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Mediçoes e Orçamento Na Construçao Civil

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Índice

1. Introdução........................................................................................................................2
3. Orçamentação...................................................................................................................5
3.1. Orçamentos quanto ao nível de detalhamento...................................................................5
3.2. Orçamentos quanto ao grau de precisão............................................................................6
3.3. Metodologia de elaboração de orçamentos firmes.............................................................8
O controle de obras está muito ligado a questões orçamentárias e, caso isso seja feito de modo
desleixado, pode haver prejuízos nas finanças e na qualidade do empreendimento. Pensando
nisso, na construção civil existe uma tarefa muito importante para evitar esses problemas: a
medição de obras........................................................................................................................13
A medição de obras é um recurso utilizado pela construção civil para verificar a
compatibilidade entre o que previsto e o que foi executado. Além disso, a medição de obras
também contribui para a mensuração dos recursos utilizados na obra. É a partir da medição
que se pode monitorar o andamento da obra, corrigir falhas e prevenir atrasos. Ou seja, para
que uma obra chegue ao resultado final com o menor tempo e custo possível, é fundamental
realizar aferições. Por isso, entender os critérios para medição de obras na construção civil é
essencial.................................................................................................................................14
3.3.1. Estrutura de concreto................................................................................................14
3.3.2. Alvenarias.................................................................................................................15
3.3.3. Revestimentos..........................................................................................................15
6. Referências Bibliografia.....................................................................................................19

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1. Introdução
A grande responsabilidade do engenheiro que se propõe a atuar no setor da Construção
Civil é aprofundar-se sempre, e cada vez mais, no conhecimento das características
particulares desse setor da engenharia. Esse constitui o caminho pelo qual se adquirirá
uma sólida condição de acompanhar o avanço tecnológico, tão necessário dentro do
atual quadro em que se encontra esse setor de atividade no Brasil e principalmente
considerando-se o contexto ambiental do nosso planeta. A criatividade para superar
dificuldades técnicas e administrativas que se nos apresentam no trabalho diário é um
desafio a ser vencido. A administração dos grupos de trabalho e a convivência com
operários mal remunerados e deficientemente capacitados são tarefas que exigem muito
mais que uma mera formação técnica.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral

 Conhecer e Classificar os tipos de medições e orçamentos na obra e suas formas de


aplicação.

2.2. Objectivos Específicos

 Analisar o tipo de orçamento que para cada determinada obra;


 Executar correctamente os tipos de medições e orçamentos existentes;

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4. Metodologia

Para realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa nos seguintes manuais:

 GIAMMUSSO, Salvador Eugênio. Orçamento e Custos na Construção Civil.


São Paulo: Pini. 1991.
 AZEVEDO, Antônio Carlos Simões. Introdução à Engenharia de Custos – Fase
Investimento. São Paulo: Pini. 1985.

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3. Orçamentação
Orçamentação é o ato de elaborar orçamentos, também chamados levantamento de
custos/preços; estimar ou calcular, antes da execução da obra, qual será o seu custo. Os
orçamentos têm finalidades diversas e, por isso mesmo, suas características são
diversificadas, dependendo do fim a que se propõem. Os casos mais comuns de
necessidade de orçamentos acontecem primeiro na fase de planejamento da obra, antes
de se ter os projetos definitivos. É o caso dos estudos de viabilidade técnico-econômica,
quando dos estudos preliminares ou projetos básicos, para análise da legislação de uso
dos solos, para estudo prévio de comercialização de obras e outros casos. Após a fase de
planejamento, quando o projeto executivo se encontra concluído, os orçamentos são
necessários para formulação de propostas de custos/preços em obras particulares, para
preparação de propostas na participação em licitações de obras públicas, para se
estabelecer preços de vendas, etc. Em todos esses casos, percebe-se perfeitamente que
os orçamentos não têm que ser, e nem podem ser do mesmo tipo.

Assim sendo, classificam-se os orçamentos segundo dois critérios: seu grau de precisão
e seu nível

3.1. Orçamentos quanto ao nível de detalhamento


Esta classificação diz respeito à forma menos ou mais detalhada de se apresentar o
orçamento ao cliente nas planilhas orçamentárias.

