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Volume 07 - Canteiros

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DNIT

MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 07
CANTEIROS DE OBRAS

2017

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAÇÃO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
MINISTRO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL
Exmo. Sr. Maurício Quintella Malta Lessa

DIRETOR GERAL DO DNIT


Sr. Valter Casimiro Silveira

DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT


Eng.º Halpher Luiggi Mônico Rosa

COORDENADOR-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho


MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
VOLUME 07
CANTEIROS DE OBRAS
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

A. VERSÃO ATUAL

EQUIPE TÉCNICA:

Revisão e Atualização: Fundação Getulio Vargas (Contrato nº 327/2012)

Revisão e Atualização: Fundação Getulio Vargas (Contrato nº 462/2015)

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

A. VERSÃO ATUAL

FISCALIZAÇÃO E SUPERVISÃO DO DNIT:


MSc. Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho
Eng.º Paulo Moreira Neto
Eng.º Caio Saravi Cardoso

B. PRIMEIRAS VERSÕES

EQUIPE TÉCNICA (SINCTRAN e Sicro 3):


Elaboração: CENTRAN
Eng.º Osvaldo Rezende Mendes (Coordenador)

SUPERVISÃO DO DNIT:
Eng.º Silvio Mourão (Brasília)
Eng.º Luciano Gerk (Rio de Janeiro)

Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.


Diretoria Executiva. Coordenação-Geral de Custos de Infraestrutura
de Transportes.
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes. 1ª Edição -
Brasília, 2017.

12v. em 74.

Volume 07: Canteiros de Obras

1. Rodovias - Construções - Estimativa e Custo - Manuais. 2. Ferrovias -


Construções - Estimativa e Custo - Manuais. 3. Aquavias - Construções -
Estimativa e Custo - Manuais. I. Título.

ii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAÇÃO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES

MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 07
CANTEIROS DE OBRAS

1ª Edição - Versão 3.0

BRASÍLIA
2017

iii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAÇÃO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES

Setor de Autarquias Norte, Bloco A, Edifício Núcleo dos Transportes, Edifício Sede do
DNIT, Mezanino, Sala M.4.10
Brasília - DF
CEP: 70.040-902
Tel.: (061) 3315-8351
Fax: (061) 3315-4721
E-mail: cgcit@dnit.gov.br

TÍTULO: MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Primeira edição: MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES, 2017

VOLUME 07: Canteiros de Obras

Revisão:
Fundação Getulio Vargas - FGV
Contratos 327/2012-00 e 462/2015 (DNIT)
Aprovado pela Diretoria Colegiada em 25/04/2017
Processo Administrativo nº 50600.096538/2013-43

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda comercial.

iv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

APRESENTAÇÃO

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes constitui a síntese de todo o


desenvolvimento técnico das áreas de custos do extinto DNER e do DNIT na formação
de preços referenciais de obras públicas.

Em consonância à história destes importantes órgãos, o Manual de Custos de


Infraestrutura de Transportes abrange o conhecimento e a experiência acumulados
desde a edição das primeiras tabelas referenciais de preços, passando pelo
pioneirismo na conceituação e aplicação das composições de custos, até as mais
recentes diferenciações de serviços e modais de transportes, particularmente no que
se refere às composições de custos de serviços ferroviários e hidroviários.

Outras inovações relevantes no presente Manual de Custos de Infraestrutura de


Transportes referem-se à metodologia para definição de custos de referência de
canteiros de obras e de administração local e à diferenciação das taxas referenciais
de bonificação e despesas indiretas em função da natureza e do porte das obras.
Também merece registro a proposição de novas metodologias para o cálculo dos
custos horários dos equipamentos e da mão de obra e para definição dos custos de
referência para aquisição e transporte de produtos asfálticos.

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes encontra-se organizado nos


seguintes volumes, conteúdos e tomos:

Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Volume 02 - Pesquisa de Preços

Volume 03 - Equipamentos

Volume 04 - Mão de Obra


 Tomo 01 - Parâmetros do CAGED
 Tomo 02 - Encargos Sociais
 Tomo 03 - Encargos Complementares
 Tomo 04 - Consolidação dos Custos de Mão de Obra

Volume 05 - Materiais

Volume 06 - Fator de Influência de Chuvas


 Tomo 01 - Índices Pluviométricos - Região Norte
 Tomo 02 - Índices Pluviométricos - Região Nordeste
 Tomo 03 - Índices Pluviométricos - Região Centro-Oeste
 Tomo 04 - Índices Pluviométricos - Região Sudeste
 Tomo 05 - Índices Pluviométricos - Região Sul

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Volume 07 - Canteiros de Obras


 Tomo 01 - Módulos Básicos e Projetos Tipo (A3)

Volume 08 - Administração Local

Volume 09 - Mobilização e Desmobilização

Volume 10 - Manuais Técnicos


Conteúdo 01 - Terraplenagem
Conteúdo 02 - Pavimentação / Usinagem
Conteúdo 03 - Sinalização Rodoviária
Conteúdo 04 - Concretos, Agregados, Armações, Fôrmas e Escoramentos
Conteúdo 05 - Drenagem e Obras de Arte Correntes
Conteúdo 06 - Fundações e Contenções
Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais
Conteúdo 08 - Manutenção e Conservação Rodoviária
Conteúdo 09 - Ferrovias
Conteúdo 10 - Hidrovias
Conteúdo 11 - Transportes
Conteúdo 12 - Obras Complementares e Proteção Ambiental

Volume 11 - Composições de Custos

Volume 12 - Produções de Equipes Mecânicas

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

RESUMO
O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes apresenta as metodologias, as premissas e as
memórias adotadas para o cálculo dos custos de referência dos serviços necessários à execução de
obras de infraestrutura de transportes e suas estruturas auxiliares.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

ABSTRACT

The Transport Infrastructure Costs Manual presents the methodologies, assumptions and calculation
sheets adopted for defining the required service referential costs to implement transport infrastructure
ventures and its auxiliary facilities.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Etapas de um canteiro de obra restrito (Adaptação: Revista Téchne,


Edição nº 151) ....................................................................................... 12
Figura 02 - Esquema de metodologia para projeto de um canteiro de obras ............ 21
Figura 03 - Módulo básico do espaço ocupado por instalações sanitárias para 20
trabalhadores ......................................................................................... 34
Figura 04 - Módulo básico do espaço ocupado por um vestiário para 20
trabalhadores ......................................................................................... 34
Figura 05 - Módulo básico do espaço ocupado por um alojamento para 4
trabalhadores ......................................................................................... 35
Figura 06 - Módulo básico do espaço ocupado por um trabalhador no refeitório ...... 36
Figura 07 - Módulo básico do espaço ocupado por uma cozinha para 30
trabalhadores ......................................................................................... 36
Figura 08 - Módulo básico do espaço ocupado por uma lavanderia para 25
trabalhadores ......................................................................................... 37
Figura 09 - Módulo básico do espaço ocupado por um trabalhador em escritório .... 37
Figura 10 - Malhas viárias ......................................................................................... 38
Figura 11 - Faixas de vias em canteiro de obras....................................................... 39
Figura 12 - Meio-fio e sarjeta..................................................................................... 39
Figura 13 - Canteiro central de material vegetal removido do canteiro ..................... 40
Figura 14 - Modulação para obras de pequeno porte ou em espaço restrito ............ 44
Figura 15 - Modulação para obras de grande porte ou em espaço amplo ou longo . 44
Figura 16 - Detalhe de contêiner extra largo ............................................................. 49
Figura 17 - Relação do canteiro de obras com entidades externas .......................... 53
Figura 18 - Sistemas básicos e depósitos do canteiro de obras ............................... 53
Figura 19 - Ligações do sistema administrativo no canteiro de obras ....................... 55
Figura 20 - Ligações das áreas de vivência no canteiro de obras............................. 55
Figura 21 - Ligações do sistema técnico no canteiro de obras.................................. 56
Figura 22 - Ligações do sistema fabril no canteiro de obras ..................................... 56
Figura 23 - Layout e área total da fábrica de dormentes de concreto ..................... 103
Figura 24 - Layout da central de pré-moldagem dos blocos artificiais de concreto . 105
Figura 25 - Layout da central de pré-moldagem das aduelas de concreto .............. 107

xi
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Classificação das obras de construção e restauração rodoviária .......... 14


Tabela 02 - Classificação das famílias de serviços nas obras de arte especiais ...... 15
Tabela 03 - Classificação das obras de construção ferroviária ................................. 15
Tabela 04 - Princípios básicos para o planejamento de um canteiro de obras ......... 19
Tabela 05 - Dimensões básicas dos veículos ........................................................... 27
Tabela 06 - Dimensões mínimas para instalações sanitárias do canteiro de obras .. 31
Tabela 07 - Pé direito mínimo de referência para instalações do canteiro de obras . 32
Tabela 08 - Vãos de acesso mínimos para as áreas de vivência do canteiro de obras
............................................................................................................... 32
Tabela 09 - Taxas de iluminação e ventilação mínimas em relação à área do piso .. 33
Tabela 10 - Áreas e taxas referenciais para instalações sanitárias (20 trabalhadores)
............................................................................................................... 33
Tabela 11 - Áreas e taxas referenciais para vestiários (20 trabalhadores) ............... 34
Tabela 12 - Áreas e taxas referenciais de alojamento para 4 trabalhadores ............ 35
Tabela 13 - Classes e destinações dos resíduos da construção civil ........................ 40
Tabela 14 - Dimensões de chapas de madeira mais comuns e adequadas a
canteiros ................................................................................................ 41
Tabela 15 - Módulos básicos originais de contêineres .............................................. 47
Tabela 16 - Medidas internas dos contêineres .......................................................... 48
Tabela 17 - Cartas de interligação preferenciais ....................................................... 58
Tabela 18 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou
restauração rodoviária de pequeno porte (padrão provisório - barracões
em tábuas de pinho) .............................................................................. 62
Tabela 19 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou
restauração rodoviária de pequeno porte (padrão permanente - alvenaria
de tijolos)................................................................................................ 63
Tabela 20 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou
restauração rodoviária de médio porte (padrão provisório - barracões em
tábuas) ................................................................................................... 64
Tabela 21 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou
restauração rodoviária de médio porte (padrão permanente - alvenaria
de tijolos)................................................................................................ 65
Tabela 22 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou
restauração rodoviária de grande porte (padrão provisório - barracões
em tábuas) ............................................................................................. 66
Tabela 23 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou
restauração rodoviária de grande porte (padrão permanente - alvenaria
de tijolos)................................................................................................ 67

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 24 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo para obras de


conservação rodoviária rotineira em pista simples ................................ 68
Tabela 25 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte
especiais de pequeno porte (padrão provisório - barracões em tábuas e
contêineres)........................................................................................... 70
Tabela 26 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte
especiais de pequeno porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos e
contêineres)........................................................................................... 71
Tabela 27 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte
especiais de médio porte (padrão provisório - barracões em tábuas) ... 73
Tabela 28 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte
especiais de médio porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos) ... 74
Tabela 29 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte
especiais de grande porte (padrão provisório - barracões em tábuas) . 75
Tabela 30 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte
especiais de grande porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos) .. 76
Tabela 31 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as
obras ferroviárias de pequeno porte (bitola métrica) ............................. 77
Tabela 32 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as
obras ferroviárias de médio porte (bitola métrica) ................................. 78
Tabela 33 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as
obras ferroviárias de grande porte (bitola métrica) ................................ 79
Tabela 34 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as
obras ferroviárias de pequeno porte (bitola larga) ................................. 80
Tabela 35 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as
obras ferroviárias de médio porte (bitola larga) ..................................... 81
Tabela 36 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as
obras ferroviárias de grande porte (bitola larga) .................................... 82
Tabela 37 - Combinações utilizadas para cálculo dos fatores de ajuste dos canteiros
tipo......................................................................................................... 84
Tabela 38 - Fatores de ajuste do padrão de construção .......................................... 84
Tabela 39 - Critérios de ocupação e premissas para dimensionamento do canteiro
de obras ................................................................................................ 87
Tabela 40 - Equações de dimensionamento de instalações do canteiro de obras ... 88
Tabela 41 - Instalações e áreas de referência dos canteiros tipo para as obras de
construção e restauração rodoviária ..................................................... 89
Tabela 42 - Relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos
terrenos nos canteiros tipo das obras de construção e restauração
rodoviária............................................................................................... 89
Tabela 43 - Instalações e áreas de referência para o canteiro tipo desenvolvido para
as obras de conservação rodoviária ...................................................... 90

xiv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 44 - Relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos


terrenos nos canteiros tipo das obras de conservação rodoviária ......... 91
Tabela 45 - Instalações e áreas de referência para os canteiros tipo das obras de
arte especiais ......................................................................................... 91
Tabela 46 - Relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos
terrenos nos canteiros tipo desenvolvidos para as obras de arte
especiais ................................................................................................ 91
Tabela 47 - Instalações de referência para os canteiros tipo das obras ferroviárias . 92
Tabela 48 - Vagões utilizados no dimensionamento dos canteiros tipo das obras
ferroviárias ............................................................................................. 93
Tabela 49 - Fatores de equivalência de áreas cobertas das instalações dos canteiros
tipo ......................................................................................................... 94
Tabela 50 - Áreas de referência para os canteiros tipo das instalações industriais .. 96
Tabela 51 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de concreto de
30 m3/h................................................................................................... 97
Tabela 52 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de concreto de
40 m3/h................................................................................................... 98
Tabela 53 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de concreto de
150 m3/h................................................................................................. 98
Tabela 54 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de britagem de
80 m3/h................................................................................................... 99
Tabela 55 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da usina fixa misturadora
de solos.................................................................................................. 99
Tabela 56 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo da usina de pré-
misturado a frio .................................................................................... 100
Tabela 57 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da usina de asfalto de
120 t/h .................................................................................................. 100
Tabela 58 - Fator de mobiliário das instalações dos canteiros tipo ......................... 108
Tabela 59 - Fatores de ajuste da distância do canteiro aos centros fornecedores.. 108
Tabela 60 - Dimensionamento das áreas variáveis ................................................. 112
Tabela 61 - Áreas fixas de referência do canteiro principal ..................................... 112
Tabela 62 - Áreas cobertas do canteiro principal .................................................... 112
Tabela 63 - Áreas fixas de referência do canteiro complementar ........................... 113
Tabela 64 - Áreas cobertas do canteiro complementar ........................................... 114
Tabela 65 - Quadro de serviços da central de britagem de 80 m3/h ....................... 115
Tabela 66 - Quadro de serviços da usina misturadora de solos de 300 t/h ............. 116
Tabela 67 - Áreas da usina de asfalto em padrão provisório de construção ........... 116
Tabela 68 - Quadro de serviços da usina de asfalto a quente de 120 t/h ............... 117

xv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3
2. CONCEITO DE CANTEIROS DE OBRAS ................................................... 7
3. TIPOS DE CANTEIROS DE OBRAS ......................................................... 11
3.1. Classificação Quanto ao Espaço Físico Ocupado ................................ 11
3.1.1. Canteiro Restrito ......................................................................................... 11
3.1.2. Canteiro Amplo ........................................................................................... 13
3.1.3. Canteiro Longo e Estreito ........................................................................... 13
3.2. Classificação Quanto ao Tipo de Instalação .......................................... 13
3.2.1. Canteiro Montado in Loco (Fixo) ................................................................ 13
3.2.2. Canteiro Pré-Fabricado (Móvel - Contêiner) ............................................... 13
3.2.3. Canteiro Adaptado (Fixo)............................................................................ 14
3.3. Classificação Quanto à Natureza e ao Porte da Obra ........................... 14
4. PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS ........................................ 19
5. REQUISITOS AO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS ........... 25
5.1. Requisitos Legais ..................................................................................... 25
5.1.1. Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego ............ 25
5.1.2. Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA/MMA ... 26
5.1.3. Código de Trânsito Brasileiro - CTB e sua Resolução nº 12/1998 ............. 26
5.1.4. Manual de Projeto de Interseções .............................................................. 27
5.2. Requisitos Técnicos ................................................................................. 27
5.2.1. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT ................ 27
5.2.2. Normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT
................................................................................................................... 27
5.2.3. Demais Referências Bibliográficas ............................................................. 28
6. MÓDULOS BÁSICOS DE CANTEIRO DE OBRAS................................... 31
6.1. Espaços Mínimos Referenciais ............................................................... 31
6.2. Áreas e Taxas Referenciais ..................................................................... 33
6.2.1. Instalações Sanitárias................................................................................. 33
6.2.2. Vestiário...................................................................................................... 34
6.2.3. Alojamento.................................................................................................. 35
6.2.4. Residências ................................................................................................ 35
6.2.5. Refeitório .................................................................................................... 35
6.2.6. Cozinha ...................................................................................................... 36

xvii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

6.2.7. Lavanderia ................................................................................................. 37


6.2.8. Escritório .................................................................................................... 37
6.2.9. Ambulatório ................................................................................................ 37
6.2.10. Depósito de cimento .................................................................................. 38
6.2.11. Almoxarifado .............................................................................................. 38
6.2.12. Disposição Interna dos Canteiros .............................................................. 38
6.2.13. Tratamento Ambiental ................................................................................ 40
6.3. Materiais Disponíveis à Padronização dos Canteiros .......................... 41
6.3.1. Painéis Portantes e de Vedação ................................................................ 41
6.3.2. Coberturas ................................................................................................. 41
6.3.3. Esquadrias ................................................................................................. 41
6.3.4. Modulação ................................................................................................. 44
7. CONTÊINER .............................................................................................. 47
8. INTERLIGAÇÃO NO CANTEIRO .............................................................. 53
8.1. Sistema Administrativo ........................................................................... 54
8.1.1. Subsistema Administrativo ......................................................................... 54
8.1.2. Subsistema de Transportes (Veículos) ...................................................... 54
8.1.3. Subsistema de Máquinas e Equipamentos ................................................ 54
8.1.4. Depósitos da Obra ..................................................................................... 54
8.1.5. Prefeitura do Canteiro ................................................................................ 54
8.2. Sistema de Vivência................................................................................. 55
8.3. Sistema Técnico ....................................................................................... 56
8.4. Sistema Fabril .......................................................................................... 56
9. ORÇAMENTO DOS CANTEIROS DE OBRAS ......................................... 61
9.1. Orçamentos dos Canteiros Tipo ............................................................. 61
9.1.1. Modal Rodoviário ....................................................................................... 61
9.1.2. Obras de Arte Especiais ............................................................................ 70
9.1.3. Modal Ferroviário ....................................................................................... 77
9.2. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
Civil ........................................................................................................... 83
9.2.1. Correlação com o SINAPI .......................................................................... 83
9.3. Fator do Padrão de Construção (k1) ....................................................... 84
9.4. Quantidade de Funcionários nos Canteiros .......................................... 85
9.5. Dimensionamento das Instalações ........................................................ 87
9.6. Áreas de Referência................................................................................. 88

xviii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.6.1. Modal Rodoviário ........................................................................................ 89


9.6.2. Obras de Arte Especiais ............................................................................. 91
9.6.3. Obras Ferroviárias ...................................................................................... 92
9.6.4. Obras Hidroviárias ...................................................................................... 93
9.7. Fatores de Equivalência de Áreas .......................................................... 94
9.8. Instalações Industriais ............................................................................. 96
9.8.1. Fábrica de Dormentes de Concreto Protendido Monobloco ..................... 101
9.8.2. Central de Pré-Moldagem dos Blocos Artificiais de Concreto .................. 104
9.8.3. Central de Pré-Moldagem de Aduelas de Concreto ................................. 106
9.9. Fator de Mobiliário e Aparelhagem (k2) ................................................ 108
9.10. Fator de Ajuste da Distância do Canteiro aos Centros Fornecedores
(k3) ............................................................................................................ 108
9.11. Cálculo do Custo de Instalação dos Canteiros de Obras ................... 109
9.12. Aplicação da Metodologia ..................................................................... 110

xix
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

1. INTRODUÇÃO

1
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

1. INTRODUÇÃO

A construção civil, como indústria, particularmente na infraestrutura de transportes,


possui características tão próprias, em termos de condição e distribuição geográfica,
natureza de serviços, disponibilidade de equipamentos e utilização de recursos
humanos, que justificam a concepção, o dimensionamento e o desenvolvimento de
canteiros quase exclusivos para cada obra.

Outra característica marcante das obras de infraestrutura consiste na natureza


estacionária de seus insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) em relação à
obra. Em obras de infraestrutura, os insumos estão sempre se movendo em sua
direção, o que permite que todo o planejamento do canteiro seja realizado em função
de cinco dimensões básicas: largura, profundidade, altura, tempo e custos.

O adequado planejamento de um canteiro de obras deve contribuir para minimizar


essas dimensões, de forma que os processos ocorram com eficiência, em condições
de segurança e conforto.

Em que pese este caráter de conjunto e de se tratar de um “produto único em local


exclusivo”, os canteiros de obras são constituídos por elementos que permitem uma
certa padronização. Além disso, diversas normas regulamentadoras têm sido
publicadas estabelecendo critérios e dimensões para edificações e áreas operacionais
de canteiros de obras, o que contribui para o desenvolvimento de estruturas tipo em
função da natureza e do porte dos serviços.

No SICRO, será apresentada uma nova metodologia baseada em padrões de leiaute


e composições de custos elaborados como critério para definição de custos
referenciais para implantação de canteiros de obras de infraestrutura de transportes.

3
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

2. CONCEITO DE CANTEIROS DE OBRAS

5
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

2. CONCEITO DE CANTEIROS DE OBRAS

A Norma Regulamentadora nº 18 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece as


condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e define
genericamente canteiro de obras como o conjunto de áreas destinadas à execução e
apoio dos trabalhos da indústria da construção.

