Nature">
Avaliação Da Poluição Por Plásticos Nas Praias de Maceió-AL
Avaliação Da Poluição Por Plásticos Nas Praias de Maceió-AL
Avaliação Da Poluição Por Plásticos Nas Praias de Maceió-AL
MACEIÓ
2020
CLEVERSON FERREIRA SILVA
MACEIÓ
2020
RESUMO
Nas últimas décadas a produção global de plástico superou bilhões de toneladas, pelo fato de
sua natureza versátil e que pode ser adaptada para atender necessidades muito técnicas. Este
material é reconhecido como poluente onipresente, isto é, que pode ser encontrado em diversos
ecossistemas, o qual se origina por diversas fontes, sendo majoritariamente a ação antrópica,
isto tem gerado impactos em teias tróficas, serviços ecossistêmicos e mortes de diversas
espécies por causa da ingestão desse item. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é avaliar a
poluição por plástico nas praias de Maceió/AL. A avaliação foi realizada entre os anos de 2017
a 2019 através de seis campanhas, considerando períodos secos e chuvosos, abordando quatro
praias deste litoral. Foi observado grande carga de detritos antropogênicos em praias que sofrem
com a ausência de políticas de limpeza. Notou-se que a quantidade de lixo oscilou de acordo
com os níveis de pluviosidade; que o grau de infraestrutura da praia influencia na quantidade
de resíduos sólidos; e que o plástico ocupou em torno de 60% da carga geral de lixo. Este estudo
poderá contribuir para a redução da produção e a utilização de plástico, antes dele se tornar
resíduo, e para a criação de políticas públicas que mitigam o descarte indevido de lixo nas
praias. Há, ainda, a potencialidade de continuação da pesquisa para observar o nível de poluição
entre as praias com diferentes tipos de uso e comparar com os impactos gerados pela ingestão
deste item.
In the last decades, the global plastic production has surpassed billions of tons, for the fact of
its versatile nature and that can be adapted to meet the most diverse needs. This material is
recognized as a omnipresent pollutant, that is, it can be found in many different ecosystems,
which originates itself from several sources, being composite mostly by anthropic action, this
has created a big impact in trophic webs, ecosystem services and death by many different kind
of species due to the ingestion of this item. Is to evaluate the pollution by plastic on the beaches
of Maceió/AL. The evaluation was done between 2017 and 2019 through six campaigns,
considering dry and rainy periods, covering four beaches on this shore. A large load of
anthropogenic debris has been observed on beaches that suffer with the absence of cleaning
policies. it is important to note that the amount of waste may vary between the dry and rainy
periods; this means that the beach infrastructure influences the amount of solid waste; and the
plastic occupied around 60% of the general garbage. This study may contribute to reduce the
plastic production and its use, before it becomes waste. Besides that this work can also help to
create public policies that could reduce the improper disposal of waste on the beaches; there is
also a possibility to take this research ahead to observe the levels of pollution between the
different types of beaches and compare the impacts created by the ingestion of this item.
Figura 1 - Disposição do primeiro e último transecto de cada praia, bem como da distância entre
praias estudadas no litoral de Maceió-AL.................................................................................16
Figura 2 - A) Comprimento do transecto a partir da linha da última maré alta e o término da
faixa de areia. B) Largura fixa de um metro para ambos os lados............................................ 17
Figura 3 - Quantidade e disposição dos transectos no litoral de Maceió-AL. A) Praia da
Avenida. B) Praia da Ponta Verde. C) Praia de Cruz das Almas. D) Praia de Riacho Doce....18
Gráfico 1 - Densidade de lixo nas praias do litoral de Maceió-AL. Os números acima das barras
indicam a densidade de detritos para cada praia....................................................................... 19
Gráfico 2 - Densidade de plástico nas praias do litoral de Maceió-AL. Os números acima das
barras indicam a densidade de detritos para cada praia............................................................ 20
Gráfico 3 - Influência da pluviosidade na densidade de lixo de cada praia: a) Avenida; b) Cruz
das Almas; c) Ponta Verde; d) Riacho Doce.............................................................................21
Gráfico 4 - Porcentagem dos principais itens encontrados em cada praia: a) Avenida; b) Cruz
das Almas; c) Ponta Verde; d) Riacho Doce.............................................................................23
Gráfico 5 - Abundância relativa de tamanho do lixo observados em cada praia: a) Avenida; b)
Cruz das Almas; c) Ponta Verde; d) Riacho Doce.................................................................... 24
Gráfico 6 - Abundância relativa (%) de diferentes tipos de uso do lixo nas praias: a) Avenida;
b) Cruz das Almas; c) Ponta Verde; d) Riacho Doce. Os números acima das barras indicam a
abundância absoluta de detritos para cada tipo de uso do lixo................................................. 25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AV Praia da Avenida
PV Praia de Ponta Verde
CA Praia de Cruz das Almas
RD Praia de Riacho Doce
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 29
9
1 INTRODUÇÃO
A produção global de plástico nos últimos anos ultrapassou a marca de quatro bilhões
de toneladas, e todas as previsões indicam a manutenção deste crescimento contínuo nos
próximos anos (R. GEYER, J. JAMBECK, K. LAVENDER L, 2017; JAMBECK, 2015;). O
plástico não é biodegradável, possui alto poder de fragmentação, é leve, resistente e
relativamente de baixo custo de produção. A combinação destes fatores fez com que o plástico
tenha seu uso amplamente disseminado na sociedade e seu acúmulo no ambiente seja
considerado um dos grandes problemas ambientais do nosso século (WILLIAMS, et al., 2017).