 Orçamentos Sintéticos (Planilhas Sintéticas/Planilhas Resumo)

São aqueles cujas planilhas apresentam dados de modo sintético ou resumido, não
fornecendo subsídios para análises detalhadas dos custos/preços. São normalmente
interpretados como sendo o resumo total do orçamento. As planilhas sintéticas são
compostas da relação das etapas construtivas e seus respectivos custos/preços.

 Orçamentos Analíticos (Planilhas Analíticas/Detalhadas)

As planilhas analíticas são documentos que fornecem dados mais detalhados do


orçamento, com a finalidade de se poder analisar e localizar os impactos de custos que
se deseje alterar ou evitar, mudando-se as especificações técnicas e/ou projetos
conforme as conveniências. Através das planilhas analíticas, o contratante tem em mãos
dados como as etapas construtivas e seus custos/preços e ainda todos os serviços
componentes de cada etapa, suas unidades de referência, seus quantitativos, seus

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custos/preços unitários e os totais. Há órgãos públicos que costumam exigem também a
inclusão das composições unitárias dos serviços. Sempre que se apresenta um
orçamento ao contratante, estão obrigatoriamente incluídas as Planilhas Sintéticas
(Resumo) bem como as Planilhas Analíticas. As primeiras proporcionam uma visão
rápida e facilitada do orçamento e as últimas permitem a análise detalhada e
pormenorizada dos custos em geral (parciais e totais).

3.2. Orçamentos quanto ao grau de precisão


Apesar de se encontrar em alguns livros técnicos uma grande variedade de
classificações para os orçamentos, estes se dividem em dois tipos principais, quanto ao
grau de precisão: os orçamentos estimados (aproximados, estimativos ou inexatos)
utilizados para projetos ainda em fase de planejamento, quando ainda não se tem
projetos completos, quando não se necessita ou deseja custos/preços exatos e os
orçamentos firmes (precisos ou exatos) para os casos de propostas firmes para obras
particulares ou licitações e outros.

(a) Orçamentos Estimativos (ou Aproximados)

(a.1) Orçamentos baseados no CUB (Custo Unitário Básico)

A estimativa dos custos pelo método do CUB ou custo unitário básico (custo de m² de
obra pronta) é a metodologia mais simplificada que se dispõe para o cálculo aproximado
dos custos de obras.

O custo global é o resultado do produto da área total a construir pelo CUB. A área total
é definida pelo projeto de arquitetura, em qualquer fase em que o mesmo se encontrar, e
o custo unitário básico de construção é fornecido por diversas fontes, entre elas o
boletim mensal do SINDUSCON (Sindicato das Indústrias da Construção Civil), e
revistas técnicas especializadas. Normalmente são publicados custos mensais, segundo
o padrão de acabamento da obra (alto, normal e baixo), para regiões diferentes do país,
por natureza de obra, número de pavimentos e outras características.

Custo total = área total de construção x CUB (da região e do padrão da obra)

(a.2) Orçamentos baseados na NBR 12721:2006 (Substituta da NB 140/65)

A NBR 12721:2006 (antiga NB 140) apresenta, em relação a seu conteúdo, as palavras


chave "Avaliação de custos unitários de construção - Orçamento de construção -

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Incorporação de Edifício" sendo o interesse do presente estudo o cálculo dos custos de
obras pelo método da "área equivalente de construção" previsto nessa norma, portanto
consideramos como condição indispensável ter à mão o texto da mesma para
conhecimento e consultas, sempre que necessárias. O método representa um
aperfeiçoamento do anterior, pois leva em consideração que as obras não são
constituídas por partes com o mesmo padrão de acabamento, ou seja, as garagens são
diferentes dos terraços, que são diferentes dos banheiros, das salas, dos halls de entrada,
dos halls dos andares, das caixas de escada, etc. Assim, a norma determina a
transformação das áreas de diferentes padrões de acabamento em áreas equivalentes de
construção de uma dessas áreas, tomadas como padrão. Por exemplo, para uma obra que
possui apartamentos, garagens e terraços sociais, etc, toma-se como padrão os
apartamentos e transforma-se as demais em áreas equivalentes de construção do padrão
dos apartamentos. A área total, então, será a soma das áreas tomadas como padrão com
as áreas calculadas como equivalentes à padrão. Calcula-se o custo total da mesma
maneira, como sendo o produto da área total pelo CUB considerando-se o padrão
escolhido. O 42 que distingue este método do anterior é que não se somam áreas de
construção de padrões diferentes, atribuindo-lhes o mesmo CUB.