Os canteiros de obras são constituídos por áreas operacionais e edificações onde se


desenvolvem atividades ligadas diretamente à produção e por áreas de vivência
destinadas a suprir as necessidades básicas de higiene pessoal, descanso,
alimentação, ensino, saúde, lazer e convivência.

Dentre as edificações, estruturas e áreas ligadas diretamente à produção, podem ser


destacadas oficinas escritórios, almoxarifados, depósitos, usinas, centrais, postos de
abastecimento, estacionamentos, guaritas, entre outros.

Já as áreas de vivência são normalmente constituídas por instalações sanitárias,


vestiários, alojamentos, refeitórios, cozinhas, escolas, creches, ambulatórios e
espaços de esporte e lazer.

As áreas de vivência necessitam estar em local de fácil acesso, separadas das áreas
operacionais e nunca em subsolos ou porões. Estas instalações devem dispor de área
mínima de ventilação natural, de forma a garantir permitindo eficaz aeração interna,
conforto térmico, higiene e salubridade.

A Norma Regulamentadora nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho da


Indústria da Construção assim define canteiro de obras: “Canteiro de Obra - área de
trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de
uma obra”.

Por sua vez, a norma NBR n° 12284/1991 - Áreas de Vivência em Canteiros de Obras
apresenta as seguintes definições básicas:

 Canteiro de obras: “Áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da


indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de
vivência”;
 Áreas operacionais: “Aquelas em que se desenvolvem as atividades de
trabalho ligadas diretamente à produção”;
 Áreas de vivência: “Aquelas destinadas a suprir as necessidades básicas
humanas de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e
ambulatoriais, devendo ficar fisicamente separadas das áreas operacionais”.

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Volume 07 - Canteiros de Obras

3. TIPOS DE CANTEIROS DE OBRAS

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Volume 07 - Canteiros de Obras

3. TIPOS DE CANTEIROS DE OBRAS

Os canteiros de obras podem ser classificados segundo a ocupação dos espaços ou


conforme o tipo de instalação empregada na sua composição.

O canteiro de obras tende a ser uma estrutura temporária e, nesse caso, procura-se
modular o canteiro e empregar materiais recicláveis, de forma a facilitar a sua
reutilização em outras obras. Entretanto, podem-se aproveitar edificações locais
disponíveis e que possam ser adaptadas ou, até mesmo, construir edificações
permanentes como um legado à população local.

Ao optar por um tipo de compartimento, deve-se considerar a disponibilidade dos


insumos (materiais, equipamentos e mão de obra), o custo, o prazo da obra, as
normas vigentes, o clima e o espaço físico disponível.

3.1. Classificação Quanto ao Espaço Físico Ocupado

3.1.1. Canteiro Restrito

O canteiro restrito constitui o modelo típico de área urbana, com espaço reduzido para
alocação das dependências. São normalmente ocupadas partes do terreno, o espaço
acima da calçada, o subsolo para armazenamento de materiais e os pavimentos já
construídos.

São comuns três fases de acomodação. Na inicial, a obra e as instalações do canteiro


concorrem por espaço (demolições, terraplenagem, fundações, contenções,
drenagem). Na intermediária, as quantidades de cada serviço são grandes (estrutura,
vedações, cobertura, instalações e pisos). A fase final caracteriza-se pela diversidade
de serviços (revestimentos, esquadrias e acabamentos).

Pela limitação de espaço e facilidades urbanas, costuma-se optar por refeições


prontas em substituição à montagem de cozinha própria.

A Figura 01 ilustra a evolução de um canteiro de obras restrito ao longo do tempo e


no espaço físico de uma obra.

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Figura 01 - Etapas de um canteiro de obra restrito (Adaptação: Revista Téchne, Edição nº 151)

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3.1.2. Canteiro Amplo

Não existe restrição de espaço físico para alocação do canteiro de obras amplo. É
característico de obras de grande porte, notadamente construídas fora dos centros
urbanos, como usinas, hidrelétricas, barragens e grandes conjuntos habitacionais.

3.1.3. Canteiro Longo e Estreito

Os canteiros do tipo longo e estreito são similares aos amplos quanto à disponibilidade
de espaço, ao porte e à localização, diferenciando-se, entretanto, por apoiar obras de
natureza linear como rodovias, ferrovias, oleodutos e redes de gás.

3.2. Classificação Quanto ao Tipo de Instalação

3.2.1. Canteiro Montado in Loco (Fixo)

 Provisórios

Considerados tradicionais, empregam materiais menos nobres e com maior


disponibilidade no mercado, tais como pontaletes de madeira, tábuas,
compensados resinados (madeira processada mecanicamente), telhas de
fibrocimento. Quando bem racionalizados, estes canteiros mostram-se mais
adequados à natureza das obras e seus materiais podem ser reaproveitados
por até duas vezes. Para melhorar seu desempenho é recomendado pintar os
revestimentos para proteção das intempéries.

Os canteiros de obras provisórios também podem ser construídos com


estruturas leves de aço galvanizado, sistema LSF (Light Steel Framing), painéis
externos estruturais com encaixe macho e fêmea e painel de madeira
reconstituída, como o OSB (Oriented Strand Board). Todos estes sistemas de
construção considerados modernos exigem mão de obra qualificada e treinada.

 Permanentes

São edificações que requerem maior durabilidade em função da necessidade


de que sejam permanentes e possam ser utilizadas pelas comunidades locais
como outro equipamento público após o término da obra. Os canteiros
considerados permanentes são normalmente construídos com fechamento em
alvenaria de tijolos ou blocos cerâmicos.

3.2.2. Canteiro Pré-Fabricado (Móvel - Contêiner)

Os canteiros pré-fabricados são normalmente empregados nas etapas iniciais de


mobilização das obras de grande duração, enquanto não se dispõe do canteiro
definitivo, nas obras de curta duração e complexidade, como nos serviços de
conservação rodoviária, e nos canteiros móveis, que se deslocam com a obra. Estas
instalações em contêiner são de aplicação imediata e apresentam grande durabilidade
quando adequadamente conservados.

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3.2.3. Canteiro Adaptado (Fixo)

Os canteiros adaptados são aqueles construídos a partir de edificações já existentes,


como galpões ou prédios disponíveis (público ou privado). A principal vantagem
destes canteiros reside na possibilidade de aproveitamento das instalações prediais
de água, luz, esgoto e telefonia.

3.3. Classificação Quanto à Natureza e ao Porte da Obra

Em função da extensão dos lotes, da natureza dos serviços e da duração das obras,
bem como da necessidade de detalhamento da Administração Local, o SICRO
apresenta diferentes projetos-tipo para canteiro de obras, conforme detalhamento
apresentado abaixo:

a) Obras Rodoviárias:

 Construção ou restauração rodoviária de pequeno porte;


 Construção ou restauração rodoviária de médio porte;
 Construção ou restauração rodoviária de grande porte;
 Conservação rotineira - pista simples.

A Tabela 01 apresenta a proposta de classificação das obras de construção e


restauração rodoviária em função da análise combinada das extensões dos lotes e
dos prazos para execução dos serviços.

Tabela 01 - Classificação das obras de construção e restauração rodoviária

Porte da Obra
Natureza das Obras
Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte

Até 15 km de pista De 15 a 30 km de pista Acima de 30 km de


Construção rodoviária
simples por ano simples por ano pista simples por ano

Até 20 km de pista De 20 a 40 km de pista Acima de 40 km de


Restauração rodoviária
simples por ano simples por ano pista simples por ano

b) Obras de Arte Especiais:

 Construção ou recuperação, reforço e alargamento de obras de arte especiais


de pequeno porte;
 Construção ou recuperação, reforço e alargamento de obras de arte especiais
de médio porte;
 Construção ou recuperação, reforço e alargamento de obras de arte especiais
de grande porte.

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A Tabela 02 apresenta a proposta de classificação dos serviços em obras de arte


especiais (construção ou recuperação, reforço e alargamento) em função da análise
combinada das extensões das estruturas e dos prazos para execução dos serviços.

Tabela 02 - Classificação das famílias de serviços nas obras de arte especiais

Porte da Obra
Natureza das Obras
Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte

Construção de obras de Até 150 m de pista De 150 a 300 m de Acima de 300 m de


arte especiais simples por ano pista simples por ano pista simples por ano

Recuperação, reforço e
Até 200 m de pista De 200 a 400 m de Acima de 400 m de
alargamento de obras de
simples por ano pista simples por ano pista simples por ano
arte especiais

c) Obras Ferroviárias

A Tabela 03 apresenta a proposta de classificação das obras de construção ferroviária


em função da análise combinada das extensões dos lotes e dos prazos para execução
dos serviços. As obras ferroviárias foram ainda classificadas em função das bitolas
das vias (métrica ou larga).

Tabela 03 - Classificação das obras de construção ferroviária

Porte da Obra
Natureza das Obras
Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte

Construção ferroviária Até 15 km de via De 15 a 30 km de via Acima de 30 km de via


(Bitola métrica ou larga) singela por ano singela por ano singela por ano

d) Obras Hidroviárias:

Em função de questões geográficas, econômicas e logísticas, as instalações dos


canteiros para o apoio aos serviços de dragagem, derrocagem e molhes nas hidrovias
foram previstas em instalações móveis como contêineres ou barco-hotel e devem ser
detalhadas na fase de elaboração do projeto.

e) Instalações Industriais:

 Central de concreto - 30 m3/h;


 Central de concreto - 40 m3/h;
 Central de concreto - 150 m3/h;
 Central de britagem - 80 m3/h;
 Usina fixa misturadora de solos - 300 t/h;
 Usina de asfalto a quente - 120 t/h;
 Usina de pré-misturado a frio - 60 t/h;
 Fábrica de dormentes de concreto protendido.

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4. PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS

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4. PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS

Ferreira (1998) apresenta a seguinte definição para o projeto de canteiro de obras:

O projeto do canteiro de obras é o serviço integrante do processo de


construção, responsável pela definição do tamanho, forma e localização das
áreas de trabalho, fixas e temporárias, e das vias de circulação, necessárias
ao desenvolvimento das operações de apoio e execução, durante cada fase
da obra, de forma integrada e evolutiva, de acordo com o projeto de produção
do empreendimento, oferecendo condições de segurança, saúde e motivação
aos trabalhadores e, execução racionalizada dos serviços.

Limmer (1997) relacionou diversos princípios básicos considerados fundamentais


para o planejamento do leiaute de um canteiro de obras. Eles são apresentados, com
adaptação, na Tabela 04:

Tabela 04 - Princípios básicos para o planejamento de um canteiro de obras

Princípios Básicos

Satisfação e Propiciar condições adequadas de conforto e segurança aos trabalhadores e melhorar a


segurança produtividade.

Integrar os componentes da cadeia de produção tornando-os um sistema harmônico. A falha


Integração
de um componente repercute em todo o sistema.

Economia do Diminuir os deslocamentos dos operários no transporte de materiais, máquinas e


movimento equipamentos (uso de fluxograma).

Direcionar o fluxo de produção de forma contínua, no sentido do produto acabado


Fluxo
posicionando depósitos e áreas de trabalho de forma a evitar interferências,
progressivo
congestionamentos, retornos e cruzamentos.

Uso do espaço Conhecer as necessidades de espaço nos diversos locais e utilizar, se necessário,
cúbico superposição de planos de trabalho.

Flexibilidade Permitir que as instalações do canteiro se adequem à característica dinâmica da obra.

Além desses princípios básicos, o canteiro de obras deve atender às circunstâncias


de cada empreendimento, notadamente no que se refere aos seguintes elementos:

 Porte: extensão, área ou volume da obra;


 Natureza: de acordo com o tipo de obra pode haver predominância de
processos construtivos como terraplenagem, pavimentação, estruturas
metálicas e/ou de concreto e pré-moldados;
 Localização: se em área rural ou urbana, em terreno plano ou íngreme, área
restrita ou ampla, características climáticas locais, facilidades próximas ao
canteiro como vias urbanas, estradas, comércio, hotéis, postos de
combustíveis, oficinas mecânicas, espaços de lazer, serviços públicos, acessos
à infraestrutura elétrica, de água potável, de esgoto e lixo;
 Diversificação de materiais e de equipamentos de produção industrial (usina de
asfalto, central de concreto, central de solo-cimento, fábrica de pré-moldados,
etc.): para prever depósitos e linhas de produção;

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 Empresas especialistas na obra: prevendo as instalações que atendem as suas


necessidades;
 Mercado de trabalho local: para previsão de alojamentos.

De forma sintética, Vieira (2006) relaciona as seguintes etapas para o adequado


planejamento do canteiro de obras:

 Definir as fases do desenvolvimento da obra;


 Definir os elementos presentes no canteiro e suas características;
 Atribuir prioridade aos elementos previstos;
 Analisar o relacionamento entre esses elementos;
 Estudar os fluxos dos processos previstos;
 Analisar a alocação dos elementos do canteiro;
 Elaborar o leiaute do canteiro;
 Avaliar o leiaute para cada uma das fases da obra.

O arranjo das instalações de um canteiro de obras pode também ser discutido como
tema afeto à área de inteligência artificial ou programação matemática Limmer (1997),
cita Yeh (1995), trata do leiaute de um canteiro de obras como um problema de
otimização combinatória discreta:

O arranjo de um canteiro é delimitado ao problema do arranjo de um conjunto


predeterminado de elementos de produção circunscrito a um conjunto de
áreas igualmente predeterminadas, atendendo a condições de arranjo
desses conjuntos e objetivando a sua otimização.

Ciente destes interligações e interdependências, a metodologia proposta para


definição dos custos de referência do canteiro de obras considera requisitos técnicos
e legais, os fluxos de insumos e o projeto da obra propriamente dito, o que nos permite
identificar a natureza e o porte da obra e os equipamentos e recursos humanos a
serem mobilizados.

A Figura 02 apresenta o esquema da metodologia proposta para definição dos


projetos dos canteiros de obras.

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Figura 02 - Esquema de metodologia para projeto de um canteiro de obras

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5. REQUISITOS AO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS

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5. REQUISITOS AO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS

5.1. Requisitos Legais

5.1.1. Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego

As normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego são obrigatórias


para as empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta
e indireta, bem como para os demais órgãos que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. As disposições das normas
regulamentadoras aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às
entidades ou empresas que lhes empregam e aos sindicatos representativos das
respectivas categorias profissionais.

O acatamento às normas regulamentadoras não desobriga as empresas ao


cumprimento de outras disposições, como as da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - ANVISA, ou que estejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos
sanitários do estado ou município onde ocorre a obra, e outras, oriundas de
convenções e acordos coletivos de trabalho.

 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

A norma regulamentadora NR 18 descreve os critérios mínimos necessários à


permanência de trabalhadores em canteiros de obras.

A referida norma exige leiaute inicial do canteiro de obras, com o dimensionamento


das áreas de vivência, para estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais.
O leiaute do canteiro constitui um documento obrigatório que integra o Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT,
programa de segurança com a finalidade de prevenir acidentes de trabalho e as suas
consequências negativas sobre o trabalhador e o ritmo do empreendimento.

A NR 18 especifica as seguintes áreas de vivência nos canteiros de obras:

 Instalações sanitárias;
 Vestiário;
 Alojamento, se houver trabalhadores alojados;
 Local de refeições;
 Cozinha, quando houver preparo de refeições;
 Lavanderia, se houver trabalhadores alojados;
 Área de lazer, se houver trabalhadores alojados;
 Ambulatório, em frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais
trabalhadores.

Não são admitidas áreas de vivência localizadas em subsolos ou porões de


edificações, sendo, entretanto, aceitas instalações móveis, inclusive contêineres.

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Volume 07 - Canteiros de Obras

 NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto

A norma regulamentadora NR 21 especifica a obrigatoriedade de existência de


abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra
intempéries, nos trabalhos realizados a céu aberto.

A referida norma estabelece que, para atendimento desta restrição, o canteiro


deverá dispor de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um compartimento
sanitário, estabelecendo que as fossas negras executadas deverão estar
afastadas, no mínimo, a quinze metros do poço e a dez metros da casa, em
lugar livre de enchentes e à jusante do poço de fornecimento de água.

 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

A norma regulamentadora NR 24 discorre acerca da higiene e do conforto e


trata das áreas de vivência anteriormente definidas na NR 18. Quando os
estabelecimentos dispuserem de instalações de privadas ou mictórios anexos
a seções fabris, os respectivos equipamentos devem ser computados para
efeito das proporções estabelecidas na norma.

5.1.2. Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA/MMA

 Resolução CONAMA Nº 307/2002


Esta resolução estabelece as diretrizes, os critérios e os procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil.
 Resolução CONAMA Nº 348/2004
Esta resolução altera a Resolução CONAMA no 307/2002, incluindo o amianto
na classe de resíduos perigosos.

5.1.3. Código de Trânsito Brasileiro - CTB e sua Resolução nº 12/1998

Os referidos normativos estabelecem os limites de dimensões e pesos para veículos


em trânsito livre, sendo definidos:

 Largura máxima: 2,60 m;

 Altura máxima (incluída a carga): 4,40 m;

 Comprimento total máximo:

- Veículos simples: 14,00 m;


- Veículos articulados: 18,15 m;
- Veículos com reboque: 19,80 m.

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5.1.4. Manual de Projeto de Interseções

A Tabela 05 apresenta as dimensões básicas dos veículos de projeto (em metros)


definidas no Manual de Projeto de Interseções.

Tabela 05 - Dimensões básicas dos veículos

Designação do Veículo Caminhões e Ônibus


Veículos Semi-
Reboque
Leves Reboque
Características Convencionais Longos

Largura total 2,1 2,6 2,6 2,6 2,6

Comprimento total 5,8 9,1 12,2 16,8 19,8

Externa dianteira 7,3 12,8 12,8 13,7 13,7


Raio mínimo da roda
Interna traseira 4,7 8,7 7,1 6,0 6,9

5.2. Requisitos Técnicos

5.2.1. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

A Norma NBR 12.284/1991 - Áreas de vivência em canteiros de obras - Procedimento


estabelece os critérios técnicos mínimos para a permanência de trabalhadores em
canteiros de obras.

5.2.2. Normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT

 Especificação de Serviço DNER-ES 344/97 - Edificações - Serviços


Preliminares - Essa especificação de serviço do antigo DNER, acervo do DNIT,
estabelece as exigências básicas a serem adotadas na execução dos serviços
preliminares, dentre eles, a instalação do canteiro de obras;

 Especificação de Serviço DNIT 105/2009 - Terraplenagem - Caminhos de


Serviço - Essa especificação de serviço trata de como assegurar o tráfego de
equipamentos e veículos em diversos locais, dentre eles, o canteiro de obras.
Esta norma determina que, quando encerrada a utilização dos caminhos de
serviço, a área que ele ocupa deve ser restituída às condições primitivas;

 Especificação de Serviço DNIT 071/2006 - Tratamento ambiental de áreas de


uso de obras e do passivo ambiental de áreas consideradas planas ou de pouca
declividade por vegetação herbácea;

 Especificação de Serviço DNIT 073/2006 - Tratamento ambiental de áreas de


uso de obras e do passivo ambiental de áreas consideradas planas ou de pouca
declividade por revegetação arbórea e arbustiva;

 Procedimento DNIT 070/2006 - Condicionantes ambientais das áreas de uso


de obras - O referido normativo apresenta os procedimentos relativos ao
canteiro de obras, às instalações industriais, ao desmatamento e limpeza do
terreno, aos caminhos de serviço, à drenagem e obras complementares.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

As referidas especificações de serviço e procedimentos do DNIT definem as


exigências básicas a serem adotadas para instalação dos canteiros e dos caminhos
de serviço, bem como as consequentes ações necessárias ao tratamento ambiental
das áreas em utilização nas obras.

5.2.3. Demais Referências Bibliográficas

Em complementação aos normativos técnicos citados, foram também utilizadas


estruturas e dimensões referenciais propostas por outros pesquisadores.

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Volume 07 - Canteiros de Obras

6. MÓDULOS BÁSICOS DE CANTEIRO DE OBRAS

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6. MÓDULOS BÁSICOS DE CANTEIRO DE OBRAS

O módulo básico pode ser definido como um espaço elementar, mínimo, que atende
a especificações legais e técnicas, a ser utilizado por uma quantidade adequada de
insumos (pessoal, materiais e/ou unidades móveis), destinando-se a uma função no
canteiro de obra e servindo de referência aos projetos-tipo (módulos padrão).

O projeto-tipo ou módulo padrão consiste em uma instalação (seção, repartição,


oficina, depósito, usina, etc.) ou um conjunto de instalações onde se desenvolvem
atividades afins, de vivência, administrativas, técnicas e fabris do canteiro de obras,
com dimensões e tipos de compartimentos adequados ao programa de uma obra e
que varia em função da natureza e do porte da mesma (classes de canteiros).

Um conjunto de módulos padrão, adequadamente distribuídos no espaço físico


disponível, segundo um fluxograma, e suportado por uma infraestrutura (viária, luz,
energia, de telefonia e saneamento básico) constitui o canteiro de obras.

Os módulos básicos dos canteiros de obras foram desenvolvidos em respeito às


normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, às orientações
técnicas da ABNT e DNIT e às especificações de produtos adequados (dimensão,
durabilidade, resistência, simplicidade e disponibilidade), objetivando atender a boa
técnica de engenharia.

6.1. Espaços Mínimos Referenciais

As instalações sanitárias masculinas são compostas de lavatório, gabinete sanitário


(vaso), mictório e chuveiro. Nas instalações femininas, o mictório é substituído por
vaso. A modulação é realizada considerando a integração de cada instalação no
conjunto, conforme dimensões mínimas apresentadas na Tabela 06.

