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Jeremias
Jeremias
Jeremias
Livro de
Lamentações
Por que estudar esse livro?
O livro de Lamentações revela a situação patética de Judá após a conquista de
Jerusalém pelos babilônicos, que ocorreu como resultado dos pecados do povo
e da negligência às advertências proféticas. Ao estudar o livro de
Lamentações, os alunos podem perceber o pesar, o remorso e as
consequências que acompanham o pecado. Os alunos também podem
aprender que a compaixão e a misericórdia do Senhor se estendem àqueles
que se voltam para Ele nos momentos de tristeza.
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Manuscrito bíblico
Autoria[editar | editar código-fonte]
A atribuição da autoria à Jeremias é questionada, pois há diferença de ideias
entre Jeremias e as Lamentações (cf. Jer 37,7 e Lam 4,17; o julgamento de
Jeremias sobre Sedecias, Jr 24,8 x Lam 4,20)[7], não é crível ele ter dito que a
inspiração profética tinha se esgotado (2,9), nem esperar auxílio do Egito (4,17
x Jr 37,5-7), nem apoiar a doutrina da dívida pelos pecados dos pais (5,7 x Jr
31,29-30; 5,6 x Jr 2,18)[5] além disso seu gênio espontâneo é incompatível com
o estilo erudito dos poemas que estão no Livro das Lamentações [4], havendo até
quem sustente que foram escritas por adversários de Jeremias. [5] O mais
provável é que tenha sido escrito por um de seus discípulos. [2]
Livro de Jeremias
Livro das Lamentações
História[editar | editar código-fonte]
O profeta Jeremias (na frente) feito em pedra sabão por Aleijadinho no adro do Santuário do Bom
Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo
De acordo com alguns autores, o pai de Jeremias, Hilquias, não era Hilquias, da linhagem
de Eleazar,[5] provavelmente era da linhagem de Itamar [6] e possivelmente descendeu
de Abiatar, chefe dos levitas em Jerusalém na época do rei David, que foi desterrado
para Anatote por Salomão [7][1]. O autor árabe Abul Faraj [Nota 1], porém, defendia que
Jeremias fosse filho do sumo sacerdote Hilquias.[8]
Jeremias era pesquisador e historiador, além de profeta. Acredita-se que tenha sido ele o
autor do livro que leva seu nome e possivelmente os dois livros de Reis (tenha escrito
adicionando-lhe relativos dados por Natã e Gade ( I Crônicas 29:29) e outros escritores. É
a história dos reis de Judá e Israel, desde Davi até Acabe e Jeosafá, num período de 118
a 125 anos), abrangendo a história de ambos os reinos (Judá e Israel) desde o ponto em
que os livros de Samuel a deixaram (isto é, na última parte do reinado de Davi sobre todo
o Israel), até o fim de ambos os reinos, e após, a queda de Jerusalém, teria escrito o Livro
das Lamentações.
Os relatos biográficos em terceira pessoa que encontramos no Livro de Jeremias, que são
atribuídos a Baruc, não se encontram em ordem cronológica, entretanto, por meio da
seguinte sequência de trechos: 19:1-20:6; 26; 45; 28-29; 51:59-64; 34:8-22; 37-44, pode-
se fazer uma leitura destes relatos na ordem cronológica[9]
A atividade profética de Jeremias se iniciou entre os anos de 626 ou 627 AC [1] (1:2; 25:3),
quando ele ainda era jovem (1:6), razão pela qual teria demonstrado receio ao assumir tal
tarefa[10], e prosseguiu até 586 AC, podendo ser dividida em quatro períodos [4][1]:
Primeiro período: durante o reinado de Josias (627 a 609 AC)
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Com apenas oito anos de idade, Josias foi nomeado rei pelo "povo da terra", expressão
que indica a camada rural da sociedade[4]. No início deste reinado, Jeremias proclamou um
julgamento contra Israel e Judá por causa de sua infidelidade a Jeová e sua adesão a
outros deuses (idolatria), especialmente os deuses que garantiam a fertilidade da
natureza, os chamados baalins[1].
No âmbito internacional, a situação política está mudando rapidamente: a Assíria, grande
potência da época, se enfraquece cada vez mais. Josias, já maior de idade, aproveita esse
enfraquecimento para realizar ampla reforma e procura tomar o território que antes era
do Reino de Israel Setentrional, e que pertencia à Assíria desde a queda de Samaria em
722 AC[4].
Josias deixa de pagar os impostos cobrados pelos dominadores e promove a reforma
religiosa (cf. 2Rs 22,1-23,27), na qual tenta eliminar todos os ídolos do país e estabelecer
novo relacionamento social centrado na Lei[4]. Estranhamente Jeremias não faz nenhuma
alusão a esta reforma social e religiosa[1].
