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Aula Sistema Cardíaco

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Sistema cardiovascular

CTESP Cuidados veterinários


Assistência veterinária em animais de
companhia
• Aula 17/12/2021
CORAÇÃO

- Órgão muscular oco cuja principal


função é o bombeamento de sangue
para todo o organismo e, dessa forma,
cobrir as necessidades de O2 e
nutrientes nos tecidos, removendo os
produtos do catabolismo.
/ aurículas
Patologias Cardiovasculares:
1. Insuficiência cardíaca

2. Cardiomiopatias congénitas
Insuficiência Cardíaca:
É a incapacidade do sistema circulatório em manterum
débito cardíaco adequado.

Situação clínica na qual o coração bombeia um volume de


sangue insuficiente, que não cobre as necessidades em
O2 e nutrientes

É uma síndrome e não uma doença em concreto

É importante determinar a causa desta síndrome


Insuficiência Cardíaca:
Qdo acontece, o organismo activa os mecanismos de
compensação com o objectivo de manter o débito
cardíaco e a pressão arterial dentro de valores
normais

A sobreestimulação destes mecanismos de


compensação provocam efeitos deletérios no
animal e são os causadores dos sinais de IC

Estes mecanismos são comuns a todas as causas de


insuficiência cardíaca
Insuficiência Cardíaca:
As causas mais comuns de insuficiência cardíaca:

regurgitação da válvula mitral e a cardiomiopatia dilatada.

A regurgitação d a válvula mitral, mais frequente em cães de raças


pequenase a cardiomiopatia dilatada, mais frequente em raças
grandes.
Insuficiência Cardíaca:
Mecanismos de compensação:
Sistema nervoso simpático
Aumenta a Frequência Cardíaca
Aumento da contractibilidade
Vasoconstrição arterial e venosa

Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Dimimui a diurese
Aumento da sede
Vasoconstrição
Retenção de liquídos.
Insuficiência Cardíaca:
Mecanismos de compensação de IC

o organismo entra em ciclo vicioso, onde os


mecanismos de compensação não são capazes
de manter o débito cardíaco, perante uma reserva
cardíaca muito diminuída ou esgotada

Começam a aparecer os sinais de baixo débito


cardíaco
Insuficiência Cardíaca:
Mecanismos de compensação de IC

As manifestações clínicas ocorrem como resultado


de:

Diminuição do débito cardíaco

Congestão venosa

Presença de arritmias
Insuficiência Cardíaca:
Manifestações clínicas ocorrem como resultado de:
Diminuição do débito cardíaco
Depressão
Fraqueza
Hipotermia
Pulso femoral fraco
Mucosas pálidas
TRC aumentado
Extremidades frias
Taquipneia
Insuficiência Cardíaca:
Manifestações clínicas ocorrem como resultado de:
Congestão venosa - Insuficiência
Cardíaca Congestiva - ICC

Falha cardíaca Esq. (Congestão Venosa Pulmonar):


Tosse (raro em gatos)
Dispneia
Relutância em movimentar-se

Falha generalizada
Manifestação mais comum
Efusão pleural e ascite
Insuficiência Cardíaca :
De forma prática:

Sem sinais de IC - Fase I

Com IC moderada - Fase II e III


- intolerância ao exercício
- tosse
- taquipneia

Com IC severa - Fase IV


- Sinais clínicos severos e em repouso
- É necessário Tratamento hospitalaragressivo
Insuficiência
Cardíaca :
Tratamento e m pacientes estáveis:
Restrição de exercício
Maneio dietético
Fármacos:
Diuréticos - Ex. Furosemida, espironalactona,…
Vasodilatadores - Ex. IECAs, …
Ionotropos positivos - Ex. Digoxina, …
Antiarritmicos - Ex. Lidocaina, …
Insuficiência Cardíaca :
Tratamento e m pacientes estáveis:
Maneio dietético
Restrição moderada de sódio
Consumo adequado de proteína eenergia
Controlo do potássio e magnésio
Evitar excesso de fósforo
Suplementação com vitaminas
Nível adequado de taurina, carnitina, Coenzima Q e
ácidos gordos ómega 3

