Livro Filosofia Da Química No Brasil - 48d206
Livro Filosofia Da Química No Brasil - 48d206
Livro Filosofia Da Química No Brasil - 48d206
Diretores da Série:
Prof. Dr. Adriano Vargas Freitas Prof. Dr. João Ricardo Viola dos Santos
Universidade Federal Fluminense (UFF) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Prof. Dr. Alejandro Pimienta Betancur Prof. Dr. José Eustáquio Romão
Universidad de Antioquia (Colômbia) Universidade Nove de Julho e Instituto Paulo Freire (Uninove e IPF)
Prof. Dr. Alexandre Pacheco Prof. Dr. José Messildo Viana Nunes
Universidade Federal de Rondônia(UNIR) Universidade Federal do Pará (UFPA)
Organizadores:
Jackson Gois
Marcos Antonio Pinto Ribeiro
Diagramação: Marcelo A. S. Alves
Capa: Carole Kümmecke - https://www.behance.net/CaroleKummecke
http://www.abecbrasil.org.br
Filosofia da Química no Brasil [recurso eletrônico] / Jackson Gois; Marcos Antonio Pinto Ribeiro (Orgs.) --
Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019.
208 p.
ISBN - 978-85-5696-706-0
CDD: 100
Índices para catálogo sistemático:
1. Filosofia 100
Sumário
Prefácio...................................................................................................................... 9
José Antonio Chamizo
Apresentação ............................................................................................................ 21
Os Organizadores
1 ................................................................................................................................ 25
Filosofia da química: o relato de uma experiência
Kleber Cecon
2 ............................................................................................................................... 43
Filosofia com química, química com filosofia
Ronei Clécio Mocellin
3 ................................................................................................................................ 73
Investigações em Filosofia, Química e Currículo
Marcos Antonio Pinto Ribeiro
4.............................................................................................................................. 103
Ernst Cassirer: da Filosofia da Química à Semiótica
Waldmir Nascimento de Araujo Neto
5 .............................................................................................................................. 123
Uma aproximação pouco usual: a epistemologia de Jean Piaget e a Filosofia da
Química
Marcelo Leandro Eichler
6.............................................................................................................................. 143
Minha pequena história com a Filosofia da Química no Brasil
Nelson Rui Ribas Bejarano
7 .............................................................................................................................. 167
Aproximando filosofia da química, história da ciência e ensino de química:
trajetória e perspectivas
Paulo Alves Porto
8 ..............................................................................................................................191
Uma trajetória na Representação Química e Significação
Jackson Gois
Isso nos leva de volta a questão central desse capítulo: qual a relação entre as
representações químicas e a elaboração de significados? Para a Química, o
Ensino de Ciências, a Filosofia da Ciência e a Filosofia da Química, a resposta
para essa pergunta é: significa porque representa. O que muda, de uma área
para outra, é o que está sendo representado pelas representações químicas: a
matéria (na Química), as concepções do cientista (no Ensino e na Filosofia da
Ciência) e uma concepção química (na Filosofia da Química). Nesse sentido,
o fundamento do significado é, atualmente, representacional.
José Antonio Chamizo | 11
• Para escapar, se deve saber de onde se escapa. Isso requer uma análise ampla
do que se está ensinando na atualidade ao redor dos aspectos filosóficos
apresentados no livro.
• Para escapar, se deve saber do que se escapa. Com isso se quer dizer que é
necessário se construir uma nova visão do currículo de química, no qual é
particularmente importante a nível médio/superior, já que para a maioria dos
estudantes será a última vez que terão uma aproximação formal com essa
disciplina. Este assunto também é considerado no presente texto.
• Para escapar, se deve saber como escapar. Aqui o protagonista é o professor, e
sobre sua formação há muito o que dizer, também algo a que se dedica esse
texto.
A leitura e a discussão dos oito capítulos que formam esse livro sem
dúvida enriquecerão o trabalho acadêmico dos profissionais da química,
docentes, investigadores e tomadores de decisões, identificando que
somos iguais, porém também diferentes dos profissionais de outras áreas
científicas. Faltam livros de Filosofia da Química escritos na América
Latina e faltam também livros de Química escritos a partir da História e
Filosofia da Química. Há um longo caminho a percorrer, e esse é o nosso
caminho.
NEWMAN, W. R. Atoms and alchemy: chemistry and the experimental origins of the
scientific revolution, Chicago: University of Chicago press, 2006.
