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Resumão Movimentos Literários
Resumão Movimentos Literários
Resumão Movimentos Literários
A PRODUÇÃO LITERÁRIA
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BARROCO (1601-1768) A efemeridade do tempo e o carpe diem: o
homem barroco tem consciência de que a vida
O Renascimento caracterizou-se pelo racionalismo, terrena é efêmera, passageira, e, por isso, é
pelo equilíbrio, pela clareza e linearidade dos contornos. Já preciso pensar na salvação espiritual. Mas, já que a
o Barroco tenta conciliar duas concepções de mundo vida é passageira, sente, ao mesmo tempo, desejo
opostas: a medieval e a renascentista. Assim, valores como de gozá-la antes que acabe, o que resulta num
do humanismo, o gosto pelas coisas terrenas, as satisfações sentimento contraditório, já que gozar a vida
mundanas e carnais, trazidos pelo Renascimento, fundem- implica pecar e se há pecado, não há salvação.
se a valores espirituais trazidos pela Contra-Reforma, o que Cultismo: é o rebuscamento formal, caracterizado
resulta na forma de viver conflituosa, expressa na arte pelo jogo de palavras e pelo excessivo emprego de
barroca. figuras de linguagem. Também conhecido como
O Barroco na arte marcou gongorismo, pela influência do estilo do poeta
um momento de crise espiritual da espanhol Luís de Gôngora, o cultismo explora
sociedade européia. O homem do efeitos sensoriais, tais como cor, tom, forma,
século XVII era dividido entre duas volume, sonoridade, imagens violentas, e
mentalidades, duas formas fantasiosas enfim, recursos que sugerem a
diferentes de ver o mundo. superação dos limites da realidade.
Convivendo com o sensualismo e os Conceptismo: (do espanhol concepto, "idéia") é o
prazeres materiais trazidos pelo jogo de idéias, constituído pelas sutilezas do
Renascimento, os valores espirituais, raciocínio e do pensamento lógico, por analogias.
tão fortes na Idade Média e Embora seja mais comum o cultismo manifestar-se
desprezados pelo Renascimento, na poesia e conceptismo na prosa, é
voltaram a exercer forte influência perfeitamente normal aparecerem ambos em um
sobre a mentalidade da época. Uma mesmo texto.
nova onda de religiosidade foi Jogo de claro/escuro: embora esse aspecto seja
trazida pela Contra-Reforma e pela mais visível nas artes plásticas, o Barroco aprecia
fundação da Companhia de Jesus. O que decorreu daí fundir a lua, à sombra, o que traduz o conflito
foram naturalmente sentimentos contraditórios, já que o resultante do desejo de fundir a fé à razão.
homem estava dividido entre valores opostos. É a arte
barroca, que exprime essa contradição, igualmente PRINCIPAIS AUTORES:
oscilante entre o clássico (e pagão) e o medieval (cristão),
apresentando-se como uma arte indisciplinada. Na poesia: Gregório de Matos, Bento Teixeira,
Comparado aos outros dois movimentos que Botelho de Oliveira e Frei Itaparica.
integram a Lira Clássica, o Classicismo e o Arcadismo, o Na prosa: PE Antônio Vieira, Sebastião da Rocha
Barroco representa um desvio da orientação clássica, já que Pita e Nuno Marques Pereira.
procurava, ao mesmo tempo, fundir a experiência
renascentista ao reavivamento da fé cristã medieval. Coloca
em risco assim, certos princípios muito prezados pela
tradição clássica, como o predomínio da razão e o
equilíbrio.
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ARCADISMO (1768-1836) burguesia, o Arcadismo: veicula também certos
ideais políticos e ideológicos dessa classe, no caso
Se observarmos na história da cultura, veremos idéias do iluminismo. Os iluministas foram
que cada novo momento é uma oposição no anterior. O pensadores que defenderam uso da razão, em
homem parece estar sempre insatisfeito com a direção de contraposição á fé cristã, e combateram o
seu próprio tempo, e por isso rompe com o presente, Absolutismo. Embora não seja a preocupação
propondo algo novo. Porém, ao analisarmos o novo, central da maioria dos poetas árcades, idéias de
notamos que muitos elementos, ainda mais antigos do que liberdade, justiça e igualdade social estão
os abandonados, voltam à tona. É o velho que misturado a presentes em alguns textos da época, como nestes
certas tendências, torna-se novidade. versos de Tomás António Gonzaga:
Assim ocorreu com a cultura e as artes do século
XVIII. Depois da onda de religiosidade e fé trazidas pela O ser herói, Marília, não consiste
Contra-Reforma - cuja expressão artística foi o Barroco - no Em queimar os impérios: move a guerra,
século XVIII se vê um reflorescimento das tendências Espalha o sangue humano,
artístico – científicas que marcam o Renascimento, de que E despovoa a terra
resultam o Iluminismo, na filosofia, o Empirismo, na ciência, Também a mau tirano.
e o Neoclassicismo ou Arcadismo, na literatura. tanto pode ser herói o pobre,
como o maior augusto.
