Nature">
Ica 66-30 20140612
Ica 66-30 20140612
Ica 66-30 20140612
COMANDO DA AERONÁUTICA
MANUTENÇÃO
ICA 66-30
2014
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
MANUTENÇÃO
ICA 66-30
2014
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
2 GENERALIDADES ............................................................................................................ 10
2.1 ABREVIATURAS ............................................................................................................. 10
2.2 CONCEITOS GERAIS ...................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 33
ICA 66-30/2014
PREFÁCIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 COMPETÊNCIA
1.2.4 Compete aos Órgãos Regionais seguir os requisitos básicos de sistemas de aterramentos
e de proteção de equipamentos emanados pela presente Instrução, fiscalizar e apoiar os seus
Destacamentos no fiel cumprimento, bem como realizar todas as manutenções periódicas
previstas nos boletins técnicos elaborados pelo PAME-RJ
1.3 ÂMBITO
2 GENERALIDADES
2.1 ABREVIATURAS
KF - Casa de Força
TI - Tecnologia da Informação
Passagem de corrente elétrica pelo corpo humano, seja por contatos diretos
com partes energizadas, seja por falhas que possam colocar uma massa acidentalmente sob
tensão.
2.2.9 CONDUTOR N
2.2.10 CONDUTOR PE
2.2.17 IMPEDÂNCIA
2.2.18 MASSA
2.2.20 SOBRETENSÃO
Quando uma corrente elétrica é descarregada para o solo, ocorre uma elevação
do potencial em torno do eletrodo de aterramento, formando-se uma distribuição de queda de
tensão cujo ponto máximo está junto do eletrodo de aterramento. Se uma pessoa está em pé
dentro da região onde há a distribuição de potencial, entre os seus pés haverá uma diferença
de potencial, chamada de tensão de passo, a qual é geralmente definida para a distância entre
pés de 1 (um) metro.
2.2.25 TELECOMUNICAÇÕES
É a tensão provocada pelo toque do ser vivo no condutor durante uma descarga
eletromagnética e geralmente é provocada pela alta impedância do condutor, provocando
passagem de corrente pelo ser vivo que possui uma impedância menor que a do condutor.
2.2.27 VARISTOR
3.1.1 INTRODUÇÃO
NBR 5419
SUBSISTEMAS
3.1.2 CAPTORES
3.1.2.3 O anel de captação deverá ser constituído por condutores horizontais de seção mínima
de 35 mm2, instalados a cada 10 m de altura, percorrendo a periferia externa da edificação e
interligando as descidas até o anel de aterramento. O objetivo deste anel de captação será
prover uma via de escoamento da descarga atmosférica para terra, quando esta incidir na
lateral da edificação.
ICA 66-30/2014 15/33
3.1.3 DESCIDAS
3.1.3.1 O subsistema de descida tem como função conduzir a energia da descarga atmosférica
absorvida pelos captores para o subsistema de aterramento. Poderão ser utilizados como
descidas as estruturas metálicas de torres, postes e mastros, assim como as amarraduras de aço
interligadas de postes de concreto como descidas naturais até a base, o que dispensa o uso de
condutores de descidas paralelos ao longo da estrutura. Quando o volume a proteger não
possuir características naturais de descidas, as mesmas serão compostas de um ou mais cabos
de cobre nu interligando o sistema de captação ao aterramento. O condutor de descida é o
responsável pela condução da descarga até o solo, de modo a não causar dano na estrutura
protegida, manter os potenciais abaixo do nível máximo de segurança e não produzir
faiscamentos laterais com estruturas metálicas vizinhas. A quantidade de descidas requer
estudos apropriados que DEVEM seguir os requisitos da NBR 5419:2005 para os graus de
proteção exigidos, somada a mais uma descida a fim de se ter o aumento de eficiência pela
redução da impedância do circuito. O espaçamento entre os condutores de descida e as
edificações de maneira geral (volume a proteger) não deve ser menor que 10 cm. Como
proteção adicional, recomenda-se a utilização de pequenos captores verticais dispostos em
todo o perímetro da edificação, em anel, com alturas entre 30 e 50 cm, a partir do referido
anel de captação, distanciados de 1 a 2 m .
3.1.3.3 Os condutores de descida DEVEM estar ligados a, pelo menos, uma haste de aço com
revestimento de cobre, que constitui o sistema de aterramento dependente do solo onde será
instalado e, também, da resistência necessária para a proteção. Devem-se evitar descidas com
curvas acentuadas. O caminho deve ser o mais curto e retilíneo possível. Dar preferência à
instalação das descidas nos cantos da edificação.