O acúmulo do plástico nos ambientes pode impactar os serviços ecossistêmicos, ciclos
biogeoquímicos, ciclo reprodutivo de animais e a saúde humana (BROWNE et al, 2015;),
gerando um problema mundial, pois, o plástico é encontrado em diversos ambientes terrestres
e aquáticos: praias, ilhas remotas, oceanos, rios e lagoas. (BARNES et al, 2009; BROWNE et
al, 2011; WILSON, S; VERLIS, K., 2017; ALEXIADOU, P. FOSKOLOS, I.; FRANTZIS,
2019).
A origem deste problema é variada, todavia, inicia-se em seu uso indiscriminado,
incluindo produtos de uso único, passando pelo descarte irregular devida a uma série de
questões socioeconômicas (WILLIS et al, 2017). Uma metodologia comumente aplicada para
avaliar a deposição e potencial impacto do plástico nos ecossistemas marinhos é avaliar o seu
acúmulo nas praias, principalmente as que estão localizadas em centros urbanos (WILLIS et al,
2017), pois elas são um importante ponto de entrada de plástico nos oceanos (ARCANGELI et
al, 2018) (WILLIS et al, 2017). Desta forma, a identificação e quantificação do lixo encontrado
nas praias pode auxiliar a implementação de políticas públicas e a construção mecanismos de
educação ambiental mais alinhados com a realidade local do problema (OWENS et al, 2018).
Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar o lixo em quatro praias de
características distintas em Maceió-AL, a fim de compreender os fatores que influenciam a
deposição de lixo nas praias. Para isto, foi avaliada a densidade dos resíduos sólidos
encontrados nas praias (tipo de material e possível uso original) e os possíveis fatores que
podem influenciar em sua deposição (pluviosidade e infraestrutura presente nas praias).
10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Problemática
A produção acumulada global de plástico desde 1950 até 2017 foi superior a 8 bilhões
de toneladas, sendo metade desta quantidade produzida na última década e projetada para
aumentar no futuro (R. GEYER, J. JAMBECK, K. LAVENDER L. et al, 2017). O plástico é
extremamente versátil, por ser leve, durável, relativamente barato, resistente a produtos
químicos, possuir boas propriedades de isolamento térmico e elétrico (WILLIAMS, et al.,
2017).
O plástico é um polímero, tipicamente modificado com aditivos, que pode ser moldado
ou modelado (BOLGAR, et al., 2015). São diversos os tipos de plástico utilizados em nossa
sociedade, (MUNARI, C., SCOPONI, M., & MISTRI, M., 2017), sendo os mais utilizados o
polietileno (PE), polipropileno (PP), cloreto de polivinil (PVC), poliestireno (PS) e tereftalato
de polietileno (PET), que representam aproximadamente 90% da produção mundial total
(ANDRADY, A.L., NEAL, M. A, 2009).
