1) O capítulo discute como o método de ensino de história nas universidades austríacas incentivava os estudantes a fazerem pesquisas com materiais inadequados (pág. 64).
2) Engels fala sobre como aprendeu com Marx a trabalhar, melhorando suas habilidades críticas (pág. 65), e que quanto mais baixa a classe social, mais próxima está do futuro (pág. 65).
3) Trata da divisão das ciências em três seções e como as "verdades definidas" tornam-se raras,
1) O capítulo discute como o método de ensino de história nas universidades austríacas incentivava os estudantes a fazerem pesquisas com materiais inadequados (pág. 64).
2) Engels fala sobre como aprendeu com Marx a trabalhar, melhorando suas habilidades críticas (pág. 65), e que quanto mais baixa a classe social, mais próxima está do futuro (pág. 65).
3) Trata da divisão das ciências em três seções e como as "verdades definidas" tornam-se raras,
1) O capítulo discute como o método de ensino de história nas universidades austríacas incentivava os estudantes a fazerem pesquisas com materiais inadequados (pág. 64).
2) Engels fala sobre como aprendeu com Marx a trabalhar, melhorando suas habilidades críticas (pág. 65), e que quanto mais baixa a classe social, mais próxima está do futuro (pág. 65).
3) Trata da divisão das ciências em três seções e como as "verdades definidas" tornam-se raras,
1) O capítulo discute como o método de ensino de história nas universidades austríacas incentivava os estudantes a fazerem pesquisas com materiais inadequados (pág. 64).
2) Engels fala sobre como aprendeu com Marx a trabalhar, melhorando suas habilidades críticas (pág. 65), e que quanto mais baixa a classe social, mais próxima está do futuro (pág. 65).
3) Trata da divisão das ciências em três seções e como as "verdades definidas" tornam-se raras,
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UEPA-CCSE EPISTEMOLOGIA - ATIVIDADE I- TURMA 16 Dissertação ( ) Tese ( ) Livro ( ) Artigo ( ) Capítulo de Livro (X )
Título: TEXTOS SOBRE EDUCAÇÃO E ENSINO
Autor(a): MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Professora: Ivanilde Apoluceno de Oliveira Aluno do PPGED: NARCIZA VALERIA DOS SANTOS CARVALHO NEVES Matrícula: 2020100929
Páginas: 64 A 110
Destacar trechos, sem esquecer de colocar o número da página
Nº Trecho Pág. Capítulo: III. ENSINO, CIÊNCIA E IDEOLOGIA 1ª CARTA: (F. Engels, Carta a Bebel, 24/7/1885.) 01 Sua juvenil inclinaçã o ao juízo foi intensificada ainda mais pelo defeituoso método de 64 ensino de histó ria nas universidades, e especialmente nas austríacas. Lá, ensinam sistematicamente aos estudantes a fazerem investigaçõ es histó ricas com materiais que sabem serem inadequados, mas que supõ em considerar adequados; 02 Isto fez com que, naturalmente, Kautsky se tornasse um vaidoso (...) neste aspecto, 64 crítico despiedosamente todas as suas coisas. 2º CARTA: (F. Engels, Cartas de Londres, em Schweizerischer Republikaner, 16/5/1843.) 03 Porém, afortunadamente, posso consolá -lo dizendo-lhe que, em minha imprudente 65 juventude, fiz exatamente o mesmo, aprendendo com Marx a forma de trabalhar. Ele ajuda consideravelmente. 04 A Inglaterra manifesta um fato notá vel: quanto mais baixa se encontra uma classe no 65 seio da sociedade e mais inculta no sentido corrente do termo, mais pró ximo está do futuro e do progresso. Isto é, em suma, o que caracteriza toda a época revolucioná ria que deu lugar ao cristianismo, disse-se "bem aventurados os pobres", a "sabedoria deste mundo se fez loucura" etc 05 Assim: bem aventurados os pobres, porque deles será o reino dos céus e com um 66 pouco de tempo, sem dú vida, também o reino deste mundo. (F. Engels, Anti-Dühring, capo IX, "Moral, direito, Verdades eternas") 06 Certamente. Segundo o velho método bem conhecido, podemos dividir todo o domínio 66 do conhecimento em três grandes seçõ es. A primeira abrange todas as ciências que se ocupam da natureza inanimada e que sã o mais ou menos suscetíveis de ser tratadas matematicamente: matemá tica, astronomia, mecâ nica, física e química. 