A LINGUAGEM ÁRCADE
Convencionalismo amoroso: na poesia árcade, as
A linguagem árcade é a expressão das idéias e dos situações são artificiais, não é o próprio poeta
sentimentos do artista do século XVIII. Seus temas e sua quem fala de si e de seus reais sentimentos. No
construção procuram adequar-se à nova realidade social plano amoroso, por exemplo, quase sempre é um
vivida pela classe que a produziu e a consumia: a burguesia. pastor que confessa o seu amor por uma pastora e
a convida para aproveitar a vida junto à natureza.
CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA ÁRCADE: Porém, ao se lerem vários poemas, de poetas
árcades diferentes, tem-se a impressão de que se
Fugere urbem (fuga da Cidade): influenciados pelo trata sempre de um mesmo homem, de uma
poeta latino Horário, os árcades defendiam o mesma mulher e de um mesmo tipo de amor. Não
bucolismo como ideal de vida, isto é, uma vida há variações emocionais. Isso ocorre devido ao
simples e natural, junto ao campo, distante dos convencionalismo amoroso, que impede a livre
centros urbanos. Tal princípio era reforçado pelo expressão dos sentimentos, levando o poeta a
pensamento do filósofo francês Jean-Jacques racionalizá-los. Ou seja, o que mais importava ao
Rousseau, segundo o qual a civilização corrompe poeta árcade era seguir a convenção, fazer
os costumes do homem, que nasce naturalmente poemas de amor como faziam os poetas clássicos,
bom. Observe como nestes versos de Cláudio e não expressar os sentimentos. Além disso,
Manuel da Costa, já no século XVIII, é ressaltada a mantêm-se o distanciamento amoroso entre os
violência da cidade, em oposição à paz do campo: amantes, que já se verificava na poesia clássica. A
mulher é vista como um ser superior, inalcançável
quem deixa o trato pastoril amado e imaterial.
pela ingrata, civil correspondência
ou desconhece o rosto da violência, Carpe diem: o desejo de aproveitar o dia e a vida
ou do retiro a paz não tem provado enquanto é possível lema já bastante explorado
pelo Barroco é retomado pelos árcades e faz parte
Áurea mediocritas (vida medíocre materialmente, do convite amoroso, como nestes versos de Tomás
mas rica em realizações espirituais): outro traço António Gonzaga:
presente advindo da poesia horaciana é a
idealização de uma vida pobre e feliz no campo, Ah! não, minha Marília.
em oposição à vida luxuosa e triste na cidade. aproveite-se o tempo, antes que faça
Nestes versos de Tomás António Gonzaga, por o estrago de roubar ao corpo as forças,
exemplo, são exaltados o trabalho manual e o e ao semblante a graça!
sentimento, em oposição ao artificialismo e às
facilidades da vida urbana: Dentre os autores árcades brasileiros, destacam-se:
Se não tivermos lãs e peles finas, Na lírica: Cláudio Manuel da Costa, Tomás António
podem mui bem cobrir as carnes nossas Gonzaga e Silva Alvarenga.
as peles dos cordeiros mal curtidas, Na épica: Basílio da Gama - Santa Rita Durão e
e os panos feitos com as lãs mais grossas. Cláudio Manuel da Costa.
Mas ao menos será o teu vestido Na sátira: Tomás António Gonzaga.
por mãos de amor, por minhas mãos cosido. Na encomiástica: Silva Alvarenga e Alvarenga
Peixoto.
Idéias iluminista: como expressão artística da
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A ERA NACIONALISTA Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.
ROMANTISMO (1836-1881) (Junqueira Freire)
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A PROSA DE FICÇÃO das personagens, abrindo brechas profundas para o
fantástico, o desmesurado, o incoerente na linguagem e na
O ROMANCE BRASILEIRO concepção (Realismo x Romantismo).
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ROMANCES REGIONALISTAS ROMANCES URBANOS
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até que Fernando consegue a soma necessária
para devolver o que recebera e propõe a
separação. Entrementes, o seu caráter se forjara,
enquanto se abrandava a dureza de Aurélia. O
desenlace é a reconciliação entre ambos, cujo
amor havia crescido com a experiência. Nota-se a
firmeza da observação dos costumes do tempo, o
que representa um traço ponderável de realismo e
de modernidade, quando a tendência do romance
considerado mais "brasileiro" era no sentido do
pitoresco histórico ou regional.