O uso excessivo deste material e seu descarte inadequado fizeram com que a poluição por
plástico atingisse proporção global, uma vez que o plástico é encontrado em diversos ambientes:
praias mais remotas; flutuando no meio do oceano; congelado no gelo polar; e, circulando nas
teias tróficas marinhas (JAMBECK et al, 2018). Por essa razão, o plástico tem sido reconhecido
como um dos poluentes mais importantes em todo o mundo (UNEP, 2016), o qual permanece
no meio ambiente por centenas de anos, afetando todos os países costeiros (VAN SEBILLE et
al, 2015; WILLIS et al, 2017; PORTMAN, M. E., & BRENNAN, R. E. et al, 2017), o que
implica em uma infinidade de ramificações de impactos ambientais, sociais e econômicas
(WILCOX et al, 2016).
atividades econômicas específicas (COE et al, 1997), por exemplo, alguns classificam os
detritos de praia como itens relacionados ao turismo, detritos de pesca, detritos relacionados ao
esgoto, entre outros (CLAEREBOUDT, 2004)
No que se refere às fontes terrestres, observa-se que os centros urbanos exercem forte
influência na quantidade de lixo nas praias, devido ao fato de que as cidades servem de grandes
polos produtores de resíduos plásticos, potencializando o seu descarte indevido. (WILLIS et al,
2017). Além disso, as praias localizadas nesses centros apresentam grande número de usuários,
visto que elas apresentam maiores quantidades de bares e restaurantes, o que aumenta a
probabilidade de entrada do plástico nestes ambientes (WILLIS et al, 2017; BARNES et al,
2009). A quantidade de plástico nas praias também é influenciada por outras variáveis, como a
pluviosidade. Como os rios são importantes fontes de plástico para o ambiente, aumentos na
pluviosidade estão relacionados com uma maior deposição de plástico nos ambientes, devido
ao aumento no volume e fluxo dos rios (ARCANGELI et al, 2018).
Além da gestação inadequada dos resíduos plásticos nos ecossistemas marinhos, o uso de
alguns cosméticos libera milhares de partículas de plástico nos sistemas de tratamento de
esgoto, pois estas microesferas de plástico estão presentes em sua composição (BROWNE et
al, 2011; COLE et al, 2013; UNEP, 2009). Devido à grande capacidade de dispersão, os detritos
plásticos que entram nos ecossistemas marinhos podem ser transportados ao redor dos oceanos
via circulação de vento e corrente de superfície, dispersando-se por grandes distâncias. Isso
torna difícil identificar suas fontes e implementar atividades focadas em gerenciamento
(BARNES et al, 2009).
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral:
• Avaliar o lixo em quatro praias de características distintas em Maceió-AL, a fim
de compreender o nível de poluição e os fatores que influenciam a deposição de
lixo nas praias.
4 METODOLOGIA
4.1 Área de estudo:
Foram escolhidas quatro praias localizadas no litoral de Maceió-AL (Figura 1), que são
distintas quanto ao seu uso, níveis de urbanização (alta e baixa) e dinâmica natural (proximidade
a um rio). A praia de Ponta Verde (PV) é altamente urbanizada (09º39’55.77” S 35º41’4631”
W), essa praia tem infraestrutura, como quiosques típicos de praia e estacionamento para
visitantes, e é um local de fácil acesso para banhistas e recebe muitos turistas. A praia de Cruz
das Almas (CA), que possui alta urbanização (09º38’31.37” S 35º41’53.67” W), também possui
estacionamento para visitantes, no entanto, tem menos quiosques e recebe um público
relativamente menor. As praias que são próximas a um rio são a da Avenida (AV) (09º40’23.84”
S 35º43’29.32” W) e a de Riacho Doce (09º35’22.66” S 35º39’56.64” W). A praia da AV, que
possui alta urbanização, recebe o deságue do rio Salgadinho, essa praia é caracterizada pela
atividade pesqueira, no local áreas de estacionamento e quiosques são ausentes e, por
conseguinte, não recebe influência significativa de banhistas. A praia de RD, que apresenta
baixa urbanização, possui muitas residências e poucos quiosques, essa praia está localizada
entre dois rios, o Gurgury e o Pratagy.
Figura 1 - Disposição do primeiro e último transecto de cada praia, bem como da distância
entre as praias estudadas no litoral de Maceió-AL
A B
B
A
B
C D
5 RESULTADOS
Gráfico 1 - Densidade de lixo nas praias do litoral de Maceió-AL. Os números acima das
barras indicam a densidade de detritos para cada praia.