RAÇÃO PARA CARDíACOS/RENAL


Maneio dietético

Suplementação com vitaminas


• Suplementação com Vit. do complexo B
• Perdas na urina devido a IR

Nível adequado de taurina, carnitina, Coenzima Q eácidos


gordos ómega 3
• Taurina- Dose de 500 mg BID
• Carnitina - Dose 1g/animal BID /TID
• Coenzima Q - Dose 10 mg/Kg BID
• Ac. Gordos Ómega 3 - Óleo de Peixe, tem efeito
antihipertensor
Insuficiência Cardíaca :
Tratamento de emergência:
I. Identificar e caracterizar a falha cardíaca
II. Protocolos de emergência;
1. Aumentar a pressão de O2 a nível tecidular
Oxigenoterapia - jaula de O2 ou cateter nasal
2. Reduzir a necessidade de O2
Evitar stress
Sedação - Morfina, acepromazina ou Butorfanol
3. Facilitar a capacidade respiratória
Toracocentese - efusão pleural
Abdominocentese - ascite
Insuficiência Cardíaca :
Prognóstico:

A não ser que a etiologia de falha cardíaca possa ser


revertida (hipotiroidismo, deficiência em taurina,
deficiência em carnitina) os pacientes normalmente
morrem de falha cardíaca

O prognóstico varia com a patologia subjacente


IC por Cardiomipatia dilatada em Dobermans leva à morte em cerca de 6m
IC por cardiomiopatia dilatada noutras raças grandes geral/ leva à morteem
cerca de 1ano.
IC por insuficiências valvulares tem uma esperança média
de vida de cerca de 3anos.
Patologias Cardiovasculares:

2. Cardiomiopatias congénitas

Consideram-se Cardiomiopatia Congénita aquelas


anomalias cardíacas estruturais ou funcionais
que estão presentes no momento do nascimento,
podendo ser hereditárias (transmissíveis) ou
adquiridas na vida fetal (não transmissíveis).
• O coração é constituído
pelo tecido muscular
chamado miocárdio

• O miocárdio é constituído
por várias células sendo a
principal o cardiomiócito

Segmento de um cardiomiócito
• O cardiomiócito tem capacidade de
se contrair devido à presença de
proteínas contráteis dispostas em
unidades estruturais organizadas,
conhecidas por sarcómeros. Cada
sarcómero é constituído por
filamentos finos (actina) e filamentos
grossos (miosina)

• Os sarcómeros estão alinhados


entre si e separados pelas linhas “Z”
Para que a contracção muscular ocorra deve
haver entrada de cálcio no cardiomiócito
através de invaginações da membrana celular
(sarcolema)
Electrocardiografia

Acção mecânica

Ciclo Cardíaco:

- Diástole : enchimento das câmaras ♥

- Sístole: expulsão do sangue.


Electrocardiografia

Sístole ventricular

• Corresponde à contracção
ventricular com o objectivo de
ejectar sangue na aorta

• Tem início com a abertura das


válvulas semilunares
Electrocardiografia

Diástole ventricular
• Corresponde ao relaxamento ventricular
e tem início com o fechamento das
válvulas semilunares e abertura das
válvulas auriculo-ventriculares
• Durante a diástole existe uma fase inicial
de enchimento rápido e uma fase mais
tardia de enchimento lento que se faz à
custa da contracção auricular
Sístole auricular
• Corresponde à contracção auricular com
ejecção do sangue para o ventrículo
• Ocorre simultaneamente à diástole
ventricular
Electrocardiografia

CICLO CARDÍACO (4 fases):


