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Trauma Musculoesquelético
Trauma Musculoesquelético
Trauma Musculoesquelético
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Trauma musculoesquelético
Trauma musculoesquelético
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INTRODUÇÃO
Primeiramente o médico precisa reconhecer a presença das lesões, definir sua anatomia,
proteger o doente de incapacidades futuras e, por fim, prevenir as complicações.
Durante a avaliação primária a primeira conduta deve ser reconhecer e controlar possíveis
hemorragias decorrentes de lesões musculoesqueléticas, com a manobra simples de contenção
direta do foco de sangramento. Quando o sangramento é decorrente de uma fratura de ossos
longos, como o fêmur, a perda sanguínea pode ser bastante volumosa e para contê-la pode ser
necessária a imobilização do membro ou aplicação de um curativo compressivo estéril. É muito
importante que associado ao controle da perda sanguínea, seja realizado simultaneamente a
reanimação com líquidos conforme a necessidade.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
dentro de um veículo que colidiu, os danos internos e externos do veículo, uso de cinto de
segurança, se houve queda, esmagamento e explosão.
• Ambiente: a equipe precisa ser informada acerca das condições que o trauma aconteceu.
Essas informações compreendem saber se o ambiente era contaminado, se o paciente foi
exposto a temperaturas extremas, sobre a presença de fragmentos de vidros quebrados e
fontes de contaminação bacteriana que auxiliam a antecipar a antibioticoterapia.
• Estado anterior ao trauma e fatores predisponentes: É importante determinar as condições
da saúde do doente antes do trauma. Tais informações podem modificar a compreensão do
estado do doente, do regime de tratamento e dos resultados. A história AMPLA também
deve incluir informações a respeito de tolerância a exercício e nível de atividade, ingestão de
álcool e/ou outras drogas, problemas ou doenças emocionais e lesões musculoesqueléticas
prévias.
• Observações e cuidados pré-hospitalares: Entre os achados no local da ocorrência que
podem ajudar o médico a identificar potenciais lesões, podemos citar: a posição em que o
doente foi encontrado, poças de sangue na cena e a quantidade estimada de sangue perdido,
ossos ou fraturas que podem ter ficado expostos, ferimentos abertos, deformações ou
luxações óbvias, modificações na função, na perfusão ou no estado neurológico do membro,
especialmente após a imobilização ou durante a transferência para o hospital. A hora em que
ocorreu o trauma deve ser anotada, especialmente quando há hemorragia ativa e demora
para chegar ao hospital. Tanto os dados clínicos como as medidas terapêuticas da fase pré-
hospitalar devem ser relatados e documentados.
O exame físico deve ser completo. O paciente precisa ser completamente despido para um
exame adequado. Os principais objetivos da avaliação das extremidades do doente traumatizado
são identificar as lesões que podem ameaçar a vida, na avaliação primária, identificar as lesões que
expõem o membro a risco, na avaliação secundária e realizar uma reavaliação contínua buscando
lesões que não foram percebidas.
• Lesão neurológica secundária à fratura-luxação: Uma fratura ou, em particular, uma luxação
pode causar lesão neurológica significativa devido à relação anatômica ou à proximidade do
nervo com a articulação. O aspecto mais importante da avaliação neurológica é a
documentação de sua evolução ao longo do tempo. Essa informação é importante também
para decidir quanto à realização de um eventual procedimento cirúrgico. A extremidade
lesada deve ser imobilizada na posição luxada. Deve-se consultar imediatamente um
cirurgião. Desde que indicada e desde que o médico assistente seja adequadamente treinado
para realizá-la, pode ser tentada a redução cuidadosa da luxação. Depois da redução, a
função neurológica deve ser reavaliada e o membro imobilizado.
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REFERÊNCIAS
1. American College of Surgeons, Advanced Trauma Life Suport, 10ª Edição, 2018.
2. American College of Surgeons, Advanced Trauma Life Suport, 9ª Edição, 2012.
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