Densidade (m2)
20
A B
C D
bitucas de cigarro foi relativamente baixa, sendo na praia de CA (7%) (177 itens), na praia de
RD (5%) (57 itens) e na praia da AV (2%) (30 itens) (gráfico 4).
O isopor foi o segundo item mais abundante em três praias, predominando na praia da
AV, com (31%) (532 itens), seguido da praia de CA (11%) (285 itens) e da praia de RD com
(20%) (232 itens). O menor índice de isopor foi registrado na praia de PV, totalizando (4,4%)
(86 itens) dos itens encontrados nesse local (gráfico 4).
As principais classes de tamanho do lixo nas praias reservaram-se na de 0 a 5 cm,
totalizando (59,1%) (4.421 itens), como também na de 5-10 cm (24,7%) (1.840 itens) e de 10-
15 cm (8,1%) (605 itens). O tamanho dos detritos marinhos encontrados foi semelhante entre
as quatro praias
A predominância das classes menores nas praias altamente urbanizadas se deve à alta
ocorrência de bituca de cigarro e tampas de refrigerante, enquanto nas praias de baixa
urbanização associadas ao estuário, a predominância da classe de menor tamanho deve-se
provavelmente ao processo de fragmentação do plástico (gráfico 5).
De todos os detritos observados, conseguiu-se identificar o uso original de 50% do lixo
encontrado na área altamente urbanizada (CA, PV e AV) e 35,4% na área de baixa urbanização
associada a estuário (RD) (gráfico 6).
A maioria dos detritos foram originários de fontes terrestres, representando 74,5% do
total de itens identificados nas áreas altamente urbanizadas, 69,9% na área de baixa urbanização
associada a estuário. Todos os detritos classificados como fontes marítimas estavam
relacionados às atividades pesqueiras nas duas áreas (gráfico 6).
O tipo de uso mais abundante nas praias estava relacionado a itens alimentares
(embalagens de alimentos ultra processados e itens descartáveis: copos, pratos e talheres
descartáveis), esta preeminência foi observada em três praias, sendo na praia da CA (25%), na
praia de AV (23%) e na praia de RD (24%) (gráfico 6). No entanto, na praia de PV, o tipo de
uso que ficou em destaque foi a bituca de cigarro (fumo) (37%) (gráfico 6).
23
A B
C D
24
A B
C D
25
Gráfico 6 - Abundância relativa (%) de diferentes tipos de uso do lixo nas praias: a)
Avenida; b) Cruz das Almas; c) Ponta Verde; d) Riacho Doce. Os números acima das
barras indicam a abundância absoluta de detritos para cada tipo de uso do lixo.
A B
C D
26
6 DISCUSSÃO
6.1 Fatores que influenciam a composição de lixo das praias
O plástico compôs a maior parte dos detritos nas praias estudadas (75%), a
predominância do plástico na composição de lixo das praias também foi registrada em diversas
praias ao longo da costa brasileira (ANDRADES, et al, 2020), em praias do nordeste (SANTOS,
I. R.; FRIEDRICH, A. C.; DO SUL, J. A., 2009), do sudeste do Brasil (ANDRADES, et al,
2016), em ilhas remotas (IVAR DO SUL, et al., 2011; ANDRADES, et al, 2018) e no mundo
(BARNES, et al, 2009).
O padrão de praias urbanizadas apresentarem maior quantidade de plástico também está
de acordo com outros estudos (ARCANGELI et al, 2018; ANDRADES, et al, 2020). No
entanto, uma das praias urbanizadas avaliadas neste estudo apresentou a menor quantidade de
plástico dentre todas avaliadas. Isso pode estar ligado a grande quantidade de lixeiras e a
limpeza no local específico que os ambulantes exercem sua atividade econômica nessa praia.
Apesar de comumente ocorrer o registro de que praias mais urbanizadas apresentam
grandes quantidades de detritos do que áreas não urbanas. (ARCANGELI et al, 2018;
ANDRADES, et al, 2020), a grande quantidade de lixo na praia menos urbanizada associada
ao estuário evidencia que os efluentes podem ter uma influência maior sobre o acúmulo de lixo
nas praias do que a proximidade da praia a um centro urbano (BARNES et al, 2009;
ANDRADES, et al 2020). Além disso, atualmente, observa-se a contribuição dos efluentes na
abundância de lixo menores, ou seja, de 0,5cm a 10cm. Isso pode se dever ao processo de
fragmentação ocorrido quando os detritos são transportados pelo rio (ANDRADES, et al 2020).