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REALISMO E NATURALISMO infensas a qualquer evolução, reduzindo-se a tipos (o
mocinho pobre bem-intencionado; a mocinha
Início: 1881 - Memórias Póstumas de Brás Cubas, casadoira; o pai tirano; a tia bisbilhoteira; o arrivista
de Machado de Assis, funda o Realismo e, no fulminante, no final desmascarado etc), o Realismo
mesmo ano, O Mulato, de Aluísio Azevedo, funda valoriza as personagens esféricas, que apresentam
o Naturalismo. simultaneamente várias qualidades ou tendências; são
Término: 1893 - Início do Simbolismo, com o complexas, multiformes, e repelem qualquer
aparecimento de Missal e Broquéis, obras de Cruz simplificação. São dinâmicas, porque evoluem e têm
e Sousa. profundidade psicológica. (Observe-se, no entanto,
que, em grandes obras do Romantismo, também se
LOCALIZAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL encontram personagens esféricas, ou seja, dotadas de
complexidade, profundidade e evolução psicológica.)
O Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo são TEMAS CONTEMPORÂNEOS: A obra realista e
as correntes artísticas mais expressivas da segunda metade naturalista centra-se no presente, no momento vivido
do século XIX até o limiar do século XX. Refletem, no plano pelo autor. São freqüentes a crítica social, que busca
artístico, a consolidação da burguesia e seu fortalecimento, desnudar as mazelas da burguesia e do clero, e a
enquanto classe detentora do poder, em função do triunfo análise psicológica, voltada para a investigação dos
definitivo do capital industrial sobre o capital de comércio e motivos das ações humanas.
da implementação do capitalismo avançado e sua expansão EXALTAÇÃO SENSORIAL: O romântico apreendia o
às áreas periféricas do sistema mundial, América, África e mundo com o coração, com o sentimento, com uma
Ásia. O ímpeto revolucionário e contestatório do período atitude espiritualizante. O realista é, acima de tudo,
romântico, a exaltação da liberdade individual, da rebeldia, sensorial: precisa ver, apalpar, experimentar
são substituídos por novas palavras de ordem: a ciência, o fisicamente. A sensação é elemento fundamental no
progresso, a razão, que interessam à classe dominante, no conhecimento do mundo. Assim, no Realismo, o amor
sentido da estabilização de suas conquistas, de perde a conotação espiritualizante para restringir-se ao
preservação, da ordem, de maximização da produção aspecto físico: ocorre o que chamaríamos de
industrial. O lema, da bandeira brasileira, “Ordem e sexualização do amor. Ao invés do casamento como
Progresso”, extraído de, Augusto Comte, sintetiza a epílogo, teremos o adultério como ponto de partida.
proposta do Positivismo, uma das vertentes do
pensamento da época. ELEMENTOS DA NARRATIVA REALISTA-NATURALISTA
O apogeu da Revolução Industrial, o avanço
científico e tecnológico marcaram profundas a) A narrativa é lenta, minuciosa e a ação e o enredo
transformações na vida, na arte e no pensamento. A ordem a importância para a caracterização das
situação das massas trabalhadoras nas cidades industriais, a personagens.
explosão urbana, a eletricidade, o telégrafo sem fios, a b) Predomina a denotação e a metáfora ê colocada
locomotiva a vapor criaram uma nova forma de vida, em segundo plano, cedendo lugar à metonímia.
antecipadora da civilização industrial do nosso tempo. c) Preocupação formal. Busca-se a clareza, o equilí-
brio, a harmonia da composição, além da correção
CARACTERÍSTICAS TEMÁTICAS E ESTILÍSTICAS gramatical.
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c) O autor naturalista, com sua preocupação O REALISMO-NATURALISMO NO BRASIL
científica e seus interesses universais, atém-se aos
fatos e nada que esteja na Natureza é indigno da O período realista-naturalista foi o primeiro em
literatura. Isso implica certa indiferença, certo nossa literatura a apresentar um panorama completo de
amoralismo, não importando a opinião sobre os vida literária, com todos os gêneros florescendo, com as
atos, mas os atos em si mesmos. Daí a abordagem instituições culturais se multiplicando, com os numerosos
de temas escabrosos (sedução, adultério, incesto, jornais sendo relativamente lidos. A literatura passa a ser
homossexualismo, taras e vícios), tão ao gosto de aceita pelos setores instruídos das classes dominantes e das
determinados autores. A denúncia dos aspectos camadas médias. De elemento marginal que era o escritor
degradantes da condição humana faz-se com o foi-se tornando aceito, considerado parte integrante da
propósito de melhoria das condições sociais que os vida social. Esse processo é simbolizado pela fundação da
geraram. Academia Brasileira de Letras (1897), que veio, de certo
d) As obras naturalistas pecam por esquematismo, modo, a oficializar a literatura. A importância desse período
presas que estão ao determinismo, à explicação é completada pelo relevo adquirido pela oratória civil, os
cientificista e esquemática da vida. Restringem-se, estudos históricos, a gramática, a crítica literária etc.