07 O caso é ainda pior no campo da astronomia e da mecânica, e na física e na química 67 encontramo-nos rodeados de hipó teses como se estivéssemos no meio de um enxame de abelhas. Aliá s, nem poderia ser de outro modo. Em física temos de nos haver com o movimento das moléculas a partir dos á tomos, e se a interferência das ondas luminosas nã o é um mito, nã o temos absolutamente nenhuma esperança de ver alguma vez com os nossos olhos essas coisas maravilhosas. As Verdades definidas em ú ltima aná lise tornam-se, com o tempo, estranhamente raras. 08 A segunda classe de ciências é a que engloba o estudo dos organismos vivos. Neste 67 domínio desenvolve-se tal diversidade de relaçõ es recíprocas e causalidades que nã o só cada questã o resolvida suscita uma quantidade inumerá vel de novas questõ es, como também cada questã o individual só pode ser resolvida - e na maior parte dos casos parcialmente - por meio de uma série de pesquisas que exigem muitas vezes séculos. 09 Mas as coisas estã o ainda piores para as verdades eternas no terceiro grupo de 68 ciências, as ciências histó ricas, que estudam na sua sucessã o histó rica e no seu resultado presente as condiçõ es de vida dos homens, as relaçõ es sociais, as formas do Direito e do Estado com a sua superestrutura ideal baseada na filosofia, na religiã o, na arte etc. 10 Assim que aplicamos a oposiçã o entre verdade e erro fora do campo limitado que 71 indicamos acima, ela se torna relativa e impró pria para a expressã o científica exata; no entanto, se tentarmos aplicá -la como absolutamente vá lida fora desse campo, falharemos por completo: os dois polos da oposiçã o transformar-se-ã o nos seus opostos e a verdade converter-se-á em erro e o erro em verdade. (F. Engels, Dialética da Natureza. "Introdução".) 11 As modernas ciências naturais sã o as ú nicas que alcançaram um desenvolvimento 72 científico sistemá tico e completo em oposiçã o à s geniais intuiçõ es filosó ficas que os antigos aventuraram acerca da natureza, e à s descobertas dos á rabes, importantes mas esporá dicas e que se perderam na maioria dos casos sem oferecer o menor resultado positivo; 12 Mas a partir daí operou-se, a passos agigantados, o desenvolvimento da ciência, pode- 75 se dizer que esse desenvolvimento se intensificou proporcionalmente ao quadrado da distâ ncia (no tempo) que o separa de seu ponto de partida. 13 Mas o que, sobretudo, caracteriza esse período é a elaboraçã o de uma peculiar 77 concepçã o do mundo, na qual o ponto de vista mais importante é a ideia da imutabilidade absoluta da natureza. Segundo essa ideia, a natureza, independentemente da forma como nasceu, uma vez presente, permaneceria sempre imutá vel, enquanto existisse. 14 Mas o que, sobretudo, caracteriza esse período é a elaboraçã o de uma peculiar 78 concepçã o do mundo, na qual o ponto de vista mais importante é a ideia da imutabilidade absoluta da natureza. Segundo essa ideia, a natureza, independentemente da forma como nasceu, uma vez presente, permaneceria sempre imutá vel, enquanto existisse. 15 Incluo também nesse período os materialistas do século XVIII, porque nã o dispunham 79 de outros dados das ciências naturais além dos que foram descritos acima. A obra de Kant, que posteriormente faria época, nã o foi por eles conhecida, e Laplace apareceu muito depois deles 16 Nã o esqueçamos que embora os progressos da ciência abrissem numerosas brechas 79 nessa caduca Conceºpçã o da natureza, toda a primeira metade do século XIX, se encontrou, apesar de tudo, sob a sua influência; em essência, ainda hoje ela continua a ser ensinada em todas as escolas. (F. Engels, A Guerra dos Camponeses, Werke, 7.) 