Isso reforça o papel das zonas estuarinas como potenciais fontes de poluição das praias.
A pluviosidade parece influenciar na deposição de lixo nas praias, porém, com efeitos
distintos entre as praias. As praias altamente turísticas apresentaram maiores quantidades de
lixo durante o período seco, o que pode estar relacionado com o aumento na quantidade de
usuários nestes períodos do ano (WILLIS et al, 2017). Enquanto, que uma das praias próximas
aos rios exibiram um aumento na quantidade de lixo com o aumento da pluviosidade, o que
possivelmente está relacionado com o aumento do aporte de lixo pelos rios nestes períodos
(ARCANGELI et al, 2018; WILLIS et al, 2017; BROWNE et al, 2011; COLE et al, 2013)
(LEBRETON et al., 2017).
7 CONCLUSÃO
Diante do exposto, identificou-se que a cada metro quadrado é possível encontrar lixo
em todas as praias. Foi evidenciado, também, que a maioria dos itens nas praias estavam
relacionados com o plástico, como também à alimentos, ao fumo e a pesca. Por fim, foi
identificado que o plástico faz parte de todos os tipos de uso classificados neste trabalho. Desse
modo, este estudo poderá contribuir para a redução da produção e a utilização de plástico, antes
dele se tornar resíduo, e para a criação de políticas públicas que mitigam o descarte indevido
de lixo nas praias.
29
REFERÊNCIAS
SANTOS, I. R., FRIEDRICH, A. C., & IVAR DO SUL, J. A. Marine debris contamination
along undeveloped tropical beaches from northeast Brazil. Environmental Monitoring and
Assessment, 148(1–4), 455–462. (2009).
SANTOS, Isaac R.; FRIEDRICH, A. C.; IVAR DO SUL, J. A. Marine debris contamination
along undeveloped tropical beaches from northeast Brazil. Environmental Monitoring and
Assessment, v. 148, n. 1-4, p. 455-462, 2009.
SANTOS, R. G. et al. Debris ingestion by juvenile marine turtles: an underestimated problem.
Marine Pollution Bulletin, 93: 37 –43 2015.
SCHUYLER, Q., et al, Global analysis of anthropogenic debris ingestion by sea turtles.
Conservation biology. 28(1), 129-139. (2014).
SHEAVLY, S.B., REGISTER, K.M., Marine debris and plastics: environmental concerns,
sources, impacts and solutions. J. Polym. Environ. 15 (4), 301–305. (2007)
SCHMIDT, Christian; KRAUTH, Tobias; WAGNER, Stephan. Export of plastic debris by
rivers into the sea. Environmental science & technology, v. 51, n. 21, p. 12246-12253, 2017.
SIGLER, M., The effects of plastic pollution on aquatic wildlife: Current situations and future
solutions. Water Air Soil Pollut. 225:2184. 2014.
UNEP, Marine Litter: A Global Challenge. UNEP, Nairobi. 2009.
United Nations Environment Program, Marine Plastic Debris and Microplastics – Global
Lessons and Research to Inspire Action and Guide Policy Change, United Nations Environment
Programme, Nairobi, 2016.
United Nations Environment Programme (cited as UNEP). Marine Litter, an analytical
overview. (United Nations Environment Programme, 2005).
WILCOX, Chris; VAN SEBILLE, Erik; HARDESTY, Britta Denise. Threat of plastic pollution
to seabirds is global, pervasive, and increasing. Proceedings of the National Academy of
Sciences, v. 112, n. 38, p. 11899-11904, 2015.
WILLIAMS, A. T., et al. Beach litter sourcing: A trawl along the Northern Ireland coastline.
Marine Pollution Bulletin, 122(1–2), 47–64. (2017).
WILLIS, C. et al, how successful are waste abatement campaigns and government policies at
reducing plastic waste into the marine environment? Mar. Pollut. Bull. (2017).
WILLIS, K., et al. Differentiating littering, urban runoff and marine transport as sources of
marine debris in coastal and estuarine environments. Scientific Reports, 7(February), 1–9.
(2017).
WILSON, S. P., & VERLIS, K. M. The ugly face of tourism: Marine debris pollution linked
to visitation in the southern Great Barrier Reef, Australia. Marine Pollution Bulletin, 117(1–
2), 239–246. (2017).