos
• •Um dos oxidantes naturais mais potentes
• •Tem um poderoso efeito germicida
• •Não existe alergia ao ozônio –Biomolécula
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frequência de efeitos colaterais foi de 1: 1000-1: 2000 taxa de 0,000005% de efeitos
colaterais adversos , (Oepen, 1985).
Biomolécula
•
• Neutrófilos tem o potencial de produzir oxigênio singleto e anticorpos, podem
catalisar trioxido de hidrogênio e ozônio a partir do oxigênio singleto e da água.
• Detectado a formação do ozônio por meio da oxidação do ácido Vinilbenzonico.
• 0 neutrófilo desencadeia uma explosão oxidativa composta por reações
químicas e enzimáticas, ocorre ação com substrato da SOD formando H2O2 e
oxida cloro em hipoclorito que e altamente bactericida.
• H2O2 e HOCL estão presentes em doses altas no Fagosomo e geram orifícios na
membrana bacteriana.
O 3 é composto por três átomos de oxigênio com estrutura cíclica]. É gerado para uso
medicinal a partir de oxigênio puro que passa por um gradiente de alta voltagem (5–13
mV) após a reação:
3O 2 + 68.400 cal → 2O 3
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O resultado é uma mistura gasosa composta por não menos de 95% de oxigênio e
não mais de 5% de O 3 . O 3 é 1,6 vezes mais denso e 10 vezes mais solúvel em água do
que o oxigênio. Deve-se considerar que o O 3 é o oxidante mais poderoso depois do
flúor e do persulfato, embora não seja uma molécula radical. É um gás instável que não
pode ser armazenado e deve ser usado imediatamente, pois tem meia-vida de 40 min a
20 °C. Apesar das aplicações heterogêneas e atuais na área médica, os efeitos
bioquímicos do O 2 O 3 ainda são de difícil compreensão, mesmo que suas propriedades
e características químicas pareçam sugerir alguns de seus efeitos clínicos positivos
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moléculas sinalizadoras do estresse oxidativo agudo e causam uma regulação positiva
de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD), GSH-peroxidase (GSH-
Px), GSH-redutase (GSH-Rd) e catalase (CAT), que desempenham um papel
fundamental na defesa antioxidante. Eles também induzem proteínas de estresse
oxidativo, uma das quais é a heme-oxigenase I (HO-1 ou HSP-32), que degrada a
molécula do heme. Sendo tóxicas e muito mais estáveis in vitro que as ROS, elas devem
ser geradas em concentrações muito baixas e metabolizadas pela GSH-transferase
(GSH-Tr) e aldeído desidrogenase.
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de HO parecem ser reguladoras da homeostase redox celular, funcionando como
sensores dinâmicos de seu estresse oxidativo. O 2 O 3 pode desempenhar um papel na
regulação dos efeitos pró-inflamatórios e anti-inflamatórios da formação de
prostaglandinas, que é de natureza semelhante ao NO.
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Zhang et al. (2014) ativa fatores de crescimento VEGF, fator de crescimento-b (TGF-b)
e o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF).
Gustov et al. (1999) diminuição de 24,5% dos valores lipídicos totais e de 10,5%
triglicerídeos. (Kamisheva, 1998; Lankin e Tijaze, 2000).
Masik et al. (1998) diminuição dos episódios de angina, o aumento de tolerância a
esforços físicos e redução do coeficiente de aterogenicidade. (Minenkov, Maksimov et
al., 2000)
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al., 2000;AL-DALAIN et al., 2001;BORREGO et al., 2004; GONZÁLEZ et al., 2004;
MARTINEZ et al., 2005; Scasselatti, 2020)
Eucosonoides
São moléculas derivadas de ácidos graxos com 20 carbonos das famílias ômega-3 e
ômega 6. A maioria dos eicosanoides mais relevantes deriva do ácido araquidônico
através da via metabólica.
