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“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.
ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE NA
EXECUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO
CERÂMICA
Hanna Hamoy Chocron
hannahamoychocron@hotmail.com
1. Introdução
Grandes marcos da construção civil foram erguidos ao longo da história, cada um em sua época
e, certamente, com exigências de precisão e velocidade no processo de tomada de decisão bem
distintos dos atuais. Há pouco mais de um século a maioria das atividades produtivas era
artesanal. O planejamento, a execução e o controle dos empreendimentos eram informais e
realizados através de encontros periódicos que, quando documentados, eram feitos em forma
de rascunhos (COLENCI JÚNIOR et al., 1998).
A partir dos anos 50, emergiu de forma mais consistente a preocupação com o gerenciamento
da qualidade, na qual se estabeleceu uma filosofia baseada no desenvolvimento e na aplicação
de conceitos, métodos e técnicas adequadas e adaptadas para uma nova realidade. A gestão da
qualidade simbolizou o deslocamento da análise exclusiva do produto e serviço, e passou a
defender a criação de um sistema de qualidade expressivo e funcional. A qualidade deixou de
ser vista como um problema somente a nível de produto com responsabilidade específica, para
ser considerada de âmbito empresarial, abrangendo a totalidade dos processos necessários para
a realização de um serviço.
No planejamento operacional é possível elaborar planos para a execução de todas as atividades
da obra. Para a realização desses planos, é necessária ainda uma melhor programação da
sequência das equipes dos diversos serviços, assim como uma avaliação da disponibilidade de
recursos como, materiais, mão de obra e equipamentos para a realização desses serviços. Dessa
forma, devem ser atribuídas tarefas sequenciadas para que a equipe de produção da obra esteja
bem orientada quanto às metas a serem atingidas (PIRES, 2014).
A construção civil possui elementos complexos em sua dinâmica operacional, pela variedade e
finalidades, utilizando índices próprios de qualidade e produtividade. De modo que o efeito
aprendizagem pode ser adotado como um sistema de gestão baseados em critérios que, ao serem
atendidos que maximizam o desempenho e aumentam a produtividade.
A utilização da curva de aprendizagem permite que haja um melhor dimensionamento de
recursos financeiros e uma maior precisão na determinação dos prazos de execução dos
empreendimentos (LEITE, 2004).
2. Produtividade
O aperfeiçoamento da produtividade e da mão de obra na construção civil vem sendo um grande
desafio neste setor, desta forma tem ganhado uma maior atenção dos pesquisadores na área da
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construção civil, assim sendo fundamental para este processo dentro de um canteiro de obras,
pois proporcionam diversas ações de melhoria e viabilidade (RIVAS et al., 2011).
A produtividade tem como principal função integrar um sistema de informações que permita
amparar decisões futuras. Essa informação é importante nas fases de projeto e planejamento do
empreendimento, mas é fundamental mesmo na fase de produção, permitindo um adequado
gerenciamento das equipes, atividades e cronograma de obra. O indicador de produtividade
permite ao empreendedor analisar tendências, desenvolver os métodos construtivos e prever o
consumo de mão de obra e a duração dos serviços (CCSC, 2011).
Segundo Bozzetto et al. (2012), as empresas da construção civil possuem preceitos imediatista
de retorno dos seus investimentos, oferecendo prêmios ao trabalhador, como forma de interferir
no “timing” de trabalho e, consequentemente, na produtividade nos canteiros de obra. Essa
visão de retorno imediato é incoerente, pois tem atrofiado a criatividade de muitas empresas a
desenvolverem ações gerenciais que tragam resultados efetivos para a organização no tocante
ao aumento da produção.
Para que se possa alcançar uma melhor performance da empresa faz-se necessário que a mesma
conheça e avalie o desempenho individual e setorial de seus funcionários, levando em
consideração a forma que estes realizam suas atividades, o tempo de realização e os fatores que
influenciam na aprendizagem (PEINADO; GRAEML, 2007).
O uso desses indicadores chaves pela construção civil são reflexo do crescimento do foco da
empresa na satisfação de seus clientes, defeitos, produtividade, saúde e segurança (BARBOSA,
2010).
3. Curva de aprendizagem
Johnson e Lundall (apud Pereira e Dathein, 2012) exemplificam o processo de aprendizagem
como o contexto que abrange os mecanismos de produção e transmissão do conhecimento na
economia, tratando o desenvolvimento de competências e capacitações, por parte dos
indivíduos e das organizações, como um processo fundamental na busca da solução de
problemas.
