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TCC Eso Suzanagabrieladasilva
TCC Eso Suzanagabrieladasilva
TCC Eso Suzanagabrieladasilva
RECIFE-PE
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
RECIFE-PE
2018
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que guiou meus passos e decisões nos
momentos bons e ruins.
Aos amigos que a veterinária me deu, são eles Marcelo, Bruno, Malú,
Jalusa, Gleyka, Ana, dentre alguns outros que quero levar para a vida.
A todos que em algum momento dessa jornada passou pela minha vida.
Professores, funcionários, todos que ajudaram a construir a pessoa que me
tornei hoje.
RESUMO
Changes in spleen shape and size are often observed in dogs. These changes
are confirmed in animals undergoing imaging tests such as x-rays and
ultrasonography. Accompanying generally elderly dogs, medium or large,
without predisposition of race and sex. Splenopathies are common diseases in
this species, and may be associated with benign diseases, with an excellent
prognosis, as well as diseases with a high degree of malignancy and a high
mortality rate. Splenectomy is, in some cases, the measure adopted as
therapeutic conduct. The objective of this work was to report the care of a 13-
year-old female Poodle, who was admitted to the Arionaldo de Sá Veterinary
Clinic for clinical consultation. Additional tests, such as ultrasonography, blood
count and serum biochemistry, chest radiography and electrocardiogram were
requested, in order to obtain the diagnosis and assess the general condition of
the patient. Complementary exams revealed the presence of a rounded
structure in the spleen, with high vascularity at the Doppler, but with no
pulmonary metastasis. Based on the complementary tests, the animal was
referred for splenectomy. After removal of the organ, it was sent in 10% formalin
for histopathological examination for neoplasia analysis and graduation of
possible malignancy.
1 Introdução .................................................................................................. 07
3 Objetivos .................................................................................................... 12
6 Conclusões ............................................................................................... 24
7 Referências ............................................................................................... 25
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido para atender o requesito parcial da
disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório da Universidade Federal Rural
de Pernambuco no ano de 2018.
E o objetivo de todo aluno que chega a esta etapa, é que este momento
dê um direcionamento que ainda faltava para que de fato possam se tornar
Médicos Veterinários.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
O baço é um órgão altamente vascular (HOHN, 1993), e, é o maior
órgão linfoide do organismo animal (REECE e SWENSON, 2014). Localizado
no quadrante abdominal cranial esquerdo. Em geral, paralelo à curvatura maior
do estômago, mas sua localização exata depende de seu tamanho e da
posição dos outros órgãos abdominais (FOSSUM, 2008).
Está fixado ao omento maior, ao longo da crista, denominada hilo.
Através deste, vasos arteriais e nervos simpáticos penetram no baço, e vasos
venosos e linfáticos deixam o órgão (SLATTER, 1998).
O parênquima consiste de uma polpa branca e outra vermelha (DAVID,
1993; SLATTER, 1998; FOSSUM, 2005). A polpa branca é constituída de
tecido linfoide, enquanto que vermelha é formada pelos seios venosos e tecido
celular que preenche os espaços intravasculares (FOSSUM, 2008).
Este órgão desempenha algumas funções importantes no organismo
animal. No feto, é responsável pela formação de hemácias e no adulto também
pela produção de linfócitos, monócitos e possivelmente outras células, em
período de demanda aumentada (REECE e SWENSON, 2014; HOHN, 1993).
Constitui importante reservatório de sangue, sendo requisitado a medida
que o organismo exige maior necessidade de oxigênio nos tecidos, o que pode
ocorrer durante o exercício, após hemorragia, na intoxicação por monóxido de
carbono, na administração de determinados anestésicos e nos estados
emocionais. Se o animal estiver excitado, libera catecolaminas, como
adrenalina e noradrenalina, o que irá promover uma contração esplênica e o
sangue será liberado (REECE e SWENSON, 2014).