Tabela 06 - Dimensões mínimas para instalações sanitárias do canteiro de obras

Largura Profundidade
Instalações Sanitárias Referência Referência
(m) (m)

Lavatório 0,60 NR 18 1,00 Neufert

Gabinete sanitário 0,90 NBR 12.284/1991 1,10 NBR 12.284/1991

Mictório 0,60 NR 18 0,80 Neufert

Chuveiro 0,90 NBR 12.284/1991 0,90 NR 18 / Neufert

Circulação do chuveiro 0,90 - 0,80 NBR 12.284/1991

No que se refere ao pé direito das edificações, a Consolidação das Leis do Trabalho


preconiza as seguintes determinações:

Art. 171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-
direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.
Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do
trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

A norma regulamentadora NR 18 define o pé-direito mínimo de 2,80 m para edificação


de cozinhas e refeitórios. A cozinha é um local reconhecido por geração acentuada
de calor e gases, enquanto o refeitório caracteriza-se como um local de multidão, de
ruídos e de calor. A norma NBR 12.284/1991 define um pé direito de 2,50 m para
instalações sanitárias, de 3,00 m para vestiários e alojamentos com beliche e de 2,50
m para alojamentos com cama simples.

A Tabela 07 apresenta as dimensões mínimas de pé direito para as diferentes


instalações do canteiro de obras.

Tabela 07 - Pé direito mínimo de referência para instalações do canteiro de obras

Pé Direito
Instalações Referência Observações
(m)

Instalações sanitárias 2,50 NBR 12.284/1991 -

Vestiário 2,50 NBR 12.284/1991 -

Alojamento 3,00 NR 18 e NBR 12.284 3,00 m - beliche e 2,50 m - cama simples

Refeitório 3,00 NBR 12.284/1991 2,80 m - segundo a NR 18

Cozinha 3,00 NBR 12.284/1991 2,80 m - segundo a NR 18

Lavanderia 3,00 - Segue alojamento e inclui varal suspenso

Área de lazer 3,00 - Segue refeitório e permite jogos de salão

Ambulatório 2,70 ANVISA -

Escritório administrativo 2,50 - Climatização - ar condicionado

A Tabela 08 apresenta as dimensões mínimas (largura e altura) dos vãos de acesso


para as áreas de vivência do canteiro de obras.

Tabela 08 - Vãos de acesso mínimos para as áreas de vivência do canteiro de obras

Largura Altura
Instalações Referência Observações
(m) (m)

Instalações sanitárias 1,20 2,10 NBR 12.284/1991 -

Vestiário 1,20 2,10 NBR 12.284/1991 -

Alojamento 0,70 2,10 NBR 12.284/1991 -

Refeitório * 1,20 2,10 - Abertura para fora

Cozinha 1,20 2,10 NBR 12.284/1991 Abertura para fora

Lavanderia 0,80 2,10 - Porta externa

Área de lazer 0,80 2,10 - Porta externa

Ambulatório 0,80 2,10 - Porta externa


* Em refeitórios para até 50 trabalhadores, define-se um vão mínimo de 0,80 x 2,10 metros.

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Volume 07 - Canteiros de Obras

A Tabela 09 apresenta as taxas mínimas de iluminação e ventilação para as


instalações do canteiro de obras.

Tabela 09 - Taxas de iluminação e ventilação mínimas em relação à área do piso

Instalações Iluminação Referência Ventilação Referência

Instalações sanitárias 1/10 NBR 12.284/1991 1/20 NBR 12.284/1991

Vestiário 1/10 NBR 12.284/1991 1/10 NR 18

Alojamento 1/7 NBR 12.284/1991 1/10 NR 18

Refeitório 1/7 NBR 12.284/1991 1/14 NBR 12.284/1991

Cozinha 1/7 NBR 12.284/1991 1/14 NBR 12.284/1991

Lavanderia 1/7 - 1/14 -

Área de lazer 1/7 - 1/14 -

Ambulatório 1/7 - 1/14 -

6.2. Áreas e Taxas Referenciais

6.2.1. Instalações Sanitárias

A Tabela 10 apresenta as áreas e a taxa adotada para o dimensionamento do módulo


básico de instalações sanitárias para 20 trabalhadores. A taxa definida representa o
número de unidades necessárias por quantidade de trabalhadores.

Tabela 10 - Áreas e taxas referenciais para instalações sanitárias (20 trabalhadores)

Área
Instalações Referência Taxa Referência
(m2)

Lavatório 0,60 NR 18 / Neufert 1/20 NR 18

Gabinete sanitário 0,99 NBR12.284/1991 1/20 NR 18

Mictório 0,48 NR 18 / Neufert 1/20 NR 18

Dois chuveiros com circulação 3,06 NR 18 1/20 NR 18 / NBR 12.284/1991

Circulação interna geral 3,03 Cálculo 1/20 -

Total 8,16 - 1/20 -

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A Figura 03 apresenta o módulo básico definido para instalações sanitárias de 20


trabalhadores nos canteiros de obras.

Figura 03 - Módulo básico do espaço ocupado por instalações sanitárias para 20 trabalhadores

6.2.2. Vestiário

Consoante dimensionamento dos módulos de instalações sanitárias, torna-se


possível estimar as áreas de armários para vestiário de 20 trabalhadores, conforme
memória de cálculo apresentada na Tabela 11.

Tabela 11 - Áreas e taxas referenciais para vestiários (20 trabalhadores)

Memória de Cálculo Área (m2)


Instalações Taxa
Entre
Armários Circulação Armários Banheiros Total
Armários

10 x 0,5 x 5 x 0,5 x (1,0 x 2,40 m)


Vestiário 7,20 8,16 15,36 1/20
0,4 m 1,60 m /2

De forma similar às instalações sanitárias, a Figura 04 apresenta o módulo básico


definido para vestiário de 20 trabalhadores no canteiro de obras.

Figura 04 - Módulo básico do espaço ocupado por um vestiário para 20 trabalhadores

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6.2.3. Alojamento

A Tabela 12 apresenta as áreas e a taxa adotada para o dimensionamento do módulo


básico de alojamento para 4 trabalhadores. A taxa definida representa o número de
unidades necessárias por quantidade de trabalhadores.

Os alojamentos foram previstos para acomodação dos profissionais formadores da


parcela variável da administração local e da mão de obra ordinária envolvida
diretamente na execução dos serviços.

Tabela 12 - Áreas e taxas referenciais de alojamento para 4 trabalhadores

Memória de Cálculo
Área Total
Instalações Taxa
(m2)
Quarto ½ Banheiro ½ Circulação

Alojamento 3,66 x 2,44 m 2,5 x 0,61 m 1,16 x 0,61 m 11,16 1/4

A Figura 05 apresenta o módulo básico definido para o alojamento de 4 trabalhadores


no canteiro de obras.

Figura 05 - Módulo básico do espaço ocupado por um alojamento para 4 trabalhadores

6.2.4. Residências

As residências foram previstas para acomodação dos profissionais formadores das


parcelas variável e vinculada da administração local.

6.2.5. Refeitório

A norma regulamentadora NR 24 e a norma NBR 12.284/1991 estabelecem a


necessidade de uma área mínima de 1 m2 de refeitório por trabalhador.

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A Figura 06 apresenta o módulo básico do espaço ocupado por um trabalhador no


refeitório.

Figura 06 - Módulo básico do espaço ocupado por um trabalhador no refeitório

6.2.6. Cozinha

A norma regulamentadora NR 24 estabelece que a área para cozinha do canteiro de


obras deve corresponder a 35% do refeitório e a área do depósito de gêneros
alimentícios a 20%. O refeitório deve ter capacidade para atendimento de 1/3 dos
trabalhadores previstos na obra, por turno. Consoante previsão de uma área mínima
de 1 m2 de refeitório por trabalhador, são necessários 0,35 m2 de cozinha e 0,2 m2 de
depósito de gêneros alimentícios, por refeição.

As instalações básicas e completas de uma cozinha industrial compreendem a sua


infraestrutura, administração, depósitos e áreas de preparo. A infraestrutura da
cozinha é composta por um vestiário e a casa de máquinas (compressores, quadros
elétricos e máquinas de refrigeração).

Na administração da cozinha tem-se a chefia e os escritórios contábil e de nutrição.


Os depósitos são subdivididos em de longo e curto prazo, de amadurecimento (frutas,
legumes e verduras), câmara frigorífica, congelador, de utensílios, de panelas e de
lixo. Para o preparo dos alimentos são ainda necessários ambientes de lavagem, de
preparo e a cocção.

A Figura 07 apresenta o módulo básico do espaço ocupado por uma cozinha para
atendimento de 30 trabalhadores no canteiro de obras.

Figura 07 - Módulo básico do espaço ocupado por uma cozinha para 30 trabalhadores

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6.2.7. Lavanderia

No canteiro deve ser previsto um local próprio, coberto, ventilado e iluminado, para
que se possa lavar, secar e passar as roupas de uso pessoal. As empresas executoras
também podem contratar serviços de terceiros para a lavagem das roupas, sem,
entretanto, proceder qualquer cobrança como contrapartida do trabalhador.

A Figura 08 apresenta o módulo básico de uma lavanderia dimensionada para atender


25 trabalhadores no canteiro de obras.

Figura 08 - Módulo básico do espaço ocupado por uma lavanderia para 25 trabalhadores

6.2.8. Escritório

Segundo Neufert (2013), o canteiro de obras deve prever uma área de escritório
correspondente a 4,5 m2 por trabalhador, conforme demonstrado na Figura 09. No
caso de chefia, esta área deve ser dobrada.

Figura 09 - Módulo básico do espaço ocupado por um trabalhador em escritório

6.2.9. Ambulatório

As instalações do ambulatório foram dimensionadas em função da previsão de


funcionários durante a obra e da classificação do porte dos canteiros.

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6.2.10. Depósito de cimento

As instalações do depósito de cimento foram dimensionadas em função da previsão


de utilização de sacos de cimento na obra e da classificação do porte dos canteiros.

6.2.11. Almoxarifado

As instalações do almoxarifado foram dimensionadas em função da previsão de


utilização de insumos na obra e da classificação do porte dos canteiros.
6.2.12. Disposição Interna dos Canteiros

Os projetos dos canteiros tipo foram desenvolvidos partindo-se da premissa de


traçado hierarquizado das vias. Este traçado, caracterizado por vias principais
(circundantes) largas e por vias secundárias (de penetração) estreitas, mostra-se o
mais econômico para canteiro de obras.

As malhas viárias podem ser classificadas em abertas, fechadas ou mistas, conforme


ilustrações apresentadas na Figura 10.

Figura 10 - Malhas viárias

a) Aberta (espinha de peixe) b) Fechada c) Mista

A malha viária secundária mais simples e econômica é a aberta tipo espinha de peixe.
As malhas abertas oferecem mais segurança a quem nelas circula e tendem a
aproximar os profissionais no canteiro de obras. Em vias principais, de trânsito mais
intenso, recomenda-se a adoção de malha fechada.

Um canteiro de obras extenso, ao longo de uma via, afastado de agentes poluidores


(ruído, odores e agentes nocivos à saúde), contendo áreas de vivência separadas por
calçadão, com tratamento paisagístico, usando espécies vegetais nativas, reduz a
pavimentação de vias, impactos ambientais e humaniza a vida dos trabalhadores.

Entre uma edificação e outra os projetos previram uma distância de 1,50 m, se for
entre paredes cegas ou de divisa, ou um calçadão de 3,00 m, se ambas possuírem
aberturas, conforme especificado na norma NBR 12.284/1991.

A largura mínima de calçada foi definida em 1,2 m, devendo ser preferencialmente


revestida de grama, cascalho ou brita, onde houver sombra, umidade ou trafego
intenso, como nos caminhos e acessos a refeitórios, vestiários e alojamentos.

A via secundária para veículos leves, destinada ao acesso às áreas de vivência e


administrativas, foi definida com uma largura de 8,00 m, sendo constituída por duas
calçadas de 1,2 m, sarjeta em apenas um dos lados, duas faixas de rolamento de 2,5
m e mais uma faixa de segurança de cada lado de 0,30 m.

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A Especificação de Serviço DNIT 105/2009 estabelece a largura total de 5,0 m para


pista de rolamento dos caminhos de serviço. O Manual de Projeto Geométrico de
Travessias Urbanas recomenda largura de pista de 6,00 m, dimensão esta adotada
para as áreas residenciais dos canteiros. A pista de rolamento foi definida em
revestimento primário e com espessura de 15 cm, condizente às necessidades de
carga e trafegabilidade do canteiro de obras.

A via principal atende à circulação do serviço pesado do canteiro, razão pelo qual foi
estabelecida uma largura de 10,00 m (duas calçadas de 1,2 m, duas sarjetas de 0,30
m e duas faixas de 3,5 m). As camadas finais do subleito da via principal devem ser,
no mínimo, de argila de boa qualidade.

As vias principais ainda devem ser revestidas com cascalho, pedregulho ou pedra de
baixo custo, a fim de proporcionar um leito seco e trafegável por carga pesada. O
acabamento superficial da pista pode ser executado por meio da aplicação de uma
camada de 5 cm de brita fina a qual será incorporada à pista por nova compactação.

A Figura 11 apresenta o croqui das faixas de vias adotadas nos projetos dos canteiros
de obras. Para fins de detalhamento, as vias do canteiro foram divididas em
calçadões, vias secundárias e vias principais.

Figura 11 - Faixas de vias em canteiro de obras

a) Calçadão b) Via secundária c) Via principal

Como a área do canteiro não deve apresentar declividades fortes e problemas de


acumulação significativa de água, as sarjetas foram definidas em terra compactada,
triangulares, com profundidade de 14 cm e se estendendo, em largura, pela pista de
rolamento, conforme demonstrado na Figura 12. O meio-fio da sarjeta foi definido em
solo cimento (1:10) para estabilizar a calçada e propiciar material naturalmente
degradável ao final da obra, reduzindo os volumes de resíduos de construção.

Figura 12 - Meio-fio e sarjeta

As vagas de estacionamento reservadas a veículos leves e médios foram definidas


em 2,35 m x 5,00 m e para os ônibus e caminhões em 3,45 m x 12,00 m.

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6.2.13. Tratamento Ambiental

A camada orgânica removida durante a implantação do canteiro teve sua utilização


proposta como um viveiro de vegetação nativa. A execução de uma berma de um
metro de largura no topo e dois metros na base funcionaria também como uma
barreira de separação entre as áreas de vivência, operacionais e de trânsito de
veículos no canteiro, servindo ainda como substituta da cerca de arame em locais
considerados adequados, conforme detalhado na Figura 13.

Figura 13 - Canteiro central de material vegetal removido do canteiro

O material grosseiro proveniente da limpeza das áreas, como troncos e galhos de


maior porte, após espera para perda da folhagem e secagem, deverá ser picado com
machados ou motosserras para reduzir o seu volume. Quando recolhido à margem do
canteiro, a cada metro de espessura do material deverá ser aplicada uma cobertura
de 10 cm de solo em forma de colchão horizontal, semicompactado. Durante a
desmobilização da obra e a consequente retirada do canteiro, esse material poderá
ser distribuído, como cobertura final, sobre a terra vegetal previamente espalhada.

A classificação dos resíduos da construção civil e a sua consequente destinação no


canteiro de obras são estabelecidos pela Resolução CONAMA 307/2002, conforme
apresentado na Tabela 13.

Tabela 13 - Classes e destinações dos resíduos da construção civil

Classe Tipo Destinação

Tratados como agregados, ou ir para aterros que


A Reutilizáveis ou recicláveis como agregados.
permitam o seu uso futuro.

Recicláveis para outras destinações, (plásticos,


B Armazenados de modo a permitir o seu uso futuro.
papel/papelão, metais, vidros, madeiras, etc.).

C Sem viabilidade técnica para reciclagem (gesso).

Perigosos (tintas, solventes, óleos, etc.) ou Conforme normas técnicas específicas.


D contaminados (clínicas radiológicas, instalações
industriais, etc.)

Os efluentes poluidores, como graxas e óleos, devem ser controlados por dispositivos
de filtragem e contenção.

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6.3. Materiais Disponíveis à Padronização dos Canteiros

6.3.1. Painéis Portantes e de Vedação

Considerando o custo, a flexibilidade, os requisitos de aplicação e a facilidade de


aquisição para uma construção temporária, a modulação dos projetos pode ser
realizada em função dos padrões de painéis derivados da madeira, conforme
apresentado na Tabela 14.

Tabela 14 - Dimensões de chapas de madeira mais comuns e adequadas a canteiros

Chapas de Madeira

Padrão Face (m) Espessuras (mm)

Alemão 1,10 x 2,20 6; 10; 12; 14; 17; 20

1,20 x 2,40 6; 8; 9; 12; 15; 18; 25

1,22 x 2,20 6; 8; 10; 12; 15; 18


OSB - Oriented
Strand Board
1,22 x 2,44 3; 6; 8; 10; 12; 15; 18

1,22 x 3,00 9,5; 11

Inglês 1,22 x 2,44 6; 10; 12; 14; 17; 20

Novo 1,60 x 2,20 4; 6; 10; 15; 18; 20; 25

O Oriented Strand Board - OSB consiste em painéis de tiras de madeira orientadas,


com emprego similar ao do compensado fenólico.

As chapas de 1,10 x 2,20 m consistem na face mais comum no mercado brasileiro.


Entretanto, o painel de 1,22 x 2,44 m mostra-se o mais compatível para modulação,
em virtude das exigências relacionadas às dimensões mínimas das instalações dos
canteiros, conforme preconizado na norma regulamentadora NR 18.

6.3.2. Coberturas

Em virtude do custo, peso, dimensões e disponibilidade, adotou-se a telha de


fibrocimento com espessura de 4 mm e largura de 0,50 m (útil de 0,45) como
referência nos projetos tipo dos canteiros. Foram adotadas telhas nos comprimentos
de 1,22 m, 2,13 m e 2,44 m, definindo-se recobrimento longitudinal mínimo de 0,14 m.

6.3.3. Esquadrias

Os projetos tipo das edificações dos canteiros de obras foram dimensionados com a
previsão de diferentes modelos de esquadrias, conforme apresentado a seguir.

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a) Portas
 De abrir

- É a porta mais comum, facilitando construção e manutenção;


- Manobra simples, atendendo bem a portadores de necessidades especiais;
- Boa estanqueidade a ruídos e chuva;
- Muito sensível a ventos;
- Portas de madeira maciça com peças articuladas costumam arrastar no piso.

 De correr

- Utilizada em aberturas muitos largas;


- Empregada quando não se dispõe de espaço para usar a porta de abrir;
- Sua manobra pode ser difícil se ocorre sobre trilho inferior;
- Não costuma oferecer boa estanqueidade a ruídos e chuva;
- Necessita de espaço junto à parede para passagem da folha.

 Sanfonada

- Adequada para locais pequenos (banheiros);


- Manobra muito simples;
- Utiliza o próprio vão da porta como espaço de manobra;
- Baixo custo;
- Frágil, mostra-se inadequada quanto à segurança.

b) Janelas

 Basculante

- Utilizada normalmente em cozinhas, banheiros, lavanderias e armazéns;


- Permite regular a ventilação, mesmo com chuvas fracas;
- Empregada em locais onde não há necessidade de controle da luz;
- Oferece boa segurança, pois dificulta a passagem de pessoas e objetos;
- Fácil limpeza;
- Recomendada para paredes internas, divisórias ou corredores porque tem
pequena projeção para os lados e não prejudica áreas próximas;
- Indicada para lugares altos ou de difícil acesso;
- Área de iluminação e de ventilação são praticamente iguais;
- A folha pode ser colocada em qualquer posição, pois gira em torno de um
eixo central e as partes se equilibram;
- É uma peça de fácil manejo para armazenar, transportar e aplicar.

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 De correr

- Mecânica de manobra simples;


- Não apresenta risco durante manobra;
- Ventilação regulável com a abertura das folhas;
- Não ocupa áreas internas/externas (possibilita grades e/ou telas);
- Ventilação corresponde à metade do vão da janela;
- A limpeza na face externa é difícil;
- Precisa ser totalmente fechada durante as chuvas;
- Necessita estar associada a uma cortina ou persiana para abrigar à luz, raios
solares e das vistas externas;
- Para armazenar, transportar e aplicar é uma peça de fácil manejo.

 Guilhotina

- Apresenta as mesmas características da janela de correr;


- Proporciona maior vão livre no sentido horizontal, acima do parapeito, o que
justifica sua utilização como balcão;
- Permite boa interação entre os ambientes separados pela parede;
- Apresenta riscos na manobra (pode ferir os dedos ao fechar);
- A abertura não é facilmente regulável.

 De abrir de eixo vertical

- Abre completamente o vão, o que permite que a área de iluminação seja


igual a de ventilação;
- Libera o parapeito, o que a qualifica como balcão;
- Permite a maior interação entre os ambientes separados pela parede;
- Facilita limpeza externa;
- Manobra muito simples;
- Boa estanqueidade ao ar e à água;
- Precisa ser totalmente fechada durante as chuvas;
- É sensível a ventos;
- Permite a utilização de grade apenas no lado interno;
- Não permite regular a ventilação;
- Requer cuidados na imobilização das folhas e no contraventamento da
esquadria para armazenar, transportar e aplicar.

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6.3.4. Modulação

Os projetos tipo para os canteiros foram desenvolvidos admitindo-se basicamente dois


padrões de modulação. Foi proposto um padrão para obras em espaço restrito ou de
pequeno porte, e outro para obras com espaço amplo ou longo ou de grande porte,
conforme apresentado nas Figuras 14 e 15.

