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027 - Bullon - O Cordao Vermelho

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SUPORTANDO A TRIBULAÇÃO IV (com Plano de Aula)

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Texto Áureo: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação ou a angústia ou a perseguição, ou
a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?”, Rm. 8:35.

I - INTRODUÇÃO

Na vida estamos sujeito a diversas batalhas que nos atribulam. Problemas e mais problemas
nos impedem muitas vezes de prosseguir. Precisamos entender que a batalha é um método
de nos aperfeiçoarmos, e compreendermos que com Cristo somo mais do que vencedores.

I - A ESCOLA DA TRIBULAÇÃO.

- A palavra tribulação significa aflição, sofrimento, provação moral e adversidade. Esta


tribulação difere da tribulação que acontecerá após o arrebatamento da igreja. A produção da
paciência no momento ou nas situações em que um indivíduo sofre a tribulação nos ajuda a
esperarmos no Senhor o auxílio e escape para as dificuldades que temos nos dias atuais. Esta
virtude nos ajuda contra as resignações que sofremos diariamente. Ela importante, pois
somente através dela teremos a calma necessária para suportamos os males que vem contra
nós.
A paciência envolve:
. Calma;
. Tranqüilidade;
. Perseverança tranqüila.

- Quem pretende se manter na presença de Deus necessita extremamente desta virtude.


Vemos que muito no momento da tribulação mudam a linguagem e atribuem ao sofrimento
valores que fazem é entristecer o coração do pai. A linguagem do sofrimento é muito estranha,
ela leva-nos a pensar, a dizer e até crer em fatos que não são verdades. Quando a dor
começa a perfurar nossa carne. E a perfurar nosso espírito e depois permanece ali corroendo,
corroendo. A Nossa mente fica anestesiada, e começamos a pensar que:
- Deus está morto;
- Deus não está nem ai para mim;
- Deus não se interessa mais por mim.

- Vemos na Bíblia um exemplo do grande juiz Jó que em sua tentativa de descobri as causas
do seu sofrimento, ele fez o que muitos de nós fazemos. Rebaixou Deus da sua elevada
posição e passou a atribuir-lhe uma personalidade humana. Depois pôs-se a condena-lo com
afirmações assim :
- Deus está brigando comigo;
- Deus está me ignorando;
- Era melhor eu Ter pecado.

Essas atitudes são tão humanas, não são? Já ouvi tantos cristãos dizerem coisas assim:

- Parece que Deus está sentado lá em cima procurando criar novas maneiras de tornas a
minha vida infeliz.
- Parece que depois que eu me converti, minha vida ficou pior, ás vezes acho que eu estava
melhor sem cristo.

Vemos que estes pensamentos são conseqüência do sofrimento que nos aperta e nos tira em
muitas vezes a capacidade de raciocinar corretamente, e nesta hora, faz-se necessário, a
virtude da paciência para termos calma diante da tribulação e entendê-la como uma prova que
precisamos vencer para crescermos, e aprendermos algo para nosso elevo espiritual.

- Na tribulação vemos que o sofrimento é uma marca que irá acompanhar a pessoa. Se formos
trazer a origem do sofrimento, teremos que ir para o início da Bíblia onde vemos a primeira
conseqüência catastrófica para os seres humanos que aconteceu após o pecado de Adão e
Eva. A partir daquele momento vemos que o sofrimento passou a fazer parte da vida diária de
todos, pois antes vemos que eles não sentiam o efeito da dor e nem da fadiga conforme, Gn.
3:14-19. 

- Sabemos que não foi o Senhor Deus quem introduziu o sofrimento no mundo, como muitos
em sua revoltar chegam a afirmar. Este sentimento é fruto da incompatibilidade entre os
desejos infinitos e imateriais do espírito soprado no homem, e da carne subjugada pelo
pecado. Os fatos externos como dor, ódio, tragédia e a perda de um ente querido afetam o
corpo e conflitam com a natureza do espírito, gerando o sofrimento.