Custo total = (Área padrão + Áreas equivalentes à padrão) x CUB

(a.3) Orçamentos pelo custo dos itens principais

Para se estimar o custo total de obras por este método, faz-se primeiramente uma
listagem dos que são considerados os itens principais da obra. Entende-se por isso como
sendo os itens mais representativos no custo global da obra. Estima-se, por exemplo, o
custo das estacas de fundações e dos blocos e cintas da fundação, o concreto estrutural,
incluindo-se armação e forma, o total de alvenaria e dos revestimentos diversos,
seguindose com pinturas, vidros, esquadrias, pavimentações, coberturas, equipamentos
como elevadores, escadas rolantes, de combate a incêndio, e assim por diante. As
mesmas fontes que fornecem o CUB informam também, regionalmente, os custos
unitários de serviços e itens de interesse, como os mencionados acima. O custo total da
obra será o somatório dos custos dos serviços ou itens principais da obra. O tempo
dedicado a essas atividades faz com que, cada vez mais, o engenheiro se familiarize
com o método, de modo que o senso comum o leve a avaliar a ordem de grandeza dos

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resultados dos cálculos, indicando que procedimentos devem ser adoptados para se
aproximar ainda mais dos custos totais reais.

(b) Orçamentos Firmes - Generalidades

Os orçamentos firmes são, inegavelmente, um indispensável elemento na grande


maioria das atividades de engenharia, no campo da prestação de serviços de todas as
naturezas. Sua compreensão e assimilação são as bases para o profissional que fará uso
deles como instrumento técnico de trabalho. São várias as opções disponíveis no
mercado 43 de softwares para orçamentação e outros elementos de programação, porém
os profissionais que não têm formação sólida de orçamentação pouco ou nenhum
proveito farão desses programas disponíveis, e muito constantemente estarão sujeitos a
erros em virtude da falta do conhecimento necessário para efetuar as constantes
adequações e adaptações exigidas pelos softwares. É importante ter em mente que os
softwares são de grande valia para a agilização dos trabalhos, trazendo razoável
economia de tempo, mas pouco ou nada proporcionam aos seus usuários em termos
conceituais. Assim como as calculadoras mais modernas não transmitem conhecimento
matemático aos seus usuários, também os softwares de programação de obras são mero
auxílio de operações que requerem profundo conhecimento conceitual de seus usuários.
O engenheiro não pode se colocar na condição de simples manipulador ou
"desempacotador" de tecnologia. O caminho natural do aprendizado é o de adquirir e
construir os conhecimentos técnicos necessários ao engenheiro, podendo usar seus
conhecimentos com segurança na utilização de todos os recursos tecnológicos ao seu
alcance.

3.3. Metodologia de elaboração de orçamentos firmes


Do ponto de vista didático, é aconselhável que o primeiro orçamento seja elaborado
manualmente, sem o emprego de softwares, a fim de que os conceitos envolvidos sejam
bem assimilados, possibilitando o uso seguro de softwares, além de tal postura despertar
e desenvolver no orçamentista o indispensável senso de vigilância quanto à ordem de
grandeza dos resultados que gradativamente se obtém no processo de orçamentação.
Assim, os orçamentos passam por duas grandes etapas na sua elaboração: I. São
primeiramente calculados todos os custos unitários, parciais e totais, procedendo-se, ao
final, ao seu fechamento para fins de verificação se os custos/preços calculados estão
compatíveis com os valores de mercado para a categoria da obra. Até esse ponto