Figura 14 - Modulação para obras de pequeno porte ou em espaço restrito

Figura 15 - Modulação para obras de grande porte ou em espaço amplo ou longo

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7. CONTÊINER

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7. CONTÊINER

A Lei nº 6.288/1975, denominada “Lei do Contêiner”, dispõe sobre a unitização,


movimentação e transporte de mercadorias em unidades de cargas, constituindo-se
em responsável pela padronização da utilização de contêineres e pallets.

A referida lei foi regulamentada pelo Decreto nº 80.145/1977 que estabeleceu


requisitos importantes para os contêineres, tais como, ter caráter permanente, ser
resistente à utilização repetitiva e ser projetado de forma a facilitar sua movimentação,
sem necessidade de descarregar o seu conteúdo em pontos intermediários. Esses
requisitos se alinham bem às características de temporalidade dos canteiros e a
requisitos de rapidez e mobilidade, essenciais para obras de longa duração.

A expectativa de vida útil mínima para um contêiner varia entre 8 anos e 12 anos.
Esse equipamento segue o padrão internacional estabelecido pela ISO (International
Organization for Standardization). O paradigma básico para classificação dos
contêineres consiste no valor de cada uma das três dimensões externas normalmente
referenciadas em pés.

Os comprimentos mais comuns para contêineres são os de 10’, 20’, 30’, 40’ e 45’,
existindo ainda medidas como 24’, 28’, 32’, 35’ e 48’. A única medida fixa no contêiner
é a sua largura exterior, com valor de 8’. A altura padrão ISO é de 8’, mas também
são utilizados contêineres de padrão ASA (American Standard Association) com
alturas variando entre 8’6” e 9’6”. O maior valor para altura nesse padrão refere-se ao
contêiner do tipo High Cube (H/C), comum para contêineres de comprimento 40’ e 45’.

O contêiner de 20’ foi considerado um módulo e denominado 1 TEU (Twenty Feet


Equivalent Unit). A Tabela 15 apresenta os módulos básicos originais e as suas
respectivas medidas externas dos contêineres.

Tabela 15 - Módulos básicos originais de contêineres

Comprimento
Largura e Altura
Módulos
(Pés)
Pés Metros

¼ 8x8 5 1,524

1/3 8x8 6 2/3 2,032

½ 8x8 10 3,048

1 8x8 20 6,096

1 1/2 8x8 30 9,144

2 8x8 40 12,192

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Enquanto as dimensões externas dos contêineres são padronizadas, as internas


dependem do material utilizado em sua fabricação. As dimensões internas dos
contêineres de 20’ mais utilizados no Brasil estão apresentadas na Tabela 16.

Tabela 16 - Medidas internas dos contêineres

Material Aço Alumínio

Fuji Heavy
Central da Fruehauf
Fabricante Industries
Inglaterra American
do Japão

Comprimento (mm) 5.878,00 5.905,00 5.829,00

Largura (mm) 2.315,00 2.346,00 2.349,00

Altura (mm) 2.161,00 2.384,00 2.235,00

Volume interno (m³) 29,40 33,02 30,60

Considerando a variação das dimensões, adotam-se, na prática, as medidas de


volume interno do contêiner padrão de 20 pés: 5,85 m x 2,20 m x 2,15 m = 27,67 m3,
com capacidade gravimétrica equivalente de 18 toneladas. No caso de canteiro de
obras, as dimensões nominais de contêineres encontradas no mercado são de 2,4 m
x 6,0 m e de 2,4 m x 12,0 m, sendo mais adequada a altura de 2,60 m.

Os principais tipos de contêineres estão relacionados abaixo:

 Open Top: Contêiner aberto em cima ou fechado com uma lona, para o
transporte de materiais que só podem ser acomodados por cima;
 Tank: Contêiner utilizado para o transporte a granel, especialmente líquido;
 Collapsible: Contêiner desmontável, para facilitar o transporte deles vazios.
Quando desmontados, cinco unidades ocupam o espaço de uma;
 Livestock: Contêiner em formato de gaiola ou jaula e utilizado para o
transporte de animais vivos;
 Ventilated: Contêiner para transporte de materiais que necessitam de
ventilação;
 Reefer: Contêiner refrigerado, possui um gerador que mantém a temperatura
baixa em seu interior.

Para o emprego direto em canteiro de obras, o mercado oferece contêineres com


instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, divisórias, porta lateral ou total frontal
(270º), janela, balcão de atendimento e abertura para ar-condicionado (11.000 BTU).
Estas instalações podem ser utilizadas para escritório, almoxarifado, refeitório,
vestiário, garagem, oficina ou outras soluções customizadas.

Além das dimensões padronizadas, é possível também obter modelos de contêiner


com dimensões maiores, conforme apresentado na Figura 16. Este contêiner extra
largo, por exemplo, possui largura de 4,88 m, altura de 2,44 m, comprimento de 6,00
m e nenhuma coluna no espaço interno.

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Figura 16 - Detalhe de contêiner extra largo

Em que pese sua funcionalidade, a principal desvantagem do contêiner no canteiro


de obras reside seguramente no grande desconforto interno causado pelas
temperaturas altas externas em dias quentes. Este desconforto pode ser atenuado
por meio da aplicação de pintura externa branca e da execução de uma cobertura.
Além disso, a norma regulamentadora NR-18 estabelece as seguintes exigências para
utilização de contêineres em canteiro de obras:

 Duas ventilações naturais, totalizando, no mínimo, 15% da área do piso;


 Conforto térmico;
 Pé direito mínimo de 2,40 m;
 Proteção contra riscos de choque elétrico por contato indireto e aterramento
elétrico;
 Caso o contêiner tenha sido usado em transporte e/ou acondicionamento de
carga deve ter um atestado de salubridade referente a riscos químicos,
biológicos e radioativos.

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8. INTERLIGAÇÃO NO CANTEIRO

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8. INTERLIGAÇÃO NO CANTEIRO

Um canteiro de obras mantém quatro estruturas básicas para atingir seus objetivos:

 Estrutura organizacional composta de seções e pessoas;


 Estrutura funcional contendo processos, fluxo de dados e insumos, métodos e
técnicas;
 Depósitos de dados e insumos;
 Funções administrativas (planejar, organizar, dirigir, avaliar, supervisionar e
controlar) e fabris (planejar, fazer, verificar e corrigir).

O canteiro de obras se caracteriza por ser um sistema que recebe recursos externos,
os trata e os transforma em produtos e/ou serviços, sendo basicamente constituído
por processos e depósitos. A Figura 17 ilustra, de forma simples, a relação do canteiro
de obras com as entidades externas.

Figura 17 - Relação do canteiro de obras com entidades externas

A Figura 18 apresenta os quatro sistemas básicos que compõe o canteiro de obras


(Administrativo, Vivência, Técnico e Fabril), suas relações com os agentes externos e
com os depósitos que recebem e oferecem produtos.

Figura 18 - Sistemas básicos e depósitos do canteiro de obras

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As relações inerentes ao canteiro de obras, em primeira ordem, são aquelas


compostas por processos e depósitos de insumos relacionados aos sistemas
administrativo, técnico, fabril e de vivência.

A localização desses elementos deve atender, além da função, a relação deles com
as entidades externas ao canteiro, o espaço necessário ao atendimento de exigências
ambientais e de segurança do trabalho.

8.1. Sistema Administrativo

8.1.1. Subsistema Administrativo

Composto pelos setores responsáveis pela direção (comando e coordenação),


planejamento, controle de obra, tesouraria, compras, pessoal, recepção, Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, segurança do trabalho, meio ambiente,
controle de estoques e almoxarifado do material empregado no canteiro.

8.1.2. Subsistema de Transportes (Veículos)

Atende às demandas da obra e do próprio canteiro. É formado por escritório, depósito


de suprimentos, oficina e estacionamentos.

8.1.3. Subsistema de Máquinas e Equipamentos

Atende às demandas da obra e do próprio canteiro. De forma similar ao Subsistema


de Transportes, possui escritório, depósito de suprimentos, oficina e estacionamentos.

8.1.4. Depósitos da Obra

Pela sua importância e dimensões, forma um subsistema à parte constituído por


escritório, áreas e armazéns. Este subsistema é responsável pelo planejamento e
controle dos agregados, cimento, explosivos, madeira, aço e demais insumos da obra.

8.1.5. Prefeitura do Canteiro

Este subsistema é responsável por prover e manter a infraestrutura do canteiro de


obras, formada por arruamentos, edificações, dispositivos de drenagem, redes de
energia elétrica, de água, de esgoto, de telefonia e de internet, além do controle de
resíduos, de pragas e de agentes patogênicos.

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A Figura 19 apresenta a divisão do Sistema Administrativo e suas respectivas relações


entre si e com os agentes externos do canteiro de obras.

Figura 19 - Ligações do sistema administrativo no canteiro de obras

8.2. Sistema de Vivência

O sistema de vivência é constituído por todas as áreas de vivência previstas na norma


regulamentadora NR 18, tais como, alojamento, vestiário, cozinha, refeitório,
lavanderia, instalações sanitárias, ambulatório e áreas de lazer. A Figura 20 apresenta
as áreas de vivência básicas e suas respectivas ligações com as demais instalações
do canteiro de obras.

Figura 20 - Ligações das áreas de vivência no canteiro de obras

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Volume 07 - Canteiros de Obras

8.3. Sistema Técnico

O sistema técnico é formado por chefia, secretaria, escritório técnico (engenheiros e


desenhistas), laboratórios, edição de projetos, controle tecnológico e equipe de
topografia, conforme ilustração apresentada na Figura 21.

Figura 21 - Ligações do sistema técnico no canteiro de obras

8.4. Sistema Fabril

O sistema técnico é constituído pelas centrais de formas (carpintaria), de armação, de


concreto, de britagem e pelas usinas de asfalto e de solos. Estas instalações fabris
são normalmente posicionadas nas proximidades dos depósitos de materiais que
empregam. A Figura 22 apresenta os elementos básicos do sistema fabril e suas
respectivas ligações com as demais instalações do canteiro de obras.

Figura 22 - Ligações do sistema fabril no canteiro de obras

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Para se definir a localização relativa das instalações de um canteiro de obras deve-se


avaliar o grau de inter-relação entre as mesmas. Uma ferramenta bastante útil e que
auxilia esse entendimento é a denominada carta de interligações preferenciais. Esta
carta consiste em uma matriz que apresenta o grau de atração ou de repulsão entre
as instalações do canteiro e as consequentes razões para essa ligação:

 A - Administrativas (comandar, controlar, coordenar, supervisionar, avaliar,


manter, transportar, equipar);
 T - Técnicas (controlar, supervisionar e avaliar);
 F - Fabris (fazer, verificar e corrigir);
 V - Vivência (alojar, higiene, alimentar, saúde, lazer, guarda, vestir);
 O - Apenas compartilha área do canteiro.

De acordo as funções dos sistemas que compõem o canteiro, os elementos podem


apresentar grau de interligação entre si variando conforme escala definida a seguir:

 4 - Imprescindível;
 3 - Forte;
 2 - Médio;
 1 - Fraco;
 0 - Indesejável.

A Tabela 17 apresenta a carta de interligações preferenciais elaborada, destacando-


se os graus e as razões de interligação entre os diferentes elementos que compõem
o canteiro de obras.

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Tabela 17 - Cartas de interligação preferenciais

Grau de Interligação
Elementos do Estaciona
Pátio de Depósito de
Canteiro de Obras Guarita de
Portão
Estaciona Posto de Seção
Laboratório Refeitório
Pátio de
Alojamento
Área de
WC Coletivo Carga e Almoxarifado
Armação/ Oficina de
Máquinas
mento de Área de Usina de
Entrada mento Combustível Administrativa Reuniões Lazer Carpintaria Máquinas Máquina Estocagem Asfalto
Descarga Pequenas
Longas

Guarita de Entrada - 4 4 3 4 2 2 1 2 1 2 3 3 1 3 3 3 3 0
Portão A, F, V - 4 3 4 2 3 1 2 1 2 3 3 1 3 3 3 3 0
Estacionamento A, V A, V - 2 3 1 2 1 3 1 2 1 2 1 1 1 1 1 0
Posto de Combustível A O O - 4 2 0 0 0 0 0 1 1 1 2 2 2 2 0
Seção Administrativa A A A A - 2 3 2 3 2 3 2 4 1 1 1 1 3 2
Laboratório O O O O A, T - 1 1 1 1 2 2 3 2 1 1 1 3 4
Refeitório O O A O A O - 3 3 4 3 2 1 1 1 1 1 1 0
Pátio de Reuniões O O A O A O V - 2 3 3 1 1 1 1 1 1 1 0
Alojamentos A O A, V O A O A, V A, V - 3 4 1 1 1 1 1 1 1 0
Área de Lazer A O V O A O V V V - 2 1 1 1 1 1 1 1 0
WC Coletivo O O V O A O V V V V - 2 2 2 2 2 2 2 0
Pátio de Carga e Descarga A A A O A A A O O O O - 4 4 3 3 3 4 4
Almoxarifado A A A O A A A O A A A A - 3 3 2 2 3 3
Armação/Carpintaria A O O O A, T T O O O O O F A - 3 3 3 4 2
Oficina de Máquinas A O O A A, T T O O O O O A, T O O - 3 3 2 3
Depósito de Máquinas Pequenas A O O A A, T T O O O O O A, T O O A - 3 2 3
Estacionamento de Máquinas Longas A O O A A O O O O O O A O O A O - 3 1
Área de Estocagem A, F A O O A, T T O O O O O A O A, F O O O - 4
Usina de Asfalto A, F A, F O A A, T T, F O O O O O A, F O O A, F F F A, F, T -
Razão da Interligação

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Volume 07 - Canteiros de Obras

9. ORÇAMENTO DOS CANTEIROS DE OBRAS

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Volume 07 - Canteiros de Obras

9. ORÇAMENTO DOS CANTEIROS DE OBRAS

9.1. Orçamentos dos Canteiros Tipo

Concluídos os projetos das seções e módulos dos canteiros tipo, diferenciados em


função da natureza e do porte das obras, foram elaborados orçamentos referenciais
para todas as instalações fixas, prevendo-se a variação dos padrões de construção
em provisório e permanente.

As instalações fixas dos canteiros tipo foram diferenciadas de acordo com os


seguintes padrões de construção:

 Provisórias - Construção de barracão em tábuas de pinho;


 Permanentes - Construção de barracão em alvenaria de tijolos.

As instalações móveis dos canteiros tipo foram definidas em contêineres ou vagões


adaptados, no caso específico de obras ferroviárias.

O Manual de Custos previu ainda a possibilidade de previsão de canteiros adaptados


nos projetos, ou seja, aqueles construídos a partir de edificações já existentes, como
galpões ou prédios disponíveis (público ou privado). A principal vantagem destes
canteiros reside na possibilidade de aproveitamento das instalações prediais de água,
luz, esgoto e telefonia existentes, o que permite reduzir os custos e prazos associados.

Para o cálculo dos fatores de ajuste foram desenvolvidas composições de custos


específicas para todos os serviços associados à construção das instalações e
estruturas dos canteiros de obras em função da metodologia do SICRO.

O fator de ajuste do padrão de construção (k1), o fator de distância de transporte do


centro fornecedor (k3) e os fatores de equivalência de áreas cobertas, descobertas e
totais (FEAC, FEAD e FEAT) foram definidos por meio de estudo comparativo entre
os custos destas composições de custos do SICRO e aqueles advindos do custo
médio da construção civil - CMCC, calculado pelo IBGE e divulgado pelo SINAPI, para
as diferentes estruturas e materiais dos canteiros tipo.

9.1.1. Modal Rodoviário

As Tabelas 18 a 23 apresentam os quadros de serviços e quantidades elaborados


pela diferenciação dos canteiros tipo de construção ou restauração rodoviária em
função dos padrões provisório e permanente.

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Tabela 18 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou restauração


rodoviária de pequeno porte (padrão provisório - barracões em tábuas de pinho)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 5.757,87

Expurgo m3 1.439,47

Regularização do subleito m2 5.757,87

Reforço do subleito m3 1.151,57

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 115,16

Locação da obra m2 1.919,27

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 345,48

Plantio de mudas arbustivas de porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m und 120,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 280,00

Escritório e seção técnica em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 136,20

Almoxarifado em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 104,88

Depósito de cimento em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 93,45

Central de armaduras em barracão em compensado de 10 mm - com reaproveitamento m2 84,79

Refeitório e cozinha em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 129,87

Alojamentos barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 217,66

Banheiros e vestiários em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 124,50

Oficina em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 215,14

Estacionamento para veículos leves m2 78,41

Ambulatório em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 62,95

Rampa de lavagem m2 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 42,08

Posto de combustível - tipo I und 1,00

Carpintaria em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 111,30

Área de recreação em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 125,72

Guarita em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 6,10

Residências em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 198,58

Demolição de construções provisórias em madeira - com reaproveitamento m2 1.653,22

Demolição de construções provisórias sem fechamento lateral - com reaproveitamento m2 266,05

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Tabela 19 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou restauração


rodoviária de pequeno porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 5.757,87

Expurgo m3 1.439,47

Regularização do subleito m2 5.757,87

Reforço do subleito m3 1.151,57

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 115,16

Locação da obra m2 1.919,27

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 345,48

Plantio de mudas arbustivas de porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m und 120,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 280,00

Escritório e seção técnica em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 136,20

Almoxarifado em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 104,88

Depósito de cimento em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 93,45

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m2 84,79

Refeitório e cozinha em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 129,87

Alojamentos em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 217,66

Banheiros e vestiários em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 124,50

Oficina em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 215,14

Estacionamento para veículos leves m2 78,41

Ambulatório em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 62,95

Rampa de lavagem m2 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 42,08

Posto de combustível - tipo I und 1,00

Carpintaria em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 111,30

Área de recreação em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 125,72

Guarita em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 6,10

Residências em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 198,58

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 20 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou restauração


rodoviária de médio porte (padrão provisório - barracões em tábuas)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 7.945,55

Expurgo m3 1.986,39

Regularização do subleito m2 7.945,55

Reforço do subleito m3 1.589,11

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 143,02

Locação da obra m2 3.178,22

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 408,77

Plantio de mudas arbustivas de porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m und 123,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 344,00

Escritório e seção técnica em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 272,10

Almoxarifado em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 152,66

Depósito de cimento em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 121,00

Central de armaduras em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 115,19

Refeitório e cozinha em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 218,42

Alojamentos barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 435,32

Banheiros e vestiários em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 196,71

Oficina em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 337,86

Estacionamento para veículos leves m2 164,12

Ambulatório em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 111,82

Rampa de lavagem m2 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 42,08

Posto de combustível - tipo II und 1,00

Carpintaria em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 140,72

Área de recreação em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 198,91

Guarita em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 6,10

Residências em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 397,16

Demolição de construções provisórias em madeira - com reaproveitamento m2 2.746,05

Demolição de construções provisórias sem fechamento lateral - com reaproveitamento m2 432,17

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 21 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou restauração


rodoviária de médio porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 7.945,55

Expurgo m3 1.986,39

Regularização do subleito m2 7.945,55

Reforço do subleito m3 1.589,11

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 143,02

Locação da obra m2 3.178,22

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 408,77

Plantio de mudas arbustivas de porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m und 123,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 344,00

Escritório e seção técnica em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 272,10

Almoxarifado em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 152,66

Depósito de cimento em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 121,00

Central de armaduras em barracão em compensado de 10 mm - com reaproveitamento m2 115,19

Refeitório e cozinha em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 218,42

Alojamentos em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 435,32

Banheiros e vestiários em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 196,71

Oficina em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 337,86

Estacionamento para veículos leves m2 164,12

Ambulatório em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 111,82

Rampa de lavagem m2 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 42,08

Posto de combustível - tipo II und 1,00

Carpintaria em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 140,72

Área de recreação em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 198,91

Guarita em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 6,10

Residências em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 397,16

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 22 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou restauração


rodoviária de grande porte (padrão provisório - barracões em tábuas)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 11.307,82

Expurgo m3 2.826,96

Regularização do subleito m2 11.307,82

Reforço do subleito m3 2.261,56

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 186,58

Locação da obra m2 5.088,52

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 548,07

Plantio de mudas arbustivas de porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m und 139,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 488,00

Escritório e seção técnica em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 574,72

Almoxarifado em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 239,17

Depósito de cimento em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 196,71

Central de armaduras em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 202,61

Refeitório e cozinha em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 396,58

Alojamentos barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 652,98

Banheiros e vestiários em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 295,18

Oficina em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 612,55

Estacionamento para veículos leves m2 323,28

Ambulatório em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 161,96

Rampa de lavagem m2 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 62,99

Posto de combustível - tipo III und 1,00

Carpintaria em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 193,59

Área de recreação em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 295,84

Guarita em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 9,11

Residências em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 595,74

Demolição de construções provisórias em madeira - com reaproveitamento m2 4.489,73

Demolição de construções provisórias sem fechamento lateral - com reaproveitamento m2 589,79

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 23 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo de construção ou restauração


rodoviária de grande porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 11.307,82

Expurgo m3 2.826,96

Regularização do subleito m2 11.307,82

Reforço do subleito m3 2.261,56

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 186,58

Locação da obra m2 5.088,52

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 548,07

Plantio de mudas arbustivas de porte de 50 cm - em covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m und 139,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 488,00

Escritório e seção técnica em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 574,72

Almoxarifado em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 239,17

Depósito de cimento em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 196,71

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m2 202,61

Refeitório e cozinha em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 396,58

Alojamentos em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 652,98

Banheiros e vestiários em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 295,18

Oficina em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 612,55

Estacionamento para veículos leves m2 323,28

Ambulatório em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 161,96

Rampa de lavagem m2 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 62,99

Posto de combustível - tipo III und 1,00

Carpintaria em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 193,59

Área de recreação em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 295,84

Guarita em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 9,11

Residências em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 595,74

67
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Volume 07 - Canteiros de Obras

A Tabela 24 apresenta o quadro de serviços e quantidades elaborados para o canteiro


tipo de obras de conservação rodoviária rotineira.