17 A descoberta da imprensa e as crescentes necessidades comerciais lhe tiraram nã o só 79 o monopó lio da leitura e da escrita como também o domínio intelectual. O clero se viu expulso dos postos influentes pela nova ordem dos juristas. Também começou a ser em grande parte, supérfluo, como ele mesmo confirmava tornando-se cada vez mais preguiçoso e ignorante 18 Nas épocas primitivas, os eclesiá sticos obtiveram o monopó lio da cultura que adquiriu 80 um cará ter essencialmente teoló gico. Nas mã os dos eclesiá sticos, a política e a jurisprudência se converteram, da mesma forma que as ciências restantes, em simples ramos da teologia e foram tratadas segundo seus princípios. 19 Está claro que todos os ataques dirigidos, em geral, contra o feudalismo devem ser 80 reconduzidos contra a Igreja; todas as doutrinas revolucioná rias, sociais e políticas devem ser, ao mesmo tempo, heresias teoló gicas. Para poder sanear as condiçõ es sociais existentes é preciso tirar-lhes seu cará ter sagrado. (K. Marx, A Revolução de Junho, em "A Nova Gazeta Renana", 29/6/1848) 20 A ciência nã o existe para a plebe, que cometeu um crime desonrado, inexpressivo: 81 arriscar tudo por sua pró pria existência e nã o por Luiz Felipe ou M. Marrast. 21 O ú ltimo vestígio oficial da Revoluçã o de fevereiro, a comissã o executiva, se 81 desvaneceu com a bruma diante da gravidade dos elementos. Os poéticos jogos de artifício de Lamartine se transformaram em planos incendiá rios de Cavaignac. 3º CARTA: (F. Engels, Cartas a A. Sorge, 29/4/1886.) 22 O que diria este filisteu se ouvisse falar no Reichstag, pessoas que fizeram tabula rasa 82 dessa vergonhosa sintaxe, da qual ele nã o pode se desvencilhar e que falam como os judeus: "Desde que Bismarck chegou preferiu beijar a bunda do papa que a boca da revoluçã o", etc. 23 A propó sito de seu "o senhor conhece a mesquinhez do filisteu alemã o cultivado", me 82 parece que isso nã o é verdade, especialmente na América. A sintaxe alemã , com toda sua pontuaçã o, tal como foi ensinada, faz quarenta ou cinquenta anos na Alemanha, está boa para ser rejeitada, o que está acontecendo cada vez mais, inclusive na Alemanha. IV. EDUCAÇÃO, TRABALHO INFANTIL E FEMININO (K. Marx, Instruções aos Delegados do Conselho Central Provisório, AIT,1868.) 24 83 Em uma sociedade racional, qualquer criança deve ser um trabalhador produtivo a partir dos nove anos, da mesma forma que um adulto em posse de todos os seus meios, nã o pode escapar da lei da natureza, segundo a qual aquele que quer comer tem de trabalhar, nã o só com o seu cérebro, mas também com suas mã os. 25 Parece-nos ú til fazer uma divisã o em três categorias, que serã o tratadas de maneira 83 diferente. 26 A primeira compreende as crianças dos nove aos doze anos; a segunda, dos treze aos 84 quinze; a terceira, dos dezesseis aos dezessete anos. Propomos que o emprego da primeira categoria, em todo o trabalho, na fá brica ou no domicílio, seja reduzido para duas horas; o da segunda, para quatro horas, e o da terceira, para seis. Para a terceira categoria deve existir uma interrupçã o de, pelo menos, uma hora para a comida e o descanso. 27 Os direitos das crianças, e dos adultos terã o de ser defendidos, já que nã o podem fazê- 84 los eles pró prios. Daí o dever da sociedade de combater em seu nome. 28 No entanto, o setor mais culto da classe operá ria compreende que o futuro de sua 84 classe e, portanto, da humanidade, depende da formaçã o da classe operá ria que há de vir. 29 Isto só será possível mediante a transformaçã o da razã o social em força social e, 85 nas atuais circunstâ ncias, só podemos fazê-lo através das leis gerais impostas pelo poder do Estado. 30 Por educação entendemos três coisas: 85 1) Educaçã o intelectual. 2) Educaçã o corporal, tal como a que se consegue com os exercícios de giná stica e militares. 