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Mediçoes e Orçamento Na Construçao Civil
Mediçoes e Orçamento Na Construçao Civil
Mediçoes e Orçamento Na Construçao Civil
1. Introdução........................................................................................................................2
3. Orçamentação...................................................................................................................5
3.1. Orçamentos quanto ao nível de detalhamento...................................................................5
3.2. Orçamentos quanto ao grau de precisão............................................................................6
3.3. Metodologia de elaboração de orçamentos firmes.............................................................8
O controle de obras está muito ligado a questões orçamentárias e, caso isso seja feito de modo
desleixado, pode haver prejuízos nas finanças e na qualidade do empreendimento. Pensando
nisso, na construção civil existe uma tarefa muito importante para evitar esses problemas: a
medição de obras........................................................................................................................13
A medição de obras é um recurso utilizado pela construção civil para verificar a
compatibilidade entre o que previsto e o que foi executado. Além disso, a medição de obras
também contribui para a mensuração dos recursos utilizados na obra. É a partir da medição
que se pode monitorar o andamento da obra, corrigir falhas e prevenir atrasos. Ou seja, para
que uma obra chegue ao resultado final com o menor tempo e custo possível, é fundamental
realizar aferições. Por isso, entender os critérios para medição de obras na construção civil é
essencial.................................................................................................................................14
3.3.1. Estrutura de concreto................................................................................................14
3.3.2. Alvenarias.................................................................................................................15
3.3.3. Revestimentos..........................................................................................................15
6. Referências Bibliografia.....................................................................................................19
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1. Introdução
A grande responsabilidade do engenheiro que se propõe a atuar no setor da Construção
Civil é aprofundar-se sempre, e cada vez mais, no conhecimento das características
particulares desse setor da engenharia. Esse constitui o caminho pelo qual se adquirirá
uma sólida condição de acompanhar o avanço tecnológico, tão necessário dentro do
atual quadro em que se encontra esse setor de atividade no Brasil e principalmente
considerando-se o contexto ambiental do nosso planeta. A criatividade para superar
dificuldades técnicas e administrativas que se nos apresentam no trabalho diário é um
desafio a ser vencido. A administração dos grupos de trabalho e a convivência com
operários mal remunerados e deficientemente capacitados são tarefas que exigem muito
mais que uma mera formação técnica.
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2. OBJECTIVOS
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4. Metodologia
Para realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa nos seguintes manuais:
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3. Orçamentação
Orçamentação é o ato de elaborar orçamentos, também chamados levantamento de
custos/preços; estimar ou calcular, antes da execução da obra, qual será o seu custo. Os
orçamentos têm finalidades diversas e, por isso mesmo, suas características são
diversificadas, dependendo do fim a que se propõem. Os casos mais comuns de
necessidade de orçamentos acontecem primeiro na fase de planejamento da obra, antes
de se ter os projetos definitivos. É o caso dos estudos de viabilidade técnico-econômica,
quando dos estudos preliminares ou projetos básicos, para análise da legislação de uso
dos solos, para estudo prévio de comercialização de obras e outros casos. Após a fase de
planejamento, quando o projeto executivo se encontra concluído, os orçamentos são
necessários para formulação de propostas de custos/preços em obras particulares, para
preparação de propostas na participação em licitações de obras públicas, para se
estabelecer preços de vendas, etc. Em todos esses casos, percebe-se perfeitamente que
os orçamentos não têm que ser, e nem podem ser do mesmo tipo.
Assim sendo, classificam-se os orçamentos segundo dois critérios: seu grau de precisão
e seu nível
São aqueles cujas planilhas apresentam dados de modo sintético ou resumido, não
fornecendo subsídios para análises detalhadas dos custos/preços. São normalmente
interpretados como sendo o resumo total do orçamento. As planilhas sintéticas são
compostas da relação das etapas construtivas e seus respectivos custos/preços.
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custos/preços unitários e os totais. Há órgãos públicos que costumam exigem também a
inclusão das composições unitárias dos serviços. Sempre que se apresenta um
orçamento ao contratante, estão obrigatoriamente incluídas as Planilhas Sintéticas
(Resumo) bem como as Planilhas Analíticas. As primeiras proporcionam uma visão
rápida e facilitada do orçamento e as últimas permitem a análise detalhada e
pormenorizada dos custos em geral (parciais e totais).