Tabela 24 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo para obras de conservação


rodoviária rotineira em pista simples

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 595,92

Expurgo m3 148,98

Regularização do subleito m2 595,92

Reforço do subleito m3 119,18

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 8,94

Locação da obra m2 297,96

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 157,00

Escritório e seção técnica (Área = 29,72 m2)

Container 40 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

Almoxarifado (Área = 29,54 m²)

Container 20 TEU duplo - inclusive montagem e desmontagem - utilização de 5


und 1,00
vezes

Depósito de cimento (Área = 29,54 m²)

Container 20 TEU duplo - inclusive montagem e desmontagem - utilização de 5


und 1,00
vezes

Refeitório e cozinha (Área = 59,08 m²)

Container 20 TEU duplo com banheiro - inclusive montagem e desmontagem -


und 1,00
utilização de 5 vezes

Container 20 TEU duplo - inclusive montagem e desmontagem - utilização de 5


und 1,00
vezes

Alojamento (Área = 47,40 m²)

Container 20 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 3,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

68
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 24 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo para obras de conservação


rotineira em pista simples (2/2)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Banheiro e vestiário (Área = 14,77 m²)

Container 20 TEU com banheiro - inclusive montagem e desmontagem -


und 1,00
utilização de 5 vezes

Oficina (Área = 37,10 m²)

Container 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem - utilização


und 1,00
de 5 vezes

Container 3/4 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem -


und 1,00
utilização de 5 vezes

Container 3/4 20 TEU com janela e banheiro - inclusive montagem e


und 1,00
desmontagem - utilização de 5 vezes

Ambulatório (Área = 29,72 m²)

Container 40 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

Posto de combustível - tipo IV und 1,00

Guarita (Área = 5,29 m²)

Container 3/4 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem -


und 1,00
utilização de 5 vezes

Residência (Área = 15,80 m²)

Container 20 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

69
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Volume 07 - Canteiros de Obras

9.1.2. Obras de Arte Especiais

As Tabelas 25 a 30 apresentam os quadros de serviços e quantidades elaborados


pela diferenciação dos canteiros tipo para construção ou recuperação, reforço ou
alargamento de obras de arte especiais em função do porte e dos padrões de
construção provisório e permanente.

Tabela 25 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
pequeno porte (padrão provisório - barracões em tábuas e contêineres)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 3.135,77

Expurgo m3 783,94

Regularização do subleito m2 3.135,77

Reforço do subleito m3 627,15

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 61,15

Locação da obra m2 1.097,52

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 256,75

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 282,00

Escritório (Área = 14,77 m²)

Container 20 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

Seção técnica (Área = 29,72 m²)

Container 40 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

Almoxarifado em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 89,89

Depósito de cimento em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 172,38

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m2 84,79

Refeitório e cozinha em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 88,65

Alojamentos em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 109,62

Banheiros e vestiários em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 62,91

Oficina em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m2 18,10

Estacionamento de veículos leves m2 115,14

70
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 25 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
pequeno porte (padrão provisório - barracões em tábuas e contêineres) (2/2)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Ambulatório (Área = 29,72 m²)

Container 40 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive montagem e


und 1,00
desmontagem - utilização de 5 vezes

Equipe de topografia (Área = 14,77 m²)

Container 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem - utilização de 5


und 1,00
vezes

Posto de combustível - tipo V und 1,00

Carpintaria em barracão em tábua de pinho - sem reaproveitamento m2 111,26

Recreação (Área = 11,17 m²)

Container 3/4 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem - utilização de


und 1,00
5 vezes

Guarita em barracão em tábua de pinho - sem reaproveitamento m2 6,10

Demolição de construções provisórias em madeira - com reaproveitamento m2 626,34

Demolição de construções provisórias sem fechamento lateral - com reaproveitamento m2 370,43

Tabela 26 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
pequeno porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos e contêineres)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 3.135,77

Expurgo m3 783,94

Regularização do subleito m2 3.135,77

Reforço do subleito m3 627,15

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 61,15

Locação da obra m2 1.097,52

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 256,75

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 282,00

Portão em madeira - altura de 1,5 m e largura de 3,5 m m2 8,40

Escritório (Área = 14,79 m²)

Container 20 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

71
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 26 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
pequeno porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos e contêineres) (2/2)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Seção técnica (Área = 29,75 m²)

Container 40 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes Seção técnica

Almoxarifado em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 89,89

Depósito de cimento em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 172,38

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m2 84,79

Refeitório e cozinha em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 88,65

Alojamentos barracão em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 109,62

Banheiros e vestiários em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 62,91

Oficina em barracão em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 18,10

Estacionamento para veículos leves m2 115,14

Ambulatório (Área = 29,75 m²)

Container 40 TEU com revestimento térmico, janela e banheiro - inclusive


und 1,00
montagem e desmontagem - utilização de 5 vezes

Equipe de topografia (Área = 14,79 m²)

Container 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem - utilização de


und 1,00
5 vezes

Posto de combustível - tipo V und 1,00

Carpintaria em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 111,26

Recreação (Área = 11,18 m²)

Container 3/4 20 TEU com janela - inclusive montagem e desmontagem - utilização


und 1,00
de 5 vezes

Guarita em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m2 6,10

72
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 27 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
médio porte (padrão provisório - barracões em tábuas)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 5.566,25

Expurgo m3 1.391,63

Regularização do subleito m2 5.566,25

Reforço do subleito m3 1.113,25

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 108,54

Locação da obra m2 1.948,19

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 460,73

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 326,00

Escritório e seção técnica em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 126,48

Almoxarifado em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 125,76

Depósito de cimento em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 245,36

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m² 202,61

Refeitório e cozinha em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 130,10

Alojamentos em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 137,14

Banheiros e vestiários em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 93,70

Oficina em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 98,98

Estacionamento para veículos leves m² 102,90

Ambulatório em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 47,50

Rampa de lavagem m² 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 40,63

Posto de combustível - tipo I und 1,00

Carpintaria em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 193,48

Área de recreação em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 104,80

Guarita em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 6,10

Demolição de construções provisórias em madeira - com reaproveitamento m2 1.552,64

Demolição de construções provisórias sem fechamento lateral - com reaproveitamento m2 283,01

73
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 28 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
médio porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 5.566,25

Expurgo m3 1.391,63

Regularização do subleito m2 5.566,25

Reforço do subleito m3 1.113,25

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 108,54

Locação da obra m2 1.948,19

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 460,73

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 326,00

Escritório e seção técnica de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 126,48

Almoxarifado em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 125,76

Depósito de cimento em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 245,36

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - sem reaproveitamento m² 202,61

Refeitório e cozinha em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 130,10

Alojamentos em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 137,14

Banheiros e vestiários em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 93,70

Oficina em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 98,98

Estacionamento para veículos leves m² 102,90

Ambulatório em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 47,50

Rampa de lavagem m² 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 40,63

Posto de combustível - tipo I und 1,00

Carpintaria em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 193,48

Área de recreação em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 104,80

Guarita em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 6,10

74
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 29 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
grande porte (padrão provisório - barracões em tábuas)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 7.114,31

Expurgo m3 1.778,58

Regularização do subleito m2 7.114,31

Reforço do subleito m3 1.422,86

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 138,73

Locação da obra m2 2.490,01

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 497,71

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 380,00

Escritório e seção técnica em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 145,91

Almoxarifado em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 152,66

Depósito de cimento em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 344,76

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m² 264,83

Refeitório e cozinha em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 182,31

Alojamentos em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 217,66

Banheiros e vestiários em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 124,50

Oficina em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 179,41

Estacionamento para veículos leves m² 151,87

Ambulatório em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 62,95

Rampa de lavagem m² 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 63,00

Posto de combustível - tipo I und 1,00

Carpintaria em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 289,04

Área de recreação em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 167,54

Guarita em barracão em tábua de pinho - com reaproveitamento m² 9,11

Demolição de construções provisórias em madeira - com reaproveitamento m2 1.896,00

Demolição de construções provisórias sem fechamento lateral - com reaproveitamento m2 594,01

75
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 30 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo das obras de arte especiais de
grande porte (padrão permanente - alvenaria de tijolos)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 7.114,31

Expurgo m3 1.778,58

Regularização do subleito m2 7.114,31

Reforço do subleito m3 1.422,86

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 138,73

Locação da obra m2 2.490,01

Meio fio de concreto - MFC 06 com areia e brita comerciais - forma de madeira m 497,71

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m m 380,00

Escritório e seção técnica em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 145,91

Almoxarifado em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 152,66

Depósito de cimento em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 344,76

Central de armaduras em barracão em compensado 10 mm - com reaproveitamento m² 264,83

Refeitório e cozinha em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 182,31

Alojamentos em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 217,66

Banheiros e vestiários em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 124,50

Oficina em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 179,41

Estacionamento para veículos leves m² 151,87

Ambulatório em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 62,95

Rampa de lavagem m² 59,90

Sistema separador de água e óleo und 1,00

Equipe de topografia em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 63,00

Posto de combustível - tipo I und 1,00

Carpintaria em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 289,04

Área de recreação em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 167,54

Guarita em alvenaria de tijolos 10 x 10 x 20 cm m² 9,11

76
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.1.3. Modal Ferroviário

As Tabelas 31 a 36 apresentam os quadros de serviços e quantidades elaborados


para os canteiros tipo das obras ferroviárias de pequeno, médio e grande porte,
admitindo-se a utilização de vagões de serviços. Os canteiros tipo para as obras
ferroviárias foram ainda diferenciados em função da bitola da via (métrica ou larga).

Tabela 31 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as obras


ferroviárias de pequeno porte (bitola métrica)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Vagão fechado tipo FSS h 2.800,0000

Vagão tanque tipo TCR h 200,0000

Vagão gôndola tipo GTB h 400,0000

Trabalhador de via h 20,0000

Assentamento dos materiais metálicos dos AMV 1:14, TR 57, bitola métrica und 0,0100

Assentamento de jogo de dormentes de madeira para AMV 1:14, bitola métrica jg 0,0100

Alinhamento manual da grade do AMV 1:14, bitola métrica und 0,0833

Lançamento de lastro, 15 cm de altura, descarga de pedra britada de


m3 6,0300
caminhões

Nivelamento contínuo com grupo gerador vibrador, com 15 cm de lastro sob o


km 0,0208
dormente, por levante, bitola qualquer, dormente de madeira

Lançamento mecanizado de trilhos, TR 57, comprimento de 12 m, bitola


km 0,0025
métrica ou larga

Posicionamento com equipamento mecanizado de dormentes de madeira de


km 0,0025
bitola métrica - 1750 und/km

Assentamento mecanizado de trilhos TR 57 com 12 m, sem furo ou com 3 furos


em cada ponta, bitola métrica ou larga, dormente madeira 1.750 und/km, km 0,0050
fixação rígida a tirefond

Corte de trilho TR 57 com utilização de equipamento leve und 0,0600

Furação de trilho TR 57 com utilização de equipamento Leve und 0,1800

Aluguel de container com 15 m² mês 1,0000

Escavação e carga de material de 1ª categoria com trator de 72 kW m³ 1,3333

Compactação de aterros a 100% do Proctor normal m³ 1,3333

Base ou sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura com


m³ 1,3333
material de jazida produzido e não indenizado

Sistema separador de água e óleo und 0,0833

77
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 32 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as obras


ferroviárias de médio porte (bitola métrica)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Vagão fechado tipo FSS h 4.600,0000

Vagão tanque tipo TCR h 200,0000

Vagão gôndola tipo GTB h 400,0000

Trabalhador de via h 20,0000

Assentamento dos materiais metálicos dos AMV 1:14, TR 57, bitola métrica und 0,0100

Assentamento de jogo de dormentes de madeira para AMV 1:14, bitola métrica jg 0,0100

Alinhamento manual da grade do AMV 1:14, bitola métrica und 0,0833

Lançamento de lastro, 15 cm de altura, descarga de pedra britada de


m3 9,5850
caminhões

Nivelamento contínuo com grupo gerador vibrador, com 15 cm de lastro sob o


km 0,0333
dormente, por levante, bitola qualquer, dormente de madeira

Lançamento mecanizado de trilhos, TR 57, comprimento de 12 m, bitola


km 0,0040
métrica ou larga

Posicionamento com equipamento mecanizado de dormentes de madeira de


km 0,0040
bitola métrica - 1750 und/km

Assentamento mecanizado de trilhos TR 57 com 12 m, sem furo ou com 3 furos


em cada ponta, bitola métrica ou larga, dormente madeira 1.750 und/km, km 0,0080
fixação rígida a tirefond

Corte de trilho TR 57 com utilização de equipamento leve und 0,0600

Furação de trilho TR 57 com utilização de equipamento Leve und 0,1800

Aluguel de container com 15 m² mês 1,0000

Escavação e carga de material de 1ª categoria com trator de 72 kW m³ 2,5000

Compactação de aterros a 100% do Proctor normal m³ 2,5000

Base ou sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura com


m³ 2,5000
material de jazida produzido e não indenizado

Sistema separador de água e óleo und 0,0833

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 33 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as obras


ferroviárias de grande porte (bitola métrica)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Vagão fechado tipo FSS h 6.400,0000

Vagão tanque tipo TCR h 200,0000

Vagão gôndola tipo GTB h 400,0000

Trabalhador de via h 20,0000

Assentamento dos materiais metálicos dos AMV 1:14, TR 57, bitola métrica und 0,0100

Assentamento de jogo de dormentes de madeira para AMV 1:14, bitola métrica jg 0,0100

Alinhamento manual da grade do AMV 1:14, bitola métrica und 0,0100

Lançamento de lastro, 15 cm de altura, descarga de pedra britada de


m3 13,1400
caminhões

Nivelamento contínuo com grupo gerador vibrador, com 15 cm de lastro sob o


km 0,0458
dormente, por levante, bitola qualquer, dormente de madeira

Lançamento mecanizado de trilhos, TR 57, comprimento de 12 m, bitola


km 0,0055
métrica ou larga

Posicionamento com equipamento mecanizado de dormentes de madeira de


km 0,0055
bitola métrica - 1750 und/km

Assentamento mecanizado de trilhos TR 57 com 12 m, sem furo ou com 3 furos


em cada ponta, bitola métrica ou larga, dormente madeira 1.750 und/km, km 0,0110
fixação rígida a tirefond

Corte de trilho TR 57 com utilização de equipamento leve und 0,0600

Furação de trilho TR 57 com utilização de equipamento Leve und 0,1800

Aluguel de container com 15 m² mês 1,0000

Escavação e carga de material de 1ª categoria com trator de 72 kW m³ 3,3333

Compactação de aterros a 100% do Proctor normal m³ 3,3333

Base ou sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura com


m³ 3,3333
material de jazida produzido e não indenizado

Sistema separador de água e óleo und 0,0833

79
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 34 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as obras


ferroviárias de pequeno porte (bitola larga)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Vagão fechado tipo FSS h 2.800,0000

Vagão tanque tipo TCR h 200,0000

Vagão gôndola tipo GTB h 400,0000

Trabalhador de via h 20,0000

Assentamento dos materiais metálicos dos AMV 1:14, TR 57, bitola métrica und 0,0100

Assentamento de jogo de dormentes de madeira para AMV 1:14, bitola métrica jg 0,0100

Alinhamento manual da grade do AMV 1:14, bitola métrica und 0,0100

Lançamento de lastro, 15 cm de altura, descarga de pedra britada de


m3 6,0510
caminhões

Nivelamento contínuo com grupo gerador vibrador, com 15 cm de lastro sob o


km 0,0208
dormente, por levante, bitola qualquer, dormente de madeira

Lançamento mecanizado de trilhos, TR 57, comprimento de 12 m, bitola


km 0,0025
métrica ou larga

Posicionamento com equipamento mecanizado de dormentes de madeira de


km 0,0025
bitola métrica - 1750 und/km

Assentamento mecanizado de trilhos TR 57 com 12 m, sem furo ou com 3 furos


em cada ponta, bitola métrica ou larga, dormente madeira 1.750 und/km, km 0,0050
fixação rígida a tirefond

Corte de trilho TR 57 com utilização de equipamento leve und 0,0600

Furação de trilho TR 57 com utilização de equipamento Leve und 0,1800

Aluguel de container com 15 m² mês 1,0000

Escavação e carga de material de 1ª categoria com trator de 72 kW m³ 1,3333

Compactação de aterros a 100% do Proctor normal m³ 1,3333

Base ou sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura com


m³ 1,3333
material de jazida produzido e não indenizado

Sistema separador de água e óleo und 0,0833

80
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 35 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as obras


ferroviárias de médio porte (bitola larga)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Vagão fechado tipo FSS h 4.600,0000

Vagão tanque tipo TCR h 200,0000

Vagão gôndola tipo GTB h 400,0000

Trabalhador de via h 20,0000

Assentamento dos materiais metálicos dos AMV 1:14, TR57, bitola métrica und 0,0100

Assentamento de jogo de dormentes de madeira para AMV 1:14, bitola métrica jg 0,0100

Alinhamento manual da grade do AMV 1:14, bitola métrica und 0,0833

Lançamento de lastro, 15 cm de altura, descarga de pedra britada de


m3 9,6100
caminhões

Nivelamento contínuo com grupo gerador vibrador, com 15 cm de lastro sob o


km 0,0333
dormente, por levante, bitola qualquer, dormente de madeira

Lançamento mecanizado de trilhos, TR57, comprimento de 12 m, bitola métrica


km 0,0040
ou larga

Posicionamento com equipamento mecanizado de dormentes de madeira de


km 0,0040
bitola métrica - 1750 und/km

Assentamento mecanizado de trilhos TR 57 com 12 m, sem furo ou com 3 furos


em cada ponta, bitola métrica ou larga, dormente madeira 1.750 und/km, km 0,0080
fixação rígida a tirefond

Corte de trilho TR57 com utilização de equipamento leve und 0,0600

Furação de trilho TR 57 com utilização de equipamento Leve und 0,1800

Aluguel de container com 15 m² mês 1,0000

Escavação e carga de material de 1ª categoria com trator de 72 kW m³ 2,5000

Compactação de aterros a 100% do Proctor normal m³ 2,5000

Base ou sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura com


m³ 2,5000
material de jazida produzido e não indenizado

Sistema separador de água e óleo und 0,0833

81
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 36 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo em vagões para as obras


ferroviárias de grande porte (bitola larga)

Descrição dos Serviços Und Quantidade

Vagão fechado tipo FSS h 6.400,0000

Vagão tanque tipo TCR h 200,0000

Vagão gôndola tipo GTB h 400,0000

Trabalhador de via h 20,0000

Assentamento dos materiais metálicos dos AMV 1:14, TR 57, bitola métrica und 0,0100

Assentamento de jogo de dormentes de madeira para AMV 1:14, bitola métrica jg 0,0100

Alinhamento manual da grade do AMV 1:14, bitola métrica und 0,0833

Lançamento de lastro, 15 cm de altura, descarga de pedra britada de


m3 13,1700
caminhões

Nivelamento contínuo com grupo gerador vibrador, com 15 cm de lastro sob o


km 0,0458
dormente, por levante, bitola qualquer, dormente de madeira

Lançamento mecanizado de trilhos, TR 57, comprimento de 12 m, bitola


km 0,0055
métrica ou larga

Posicionamento com equipamento mecanizado de dormentes de madeira de


km 0,0055
bitola métrica - 1750 und/km

Assentamento mecanizado de trilhos TR 57 com 12 m, sem furo ou com 3 furos


em cada ponta, bitola métrica ou larga, dormente madeira 1.750 und/km, km 0,0110
fixação rígida a tirefond

Corte de trilho TR 57 com utilização de equipamento leve und 0,0600

Furação de trilho TR 57 com utilização de equipamento Leve und 0,1800

Aluguel de container com 15 m² mês 1,0000

Escavação e carga de material de 1ª categoria com trator de 72 kW m³ 3,3333

Compactação de aterros a 100% do Proctor normal m³ 3,3333

Base ou sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura com


m³ 3,3333
material de jazida produzido e não indenizado

Sistema separador de água e óleo und 0,0833

82
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.2. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI é


um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e
têm a Caixa Econômica Federal - CEF e o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE como responsáveis pela sua divulgação oficial dos resultados,
manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas,
métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados.

A parcela de benefícios e despesas indiretas, custos eventuais com projetos, licenças,


seguros, administração, financiamentos e equipamentos mecânicos como elevadores,
compactadores, exaustores e ar condicionado, não estão incluídos nos cálculos do
custo médio da construção civil divulgados pelo SINAPI.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias, desde sua edição anual de 2003, bem como o
Decreto nº 7.983/2013, determinam que o SINAPI seja utilizado como referência para
o cálculo dos custos de obras públicas, particularmente de edificações e de
construção civil, executadas com recursos federais do Orçamento Geral da União.

9.2.1. Correlação com o SINAPI

Por sua natureza, o SINAPI foi utilizado como referência para o cálculo do custo por
metro quadrado de construção das diferentes instalações dos canteiros de obras. Em
comparação aos materiais e à qualidade das edificações adotadas nos canteiros de
obras de infraestrutura de transportes, observa-se que as obras utilizadas como
referência pelo SINAPI apresentam padrões de qualidade mais elevados.

