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Puc Maco2 04 Adicoes

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Materiais constituintes do

Concreto

Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira


Adições

Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira


Fonte: Egydio Herve Neto
Dario Dafico
Silvia Selmo
Rubens Curti,
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Adições

 Adições minerais são produtos comumente adicionados ao


concreto em quantidades significativas (teor > 5%).
 Cimentantes
 Pozolânicas
 Inertes
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Classificação

Classificação Tipo de adições

Cimentantes Escória granulada de alto-forno


Cinzas volantes com alto teor de cálcio
Cimentantes e pozolânicas
(> 10% de CaO)
Sílica ativa
Superpozolanas
Metacaulim
Cinzas de casca de arroz (queima controlada)
Cinzas volantes com baixo teor de cálcio (<10%)
Argilas calcinadas
Pozolanas comuns
Materiais naturais (origem vulcânica e
sedimentar)
Escória de alto-forno resfriada lentamente
Pozolanas pouco reativas Escória de caldeira
CCA sem controle de queima (residual)
Fíler calcário, Agregado pulverizado, Alguns
Inertes (fíler)
resíduos calcinados etc.
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Origem

 Natural
 materiais que possuem atividade pozolânica no estado natural ou
podem ser facilmente convertidos em pozolanas por britagem,
moagem e ativação térmica.
 Argilas e folhetos calcinados
 Tufos vulcânicos etc.

 Artificial Império Romano: Coliseu de Roma 82 d.C.


 subprodutos industriais de transformação e beneficiamento, que
requerem ou não o processamento (secagem e pulverização) antes do
emprego como adição mineral.
 Cinza volante
 Escória de alto-forno
 Sílica ativa etc.
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Efeitos das adições

 Efeito Químico: Reação Pozolânica


 Substituição do hidróxido de cálcio por C-S-H
 Redução do pH da solução do poro (não significativo)

 Efeito Físico: Efeito Fíler


 Alterações na Microestrutura
 Refinamento do sistema de poros
 Maior tortuosidade e Desconexão do sistema de poros
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Adições pozolânicas

 Materiais silicosos ou sílico-aluminosos que têm pouco ou nenhum


valor cimentíceo, mas, quando finamente subdivididos e na
presença de umidade, reagem quimicamente com o hidróxido de
cálcio à temperatura ambiente formando compostos com
propriedades cimentíceas.
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Diagrama ternário de fases


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Diagrama ternário de fases


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Composição química

Percentual em massa (%)


Material perda
SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO álcalis
ao fogo
Escória de alto-forno 30-40 8-13 0,1-2 35-45 8-20 0,5-1 0,3-2

Cinza volante 50-65 20-29 5-10 1-7 1-2 1-3 0,5-3,5


0,06- 0,03-
Sílica ativa 90-98 0,1-0,8 0,2-3 0,1-2,5 2,5-3,5
2,5 2,5
Cinza de casca de arroz 90-94 0,3-1,0 0,2-0,5 0,3-0,5 0,2-0,4 2-3 2-3

Metacaulim 41-55 35-45 1,0-1,5 1,5-2,5 0,1-0,3 0,3-0,6 1,5-2,5


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Características das partículas

Adição
Composição mineralógica Características das partículas
mineral
Formada de 80% a 100% por silicatos e
aluminossilicatos de cálcio e magnésio, Na maior parte são partículas de textura rugosa
Escória de alto-
na forma não cristalina. menores que 45 µm, com área específica Blaine
forno
Pequena quantidade de compostos de 400 a 500 m2/kg.
cristalinos do grupo da melitita.
Formada de 50% a 90% por
aluminossilicatos na forma não Esferas sólidas com diâmetro entre 1 e 100 µm,
Cinza volante
cristalina. com valor médio em torno de 20 µm, podem ser
de baixo teor
Pequenas quantidades de minerais encontradas cenosferas e plerosferas.
de cálcio
cristalinos geralmente de quartzo, Área específica Blaine de ~ 300 a 400m2/kg.
mulita, silimanita, hematita e magnetita.
Partículas altamente celulares geralmente
menores que 45 µm, com dimensão média entre
Cinza de casca Essencialmente constituída de sílica
6 e 10 µm.
de arroz pura na forma não cristalina.
A superfície específica obtida por adsorção de
nitrogênio (BET) é de ~ 40k a 100k m2/kg.
Pó extremamente fino contendo esferas sólidas
de diâmetro médio entre 0,01µm e 1 µm.
Sílica ativa Sílica pura na forma não cristalina. Superfície específica BET ~ 20k m2/kg.
γ ~ 2.200kg/m³ e ρ de ~ 200kg/m³ a 600kg/m³
(compactada).
Partículas com tamanho médio de 1,5 µm e
Metacaulim Alumino-silicatos na forma amorfa.
superfície específica BET ~ 20k m2/kg.
Fumaça do cigarro ~10.000 m2/kg
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Características das partículas