A estimativa dos custos pelo método do CUB ou custo unitário básico (custo de m² de
obra pronta) é a metodologia mais simplificada que se dispõe para o cálculo aproximado
dos custos de obras.
O custo global é o resultado do produto da área total a construir pelo CUB. A área total
é definida pelo projeto de arquitetura, em qualquer fase em que o mesmo se encontrar, e
o custo unitário básico de construção é fornecido por diversas fontes, entre elas o
boletim mensal do SINDUSCON (Sindicato das Indústrias da Construção Civil), e
revistas técnicas especializadas. Normalmente são publicados custos mensais, segundo
o padrão de acabamento da obra (alto, normal e baixo), para regiões diferentes do país,
por natureza de obra, número de pavimentos e outras características.
Custo total = área total de construção x CUB (da região e do padrão da obra)
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Incorporação de Edifício" sendo o interesse do presente estudo o cálculo dos custos de
obras pelo método da "área equivalente de construção" previsto nessa norma, portanto
consideramos como condição indispensável ter à mão o texto da mesma para
conhecimento e consultas, sempre que necessárias. O método representa um
aperfeiçoamento do anterior, pois leva em consideração que as obras não são
constituídas por partes com o mesmo padrão de acabamento, ou seja, as garagens são
diferentes dos terraços, que são diferentes dos banheiros, das salas, dos halls de entrada,
dos halls dos andares, das caixas de escada, etc. Assim, a norma determina a
transformação das áreas de diferentes padrões de acabamento em áreas equivalentes de
construção de uma dessas áreas, tomadas como padrão. Por exemplo, para uma obra que
possui apartamentos, garagens e terraços sociais, etc, toma-se como padrão os
apartamentos e transforma-se as demais em áreas equivalentes de construção do padrão
dos apartamentos. A área total, então, será a soma das áreas tomadas como padrão com
as áreas calculadas como equivalentes à padrão. Calcula-se o custo total da mesma
maneira, como sendo o produto da área total pelo CUB considerando-se o padrão
escolhido. O 42 que distingue este método do anterior é que não se somam áreas de
construção de padrões diferentes, atribuindo-lhes o mesmo CUB.
Para se estimar o custo total de obras por este método, faz-se primeiramente uma
listagem dos que são considerados os itens principais da obra. Entende-se por isso como
sendo os itens mais representativos no custo global da obra. Estima-se, por exemplo, o
custo das estacas de fundações e dos blocos e cintas da fundação, o concreto estrutural,
incluindo-se armação e forma, o total de alvenaria e dos revestimentos diversos,
seguindose com pinturas, vidros, esquadrias, pavimentações, coberturas, equipamentos
como elevadores, escadas rolantes, de combate a incêndio, e assim por diante. As
mesmas fontes que fornecem o CUB informam também, regionalmente, os custos
unitários de serviços e itens de interesse, como os mencionados acima. O custo total da
obra será o somatório dos custos dos serviços ou itens principais da obra. O tempo
dedicado a essas atividades faz com que, cada vez mais, o engenheiro se familiarize
com o método, de modo que o senso comum o leve a avaliar a ordem de grandeza dos
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resultados dos cálculos, indicando que procedimentos devem ser adoptados para se
aproximar ainda mais dos custos totais reais.
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estamos ainda nos referindo aos trabalhos que serão arquivados pelo orçamentista como
sendo suas memórias de cálculo. O documento do memorial, porém, deve apresentar
uma forma organizada e compreensível por parte de outros profissionais interessados e
que necessitem consultá-lo para dirimir possíveis dúvidas na condução de seus
trabalhos. O memorial de cálculo é um dossiê dos passos de toda a elaboração do
orçamento, de tal 44 forma que ele é o instrumento de rastreamento ao qual se recorre
em casos de dúvidas. É composto de cálculos explícitos e completos, croquis, anotações
justificativas diversas, documentação de tomadas de preço, prospectos, catálogos
consultados, propostas, referências de equipamentos e outros componentes, referências
de prestadores de serviços, etc. II. Após o FECHAMENTO E VERIFICAÇÕES, com
eventuais correções, revisões e acertos pontuais, passa-se então à elaboração das
planilhas orçamentárias, que contêm os resultados de custos unitários, parciais e totais, e
que são destinadas ao cliente, uma vez que este, obviamente, não terá acesso ao total de
informações contidas nas memórias de cálculo. As planilhas não são usadas para se
fazer quaisquer cálculos, mas para se apresentar os resultados dos custos/preços já
calculados.
