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RENATA CAMARGO IGNACIO

RAQUEL TIEMI OGUIDO

THAÍS LONGHI DA SILVA

VITOR GARCIA MOTTA

YASMIN GOMES MORAES

YASMIN RISSATO PICHININI

RELATÓRIO DO ARTIGO “A “CONSTRUÇÃO” DO TERCEIRO SETOR NO


BRASIL: DA QUESTÃO SOCIAL À ORGANIZACIONAL”

IMPLICAÇÕES POLÍTICAS E EFICÁCIA

MARINGÁ

2021
RENATA CAMARGO IGNACIO (ra.124937)

RAQUEL TIEMI OGUIDO (ra.124083)

THAÍS LONGHI DA SILVA (ra.125933)

VITOR GARCIA MOTTA (ra.124333)

YASMIN GOMES MORAES (ra.125935)

YASMIN RISSATO PICHININI (ra.125318)

RELATÓRIO DO ARTIGO “A “CONSTRUÇÃO” DO TERCEIRO SETOR NO


BRASIL: DA QUESTÃO SOCIAL À ORGANIZACIONAL”

IMPLICAÇÕES POLÍTICAS E EFICÁCIA

Relatório do artigo “A ''construção” do terceiro


setor no Brasil: da questão social à
organizacional” apresentado à disciplina de
Princípios de Administração do curso de
Graduação em Ciências Econômicas como
requisito de avaliação parcial.

Professora: Niceia Luzia Salete Silva

MARINGÁ

2021
Implicações Políticas e Eficácia

Atualmente, o Terceiro Setor está muito presente em nossa sociedade,


principalmente no período de pandemia em que inúmeras pessoas perderam o
emprego e acabaram em situação de vulnerabilidade, com isso temos o Terceiro
Setor, também chamado “organização não governamental”, na qual é formado por
voluntários e funcionários remunerados. A exemplo da ACNUR, que é conhecida por
conduzir ações internacionais para proteção dos refugiados e a busca por soluções
duradouras para seus problemas.
As vantagens de uma boa organização gerencial das ONGS também é
realizada por voluntários, na qual é de extrema importância, pois estas ações de
solidariedade, tem que ser transparente, deve- se acontecer negociações para que
consiga um menor preço, tentar isenção de imposto, e ao longo do tempo conseguir
recursos governamentais, através de deputados.
Já no quesito Políticas Neoliberais, de acordo com Maiquel José Seleprin, no
neoliberalismo o Estado ocupa um papel secundário e o mercado o papel principal. O
Estado neoliberal, busca constatar a minimização do papel do Estado enquanto
fomentador dos serviços e programas de proteção social. Tal fragmentação das
políticas sociais, levou a sociedade civil a procurar ela mesma uma solução para os
principais problemas que afetam a parcela da população que vive em extrema
pobreza, e grupos de minoria que sofrem com desigualdade e injustiça. Esse contexto
levou ao surgimento do que ficou conhecido como Terceiro Setor
Em reportagem para o jornal Carta Maior, Vicenç Navarro apresenta que as
medidas neoliberais não só foram prejudiciais para a classe trabalhadora como
também afetaram a própria eficiência do sistema econômico: “Na Espanha, por
exemplo, o enorme conservadorismo e rigidez do establishment financeiro, político e
midiático que governa o país faz com que se necessite muito mais tempo para que
[..] ideias sejam aceitas, pois mesmo as que parecem ser mero sentido comum podem
ser consideradas radicais demais.”
“Na América Latina, a cartilha neoliberal foi aplicada, de forma pioneira, no
Chile, sob a cruel ditadura de Pinochet. O governo Pinochet “começou seus
programas de maneira dura: desregulação, desemprego massivo, repressão sindical,
redistribuição de renda em favor dos ricos, privatização de bens públicos” (idem, p.19
Neoliberalismo e globalização na América Latina Almiro Petry (2008)2).
O artigo nos traz a informação de que as políticas adotadas na América Latina
nos últimos anos, mais do que terem favorecido o desenvolvimento social como
consequência do desenvolvimento econômico, na verdade contribuíram para o
aumento das desigualdades e pobreza, porém, de acordo com o sociólogo Pedro
Ferreira de Souza, ganhador do prêmio Jabuti, o Estado distribui muito para os mais
pobres, mas, por outro lado, “ele dá com uma mão e tira com a outra”. Ainda que a
democracia de certa forma favoreça esse cenário, essa desigualdade foi muito maior
em tempos de ditadura. No Brasil, por exemplo, tivemos momentos em que a
desigualdade aumentou exponencial e muito rapidamente: no início da ditadura do
Estado Novo disfarçada na roupagem do “homem do povo”, e entre 1964 e 1980, que
se falava muito do “milagre econômico” por um crescimento exponencial da
economia, mas que a conta chegou com a hiperinflação superando os 80% ao mês
prejudicando exatamente os mais pobres. Esse grande crescimento do PIB é
extravagante, mas na verdade não mostra como a distribuição de renda é feita.
Não por acaso, segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), a América Latina é a região com maior desigualdade de
renda no mundo. O terceiro Setor entra justamente para tentar remediar questões
como essas que tanto um governo democrático como uma ditadura militar causam.
Quanto aos programas e projetos sociais para o Terceiro Setor, mais especificamente
busca conseguir resultados que ajudem seus gestores a tomarem decisões sob a
ótica da eficiência e eficácia
Quanto à eficiência e eficácia pode-se dizer que Eficiência é a propriedade que
a sociedade tem de obter o máximo possível a partir de seus recursos escassos e a
eficácia é produção de um objeto/produto de maneira eficaz, ou seja, com qualidade.
Vê-se necessário a maior eficácia possível na gestão política, para que contradições
entre propostas e a execução destas não gerem falhas refletindo em injustiças,
pobreza e desigualdade. Assim, a partir disso poder discutir se o sistema é eficaz, já
que contribuiu de certa forma para o aumento das desigualdades. Por fim, demanda-
se hoje mais profissionalismo junto ao setor voluntário para a efetividades das ações.
Em 1950 se solidificou o sistema internacional de ajuda para o
desenvolvimento, está vinculado à quantias enviadas dos países desenvolvidos para
países em desenvolvimento (essa ajuda pode vir de governos, pessoas ou
instituições). Beneficiando vários setores, como saúde, educação e infraestrutura. A
ajuda oficial para o desenvolvimento (AOD) limita tal conceito, pois só as instituições
financeiras internacionais (IFIs) e bancos de desenvolvimento de países doadores
podem fazer repasses de ajuda. Com esse investimento, países com insuficiência de
capitais públicos e privados podem melhorar os padrões de vida e reduzir a pobreza.
Podemos definir três tipos de ajuda:
Ajuda financeira (empréstimo com as melhores condições de mercado e
doações), mais de US $161,2 bilhões de dólares foram destinados em 2020. Com
esse dinheiro os países em desenvolvimento compram bens e serviços e executam
projetos; A ajuda de empréstimo vem caindo cada vez mais desde 1970, pois vem
contribuindo para o aumento na dívida externa de países mais pobres e a
desigualdade entre países doadores e beneficiários; Ajuda humanitária: Em crises
específicas (catástrofes, desastres naturais e conflitos armados) são enviados fundos
imediatos e bens de serviço; Cooperação de assistência técnica: recomendações,
treinamentos e apoio à resolução de problemas.
Quando o Estado vivencia um momento de crise econômico-financeiro, as
suas funções no campo social poderá tornar-se inferior, fazendo o Terceiro Setor
provavelmente desempenhá-las, que ao cumprir essas funções podem executá-las à
maneira do mercado. Nesse entendimento, atribuir às organizações de Terceiro Setor
parte substantiva na solução de problemas estruturais, é correr o risco de transformá-
las de entes públicos não-governamentais para entes públicos com necessidades de
desempenho de mercado” (Tenório, 2004, p. 33).
Diante disso, o Terceiro Setor mudou o seu propósito original, pois corrige os
malefícios que o sistema capitalista vem gerando, como pobreza, injustiça e
desigualdade, em vez de combater os erros que o sistema produz. Nessa lógica,
Fowler propõe às organizações do Terceiro Setor não perderem a identidade inicial
para os valores de Mercado, fazendo ambos coexistirem sem a sobreposição de um
pelo outro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CALEGARE, Marcelo G.A.; SILVA JUNIOR, Nelson. A “construção” do Terceiro Setor no Brasil: da
Questão Social à Organizacional. Psicologia Política. v. 9. N. 17. Jun. 2009, p. 129-148.