3) Educaçã o tecnoló gica, que recolhe os princípios gerais e de cará ter científico de todo o processo de produçã o e, ao mesmo tempo, inicia as crianças e os adolescentes no manejo de ferramentas elementares dos diversos ramos industriais. 31 O emprego de crianças e adolescentes de nove a dezoito anos em trabalhos noturnos 86 ou em indú strias, cujos efeitos sejam nocivos à saú de deve ser severamente proibido por lei. (K. Marx, O Capital, I, 4, c. 13: "A Maquinaria e a Indústria Moderna"; 3". "Apropriação pelo capital das forças de trabalho suplementares. O trabalho das mulheres e das crianças".) 32 A obliteraçã o intelectual dos adolescentes, artificialmente produzida com a 86 transformaçã o deles em simples má quinas de fabricar mais-valia, é bem diversa daquela ignorâ ncia natural em que o espírito, embora sem cultura, nã o perde sua capacidade de desenvolvimento, sua fertilidade natural. 33 O espírito da produçã o capitalista resplandecia vitorioso na redaçã o confusa das 86 chamadas clá usulas de educaçã o das leis fabris, na falta de aparelhagem administrativa, que tornava frequentemente ilusó ria a obrigatoriedade do ensino, na oposiçã o dos pró prios fabricantes contra essa obrigatoriedade e nas suas manhas e trapaças para se furtarem a ela. 34 Essa lei estabelece apenas que as crianças sejam encerradas por determinado nú mero 87 de horas (3 horas) por dia, entre as quatro paredes de um local chamado escola e que o empregador receba por isso semanalmente certificado subscrito por uma pessoa que se qualifique de professor ou professora. K. Marx, O Capital, J, 4 c. 13, "A maquinaria e a indústria moderna", 9, "Legislação fabril inglesa, suas disposições relativas à higiene e à educação, a sua generalização e toda produção social".) 35 91 O sistema de metade trabalho e metade escola toma cada uma das duas ocupaçõ es descanso e recreaçã o em relaçã o à outra, sendo por isso mais apropriado para a criança do que a continuaçã o ininterrupta de uma das duas. 36 Mais informaçõ es sobre o assunto encontra-se no discurso de Senior no Congresso 91 Socioló gico de Edimburgo, em 1863. Entre outras coisas, mostra ele como o dia escolar monó tono, improdutivo e prolongado das crianças das classes superiores e médias aumenta inutilmente o trabalho do professor, "que desperdiça o tempo, a saú de e a energia das crianças 37 Do sistema fabril, conforme expõ e pormenorizadamente Robert Owen, brotou o germe 92 da educaçã o do futuro que conjugará o trabalho produtivo de todos os meninos além de uma certa idade com o ensino e a ginástica, constituindo-se em método de elevar a produçã o social e de ú nico meio de produzir seres humanos plenamente desenvolvidos. 38 Já vimos que a indú stria moderna elimina tecnicamente a divisã o manufatureira do 92 trabalho, na qual um ser humano com todas as suas faculdades e por toda a vida fica prisioneiro de uma tarefa parcial. Mas, ao mesmo tempo, a forma capitalista da indú stria moderna reproduz aquela divisã o de trabalho de maneira ainda mais monstruosa, na fá brica propriamente dita, transformando o trabalhador no acessó rio consciente de uma má quina parcial 39 A contradiçã o entre a divisã o manufatureira do trabalho e a natureza da indú stria 93 Moderna se impõ e de maneira poderosa. Ela se patenteia, por exemplo, no terrível fato de grande parte dos meninos empregados nas fábricas e manufaturas modernas, condenados desde a mais tenra idade a repetir sempre as operaçõ es mais simples, serem explorados anos seguidos, sem aprender qualquer trabalho que os torne ú teis mais tarde, mesmo que fosse na mesma manufatura ou fá brica 40 A indú stria moderna rasgou o véu que ocultava ao homem seu pró prio processo social 95 de produçã o e que transformava os ramos de produçã o naturalmente diversos em enigmas, mesmo para aquele que fosse iniciado num deles. 