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estamos ainda nos referindo aos trabalhos que serão arquivados pelo orçamentista como
sendo suas memórias de cálculo. O documento do memorial, porém, deve apresentar
uma forma organizada e compreensível por parte de outros profissionais interessados e
que necessitem consultá-lo para dirimir possíveis dúvidas na condução de seus
trabalhos. O memorial de cálculo é um dossiê dos passos de toda a elaboração do
orçamento, de tal 44 forma que ele é o instrumento de rastreamento ao qual se recorre
em casos de dúvidas. É composto de cálculos explícitos e completos, croquis, anotações
justificativas diversas, documentação de tomadas de preço, prospectos, catálogos
consultados, propostas, referências de equipamentos e outros componentes, referências
de prestadores de serviços, etc. II. Após o FECHAMENTO E VERIFICAÇÕES, com
eventuais correções, revisões e acertos pontuais, passa-se então à elaboração das
planilhas orçamentárias, que contêm os resultados de custos unitários, parciais e totais, e
que são destinadas ao cliente, uma vez que este, obviamente, não terá acesso ao total de
informações contidas nas memórias de cálculo. As planilhas não são usadas para se
fazer quaisquer cálculos, mas para se apresentar os resultados dos custos/preços já
calculados.

Muito embora existam inúmeras maneiras de se executar os trabalhos de apuração dos


custos/preços firmes de obra, é necessária a apresentação de um roteiro de operações já
consagrado na prática, que facilita não só o aprendizado, mas também os trabalhos
profissionais diários, o que é muito útil no sentido da racionalização de tarefas.

1° Passo: Cálculo dos quantitativos de serviços Com base nos desenhos do projeto
executivo, calculam-se todos os quantitativos de serviços, estabelecendo-se suas
unidades usuais, tendo em vista quais as unidades que serão utilizadas como referenciais
para os custos unitários dos serviços. Exemplos:

Fundações:

Estacas moldadas "in loco" - m'

Escavação manual de valas p/ blocos e cintas - m³

Formas de madeira para blocos e cintas - m²

Armação para blocos e cintas - kg

Concreto estrutural para blocos e cintas - m³

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Alvenarias - m², cobertura - m², portas internas 60x210 - un, fechaduras externas - un,
vidros lisos 4 mm - m², azulejos - m², locação de obra - m², etc.

Importante: Existem alguns tipos de serviços cuja unidade não pode ser definida, pois
são compostos de outros muitos serviços menores e de naturezas diferentes e unidades
diferentes. Neste caso usa-se como unidade para orçamento a "verba" (vb), que
aparecerá nas planilhas analíticas, após serem calculadas nas memórias de cálculo. É o
caso das instalações elétricas (vb), hidráulicas (vb), instalações provisórias (vb),
materiais de primeiros socorros (vb), equipamentos de segurança (vb), ferramentas (vb)
e outros tantos itens.

A seqüência dos serviços a serem calculados seus quantitativos será aquela contida no
plano de contas que estiver sendo utilizado. Desta forma tem-se uma ordem sempre
constante dos serviços, além de não haver riscos quanto a omissões ou repetições de
serviços. A norma NBR 12721:2006 apresenta em seu ANEXO B uma "Discriminação
orçamentária", similar do plano de contas e que se propõe às mesmas finalidades.

2° Passo: Elaboração das Composições Unitárias de Serviços

As Composições Unitárias de Serviços nos mostram os serviços com todos os seus


insumos, ou seja, os elementos que os compõem. Apresentam sempre os materiais, a
mãode-obra e os encargos sociais gerados pela mão-de-obra. Obviamente há certos
serviços que só apresentam mão-de-obra e encargos sociais (escavações manuais, por
exemplo). Além dos insumos componentes dos serviços fazem parte das Composições
dos Serviços os índices de consumo unitário de materiais e os índices de produtividade
unitária da mão-de-obra. Reforçamos que esses índices são sempre referentes ao
consumo unitário do serviço.

Nesta etapa da elaboração do orçamento, faz-se a montagem de uma tabela para cada
serviço, como o modelo abaixo, com a finalidade de cálculo do custo unitário (que será
feito em passo posterior) e do custo total de cada serviço, procedendo-se à execução de
todas as Composições de Serviços antes de iniciar o passo seguinte. As insumos de cada
serviço e seus respectivos índices logicamente não serão memorizados pelo
orçamentista, mas sempre serão consultados em tabelas específicas como as do livro
TCPO (editora Pini), do livro Custos e Apropriações (Miguel Stabile, Boletim de
Custos) ou outras publicações do género. O ideal, porém, é que a empresa ou o

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orçamentista tenha seus próprios índices apropriados nas obras através de um sistema de
controle adequado, por serem índices reais ou mais próximos deles.