1° Passo: Cálculo dos quantitativos de serviços Com base nos desenhos do projeto
executivo, calculam-se todos os quantitativos de serviços, estabelecendo-se suas
unidades usuais, tendo em vista quais as unidades que serão utilizadas como referenciais
para os custos unitários dos serviços. Exemplos:
Fundações:
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Alvenarias - m², cobertura - m², portas internas 60x210 - un, fechaduras externas - un,
vidros lisos 4 mm - m², azulejos - m², locação de obra - m², etc.
Importante: Existem alguns tipos de serviços cuja unidade não pode ser definida, pois
são compostos de outros muitos serviços menores e de naturezas diferentes e unidades
diferentes. Neste caso usa-se como unidade para orçamento a "verba" (vb), que
aparecerá nas planilhas analíticas, após serem calculadas nas memórias de cálculo. É o
caso das instalações elétricas (vb), hidráulicas (vb), instalações provisórias (vb),
materiais de primeiros socorros (vb), equipamentos de segurança (vb), ferramentas (vb)
e outros tantos itens.
A seqüência dos serviços a serem calculados seus quantitativos será aquela contida no
plano de contas que estiver sendo utilizado. Desta forma tem-se uma ordem sempre
constante dos serviços, além de não haver riscos quanto a omissões ou repetições de
serviços. A norma NBR 12721:2006 apresenta em seu ANEXO B uma "Discriminação
orçamentária", similar do plano de contas e que se propõe às mesmas finalidades.
Nesta etapa da elaboração do orçamento, faz-se a montagem de uma tabela para cada
serviço, como o modelo abaixo, com a finalidade de cálculo do custo unitário (que será
feito em passo posterior) e do custo total de cada serviço, procedendo-se à execução de
todas as Composições de Serviços antes de iniciar o passo seguinte. As insumos de cada
serviço e seus respectivos índices logicamente não serão memorizados pelo
orçamentista, mas sempre serão consultados em tabelas específicas como as do livro
TCPO (editora Pini), do livro Custos e Apropriações (Miguel Stabile, Boletim de
Custos) ou outras publicações do género. O ideal, porém, é que a empresa ou o
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orçamentista tenha seus próprios índices apropriados nas obras através de um sistema de
controle adequado, por serem índices reais ou mais próximos deles.
A tomada deverá ser feita no provável mercado fornecedor da obra. - Não tomar
preços de produtos em promoções de vendas.
Fazer a tomada por escrito e com identificação do fornecedor
Assinatura e data. - Atenção especial para a forma de pagamento. - Verificar
disponibilidade de estuques do fornecedor consultado.
Fazer tomadas em diversos fornecedores idóneos.
Arquivar as tomadas de preços juntamente com as memórias de cálculo.
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A razão pela qual a tomada de preços dos insumos no mercado fornecedor deve ser
feita, na sua totalidade, antes de se fazer cada composição de custo é que desta forma há
certa garantia de que os preços foram tomados na mesma época, e não sujeitos a
variações entre si devido à inflação. O período da tomada de preço deverá vir a ser
adotado como a data de referência do orçamento, importante nos reajustamentos ou
negociações de preços de obras com início adiado ou não iniciadas por qualquer outro
motivo.
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A construtora ou engenheiro contratado ou proponente apresentará ao cliente ou
contratante os resultados do orçamento em planilhas próprias planejadas para tal. São
duas as planilhas que serão elaboradas: uma resumida com o orçamento sintético e outro
conjunto de planilhas contendo o orçamento analítico. Ambas têm modelo específico,
como o exemplo apresentado à frente, mas ressaltamos que, embora a NBR 12721
apresente um modelo, não há um padrão fixo de desenho de planilha a se seguir, porém
os dados contidos no cabeçalho não podem ser omitidos por serem identificadores
importantes do orçamento, e o cabeçalho se repetirá em cada uma de todas as planilhas.
Fechamento das Planilhas: Para o regime de Empreitada: fecha-se com apenas uma
linha simples com o preço total da obra, pois os valores apresentados já são preços
firmes e invariáveis. 50 Para o regime de Administração: usam três linhas para o
demonstrativo dos custos e preços.