VAN BRAKEL, J. Philosophy of Chemistry. Between the Manifest and the Scientific,
Leuven: Leuven University Press, 2000.
Os Organizadores
Filosofia da química:
o relato de uma experiência
Kleber Cecon 1
Introdução
1
Professor de Filosofia das Ciências Naturais na graduação em Filosofia e associado ao programa de Pós-graduação
em Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Unesp de Marília.
26 | Filosofia da Química no Brasil
2
Ver OS PRÉ-SOCRÁTICOS. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores, v. 1). Alguns filósofos pré-
socráticos têm como a base e início de seu pensamento filosófico exatamente na causa material do mundo. Thales,
considerado historicamente o primeiro filósofo da tradição ocidental, afirmou que o que constituía o mundo, ou
seja, seu princípio, era a água. Anaxímenes falou que era o ar. Heráclito defendia que o elemento de todas as coisas
era o fogo, e Empédocles ainda adicionou a Terra aos elementos do mundo. A causa material do mundo talvez
tenha sido a primeira preocupação filosófica da humanidade.
28 | Filosofia da Química no Brasil
3
NEWTON, I. Principia. Glasgow: James MacLehose Publ., 1871.
Kleber Cecon | 29
4
KUHN, T. The structure of scientific revolutions. 2. ed. Chicago: University of Chicago Press, 1970.
30 | Filosofia da Química no Brasil
5
CECON, K. Argumentos contrários aos elementos aristotélicos na obra ‘O químico Cético’ de Robert Boyle. 2005.
104f. Monografia (Graduação em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas, 2005.
6
NEWMAN, W. R.; PRINCIPE, L. M. Alchemy vs. Chemistry: etymological origins of a historiographic mistake.
Early Science and Medicine, v. 3, n. 1, p, 32-65, 1998.
7
CECON, K. A Relação entre a filosofia mecânica e os experimentos alquímicos de Robert Boyle. 2010. 160f. Tese
(Doutorado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade de Estadual de Campinas,
Campinas, 2010. Posteriormente adaptada para o livro CECON, K. A Relação entre a filosofia mecânica e os
experimentos alquímicos de Robert Boyle. Campinas: UNICAMP/Centro de Lógica, Epistemologia e História da
Ciência, 2011. 182p. (Coleção CLE, v. 61). ISBN 978-85-86497-09-4
8
GARBER, D. Why the Scientific Revolution Wasn’t a Scientific Revolution, and why it Matters. In: RICHARD, R. J.;
DASTON L. (Eds.). Kuhn’s Structure of Scientific Revolutions at Fifty: reflections on a science classic. Chicago:
University of Chicago Press, 2016. p. 133 – 146.
9
NEWMAN, W. R. Atoms and alchemy: chymistry and the experimental origins of the scientific revolution.
Chicago: University of Chicago Press, 2006.
Kleber Cecon | 31
10
Esse texto foi escrito e enviado em 2017 durante meu período de pós-doutorado
32 | Filosofia da Química no Brasil
11
https://sites.google.com/site/socphilchem/history.Acesso em: 31 jan. 2017.
12
https://sites.google.com/site/socphilchem/organization. Acesso em: 31 jan. 2017.
13
http://www.ispc2013.fq.edu.uy/. Acesso em: 31 jan. 2017.
Kleber Cecon | 33
14
http://www.ispc2013.fq.edu.uy/imagenes/email.pdf. Acesso em: 31 jan. 2017.
15
BOYLE, R. Workdiaries. Edited by Michael Hunter. London: University of London, Centre for Editing Lives and Letters,
1997-2001. Disponível em: <http://www.livesandletters.ac.uk/wd/index.html>.
16
O deslocamento ocorreu para uma curiosa visita a uma fábrica de carnes, LEMCO, que estava no programa do
evento em questão.
17
Ou seja, um estudo em que a ciência química é tida como objeto de análise, e não analisar temas específicos da
ciência química.
34 | Filosofia da Química no Brasil
18
http://link.springer.com/journal/10698. Acesso em: 31 jan. 2017.
19
https://sites.google.com/site/socphilchem/publications . Acesso em: 31 jan. 2017.
Kleber Cecon | 35
20
Veja na página 4 do seguinte documento: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/
CES0492.pdf . Acesso em: 31 jan. 2017.