O efeito aprendizagem pode ser definido como a demonstração gráfica do desempenho de um
trabalhador quando submetido a tarefas manuais repetitivas, e tem como consequência o
aumento na sua produtividade, de modo que o custo aplicado na produção da empresa possa
diminuir no decorrer do tempo. À medida que os administradores e a mão-de-obra ganham
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maior prática com a produção, o custo incremental e o custo médio, obtidos pela empresa
diminuem a partir da capacitação das equipes em determinados níveis de produção.
Curvas de aprendizado são modelos de regressão não linear que associam o desempenho,
usualmente descrito em termos de unidades produzidas por intervalo de tempo, com as
características da tarefa (ANZANELLO; FOGLIATTO, 2007a). São frequentemente usadas
para classificar grupos de trabalhadores e são comumente designadas por “fast learner” o
trabalhador que possui uma alta taxa de aprendizado e por “slow learner” o que apresenta uma
taxa menor.
Através da aplicação desta metodologia, a empresa pode coletar, organizar e utilizar os dados
adquiridos, de modo a obter um histórico dos índices de produtividade e do comportamento
construtivo, podendo-se comparar com futuras produções, na busca de melhorias e aumento da
produtividade.
4. Metodologia
Em relação à metodologia aplicada, essa pesquisa se caracteriza quanto aos fins como
descritiva, uma vez que busca determinar as características de um grupo específico quanto à
produtividade na execução de serviços inerentes de caráter repetitivo na obra, através de estudos
de casos. Busca-se verificar se o comportamento, quanto ao aumento de produtividade, pode
ser modelado por curvas clássicas, apresentadas na literatura sobre este assunto na construção
civil.
A abordagem deste trabalho, sob o ponto de vista de sua natureza, é classificada como estudo
de campo, pois tem o objetivo de estudar a interação entre as variáveis do processo produtivo
da empresa em estudo. Foi desenvolvida por meio da observação direta das atividades, no
próprio local em que ocorreram os fenômenos, portanto, pode-se afirmar que foram obtidos
resultados fidedignos (GIL, 2006).
Em relação ao método aplicado para escolha das literaturas, procurou-se coletar livros e artigos
que continham registros relevantes sobre os fatores críticos de sucesso da implementação do
estudo. O objetivo foi levantar o referencial teórico e bibliográfico necessário para embasar o
conteúdo abordado, sem perder o foco da pesquisa.
O estudo foi implementado desde a chegada dos materiais até sua utilização na obra, assim, desde
o primeiro pavimento tipo assentado e rejuntado, até o último, foi executado o monitorado
diariamente. Desta forma, buscou-se avaliar as equipes quanto ao comportamento e ao aumento da
produtividade representados pelos gráficos.
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Fonte: A autora
Apesar do foco do artigo ser a produtividade, não seria coerente deixar de analisar as variações de
custo da mão de obra e de material, visto que é fundamental para a elaboração de um planejamento
enxuto em qualquer empreendimento. Na tabela 1, é possível observar, que uma equipe de 4
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funcionários, trabalha por dia 35,2 horas, e o custo dessa mão de obra por equipe equivale a R$
302,88 por dia trabalhado. Logo, quando não se desenvolvem métodos eficazes para aumentar a
produtividade, acaba-se gastando mais tempo para a execução de uma mesma atividade na qual
acrescentará custos ao quantitativo total do serviço e posteriormente na obra como um todo.
Buscando melhorar ainda mais o aproveitamento da mão de obra foram criadas outras paginações
para os corredores principais a fim que melhorassem o fator estético e reduzissem os gastos com as
perdas desnecessárias de materiais. Ao comparar as paginações, pode-se constatar uma diminuição
de 33 peças na pavimentação cerâmica dos pavimentos comerciais e 18 peças, por cada andar, nos
espaços coorporativos, contabilizando uma redução de 687 peças, ou aproximadamente 115 caixas,
representando uma significativa economia no valor final da obra.
Após um longo questionamento e análise com o grupo administrativo da construtora sobre os
índices de produtividade adotados no orçamento, constatou-se que os quantitativos haviam sido
incorporados de outras obras e que não se enquadram ao perfil do empreendimento estudado.