3.1.3.5 Os condutores de descida externos devem ser protegidos contra danos mecânicos até,
no mínimo, 2,5 m acima do nível do solo. A proteção deve ser feita por eletroduto rígido de
PVC ou eletroduto rígido metálico. Quando a proteção for metálica, o condutor de descida
deve ser conectado em ambas as extremidades do eletroduto.
3.1.4 ATERRAMENTO
3.1.4.1 O subsistema de aterramento tem como função prover uma via de baixa impedância
para o escoamento da energia da descarga atmosférica para terra. Do ponto de vista da
16/33 ICA 66-30/2014
3.1.4.2 Para assegurar a dispersão da corrente de descarga atmosférica na terra sem causar
sobretensões perigosas, o arranjo e as dimensões do subsistema de aterramento são mais
importantes que o próprio valor da resistência de aterramento. Entretanto, recomenda-se, para
o caso do arranjo de eletrodos não naturais (hastes de aterramento interligadas por anel de
aterramento), uma resistência menor que 10 Ω, como forma de reduzir os gradientes de
potencial no solo e a probabilidade de centelhamento perigoso. No caso de solo rochoso ou de
alta resistividade, poderá não ser possível atingir valores próximos dos sugeridos. Nesses
casos, a solução adotada deverá ser tecnicamente justificada no projeto.
3.1.4.3 Sistemas de aterramento distintos devem ser interligados através de uma ligação
equipotencial de baixa impedância, através de conexões com solda exotérmica ou conectores
de compressão, utilizando 1 (um) cabo de cobre, em dois ou mais pontos distintos dos
respectivos anéis de aterramento, com bitola mínima de 70 mm2. A interligação das malhas
deverá acontecer em distâncias de no máximo 500 metros entre malhas distintas, observada a
inexistência de acoplamento condutivo neste percurso.
3.1.4.6 Os para-raios tipo “Franklin” deverão ser aplicados para proteção exclusiva de
estruturas altas de pequena projeção horizontal e também para proteção de elementos
instalados na cobertura das edificações, cujo topo esteja em nível superior ao do anel de
captação (antenas, equipamentos de ar condicionado etc.).
3.1.4.7 Edifícios em estrutura metálica, tanques e outras estruturas metálicas que permitam
seu uso como captores naturais do SPDA deverão ter seus pilares ou bases aterrados em
intervalos regulares, calculados com base nos valores estabelecidos pela NBR 5419 para as
descidas do SPDA.
3.1.4.8 Para os edifícios com estrutura em concreto armado deverá ser dada preferência ao
uso do SPDA estrutural. Nesse caso, os projetos de Arquitetura e Civil deverão contemplar
todas as recomendações necessárias à utilização da própria ferragem estrutural como elemento
de descida e de aterramento do SPDA.
3.1.4.9 Especial atenção deverá ser dada às recomendações sobre a exposição da ferragem dos
pilares no topo das edificações, de forma a possibilitar as futuras conexões ao anel de
captação.
3.1.4.10 A figura 2 abaixo ilustra os elementos principais para um SPDA, desde sua captação
até a ligação ao sistema de aterramento.
ICA 66-30/2014 17/33
NBR 5410
SUBSISTEMAS
DPS
3.2.1 BLINDAGENS
3.2.2 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
3.2.2.2 No caso de edificações com vários andares, DEVERÃO ser previstos barramentos de
equalização locais (BEL), que deverão estar ligados ao BEP. Todos os detalhes construtivos
dos barramentos mencionados DEVERÃO seguir estritamente o contido na NBR 5410:2004.
Assim, na equipotencialização, a ênfase DEVERÁ ser dada à ligação de todos os aterramentos
de uma edificação, sejam de alimentação, de equipamentos ou de para-raios ao BEP.
3.2.2.3 O SPDA deve ser conectado com os demais sistemas de aterramento, ou seja, com as
massas do sistema elétrico e com os equipamentos eletrônicos, devendo obedecer às seguintes
prescrições básicas:
3.2.2.3.1 os condutores de ligação equipotencial devem ser conectados a uma barra de ligação
equipotencial instalada no subsolo ou próxima ao nível do solo, de forma a se ter fácil acesso.
3.2.2.3.2 em grandes estruturas pode ser instalada mais de uma barra de ligação equipotencial
devidamente interligada.
3.2.2.3.3 a cada intervalo não superior a 20 m deve existir uma ligação equipotencial para
estruturas com mais de 20 m de altura.
3.2.2.3.4 as barras de ligação equipotencial devem ser conectadas ao anel horizontal que
interligam os condutores de descida.
