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8° Aula - Corrente Galvânica

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Profa.

Patrícia Pereira Alfredo


• Utilização da corrente contínua com finalidades
terapêuticas

t
 Movimentos de carga de mesmo sinal se
deslocam no mesmo sentido, com uma
intensidade constante.

- +
Ions +

Íons -
 1786 Luigi Galvani estimulou o nervo e músculo
de Rãs com carga elétrica;
▪ Trabalho publicado em 1791

IMPULSO À EXPERIMENTAÇÃO CIÊNTIFICA NESSA ÁREA

Humboldt denominou a corrente constante de Galvânismo

Passaram a ser amplamente usadas terapeuticamente e ainda


mais extensivamente para introduzir medicamentos nos
tecidos corporais (IONTOFORESE)
Galvanização:

 Uso terapêutico da corrente galvânica, utilizando-se


exclusivamente os efeitos polares por ela promovidos

 Os tecidos biológicos apresentam grande quantidade de


íons + e – dissolvidos nos líquidos corporais, que podem
ser colocados em movimento ordenado por um campo
elétrico polarizado aplicado na superfície da pele

 Consequências químicas e físicas


• Dissociação Iônica
 Dissociação iônica:

– É o fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em


diferentes compostos químicos;
– Pólo positivo: atrai íons negativos e repele íons
positivos;
– Pólo negativo: atrai íons positivos e repele íons
negativos;
(Eletroforese)
Eletrodo negativo (cátodo): os íons ganham elétron do
eletrodo (redução)

Eletrodo positivo (ânodo): os íons doam elétrons para


o eletrodo (oxidação)
– No pólo (+): irá ocorrer uma reação ácida ( PH) –
Ácido Clorídrico (HCl), com liberação de oxigênio–
Necrose de coagulação;

– Pólo (-): vai ocorrer reação básica ( PH) - Soda


Cáustica (NaOH), com liberação de hidrogênio e
necrose de liquefação;
 Necrose de liquefação: apresenta a área necrótica de
consistência mole

 Necrose de coagulação ou isquêmica: desnaturação da


maioria das proteínas celulares devido à queda
acentuada no pH celular durante o processo de lesão
por hipóxia ou isquemia.
 A concentração destas substâncias (ácidos ou bases)
podem alcançar níveis lesivos para os tecidos na área
sob os eletrodos

 A queimadura química resulta da formação de hidróxido


de sódio sob o polo negativo
 Endosmose
– É o deslocamento de partículas fluidas em direção
ao cátodo (-);
– Drenagem de edemas.
 Variação do Eletrotônus
- Modificações elétricas locais produzidas pela corrente
elétrica no potencial de repouso das membranas
celulares
- A membrana em repouso apresenta eletronegatividade
interna em relação ao meio externo
 Variação do Eletrotônus

– Aneletrotônus (+): a corrente anódica faz com que a


fibra fique mais resistente à excitação do que o normal.
(< permeabilidade da membrana ao sódio)

Deprimindo a excitabilidade = alívio da dor.

– Cateletrotônus (-): a corrente catódica excita a fibra.


(> permeabilidade da membrana ao sódio do que o
normal)
 Alteração da Permeabilidade:

– Ânodo (+): a membrana está tensa, menos


permeável – Hiperpolarização

– Cátodo (-): a membrana está mais relaxada, mais


permeável - Hipopolarização
+++ +++
+++ +++
++++++++++
++++++++++
++++++++++++++++++++++++++++
-------------------------
- A positividade externa da membrana aumenta =
aumenta o limiar de ativação = ↓ Excitabilidade
- Hiperpolarização
--- ---
----- ---
-- - - - - - - - - - - -
------------
++++++++++++++++++++++++++++
-------------------------
A positividade externa da membrana diminui =
diminui o limiar de ativação = ↑ Excitabilidade
Hipopolarização
 Aumento do Fluxo Sanguíneo (vasodilatação) sob
os eletrodos:

 Hiperemia local: permanece por 20 min.


– Maior nutrição tecidual local;
– Maior oxigenação;
– Maior aporte de células de defesa;
– Facilitação da reparação tecidual.
– Aumento da temperatura
 Produção de Calor:
 Quando a corrente galvânica flui pelos tecidos ocorre um
pequeno aquecimento (2-3°C):
 Pelas reações químicas;
 Vasodilatação ativa;

 O calor gerado está relacionad0 com:

Calor gerado (Q) = Amplitude (i2). Resistência (R). tempo (t)


 Efeito Bactericida:
 Alteração do PH local.