- Este estado de tribulação pode ser entendido também por uma conseqüência dos frutos de
atitudes erradas. Elas partem de uma causa maior e então chega a causas secundárias. A
primeira decorre de uma lei biológica que corresponde no plano espiritual: a lei da semeadura.
Ela é inexorável. Dela não se pode fugir. Certamente o que se planta, colhe. Planta-se muito,
colhe-se muito, planta-se pouco, colhe-se pouco. Plantando sementes negativas certamente
os frutos serão venenosos. Plantando sementes do bem, colhem-se frutos de boas qualidades.
É comum pensar que os frutos somente serão colhidos no futuro, mas muitos pecados
cometidos hoje às conseqüências podem vir antes do que esperam os seus praticantes.
Vemos como exemplo quem dirige em alta velocidade, não afeta a sua vida pessoal com
Cristo, mas, sem dúvida, está plantando a possibilidade de uma morte antecipada, o que vai
gerar dor e sofrimento nos familiares, Sm. 12:1-20. 

- A tribulação para o crente tem com um dos objetivos o propósito de exercitar a disciplina e
moldar o seu caráter espiritual, assim como o ouro é refinado no fogo, Hb. 12:6. Quando
oriundo de satanás, prova que o crente é alvo do amor de Deus a tal ponto que o inimigo sente
raiva e tudo fará para destruí-lo, só não o faz porque, o nosso Deus intervém com mão forte
para impedi-lo. O fato de crer e servir a Cristo já é o suficiente para que o crente padeça
perseguições por causa do seu nome , Mt. 5:11-12.

- Vemos como exemplo de prova e tribulação o sofrimento que Jó passou. Ele era um homem
materialmente próspero, sincero, reto e temente a Deus. Entretanto, ele experimentou um
sofrimento, e chegou a perder tudo que era valioso para ele, chegando os seus amigos a dizer
que ele estava sendo amaldiçoado por algum erro não confessado. Vemos que nem mesmo a
sua esposa, neste momento de aflição lhe apoiou. Mas vemos que o servo de Jeová
permaneceu fiel, ainda que não soubesse que atrás de tudo, o Senhor estava no controle.
Para Jó sofrimento, para o Senhor prova de confiança em seu servo. O Senhor não precisava
provar que o seu servo era temente, mas o fez para que um homem pudesse vencer e calar a
boca do inimigo. Muitos acham que quando não são curados é Deus que não quer ou até
mesmo é por falta de fé, mas a Bíblia nos ensina que a fé aceita a cura, mas também produz
segurança para passarmos pelo vale da sombra da morte, e sairmos inteiros se esta for à
vontade de Deus, Sl. 23:4.

Precisamos entender certas atitudes que devemos ter nos momentos de prova e tribulação.

- Em primeiro lugar precisamos entender o porque do sofrimento: Este fato é muito complexo
por que se formos analisar à luz da causa e efeito estaremos incorrendo no erro de
negligenciarmos outros fatores que contribuem para a conseqüência dos fatos. Fazer um auto-
exame é de sua importância para podermos verificar se nossos comportamentos estão
realmente trazendo bons benefícios ou não. Outra coisa é entendermos as nossas relações
com o próximo. Precisamos verificar como estamos nos relacionando, será que é para benção
ou desastre. Como já citamos anteriormente, muitos plantam más sementes e depois querem
colher maus frutos. Isto é um paradoxo. Precisamos também saber se o que estamos
passando também não é fruto das artimanhas do inimigo contra nós. E podemos também
compreende que todo o sofrimento promove uma experiência que certamente irá nos ensinar a
maneira de nos comportarmos se posteriormente nos encontramos em outra situação
semelhante e ensinar a outros a forma de sobressair diante da prova. Devemos compreender
também que neste momento temos a oportunidade do Senhor manifestar o seu poder para
nos fazer triunfar, sabendo que isto irá produzir o bem, seja no porvir ou aqui na terra, como
aconteceu com Jó. Lembre-se que após a turbulência vem a bonança, Jó. 42:10.