21
O que quero dizer com isso é que os pesquisadores da chamada área de filosofia da química são,
majoritariamente, químicos e não filósofos.
22
DEBUS, A. G. Chemists, physicians, and changing perspectives on the scientific revolution. Isis, v. 89, n. 1, p. 66-
81, Mar. 1998.
36 | Filosofia da Química no Brasil
caso de que a filosofia da química possa ser uma parte específica da filosofia
da ciência? Qual seria um típico problema da filosofia da ciência?
Apenas para citar um típico problema da filosofia da ciência,
peguemos aqui o caso do problema da demarcação, definido pelo filósofo
Imre Lakatos 23:
23
LAKATOS, I. Lectures on scientific method. In: MOTTERLINI, M. (Ed.). For and Against Method. Chicago:
University of Chicago Press. 1999.
Kleber Cecon | 37
24
LAKATOS, I. História de la ciencia y sus reconstrucciones racionales. Madrid: Tecnos, 1987, p. 11-12 apud ANDRE,
J. M. Da História da ciência à filosofia da ciência: elementos para um modelo ecológico do progresso científico.
Revista Filosófica de Coimbra, n. 10, p. 315-359, 1996.
38 | Filosofia da Química no Brasil
Conclusão
Acho que podemos inferir que, assim como eu, diversos alunos que
procuram cursos de ciências puras estão no fundo procurando algo cujos
princípios podem estar mais distantes do curso que eles escolheram do que
imaginam. Talvez com a presença da disciplina de filosofia no ensino médio,
essa probabilidade tenha diminuído. Mesmo assim, muitos alunos que
ingressam em ciências puras acabam ingressando posteriormente em
Kleber Cecon | 39
Referências
GARBER, D. Why the Scientific Revolution Wasn’t a Scientific Revolution, and why it
Matters. In: RICHARD, R. J.; DASTON L. (Eds.). Kuhn’s Structure of Scientific
Revolutions at Fifty: reflections on a science classic. Chicago: University of
Chicago Press, 2016. p. 133 – 146.
MOTTERLINI, M. (Ed.). For and Against Method. Chicago: University of Chicago Press.
1999.
NEWMAN, W. R. Atoms and alchemy: chymistry and the experimental origins of the
scientific revolution. Chicago: University of Chicago Press, 2006.
NEWTON, I. Principia. Reprinted for William Thomson and Hugh Blackburn. Glasgow:
James MacLehose Publ., 1871. Reimpressão da 3. ed. de Philosophiae naturalis
principia mathematica, publicada em 1726.
ROSSI, P. The Birth of Modern Science. Translated by Cynthia De Nardi Ipsen. Oxford:
Blackwell, 2001.
1
Departamento de Filosofia – Universidade Federal do Paraná, roneimocellin@ufpr.br
44 | Filosofia da Química no Brasil
Conclusões provisórias
Referências
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Edições 70, p. 29-49, 1989 [1977].
LATOUR, B.; WOOLGAR, S. A vida de laboratório. Trad. Ângela Ramalho Vianna. Rio de
Janeiro: Relume Dumará, 1997.
______. Louis-Bernard Guyton de Morveau e a revolução química das Luzes. São Paulo:
Scientiae studia, v. 10, n. 4, p. 733-58, 2012.
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(orgs). Filosofia no ensino médio: filosofia da ciência. São Cristovão: Editora
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______. Existe um estilo de raciocínio químico? In : Silvio Seno Chibeni; Luciana Zaterka;
José Ahumada; Diego Letzen; Cibele Celestino Silva; Lilian Al-Chueyr Pereira
Ronei Clécio Mocellin | 71
Martins; Ana Paula Oliveira Pereira de Morais Brito (Org.). Filosofia e historia
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______. Conceitos nômades: filosofia química na Ilustração. Dois Pontos, v. 15, p. 183-
197, 2018b.
NORDMANN, A. From Metaphysics to Metachemistry. In: Baird, D.; Scerri, E. & McIntyre,
L. (eds.). Philosophy of Chemistry – Synthesis of a New Discipline. Dordrecht:
Springer, 2006, p. 347-62.
1
Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Formação de Professores - PPG.ECFP e Mestrado
Profissional em Química.