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Adições x aditivos
Efeito no concreto

Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira


Fonte: Egydio Herve Neto
Silvia Selmo
Rubens Curti
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Influência das adições minerais nas


propriedades do concreto fresco
 Plasticidade e coesão
  relação “volume de sólidos
/volume de água”

  trabalhabilidade

  energia de bombeamento
e melhor acabamento

 Exsudação e segregação
  volume de finos e
 homogeneidade
  quantidade de canais de
exsudação
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Influência das adições minerais nas


propriedades do concreto fresco
 Consumo de água
 Efeito dispersor das partículas
pequenas (forças eletrostáticas)
 Superpozolanas   consumo H2O
 Uso de aditivos superplastificantes

 Calor de hidratação
 Clínquer: estágio de energia elevado
 Reação pozolânica:  calor de
hidratação do que nas reações do
cimento
  risco de fissuração térmica

Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP


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Influência das adições minerais nas


propriedades do concreto endurecido
 Resistência Mecânica
 Formação de composto mecanicamente resistente
 Refinamento dos poros e dos cristais na pasta
  resistência da matriz na zona de transição

theconcreteportal.com
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Influência das adições minerais nas


propriedades do concreto endurecido
 Durabilidade
  porosidade e
 permeabilidade do concreto
  ingresso de agentes nocivos
theconcreteportal.com

 Resistência a sulfatos
 Refinamento dos poros
  quantidade de Ca(OH)2
disponível para combinar com
sulfatos e gerar compostos
expansivos

chinamicrosilica.com
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Influência das adições minerais nas


propriedades do concreto endurecido

theconcreteportal.com

Seção polida de concreto com ataque por sulfato. Concreto de auto-estrada no Reino Unido. Formação de taumasita ao
redor de agregado graúdo do tipo litológico calcário acompanhado de fissuras.

chinamicrosilica.com
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Influência das adições minerais nas


propriedades do concreto endurecido
 Reação álcali-agregado (RAA)
  absorção de água
  total de álcalis (substituição de parte do cimento)
 Consumo de parte dos álcalis pela reação pozolânica

theconcreteportal.com
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Justificativas para o uso de adições

 Técnicas
 Maior coesão
 Menores exsudação e segregação
 Redução da porosidade capilar
 Redução da permeabilidade
 Redução da carbonatação
 Maior resistência a sulfatos
 Redução do calor de hidratação
 Inibição da reação álcali-agregado
 Maior Durabilidade

 Econômicas
 Redução do consumo
energético

 Ecológicas
 Aproveitamento de subprodutos
e resíduos poluentes
 Preservação das jazidas
Principais
adições minerais

Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira


Fonte: Egydio Herve Neto
Dario Dafico
Silvia Selmo
Rubens Curti
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Fíler Calcário

 Materiais carbonáticos.
 Praticamente inertes na mistura.
 Dimensão média similar ao do cimento ou menor.
 Os fíleres não devem aumentar a demanda de água da mistura
quando usados em concreto, a menos que usados com aditivo
redutor de água, para não prejudicar a resistência do concreto às
intempéries ou a proteção do concreto à armadura.
 Ação predominantemente física.
 Devem ser fisicamente compatíveis com o cimento.
 Principais efeitos no concreto:
  trabalhabilidade
  permeabilidade
  capilaridade
  exsudação
  tendência à fissuração
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Escória de alto-forno

 A escória é um subproduto da produção do ferro-gusa, durante


reações de redução ou oxidação do metal líquido a ~1500ºC.
 Gera-se cerca de 300kg de escória por tonelada de ferro-gusa.
 Quando rapidamente resfriada (solidifica-se como material vítreo) e
finamente moída, desenvolve propriedade de hidraulicidade
latente. Podendo ser utilizada como material cimentíceo, mas na
presença de um álcali ativador ou iniciador.
 Se resfriada naturalmente ao ar, os seus óxidos se cristalizam e
perdem as características hidráulicas, tornando-se inerte.
 Composição química: Cal, Sílica, Alumina.
 Principais efeitos no concreto:
  trabalhabilidade (dispersão das partículas);
 Desprendimento de calor de forma lenta ( risco de fissuração);
 Refinamento dos poros (microestrutura mais densa);
  resistências mecânicas em idades avançadas;
  durabilidade.
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Escória de alto-forno
Produção

Aspecto da escória solidificada e resfriada


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Escória de alto-forno
Composição química
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Cinza Volante