3° Passo: Tomada de Preços dos Insumos

Esta é a colecta de dados para se entrar na etapa seguinte do orçamento. Procede-se à


tomada de preços de todos os insumos que aparecem nas composições de serviços e,
para esta tarefa, algumas atitudes devem ser consideradas:

 A tomada deverá ser feita no provável mercado fornecedor da obra. - Não tomar
preços de produtos em promoções de vendas.
 Fazer a tomada por escrito e com identificação do fornecedor
 Assinatura e data. - Atenção especial para a forma de pagamento. - Verificar
disponibilidade de estuques do fornecedor consultado.
 Fazer tomadas em diversos fornecedores idóneos.
 Arquivar as tomadas de preços juntamente com as memórias de cálculo.

4° Passo: Composição Unitária de Custos e Custo Final

Efetuada a tomada dos preços, volta-se às tabelas de composições de serviços,


alimentando-as com os dados coletados na coluna de preços unitários dos insumos.
Efetuam-se as operações aritméticas para obtenção do custo unitário de cada serviço,
bem como do custo total. Uma vez apurados os custos dos serviços, tem-se o custo de
cada etapa construtiva e consequentemente o Custo Total da obra.

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A razão pela qual a tomada de preços dos insumos no mercado fornecedor deve ser
feita, na sua totalidade, antes de se fazer cada composição de custo é que desta forma há
certa garantia de que os preços foram tomados na mesma época, e não sujeitos a
variações entre si devido à inflação. O período da tomada de preço deverá vir a ser
adotado como a data de referência do orçamento, importante nos reajustamentos ou
negociações de preços de obras com início adiado ou não iniciadas por qualquer outro
motivo.

5° Passo: Fechamentos Finais

Este passo é de importância capital no processo de orçamentação: a verificação dos


custos e preços em relação a parâmetros já conhecidos (CUB, obras similares já
executadas pela empresa e preços correntes de mercado). A apuração dos custos/preços
finais será diferenciada conforme o regime de contratação adotado. Para o regime de
Empreitada o BDI será incluído em cada custo unitário de serviço (uma taxa percentual
sobre o custo), o que transforma o custo em um preço unitário e, consecutivamente,
tem-se um preço total para cada serviço, um preço total para cada etapa construtiva e
finalmente o preço total da obra. Esses cálculos ficarão registrados nas memórias de
cálculo e não serão do conhecimento do contratante, o qual só fica ciente dos preços. No
caso do fechamento no regime de Administração, apuram-se normalmente os custos dos
serviços, das etapas construtivas e o total da obra. Sobre o custo total da obra, calcula-se
explicitamente o percentual da Taxa de administração (fixado em contrato), obtendo-se
o preço total da obra. Nesse caso o contratante terá conhecimento dos cálculos
envolvidos, mesmo porque esta é uma condição acordada entre as partes em contrato. É
indispensável proceder-se a uma verificação dos resultados dos custos/preços
calculados, juntamente com diretorias de setores envolvidos da empresa, analisando-se
se tais resultados estão dentro dos parâmetros atuais do mercado, se os preços são
competitivos ou se correspondem às expectativas do contratado e/ou contratante etc,
fazendo-se os ajustes devidos caso seja de interesse ou necessidade. Esse procedimento
é fundamental; de extrema importância para o aspecto comercial dos empreendimentos,
pois tem influência não só na obra em questão, mas também em obras futuras, pois
determina as condições de competitividade da empresa.

6° Passo: Apresentação do Orçamento ao Cliente ou Contratante

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A construtora ou engenheiro contratado ou proponente apresentará ao cliente ou
contratante os resultados do orçamento em planilhas próprias planejadas para tal. São
duas as planilhas que serão elaboradas: uma resumida com o orçamento sintético e outro
conjunto de planilhas contendo o orçamento analítico. Ambas têm modelo específico,
como o exemplo apresentado à frente, mas ressaltamos que, embora a NBR 12721
apresente um modelo, não há um padrão fixo de desenho de planilha a se seguir, porém
os dados contidos no cabeçalho não podem ser omitidos por serem identificadores
importantes do orçamento, e o cabeçalho se repetirá em cada uma de todas as planilhas.

