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Paradigma Da Diversidade
Paradigma Da Diversidade
Paradigma Da Diversidade
da diversidade
Claudia S. G. Barreto*
Marlene Barbosa de Freitas Reis**
Resumo
Este artigo apresenta reflexões sobre o tema educação inclusiva no contexto educacional, bem
como os desafios ainda presentes na formação de professores para lidar com a diversidade nas
salas de aula. O trabalho inicia-se com uma breve abordagem de termos relevantes sobre a
concepção de educação inclusiva, a fim de situar o leitor nesse “novo” paradigma de educa-
ção, que pensa o contexto educacional como espaço de oportunidades de debates, de estilos
e ritmos de aprendizagens diferentes. Por isso, abarca as concepções da educação inclusiva
que prima para o reconhecimento do outro, para o diálogo entre os diferentes grupos sociais
e culturais e para o favorecimento da construção de um projeto comum, no qual as diferen-
ças sejam dialeticamente incluídas. Em seguida, é realizada uma análise acerca das políticas
públicas que norteiam as práticas pedagógicas e a formação de professores para práticas in-
clusivas. Em última análise, o artigo aponta perspectivas para a efetivação de uma educação
inclusiva por meio da valorização do profissional da educação e do respeito à diversidade hu-
mana. Nesse contexto, discutem-se os atuais projetos de formação docente que se apresentam
em uma estrutura aligeirada do conhecimento, deixando de aprofundar conhecimentos que
possibilitam ao docente vislumbrar um contexto mais amplo de conteúdos voltados para a
grande diversidade que constitui o processo educacional numa perspectiva inclusiva.
Palavras-chave: educação inclusiva, práticas educacionais, diversidade, políticas públicas.
Abstract
This article presents reflections on the theme of inclusive education in the educational
context, and the challenges for teacher formation in dealing with diversity in the class-
room. The study begins with a brief presentation of important terms on the conception
of inclusive education, in order to situate the reader in this “new” educational paradigm,
which sees the educational context as an opportune space for debate, different learning
styles and rhythms. It incorporates the conceptions of inclusive education which prioriti-
zes recognition of the other, dialogue between different social and cultural groups, fosters
the building of a common project, in which differences are dialectically included. It then
analyzes policies which underline pedagogical practices and the formation of teachers for
inclusive practices. Finally, the article points to perspectives for bringing about inclusive
education through the valorization of education professionals and respect for human di-
versity. In this context it discusses current projects for teacher formation presented in short
courses, which do not provide in-depth knowledge for the teacher to visualize the broader
context of content on greater diversity which constitutes the educational process from an
inclusive perspective.
Keywords: inclusive education, educational practices, diversity, public policies.
Introdução
individuais e sociais presentes no seu cotidiano. Desse modo, o que deve ser
enfatizado são suas potencialidades e não as suas deficiências.
Perspectivas
Considerações finais
mais diversas relações e na história de vida desse sujeito, uma história que
não se apresenta de forma passiva, mas, sim, como uma configuração gera-
dora de sentidos que estão em constante relação com os sentidos produzidos
no curso de suas experiências.
A estrutura educacional deve ser repensada no sentido de rever sua
organização e concepções fundamentais, como: conteúdos curriculares vin-
culados à realidade histórico-cultural dos alunos; o sistema de avaliação
como elemento facilitador e promotor de aprendizagens; a valorização do
educador como profissional competente para trabalhar esse conteúdo de
forma contextualizada e significativa; a qualidade das relações que se estabe-
lecem no espaço escolar, respeitando as diferenças e o lugar da emoção nes-
sas interações, haja vista que a organização conceitual do lugar da emoção
tem estado ausente das teorias de aprendizagem.
Sempre se priorizou o estudo da razão e das funções intelectuais,
principalmente na ciência, pois muitos teóricos acreditam que os afetos de-
formam o conhecimento objetivo (BOCK, 2001). Tal concepção contraria
os fundamentos da abordagem inclusiva, que valoriza o sujeito em seus múl-
tiplos aspectos e, de forma especial, o papel da emoção e da afetividade na
relação professor e aluno.
Dessa forma, para que se efetive essa perspectiva de inclusão, é neces-
sário que as pessoas envolvidas no processo persistam, aceitem os desafios,
acreditem que é possível e ampliem as ações empreendidas. Só assim a edu-
cação inclusiva deixará de ser mera formalização, um aspecto garantido pela
legislação e por documentos educacionais – como ainda é vista por muitos.
Passará, desse modo, a ser cada vez mais real nas escolas brasileiras e na so-
ciedade (REIS e SILVA, 2011).
Referências