OBS.: No caso de planilhas de obras a preço fixo, o BDI não será explicitado ao cliente
uma vez que já está incluso em cada preço unitário dos serviços, enquanto nas obras por
administração o percentual e o valor da taxa de administração aparecem explicitamente.
O controle de obras está muito ligado a questões orçamentárias e, caso isso seja feito de
modo desleixado, pode haver prejuízos nas finanças e na qualidade do empreendimento.
Pensando nisso, na construção civil existe uma tarefa muito importante para evitar esses
problemas: a medição de obras.
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A medição de obras é um recurso utilizado pela construção civil para verificar a
compatibilidade entre o que previsto e o que foi executado. Além disso, a medição de
obras também contribui para a mensuração dos recursos utilizados na obra. É a partir da
medição que se pode monitorar o andamento da obra, corrigir falhas e prevenir atrasos.
Ou seja, para que uma obra chegue ao resultado final com o menor tempo e custo
possível, é fundamental realizar aferições. Por isso, entender os critérios para medição
de obras na construção civil é essencial.
Além de analisar a compatibilidade entre o que foi executado e o que estava previsto, a
medição de obras mensura os recursos utilizados dentro do cronograma. Por exemplo,
os materiais, mão de obra e equipamentos. Isso facilita o pagamento e desembolsos
mensais para acompanhar uma obra.
Os critérios para medição de obras podem ser estipulados pelas normas oficiais ou pela
própria construtora. Seja como for, é importe prestar atenção a eles.
A forma mais prática é medir os eixos e, para ter mais precisão, medir de face a face
também. Geralmente, os carpinteiros são pagos por empreitada, os armadores por kg de
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ferro lançados e os profissionais responsáveis pelo concreto devem ser pagos por m³
lançado.
3.3.2. Alvenarias
Nesse caso, a área total deve ser calculada, e apenas a área excedida 2 m² em cada vão
deve ser descontada. Isso porque o tempo de trabalho para fazer o recorte da área é o
mesmo que para preencher o vão com alvenaria.
3.3.3. Revestimentos
Mede-se a área total de aplicação em que o material foi aplicado e, onde houver vãos e
janelas, deve ser descontado.
Para que essa medição ocorra com mais precisão, é importante prestar atenção a
algumas orientações e materiais necessários:
Limpeza do terreno;
Escavação para fundações;
Reaterro de valas;
Alicerce de pedras;
Alvenaria de tijolos.
A medição dos serviços impacta diretamente na qualidade dos orçamentos gerados. Por
isso, se você desejar ter orçamentos mais precisos e que não geram prejuízos, precisa
dar atenção à sua medição de obras.
Então dedique o máximo de tempo e atenção possível na etapa de medição para garantir
que seus números sejam corretos. Afinal, um errinho aqui, outro errinho ali, podem
causar um efeito dominó gigantesco capaz de atrasar suas obras e causar grandes
prejuízos.
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(FONSECA, 2014). Segundo Fonseca (FONSECA, 2014), apesar de cada obra possuir
em regra particularidades que a diferenciam das restantes, podem ser definidos alguns
princípios de base a ter em consideração na elaboração das medições, nomeadamente os
seguintes:
e) Dentro dos limites razoáveis das tolerâncias admissíveis para a execução das obras,
as medições devem ser elaboradas de modo a que não seja desprezado nenhum dos
elementos constituintes dos edifícios;
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f) Durante o cálculo das medições, devem ser realizadas verificações das operações
efectuadas e as confrontações entre somas de quantidades parcelares com quantidades
globais. O grau de rigor a obter com estas verificações e confrontações depende, como é
evidente, do custo unitário de cada trabalho;
h) Os trabalhos devem corresponder às atividades que são exercidas por cada categoria
profissional de operário;
j) As medições devem ser decompostas por partes da obra que facilitem a determinação
das quantidades de trabalho realizadas durante a progressão da construção, bem como a
comparação de custos com projetos similares.
m) As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor deverão ser indicadas
com a designação de “quantidades aproximadas”;
n) A lista de medições poderá ser organizada por capítulos de acordo com a natureza
dos trabalhos ou por elemento de construção;
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4. Conclusão
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6. Referências Bibliografia
GIAMMUSSO, Salvador Eugênio. Orçamento e Custos na Construção Civil. São Paulo:
Pini. 1991.
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