muitas vezes, apenas à exterioridade, aos A figura mais expressiva da corrente realista foi
condicionamentos, incapazes de perfurar essa Machado de Assis, pela excelência da obra, pela
crosta e contemplar o homem em toda a sua contribuição pessoal que acrescentou aos postulados
complexidade. realistas, pelos caminhos que descortinou para nossa
literatura, determinando um salto qualitativo que marca a
QUADRO COMPARATIVO maturação das nossas letras. Realista não-ortodoxo, avesso
REALISMO NATURALISMO a todos os modismos, Machado inaugura procedimentos
Origem: França Origem: França, com Thérèse literários, cujos desdobramentos ainda hoje se podem
Raquim (1867) de Émile Zola perceber.
Romance documental, Romance experimental, que A vertente naturalista, capitaneada por Aluísio
apoiado na observação pretende apoiar-se na Azevedo, tem como representantes típicos, além dele,
e na análise. experimentação científica. Inglês de Sousa, Júlio Ribeiro, Domingos Olímpio, Adolfo
Acumula documentos, Imagina experiências que Caminha, Manuel de Oliveira Paiva. Quanto a Raul
“fotografa” a realidade, remetem a conclusões a que Pompéia, veremos a seu tempo que sua classificação como
para dar a impressão de não se chagaria apenas pela naturalista é problemática.
vida real. observação. No Brasil, ao contrário do que ocorreu na Europa,
Arte desinteressada, Arte engajada, de denúncias; o Realismo e o Naturalismo desenvolvem-se simultânea e
impassibilidade. preocupações políticas não sucessivamente, balizados por estes limites
sociais. cronológicos:
Reproduz a realidade Centra-se nos aspectos
exterior, bem como a exteriores: atos, gestos, ESQUEMA GERAL DA PROSA REALISTA-NATURALISTA
interior, através da ambientes.
análise psicológica. I - ROMANCE REALISTA
Volta-se para a Prefere-se a biologia, a Machado de Assis
psicologia, para o patologia, centra-se mais no Raul Pompéia - (classificação problemática)
indivíduo. social.
Retrata a crítica as Espelha as camadas II - ROMANCE NATURALISTA
classes dominantes, a inferiores, o proletariado, os
alta burguesia urbana. marginais. A – SOCIAL
É indireto nas É direto nas interpretações;
Aluísio Azevedo
interpretações; o leitor expõe conclusões, cabendo
tira as suas próprias ao leitor aceitá-las ou discuti-
B – URBANO
conclusões. las.
Grande preocupação O estilo é relegado a Adolfo Caminha
com o estilo. segundo plano; no primeiro, Júlio Ribeiro
a denúncia.
Seleciona os temas, tem Detém-se nos aspectos mais C – REGIONALISTA
aspirações estéticas, torpes e degradantes.
busca o belo. Domingos Olímpio
Inglês de Sousa
Manuel de Oliveira Paiva
Coelho Neto
Afrânio Peixoto
Xavier Marques
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PARNASIANISMO (1882 1893) cinzelada (cinzel = instrumento usado pelos
escultores). A poesia deve ser fruto do esforço
LOCALIZAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL intelectual, da elaboração. Os parnasianos são "poetas
de dicionário", extremamente zelosos da linguagem
O Parnasianismo é um estilo literário, especifica- pura, vernácula, sem incorreções ou vulgaridades. A
mente poético, que se desenvolve paralelamente ao seleção vocabular é rigorosa, abeirando-se da
Realismo-Naturalismo, de cujo contexto histórico participa, erudição. A assimilação dos ideais das artes plásticas
aplicando-se-lhe, em linhas gerais, o que ficou dito, a esse (pintura, escultura, arquitetura, ourivesaria etc.)
título, sobre a época realista. É a fase de ouro da burguesia, aproxima a atitude do poeta parnasiano e a do pintor,
enriquecida com a Revolução Industrial, desfrutando do escultor, arquiteto ou ourives, enfatizando o aspecto
conforto moderno e do progresso. do perfeccionismo do trabalho artístico. Essa
Ainda que não se possa confundir o ideário proximidade em relação aos ideais das artes plásticas é
parnasiano com o dos movimentos que lhe são muito evidente nos textos que transcrevemos a seguir:
contemporâneos, há algumas convergências importantes: a
negação do subjetivismo, a postura anti-romântica. Invejo o ourives quando escrevo;
Imito o amor
TEMAS, MOTIVOS E FORMAS DA POESIA PARNASIANA Com que ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.
