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NBR12179 Conforto
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tica, que ocasionem ao ouvinte normal médio a mesma Nota: Como existe na propagação das ondas sonoras uma re-
sensação de altura (freqüência). lação entre a intensidade do som e sua pressão sonora, o
nível de intensidade pode,conseqüentemente, ser dedu-
3.6 Ruído zido através de uma medida de nível de pressão acústica
(sonora). Para os casos que na prática não permitem a
citada relação, não se pode conseqüentemente referir a
3.6.1 Mistura de sons cujas freqüências não seguem ne-
uma medida de nível de pressão acústica como repre-
nhuma lei precisa, e que diferem entre si por valores sentativa de intensidade sonora.
imperceptíveis ao ouvido humano.
3.14 Nível de som
3.6.2 Todo som indesejável.
Nível de pressão acústica (sonora) compensado, obtido
3.7 Isolamento acústico pelo uso de medidores que obedecem às características
e calibragem contidas na NBR 7731, e expresso por três
Processo pelo qual se procura evitar a penetração ou a escalas denominadas A, B e C.
saída, de ruídos ou sons, em um determinado recinto. O
isolamento acústico compreende a proteção contra ruí- 3.15 Nível de pressão acústica (intensidade sonora)
dos ou sons aéreos e ruídos ou sons de impacto.
Aquele expresso em decibels, igual a 20 vezes o logaritmo
3.8 Condicionamento acústico decimal de uma pressão acústica (sonora) a medir, com
relação a uma outra pressão acústica (sonora), denomina-
Processo pelo qual se procura garantir em um recinto o da de referência.
tempo ótimo de reverberação e, se for o caso, também a
boa distribuição do som. Nota: A menos que explicitamente indicado, fica entendido que
o nível de pressão acústica é o efetivo (rms).
3.9 Ruído aéreo e som aéreo
3.16 Nível de pressão acústica
Ruído ou som produzido e transmitido através do ar.
Pressão convencionalmente escolhida e igual a 2x10-5Pa
(P.ex.: buzinas, vozes, alto-falantes, etc.).
(0,0002 microbars).
3.10 Ruído de impacto e som de impacto 4 Condições gerais
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Ruído ou som produzido por percussão sobre um corpo O tratamento acústico, destinado ao conforto humano,
sólido e transmitido através do ar. P.ex.: queda de objetos, implica o conhecimento de valores das condições locais,
ruídos de passos, marteladas, instrumentos de percus- em função do conjunto de condições do recinto, a saber:
são, etc.
a) nível de som exterior, em decibels;
3.11 Tempo de reverberação
b) nível de som do recinto, em decibels (em função do
Tempo necessário para que um som deixe de ser ouvido, gênero de atividade deste recinto);
após a extinção da fonte sonora, e expresso em segun-
dos. O tempo de reverberação é medido como o tempo c) planta de situação do imóvel onde se acha o recin-
necessário para que o som sofra um decréscimo de in- to a ser tratado;
tensidade de 60 dB.
d) plantas e cortes longitudinal e transversal do recin-
3.12 Tempo de reverberação ótimo to;
Tempo de reverberação considerado ótimo para um de- e) especificações dos materiais empregados no re-
terminado recinto e determinada atividade, e expresso em cinto: de construção (P.ex.: pisos, paredes, etc.) e
segundos. de utilização (mesas, poltronas, cortinas, etc.).
i = intensidade física relativa, expressa em decibels - através do uso adequado de materiais capazes
de permitir a necessária impermeabilidade acús-
I = intensidade física absoluta do mesmo som tica, previamente fixada;
5.1.1.1 O nível de som do recinto deve ser fixado de acor- S1, S2, ... Sn = áreas das superfícies interiores do
do com a NBR 10152. Estabelecido este nível e conhecido recinto em m 2 , afetadas pelos
o nível de som exterior, obtém-se por diferença a queda de coeficientes de absorção α1, α2 ..., αn
nível de som (Δ), em decibels. respectivamente
5.1.1.2 A seleção de materiais isolantes acústicos deve ser α1, α2, ... αn = coeficientes de absorção sonora das
feita em função dos valores fixados na Tabela 1 do Anexo. várias superfícies interiores e demais
elementos absorventes do recinto, do
5.1.1.3 Pode ser utilizada uma combinação de materiais tipo espectadores, cadeiras, mesas,
isolantes, para o caso de queda de nível de som (Δ) eleva- etc. (ver Tabela 2 do Anexo)
da; e deve-se levar em conta a natureza dos ruídos ou
sons a isolar (aéreos ou de impactos). b) fórmula de Eyring (empregar quando o coeficiente
médio de absorção αm for maior que 0,30).