41 A tecnologia descobriu as poucas formas fundamentais do movimento, em que se 96 resolve necessariamente toda a açã o produtiva do corpo humano, apesar da variedade dos instrumentos empregados, do mesmo modo que a mecâ nica nos faz ver, através da grande complicaçã o da maquinaria, a contínua repetiçã o das potências mecânicas simples 42 Por meio da maquinaria, dos processos químicos e de outros modos, a indú stria 96 moderna transforma continuamente a base técnica da produçã o e com ela as funçõ es dos trabalhadores e as combinaçõ es sociais do processo de trabalho. 43 Exige, por sua natureza, variaçã o do trabalho, isto é, fluidez das funçõ es, mobilidade 96 do trabalhador em todos os sentidos. 44 Tudo o que se acreditava permanente e perene extingue-se, o santo é profanado e, por 96 fim, o homem se vê constrangido, pela força das coisas, a contemplar com olhares frios sua vida e suas relaçõ es com os outros". (F. Engels e Karl Marx, Manifesto Comunista, London, 1848, pg 57.) 45 Já vimos como essa contradiçã o absoluta elimina toda tranquilidade, solidez e 97 segurança da vida do trabalhador, mantendo-o sob a ameaça constante de perder os meios de subsistência ao ser-lhe tirado das mã os o instrumental de trabalho 46, de tornar-se supérfluo ao ser impedido de exercer sua funçã o parcial; como essa contradiçã o se patenteia poderosa na hecatombe ininterrupta de trabalhadores, no desgaste sem freio das forças de trabalho e nas devastaçõ es da anarquia social. Este é o aspecto negativo. 46 Torna questã o de vida ou morte substituir a monstruosidade de uma populaçã o 97 operá ria miserá vel, disponível, mantida em reserva para as necessidades flutuantes da exploraçã o capitalista, pela disponibilidade absoluta do ser humano para as necessidades variá veis do trabalho; 47 As escolas politécnicas e agronô micas sã o fatores desse processo de transformaçã o 98 que se desenvolveram espontaneamente na base da indú stria moderna; 48 A legislaçã o fabril arrancou ao capital a primeira e insuficiente concessã o de conjugar 98 a instruçã o primá ria com o trabalho na fá brica. Mas, nã o há dú vida de que a conquista inevitá vel do poder político pela classe trabalhadora trará a adoçã o do ensino tecnoló gico, teó rico e prá tico nas escolas dos trabalhadores. 49 Mas, o desenvolvimento das contradiçõ es de uma forma histó rica de produçã o é o 98 ú nico caminho de sua dissoluçã o e do estabelecimento de uma nova forma. 50 O direito das crianças tinha de ser proclamado. "Infelizmente", diz o relató rio final da 99 'Child. Empl. Comm.' de 1866, "da totalidade dos depoimentos obtidos se desprende que as crianças de ambos os sexos precisam ser mais protegidas principalmente de seus pais". 51 Mas, nã o foram os abusos do poder paterno que criaram a exploraçã o direta ou 100 indireta das forças imaturas do trabalho pelo capital; ao contrá rio, foi o modo capitalista de exploraçã o que, ao suprimir a base econô mica correspondente à autoridade paterna, fez o exercício dela degenerar em abusos nefastos. 52 Duas circunstâ ncias têm sido decisivas para a generalizaçã o da lei fabril: primeiro, a 101 experiência sempre repetida de que o capital, quando fica sujeito ao controle do Estado em alguns pontos da esfera social, procura compensar-se nos demais da maneira mais desmesurada52, segundo, o clamor dos pró prios capitalistas pela igualdade das condiçõ es de concorrência, isto é, o estabelecimento de barreiras iguais para todos que exploram o trabalho53. 53 Na fala do trono de 5 de fevereiro de 1867, o gabinete conservador anunciou que tinha 103 transformado em projetos de lei as recomendaçõ es da comissã o de inquérito industrial59. Para chegar a esse resultado foi necessá ria uma nova experiência de 20 anos com as características de uma operaçã o em corpo vil. Já em 1840, fora nomeada uma comissã o parlamentar para investigar as condiçõ es de trabalho das crianças. 