LUCA, Camila de Almeida. O Terceiro Setor na economia brasileira. Universidade Federal de Santa
Catarina, 2008.

ALBUQUERQUE, A. C. C, d; Terceiro setor: história e gestão de organizações. 1. ed. São Paulo: Summus
editorial, 2006. p. 24-27

FINKLER, Lirene; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco. REFLEXÕES SOBRE AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E


PROJETOS SOCIAIS. BarBarói: Revista do Departamento de Ciências Humanas, UNISC, n.38, p.1-2, dez.
2005. Disponível em:file:///C:Users/User/Downloads/2736-15579-1-PB.pdf. Acesso em: 27 set. 2021.

OAB, São Paulo. TERCEIRO SETOR: IDENTIFICANDO SUAS ORGANIZAÇÕES E PROPONDO UM NOVO
CONCEITO. Disponível em: https://www.oabsp.org.br/comissoes2010/gestoes-anteriores/direito-
terceiro-setor/artigos/terceiro-setor-identificando-suas-organizacoes-e-propondo-um-novo-um-
conceito-dr.-rodrigo-mendes-pereira. Acesso em: 25 set. 2021.

FISCHER, Rosa Maria. Estado, Mercado e Terceiro Setor: uma análise conceitual das parcerias
intersetoriais. Revista de Administração - RAUSP, São Paulo, v.40, n. 1, dez. 2005.

NEXO. A história da desigualdade no Brasil, segundo este autor. Disponível em:


https://nexojornal.com.br/entrevista/2019/07/21/A-hist%C3%B3ria-da-desigualdade-no-brasil-
segundo-este-autor. Acesso em: 27 set. 2021.

EXAME. “Milagre econômico” e desigualdade social: o contraste da ditadura. Disponível em:


https://exame.com/economia/milagre-economico-e-desigualdade-social-o-contraste-da-ditadura/.
Acesso em:27 set. 2021.

POLITIZE!. O que é o neoliberalismo?. Disponível em:https://politize.com.br/neoliberalismo-o-que-e/.


Acesso em: 28 set. 2021.

BLOG DA BOITEMPO. O ataque estratégico do neoliberalismo à educação. Disponível em:


https://blogdaboitempo.com.br/2019/09/30/o-ataque-estrategico-do-neoliberalismo-a-educacao/.
Acesso em: 28 set. 2021.

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