Os novos índices de produtividade dos serviços foram elaborados e monitorados constantemente
pelo corpo técnico da construtora no empreendimento. Dentre eles:
• Regularização do contrapiso: o índice adotado foi de 22 m² por dia para cada pedreiro, sendo
para os pavimentos maiores (94,32 m²) o prazo de execução seria de 2,5 dias e para os
pavimentos menores (58,78 m²) seria em 1,5 dia;
• Assentamento de pavimentação cerâmica: adotou-se o índice de 11 m² por dia para cada
pedreiro com ajuda de um servente que deveriam executar os corredores maiores (94,32 m²)
em 4,5 dias e os menores (58,78 m²) em apenas 3 dias;
• Rejuntamento do piso: estipulou-se o índice de 20 m² por dia para cada servente,
contabilizando que os pavimento grandes (94,32 m²) ficariam prontos em 2,5 dias e os
menores (58,78 m²) em 1,5 dias.
Com a aplicação do efeito aprendizagem, na Tabela 2 nota-se uma redução gradativa no
consumo de mão-de-obra dos serviços descritos acima, gerando uma evolução na execução dos
pavimentos tipo e, consequentemente garantindo uma economia considerável para o
empreendimento.
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Tabela 2 – Custo da mão de obra por equipe, em ordem, gasto na execução dos pavimentos
Metragem
Equipe que Total de Custo da Valor total gasto
quadrada Dias
Pavimento executará a horas mão de obra com mão de
por trabalhados
atividade trabalhadas por dia obra
pavimento
27º 58,78 1 6 211,2 R$ 302,88 R$ 1.817,28
26º 58,78 2 6 211,2 R$ 302,88 R$ 1.817,28
25º 58,78 3 6 211,2 R$ 302,88 R$ 1.817,28
24º 58,78 1 5,5 193,6 R$ 302,88 R$ 1.665,84
23º 58,78 2 5,5 193,6 R$ 302,88 R$ 1.665,84
22º 94,32 3 9,5 334,4 R$ 302,88 R$ 2.877,36
21º 94,32 1 9,5 334,4 R$ 302,88 R$ 2.877,36
20º 94,32 2 9,5 334,4 R$ 302,88 R$ 2.877,36
19º 94,32 3 9 316,8 R$ 302,88 R$ 2.725,92
18º 58,78 1 5 176 R$ 302,88 R$ 1.514,40
17º 58,78 2 5,5 193,6 R$ 302,88 R$ 1.665,84
16º 94,32 3 9 316,8 R$ 302,88 R$ 2.725,92
15º 94,32 1 9 316,8 R$ 302,88 R$ 2.725,92
14º 94,32 2 9 316,8 R$ 302,88 R$ 2.725,92
13º 94,32 3 8,5 299,2 R$ 302,88 R$ 2.574,48
12º 94,32 1 8,5 299,2 R$ 302,88 R$ 2.574,48
11º 94,32 2 8,5 299,2 R$ 302,88 R$ 2.574,48
10º 94,32 3 8,5 299,2 R$ 302,88 R$ 2.574,48
9º 94,32 1 8 281,6 R$ 302,88 R$ 2.423,04
8º 94,32 2 8 281,6 R$ 302,88 R$ 2.423,04
7º 94,32 3 8 281,6 R$ 302,88 R$ 2.423,04
6º 94,32 1 7,5 264 R$ 302,88 R$ 2.271,60
5º 94,32 2 8 281,6 R$ 302,88 R$ 2.423,04
4º 94,32 3 8 281,6 R$ 302,88 R$ 2.423,04
TOTAL R$ 56.184,24
Fonte: A autora
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58,78 m² 94,32 m²
Fonte: A autora
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dos serviços em dez dias e uma economia de R$ 3.028,80, superior a execução de um novo
pavimento pequeno.
58,78 m² 94,32 m²
Fonte: A autora
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58,78 m² 94,32 m²
Fonte: A autora
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de execução dos serviços mesmo com a mudança de um integrante do grupo durante a execução
do terceiro pavimento.
A Equipe 2, cumpriu com os prazos no início das obras, porém na execução do segundo, quarto,
sétimo e oitavo pavimento apresentaram problemas de logística visto que o quantitativo de
material repassado foi insuficiente para finalizarem os serviços, fazendo com que os serventes
saíssem das suas funções e perdessem o ritmo da produtividade para efetuarem o transporte de
materiais para os andares.