- Outro fator que devemos fazer é enfrentar o sofrimento na tribulação: Para enfrentar o
sofrimento na tribulação, deve-se entender que sem o Senhor como guia o fracasso será
certo. Todavia a melhor solução é preparar-se para enfrentar o sofrimento. Não é deixar para
ler a Bíblia ou orar depois que chega a tormenta. Geralmente, nestas horas o crente é tomado
de desânimo, falta-lhe a disposição e não encontra forças a si mesmo para agir. Então o que
conta é acumular energias para os momentos difíceis, como fazem os atletas que se preparam
para as disputas. Jó tinha energias acumuladas. Ele era justo, reto, sincero e temente a Deus.
Portanto, mantinha vida regular de comunhão com Deus, para poder declarar com fé “Eu sei
que o meu redentor vive” Jó 19:25-26. 

II – NADA NOS SEPARA DO AMOR DE CRISTO.

- Para entendermos sobre este amor que nos preenche e nos prende, teríamos que estudar
toda história da redenção e toda a manifestação da fidelidade de Cristo por nós. Somos fieis a
Ele por que Ele é fiel para conosco. Cristo nos garante a paz, a tranqüilidade, o amor, o
sustento, o alívio, Mt. 11:28, e mais. No mundo onde vivemos muitas coisas concorrem com
este compromisso com o Mestre e muitas vezes damos preferência um ou outro, mas
devemos ficar atentos, pois ninguém pode seguir a dois senhores, pois sempre um em dado
momento ficará prejudicado, Mt. 6:24.

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a


fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?", Rm. 8:35.

- A palavra utilizada pelo comentarista da lição é uma palavra muito enfática. “Nada” no nosso
português significa ”coisa nenhuma, de modo algum”, ou seja, tudo que concorre com o
evangelho não pode ganhar a primazia de Cristo em nossos corações, em nosso testemunho
e em nossos comportamentos. Quando o mundo olhar para nós terão que ver Cristo
estampado em nossa face, igual os crentes de Antioquia, At. 11:26.

- A palavra separa significa “desligar, desunir, afastar, interromper, pôr de lado, permitir ou
decretar a quebra da vida conjugal entre” então fazemos uma pergunta para todos que estão
lendo este comentário: Você tem permitido que algo te separe do amor de Cristo? - Não é
somente por de lago ou afastar, mas deixar que algo quebre a sua relação com o Mestre, ou
até mesmo se desligar do trono do Senhor. Se algo tem tirado a primazia de Cristo em sua
vida, hoje é dia de voltar para os braços do pai.
O apóstolo Paulo coloca uma lista de possíveis fatores que podem nos separar do amor de
Cristo. Evidente que estes não são os reais fatores que nos separam, alheios estão as
diversas variáveis que contribuem para estes fatores tomem força e separem o crente de
Deus. Vemos por exemplo que a tribulação ligada ao desânimo, a amigos que não contribuem,
a palavras e sentimentos de tristeza, certamente irão a cada segundo desanimando a pessoa
de buscar a Deus. Nesta hora precisamos introduzir no meio deste indivíduo fatores que vão
dar força e aumentar a sua estima, para que possa ser revitalizado pelo poder do Espírito
Santo. O maravilhoso Espírito de Deus é sensível e educado, não faz nada se não
permitirmos. Devemos abrir os nossos corações e deixar que nos oriente. Devemos nos
transformar pela renovação que segundo o apóstolo Paulo começa pela Razão
(entendimento), Rm. 12:2, para que possamos realmente experimentar qual seja a boa e
perfeita vontade de Deus.

- Um crente motivado na obra de Cristo certamente será um crente mais forte. O envolvimento
e a integração cumprem este objetivo. Ele não pode sentir-se isolado, como um estranho
dentro de casa (Leia Lc. 15:8-10). Veja que o conceito está implícito. A ação da pessoa que
achou a moeda, foi de chamar as amigas e vizinhas para alegrar-se. Isto é envolvimento e
ajuda muito no fortalecimento da pessoa. Uma boa maneira de envolver o crente é
descobrindo os seus talentos e dar-lhe oportunidade de expressão em seu ambiente. Este é
um processo paulatino, é óbvio, mas é preciso que seja desencadeado.