Fechamento das Planilhas: Para o regime de Empreitada: fecha-se com apenas uma
linha simples com o preço total da obra, pois os valores apresentados já são preços
firmes e invariáveis. 50 Para o regime de Administração: usam três linhas para o
demonstrativo dos custos e preços.

Sub-total ................................ (somatório dos custos calculados das etapas construtivas)


Taxa de administração - X % ........................................... (calculada sobre o Sub-total)
Preço total/Total geral ......................................................................... (linha 1 + linha 2)

OBS.: No caso de planilhas de obras a preço fixo, o BDI não será explicitado ao cliente
uma vez que já está incluso em cada preço unitário dos serviços, enquanto nas obras por
administração o percentual e o valor da taxa de administração aparecem explicitamente.

Seguem-se sugestões de modelos de planilhas largamente utilizadas na prática


profissional.

O controle de obras está muito ligado a questões orçamentárias e, caso isso seja feito de
modo desleixado, pode haver prejuízos nas finanças e na qualidade do empreendimento.
Pensando nisso, na construção civil existe uma tarefa muito importante para evitar esses
problemas: a medição de obras.

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A medição de obras é um recurso utilizado pela construção civil para verificar a
compatibilidade entre o que previsto e o que foi executado. Além disso, a medição de
obras também contribui para a mensuração dos recursos utilizados na obra. É a partir da
medição que se pode monitorar o andamento da obra, corrigir falhas e prevenir atrasos.
Ou seja, para que uma obra chegue ao resultado final com o menor tempo e custo
possível, é fundamental realizar aferições. Por isso, entender os critérios para medição
de obras na construção civil é essencial.

Na construção civil é necessário vários serviços para a realização de uma obra. As


medições irão acompanhar e controlar o início e a finalização de cada um deles. Logo,
ela é utilizada para acompanhar o avanço e controlar a qualidade dos serviços.

Além de analisar a compatibilidade entre o que foi executado e o que estava previsto, a
medição de obras mensura os recursos utilizados dentro do cronograma. Por exemplo,
os materiais, mão de obra e equipamentos. Isso facilita o pagamento e desembolsos
mensais para acompanhar uma obra.

Dessa forma, a medição de obras sistematiza todas as atividades e serviços necessários


ao projeto e faz isso de acordo com as particularidades de cada obra.

A construção civil não precisa somente do controle da execução da construção, mas


também da qualidade da obra. Por isso, a medição de obras é importante ao:

 identificar erros no processo de construção da obra;


 aumentar as chances de compatibilidade entre o que foi programado e a obra
executada;
 trazer informações que otimizem o tempo, caso seja necessária uma tomada
rápida de decisões quanto à construção.

Os critérios para medição de obras podem ser estipulados pelas normas oficiais ou pela
própria construtora. Seja como for, é importe prestar atenção a eles.

3.3.1. Estrutura de concreto

A forma mais prática é medir os eixos e, para ter mais precisão, medir de face a face
também. Geralmente, os carpinteiros são pagos por empreitada, os armadores por kg de

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ferro lançados e os profissionais responsáveis pelo concreto devem ser pagos por m³
lançado.

3.3.2. Alvenarias

Nesse caso, a área total deve ser calculada, e apenas a área excedida 2 m² em cada vão
deve ser descontada. Isso porque o tempo de trabalho para fazer o recorte da área é o
mesmo que para preencher o vão com alvenaria.

3.3.3. Revestimentos

Mede-se a área total de aplicação em que o material foi aplicado e, onde houver vãos e
janelas, deve ser descontado.

Para que essa medição ocorra com mais precisão, é importante prestar atenção a
algumas orientações e materiais necessários:

 Limpeza do terreno;
 Escavação para fundações;
 Reaterro de valas;
 Alicerce de pedras;
 Alvenaria de tijolos.
A medição dos serviços impacta diretamente na qualidade dos orçamentos gerados. Por
isso, se você desejar ter orçamentos mais precisos e que não geram prejuízos, precisa
dar atenção à sua medição de obras.

Então dedique o máximo de tempo e atenção possível na etapa de medição para garantir
que seus números sejam corretos. Afinal, um errinho aqui, outro errinho ali, podem
causar um efeito dominó gigantesco capaz de atrasar suas obras e causar grandes
prejuízos.