A Equipe 3, obteve um bom desempenho nos primeiros pavimentos executados, no entanto com
a mudança de um dos seus funcionários, o desempenho da equipe diminuiu devido a esse
integrante não acompanhar o ritmo de produtividade dos demais, gerando uma estagnação de
produtividade no quarto pavimento. Todavia, o desempenho do novo pedreiro melhorou, mas
ainda estava abaixo do bom rendimento esperado, constatando-se um retrocesso na curva de
aprendizagem visto que a equipe não conseguiu progredir na execução do oitavo pavimento em
relação ao anterior.
No Gráfico 4 e 5, observa-se as curvas de aprendizagem que são o retrato da atuação das equipes
no desenvolvimento dos seus trabalhos referente a duração da execução dos serviços e do
desempenho no decorrer das unidades. Dessa forma, os números abaixo pelas contemplam os
serviços como um todo, fazendo uma espécie de média que inclui as tanto as dificuldades
quanto as facilidades na execução dos serviços.
Gráfico 04 – Comparativo da Curva de Aprendizagem com o desempenho das equipes
Fonte: A autora
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Fonte: A autora
6. Conclusão
Inicialmente para obter parâmetros de produtividade significativos é necessário definir padrões
de controle que auxiliem no gerenciamento da obra, repassando a realidade da execução em
relação ao planejado, possibilitando ajustes nos grupos de serviço e acatando a previsibilidade
dos custos.
As curvas de aprendizagem são o retrato da atuação das equipes no desenvolvimento dos seus
trabalhos. Elas mostram, além da duração da execução dos serviços, o seu desempenho no
decorrer das unidades de produção. Tem-se, então, uma produtividade baseada na execução
completa do serviço. Dessa forma, os números levantados para os serviços de regularização de
piso, assentamento de pavimentação cerâmica e rejuntamento compõem as curvas de
aprendizagem que contemplam os serviços como um todo, fazendo uma espécie de média que
inclui as dificuldades e as facilidades da execução.
Através da comparação realizada entre as Equipes 1, 2 e 3, observou-se que quando se tem um bom
planejamento, logística funcional e funcionários determinados a cumprir suas metas é possível
reduzir até 880 horas trabalhadas para execução dos serviços que corresponde a uma economia de
11,88% do total a ser aplicado, que equivale a R$ 7.572,00. Percebe-se também que em algumas
situações a troca de algum trabalhador é inevitável, e pode ser caracterizada como positiva ou
negativa para a produtividade, visto que se examinaram pessoas com diferentes hábitos, resultando
em dados relativos. O desempenho da Equipe 3 foi influenciado pelo desempenho do novo operário,
visto que não conseguiu acompanhar o ritmo de trabalho dos demais e na Equipe 1 a situação se
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inverteu, devido ao novo prestador alcançar índices ainda maiores e alavancar a produtividade da
sua equipe.
De maneira geral, pode-se concluir que diversos fatores afetam a produtividade, e, portanto, deve-
se analisar as características de cada serviço antes de confirmar os resultados. É possível identificar
os fatores que afetam a produtividade, o que permite a configuração de uma ferramenta a ser
utilizada pelas empresas atuantes no setor, de forma a gerar os seus próprios bancos de dados, adotar
uma metodologia de intervenção no sentido de melhorar os seus índices e realizar um planejamento
diferencial, levando em conta fatores como a composição das equipes, o local de trabalho, a
disponibilidade dos materiais a serem utilizado, organização do canteiro e outros. Enfim, utilizar
parâmetros de desempenho, evitando surpresas e variabilidade, de modo a maximizar os resultados
e minimizar os seus desperdícios.
REFERÊNCIAS
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orientações para utilização. 2010. Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em engenharia de Produção.
Área de Concentração em Processos e Gestão de Operações) – Escola de Engenharia de São Carlos da
Universidade de São Paulo, 2010.
BOZZETTO, M.; DALCUL, A. L. P. C.; SIKILERO, C. B. Fatores pessoais que interferem nos acidentes de
trabalho. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO. Desenvolvimento Sustentável e
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http://www.anpecsul2011.ufsc.br. Acessado em 01/05/2019 21:57.
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<http://revistas.unicentro.br/index.php/capitalcientifico/article/viewArticle/613>. Acessado em 30/04/2019
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