Dessa forma, dispondo do custo médio da construção civil por metro quadrado -
CMCC, divulgado mensalmente pelo SINAPI para todas as unidades da federação,
torna-se ainda necessário definir as leis de formação e definição das áreas e dos
fatores de ajuste e de equivalência para adequar os valores de referência adotados
às reais condições de execução das instalações que compõem os canteiros tipo para
as obras de infraestrutura de transportes.

Para o cálculo dos fatores de ajuste do padrão de construção, de ajuste da distância


do canteiro ao centro fornecedor e de equivalência de áreas cobertas e descobertas
foram desenvolvidas composições de custos específicas para todos os serviços de
edificações, com fins de calibração, para todas as instalações e estruturas dos
canteiros tipo em função das diretrizes e premissas metodológicas do Sistema de
Custos Referenciais de Obras - SICRO.

Os referidos fatores de ajuste foram definidos por meio de estudos comparativos entre
os custos advindos das composições do SICRO e do custo médio da construção civil
por metro quadrado obtido diretamente do SINAPI para as diferentes instalações,
materiais utilizados nos canteiros tipo e unidade de referência da pesquisa de preços.

A Tabela 37 apresenta o resumo das combinações de canteiros tipo e dos padrões de


construção utilizados para elaboração dos orçamentos de calibração e consequente
definição dos fatores de ajuste e de equivalência de áreas.

83
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 37 - Combinações utilizadas para cálculo dos fatores de ajuste dos canteiros tipo

Tipificação dos Canteiros de Obras Padrão da Construção

Construção ou restauração rodoviária de pequeno porte Provisório Permanente

Construção ou restauração rodoviária de médio porte Provisório Permanente

Construção ou restauração rodoviária de grande porte Provisório Permanente

Conservação rodoviária Contêineres

Provisório Permanente
Construção ou recuperação, reforço e alargamento de
+ +
obras de arte especiais de pequeno porte
Contêineres Contêineres

Construção ou recuperação, reforço e alargamento de


Provisório Permanente
obras de arte especiais de médio porte

Construção ou recuperação, reforço e alargamento de


Provisório Permanente
obras de arte especiais de grande porte

Os custos associados às instalações hidráulicas, hidro-sanitárias, pluviais, elétricas e


telefônicas de todas as edificações foram incorporados aos orçamentos dos canteiros
tipo utilizados no estudo comparativo.

9.3. Fator do Padrão de Construção (k1)

O detalhamento dos orçamentos dos canteiros fixos permitiu a identificação das


variações de custos associadas aos diferentes padrões construtivos, soluções de
engenharia, instalações e materiais utilizados como referência.

A Tabela 38 apresenta os fatores de ajuste propostos para adequação dos


orçamentos aos padrões de construção definidos pela classificação dos canteiros
fixos montados in loco (k1).

Tabela 38 - Fatores de ajuste do padrão de construção

Tipo de Instalação do Canteiro


Fator de Ajuste do
Padrão de Construção
Provisória Permanente

Fator k1 0,8 1,0

Os custos relacionados à desmontagem das estruturas provisórias, demolição de


dispositivos e reconformação ambiental das áreas só foram considerados nos
orçamentos referenciais dos canteiros tipo de padrão provisório.

Em virtude de sua proposição em contêineres, os canteiros tipo para conservação


rodoviária e para algumas instalações industriais não estão sujeitos à aplicação do
fator de ajuste do padrão de construção (provisório e permanente).

84
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.4. Quantidade de Funcionários nos Canteiros

Os canteiros tipo foram dimensionados em função da natureza e do porte das obras


e da consequente necessidade de dispor espaço físico suficiente para acomodar
mobiliários, aparelhos, equipamentos e pessoas.

Todas as dimensões e os detalhamentos das instalações dos canteiros tipo foram


definidos em respeito às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e
Emprego e das demais normas técnicas associadas à execução de obras de
infraestrutura de transportes, bem como das melhores práticas da engenharia.

A mão de obra de um empreendimento pode ser classificada da seguinte forma:

 Administração local;
 Mão de obra ordinária.

A mão de obra da administração local é composta por profissionais de engenharia,


administração, técnicos e de serviços gerais, responsáveis pela gestão técnica e
administrativa da obra. Em função das atividades exercidas na obra, os profissionais
da administração local podem ser agrupados em parcelas consideradas fixas,
vinculadas ou variáveis.

 Parcela fixa:

- Gerência técnica;
- Gerência administrativa.

 Parcela vinculada:

- Encarregados de produção;
- Topografia;
- Setor de medicina e segurança do trabalho.

 Parcela variável:

- Frentes de serviço;
- Controle tecnológico;
- Manejo florestal.

Consoante as premissas estabelecidas no Volume 08 do Manual de Custos de


Infraestrutura de Transportes - Administração Local, foram definidos critérios para
dimensionamento e ocupação das instalações dos canteiros tipo em função do
número de funcionários das diferentes parcelas (fixa, vinculada e variável).

Já a mão de obra ordinária, associada à execução direta dos serviços, encontra-se


incluída nas composições de custos unitários dos serviços.

85
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Durante a fase de elaboração do projeto, definido o quadro de serviços e quantidades,


torna-se possível estabelecer o histograma de utilização da mão de obra ordinária ou
calcular a quantidade média desses funcionários ao longo da execução da obra.
No caso de disponibilidade do histograma da mão de obra, a quantidade a ser
considerada no cálculo do fator de ocupação do projeto refere-se ao máximo valor
observado, ou seja, nos meses de pico da execução, momento onde notadamente
exige-se maior quantidade de funcionários.

Caso não seja possível a extração direta do histograma da mão de obra, pode-se
estimar a quantidade máxima da mão de obra ordinária de um determinado projeto
por meio do conhecimento da média de funcionários ao longo do prazo de execução
da obra e de modelos de curva de agregação de recursos.

As curvas de agregação de recursos consistem em ferramentas de controle e gestão


que integram a programação da produção e dos custos da obra. De maneira geral,
essas ferramentas envolvem a totalização dos recursos utilizados em uma obra,
período a período. Tais recursos podem ser a quantidade de homens hora necessária,
o número de funcionários, o volume ou quantidade de materiais, ou simplesmente o
valor monetário investido no projeto (Heineck, 1989).

Dos modelos estudados, a curva de agregação de recursos clássica tem a forma de


um trapézio. Segundo esse modelo, o primeiro 1/3 do período de consumo total do
recurso (prazo da obra) consiste na mobilização, 1/2 para o seu desenvolvimento
(consumo constante) e 1/6 para a desmobilização, onde a área do trapézio representa
o consumo total do recurso da obra.

Respeitadas as premissas da curva de agregação de recursos clássica, ou seja,


estabelecido 50% para o desenvolvimento do recurso com consumo constante,
observa-se que a relação entre o ponto máximo teórico da mão de obra e a mão de
obra média de um projeto de infraestrutura é igual a 1,33, razão pelo qual justifica-se
a adoção desse valor nas situações em que o histograma de utilização da mão de
obra não tenha sido disponibilizado no projeto.

Em função da natureza dos serviços e da diferenciação da mão de obra para sua


execução, foram definidos critérios de ocupação e premissas de dimensionamento
para as diferentes instalações cobertas dos canteiros tipo. Para a definição dessas
áreas, torna-se necessário o conhecimento dos seguintes parâmetros, a saber:

 Número de funcionários da parcela fixa da administração local (NPF);


 Número de funcionários das parcelas fixa e vinculada da administração local
(NPF-V);
 Número de funcionários da parcela variável da administração local no mês de
pico (NPV);
 Número de funcionários da mão de obra ordinária no mês de pico (NMO);
 Número de funcionários alojados no canteiro (NFA) - Consiste no somatório dos
funcionários alojados nas residências e alojamentos;

86
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

 Número máximo de funcionários (NMAX) - Consiste no somatório da mão de


obra ordinária e de todas as parcelas da administração local (fixa, vinculada e
variável) no mês de pico da obra.

9.5. Dimensionamento das Instalações

Os canteiros de obras são constituídos por áreas operacionais e edificações onde se


desenvolvem atividades ligadas diretamente à produção e por áreas de vivência
destinadas a suprir as necessidades básicas de higiene pessoal, descanso,
alimentação, ensino, saúde, lazer e convivência.

Consoante essa funcionalidade, as instalações dos canteiros de obras devem ser


dimensionadas de forma a atender às necessidades dos funcionários (administração
local, mão de obra ordinária e operadores de veículos e equipamentos), dos veículos
e equipamentos e dos insumos necessários à execução da obra.

Nesse sentido, a Tabela 39 apresenta os critérios de ocupação e as premissas


adotadas para dimensionamento das diferentes instalações cobertas e com vedação
lateral dos canteiros de obras.

Tabela 39 - Critérios de ocupação e premissas para dimensionamento do canteiro de obras

Instalações Cobertas Critério de Ocupação Premissas de Dimensionamento das Áreas

Variável, de acordo com o porte da obra e com


Profissionais da parcela fixa da
Escritório e seção técnica o número de funcionários da parcela fixa da
administração local
administração local

Almoxarifado Armazenamento de insumos Variável, de acordo com o porte da obra

Quantidade de sacos de cimento


Depósito de cimento Variável, de acordo com o porte da obra
armazenados

50% de todos os profissionais Variável, de acordo com o número máximo de


Refeitório e cozinha
envolvidos na obra funcionários envolvidos na obra

50% dos profissionais da parcela Variável, de acordo com o número de


Alojamentos variável da administração local e funcionários da parcela variável da
da mão de obra ordinária administração local e da mão de obra ordinária
Profissionais da parcela variável Variável, de acordo com o número de
Banheiros e vestiário da administração local e da mão funcionários da parcela variável da
de obra ordinária administração local e da mão de obra ordinária

Manutenção dos veículos e


Oficina Variável, de acordo com o porte da obra
equipamentos da obra

Todos os profissionais envolvidos Variável, de acordo com o porte da obra e com


Ambulatório
na obra o número de funcionários envolvidos na obra

Equipe de topografia e
Topografia Variável, de acordo com o porte da obra
armazenamento de equipamentos

50% dos profissionais alojados Variável, de acordo com o porte da obra e com
Área de recreação
nos alojamentos e nas residências o número de funcionários alojados

Guarita Porteiros e vigias alternadamente Fixa


Variável, de acordo com o número de
Profissionais das parcelas fixa e
Residências funcionários das parcelas fixa e vinculada da
vinculada da administração local
administração local

87
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Consoante os critérios e as premissas propostas, a Tabela 40 apresenta as equações


de dimensionamento a serem adotadas para as instalações cobertas cujas áreas são
variáveis em função do número de funcionários da obra.

Tabela 40 - Equações de dimensionamento de instalações do canteiro de obras

Instalações Cobertas Equações de Dimensionamento das Áreas

Escritório e seção técnica AE-ST (m2) = 57,95 + 4,5 x NPF

Refeitório e cozinha AR-C (m2) = 1,55 x 50% NMAX

Alojamentos AAL (m2) = 3,11 x 50% (NMO + NPV)

Banheiros e vestiário AB-V (m2) = 0,77 x (NMO + NPV)

Ambulatório AAMB (m2) = 0,25 x NMAX

Área de recreação AAR (m2) = 1,5 x 50% NFA

Residências ARES (m2) = 8,46 x NPF-V

As equações de dimensionamento foram desenvolvidas em função de módulos


básicos que são definidos como espaços elementares, mínimos, que atendem a
especificações legais e técnicas e representam a quantidade adequada de insumos
(pessoal, materiais e/ou unidades móveis) para uma determinada instalação.

Os módulos básicos utilizados foram definidos em função das premissas legais e


técnicas citadas e refletem a relação entre as áreas construídas mínimas obtidas e a
quantidade de funcionários máxima que a ocupam.

As equações da Tabela 40 apresentam operações matemáticas caracterizadas pela


ocorrência de uma parcela não variável de área comum em algumas instalações e de
outra associada e diretamente calculada em função do número de funcionários
estimados na obra.

Importa destacar que a quantidade de funcionários a ser considerada no cálculo das


áreas de referência desses cômodos considera a natureza de sua ocupação e a
finalidade a que se destina, razão pela qual justifica-se a diferenciação dos parâmetros
relacionados à quantidade de funcionários da obra, conforme detalhado no Item 9.4
desse volume do Manual de Custos.

9.6. Áreas de Referência

A necessidade de atendimento às normas regulamentadoras do Ministério do


Trabalho e Emprego, bem como às demais normas técnicas associadas à execução
de obras de infraestrutura de transportes, e o consequente detalhamento dos
canteiros permitiu a definição de áreas de referência para as diferentes edificações
cobertas e instalações industriais propostas.

88
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.6.1. Modal Rodoviário

A Tabela 41 apresenta as instalações fixas e as áreas de referência propostas para


os canteiros tipo desenvolvidos para obras de construção e restauração rodoviária de
pequeno, médio e grande porte.

Tabela 41 - Instalações e áreas de referência dos canteiros tipo para as obras de construção e
restauração rodoviária

Porte da Obra
Instalações Und
Pequeno Médio Grande

Almoxarifado m2 104,88 152,66 239,17

Depósito de cimento m2 93,45 121,00 196,71

Oficina m2 215,14 337,86 612,55

Topografia m2 14,77 40,63 63,00

Guarita m2 6,10 6,10 9,11

As áreas totais dos terrenos dos canteiros de obras devem ser suficientes para
garantir o ordenamento viário, a livre circulação de pessoas, veículos e insumos, além
de permitir a instalação das estruturas cobertas e com vedação lateral e também das
descobertas, tais como pátios de manobra, estacionamentos, centrais de armação,
pátios de estruturas pré-moldadas, pátios de aduelas, rampas de lavagem, postos de
combustíveis, entre outras.

A Tabela 42 consiste na relação proposta entre as áreas cobertas edificadas e com


vedação lateral e as áreas totais dos terrenos necessárias para os diferentes canteiros
tipo desenvolvidos para obras de construção e restauração rodoviária.

Tabela 42 - Relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos terrenos nos
canteiros tipo das obras de construção e restauração rodoviária

Porte da Obra
Construção e Restauração Rodoviária
Pequeno Médio Grande

Relação entre as áreas cobertas


33,33% 40,00% 45,00%
edificadas e as áreas totais dos terrenos

Importante destacar que toda a metodologia proposta para o cálculo dos custos
referenciais dos canteiros foi concebida respeitando-se as relações estabelecidas
entre as áreas edificadas com vedação lateral e as áreas totais dos terrenos, conforme
proposto nos canteiros tipo.

Durante a elaboração de um projeto em particular, caso identifique-se a necessidade


de proposição de uma área total de terreno superior àquela obtida da relação proposta
para locação do canteiro (Tabela 42), não se deve utilizar essas áreas adicionais no
cálculo dos custos das áreas descobertas do canteiro. O desrespeito a essa
consideração pode resultar em graves distorções aos orçamentos de referência
elaborados para os canteiros de obras.

89
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

De forma similar ao procedimento adotado para as obras de construção e restauração


rodoviária, foi concebido um canteiro de obras referencial, visando atender a um
empreendimento de conservação rodoviária com extensão de 100 quilômetros de
pista simples, o que equivale a 200 quilômetros de faixas de rolamento, cujas áreas
das instalações são apresentadas na Tabela 43.

Tabela 43 - Instalações e áreas de referência para o canteiro tipo desenvolvido para as obras
de conservação rodoviária

Conservação
Instalações Und
Rodoviária

Escritório e seção técnica m2 * 29,72

Refeitório e cozinha m2 * 59,08

Alojamentos m2 * 47,40

Banheiros e vestiário m2 * 14,77

Residências m2 * 15,80

Ambulatório m2 * 29,72

Almoxarifado m2 * 29,54

Depósito de cimento m2 * 29,54

Oficina m2 * 37,10

Guarita m2 * 5,29

Total m2 297,96
* Previsão de utilização de contêineres.

Consoante observações de campo e de mercado, os canteiros tipo para as obras de


conservação rodoviária foram propostos em contêineres, tendo seus custos de
referência definidos em função da previsão de 5 (cinco) reaproveitamentos.

Em virtude do canteiro tipo proposto ter sido dimensionado para atender a um lote de
200 quilômetros de faixa, deve-se atentar, na elaboração de um projeto em particular,
para a necessidade de aplicação de um coeficiente de proporcionalidade no custo das
instalações referenciais, conforme equação abaixo descrita:

kmP - kmR
CP = 1 +
kmR

onde:

CP representa o coeficiente de proporcionalidade (adimensional);


kmP representa a extensão de faixas de rolamento prevista em projeto (km);
KmR representa a extensão de faixas de rolamento de referência (200 km).

As terceiras faixas na rodovia podem ser adicionadas à extensão do segmento, em


função de sua ocorrência e relevância, a critério do profissional que elaborará o plano
de trabalho ou anteprojeto.

90
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

A Tabela 44 consiste na relação proposta entre as áreas cobertas e as áreas totais


dos terrenos necessárias à instalação do canteiro tipo desenvolvido para as obras de
conservação rodoviária.

Tabela 44 - Relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos terrenos nos
canteiros tipo das obras de conservação rodoviária

Conservação Rodoviária

Relação entre as áreas cobertas


50,0%
edificadas e as áreas totais dos terrenos

9.6.2. Obras de Arte Especiais

De forma similar às obras rodoviárias, os serviços necessários à instalação dos


canteiros tipo dos serviços de construção ou recuperação, reforço e alargamento de
obras de arte especiais também foram detalhados em função do porte das estruturas.

A Tabela 45 apresenta as instalações comuns e as áreas de referência propostas para


os canteiros tipo das obras de arte especiais.

Tabela 45 - Instalações e áreas de referência para os canteiros tipo das obras de arte especiais

Porte da Obra
Instalações Und
Pequeno Médio Grande

Almoxarifado m2 89,89 125,76 152,66

Depósito de cimento m2 172,38 245,36 344,76

Oficina m2 18,10 98,98 179,41

Topografia m2 * 14,77 40,63 63,00

Guarita m2 6,10 6,10 9,11


* Previsão de utilização de contêineres para estas instalações

A Tabela 46 consiste na relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais


dos terrenos necessárias para os canteiros tipo desenvolvidos para os serviços de
construção ou recuperação, reforço e alargamento de obras de arte especiais.

Tabela 46 - Relação entre as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos terrenos nos
canteiros tipo desenvolvidos para as obras de arte especiais

Construção ou Recuperação, Reforço Porte da Obra


e Alargamento de Obras de Arte
Especiais Pequeno Médio Grande

Relação entre as áreas cobertas


35,0% 35,0% 35,0%
edificadas e as áreas totais dos terrenos

91
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.6.3. Obras Ferroviárias

Os canteiros tipo para obras de construção ferroviária foram definidos em função do


porte das obras e da utilização de vagões fechados e contêineres para acomodação
de todas as instalações de apoio e administração.

A Tabela 47 apresenta as instalações e estruturas mínimas utilizadas como referência


para elaboração dos projetos dos canteiros tipo sob esta concepção.

Tabela 47 - Instalações de referência para os canteiros tipo das obras ferroviárias

Porte da Obra
Canteiro de Obras
Pequeno Médio Grande

Instalações Und Vagões e Contêineres

Escritórios em vagões fechados und 1,00 2,00 3,00

Seção técnica em vagões fechados und 1,00 2,00 3,00

Almoxarifado em vagões fechados und 1,00 2,00 3,00

Refeitório e cozinha em vagões fechados und 2,00 3,00 4,00

Alojamentos em vagões fechados und 3,00 4,00 5,00

Banheiros e vestiário em vagões fechados und 2,00 3,00 4,00

Oficinas em vagões fechados und 2,00 3,00 4,00

Estacionamento para veículos leves m2 80,00 150,00 200,00

Ambulatório em vagões fechados und 1,00 2,00 3,00

Armazenamento de combustível em vagão tanque (32,2 m 3) und 1,00 1,00 1,00

Área de recreação em vagão fechado und 1,00 2,00 3,00

Guarita (contêiner) und 1,00 1,00 1,00

Sistema separador de água e óleo und 1,00 1,00 1,00

Central de ar comprimido em vagão gôndola und 1,00 1,00 1,00

Contentores para água potável em vagão gôndola (30.000 l) und 1,00 1,00 1,00

Comprimento do desvio m 250,00 400,00 550,00

Número de vagões und 17,00 26,00 35,00

AMV 1:14 - TR 57 und 1,00 1,00 1,00

Grade de trilhos TR 57 km 0,25 0,40 0,55

92
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

A concepção proposta para os canteiros tipo das obras ferroviárias resultou na


necessidade de se definir as dimensões e as capacidades dos vagões adotados como
referência, conforme apresentado na Tabela 48.

Tabela 48 - Vagões utilizados no dimensionamento dos canteiros tipo das obras ferroviárias

Porte da Obra
Tipos de Vagões
Pequeno Médio Grande

Vagão fechado tipo FSS (bitola larga) 14 23 32

Comprimento = 14,9 m

Largura = 2,6 m

Altura = 3,0 m

Área útil = 40,0 m2

Vagão tanque tipo TCR (bitola larga) 1 1 1

Comprimento = 9,2 m

Largura = 1,2 m

Altura = 2,3 m

Volume útil = 32,2 m3

Vagão gôndola com bordas tombantes tipo GTB (bitola larga) 2 2 2

Comprimento = 12,0 m

Largura = 2,4 m

Altura = 0,8 m

Área útil = 30,0 m2

Em que pese esta concepção de se prover a estrutura dos canteiros de obras por meio
de vagões e contêineres, estruturas consideradas móveis, o Manual de Custos não
impede que canteiros fixos, conforme modelos desenvolvidos para as obras de
construção e restauração rodoviária, possam ser utilizados para as obras ferroviárias.