ARTE PELA ARTE - O ESTETICISMO: Derivada das
propostas de Théophile Gauthier, a "arte pela arte" é Imito-o. E, pois, nem de Carrara
um dos princípios centrais dos parnasianos. A poesia A pedra firo:
volta-se para o belo (esteticismo), descompromissada O alvo cristal, a pedra rara,
com os problemas do mundo. É uma arte para a elite, O ônix prefiro.
revelando acentuado desprezo pela plebe, pelas
aspirações populares, pelo cotidiano. Há uma recusa Por isso, corre, por servir-me,
frontal aos temas "vulgares"; a poesia distancia-se da Sobre o papel
vida e os poetas encerram-se em suas "torres de A pena, como em prata firme
marfim", impedindo que sua poesia se faça permeável Corre o cinzel.
às grandes causas de seu tempo. Mais tarde, é contra ("Profissão de Fé" - Bilac)
essa alienação que os modernistas se insurgem:
A POESIA DESCRITIVA, PLÁSTICA E VISUAL: Os objetos,
Longe do estéril turbilhão da rua, as cenas históricas e os fenômenos naturais (o
Beneditino, escreve! No aconchego anoitecer, a primavera, o amanhecer) são descritos por
Do claustro, na paciência e no sossego, meio de impressões sensoriais, nítidas, especialmente
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! as imagens visuais, que se convertem em verdadeiros
("A um Poeta" - Bilac) cromos, tal a intensidade das cores e do brilho. f Este
cromatismo intenso é particularmente visível nas cenas
IMPASSIBILIDADE E A CONTENÇÃO DO LIRISMO: O da natureza e na descrição de objetos de arte, duas
Parnasianismo é a negação da poesia sentimental e constantes da temática do Parnaso. Nos últimos
confessional dos românticos. Ao egocentrismo decênios do século XIX, o estreitamento dos contatos
romântico, os poetas parnasianos preferem os (temas com o Oriente (China, índia, Japão) e as descobertas
universais) "O Amor", "A Vida", e não "Meu Amor", arqueológicas na Grécia e em Roma revelaram uma
"Minha Vida". A subjetividade é afastada do arte particularmente requintada, na estatuária, nos
sentimentalismo. Vejamos um exemplo dessa atitude: objetos (vasos etc), maravilhando o gosto burguês pelo
exótico, pelo requinte. Há uma verdadeira adoração
Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero desses objetos, um quase fetichismo. Alberto de
Luto jamais te afeie o cândido semblante! Oliveira, entre os parnasianos brasileiros, especializou-
Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho; e diante se nessa temática ("O Vaso Grego", "O Vaso Chinês",
De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero. "O Leque", "A Estátua").
Em teus olhos não quero a lágrima; não quero Esta de áureos relevos, trabalhada
Em tua boca o suave e idílico descante. De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante, Já de aos deuses servir como cansada,
Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero. Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
("Musa Impassível", Francisca Júlia) ("Vaso Grego", Alberto de Oliveira)
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O RETORNO À TRADIÇÃO CLÁSSICA: O Parnasianismo SIMBOLISMO (1893 1922)
foi a recuperação dos ideais do Classicismo;
representou um retorno aos temas e formas da poesia O SIMBOLISMO NO BRASIL LIMITES CRONOLÓGICOS
greco-romana, renascentista e arcádica. Tem com elas,
em comum, o predomínio da razão, o Início: 1893 com a publicação de Missal (poemas em prosa) e
Broquéis (poesia) de Cruz e Sousa.
antropocentrismo, os ideais da arte voltada para o
Término: 1922 (Em sentido amplo os limites do Simbolismo
belo, para o bem, para a verdade e para a perfeição; a
se estendem até a Semana de Arte Moderna; ou 1902: Em
submissão rigorosa às regras e modelos sentido estrito, reconhece-se a publicação de Os Sertões, de
preestabelecidos; a objetividade e a obediência ao Euclides da Cunha, e de Canaã, de Graça Aranha, como
princípio aristotélico de que a arte deve ser a cópia da marcos iniciais de novo período literário, o Pré-Modernismo,
natureza (mímesis). Revivem no Parnasianismo os cujo advento não significou, entretanto, interrupção do
temas extraídos da História e da Mitologia greco- Simbolismo.)
romanas: O Incêndio de Roma, A Sesta de New, O
Triunfo de Afrodite, O Julgamento de Frinéia, A SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS
Tentação de Xenócrates são títulos de algumas
NEGAÇÃO DO POSITIVISMO, do cientificismo, do
composições antológicas de Olavo Bilac, que nos
materialismo e das estéticas neles fundamentadas, o
remetem à Grécia e à Roma antigas. Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo.