As medições podem ser elaboradas desde o Projeto ou da Obra, sendo as regras de


medição aplicáveis a ambos os casos; porém, na medição sobre projeto, os medidores
deverão ter conhecimento e experiência suficientes para poderem equacionar e procurar
esclarecer, junto dos autores dos projetos, as faltas de informações que são
indispensáveis à determinação das medições e ao cálculo dos custos dos trabalhos

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(FONSECA, 2014). Segundo Fonseca (FONSECA, 2014), apesar de cada obra possuir
em regra particularidades que a diferenciam das restantes, podem ser definidos alguns
princípios de base a ter em consideração na elaboração das medições, nomeadamente os
seguintes:

a) O estudo da documentação do projeto – peças desenhadas, caderno de encargos e


cálculos - deve constituir a primeira atividade do medidor;

b) As medições devem satisfazer as peças desenhadas do projeto e as condições técnicas


gerais e especiais do caderno de encargos, pois podem existir erros e / ou omissões que
o medidor deve esclarecer com o autor do projeto. Caso haja divergências entre algumas
peças do projeto, deverá prevalecer: peças desenhadas, peças escritas, restantes peças ou
elementos complementares do projeto

Figura 1. Critério de prevalências em caso de ambiguidade nas medições.

As medições devem ser realizadas de acordo com as regras de medição adotadas e, na


sua ausência, o medidor deve adotar critérios que conduzam a quantidades corretas.
Estes critérios devem ser discriminados de forma clara nas medições do projeto;

d) As medições devem ter em consideração as normas aplicáveis à construção,


nomeadamente aos materiais, produtos e técnicas de execução;

e) Dentro dos limites razoáveis das tolerâncias admissíveis para a execução das obras,
as medições devem ser elaboradas de modo a que não seja desprezado nenhum dos
elementos constituintes dos edifícios;

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f) Durante o cálculo das medições, devem ser realizadas verificações das operações
efectuadas e as confrontações entre somas de quantidades parcelares com quantidades
globais. O grau de rigor a obter com estas verificações e confrontações depende, como é
evidente, do custo unitário de cada trabalho;

g) A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os critérios


seguintes:

h) Os trabalhos devem corresponder às atividades que são exercidas por cada categoria
profissional de operário;

i) As medições devem discriminar todos os trabalhos, principais e auxiliares, com uma


definição clara de cada trabalho, e indicar as características mais importantes
necessárias à sua execução. Sempre que possível esta definição deve ser esclarecida
com referência às peças desenhadas e às condições técnicas ou de outras informações
existentes noutras peças do projeto;

j) As medições devem ser decompostas por partes da obra que facilitem a determinação
das quantidades de trabalho realizadas durante a progressão da construção, bem como a
comparação de custos com projetos similares.

k) As medições devem descrever, de forma completa e precisa os trabalhos previstos no


projeto ou executados em obra;

l) Os trabalhos que impliquem diferentes condições ou dificuldades de execução


deverão ser medidos separadamente em rúbricas próprias;

m) As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor deverão ser indicadas
com a designação de “quantidades aproximadas”;

n) A lista de medições poderá ser organizada por capítulos de acordo com a natureza
dos trabalhos ou por elemento de construção;

o) As medições dos trabalhos exteriores (acessos, jardins, vedações,) devem ser


separadas dos trabalhos relativos ao edifício;

p) A lista de medições deve indicar o nome do técnico que a elaborou.

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4. Conclusão

Realizar uma medição de obras corretamente é fundamental para elaborar um


orçamento próximo da realidade. Um erro de medição de obras na construção civil pode
gerar inúmeros prejuízos. A realização de medições é imprescindível, pois possibilita
fazer estimativa de custos e posterior orçamentação dos trabalhos mediante a atribuição
de preços unitários a cada artigo constante no mapa de medições.

Vimos que as medições irão acompanhar e controlar o início e a finalização dos


serviços. Em conclusão, ela é utilizada para acompanhar o avanço e controlar
a qualidade dos serviços.

18
6. Referências Bibliografia
GIAMMUSSO, Salvador Eugênio. Orçamento e Custos na Construção Civil. São Paulo:
Pini. 1991.

AZEVEDO, Antônio Carlos Simões. Introdução à Engenharia de Custos – Fase


Investimento. São Paulo: Pini. 1985.

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