74 | Filosofia da Química no Brasil
Encontrando indícios
2
Fiz a Graduação em Bacharelado em Química de 1991 a 1996. Ao longo dessa graduação, cursei disciplinas em
diferentes cursos, como artes, teatro, música, sociologia, direito, administração, filosofia, história. Cursei Ciências
Biológicas (incompleto), de 2000 a 2002; fiz mestrado em História, Filosofia e Ensino de Ciências, defendendo a
dissertação sobre um estudo do conceito de emergência na literatura atual. Todos esses estudos foram realizados
na UFBA (Universidade Federal da Bahia).
3
Essas inquietações são partilhadas nos mais diversos espaços, de forma completamente implícita e jamais
articulada e pensada.
76 | Filosofia da Química no Brasil
biologia 4. Uma intuição que já me inquietava (ano de 1997) era que o curso
de química tinha uma grande endogenia e grande dificuldade ou
desinteresse em discutir temas das ciências humanas. Qual a razão?
Epistemológica, política, sociológica?
Minha prática profissional como docente tem característica
transversal 5. Iniciei em 1996 como professor do ensino médio e, em 1999,
comecei a lecionar no ensino superior em cursos de formação de
professores de química. Tive oportunidade de lecionar todas as
disciplinas específicas (química orgânica, analítica, físico-química e
inorgânica) e, desde 2004, venho lecionando, na Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (UESB), disciplinas pedagógicas, estágio
supervisionado e história da química.
Ao conviver com a comunidade de educadores em química,
identificava uma pedagogização excessiva dos discursos. Certo incidente
chamou a atenção. Uma pesquisadora, líder da comunidade epistêmica de
ensino de química no Brasil, apesar de grande conhecedora de temas
pedagógicos, cometeu um erro muito primário em conhecimentos
específicos de química. O desconhecimento e a falta dos domínios do
próprio conteúdo da química é uma queixa assumida, as vezes de forma
explícita, por grande parte dos profissionais que se dedicam ao ensino da
química. Outra inquietação era a falta de diálogo entre os dois campos
(disciplinas específicas e pedagógicas). De um lado, havia o contexto do
tecnicismo puro dos químicos com a integração de poucos debates
humanísticos e culturais; de outro, havia os educadores químicos que
pareciam usar conceitos e teorias muito frágeis e com pouco diálogo com a
especificidade química.
Também o currículo apresentava uma particularidade: selecionava
alunos mais pragmáticos, técnicos e pouco aptos ou desejosos de
inquirições intelectuais de maiores envergaduras. Isso parecia relacionar-
4
Nas aulas de Física III, por exemplo, parte da aula era sobre contextualização histórica.
5
No ensino superior lecionei todas as disciplinas do currículo e tive experiência de quatro anos em indústria
química.
Marcos Antonio Pinto Ribeiro | 77
6
Inserida na reforma curricular nos cursos de Bacharelado e Licenciatura da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia (UESB), essa disciplina foi a primeira a ser proposta no Brasil. Foi alterada posteriormente para História,
Filosofia e Prática de Ensino.
7
www.uesb.br/viieduqui, Acesso em: 25 jan. 2010
8
Este foi um dos resultados e implicação da tese ao propor, no ENEQ de 2012, juntamente com outros
investigadores essa temática na agenda do ensino de química no Brasil. Ver capítulo 4.
9
Comunidade epistêmica é um conceito desenvolvido por Ball (1994) e, segundo pesquisa de Abreu (2010), os
pesquisadores que participaram desse evento podem ser considerados formadores de uma comunidade epistêmica
no ensino de química no Brasil.
78 | Filosofia da Química no Brasil
10
Metaciências são metadiscursos sobre a ciência, são a história, a filosofia e a sociologia da ciência.
11
Na minha universidade, de um total de 30 professores, durante conversas informais e em reuniões
departamentais, os professores não mostravam nenhum interesse ou conhecimento sobre o assunto.
Marcos Antonio Pinto Ribeiro | 79
12
Missibilidade ou imissibilidade é a propriedade de dois líquidos misturarem-se ou não.
13
Conversa informal com uma professora da UESB, da subárea de ensino de química, que me sucedeu na docência
da disciplina História e filosofia da Química. Foi solicitado um relato das dificuldades com essa disciplina.
14
Conversa informal com um professor da UFBa que pesquisa esta temática e integra temas da filosofia da química
no currículo.