A MÉTRICA RIGOROSA: Os parnasianos preferiam os Criação poética como fruto do inconsciente, da intuição, da
versos longos, especialmente os alexandrinos (12 sugestão, do "EU-PROFUNDO", da associação de idéias e
sílabas) e os decassílabos. imagens. Complexidade na relação EU / MUNDO.
A PREFERÊNCIA PEIAS FORMAS FIXAS: Os parnasianos ESPIRITUALISMO, misticismo, subjetivismo intenso,
reabilitaram as formas clássicas da poesia. O soneto, ocultismo. Ânsia de superação, de fuga do terreno,
quase abandonado no Romantismo, foia forma eleita comunhão com os Astros, o Espírito, o Alto, a Alma, o
pelos poetas da época. Também o terceto, a sextina, a Infinito, a Essência, o Desconhecido. Fixação pela Idade
Média e por vocabulário litúrgico de ambiência eclesiástica
balada, o rondo são largamente cultivados.
(antífona, missal, ladainha, hinos, breviário, turíbulos, aras,
INVERSÕES SINTÁTICAS: há hipérbatos e anástrofes incenso).
muito freqüentes; a sintaxe é opulenta e tende ao TOM VAGO, impreciso, nebuloso. Poesia hermética, ilógica,
rebuscamento. indireta, obscura, rompendo com a lógica discursiva. A poesia
como mistério. (Mallarmé, Pedro Kilkerry).
PRINCIPAIS AUTORES: USO CONSTANTE DE SINESTESIAS: Correspondências entre
as sensações, ou mistura de sentidos como verificado de
Alberto de Oliveira exemplo abaixo em que a luz possui cheiro e a som tem cor e
Raimundo Correia exala aroma:
Olavo Bilac
Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma
Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...
Oh sonora audição colorida do aroma!
(Alphonsus de Guimaraens)
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Linguagem fundamentada em uma "GRAMÁTICA
PSICOLÓGICA": neologismos, arcaísmos, combinações
vocabulares inesperadas. A metáfora como célula
germinal da poesia. Palavras escolhidas pela
sonoridade, pelo ritmo, pelo colorido, fazendo-se
arranjos artificiais .de partes ou detalhes para criar
impressões sensíveis.
MAIÚSCULAS ALEGORIZANTES: substantivos comuns,
escritos com inicial maiúscula, no interior do verso,
para realçá-los semanticamente, fazendo que se
refiram a "essências" e aumentando a sua
expressividade:
PRINCIPAIS TEORIZADORES
Preocupação formal
Culto da rima
Preferência pelo soneto (não sistematicamente)
Distanciamento da vida
Descompromisso com as questões mundanas.
ANTECIPAÇÕES DA MODERNIDADE
PRINCIPAIS AUTORES:
Cruz e Sousa
Alphonsus de Guimaraens
Medeiros de Albuquerque
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Pré-Modernismo realistas e naturalistas (Aluisio Azevedo, Eça de Queirós,
Machado de Assis, Flaubert, Emile Zola, Balzac);
O termo "Pré-Modernismo" foi criado por Alceu de ressuscitando até o Barroco do Padre António Vieira,
Amoroso Lima (Tristão de Ataíde) para designar o período perceptível em Rui Barbosa e Euclides da Cunha.
cultural brasileiro que vai do princípio deste século à O aspecto renovador (o Modernismo) está
Semana de Arte Moderna, ou, como quer a cronologia centrado na preocupação com a realidade nacional, no
literária, de 1902, ano da publicação de Canaã, de Graça regionalismo crítico e vigoroso e na crítica às instituição
Aranha, e de Os Sertões, de Euclides da Cunha, até 1922, arcaicas da República Velha. Algumas dessas características
ano da realização da Semana de Arte Moderna. serão retomadas, especialmente na segunda geração
Corresponde à "belle époque" brasileira, marcada modernista.
pela concomitância de diversas correntes, às vezes opostas: Esta época, no que tange à literatura oficial,
acadêmica, reflete o gosto da classe dominante,
Parnasianismo residual (Raimundo Correia, Bilac, expressando-se de forma pedante e artificial, pouco
Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho ainda inovadora. Este aspecto de "estagnação" é batizado como a
estavam vivos e escreviam); época dos "neos": neoparnasianos, neo-simbolistas, e até
Neoparnasianismo (Amadeu Amaral e Martins neoclássicos e neo-românticos reabilitaram-se no gosto
Fontes) literário de então.