5.1.2 Condicionamento acústico 0,161 V
tr =
Estabelecido o nível de som do recinto deve ser feito o es- -2,3 S log (1 - αm)
tudo geométrico-acústico e determinado o tempo de re- Onde:
verberação.
tr = tempo de reverberação do recinto, em segundos
5.1.3 Estudo geométrico-acústico
V = volume do recinto em m3
5.1.3.1 Para auditórios, teatros, cinemas, etc., devem ser
examinadas as plantas e cortes do recinto, e, levando-se S = área total das superfícies interiores do recinto,
em conta os materiais a serem empregados, é feito o em m2
estudo geométrico-acústico, considerando-se uma ou
mais fontes sonoras, previamente localizadas. Tal estudo αm = coeficiente médio ponderado de absorção sono-
visa conhecer a distribuição dos sons diretos ou refleti- ra das várias superfícies interiores do recinto e
dos, de modo a serem conseguidas em todo o recinto as demais elementos absorventes nele contidos,
melhores condições de audibilidade. do tipo espectadores, cadeiras, mesas, etc.
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5.1.3.2 O projetista deve utilizar as superfícies do teto para Notas: a) As unidades de absorção resultantes de elementos ab-
obter o reforço sonoro necessário à boa audibilidade, e sorventes sonoros do tipo cadeiras, mesas, especta-
dores, etc. não modificam o valor da área total S.
ainda eventualmente utilizar as superfícies das paredes;
para tanto deve empregar defletores (no caso de reflexão b) Os coeficientes de absorção dos materiais mais co-
do som orientada) ou difusores (no caso de simples dis- muns encontram-se na Tabela 2 do Anexo.
tribuição do som em todos os sentidos).
c) Os outros elementos das fórmulas são calculados em
5.1.3.3 A forma geométrica do recinto pode assim sofrer cada caso particular de aplicação.
modificações tanto em planta como em corte, necessárias
à boa distribuição do som. 5.1.4.2 Determinado o tempo de reverberação (tr ), compa-
ra-se este valor com o tempo de reverberação to ótimo, atra-
5.1.4 Cálculo do tempo de reverberação vés da Figura 1 do Anexo. A diferença (to-tr ) deve ser a
menor possível.
5.1.4.1 Terminado o estudo geométrico-acústico do recin-
to, o cálculo do tempo de reverberação é feito por uma das 6 Aceitação
seguintes fórmulas, quando se tratar de recintos nos quais
o som é difuso: Comprovado que o isolamento e o condicionamento a-
cústico tenham sido calculados, segundo o roteiro
a) fórmula de Sabine (empregar quando o coeficiente estabelecido nesta Norma, e forneçam os resultados
médio de absorção for menor ou igual a 0,30). estabelecidos na Figura 1 do Anexo, com tolerância de
0,161 V 10%, deve o tratamento acústico ser considerado
tr = satisfatório e conseqüentemente aceito.
S1α1 + S2α2 + ...
Onde: Nota: Nos casos especiais em que esta Norma não for integral-
mente seguida, devem constar do estudo e das
tr = tempo de reverberação do recinto, em segundos especificações todos os pontos que dela divergirem.
/ANEXO
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4
Freqüências (Hz)
Materiais
125 250 500 1000 2000 4000
Assoalhados
/continua
Impresso por: GISELE IVONE DA SILVA
6 NBR 12179/1992
/continuação
Freqüências (Hz)
Materiais
125 250 500 1000 2000 4000
a) Fibras naturais:
Chapa leve de lã de madeira, de 25 mm, em parede rígida 0,04 0,13 0,52 0,75 0,61 0,72
Chapa leve de lã de madeira com espaço de 5 cm, vazio 0,25 0,33 0,50 0,65 0,65 0,70
Chapa leve de lã de madeira com espaço de 5 cm enchido
de absorvente acústico 0,18 0,33 0,80 0,90 0,80 0,83
Chapa leve de lã de madeira, de 25 mm, com espaço vazio
de 2,4 cm 0,06 0,20 0,66 0,49 0,72 0,76
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b) Minerais:
c) Materiais sintéticos:
/continuação
Freqüências (Hz)
Materiais
125 250 500 1000 2000 4000
/continuação
Freqüências (Hz)
Materiais
125 250 500 1000 2000 4000
/FIGURA