80 | Filosofia da Química no Brasil
15
Em pesquisa cientométrica feita em nível de especialização foram encontradas poucas citações dos principais
artigos e dos periódicos na produção em educação química e ensino de ciências. Ver dados web of science,
periódicos da Capes, CNPq (grupos de pesquisa).
16
Science & Education (um número especial somente em 2012).
17
Nos programas de pós-graduação no Brasil não há nenhuma tese sobre o assunto, bem como na base de dados da
Capes e CNPQ. Na base de dados da Universidade de Lisboa também não há teses sobre o assunto. Na Universidade
Autônoma de Barcelona também não há. Existem apenas artigos que abordam esses campos. Somente no ano de
2012 começa a estabelecer-se um debate sobre filosofia da química e ensino de química. Antes havia apenas alguns
artigos dispersos.
18
Um dos interlocutores do EDUQUI do ano de 2013 investigou exatamente esse problema. O mesmo integra o grupo de
pesquisa “Investigações em currículo, filosofia e química”, coordenado por mim.
Marcos Antonio Pinto Ribeiro | 81
19
Próprios da visão mertoniana
20
Próprios da visão tecnocientífica (ECHEVERRIA, 2003), Gibbons et al (1994)
84 | Filosofia da Química no Brasil
Processualidade Ciência das relações (SOUKUP, 2005; BERNAL & DAZA, 2010; EARLEY, 2004;
SCHUMMER, 1999a)
Realismo processual estrutural (EARLEY, 2008a)
Filosofia de processos (EARLEY, 1981, 2008a; STEIN, 2004)
Emergência, auto-organização, ontologia de níveis (LUISI, 2002)
Influência de Prigogine na química (LOMBARDI, 2012; EARLEY, 2004)
Moléculas como ecossistemas (REIN, 2004)
Razão histórica, ideográfica (LAMŻA, 2010)
86 | Filosofia da Química no Brasil
21
É difícil não deixar de fazer alusão às duas multiplicidades propostas por Bergson (1999). Ele coloca que existe
duas multiplicidades, uma quantitativa e outra qualitativa. A quantidade é reduzida ao número, a qualitativa é
heterogênea.
Marcos Antonio Pinto Ribeiro | 89
22
Na nossa tese de doutorado defendemos o perspectivismo química como uma abordagem curricular. Ou seja, não
se trata de encontrar abordagens teóricas exógenas ao interesse Químico, mas trabalhar a química e encontrar
perspectiva a partir de sua especificidade. Nesse sentido encontramos muitas correntes filosóficas que precisam ser
explicitadas como: filosofia da classificação, dos instrumentos, semiótica, filosofia de processos, etc.
94 | Filosofia da Química no Brasil
Conclusão
Referências
BAIRD, D. (1993). Analytical chemistry and the big scientific instrumentation. Annals of
Science, United States, v.50, p.267–290, 1976.
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HOFFMANN, J. R. How the models of Chemistry vie. PSA, [S.l], v.1, p.405–19, 1990.
98 | Filosofia da Química no Brasil
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VAN BERKEL, B. The structure of current school chemistry: A quest for conditions for
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Ernst Cassirer:
da Filosofia da Química à Semiótica
1
Leseq - Laboratório de Estudos em Semiótica e Educação Química - Instituto de Química – UFRJ.
104 | Filosofia da Química no Brasil
(..) está bem claro que, para Hegel, esse aparecer não tem nada a ver com
percepção consciente: não importa com o que a mente dos indivíduos se
preocupa enquanto eles participam de uma cerimônia, pois a verdade está na
própria cerimônia. (VERENE, 1969, p. 41).
Waldmir Nascimento de Araujo Neto | 109
Outra influência foi Aby Warburg, e Cassirer chegou até ele por ter
assumido uma posição na Universidade de Hamburgo. A
“Kulturwissenschaftliche Bibliothek Warburg” continha material sobre
arte, mito e linguagem que seriam indispensáveis para a pesquisa de
Cassirer. Lá ele entrou pela primeira vez em 1920, e teve Fritz Saxl
(1890-1948) como apresentador e posteriormente como companheiro
nas pesquisas. Aby Warburg havia sido acometido por um colapso
mental em 1918, e internado em um sanatório na cidade de Kreuzlingen.
112 | Filosofia da Química no Brasil
2
Veja no canal do Youtube: https://www.youtube.com/user/lifeufrj
120 | Filosofia da Química no Brasil
Referências
CASSIRER, E. Mythic, aesthetic and theoretical space. Man and world, v. 2, n. 1, p. 3-17,
1969.