-contracção isovolumétrica (o ventrículo
contrai e as válvulas auriculo-
ventriculares fecham)
-ejecção ventricular (quando a pressão
ventricular excede a da aorta, a válvula
aórtica abre e o sangue sai do
ventrículo)
-relaxamento isovolumétrico (todas as
cavidades cardíacas estão fechadas, o
sangue está a entrar nas aurículas e as
válvulas auriculo-ventriculares só abrem
quando a pressão nas aurículas excede
a dos ventrículos)
-enchimento ventricular (ocorre após
abertura da válvula auriculo-ventricular,
inicialmente há um enchimento passivo
seguido de um enchimento activo que
resulta da contracção auricular) Fonte: “Mosby`s Guide to Physical examination”, 4ª edição, 1999
DÉBITO CARDÍACO

• Corresponde à quantidade de sangue bombeada a cada minuto


pelo coração e varia com a frequência cardíaca (FC) e com o
volume ejectado

DÉBITO CARDÍACO (DC) = FREQUÊNCIA CARDÍACA × VOLUME


SISTÓLICO

Ex: ~ 5 l/min (humanos)

• Como se dá a sua Regulação ?


• O DC é determinado pela pressão de enchimento ou “pré-carga”,
pela contractilidade miocárdica, pela resistência periférica ou
“pós-carga” e pela frequência cardíaca

Lei de Frank Starling: o estiramento das fibras miocárdicas por


aumento do volume sistólico, aumenta a contractilidade cardíaca
com consequente aumento da frequência cardíaca.

• O débito cardíaco varia directamente com a pressão do sangue na


aurícula direita
Controlo da Frequência Cardíaca

• O nódulo Sino-auricular onde tem origem o impulso para a contracção


cardíaca está sob o controle dos dois componentes do sistema nervoso
autónomo, o sistema parassimpático reduz a FC e o sistema
simpático aumenta-a
Em condições normais existe um equilíbrio entre os dois sistemas

• Vias simpáticas: têm origem nos segmentos cervicais inferiores e


torácicos superiores da medula espinhal; os mediadores químicos são
a adrenalina e noradrenalina; os receptores cardíacos para estes
mediadores são do tipo β

• Vias parassimpáticas: têm origem no bulbo raquidiano; o mediador


químico é a acetilcolina

• Outros centros superiores: o controle pode ainda ser feito pelo


tálamo, hipotálamo e córtex cerebral
Controlo Reflexo da Frequência Cardíaca

• Existem receptores localizados no seio carotídeo e no arco aórtico –


barorreceptores – que respondem a alterações agudas da pressão
arterial (ex.: se a pressão arterial estiver aumentada vai ocorrer
redução da FC)
• Existem receptores localizados na parede dos vasos sanguíneos e na
região carotídea – quimiorreceptores – que também detectam
variações da pressão arterial e podem influenciar a FC
• Na superfície endocárdica da parede ventricular existem receptores –
receptores ventriculares - que quando estimulados provocam
redução da FC
Electrocardiografia

HEMODINÂMICA

Velocidade da corrente sanguínea:

- a velocidade sanguínea é inversamente proporcional à área de


secção transversa dos vasos

Relação entre pressão e fluxo:

- o fluxo é inversamente proporcional ao comprimento do tubo


Electrocardiografia

CORAÇÃO

Para cumprir adequadamente a sua


acção mecânica ← actividade
eléctrica específica, que em forma e
tempo permita cumprir as ≠s fases do
ciclo cardíaco.

► O adequado funcionamento do
coração relaciona-se com a formação
dos impulsos (no caso da excitação
cardíaca) e na condução dos mesmos.

A excitação e a condução dos impulsos


eléctricos devem seguir um
sincronismo ou uma sequencia normal
de eventos.
Electrocardiografia
Electrocardiografia

CORAÇÃO

Nódulo sinusal (NSA) = “marca pass


o”; localizado no átrio direito, próximo à
saída das cavas.

O impulso eléctrico ♥ origina-se no


NSA, despolarizando primeiro o átrio
direito e passando em seguida para o
átrio esquerdo.