Foi um período de prosperidade e otimismo, por isso Jeremias emite bom conceito sobre
Josias (Jr 22,15-16)[4].
Foram escritos neste período: 2:1-4:4 e 30:1-31:37[1].
Balanço[editar | editar código-fonte]
Pode-se dizer que a missão de Jeremias consistia em alertar o povo a respeito de
das consequências de sua desobediência , tendo por reação aos alertas rejeição
da mensagem . Ele se tornou um dos profetas que anunciaram o Exílio , no qual
viu seu povo perder suas instituições e a própria terra[4]. Se apresenta como um
grande solitário (15:17), incompreendido e perseguido até pelos membros de sua
família (12:6; 20:10; 16:5-9), nunca chegou a ser pai (16:1-4), foi arrastado contra
a sua vontade para o Egito, nenhum vestígio restou de sua tumba [12].
No entanto, sua confiança no Deus que é sempre fiel lhe deu a capacidade de
mostrar, ao povo e a nós, que esse mesmo Deus manterá seu relacionamento
conosco, sem precisar de instituições mediadoras (31,31-34) [4]. Ao colocar em
primeiro plano os valores espirituais, destacando o relacionamento íntimo que o
coração deve ter com Jeová, ele antecipou elementos da Nova Aliança; e sua vida
de sofrimentos a serviço de Deus, pode ter inspirado Isaías na construção da
Imagem do Servo (Isaías 53)[11].
Conclusão[editar | editar código-fonte]
Jeremias foi um crítico da conduta do seu povo e com os julgamentos que este
sofreu, mediante uma visão de que Israel era a nação de Deus, vinculada a Ele
por meio de um pacto e sujeita à sua Lei, o que eles violavam claramente
naqueles dias praticando a idolatria, desrespeitando o descanso no dia do sábado
e não libertando os escravos no Ano do Jubileu.
As denúncias de Jeremias reivindicavam a atenção dos príncipes e do povo, para
que fossem responsáveis pela Lei, a qual violavam constantemente. Suas críticas
eram feitas em discursos acalorados em plena praça pública. Seus principais
alvos eram os sacerdotes, profetas, governantes e todos aqueles que seguiam o
legalismo do "proceder popular".
Todavia, ele reconhecia que sua comissão era também de 'construir e plantar' (Jr
1:10). Chorou diante da calamidade que sobreviria a Jerusalém (Jr 8:21, 22; 9:1).
O livro de Lamentações constitui evidência do seu amor e da sua preocupação
com o povo de Deus.
Apesar das atitudes para com ele, Jeremias suplicou ao Rei Zedequias, o rei
vassalo, para que continuasse a viver(Jr 38:4, 5, 19-23)
Segundo os relatos em seu livro, Jeremias não se julgava justo aos seus próprios
olhos, mas incluía a si mesmo ao admitir a iniquidade daquela nação (Jr 14:20,
21). Depois de liberto por Nebuzaradã, hesitou em abandonar aqueles que
estavam sendo levados para o cativeiro babilônico, talvez achando que devia
compartilhar a sorte deles, ou desejando continuar servindo aos interesses
espirituais deles (Jr 40:5).
Por vezes, em sua longa carreira, Jeremias ficou desanimado e necessitou a
confirmação do apoio de Jeová, mas, mesmo em adversidade, não deixou de
invocar a Ele, pedindo-lhe ajuda. - Jeremias 20:7-13.
Encontrou bons companheiros, a saber, os recabitas, Ebede-Meleque e Baruque.
Por meio destes amigos, foi ajudado e livrou-se da morte.
Profecias[editar | editar código-fonte]
Jeremias encenou para Jerusalém vários pequenos dramas como símbolos da
condição dela e da calamidade que lhe sobreviria. Entre eles:
A visita à casa do oleiro (Jr 18:1-11) e o incidente com o cinto estragado. (Jr 13:1-
11) Ordenou-se a Jeremias que não se casasse; isto servia de aviso das "mortes
por enfermidades", das crianças que nascessem naqueles últimos dias de
Jerusalém. (Jr 16:1-4) Ele quebrou uma botija diante dos anciãos de Jerusalém,
qual símbolo do impendente destroçamento da cidade. (Jr 19:1, 2, 10, 11)
Comprou de volta um campo de Hanamel, filho de seu tio paterno, como figura da
restauração que viria depois do exílio de 70 anos, quando se comprariam
novamente campos em Judá. (Jr 32:8-15, 44) Lá em Ta