Nestas condições, torna-se imprescindível proceder ajustes, principalmente às


instalações industriais, de forma a adequá-las à natureza dos serviços ferroviários.

Os canteiros tipo para os serviços de construção ou recuperação, reforço e


alargamento de obras de arte especiais nas ferrovias devem obedecer aos mesmos
critérios e modelos propostos para as obras rodoviárias.

9.6.4. Obras Hidroviárias

Em função de questões geográficas, econômicas e logísticas, as instalações dos


canteiros para o apoio aos serviços de dragagem, derrocagem e molhes nas hidrovias
foram previstas em instalações móveis como contêineres ou barco-hotel e devem ser
detalhadas na fase de elaboração do projeto.

93
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.4.6. Sobreposição de Instalações e Áreas

Os canteiros tipo foram concebidos de maneira isolada, de forma a refletir as iterações


e atividades envolvidas na dinâmica das diferentes naturezas e portes de obras de
infraestrutura, conforme classificação proposta nesse Manual de Custos.

Entretanto, durante a fase de elaboração de um projeto, o orçamentista deve se


certificar de que não haja sobreposição de instalações ou mesmo de áreas na
associação dos diferentes canteiros tipo propostos.

Apenas para exemplificar, tomemos como referência um projeto de construção


rodoviária, com necessidade de instalações industriais de britagem, de mistura de
solos e de usinagem de asfalto, além da ocorrência de obras de arte especiais. Nessa
situação, o orçamentista deve considerar a localização das instalações e o fluxo de
insumos e funcionários em seu projeto para avaliar a eventual necessidade de
supressão de instalações ou otimização de áreas dos canteiros de referência
propostos, tais como: depósito de cimento, laboratórios, refeitórios, vestiários, etc.

9.7. Fatores de Equivalência de Áreas

Os orçamentos elaborados em função das composições de custos de edificações do


SICRO nos padrões provisório e permanente permitiram avaliar a variação dos custos
por metro quadrado das diferentes instalações cobertas e sem vedação lateral em
relação ao custo médio da construção civil do SINAPI.

A relação entre estes custos foi denominada Fator de Equivalência de Áreas Cobertas
(FEAC) e definida isoladamente para cada instalação coberta e sem vedação lateral.

A Tabela 49 apresenta os fatores de equivalência de áreas obtidos para as diferentes


instalações cobertas dos canteiros de obras.
Tabela 49 - Fatores de equivalência de áreas cobertas das instalações dos canteiros tipo

Instalações Cobertas FEAC

Escritório e seção técnica 70,0%

Alojamentos 70,0%

Residências 70,0%

Refeitório e cozinha 70,0%

Banheiros e vestiário 70,0%

Guarita 70,0%

Ambulatório 60,0%

Sala de topografia 60,0%

Laboratórios 60,0%

Almoxarifado 50,0%

Depósito de cimento 50,0%

Oficina 50,0%

Área de recreação 50,0%

94
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Definidos os fatores de equivalência de áreas para as instalações cobertas e com


vedação lateral, torna-se necessário também estimar os custos relacionados à
preparação dos terrenos e à construção das estruturas descobertas.

Embora a central de armação e a carpintaria possuam normalmente uma pequena


área coberta, os custos associados a estas instalações não se mostraram relevantes
na formação total de seu custo, face a grande área descoberta associada.

Dessa forma, foram definidos Fatores de Equivalência de Áreas Descobertas (FEAD)


em função do custo médio da construção civil divulgado pelo SINAPI para estimativa
dos custos relacionados à preparação dos terrenos e à construção das demais
estruturas descobertas ou sem vedação lateral, tais como: pátios de manobra,
estacionamentos diversos, centrais de armação, pátios de fabricação de elementos
pré-moldados, pátios de aduelas, rampas de lavagem, postos de combustíveis, etc.

Em consonância aos projetos tipo elaborados, foram estimados custos relacionados


aos seguintes serviços:

 Limpeza da camada vegetal do terreno;


 Locação da obra;
 Execução de sub-base ou base;
 Lançamento de lastro de brita;
 Execução de meio fio de concreto;
 Instalação de cercas;
 Plantio de mudas arbustivas;
 Central de armaduras;
 Carpintaria;
 Estacionamentos;
 Rampa de lavagem;
 Sistema de separação de água e óleo;
 Posto de combustível.

Os resultados dos estudos comparativos apontaram para um fator de equivalência de


áreas descobertas (FEAD) médio de 5,0% em relação ao custo médio da construção
civil divulgado pelo SINAPI para se definir os custos relacionados a todos estes
serviços nos canteiros de obras.

No caso específico de previsão de utilização exclusiva de contêineres, como nas


obras de conservação rodoviária, deve-se utilizar um fator de equivalência de áreas
totais do terreno (FEAT) de 3,0% em relação ao custo médio da construção.

As áreas a serem utilizadas para este cálculo consistem na diferença entre a área total
do terreno e as áreas edificadas, com cobertura e com vedação lateral, conforme
relações apresentadas nas Tabelas 42, 44 e 46.

95
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.8. Instalações Industriais

De forma similar ao procedimento adotado nas obras de construção e restauração


rodoviária e nas obras de arte especiais, foram desenvolvidos canteiros tipo para as
diferentes instalações industriais.

Em função do porte e de suas características, foi prevista a diferenciação dos padrões


construtivos (provisório e permanente) apenas para a central de concreto de 150 m3/h
e para a usina de asfalto de 120 t/h. Para as demais instalações industriais, foram
previstos contêineres e barracões em tábua de pinho.

A Tabela 50 apresenta as áreas de referência utilizadas na elaboração dos projetos


dos canteiros tipo para as seguintes instalações industriais:

 Central de concreto de 30 m³/h (I);


 Central de concreto de 40 m³/h (II);
 Central de concreto de 150 m³/h (III);
 Central de britagem de 80 m³/h (IV);
 Usina fixa misturadora de solos de 300 t/h (V);
 Usina de pré-misturado a frio de 60 t/h (VI);
 Usina de asfalto a quente de 120 t/h (VII).

Tabela 50 - Áreas de referência para os canteiros tipo das instalações industriais

Instalações Industriais
Canteiro de Obras Und
I II III IV V VI VII

Escritório m² - - 9,11 - - - 9,11

Escritório e vestiário m² - - - * 11,17 - - -

Laboratório m² * 11,17 * 11,17 94,36 - * 11,17 * 11,17 94,36

Almoxarifado m² - - 41,68 - - - 41,68

Refeitório e vestiário m² * 11,17 * 11,17 69,38 - * 11,17 * 11,17 69,38

Guarita m² 6,10 6,10 6,10 - 6,10 6,10 6,10

Oficina m² - - 18,10 - - - 18,10

Depósito de cimento m² 88,62 - - - - - -

Área das instalações cobertas m² 117,06 28,44 238,73 11,17 28,44 28,44 238,73

Área total do terreno m² 3.200,00 3.000,00 6.080,00 4.260,00 5.610,00 2.940,00 6.592,00
* Previsão de utilização de contêineres.

Os custos de referência das edificações cobertas e com vedação lateral das


instalações industriais devem ser definidos de acordo com a natureza dos materiais
envolvidos (padrão provisório ou permanente e contêineres) e dos fatores de
equivalência de áreas cobertas, conforme apresentado na Tabela 49.

96
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Entretanto, para definição dos custos relacionados à preparação dos terrenos e à


construção das estruturas descobertas nas instalações industriais, a simples
aplicação dos fatores de equivalência de áreas descobertas ou totais, conforme
proposto para os canteiros das obras de construção, restauração e conservação
rodoviária e para obras de arte especiais, não conduziu a valores aderentes que
permitissem a utilização do custo médio da construção civil - CMCC como referência.

Dessa forma, define-se que os custos de referência das áreas consideradas


descobertas das instalações industriais devem ser obtidos em função das áreas e das
composições de custos dos serviços, que envolvem desde a preparação do terreno,
o cercamento da área e a consequente montagem das usinas e centrais.

As Tabelas 51 a 57 apresentam os quadros de serviços e quantidades elaborados em


função dos canteiros tipo das instalações industriais desenvolvidos e apresentados no
Tomo 01 do Volume 07 do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes.

Importa destacar que as áreas propostas para os canteiros tipo das instalações
industriais foram definidas em função das premissas e das restrições das normas
regulamentadoras que resultaram na presente metodologia. Qualquer ajuste ou
complementação às áreas de referência propostas pode ser realizado, desde que
devidamente justificado na fase de elaboração do projeto.

Outra observação relevante com relação à metodologia refere-se aos custos dos
momentos de transporte dos materiais de jazida. No caso particular das instalações
industriais, no que tange à execução do reforço do subleito, a ocorrência de materiais
considerados ordinários e de fácil obtenção resultou na exclusão dos custos de
transporte dos referidos insumos. Somente durante a elaboração do projeto, com o
conhecimento das condições locais de ocorrência de materiais, torna-se possível
proceder a eventual inclusão dos respectivos custos de momentos de transporte.

Tabela 51 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de concreto de 30 m3/h

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 1.280,00

02986 Expurgo m3 800,00

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 3.200,00

11209 Regularização do subleito m2 3.200,00

11211 Reforço do subleito m3 640,00

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 57,60

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m com
13608 m 228,00
mourão esticador a cada 50,0 m

Montagem e desmontagem de central de concreto com capacidade de 30 m³/h


19011 und 1,00
(rasga saco)

19015 Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura de 0,20 m m 60,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 30,42
espessura de 0,12 m

97
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 52 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de concreto de 40 m3/h

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 1.200,00

02986 Expurgo m3 750,00

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 3.000,00

11209 Regularização do subleito m2 3.000,00

11211 Reforço do subleito m3 600,00

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 54,00

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m com
13608 m 213,00
mourão esticador a cada 50,0 m

Montagem e desmontagem de central de concreto com capacidade de 30 m³/h


19011 und 1,00
(rasga saco)

19015 Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura de 0,20 m m 60,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 30,42
espessura de 0,12 m

Tabela 53 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de concreto de 150 m3/h

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 3.040,00

02986 Expurgo m3 1.520,00

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 6.080,00

11209 Regularização do subleito m2 6.080,00

11211 Reforço do subleito m3 1.216,00

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 91,20

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m com
13608 m 311,00
mourão esticador a cada 50,0 m

Plantio de mudas arbustivas com porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x


13990 und 36,00
0,40 m

19210 Rampa de lavagem m² 59,90

19101 Sistema separador de água e óleo und 1,00

19002 Posto de combustível und 1,00

Montagem e desmontagem de central de concreto com capacidade de 150


19007 und 1,00
m³/h (dosadora e misturadora)

19015 Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura de 0,20 m m 208,00

19016 Depósito de óleo und 1,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 44,39
espessura de 0,12 m

98
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 54 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da central de britagem de 80 m3/h

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 2.130,00

02986 Expurgo m3 1.065,00

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 4.260,00

11209 Regularização do subleito m2 4.260,00

11211 Reforço do subleito m3 852,00

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 63,90

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m com
13608 m 248,00
mourão esticador a cada 50,0 m

19009 Montagem e desmontagem de central de britagem com capacidade de 80 m³/h und 1,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 181,56
espessura de 0,12 m

Tabela 55 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da usina fixa misturadora de solos

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 2.244,00

02986 Expurgo m3 1.402,50

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 5.610,00

11209 Regularização do subleito m2 5.610,00

11211 Reforço do subleito m3 1.122,00

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 100,98

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m com
13608 m 288,00
mourão esticador a cada 50,0 m

Montagem e desmontagem de usina misturadora de solos com capacidade de


19012 und 1,00
300 t/h

19015 Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura de 0,20 m m 194,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 41,28
espessura de 0,12 m

99
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 56 - Quadro de quantidades e serviços do canteiro tipo da usina de pré-misturado a frio

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 1.176,00

02986 Expurgo m3 735,00

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 2.940,00

11209 Regularização do subleito m2 2.940,00

11211 Reforço do subleito m3 588,00

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 52,92

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m com
13608 m 210,00
mourão esticador a cada 50,0 m

Montagem e desmontagem de usina de pré-misturado a frio com capacidade


19008 und 1,00
de 60 t/h

19066 Tanque de emulsão de 10.000 l para usina de pré-misturado a frio de 60 t/h und 1,00

19015 Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura de 0,20 m m 102,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 39,69
espessura de 0,12 m

Tabela 57 - Quadro de serviços e quantidades do canteiro da usina de asfalto de 120 t/h

Código
Descrição dos Serviços Und Quantidade
SICRO

19316 Locação da obra m2 3.296,00

02986 Expurgo m3 1.648,00

02985 Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 6.592,00

11209 Regularização do subleito m2 6.592,00

11211 Reforço do subleito m3 1.318,40

11214 Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 98,88

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira a cada 2,5 m -


13608 m 327,00
mourão esticador a cada 50,0 m

Plantio de mudas arbustivas com porte de 50,0 cm em covas de 0,40 x 0,40 x


13990 und 36,00
0,40 m

19210 Rampa de lavagem m² 59,90

19101 Sistema separador de água e óleo und 1,00

19002 Posto de combustível und 1,00

Montagem e desmontagem de usina de asfalto a quente com capacidade de


19013 und 1,00
120 t/h

19015 Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura de 0,20 m m 152,00

19016 Depósito de óleo und 1,00

Muro de contenção em concreto armado com altura de 3,0 m, base de 2,0 m e


19014 m² 51,54
espessura de 0,12 m

19079 Dique de contenção m² 324,00

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.8.1. Fábrica de Dormentes de Concreto Protendido Monobloco

Premissas de Dimensionamento

 Os parâmetros utilizados no dimensionamento da fábrica de dormentes de


concreto protendido foram obtidos de uma instalação industrial localizada na
cidade de Guanambi - BA, construída para atendimento das obras de
implantação da Ferrovia de Integração Oeste Leste - FIOL;
 A produção dos dormentes, a pista de rolagem das máquinas e o
condicionamento de jogos de formas foi considerado no sistema “Long Line”;
 O projeto da fábrica de dormentes previu o preparo da área de fabricação,
incluindo as fundações do galpão, as bases ativas e passivas das pistas de
pré-moldagem, o piso de concreto e a estrutura metálica do galpão;
 Para fins de referência de custo do serviço de fabricação, admitiu-se uma taxa
de dormentação de 1.667 dormentes por quilometro;
 A fábrica de dormentes de concreto utilizada como referência foi dimensionada
para atender à necessidade de um trecho de 180 quilômetros de extensão,
admitindo-se um prazo médio de fabricação de 12 meses, com regime de
trabalho em dois turnos diários, o que resulta em uma produção teórica de
300.000 unidades de dormentes;
 A produção de projeto da fábrica de dormentes foi definida em 576 dormentes
por turno, a serem executados em 4 pistas, com 4 dormentes cada e com a
extensão de linha de 100,8 metros e considerando um fator de eficiência de
0,83. Admitindo-se 2 turnos diários de trabalho, totalizam-se 1.152 dormentes
por dia ou 5.760 dormentes por semana, conforme exemplo para bitola larga;
 A área coberta necessária para a instalação da fábrica de dormentes de
concreto proposta foi definida em 2.940 m2 (21 m x 140 m);
 A estocagem foi prevista para ser realizada em pilhas de 64 dormentes (8 x 8),
com necessidade de área de 7,84 m² por pilha. As pilhas devem ser dispostas
em duas linhas paralelas e separadas por via de circulação com 6 m de largura.
A área total de estocagem corresponde a 65 m x 140 m = 9.100 m 2 (área
mínima), o que resulta em uma capacidade de 32.000 unidades;
 A área total da fábrica de dormentes, incluindo o galpão, os afastamentos e a
área de estocagem foi definida em 92 m x 160 m = 14.720 m 2;
 Foram desenvolvidas composições de custos para a fabricação de dormentes
de concreto protendido para as bitolas métrica, larga, mista e para os aparelhos
de mudança de via. Para este último, em virtude das dimensões variadas dos
elementos, foi considerado um comprimento médio para o jogo de dormentes;
 Face às particularidades de seu processo executivo em relação às demais
instalações industriais, os custos relacionados à estrutura física e ao conjunto
de equipamentos da fábrica de dormentes de concreto protendido foram
definidos em função da planta industrial localizada na Ferrovia de Integração
Oeste Leste - FIOL e alocados, como referência, diretamente nas composições
de custos dos serviços de dormentes de concreto.

101
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Detalhamento das Instalações

O projeto proposto para fábrica de dormentes de concreto protendido foi elaborado


em função do detalhamento dos seguintes elementos:

 Serviços preliminares;
 Preparação do terreno;
 Estacas;
 56 estacas Ø 40 cm, para 250 kN, 10 m de comprimento;
 28 estacas Ø 50 cm, para 750 kN, 10 m de comprimento;
 Tubulões;
 8 tubulões Ø 100 cm - 10 m de comprimento;
 Cintas;
 Cintas de 20 x 40 cm de seção transversal;
 Blocos de coroamento externos;
 56 blocos de 60 x 160 x 120 cm;
 Blocos de coroamento internos;
 28 blocos de 70 x 195 x 120 cm;
 Blocos de ancoragem ativa e passiva;
 8 blocos de 400 x 300 x 120 cm;
 Concreto;
 Concreto fck = 30 MPa;
 Telhado;
 Telhamento galvanizado trapezoidal;
 Rede de esgoto sanitário;
 Galerias, drenos e conexões;
 Terraplenagem e pavimentação;
 Estrutura com cobertura;
 Instalações hidráulicas e elétricas;
 Montagem da fábrica de dormentes;
 Edificações de apoio e complementares.

102
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Layout

A Figura 23 apresenta o layout das instalações e as áreas totais propostas para a


fábrica de dormentes de concreto protendido, detalhando-se o galpão, os
afastamentos e a área de estocagem.

Figura 23 - Layout e área total da fábrica de dormentes de concreto

Equipamentos

O funcionamento da fábrica de dormentes de concreto protendido foi previsto com a


utilização dos seguintes equipamentos:

 Máquina alimentadora para formas de dormentes;


 Máquina manipuladora de formas (elevação) para desmolde dos dormentes;
 Jogos de formas para moldagem de 4 dormentes;
 4 pistas de rolagem;
 Equipamento para cabeceira para formas, capacidade máxima de protensão
300 tf com momento fletor admissível de 240 tf;

103
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

 Unidade motriz para cilindro de protensão;


 Macaco hidráulico de protensão para 1 fio;
 Unidade hidráulica;
 Cilindro para desprotensão de 150 tf (par);
 Estação desbobinadeira;
 Pinças mecânicas para elevação de 4 dormentes virados;
 Carro transportador mecanizado para 2 caçambas de 1,5 m³ de concreto, com
deslocamento em trilho;
 Caçamba tipo balde de 1,5 m³ de capacidade para transporte de concreto;
 Macaco de protensão;
 Transportador de dormentes;
 Caldeira geradora de vapor horizontal, óleo BPF - 1A, com capacidade de
geração de 3.210.000 kcal/h;
 Grupo gerador 310/340 kVA;
 Empilhadeira a diesel, capacidade 10 t - 100 kW;
 Ponte rolante de 10 t - vão 9,70 m;
 Central de concreto com misturador de 25 m3/h.

9.8.2. Central de Pré-Moldagem dos Blocos Artificiais de Concreto

O SICRO apresenta uma composição de custo para central de pré-moldagem dos


blocos artificiais de concreto a serem utilizados nos molhes. Os custos relacionados à
central de pré-moldagem e à área de estocagem dos blocos foram rateados no custo
direto do serviço, prevendo-se 100 reaproveitamentos.

Premissas de Dimensionamento

 Peso médio dos blocos = 10 t;


 Lançamento de blocos por dia = 9,96 x 8 = 80 unidades;
 Considerando que há tempo disponível para a fabricação dos blocos durante a
execução do molhe, admitiu-se a fabricação de 40 unidades por dia e a
estocagem aproximada de 10 dias de produção;
 Jogos de formas necessários = 20 unidades, considerando duas concretagens
por dia com a utilização de cimento de alta resistência inicial;
 Área de concretagem = 2 pistas de 70 metros para 40 blocos, cada,
intercaladas por uma faixa de circulação com 5 metros;
 Área de estocagem = 6 pistas de 200 metros para 130 blocos, cada,
intercaladas por faixas de circulação de 5 metros;
 A área total da central de pré-moldagem dos blocos artificiais de concreto foi
definida em 18.860 m2.

104
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Layout da Central de Pré-Moldagem dos Blocos Artificiais de Concreto

A Figura 24 apresenta o layout utilizado para dimensionamento da central de pré-


moldagem dos blocos artificiais de concreto utilizados como molhes.

Figura 24 - Layout da central de pré-moldagem dos blocos artificiais de concreto

Preparo da Central de Pré-Moldagem dos Blocos Artificiais de Concreto

O preparo da área de instalação da central de pré-moldagem dos blocos artificiais de


concreto exige a execução dos seguintes serviços:

 Escavação e carga de material de 1ª categoria na espessura de 20 cm e


transporte para bota-fora;
 Escavação e carga de material de jazida na espessura de 20 cm e transporte
até o local do pátio;
 Compactação de aterros a 100% do Proctor normal;
 Execução de uma camada de revestimento primário com 10 cm de espessura.

105
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.8.3. Central de Pré-Moldagem de Aduelas de Concreto

A central de pré-moldagem de aduelas de concreto utilizadas na execução de bueiros


celulares é constituída por um pátio de pré-moldagem, um pátio de armazenagem, um
barracão de armação e dois contêineres para escritório.