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Mitocôndrias são organelas com funções essenciais nas células humanas, como:
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Obesidade causa aumento da peroxidação Lipidica plasmática e diminuição das
enzimas citoprotetoras ERITROCITARIA (França, 2013).
Estudo feito pelo alemão Otto Vaberg (1966) descobriu que a falta de oxigênio a nível
celular é o inicio chave do desenvolvimento tumoral (característica de doença
mitocondrial).
Bappo (1974) demonstrou a intolerância das células tumorais aos peróxidos.
Sweet (1980) deu provas da ação inibidora do ozônio sobre as células tumorais.
O ozônio, através da ação dos peróxido de hidrogênio, é indutor de citocinas em ligação
com leucócitos, linfócitos e monócitos, ativando o sistema imunológico normalmente
suprimido pelo crescimento do tumor (Larini e Bocci, 2005).
Corrige o estresse oxidativo crônico por hiper-regulação do sistema antioxidante,
alcança uma homeostase redox (Ajamieh et al, 2004, 2005;. Leo' n et al, 1998; Bocci,
2002, Bressa,2019).
Hipóxia
Hipóxia crônica libera (HIF-1) fator Indutivel por hipóxia, citocina Imunosupressora
VEGF e angiopoetinas e neoangiogêneses de vasos anormais, induzindo a metástases.
Na hipóxia as células tumorais reforçam a conversão de glicose em lactato, e da
expressão da enzima TKTL-1 (Transketolase-1) que ativa a via anaeróbica,
promovendo acidose intracelular persistente.
Stress Oxidativo
Com a quimioterapia e a radioterapia, ocorre uma elevação acentuada do stress
oxidativo, devido ao aumento dos radicais livres, associado à inibição do metabolismo
da respiração aeróbica, gerando diminuição de ATP.
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(LOPs) sendo esses os responsáveis pelo aumento de todas as enzinas antioxidantes
intracelulares, fazendo uma varredura de radicais livres
Ozonioterapia reduz o stress oxidativo por aumentar a síntese das 3 principais enzimas
antioxidantes intracelulares
• GLUTATIONA PEROXIDASE
• SUPEROXIDO DISMUTASE
• CATALASE
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Relação dose efeito (estudos cientificos)
Foi relatado que as EROs podem afetar de maneira dependente da dose, a dinâmica das
proteínas citoesqueléticas (actina e miosina), altos níveis induzindo despolimerização
de proteínas, enquanto baixos níveis promovendo polimerização e remodelação. Sakai,
2012; Muliyil , 2014)
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Altas dosagens estimulam estresse oxidativo grave (via ativação do fator transcricional
nuclear kappa B, resultando em resposta inflamatória e lesão tecidual;
Baixas concentrações de ozônio induzem um estresse oxidativo moderado que ativa o
fator nuclear relacionado ao Nrf2 (fator 2 do eritróide 2),
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Consistentemente, o tratamento do tecido adiposo com baixas concentrações de O3
demonstrou exercer um efeito adipogênico.(Cisterna, 2019).
Se liga a dupla ligação de carbono dos ácidos graxos, promovendo quebra e eliminação
( GALOFORO, A.C, 2002)
Zhang et al. (2014) descreveram que a terapia com ozônio aumenta a expressão de
vários fatores de crescimento, incluindo o VEGF, transformando o fator de
crescimento-b (TGF-b) e o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF).
Toxicidade do ozônio
IMPORTANTE
Cuidados com o ambiente de trabalho
•Bem ventilado
•Fresco e seco
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•Isento de poeira
Prevenção
Filtro catalizador destrutor de ozônio para garantir que o gás não seja disseminado
no ambiente.