prosa tradicionalista (Rui Barbosa, Joaquim
Nabuco e Coelho Neto);
Simbolismo, que não logrou penetração nas elites PRIMEIRO TEMPO MODERNISTA (1922-30)
cultas da época nem nas camadas populares;
Realismo-Naturalismo, transfundido na prosa
regionalista de Afonso Arinos, Simões Lopes Neto, O período de 1922 a 1930 é o mais radical do
Valdomiro Silveira e Hugo de Carvalho Ramos; movimento modernista, justamente em consequência da
Literatura problematizadora da realidade necessidade de definições e do rompimento com todas as
brasileira, que é a mais caracteristicamente pré- estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa
modernista - Euclides da Cunha, Lima Barreto, primeira fase e seu forte sentido destruidor, assim definido
Coelho Neto e Graça Aranha. por Mário de Andrade:
Assim, esquematizando, no período que vamos “[...] se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do
estudar, convivem tendências CONSERVADORAS e movimento modernista. Isto é, o seu sentido
RENOVADORAS. verdadeiramente específico. Porque, embora lançando
O aspecto conservador está diretamente ligado à inúmeros processos e ideias novas, o movimento
sobrevivência da mentalidade positivista, agnóstica e liberal modernista foi essencialmente destruidor. [...] Mas esta
que se expressava no estilo realista-naturalista-parnasiano destruição não apenas continha todos os germes da
e seus desdobramentos, já que a corrente simbolista não atualidade, como era uma convulsão profundíssima da
penetrou, senão superficialmente, no espírito das classes realidade brasileira. O que caracteriza esta realidade que o
cultas. Otto Maria Carpeaux deixa claro que "aqui e só aqui movimento modernista impôs é, a meu ver, a fusão de três
fracassou o Simbolismo; e por isso, o movimento poético princípios fundamentais: o direito permanente à pesquisa
precedente sobreviveu, quando já estava extinto em toda estética; a atualização da inteligência artística brasileira e a
parte do mundo". estabilização de uma consciência criadora nacional”.
O aspecto renovador está na incorporação, do
ponto de vista do conteúdo, de aspectos da realidade Esse movimento é nomeado de Fase Heroica ou
brasileira, refletindo situações históricas novas, ou só a Geração de 1922. Teve o seu início com a Semana de Arte
partir de então consideradas: Moderna. Uma importante característica desse período de
afirmação nacional foi a disseminação de diversos grupos e
a miséria e o subdesenvolvimento nordestino, em manifestos. Além disso, a publicação de algumas revistas
Euclides da Cunha; auxiliaram na divulgação dos ideais modernos.
a vida urbana e as transformações do início do
século (as greves, o futebol, o arranha-céu, o jogo Algumas marcas importantes a serem
do bicho, os pingentes da Estrada de Ferro Central consideradas nesse movimento:
do Brasil, o subúrbio carioca), em Lima Barreto;
miséria do caboclo do Vale do Paraíba, a Liberdade de expressão: nada de limitações ou
decadência da cultura cafeeira, o anacronismo das imposições; o autor deve procurar seu próprio
práticas agrícolas, em Monteiro Lobato; e a caminho para expressar-se.
imigração alemã no Espírito Santo, em Graça O vocabulário aproxima-se do falar cotidiano, da
Aranha. linguagem coloquial: desrespeito ao padrão
sintático da gramática. A linguagem coloquial
Assim, pode-se dizer que o aspecto conservador (o eleva-se a condição de obra de arte.
Pré) localiza-se mais no código, na linguagem que, com Temática próxima da realidade; assimilação do
algumas poucas ousadias, continuou fiel aos modelos cotidiano (poética do mínimo).
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Registro das origens nacionais, do nosso ideológico, é construído, intencionalmente, para ser
primitivismo. sedutor e de fácil entendimento, de forma a alcançar o
Despreocupação com a métrica e emprego do maior número de leitores possível.
verso livre e/ou branco.
Rompimento da barreira de gêneros literários. Principais autores:
Privilégio da poesia sobre a prosa.
1. Graciliano Ramos;
Principais autores: 2. José Lins do Rego;
3. Rachel de Queiroz;
1. Mário de Andrade 4. Jorge Amado;
2. Manuel Bandeira 5. Érico Veríssimo;
3. Oswald de Andrade 6. Carlos Drummond de Andrade;
7. Cecília Meireles;
SEGUNDO TEMPO MODERNISTA (1930-45) 8. Vinicius de Moraes;
9. Murilo Mendes;
10. Jorge de Lima.
Esse movimento foi influenciado por um contexto
histórico marcado por conflitos sociais e políticos, como a
Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de TERCEIRO TEMPO MODERNISTA (1945-70)
1932 (durante a Era Vargas), além da Segunda Guerra
Mundial. Essa fase ficou caracterizada pela reflexão dos
escritores acerca de fatos contemporâneos, por obras Também chamada de “Geração de 45”, a última
comprometidas com o realismo das questões sociopolíticas. fase do modernismo começa em 1945 e se estende até
Na poesia, que tem nomes como Carlos 1980.
Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Alguns estudiosos preferem apontar o fim do
Moraes, Murilo Mendes e Jorge de Lima, predomina a modernismo na década de 1960. Outros, ainda, afirmam
liberdade formal. Já a prosa, escrita por romancistas como que o modernismo está presente até os dias atuais.
Graciliano Ramos, Jorge Amado, José Lins do Rego, Erico Os escritores desse período possuíam uma atitude
Verissimo e Rachel de Queiroz, é marcada por engajamento mais formal, em oposição ao espírito radical, contestador e
político e temática social de cunho regionalista. de liberdade desenvolvido na Semana de 1922.
A geração de 1930 é composta por escritores da
prosa modernista da segunda geração. Preocupados com o Prosa Modernista
contexto sociopolítico brasileiro – alguns deles, inclusive,
foram perseguidos pela ditadura de Getúlio Vargas –, esses Lembre-se que o Modernismo no Brasil está
escritores utilizaram os seus livros como veículo de reflexão dividido em três gerações, sendo a prosa o tipo de texto
política e combate ao regime vigente. Portanto, as obras mais explorado na terceira fase. De tal modo, os tipos de
desse período lançam um olhar crítico e realista sobre o prosa do período são classificados segundo sua temática:
Brasil da Era Vargas.
O romance de 1930 faz uma retomada do Prosa Urbana
regionalismo romântico; porém, a partir de uma A principal caraterística da prosa urbana é sua
perspectiva realista, e não mais idealizadora. Nesse ambientação nos espaços da cidade, em detrimento do
neorrealismo, além de rejeitar a idealização romântica, os campo e do espaço agrário. Nesse estilo destaca-se a
autores também deixaram de lado a impessoalidade escritora Lygia Fagundes Telles.
realista do século XIX. Os romances desse período
resultaram de um engajamento político; portanto, trazem a Prosa Regionalista
visão pessoal do autor ou autora sobre a realidade A prosa regionalista absorve, por outro lado,
brasileira. aspectos do campo, da vida agrária, da fala coloquial e
Por ser regionalista, o enredo do romance é regionalista, por exemplo, na obra de Guimarães Rosa.
construído a partir da valorização do espaço, isto é,
personagem e espaço tornam-se uma coisa só, pois o lugar Prosa Intimista
em que vive o personagem influencia diretamente o seu Por sua vez, a prosa intimista é determinada pela
comportamento. Nessa perspectiva, há uma retomada do exploração de temas humanos e, portanto, é mais íntima,
determinismo naturalista; porém, sem o peso da psicológica e subjetiva. Esses aspectos são observados nas
inevitabilidade do destino. Para a geração de 1930, se o obras de Clarice Lispector e de Lygia Fagundes Telles.
meio é a causa dos problemas sociais, isso se resolve ao
transformar o meio. Poesia Modernista
As obras desse período trazem um enredo Ainda que a prosa tenha sido o tipo de texto mais
dinâmico, além de uma linguagem simples, o que acabou explorado na terceira geração modernista, a poesia é
seduzindo os leitores e propiciando sucesso de vendas para apresentada mediante aspectos de equilíbrio.
alguns autores. Essas características, contudo, não são
aleatórias. O romance de 1930, dado o seu caráter
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Por isso, os poetas dessa fase eram chamados de Fingimento poético
“Neoparnasianos”, ao fazerem referência as principais Amor convencional
características da poesia parnasiana:
SÍNTESE ROMANTISMO:
preocupação com a estética;
metrificação e versificação; O predomínio da emoção, do sentimento
busca da perfeição; (subjetivismo)
culto à forma. A evasão ou escapismo (fuga à realidade)
Nacionalismo
Principais autores: Indianismo
Religiosidade
1. João Cabral de Melo Neto Ilogismo
2. Lygia Fagundes Telles Idealização da mulher
3. Clarice Lispector Valorização
4. Guimarães Rosa Liberdade de expressão
5. Ariano Suassuna Gosto pelo passado
6. Mário Quintana Natureza dinamizada
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Busca da perfeição artística – poesia trabalhada Analises dos desequilíbrios sociais nos contos
"Lapidada" de Valdomiro (Silveira Os Caboclos e Simões
Preferência pelo soneto Lores Neto Contos Guachenses).
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A prosa:
Obras:
Características
Academicismo;
Passadismo e retorno ao passado;
Oposição à liberdade formal;
Experimentações artísticas (ficção experimental);
Realismo fantástico (contos fantásticos);
Retorno à forma poética (valorização da métrica e
da rima);
Influência do Parnasianismo e Simbolismo;
Inovações linguísticas e metalinguagem;
Regionalismo universal;
Temática social e humana;
Linguagem mais objetiva.
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