CASSIRER, E. The Warburg Years (1919-1933): essas on language, art, myth, and
technology. London: Yale University Press, 2013.
122 | Filosofia da Química no Brasil
SCHUMMER, J. The chemical core of chemistry (I). International Journal for Philosopy
of Chemistry, v. 4, n. 2, p. 129-162, 1998.
VERENE, D. P. Kant, Hegel, and Cassirer: The Origins of the Philosophy of Symbolic
Forms. Journal of the History of Ideas, v. 30, n., p. 33-46, 1969.
1
Professor de graduação no Instituto de Química (UFRGS) e de pós-graduação no PPG Educação (UFRGS).
124 | Filosofia da Química no Brasil
I) as ciências lógico-matemáticas;
II) as ciências físicas;
III) as ciências biológicas; e
IV) as ciências psico-sociológicas (compreendendo a lingüística, a economia,
etc.).
126 | Filosofia da Química no Brasil
Além disso, van Brackel, (1997) aponta que a questão ampla “pode a
química ser reduzida à física?” é muito mais um slogan que uma
expressão significativa. Não seriam muito claras as maneiras de delinear
e separar a Química da Física. Exemplos dessa dificuldade podem ser
encontrados em questões sobre a Físico-Química ou sobre os métodos de
separação mecânica e física em Química ou em Engenharia Química. As
chamadas “operações unitárias” em Engenharia Química
tradicionalmente são separadas em: operações mecânicas (como a
trituração do carvão), operações físicas (como a secagem de grânulos de
polímeros) e operações químicas (envolvendo reações químicas).
Entretanto, qualquer reação química é dependente do fenômeno de
transporte físico de massa, de calor e de momento.
Marcelo Leandro Eichler | 135
Já que falei em todo o texto sobre a redução, não custa lembrar que
a Filosofia, como uma das principais expressões da Academia, da
Universidade, não gosta de ver reduzido o seu potencial e ser
reconhecida em sua manifestação utilitarista. É por isso interessante
notar que muitos filósofos da química não dão atenção ao ensino de
química, aos seus problemas e as possíveis soluções que eles poderiam
ajudar a apontar e desenvolver.
No Brasil, talvez, essa relação entre a Filosofia da Química e a
Educação Química seja mais sinergética, justamente por que entre nós a
Filosofia da Química seja um interesse de muitos educadores químicos.
Por isso, ao final deste texto, creio que é adequado trazer uma reflexão e
um convite à ação.
Pensando sobre um programa para a Filosofia da Química, Laszlo
(2001) sugere que devemos considerar os aspectos de comunicação na
produção e redação de nossos artigos e livros. Em sua opinião, os
professores de química seriam a audiência natural da Filosofia da
Química. Note-se que essa sua sugestão estende uma visão restrita e uma
atitude autodepreciativa e autorreferente de que a Filosofia da Química
Marcelo Leandro Eichler | 139
Referências
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DEL RE, G. Ontologial status of molecular structure. Hyle, 4 (2), 81-103, 1998.
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LABARCA, M.; BEJARANO, N.; EICHLER, M. L. Química e filosofia: rumo a uma frutífera
colaboração. Química Nova, 36, 1256-1266, 2013.
PIAGET, J.; GARCIA, R (1971). Les Explications Causales. Paris: PUF. (1967b).
PSARROS, N. The lame and the blind, of how much physics does chemistry need?
Foundations of Chemistry, 3 (3): 241-249, 2001.
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SCHUMMER, J. Coping with the growth of chemical knowledge: challenges for chemistry
documentation, education, and working chemists. Educación Química, 10 (2),
92-101, 1999.
TAUK-TORNISIELO, S.M; GOBBI, N.; FOWLER, H.G. Análise ambiental: uma visão
multidisciplinar. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista.
1
Professor no programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA/UEFS.
144 | Filosofia da Química no Brasil
caminho, ela apenas indica o que pode acontecer. Existe uma tensão
entre a teoria e a manipulação da matéria que deve ser controlada.
Diferentemente de outras ciências da natureza, como a Física, por
exemplo, que tem outra relação com a teoria, mais rígida talvez do que
faz a Química. Assim, pensamos que também do ponto de vista
“metodológico” não há como deixar de reivindicar a autonomia da
Química frente as outras ciências da natureza. Ninguém é capaz de fazer
o trabalho do químico, a não ser ele próprio!