O crente deve estar:

- Motivado para ganhar almas;


- Motivado para as práticas das boas obras;
- Motivado para influenciar outro;
- Motivado para os serviços da igreja;
- E muito mais.

- Os resultados destas motivações serão vistas e terão uma recompensa boníssima. Este
ponto deve ser ensinado ao crente de que Deus recompensará a cada um segundo as suas
obras. Não se trata, aqui, somente da vida eterna, algo já conquistado pela salvação. Mostrá-
lo que o galardão será dado segundo o trabalho prestado, I Co. 3:14; II Co.5:10. 

- A recompensa deve ser explicitada como um ato da boa graça de Deus. Sabemos que ele
nos proveu a salvação e nos legitimou para fazermos a sua obra. O resultado da sua graça
nos propicia na realização na seara. Ao Senhor pertence os galardões, que serão distribuídos
aos vencedores, Ap. 2:7,11,17,26; 3:5,12,21;22:12.

- Um crente com um bom desenvolvimento de sua auto-estima também será um crente firme e
mais solidificado na rocha que é Cristo, Mt. 7:24.

Vejamos o que diz um certo escritor sobre à auto-estima:

“Se um dia alguém fizer com que se quebre a visão bonita que você tem de si, com muita
paciência e amor a reconstrua. Assim como o artesão recupera a sua peça mais valiosa que
caiu no chão, sem duvidar de que aquela é a tarefa mais importante, você é a sua criação
mais valiosa. Não olhe para trás. Não olhe para os lados. Olhe somente para dentro, para bem
dentro de você e faça dali o seu lugar de descanso, conforto e recomposição. Crie este
universo agradável para si e seja feliz. O mundo agradecerá o seu trabalho.”

Sabemos que a auto-estima elevada contribui para o bom desenvolvimento físico e psíquico
de todo o ser humano.

“A auto-estima é, na realidade um longo trabalho de vida. Se tivermos tido uma infância


saudável e tivermos convivido com pais equilibrados, muito provavelmente teremos uma auto-
estima razoável e poderemos tirar o melhor da vida. Caso não tenhamos tido essa sorte, nem
tudo está perdido. Há formas de recuperar a auto-estima e ser feliz. O que não deve acontecer
é desejarmos forjar a auto-estima e nem transformá-la numa obsessão, como já vem
acontecendo na última década. Auto-estima não é encontrada em “caixinhas” dentro das
farmácias e nem pode ser aprendida através de manuais. A auto-estima é uma condição
interna e que implica no uso das características pessoais do indivíduo. Sua recuperação é
possível, desde que nos empenhemos muito fortemente nessa conquista”, Mário Quilici, 2003.

- Devemos lembrar que em Cristo somos estimulados e a nossa estima é aumentada a cada
dia, pois Ele nos faz feliz, Ele nos socorre nos momentos de angústia, Ele alivia as nossas
dores Mt. 11:28, Ele alivia as nossas tensões, Ele nos dá o escape I Co. 10:13, Ele nos ama,
e vai nos levar um dia para o céu.

Temos razões e emoções de sobra para ficarmos a cada dia mais perto do Mestre.

Reflexões:
1 – O que você tem feito para ser um crente mais estruturado emocionalmente e fisicamente?
2 – As suas ações tem levado a bênçãos ou a provas?
3 – Qual tem sido o fruto do seu trabalho?
4 – O que tens feito para se achegar mais perto de Cristo?
5 – Tem se sentido estimulado a cada dia a seguir a Cristo?

Se em alguma pergunta acima, você está incompleto, procure a partir de hoje chegar mais
perto do Senhor, "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e,
vós de duplo ânimo, purificai os corações" Tg. 4:8, “pois ele tem cuidado de vós”, I Pe. 5:7

Que o Senhor abençoe a todos. Amém.

Referência:

- Pastor Valqueris Tentemplis Martins: Aprendendo com o sofrimento – Parte 1.

CONCLUSÃO

Que possamos identificar os nossos passos para que saibamos o rumo que estamos tomando
em nossas vidas. Chegando a cada dia mais perto de Cristo, poderemos cada vez mais dizer
“nada poderá nos separar do amor de Cristo”. Amém.

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