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SEMINÁRIO

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SEMINRIO O QUE O HUMANISMO?

Sumrio: Humanismo Atitude humanista Exemplos de humanismo Novo Humanismo ou humanismo universalista Documento do Movimento Humanista Humanismo toda a posio que sustenta os valores definidos pela atitude humanista, e toda a atividade prtica de compromisso com esses valores, a saber: 1) colocao do ser humano como valor e preocupao central. 2) afirmao da igualdade de todos os seres humanos. 3) reconhecimento da diversidade pessoal e cultural. 4) desenvolvimento do conhecimento por sobre o aceite como verdade absoluta. 5) afirmao da liberdade de idias e crenas. 6) repdio da violncia. Em poucas palavras, podemos dizer que estamos diante de um humanismo quando se afirma que o mais importante o ser humano e que todos os homens so iguais, inclusivamente no seu direito de partilhar idias e crenas diversas. A atitude humanista, por sua vez, mais do que uma perspectiva terica uma sensibilidade, um modo de sentir pelo qual me situo perante os outros reconhecendo-lhes a sua inteno e a sua liberdade, ao mesmo tempo em que assumo o compromisso de lutar contra a violncia e a discriminao, sempre que com elas me deparo. H um humanismo emprico, que se d na prtica, sem especial fundamento histrico ou filosfico. Esse o caso claro e quotidiano de se exercitar simplesmente a atitude humanista. E h diferentes casos de humanismo filosfico: o humanismo cristo (de Maritain); o humanismo marxista (de Bloch, Shaff, Garaudy, Mondolfo, Fromm e Marcuse, inspirados nos textos da juventude de Marx); o humanismo existencialista (de Sartre) Antes, temos o humanismo histrico, processo que comeando em Florena (Itlia) no final do sculo XIV, desemboca no Renascimento e expande-se por toda a Europa. Durante este perodo, incentivou-se a preocupao pelo genericamente humano e pelos descobrimentos das coisas humanas, da o grande impulso que tiveram a arte e as cincias. Por outro lado, enquanto se produziam mudanas econmicas e nas estruturas sociais da poca, os humanistas tomavam conscincia desse processo, davam-lhe direo, gerando-se uma catadupa de produes nas quais se foi perfilando essa corrente que ultrapassou o mbito do cultural e acabou por pr em questo as estruturas do poder em mos da Igreja e do monarca. Porm, depois das revolues americana e francesa, comeou essa declinao em que a atitude humanista ficou submersa. Temos tambm o humanismo teocntrico, que pe no centro a divindade (por exemplo, o humanismo cristo) e o humanismo antropocntrico, que pe no centro o Homem excluindo toda a perspectiva testa e definindo a natureza como o meio sobre o qual se deve exercer um poder ilimitado. O humanismo universalista ou Novo Humanismo, ao invs, partindo da posio central do ser humano no descarta as posturas testas. Por outro lado, considera a natureza no como um meio passivo, mas sim como uma fora que interactua com o fenmeno humano, afirmando a necessidade de desenvolver uma ecologia

social que preste ateno ao impacto humano sobre a natureza tanto como melhoria das condies de vida dos seres humanos. O humanismo universalista sustenta que em todas as culturas, no seu melhor momento de criatividade, a atitude humanista impregna o ambiente. Assim, repudia-se a discriminao, as guerras e, em geral, a violncia. A liberdade de idias e crenas ganha um forte impulso, o que motiva por sua vez a investigao e a criatividade na cincia, arte e outras expresses sociais. O Novo Humanismo prope um dilogo no abstrato nem institucional entre culturas, mas sim o acordo em pontos bsicos e a mtua colaborao entre representantes de diferentes culturas, baseando-se em momentos humanistas simtricos. O Novo Humanismo tende modificao do esquema de poder, com o objetivo de transformar a estrutura social atual, que se dirige para um sistema fechado em que predominam as atitudes prticas e os valores tericos do anti-humanismo. O iderio geral do Novo Humanismo est plasmado no Documento do Movimento Humanista, onde se definem as posies que os participantes no Movimento sustentam no momento histrico atual. Os membros do Movimento Humanista propem um humanismo que contribua para a melhoria da vida, que faa frente ao fanatismo, explorao, discriminao e violncia. Num mundo que se globaliza aceleradamente e que mostra os sintomas do choque entre culturas, etnias e regies, propomos um humanismo universalista, plural e convergente, no meio da diversidade. Num mundo que cada vez mais se submete aos ditames do capital financeiro internacional, capital que se concentra mundialmente endividando Estados e empresas e asfixiando as pessoas atravs do crdito, realamos o valor do trabalho. Propomos a participao do trabalhador na gesto e deciso nas empresas, assim como o reinvestimento produtivo dos lucros de forma a gerar novas fontes de trabalho. Num mundo manejado por dirigentes corruptos que, respondendo apenas aos grandes interesses que os financiam, no duvidam em trar quem lhes votou logo aps serem eleitos, os humanistas lutam por uma democracia real que transforme a prtica da representatividade priorizando a consulta popular, o plebiscito e a eleio direta de candidatos. Ao mesmo tempo, propem leis de responsabilidade poltica, para que todo aquele que no cumpra o prometido aos seus eleitores possa ser submetido a julgamento poltico e destitudo do seu cargo. Num mundo em que se desestruturam os pases, as instituies e as relaes humanas, impulsionamos um humanismo capaz de produzir arecomposio do tecido social. Num mundo em que se perdeu o sentido e a direo da vida, equacionamos a necessidade de um humanismo apto para criar uma nova atmosfera de reflexo na qual se no oponham j de modo irredutvel o social ao pessoal nem o pessoal ao social.

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