Nos átrios, a excitação do nódulo atrio


- ventricular (NAV) sofre um
retardamento, que permite a Fonte: Feitosa. F.; 2004)

despolarização atrial e depois a


ventricular.
Electrocardiografia

CORAÇÃO

Nos ventrículos, o impulso chega ao fascículo átrio – ventricular


(feixe de His) e progride até aos ramos direito e esquerdo, chegando
finalmente aos ramos sub - endocárdicos (fibras de Purkinje) para
que, assim, possa despolarizar a massa ventricular.

Fonte: Feitosa. F.; 2004)


Electrocardiografia
Electrocardiografia - Princípios ► registo gráfico da
diferença de potencial
que se originam durante
a activação das fibras
= é o registo gráfico da actividade
eléctrica cardíaca, registada em papel musculares cardíacas.
milimétrico ou em computador, que
tem em consideração o tempo e a
amplitude.

Utilizado em:
- Detecção de arritmias;
- Alterações anatómicas das
câmaras;
-Resposta à medicação anti –
arritmica:
- Monitorização cirurgica; Fonte: Feitosa. F.; 2004)

- Px
-…
Electrocardiografia - Princípios

Posicionamento do paciente
- Decúbito lateral direito ( os valores
normais indicados estão padronizado para esta posição
durante a derivação II)

- Os eléctrodos possuem cores


diferentes, indicando em que
membro devem ser posicionados.
- Uma vez posicionados, a pele é
humidificada com álcool ou gel
usado na ecografia → obter
melhor contacto entre a pele e o
Fonte: Feitosa. F.; 2004)
eléctrodo → melhor registo.
Electrocardiografia - Princípios

Considerações:

-Antes de começar a registar as derivações, devemos


calibrar o electrocardiógrafo no qual 1 mv deve corresponder
a 1 cm.

-Em alguns casos poderá ser necessário ajustar a amplitude


( para + ou – de modo que as características físicas do
animal não interfiram no registo)

-Em aparelhos monocanal ( apenas se ontem um registo de


cada derivação de cada vez) pode eventualmente ter
interesse registrar 4 ou 5 complexos centrados no papel em
cada derivação, para finalmente fazer um registo +
prolongado em derivação II (para observar melhor o ritmo
cardíaco).

-Em aparelhos ligados a computador é possível manter os


registos numa base de dados informatizada.
Electrocardiografia - Princípios

- O equipamento de ECG é um voltímetro


composto de eléctrodos positivos e
negativos que são colocados no corpo
do animal e permitem avaliar a actividade
eléctrica cardíaca decorrente da
despolarização e repolarização do
coração.

- O traçado que se obtém é o


somatório de todos os potenciais de
acção gerados pelas fibras cardíacas
Electrocardiografia

► Assim com 3 pontos em


qualquer zona do corpo
podemos registar o que se
passa no coração!!

O padrão é:
- Membro direito
- Membro esquerdo
- Membro posterior esquerdo
Electrocardiografia - Princípios

► Quando colocamos os eléctrodos


em diferentes pontos do corpo do
animal podemos avaliar a actividade
eléctrica sob diversos ângulos e desta
forma contribuir para um posterior dx
mais preciso ( i.e. melhor compreensão
das arritmias e melhor localização da
lesão ♥)

- Temos derivações bipolares e


unipolares com voltagem aumentada.

Fonte: Feitosa. F.; 2004)


Electrocardiografia - Princípios

Derivações bipolares:
-DI
- D II ( + usada para medição das ondas, intervalos e segmentos)
- D III
► Avaliam a actividade eléctrica entre 2
membros

Derivações unipolares de voltagem


elevada.
-aVR
- aVL
- aVF
► utilizam 3 eléctrodos e comparam o
eléctrodo positivo colocado num membro em
relação aos outros 2 membros com
eléctrodos negativos. Fonte: Feitosa. F.; 2004)
Electrocardiografia - Princípios

► Existem ainda as derivações pre- cordiais ou unipolares:

Fonte: Feitosa. F.; 2004)