 Pozolana obtida por precipitação mecânica ou eletrostática dos


gases de exaustão em termelétricas a carvão mineral.
 Suas partículas são esféricas, com diâmetros entre 1µm e 100µm,
e têm finura elevada, normalmente entre 250 m²/kg e 600 m²/kg.
 Constituídas por silica amorfa; contendo Al, Fe e álcalis.
 A pequena quantidade de matéria cristalina presente consiste
geralmente de quartzo, mulita, silimanita, hematita e magnetita.
 Teor de cálcio variável, depende do tipo de carvão utilizado.
 Teor de carbono não-queimado variável ( > 5% indesejável)
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Cinza Volante
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Cinza Volante
Produção
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Cinza Volante

 Principais efeitos no concreto :


 Retardamento do tempo de pega;
  calor de hidratação (< retração e < fissuração);
  trabalhabilidade e maior coesão;
  da porosidade (< permeabilidade);
 Pode inibir a RAA.

http://constructionz.com/cementflyash
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Argila Calcinada

 Segundo LEA (1971) o desenvolvimento da atividade pozolânica


está associado à temperatura de queima na qual a estrutura
cristalina da argila perde água, resultando em um produto de
estrutura amorfa e elevada reatividade química.

 A argila termicamente ativada, em contato com o meio alcalino das


pastas de cimento Portland, promove a dissolução do silício e do
alumínio que posteriormente, com a disponibilidade de cálcio, irão
cristalizar-se em C-S-H, ou seja, ocorre a reação pozolânica.
(TAYLOR, 1997; HE et al., 1995).

 As argilas mais utilizadas são as cauliníticas, montmoriloníticas e


ilitas (BARATA, 1998).

 AMBROISE et al. (1992) constataram que as produzidas com


maior conteúdo de caulinita são mais reativas.
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Sílica Ativa

 Subproduto da fabricação de silício ou liga de ferro silício a partir


da redução de quartzo e carvão em forno elétrico de eletrodos de
arco submerso em altas temperaturas (≈ 2000°C).

 A sílica ativa é composta basicamente de sílica amorfa, SiO2, com


teor que varia entre 85% a 90%, dependendo do tipo de liga a ser
produzida. Quanto maior o teor de silício empregado para a
fabricação das ligas maior o teor de sílica amorfa da sílica ativa.

 A sílica ativa apresenta variações de cor, do cinza escuro até o


branco. Uma exceção é o SiMn-CSF, que é marrom. O teor de
carbono e de ferro tem influencia preponderante na coloração da
sílica ativa.

 O uso de toras de madeira no processo de queima pode influenciar


na composição da sílica ativa, especialmente no teor de carbono.
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Sílica Ativa
Produção

Camargo Corrêa - Silmix


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Sílica Ativa
Histórico
 1952: primeira utilização do subproduto da fabricação de silício
metálico e das ligas de ferro silício é relatada por um pesquisador
norueguês, Bernhardt.

 Década de 70: começa a ser utilizada como material cimentício


suplementar ao concreto, pela Escandinávia, chegando ao
mercado Norte Americano no início dos anos 80.

(Fidjestöl e Lewis, 1999)


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Sílica Ativa

 A sílica ativa atualmente é disponível em quatro formas:


 tradicional
 em forma de lama
 densificada
 misturada ao cimento Portland
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Sílica Ativa

 Principais efeitos no concreto:


 Refinamento dos poros
  propriedades mecânicas
  de 10% a 40% de fc
  coesão da pasta

 Desvantagens:
  consumo de água

 Carbonatação:
 Consumo elevado do Ca(OH)2
  Ph da água capilar
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Metacaulim

 Calcinação e moagem de argilas cauliníticas


 Queima rigorosamente controlada: t ~ 600ºC a 900ºC
 Matéria prima
 depósitos naturais de argila caulinítica extremamente finas
 Subproduto industrial do beneficiamento do caulim destinado à

SEM images of metakaolin (a) and silica fume (b) particles


cobertura de papel
 Composição química: sílica e alumina no estado amorfo.
 Efeito mecânico semelhante ao da sílica ativa
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Metacaulim

Revista da Escola de Eng. de Minas vol.66 no.1 Ouro Preto Jan./Mar. 2013
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Cinzas de Casca de arroz

 1000 kg Arroz  200 kg Casca  40 kg CCA (4%)

 Queima controlada e moagem:


 Sílica na forma não-cristalina
 Estrutura celular porosa
 Pozolana altamente reativa
 Propriedades similares à sílica ativa
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Cinzas de Casca de arroz


Produção
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Cinzas de Casca de arroz

 A queima da casca de arroz em diferentes temperaturas produz


diferentes tipos de cinzas.

(a) casca de arroz in natura (b) CCA (c) CCA moída residual e (d) CCA moída queimada a 700 ºC.
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Cinzas de Casca de arroz

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