3.2.2.3.5 as seções mínimas dos condutores equipotenciais que devem suportar toda a corrente
de descarga atmosférica são estabelecidas na Tabela 1.
ICA 66-30/2014 19/33
Alumínio 70 25 70 NA
Aço galvanizado a quente ou
50 50 50 80
embutido no concreto
3.2.3 DPS
3.2.3.4 Os dispositivos mais comumente usados como DPS são os varistores de óxido de
zinco e os diodos Zener e DEVEM ser dispostos em ordem decrescente de tensões disruptivas
a partir da KF.
3.2.3.6 Deverá ser sempre buscado, na medida do possível, o arranjo dos quadros e painéis
das KF do SISCEAB conforme ilustrado na Figura 7, o qual será seguido para atender à
filosofia de proteção em cascata preceituada na IEEE C62.
3.2.3.7 A instalação dos Supressores de Surto (DPS) deverá ser feita a jusante dos disjuntores,
o mais próximo possível, como exibem, sugestivamente, as formas de ligação estabelecidas na
Figura 8, utilizando os cabos existentes nos supressores.
3.2.4.1.1 O esquema TN-S, estabelecido na NBR 5410:2004, DEVE ser empregado em todas
as instalações e edificações do SISCEAB e o seu esquema está representado pela Figura 9.
Nesse esquema, os condutores de neutro (N) e de proteção (PE) DEVEM ser separados desde
a sua fonte (KF) até os quadros de distribuição (QDLF) mais próximos às cargas a serem
alimentadas.
3.2.4.2.5 Nas manutenções preventivas deverá ser constatado se os negativos das baterias dos
grupos geradores (em caso de negativo aterrado) estão conectados à MRT, objetivando evitar
a queima de equipamentos DC (12V ou 24V).
de condições para se cravar as hastes no solo para a execução dos procedimentos de testes e
levantamentos dos dados necessários. Contudo, todas as inspeções nos equipamentos e
acessórios visíveis deverão ser efetuadas.
3.3.1 A malha geral de terra deverá abranger todas as áreas de um dado complexo de prédios
de dada OM do SISCEAB, sendo constituída pela interligação dos seguintes anéis de
aterramento:
a) das KF (Casas de Força);
b) dos prédios operacionais; e
c) das áreas administrativas.
3.3.2 A interligação dos anéis de aterramento supracitados deverá ser feita por meio da
conexão de, no mínimo, dois pontos distintos de cada anel a, no mínimo, dois pontos distintos
da malha geral.
3.3.3 Deve-se buscar sempre a formação de uma malha única de terra com o objetivo de
assegurar um nível equipotencial em todo complexo de prédios das OM do SISCEAB,
visando também:
a) à obtenção de um sistema de proteção contra faltas fase-terra seletivo,
rápido e sensível;
b) ao pleno atendimento às características das cargas no que diz respeito às
correntes de desequilíbrio;
c) à continuidade de alimentação sob condições de falta fase-terra;
d) à dissipação para a terra das correntes de surtos atmosféricos e de cargas
eletrostáticas armazenadas; e
e) através desta prática, que os valores elevados das capacitâncias do sistema
bem como os valores reduzidos das resistências e indutâncias assegurem
que os níveis de tensão induzida (por efeitos capacitivo, indutivo e
condutivo) fiquem limitados a patamares aceitáveis. Adicionalmente, a
prática generalizada de conectar todas as partes metálicas e instalações
elétricas à terra, usualmente, resulta em valores reduzidos para a impedância
de aterramento.
3.4.1 Deverão ser aterrados por meio de um sistema de equalização de potenciais obtido pelo
uso de uma malha de aterramento especial (malha de referência ou de equalização),
constituída por um reticulado de cabos de cobre ou chapas de cobre. Essa malha deverá ser
conectada à malha geral de terra.
3.4.2 Deverão ser previstos cabos blindados em percursos longos, localizados em regiões com
elevado índice isocerâunico, evitando-se com esta prática a propagação de sobretensões de
origem atmosférica em direção aos equipamentos sensíveis situados, por exemplo, nas KT do
SISCEAB. Estes cabos deverão ser aterrados em suas extremidades.
26/33 ICA 66-30/2014
3.5.1 Os leitos e eletrocalhas metálicas para cabos deverão ser interligados nas junções por
condutores elétricos (cabos ou cordoalhas) ou ter assegurada sua continuidade elétrica pelos
próprios acessórios da emenda.
3.5.2 As duas extremidades dos leitos e das eletrocalhas metálicas deverão ser conectadas à
malha de terra, sendo que, em grandes extensões, o aterramento deverá ser feito, no mínimo, a
cada 50 metros.
