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Auto Avaliação Na Educação A Distância
Auto Avaliação Na Educação A Distância
Auto Avaliação Na Educação A Distância
Abril/2008
Lane Primo – Senac/CE – laneprimo@uol.com.br
RESUMO
Este artigo relata a experiência da utilização da auto-avaliação no
processo de aprendizagem em três cursos de pós-graduação lato-sensu
a distância pela Internet. Como apoio tecnológico utilizou-se a ferramenta
Questionário do Ambiente Virtual Moodle. As observações realizadas
abrem discussões para os seguintes assuntos: avaliação formativa,
comunicação tutor x estudante, aprendizagem significativa, autonomia e
formação de tutores. Os resultados mostraram o desenvolvimento de
competências dos estudantes e as mudanças na maneira de estudar e de
exercer a tutoria pela EAD.
Palavras-chave: auto-avaliação; avaliação formativa; avaliação na
EAD; formação de tutores.
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Nº de Percentual de
Percentual de
Curso Auto-Avaliações Acertos na
Estudantes
Respondidas Avaliação Parcial
Educação a Distância 45 3 70
Gestão Educacional 52 3 70
Educação Ambiental 64 4 60
Tabela 1. Relação entre o número de Auto-Avaliações respondidas e o Resultado da
Avaliação Parcial.
Fonte: Elaboração da autora
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Os resultados gerais e comuns aos três cursos referentes à participação
nas atividades em grupo, à interação com as mídias disponibilizadas (vídeo e
áudio), à aplicação dos conhecimentos na vida prática demonstraram que as
respostas às atividades melhoraram com relação à consistência, à articulação dos
diversos materiais e ao aprofundamento. Isso indica que os estudantes
perceberam como utilizar melhor os recursos para o desenvolvimento dos estudos
a distância.
Outro ponto positivo foi extraído das referências qualitativas na meta-
avaliação realizada após a aplicação da avaliação parcial obrigatória. Os estudantes
foram convidados a se posicionar sobre a ajuda ou não da auto-avaliação nos
resultados, seguem os depoimentos: “As auto-avaliações me ajudaram para orientar
os tópicos que deveria revisar e, ao mesmo tempo, permitiram uma visão global de
todo o curso com as respectivas conexões entre os módulos”. Em um outro relato:
“... me fizeram refletir sobre minha forma de conduzir os estudos no curso,
permitindo que fizesse correções e modificações no que achava estar incorreto”.
Em quatro casos, os estudantes afirmaram que a auto-avaliação não
influenciou no resultado. Observou-se que esses estudantes utilizaram os
questionários como instrumento de testes e não como indicadores para reflexão e
para mudança. No entanto, o parecer da tutoria apontou que aqueles que realizaram
as auto-avaliações apresentaram produções e posicionamentos mais críticos e
consistentes.