Além disso, é responsável pela remoção e destruição dos eritrócitos,
velhos ou anormais, do sangue circulante. Auxilia no sistema imunitário,
através dos seus linfócitos T e B. Também é importante na formação do
pigmento biliar, na estocagem do ferro e possivelmente em outras fases do
metabolismo (REECE e SWENSON, 2014).
Apesar de desempenhar funções retículo-endoteliais, imunológicas e de
armazenamento, a vida normal é possível na ausência deste órgão
(HOHN,1993).
O termo esplenomegalia refere-se ao aumento difuso do baço. Esse
aumento pode resultar de alterações inflamatórias, hiperplasia linforreticular,
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congestão ou infiltração de células ou substâncias anormais (GAMBLIN e
COUTO, 2004).
Os sinais clínicos em cães com esplenomegalia não são específicos e
incluem anorexia, perda de peso, fraqueza, distensão abdominal, vômito,
diarreia, poliúria e polidpsia ou a combinação destes (NELSON e COUTO,
2006; BANDINELLI et al, 2011).
Outros sinais associados são os resultantes das consequências
hematológicas da esplenomegalia, como hemorragia espontânea causada pela
trombocitopenia, palidez causada por anemia e febre causada por neutropenia
(NELSON e COUTO, 2006).
São diversos o número de afecções e alterações que acometem o baço.
Sendo elas de origem neoplásicas ou não (BANDINELLI et al, 2011).
Distúrbios esplênicos não neoplásicos não promovem alterações
hematológicas significativas e manifestam-se preferencialmente como lesões
nodulares menores que três centímetros (RODIGHERI, 2015).
Tais afecções, na maioria dos casos, causam o aumento do órgão, e,
como consequência o hiperesplenismo. Termo usado para representar um
exagero das funções esplênicas normais (HOHN, 1993; NELSON e COUTO,
2006).
Em determinado estudo, que avaliou as principais enfermidades dos
cães senis, o sistema hematopoiético foi relacionado a uma casuística
relativamente baixa (FERNANDES et al, 2013). Porém, a hiperplasia nodular
esplênica é comum em baço desses animais (SOUSA, 2012; McGAVIN E FRY,
2009; CAMPOS, 2017). Diagnósticos pós-esplenectomia revelam que a maioria
das alterações não neoplásicas consiste de tal enfermidade (MEIRELES,
2015). Evidência também apresentada por Campos et al (2011) e Campos
(2017).
Outra denominação dada a essa patologia é hiperplasia nodular
esplênica canina ou esplenoma (McGAVIN E FRY, 2009).
São observados nódulos firmes e aderidos, únicos ou múltiplos,
salientes da superfície, porém recobertos pela cápsula esplênica. Sua
coloração normalmente tem um padrão de matriz branco à vermelho, devido a
mistura de eritrócitos e leucócitos hiperplásicos (McGAVIN E FRY, 2009).
10
Esses nódulos frequentemente são hemisféricos e não apresentam
efeito deletério ao paciente. A menos que formem um grande hematoma,
rompendo e causando hemoperitônio (McGAVIN E FRY, 2009).
O exame utilizado para diagnosticar o tipo de lesão é o histopatológico,
realizado pós-cirurgia. Este meio de diagnóstico encontra-se em Oliveira et al
(2015).
Esplenectomia total é a técnica cirúrgica abordada nestes casos. É
comumente realizada em animais com neoformações esplênicas, torção ou
trauma grave que cause hemorragia com risco de morte (FOSSUM, 2008).
Paulo et al (1999) preconiza que a exérese parcial é a técnica mais
indicada. E que a conservação do pólo inferior do baço, mesmo com ligadura
da veia e artéria esplênicas é um alternativa de cirurgia conservadora.
Porém, Fossum (2008) afirmou que apesar de sepse com risco de morte
ter ocorrido em humanos esplenectomizados, tal fato não é relatado em
pacientes caninos. E que, quando possível, a esplenectomia parcial seja
preferida em relação a total.