3.6.3 Nos casos em que os eletrodutos sejam descontínuos, deverá ser feita uma interligação
entre os trechos, com a utilização de buchas com terminais de aterramento e cabos ou
cordoalhas.
3.7.1 Os transformadores de força deverão ter suas carcaças solidamente aterradas na malha
de terra.
3.7.2 As barras de terra dos painéis elétricos de média tensão deverão ser conectadas
diretamente à malha de terra da KF.
3.7.3 Os painéis elétricos de baixa tensão (PBT), bem com os quadros e painéis de
iluminação, retificadores, UPS etc.) deverão ter suas barras de terra conectadas a uma das
barras de aterramento da KF, que por sua vez deverá ser conectada à malha de terra.
3.8.1.1 Devem ser seccionadas a uma distância mínima de 30 metros, de cada lado, em
relação ao eixo das referidas redes. O seccionamento deve ser feito mediante o uso de
seccionadores preformados, conforme mostrado na Figura 11 abaixo.
ICA 66-30/2014 27/33
3.8.1.2 No trecho situado dentro da faixa estabelecida, deve ser executado aterramento, com
uma haste, no seu ponto central. Este não deve ser conectado ao sistema de aterramento da
rede de distribuição.
3.8.2.1 Neste caso, conforme demonstrado na Figura 12, devem ser seccionadas a cada 250
metros, ao longo de todo o trecho, enquanto houver paralelismo situado a até 30 metros do
eixo da rede.
3.8.2.2 Os trechos encontrados dentro da faixa estabelecida devem ser aterrados com uma
haste em cada extremidade. Os aterramentos devem ser eletricamente independentes.
28/33 ICA 66-30/2014
3.8.2.3 Para as cercas situadas em locais onde seja evidente a presença de animais e/ou
pessoas, recomenda-se que sejam realizados estudos de aterramentos e seccionamentos que
considerem as análises dos valores de tensões de toque e passo permissíveis.
3.8.3.2 As grades e portões metálicos, bem como as divisórias de terreno, conforme mostrado
na Figura 13, devem ser seccionadas e aterradas adequadamente, de forma isolada do
aterramento da malha de terra da KF.
3.8.3.3 As grades e alambrados externos, bem como as divisórias de terreno, devem ser
seccionadas e aterradas sempre que ocorrer a passagem de Linhas de Transmissão e/ou Redes
de Distribuição por sobre as mesmas, independentemente do ângulo de cruzamento.
ICA 66-30/2014 29/33
3.9.1 As hastes de aterramento deverão ser de aço recoberto com cobre (tipo Copperweld),
com diâmetro de 19 mm e comprimento de 3 metros, devendo ser previstas nos seguintes
locais:
a) Vértices dos anéis de aterramento em torno das instalações;
b) Nos pontos de conexão com cabos de descida do SPDA; e
c) Ao longo da malha geral e dos anéis de aterramento, em espaçamento a ser
determinado no projeto.
3.9.2 As conexões das hastes de aterramento com os cabos da malha geral ou dos anéis de
aterramento deverão ser executadas por meio de solda exotérmica.
3.9.3 Nos pontos previstos para medição de aterramento, as hastes deverão ser protegidas por
manilhas de concreto com tampa de ferro (poço de inspeção).
3.9.4 Nesses pontos, as ligações dos cabos de aterramento deverão ser feitas por meio de
conectores de compressão.
3.9.5 As conexões dos cabos de aterramento aos anéis de aterramento ou à malha geral
deverão ser executadas por meio de solda exotérmica.
3.9.6 As conexões dos cabos de aterramento aos equipamentos e estruturas deverão ser
executadas conforme os detalhes típicos do projeto executivo.
3.9.7 A planta baixa (as built) das malhas de aterramento deverá ser exigida, detalhando a
configuração da malha, posição e interligação das hastes, sempre que uma nova malha for
construída.
ICA 66-30/2014 31/33
4 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
4.2 O prazo para a adequação das instalações atuais das Unidades subordinadas ao DECEA ao
disposto nesta Instrução é de 18 (dezoito) meses, a partir de sua assinatura.
32/33 ICA 66-30/2014
5 DISPOSIÇÕES FINAIS
5.1 Os casos não previstos nesta Instrução serão resolvidos pelo Exmo. Sr. Chefe do
Subdepartamento Técnico do DECEA.
ICA 66-30/2014 33/33
REFERÊNCIAS
LEITE, D.M; LEITE, C.M. Proteção contra Descargas Atmosféricas. 4. ed. São Paulo:
Officina de Mydia, 1999.