EFEITOS ADVERSOS
• Dor e sensação de queimação durante alguns segundos
• •Hiperemia durante alguns minutos
• •Hematomas Kimberly Carolinne Santos
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• •Percepção do gás na pele durante alguns minutos (enfisema subcutâneo)
contra indicações
ABSOLUTAS
RELATIVAS
Hipertireodismo Toxico
Caquexia
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PRECAUÇÃO
Cuidado
Trombose ,tromboflebite, embolia
Hipertensão arterial descompensada
Insuficiência cardio-respiratória
Insuficiência hepática e renal
Insuficiência arterial grave
Solução Salinas
Sintomas:
Sintomas:
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•Euforia após aplicações sistêmicas – alteração do sono ou relaxamento
-Grau moderado
Sintomas:
•AVC vertebrobasilar
Kimberly
•Hemorragia vítrea retinal aguda Carolinne Santos
bilateral
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•Irritação meníngea
•Hepatite viral
•Convulsão
Sintomas:
Foi relatado um caso de infarto do miocárdio ocorrido no final do dia, sem nexo causal
pois a aplicação foi realizada no período da manhã
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Recomendado o uso somente após o tratamento com O3
Vias de aplicação
Local/Tópica
2.Bagterapia
3.Hidroterapia
5.Periarticular e intra-articular
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6.Subcutânea kimberlycarol30@hotmail.com
7.Otológica
Sistêmico
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Segurança terapêutica entre 5 ug/ml e 50 ug/ml (ISCO3, 2020)
Dose total 5,0 a 6,0mg por tratamento (ISCO3, 2020)
Lembrando que: dose e igual volume de gás (ml) X Concentração (ug)
Exemplo:
IR 150 ml X 20 μg/ml = 3.000 μg = 3mg
Total = 3,5 mg
O efeito do ozônio sobre a pele se deve à sua reação lipídeos sebáceos. ácido graxos
poliinsaturados e traços de água presentes na camada superior da derme, gerando ROS
e lipooligopeptídeos (LOPS),Kimberly
entre os Carolinne
quais está o peróxido de hidrogênio (H2O2).
Santos
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Os ROS e LOPs reduzidos pelos antioxidantes enzimáticos da pele (glutation oxidase,
superóxido desmutase, catalase) e não enzimáticos de baixo peso molecular (isoformas
de vitamina E, vitamina C, glutation, ácido úrico e ubiquinol) não são absorvidos via
endovenosa e por capilares linfáticos.
Exames de PO2, PCO2, e PH pré, Pós , 1hora, e 24 horas não relataram alterações.
Ozônio não entra nos capilares quando exposto na pele, somente o oxigeni e CO2 pode
se mover através de membranas celulares, provavelmente ozônio nem atinge os
fosforolipideos dos corneocitos exteriores (Bocci, 2011; Pryor, 1992; Podda, 1998 ).
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Ligar gerador e ajustar concentração
Ozonização da água
A diluição do ozônio é aumentada pelo difusor que cria uma maior quantidade de
bolhas dentro do reservatório de água.
Tempo de atividade
Óleo ozonizado
Ação germicida
•Ativação da microcirculação
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Todos os Óleos e Cremes devem ser ozonizados por 24 Horas em Aparelhos de ozônio
+ oxigênio nas potências mínimas de 500mg/h até 1.500 mg/H.
OTOLOGICO – AURICULAR
Umedecer orelha com gaze ou algodão
Acoplar o estetoscópio
Indicação:
Protocolos específicos
Após ter sido gerado, é importante o uso do gás dentro de 10 minutos (perda de 10%)
e em 30 minutos (perda de 50%).
Subcutânea
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Retal
Payr e Aubourg (1936) foram pioneiros
Ação se deve a interação local com as LOPs (atividade local e ou sistêmica) que entra
na circulação via capilares linfáticos e venosos.
•Tempo: 2 – 3 minutos
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Exceção: hemorragias podemos utilizar 50 ug
Jovem doses e concentrações mais baixa por possuir mais agua, idosos mais altas León
et al., 1998; Barber et al., 1999; Peralta et al., 1999, 2000; Borrego et al., 2004; Gonzalez
et al., 2004
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Kimberly Carolinne Santos
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