No período entre os meios dos semestres 2015 e 2016, fui aceito pelo
professor Agustín Adúriz-Bravo, líder do grupo Grupo de Epistemología,
Historia y Didáctica de las Ciencias Naturales que faz parte do CeFIEC - –
Instituto de Investigaciones em Didáctica de las Ciencias Naturales y la
Matemática - que estão institucionalmente ligados a Universidade de
Buenos Aires, para um segundo estágio pós-doutoral. O desafio, nesse
caso, era avançar em relação ao primeiro pós-doutorado. Para nós já
estava bem estabelecida a importância da filosofia para o ensino de
ciências (e do ensino de química em particular). Restava uma questão de
difícil resposta, mas que teria que ser enfrentada: Como escolher os
conteúdos da filosofia da ciência que seriam relevantes para a formação
do professor de química.
Inicialmente, já tínhamos consciência de que o forte do grupo de
Agustín era a discussão acerca da HPS. Tendo me aproximado desse
grupo, inclusive participando de uma de sua conferência internacional, o
13o. International Conference Biennial of History, Philosophy and
Sociology and Science Teaching, realizada na cidade do Rio de Janeiro em
2015. Há filósofos da química no grupo de HPS, ali estão, por exemplo,
Rosária Justi – pesquisadora brasileira que trabalha com modelos - e
principalmente Sibel Erduran entre outros e outras pesquisadores e
pesquisadoras importantes. Ocorre que o foco – não o trabalho dessas
Nelson Rui Ribas Bejarano | 157
esse tema, nada menos que três números são dedicados a discussão
sobre modelos em seus aspectos epistemológicos, ontológicos e relação
modelo/realidade (1999, 2000, 2000b). Ou seja, temos uma ideia do
valor que a revista dá para a discussão sobre “modelos na Química”. Em
2001, a revista de origem alemã, publica outro número especial, dessa
vez sobre o tema “Ética na Química” (HYLE, 2001). A perspectiva que a
revista assume para a definição de ética é que assim como a Química é
um ramo da ciência, a ética da Química é um ramo autêntico da filosofia
dessa ciência. Nesse número um artigo de Joachim Schummer nos
chamou atenção. “Ethics of Chemical Synthesis”. Schummer afirma que a
síntese química não pode ser um lugar ‘onde vale tudo’. Os químicos
sintéticos devem fazer um severo julgamento sobre as moléculas que
estão sintetizando. Ou seja, refletir sobre possíveis usos no sentido não
previsto dos produtos sintetizados, como os que podem causar danos à
humanidade, por exemplo. Existem cerca de 10 milhões de novas
moléculas criadas (HOFFMAN, 2007) que não existiam na natureza. Os
químicos, especialmente os sintéticos, precisam responder à sociedade
uma questão crucial: o mundo ficou melhor ou pior com essas novas
milhões de moléculas? (SCHUMMER, 2001; HOFFMANN, 2007).
Há também um outro artigo interessante nesse caderno temático
sobre “ética”, “Handling Proliferation” de Pierre Laszlo que traz uma
reflexão interessante: “A degradação epistêmica produz indiferença
moral”. O artigo trata do excesso de manipulação na produção de novas
substâncias, poderia estar deixando os químicos “insensíveis”
moralmente dizendo? O artigo traz um dado preocupante, informa que
dos 40.000 produtos químicos mais usados no mundo atualmente,
apenas 150 (cento e cinquenta) foram completamente examinados pelos
órgãos responsáveis. Enfim, há mais de 39.000 produtos químicos sendo
fartamente usados, sem que se tenha um conhecimento completo sobre
seus efeitos (segundo relatório da OCDE de 2000). Em 2002, é publicado
outro número dentro da temática de “Ética na Química”.
Nelson Rui Ribas Bejarano | 161
Agradecimentos
Referências
Hyle - International Journal for Philosophy of Chemistry - Special Issue "Ethical Case
Studies of Chemistry" – 2016. vol. 22, no. 1.
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Science. Hackett Publishing Company. Indianópolis. 1979.
NAGEL, E. The structure of science. New York: Harcourt, Brace & World, 1961.
NINILUOTO, Ilkka. Critical scientific realism. Oxford: Oxford University Press. 1999.