54 "Esse relató rio (de. 1842) ficou esquecido durante vinte anos, período em que se 104 permitiu que aquelas crianças crescessem sem a menor noçã o do que chamamos de moral, sem educaçã o, sem religiã o ou afeto natural da família e se tornassem os pais da geraçã o atual" 55 "Oficio é qualquer trabalho manual exercido como meio de vida, ou com fins lucrativos, 105 ou na confecçã o, ou na modificaçã o, conserto, adorno, acabamento, de um artigo ou parte dele, ou por ocasiã o dessas operaçõ es, ou tom o fim de adaptar, seja de que modo for, qualquer artigo para venda". 56 "Oficina é qualquer quarto ou local, com teto ou ao ar livre, onde exerce um oficio 105 qualquer criança, adolescente ou mulher, e em relaçã o ao qual tem o direito de acesso e controle aquele que emprega essa criança, adolescente ou mulher". 57 "Trabalhador significa trabalhar em qualquer oficio, com ou sem salá rio, subordinado 105 a um patrã o ou a um pai, como está definido nessa lei". 58 "Por Pai se entende pai, mã e, tutor ou qualquer outra pessoa que exerça tutela ou 105 controle sobre qualquer. criança ou adolescente". 59 lei que estende as leis fabris (Factory Acts Extensions Act), relativa aos grandes 106 estabelecimentos, é inferior à lei fabril, em virtude de uma série de lamentá veis disposiçõ es de exceçã o e de covardes compromissos com os capitalistas. 60 lei que estende as leis fabris (Factory Acts Extensions Act), relativa aos grandes 106 estabelecimentos, é inferior à lei fabril, em virtude de uma série de lamentá veis disposiçõ es de exceçã o e de covardes compromissos com os capitalistas. 61 Toda a farsa caracteriza tã o bem o espírito do capital, que daremos dela alguns 108 extratos. Para facilitar a literatura, apresentá -los-emos devidamente classificados. As perguntas e as correspondentes respostas sã o numeradas nos livros azuis. Os depoimentos citados sã o de trabalhadores das minhas de carvã o. 4º CARTA: (F. Engels, Carta a Gertrud Guillaume-Schack, 5/7/1885.) 62 A igualdade de salá rio para o mesmo trabalho de ambos os sexos foi exigida, pelo que 108 sei, por todos os socialistas, enquanto o sistema geral de salá rios nã o tenha sido abolido. Pareceme claro que a mulher trabalhadora necessita de proteçõ es específicas contra a exploraçã o capitalista, por razõ es psicoló gicas particulares. 63 Estou convencido de que uma verdadeira igualdade de direitos entre homens e 108 e mulheres só poderá ser verdadeira quando e tiver eliminado a exploraçã o capitalista 109 sobre ambos e o trabalho doméstico privado seja convertido em indú stria pú blica.
(F. Engels, A Origem da família, da Propriedade privada e do Estado, C. 2, "A família”.)
64 As coisas mudaram com a família patriarcal e ainda mais com a família individual 109 monogâ mica. O governo do lar perdeu seu cará ter social. A sociedade já nada mais tinha a ver com ele.
65 A família individual moderna baseia-se na escravidã o doméstica, franca ou 109
dissimulada, da mulher, e a sociedade moderna é uma massa cujas moléculas sã o as famílias individuais. Hoje, na maioria dos casos, é o homem que tem que ganhar os meios de subsistência da família, pelo menos nas classes possuidoras; e isso dá -lhes uma posiçã o dominadora, que nã o exige privilégios legais especiais 67 De igual maneira, o cará ter particular do predomínio do homem sobre a mulher na 110 família moderna assim como a necessidade e o modo de estabelecer uma igualdade social efetiva entre ambos, nã o se manifestarã o com toda a nitidez senã o quando homem e mulher tiverem, por lei, direitos absolutamente iguais. 68 Entã o é que se há ver que a libertaçã o da mulher exige, como primeira condiçã o, a 110 reincorporaçã o de todo o sexo feminino na indú stria social, o que, por sua vez, requer a supressã o da família individual enquanto unidade econô mica da sociedade.
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