Após realização de exérese do baço observou-se uma sobrevida de
quarenta e oito porcento dos cães (SOUZA, 2012). Dados semelhantes foram
evidenciados após 204 dias de esplenectomia em outro estudo (CAMPOS,
2017). Valores semelhantes também encontrados em Dionísio (2016) com
pacientes apresentando parâmetros hematológicos dentro da normalidade
anteriormente à cirurgia.
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3. OBJETIVOS
3.1. GERAL
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4. RELATO DE CASO
4.1 HISTÓRICO CLÍNICO
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4.2 EXAMES COMPLEMENTARES DE IMAGEM
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Figura 4- Ultrassonografia Abdominal
Fonte: Clínica Arionaldo de Sá, 2018
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Figura 6- Radiografia Torácica
Fonte: Clínica Arionaldo de Sá, 2018
Após avaliação dos exames de imagem, foi indicado para o tutor que a
paciente fosse submetida a uma celiotomia para retirada do órgão
comprometido (esplenectomia). Em seguida, foi solicitado eletrocardiograma,
para avaliar a condição cardíaca, com o intuito de minimizar os riscos
anestésicos e da cirurgia propriamente dita.
O Eletrocardiograma é usado em cardiologia para avaliar o ritmo
cardíaco, a atividade elétrica do coração. Algumas alterações no
eletrocardiograma podem sugerir doenças cardíacas e/ou doenças
cardiorrespiratórias, entre outras. É também empregado com frequência em
exames pré-cirúrgicos para tornar as anestesias mais seguras.
Os resultados vêm expressados na Figura 7, e, com devidas
informações, foram estabelecidos protocolo anestésico com o anestesista.
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Figura 7- Eletrocardiograma
Fonte: Clínica Arionaldo de Sá, 2018
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4.3 PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
• Pré-operatório
A administração endovenosa de fluidos deve começar antes, e continuar
durante e após a esplenectomia. Se o hematócrito estiver menos de dezoito
por cento, recomenda-se uma transfusão antes da cirurgia (BOJRAB, 1996)
• Anestesia
• Técnica Cirúrgica
Coloca-se o animal em decúbito dorsal, e faz-se a tricotomia prévia, na
sala de preparação e assépsia da totalidade do abdómen ventral com
clorexidine 2% e álcool 70%.
Utilizou-se fio de nylon 3-0 para fazer a ligadura dos vasos e assim,
retirar o baço. Para fechamento da parede abdominal, usou-se sutura isolada
em “X” ou Sultan. com fio nylon 4-0. Sutura do subcutâneo, simples contínua
com fio de nylon 4-0. A síntese da pele também foi com fio de nylon 4-0, porém
utilizou-se de Wolf ou pontos em “U” horizontal.
20
• Pós-cirúrgico
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4.4 DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO
• Achados Macroscópicos
Um baço inteiro, medindo 8,5 x 3,0 x 1,0 cm, com nódulo, elevado,
medindo 3,0 x 2,0 x 1,5 cm, macio. Ao corte, homogêneo, macio, vermelho-
escuro no centro e periferia com pontos milimétricos brancos.
• Achados Histopatológicos
• Avaliação de Margens
• Conclusão
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5. DISCUSSÃO
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6. CONCLUSÕES
24
7. REFERÊNCIAS
25
FERNANDES, T.R., et al. Principais afecções diagnosticadas em pacientes
caninos geriátricos atendidos no município de marília/sp no período de 2008 a
2012. Revista Unimar Ciências. São Paulo, v. 22, n. 1-2, 2013.
HOHN, D.C. Baço. In: WAY, L.W.; DOHERTY, G.M. Cirurgia: diagnóstico e
tratamento. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1993. p. 426-428.
26
SILVA, D.M. da. Estudos da Contribuição do Diagnóstico por Imagem na
Oncologia de Pequenos Animais. 2016. 86 f. Dissertação (Pós-graduação
em Medicina Veterinária) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
27