Nelson Rui Ribas Bejarano | 165
PRIMAS, Hans. Induced Nonlinear Time Evolution of Open Quantum Objects. In:
Miller, A.I. (org.). Sixty-two years of uncertainty. New York: Plenum, pp. 259-80,
1990.
PUTNAM, Hilary. Reason, truth and history. Cambridge: Cambridge University Press,
1981.
1
Professor de graduação no Instituto de Química (USP) e de pós-graduação no Programa de Pós-Graduação
Interunidades em Ensino de Ciências (USP).
168 | Filosofia da Química no Brasil
2
Imagem que os químicos costumam atribuir a suas atividades, conforme observou Laszlo (2006).
Paulo Alves Porto | 169
3
Alguns trabalhos que desenvolvi no mestrado e no doutorado, e que podem oferecer uma ideia da riqueza da
química do século XVII: Porto, 1995; Porto, 2002.
170 | Filosofia da Química no Brasil
Figura 2 – Abordagem semiótica para o ensino de química. (Fonte: Souza e Porto, 2014.)
Agradecimentos
Referências
COLLINS, H.; PINCH, T. O Golem – O que você deveria saber sobre a ciência. São Paulo:
Edunesp, 2003.
186 | Filosofia da Química no Brasil
JENKINS, Z. Do you need to believe in orbitals to use them? Realism and the autonomy of
chemistry. Philosophy of Science, v. 70, n. 5, p. 1052-1062, Supplement:
Proceedings of the 2002 Biennial Meeting of the Philosophy of Science
Association. Part I: Contributed Papers, 2003.
PORTO, P. A.; Summus atque felicissimus salium: The Medical Relevance of the Liquor
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PORTO, P. A.; Van Helmont e o Conceito de Gás – Química e Medicina no Século XVII.
São Paulo: EDUC - EDUSP, 1995.
SOUZA, K. A. F. D.; PORTO, P. A. Chemistry and chemical education through text and
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& Education (Dordrecht), v. 21, p. 705-727, 2012.
TALANQUER, V. Macro, Submicro, and Symbolic: The many faces of the chemistry
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VIANA, H. E. B.; PORTO, P. A. Thomas Midgley, Jr., and the development of new
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ZUO, J. M.; KIM, M.; O’KEEFFE, M.; SPENCE, J. C. H. Direct observation of d-orbital holes
and Cu-Cu bonding in Cu2O. Nature, v. 401, n. 6748, p. 49-52, 1999.
8
Jackson Gois 1
1
Professor do Departamento de Educação do IBILCE/UNESP, onde ministra aulas na graduação em Química e na Pós-
graduação Interunidades em Ensino e Processos Formativos.
192 | Filosofia da Química no Brasil
Conclusão
Referências bibliográficas
SCHUMMER, Joachim. The philosophy of chemistry: from infancy toward maturity. In:
Baird, D.; Scerri, E.; MacIntyre, L. (eds.), Philosophy of chemistry: synthesis of
a new discipline (Boston studies in the philosophy of science), Dordrecht
(Springer), v. 242, pp.19-39, 2006.
WERTSCH, J. V. Mind as action. New York, USA: Oxford Univ. Press, 1998.
204 | Filosofia da Química no Brasil
N Q
Nagel · 175 química crítico-reflexiva · 178
natureza das explicações · 171 química de síntese · 43
NOS · 158 química medieval · 34
Quine · 44
O
octanagem · 176 R
ontologia · 105 racionalismo · 107
orbitais preenchidos · 182 realismo · 146, 171, 180
orbital · 181 Realismo axiológico · 150
Realismo crítico · 150
P
realismo de entidades · 151
Paolo Rossi · 46
realismo estrutural · 152
paradigma · 35
realismo internalista · 146
Paradigmas · 29
Realismo ontológico · 150
Paul Dirac · 148
Realismo semântico · 150
Peirce · 118, 178, 192
Realismo teórico · 150
pensar quimicamente · 168
reatividade · 137
percepção · 108
redução · 145
pluralismo · 82, 83
redução epistemológica · 148
pluralismo ontológico · 146
redução por interdependência · 128
Popper · 44
reducionismo · 125, 171
positivismo filosófico e pedagógico · 90
reducionismo epistemológico · 131
positivismo lógico · 49
208 | Filosofia da Química no Brasil
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