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Prosa Romântica Brasileira
Prosa Romântica Brasileira
Prosa Romântica Brasileira
Prosa Romântica
Brasileira
Residentes: Giulia Isabele, João Antonio, Lívia Rocha, Raiane Carvalho, Raquel Badu e Sinara Rosal
Introdução
O que é prosa?
Surge após a independência do Brasil
Divide-se em quatro vertentes:
Prosa social-urbana: focaliza os centros urbanos e
o cotidiano burguês
Prosa indianista: apresenta o indígena como
protagonista
Prosa regionalista: apresenta características típicas
de algumas regiôes do país.
Prosa histórica: retrata o passado histórico
brasileiro.
Romance de folhetim
Joaquim Manuel de Macêdo
Nasceu em 24 de junho de 1820, na cidade de São
João do Itaboraí - RJ.
Linguagem simples;
Tema do amor idealizado e puro;
Focaliza os costumes da alta sociedade do Rio de
Janeiro.
Não tardou que Filipe, como bom amigo e hóspede, viesse em auxílio de Augusto. Em
verdade que era impossível passar o resto da tarde e a noite inteira com aquela calça,
manchada pelo café; e, portanto, os dois estudantes voaram à casa. Augusto, entrando
no gabinete destinado aos homens, ia tratar de despir-se, quando foi por Filipe
interrompido.
- Augusto, uma ideia feliz! Vai vestir-te no gabinete das moças.
- Mas que espécie de felicidade achas tu nisso?
- Ora! Pois tu deixas passar uma tão bela ocasião de te mirares no mesmo espelho
em que elas se miram?... De te aproveitares das mil comodidades e das mil
superfluidades que formigam no toucador de uma moça?... Vai!... Sou eu que to digo;
ali acharás banhas e pomadas naturais de todos os países; óleos aromáticos essências
de formosura e de todas as qualidades; águas cheirosas, pós vermelhos para as faces e
para os lábios, baeta fina para esfregar o rosto e enrubescer as pálidas; escovas e
escovinhas, flores murchas e outras viçosas...
- Basta, basta; eu vou, mas lembra-te que és tu quem me fazes ir e que o meu
coração adivinha...
- Anda, que o teu coração sempre foi um pedaço d'asno.
Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha. Google, Inc, 2013. p. 103-104.
Manuel Antônio de Almeida
Nascido no Rio de Janeiro, em novembro de 1831, era
filho de um tenete português e teve uma infância e
adolecência humildes.
Lenda e história
Trechos de Iracema
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais
negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
“Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é
guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco
das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas.
Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.”
Bernardo Guimarães
Nasce em Ouro Preto, Minas
Gerais, em 15 de Agosto de
1825; Caracteristicas de
suas obras:
Tinha um temperamento
boêmio e bem humorado; Amor e mulher
idealizados;
Foi juiz, municipal, Exagero senttimental;
professor, crítico literário e Regionalismo;
escritor, ocupou a 5º cadeira Nacionalismo;
da Academia Brasileira de Hérois como homens do
Letras; campo.
A Escrava Isaura - Trechos da obra
"Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma bela e nobre figura de moça. As
linhas do perfil desenham-se distintamente entre o ébano da caixa do piano, e as
bastas madeixas ainda mais negras do que ele. São tão puras e suaves essas
linhas, que fascinam os olhos, enlevam a mente, e paralisam toda análise. A tez é
como o marfim do teclado, alva que não deslumbra, embaçada por uma nuança
delicada, que não sabereis dizer se é leve palidez ou cor-de-rosa desmaiada. O
colo donoso e do mais puro lavor sustenta com graça inefável o busto
maravilhoso."
"Eis aí debaixo de que tristes auspícios nasceu a linda e infeliz Isaura. Todavia,
como para indenizá-la de tamanha desventura, uma santa mulher, um anjo de
bondade, curvou-se sobre o berço da pobre criança e veio ampará-la à sombra
de suas asas caridosas. A mulher do comendador considerou aquela tenra e
formosa cria como um mimo, que o céu lhe enviava para consolá-la das
angústias e dissabores, que tragava em conseqüência dos torpes desmandos de
seu devasso marido.''
"O mimo, com que era tratada, em nada lhe alterava a natural bondade e
candura do coração. Era sempre alegre e boa com os escravos, dócil e submissa
com os senhores."
A Escrava Isaura
É escrita no contexto de campanha abolicionista, em 1875;
Trás de maneira romântica a realidade escravagista;
Consolida Bernardo Guimarães como um grande romancista, devido ao
sucesso da obra;
Obra imaginativa.