Electrocardiografia - Princípios

Na observação do ECG:
-Avaliar o registo da esquerda
para a direita;
- Identificar as ondas;
- Calcular a frequência cardíaca
- Determinar o ritmo
-Medir a altura e amplitude das
ondas e dos complexos;
- Comparar a frequência
cardíaca, o ritmo e o tamanho
das ondas em relação à idade ,
raça, tamanho com os valores
normais de referência.
- Determinar o eixo eléctrico
médio
Frequência e Ritmo Cardíacos
•Eletrocardiograma (ECG)
–monitorização contínua da FC e ritmo
–avaliação mais precisa do ritmo
–sugere alteração no tamanho de
câmaras
Frequência e Ritmo Cardíacos
Eletrocardiograma (ECG)
•Arritmias frequentes
–Bradicardia
•Cães: FC < 60-70 bpm
•Gatos: FC < 100 bpm
–Taquicardia
•Cães: FC > 140 bpm
•Gatos: FC > 180 bpm
–bloqueio atrioventricular (BAV)
–complexo ventricular prematuro
(CVP)
Auscultação
cardíaca
• Auscultação: deve-se realizar conjuntamente com a auscultação
pulmonar (alguns problemas circulatórios levam à problemas
respiratórios).
• Avalia-se: frequência cardíaca, ritmo cardíaco, bulhas (total de
quatro), ruídos anormais (sopros) e ruídos adventícios.

*nota: A frequência cardíaca deve ser igual ao pulso da femural.

• Aumento da frequência cardiaca – Taquicardia


• Diminuição da frequência cardiaca - Bradicardia
Auscultação cardíaca
• Focos de auscultação: pulmonar, aórtico, mitral e tricúspide. Cada
um deles corresponde a uma das quatro válvulas cardíaca.

• -Pulmonar, Aórtico e Mitral: 3º, 4º e 5ºespaços intercostais


esquerdo
• -Tricúspide: 4º espaço intercostal direito
Auscultação cardíaca
Sopros Cardíacos: são vibrações sonoras que decorrem de alterações de fluxo sanguíneo pelas câmaras e
válvulas cardíacas (turbulência do fluxo). Deve-se avaliar os sopros para identificar a sua fonte e analisar
os efeitos que possam decorrer deles. Há três grandes grupos de causas para os sopros (diminuição da
viscosidade sanguínea, velocidade de fluxo sanguíneo e diâmetro dos vasos aumentado).

• Graus de Sopro:

-Grau I: baixa intensidade que pode ser auscultado apenas após alguns minutos de auscultação e sobre uma área
bem localizada.
-Grau II: sopro de baixa intensidade, identificado após a colocação do estetoscópio.
-Grau III: sopro de intensidade moderada, audível logo após a colocação do estetoscópio, e que se separa uma ampla
área de ausculta, mas que não produz frémito palpável.
-Grau IV: sopro de alta intensidade que é ouvido numa ampla área, sem frémitopalpável.
-Grau V: sopro de alta intensidade que gera um frémito palpável
-Grau VI: sopro de alta intensidade suficiente para ser auscultado estando o estetoscópio apenas próximo à
superfície torácica e que gera um frêmito facilmentepalpável.
PRESSÃO ARTERIAL

Como se mede a pressão arterial?


Nos animais em cuidados intensivos é colocado um catéter
especial numa artéria principal. Este é o método mais fidedigno
mas também o mais invasivo. No dia a dia, opta-se pelos
métodos indiretos, em que se coloca uma braçadeira insuflável
para medir a pressão arterial numa artéria das patas ou da cauda,
com aparelhos de dois tipos: doppler ou oscilométricos. Este
procedimento é indolor mas requer a colaboração do animal. Por
isso, independentemente da técnica, é necessário realizar a
medição num ambiente tranquilo, pois o animal deve estar calmo.
Como monitorizar a PA?
•Métodos invasivos