As operações na central de pré-moldagem ocorrem a céu aberto, excetuando-se as


atividades de armação da ferragem das aduelas. A fabricação das aduelas é otimizada
em função da produção da usina de concreto, que é fornecido por caminhão betoneira
e lançado por bombeamento.

O espaçamento entre aduelas no pátio de concretagem é de 1 metro e no de


armazenagem de 0,5 metro. O pátio de armazenagem é dimensionado para atender
a produção diária da central de concreto com produção útil de 24,9 m3/h e de forma a
ter a capacidade de estocagem para pelo menos cinco dias de produção.

A ferragem é transportada totalmente montada, desde o barracão de armação até o


local de concretagem, que é realizada a cada 24 horas. A central de pré-moldagem
deve prever ainda duas empilhadeiras, sendo uma para o transporte da armação e
outra para auxiliar o transporte das aduelas prontas até o local de armazenagem.

Para colocação e retirada das formas e para posicionamento das aduelas para a
empilhadeira realizar o transporte ao local de armazenagem foi prevista a utilização
de um pórtico rolante com capacidade de 25 toneladas.

Todas as aduelas possuem dois furos nas faces superiores e inferiores para retirada
das formas metálicas e para o posicionamento com guindaste no local da obra. Os
furos são obtidos por meio da colocação de tubos galvanizados de 20 mm nas formas,
os quais são retirados após a desforma.

O transporte das aduelas, do local de armazenagem ao local da obra, é realizado por


meio de cavalo mecânico com semi-reboque com a capacidade de 35 toneladas. A
carga das aduelas nos cavalos mecânicos é realizada por caminhão carroceria com
guindauto com capacidade de 10 toneladas.

Preparo do Local de Fabricação das Aduelas

O preparo do local destinado à fabricação de aduelas de concreto para bueiros


celulares exige a execução dos seguintes serviços:

 Escavação e carga de material de 1ª categoria na espessura de 20 cm e


transporte para bota-fora;
 Escavação e carga de material de jazida na espessura de 20 cm e transporte
até o local do pátio;
 Compactação de aterros a 100 % do Proctor normal;
 Execução de uma camada de revestimento primário com 10 cm de espessura.

106
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

Layout da Central de Pré-Moldagem de Aduelas de Concreto

A Figura 25 apresenta o layout utilizado para dimensionamento da central de pré-


moldagem de aduelas de concreto.

Figura 25 - Layout da central de pré-moldagem das aduelas de concreto

107
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.9. Fator de Mobiliário e Aparelhagem (k2)

Os custos relacionados ao mobiliário e às aparelhagens dos laboratórios podem ser


obtidos pelo detalhamento dos dispositivos e realização de cotação local de preços
ou estimados em função do Fator de Mobiliário e Aparelhagem (k2), definido por
natureza e porte das obras, conforme valores apresentados na Tabela 58.

Tabela 58 - Fator de mobiliário das instalações dos canteiros tipo

Canteiros de Obras k2

Construção e restauração rodoviária de pequeno ou médio porte 1,05

Construção e restauração rodoviária de grande porte 1,04

Conservação rodoviária 1,13

Construção ou recuperação, reforço e alargamento de obras de


1,06
arte especiais de pequeno porte

Construção ou recuperação, reforço e alargamento de obras de


1,04
arte especiais de médio ou grande porte

Construção ferroviária 1,05

9.10. Fator de Ajuste da Distância do Canteiro aos Centros Fornecedores (k3)

O detalhamento dos orçamentos dos canteiros fixos permitiu ainda a identificação das
variações de custos associadas ao aumento da distância de transporte entre o
canteiro de obras e os centros fornecedores dos insumos para sua instalação. Os
orçamentos de calibração foram elaborados prevendo-se a diferenciação da condição
do pavimento, a saber: terreno natural, revestimento primário e rodovia pavimentada.

Durante a elaboração do projeto, deve-se identificar a localidade com condições


mínimas de atender às necessidades de insumos para instalação dos canteiros. Caso
essa distância seja superior a 50 quilômetros, parâmetro este também adotado como
referência mínima para a mobilização dos equipamentos e pessoal, deve-se justificar
tecnicamente o parâmetro adotado.

A Tabela 59 apresenta as equações obtidas pela calibração dos orçamentos de


referência em função da variação da distância do canteiro aos centros fornecedores
(DT), em função da diferenciação da condição do pavimento.

Tabela 59 - Fatores de ajuste da distância do canteiro aos centros fornecedores

Condição do Pavimento
Fator de Ajuste da
Distância do Canteiro aos
Centros Fornecedores Revestimento Rodovia
Leito Natural
Primário Pavimentada

Fator k3 1 + 0,0014 x DT 1 + 0,0009 x DT 1 + 0,0008 x DT

108
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.11. Cálculo do Custo de Instalação dos Canteiros de Obras

A metodologia proposta para definição dos custos de referência para instalação dos
canteiros de obras no padrão provisório e permanente pode ser sintetizada por meio
da seguinte equação matemática:

CCO = [(k1 x k2 x k3 x ∑ AC x FEAC ) + (∑ AD x FEAD )] x CMCC + CII

onde:

CCO representa o custo total do canteiro de obras e de suas instalações industriais;


k1 representa o fator de ajuste do padrão de construção (provisório ou permanente);
k2 representa o fator de mobiliário;
k3 representa o fator de ajuste da distância do canteiro aos centros fornecedores;
AC representa as áreas das edificações consideradas cobertas e com vedação lateral;
FEAC representa os fatores de equivalência de áreas cobertas das instalações;
AD representa as áreas descobertas ou sem vedação lateral;
FEAD representa o fator de equivalência de áreas descobertas;
CII representa o custo específico das instalações industriais;
CMCC representa o custo médio da construção civil por metro quadrado, calculado
pelo IBGE e divulgado pelo SINAPI mensalmente e por unidade da federação.

Para as instalações de canteiro com previsão exclusiva de contêineres, como as obras


de conservação rodoviária, deve-se aplicar a seguinte equação matemática:

n=∞

CCC = [(k2 x k3 x ∑ QCn x CCn) + (∑ AT x FEAT ) x CMCC]


n=1

onde:

CCC representa o custo total do canteiro de obras exclusivamente em contêiner;


k2 representa o fator de mobiliário;
k3 representa o fator de ajuste da distância do canteiro aos centros fornecedores;
QCn representa a quantidade de contêineres propostas no canteiro;
CCn representa o custo dos contêineres;
AT representa a área total do terreno;
FEAT representa o fator de equivalência de áreas totais;
CMCC representa o custo médio da construção civil por metro quadrado.

109
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

9.12. Aplicação da Metodologia

Exemplo 01

Projeto de construção de rodovia em pista simples com lote de 50 km de extensão e


previsão de 02 anos (24 meses) para conclusão das obras.

Premissas:

 As soluções de projeto apontam para a necessidade de instalação de central


de britagem, de usina de solos e de usina de asfalto;
 O ente responsável pela elaboração do projeto não detalhou as instalações do
canteiro de obras mas indicou o padrão provisório de construção;
 O projeto prevê a construção de uma obra de arte especial de 180 metros de
extensão a ser executada, conforme cronograma de obras, em 12 meses;
 Custo total estimado da obra (sem BDI) = R$ 100.000.000,00;
 Mão de obra ordinária média no período do empreendimento = 189
(funcionários/mês);
 Mão de obra parcela fixa da administração local = 26 (funcionários/mês);
 Mão de obra parcela vinculada da administração local = 15 (funcionários/mês);
 Mão de obra parcela variável da administração local = 21 (funcionários/mês);
 Distância entre o canteiro e a cidade mais próxima = 30 km (leito natural);
 Unidade da federação: Rio de Janeiro;
 Mês-base: Setembro de 2016.

a) Classificação da Obra

Obra de construção rodoviária de médio porte (25 km/ano)

Obra de construção de obra de arte especial de médio porte (180 m/ano)

Em análise ao quadro de serviços e quantidades, observa-se que a construção


desta obra de arte especial não constitui o objeto principal do projeto,
caracterizando-se apenas como mais um item de serviço.

Neste caso, a construção dessa obra de arte especial resultará apenas na


necessidade de se complementar as áreas das instalações de referência do
canteiro de obras da construção rodoviária de médio porte.

110
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

b) Caracterização da Mão de Obra


Consoante às recomendações constantes do Item 9.4 - Quantidade de
Funcionários nos Canteiros desse volume do Manual de Custos, deve-se aplicar o
coeficiente de 1,33 sobre a mão de obra ordinária e a parcela variável da
administração local para determinação da quantidade máxima de funcionários/mês
envolvidos no ápice do empreendimento.

 Número de funcionários da mão de obra ordinária no mês de pico (NMO)


NMO = 1,33 x 189 = 251 funcionários/mês;
 Número de funcionários da parcela variável no mês de pico (NPV)
NPV = 1,33 x 21 = 28 funcionários/mês;
 Número de funcionários da parcela fixa da administração local (NPF)
NPF = 26 funcionários/mês;
 Número de funcionários das parcelas fixa e vinculada (NPF-V)
NPF-V = 41 funcionários/mês;
 Número de funcionários alojados no canteiro (NFA)
NFA = (26 + 15) + (21 + 190) / 2 = 146 funcionários/mês;
 Número máximo de funcionários (NMAX)
NMAX = 320 funcionários/mês.

c) Fator do Padrão de Construção (k1)

Padrão de construção provisório → k1 = 0,8

d) Fator de Mobiliário e Aparelhagem (k2)

Obra de construção rodoviária de médio porte → k2 = 1,05


Obra de construção de obra de arte especial de médio porte → k2 = 1,04

e) Fator de Distância do Canteiro aos Centros Fornecedores (k3)

Terreno natural → k3 = 1 + 0,0014 x 30 = 1,042

f) Custo Médio da Construção Civil (CMCC)

Unidade da federação: Rio de Janeiro


Mês-base: Setembro de 2016
CMCC = R$ 1.240,70 (sem desoneração da folha de pagamento)

111
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Volume 07 - Canteiros de Obras

g) Canteiro Principal - Construção rodoviária de médio porte


g.1) Dimensionamento das Áreas Variáveis
Tabela 60 - Dimensionamento das áreas variáveis

Instalações Cobertas Equações de Dimensionamento Área (m2)

Escritório e seção técnica AE-ST = 57,95 + 4,5 x NPF 174,95

Refeitório e cozinha AR-C = 1,55 x 50% NMAX 248,00

Alojamentos AAL = 3,11 x 50% (NMO + NPV) 433,85

Banheiros e vestiário AB-V = 0,77 x (NMO + NPV) 214,83

Ambulatório AAMB = 0,25 x NMAX 80,00

Área de recreação AAR = 1,5 x 50% NFA 109,50

Residências ARES = 8,46 x NPF-V 346,86

g.2) Áreas Fixas de Referência do Canteiro Principal


Tabela 61 - Áreas fixas de referência do canteiro principal
Áreas de
Instalações Unidade
Referência
Almoxarifado m² 152,66

Depósito de cimento m² 121,00

Oficina m² 337,86

Topografia m² 42,08

Guarita m² 6,10

g.3) Fatores de Equivalência de Áreas


 Áreas Cobertas
Tabela 62 - Áreas cobertas do canteiro principal
Áreas de Áreas
Instalações Unidade FEAC (%)
Referência Equivalentes
Escritório e seção técnica m² 174,95 70 122,47
Refeitório e cozinha m² 248,00 70 173,60
Alojamentos m² 433,85 70 303,69
Banheiros e vestiário m² 214,83 70 150,38
Ambulatório m² 80,00 60 48,00
Área de recreação m² 109,50 50 54,75
Residências m² 346,86 70 242,80
Almoxarifado m² 152,66 50 76,33
Depósito de cimento m² 121,00 50 60.50
Oficina m² 337,86 50 168.93
Topografia m² 42,08 60 25.25
Guarita m² 6,10 70 4,27
Total 2.267,69 1.430,97

112
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Volume 07 - Canteiros de Obras

 Áreas Descobertas

Área total de referência do terreno = 2.267,69 / 0,40 = 5.669,23 m2


Áreas descobertas = 5.669,23 - 2.267,69 = 3.401,54 m2
FEAD = 5,00%

g.4) Custo Total de Referência do Canteiro Principal (CCP)

CCP = [(0,8 x 1,05 x 1,042 x 1.430,97) + (3.401,54 x 0,05)] x R$ 1.240,70


CCP = [1.252,50 + 170,08] x R$ 1.240,70
CCP = R$ 1.764.995,01

h) Canteiro Complementar - Construção de obra de arte especial de médio porte

As áreas variáveis referentes ao escritório, seção técnica, refeitório, cozinha,


alojamentos, banheiros, vestiário, ambulatório, área de recreação e residências do
canteiro principal já foram dimensionadas levando-se em consideração o número
de funcionários envolvidos na construção da obra de arte especial, razão pelo qual
não se justifica qualquer inclusão destas instalações no canteiro complementar.

A construção desta obra de arte especial resulta na necessidade de complementar


apenas as áreas fixas do canteiro principal. Em função da construção da referida
ponte não se caracterizar como objeto principal do projeto, julga-se coerente reduzir
em 50% as áreas fixas de referência das instalações de canteiro de obra de arte
especial de médio porte, excetuando-se a guarita.

h.1) Áreas Fixas de Referência do Canteiro Complementar

Tabela 63 - Áreas fixas de referência do canteiro complementar


Áreas de
Instalações Unidade
Referência
Almoxarifado m² 62,88

Depósito de cimento m² 122,68

Oficina m² 49,49

Topografia m² 20,32

Guarita m² 6,10

113
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 07 - Canteiros de Obras

h.2) Fatores de Equivalência de Áreas

 Áreas Cobertas

Tabela 64 - Áreas cobertas do canteiro complementar


Áreas de Áreas
Instalações Unidade FEAC (%)
Referência Equivalentes
Almoxarifado m² 62,88 50 31,44

Depósito de cimento m² 122,68 50 61,34

Oficina m² 49,49 50 24,75

Topografia m² 20,32 60 12,19

Guarita m² 6,10 70 4,27

Total 261,47 133,99

 Áreas Descobertas

Área total de referência do terreno = 261,47 / 0,35 = 747,06 m2


Áreas descobertas = 747,06 - 261,47 = 485,59 m2
FEAD = 5,00%

h.3) Custo Total de Referência do Canteiro Complementar (CCC)

CCC = [(0,8 x 1,04 x 1,042 x 133,99) + (485,59 x 0,05)] x R$ 1.240,70


CCC = [116,16 + 24,28] x R$ 1.240,70
CCC = R$ 174.243,91

i) Canteiros das Instalações Industriais

No caso específico do projeto em questão, a localização proposta, as distâncias


envolvidas e o fluxo de insumos no canteiro de obras e nas instalações industriais,
imprescindíveis à execução dos serviços de construção rodoviária, impediram a
supressão de instalações ou otimização de áreas de referência dos escritórios,
laboratórios, refeitórios e vestiários, almoxarifados, oficinas e guaritas.

i.1) Central de Britagem

Admitindo como referência a central de britagem de 80 m 3/h, identifica-se a


necessidade de instalação de apenas um escritório de 11,18 m2 em contêiner.

 Áreas Cobertas (Contêiner)


1,05 x 1,042 x 1 x R$ 3.603,51 = R$ 3.942,60

 Áreas Descobertas

114
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 65 - Quadro de serviços da central de britagem de 80 m3/h

Custo Custo
Descrição dos Serviços Und Quantidade Unitário Total
(R$) (R$)

Locação da obra m2 2.130,00 8,48 18.062,40

Expurgo m3 1.065,00 1,77 1.885,05

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 4.260,00 0,33 1.405,80

Regularização do subleito m2 4.260,00 0,67 2.854,20

Reforço do subleito m3 852,00 8,18 6.969,36

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 63,90 100,54 6.424,51

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira


m 248,00 13,56 3.362,88
a cada 2,5 m com mourão esticador a cada 50,0 m

Montagem e desmontagem de central de britagem com


und 1,00 12.130,00 12.130,00
capacidade de 80 m³/h

Muro de contenção em concreto armado com altura de


m² 181,56 243,93 44.287,93
3,0 m, base de 2,0 m e espessura de 0,12 m

Total (R$) 97.382,13

 Custo Total de Referência da Central de Britagem

CCCB = R$ 3.942,60 + R$ 97.382,13


CCCB = R$ 101.324,73

i.2) Usina Misturadora de Solos

Admitindo como referência a usina misturadora de solos de 300 t/h, identifica-se a


necessidade de instalações de laboratório de 11,17 m2, de refeitório e vestiário de
11,17 m2 e de uma guarita de 6,10 m2, todas em contêiner.

 Áreas Cobertas (Contêineres)


1,05 x 1,042 x 2 x R$ 3.603,51 + 1,05 x 1,042 x 1 x R$ 3.365,05 = R$ 11.566,90
 Áreas Descobertas

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Volume 07 - Canteiros de Obras

Tabela 66 - Quadro de serviços da usina misturadora de solos de 300 t/h

Custo Custo
Descrição dos Serviços Und Quantidade Unitário Total
(R$) (R$)

Locação da obra m2 2.244,00 8,48 19.029,12

Expurgo m3 1.402,50 1,77 2.482,43

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 5.610,00 0,33 1.851,30

Regularização do subleito m2 5.610,00 0,67 3.758,70

Reforço do subleito m3 1.122,00 8,18 9.177,96

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 100,98 100,54 10.152,53

Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira


m 288,00 13,56 3.905,28
a cada 2,5 m com mourão esticador a cada 50,0 m

Montagem e desmontagem de usina misturadora de


und 1,00 3.699,62 3.699,62
solos com capacidade de 300 t/h

Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura


m 194,00 76,78 14.895,32
de 0,20 m

Muro de contenção em concreto armado com altura de


m² 41,28 243,93 10.069,43
3,0 m, base de 2,0 m e espessura de 0,12 m

Total (R$) 79.021,68

 Custo Total de Referência da Usina Misturadora de Solos

CCUMS = R$ 11.566,90 + R$ 79.021,68


CCUMS = R$ 90.588,58

i.3) Usina de Asfalto a Quente

Admitindo como referência a usina de asfalto a quente de 120 t/h, identifica-se a


necessidade de instalações provisórias para os laboratórios (94,36 m2), para o
almoxarifado (41,68 m2), para os refeitório e vestiário (69,38 m2) e para a oficina
(18,10 m2). Além disso, torna-se ainda necessária a instalação de escritório (9,11
m2) e guarita (6,11 m2) em contêineres.

 Áreas Cobertas

Tabela 67 - Áreas da usina de asfalto em padrão provisório de construção


Áreas de FEAC Áreas
Instalações Unidade
Referência (%) Equivalentes
Laboratórios m² 94,36 60,00 56,62

Almoxarifado m² 41,68 50,00 20,84

Refeitório e vestiário m² 69,38 70,00 48,57

Oficina m² 18,10 50,00 9,05

Total 223,52 135,07

116
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Volume 07 - Canteiros de Obras

Construções em padrão provisório - 0,8 x 1,05 x 1,042 x 135,07 x R$ 1.240,70


Contêineres - 1,05 x 1,042 x (1 x R$ 3.365,05 + 1 x R$ 5.317,52)
R$ 146.680,60 + R$ 9.499,60 = R$ 156.180,20

 Áreas Descobertas

Tabela 68 - Quadro de serviços da usina de asfalto a quente de 120 t/h


Custo Custo
Descrição dos Serviços Und Quantidade Unitário Total
(R$) (R$)
Locação da obra m2 3.296,00 8,48 27.950,08

Expurgo m3 1.648,00 1,77 2.916,96

Limpeza mecanizada da camada vegetal m2 6.592,00 0,33 2.175,36

Regularização do subleito m2 6.592,00 0,67 4.416,64

Reforço do subleito m3 1.318,40 8,18 10.784,51

Lastro de brita comercial com espalhamento mecânico m3 98,88 100,54 9.941,40


Cerca com 4 fios de arame farpado e mourão de madeira
m 288,00 13,56 3.905,28
a cada 2,5 m com mourão esticador a cada 50,0 m
Plantio de mudas arbustivas com porte de 50,0 cm em
und 36,00 55,22 1.987,92
covas de 0,40 x 0,40 x 0,40 m
Rampa de lavagem m² 59,90 263,81 15.802,22

Sistema separador de água e óleo und 1,00 1.077,50 1.077,50

Posto de combustível und 1,00 20.088,34 20.088,34


Montagem e desmontagem de usina de asfalto a quente
und 1,00 20.242,21 20.242,21
com capacidade de 120 t/h
Muro em alvenaria de blocos de concreto com espessura
m 152,00 76,78 11.670,56
de 0,20 m
Depósito de óleo und 1,00 7.779,42 7.779,42
Muro de contenção em concreto armado com altura de
m² 181,56 243,93 44.287,93
3,0 m, base de 2,0 m e espessura de 0,12 m
Dique de contenção m² 324,00 57,61 18.665,64

Total (R$) 203.691,97

 Custo Total de Referência da Usina de Asfalto a Quente

CCUAQ = R$ 156.180,20 + R$ 203.691,97 = R$ 359.872,17

j) Custo Total de Referência do Canteiro de Obras

CCO = CCP + CCC + CII


CCO = CCP + CCC + CCCB + CCUMS + CCUAQ
CCO = R$ 1.764.995,01 + R$ 174.243,91 + R$ 101.324,73 + R$ 90.588,58
+ R$ 359.872,17
CCO = R$ 2.491.024,40

117
.

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