•Métodos não invasivos


–Doppler vascular
–Monitores oscilométrico
Kit PA invasiva c/ transdutor de
pressão
Como monitorizar a PA?
Métodos não invasivos – Doppler vascular
•Posicionamento do sensor do Doppler
sobre uma artéria periférica
– Digital palmar / plantar ou dorsal pedal
em cães e gatos
•Utilização de manguito de pressão e
esfigmomanómetro
•Permite a mensuração da PAS
Como monitorizar a PA?
Métodos não invasivos –
monitor oscilométrico
•Monitores tradicionais
–Multiparamétricos
–Específicos para mensuração da
PA
•Monitor portátil (PetMap)
Monitor oscilométrico
Multiparamétrico
Monitor oscilométrico portátil
(PetMap)
Como monitorizar a PA?
Monitores oscilométricos
•Posicionamento de um manguito
de pressão sobre uma artéria
periférica
•Mensuração automatizada
•Podem ser configurados para
mensuração em intervalos fixos
•Permite mensuração da PAS, PAM,
PAD e FC
Monitor oscilométrico portátil (PetMap)
•Específico para cães e gatos
•Necessidade de seleção da espécie e
do local de mensuração
•Manguito com marcações que
dispensam a mensuração da
circunferência do membro
•Maior acurácia quando empregado na
cauda
PetMap
O que é a hipertensão?
A hipertensão é uma elevação anormal da pressão arterial. A pressão
arterial é a força gerada pelo sangue nos vasos sanguíneos através do
batimento cardíaco. Quando a pressão arterial sobe acima da capacidade
de resistência dos vasos sanguíneos, instala-se uma situação patológica
com consequências graves e potencialmente fatais.
Tal como nas pessoas, quando a hipertensão se instala, pode lesionar
diversos órgãos nos cães e nos gatos, como os rins, o coração, a retina
ocular e o cérebro.
Quais são as consequências da hipertensão?
A hipertensão lesiona os pequenos vasos sanguíneos de todos os
órgãos. A rotura dos vasos provoca hemorragias (acidentes vasculares
hemorrágicos) que lesionam diretamente os tecidos. Em seguida os
tecidos que deveriam ser irrigados pelo vaso danificado deixam de
receber oxigénio e nutrientes (acidente vascular isquémico) o que agrava
a lesão dos órgãos.
. Os órgãos mais sensíveis são os mais irrigados, como o coração, os
rins, o cérebro e a retina.
No coração, além da lesão direta do músculo cardíaco (miocárdio),
ocorrem alterações adaptativas à hipertensão que têm como resultado
final a insuficiência cardíaca congestiva.
Como se trata a hipertensão?
Em primeiro lugar deve investigar-se a causa da hipertensão, que
geralmente é provocada por outra doença que pode estar oculta.
Juntamente com o tratamento da doença primária, deve ser
implementada uma dieta com baixo teor de sódio e, caso o animal seja
obeso, deve iniciar-se um programa de perda de peso. Este programa
deve incluir, além da dieta, controlos regulares do peso e exames físicos
pelo médico veterinário que acompanha o animal, para ajustar a dieta à
evolução individual.
Exames complementares
• exames laboratoriais (hemograma,
CK, LDH, AST), exame
eletrocardiográfico, radiográfico,
ecocardiográfico, pericardiocentese
e outros.
Pericardiocentese
Derrame pericárdico é uma condição em que uma quantidade
anormalmente grande de fluido entra no saco pericárdico que circunda
o coração (pericárdio). Podendo originar uma condição secundária
conhecida como como tamponamento cardíaco, que resulta da
retenção de fluidos, levando a um aumento de pressão sobre o
coração, comprimindo-o e restringindo a sua capacidade de bombear
sangue.

Se o paciente é diagnosticado com


tamponamento cardíaco, é necessário
realizar uma pericardiocentese imediata
(pode ser por aspiração directa ou por
colocação de cateter a drenar para a área
abdominal.

Efusão pericárdica
Ecocardiografia

• Oexame ecográfico, permite


obter informações sobre o
tamanho e as funções das
câmaras cardíacas, espessura
das paredes e integridade das
válvulas, auxiliando no
diagnóstico e tratamento das
patologias cardíacas.

• Com o doppler as consegue-se


avaliar com precisão a direçao
e a velocidade do fluxo
sanguíneo no coração.

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