 Efeito Analgésico:
 Modula a dor através da teoria das comportas;
 Hiperemia ajuda a remover fatores que induzem a
dor.
 Acelera a cicatrização:
 Melhora a qualidade do tecido na reparação;
Fraturas (efeito piezoelétrico);
Ulceras dérmicas isquêmicas;
Indução fibroblastica e aumenta a velocidade das sínteses de
proteína;
Polaridade: Eletrodo Negativo (3 primeiros dias) – inverte a
polaridade (4-7 dia);

“Poucas referências sobre o assunto, baixa aplicação clínica”

Brown et al.,1988; Weiss et al.,1990; Feedar et al.,1991; Brighton et al.,1981


• Pólo Positivo • Pólo Negativo
– Reação ácida (HCl) – Reação alcalina (NaOH)
– Atrai e libera oxigênio – Atrai e libera hidrogênio
– Menos vasodilatador – Vasodilatador
– Desidrata os tecidos – Hidrata os tecidos
– Endurece os tecidos – Amolece os tecidos
– Provoca coagulação – Liquefaz os tecidos
– Analgésico – Estimulante
 Silicone;
 Auto-adesivo.
 Dosagem = i . tmin
40 a 80 mA.minutos
 Leve sensação de formigamento / pontadas;

Leve irritação ou coceira


 Introdução de íons ativos através da pele, por
meio de uma corrente contínua, com objetivos
terapêuticos.

 Alternativa para as outras vias de administração.


▪ Injeção X ingestão
Pólo Positivo - repele íons positivos

Pólo Negativo - repele íons negativos

-Experiência com o coelho utilizando Estricnina (-);

Foi apontado como o criador!


 Ishihashi (1936) observou que a sudorese
excessiva das palmas (hiperidrose) podia ser
reduzida com a transferência de íons de soluções
medicamentosas por meio das técnicas
iontoforéticas.
-Eletrodo Ativo área alvo

-Eletrodo Dispersivo ou Passivo afastado


 O eletrodo de tamanhos iguais.

▪ O negativo é mais irritante (NaOH) pela alta concentração


de íons de Hidrogênio e a velocidade de reação;
 O medicamento deve ser dissolvido em água
ou gel e colocado entre o eletrodo ativo e a
pele do paciente.

 Em relação à concentração da substância:


▪ Baixas concentrações têm apresentado melhores
resultados.
- 1 a 3 %.
• Associação de 2 medicamentos de mesma
polaridade

Competição iônica pela corrente

Diminuição da penetração de um ou ambos


 “A quantidade de íons é diretamente
proporcional à intensidade da corrente e ao
tempo de aplicação.”

 Deve-se levar em conta a tolerância do


paciente e a polaridade do eletrodo
 A pele exerce resistência a passagem da
corrente

 Folículos pilosos e as glândulas sudoríparas


apresentam menor resistência a passagem.
 Diminuição dos efeitos colaterais sistêmicos;
 Ação local do medicamento;
 Ação mais efetiva e prolongada do
medicamento na região;
 Atuação profunda também.

O’Malley e Oester, 1955


 Concentração do fármaco – 1 a 3%;
▪ Diluição em água (deionizada).
 Intensidade: 0,1 mA/cm² (eletrodo);
 Tempo: 6 min (ideal) – 12 min.
 Edema;
▪ Banho galvânico / posicionamento.
 Reparação tecidual;
 Analgesia;
 Antiinflamatório;
 Antibiótico;
 Amolecimento de aderências;
 Vasodilatação;
 Hiperidrose
 Relaxamento e estimulação.
 História de reação adversa ao medicamento ou
condições em que a substância seja contraindicada.

Ex: Corticoesteróides na gravidez.

 Respeitar também as mesmas restrições em relação ao


uso da corrente elétrica.
▪ Tórax, mediastino, alt. Sensibilidade, olhos, pescoço,
gônadas, tecidos infectados, tumores, região anterior de
pescoço.
 Queimaduras
 Químicas:
▪ Concentração excessiva de NaOH (-);
▪ Lesão rósea (imediatamente) – ferida mole e acinzentada (tardia).
 Calor:
▪ Alta resistência da pele, falta de umidade no eletrodo,
erros na coaptação do eletrodo, pressão sobre o
eletrodo (isquemia local);
 Reação alérgica (fármaco)
 Avaliação da região aplicada;
 Limpar a região;
 Escolha do medicamento;
 Tipo de eletrodo;
 Eletrodo Ativo / dispersivo (polaridade, tamanho do
eletrodo);
 Colocação do eletrodo, meio de contato (esponja),
estabilização e técnica de colocação;
 Aplicação;
 Monitorizarão dos sinais.
Íons mais comumente utilizados em Iontoforese, incluindo a fonte mais conveniente do íon,
polaridade do íon, indicações e concentrações.

Íon Fonte Polaridade Indicações Concentração (%)

Acetato Ácido Acético Negativa Depósitos de Cálcio 2,5 - 5


H3CCOOH
Cloreto Cloreto de Sódio Negativa Aderências, Amolecimento de cicatrizes 2
NaCl
Cobre Sulfato de Cobre Positiva Infecção Fúngica Ex. Pé de atleta 2
CuSO 4
Dexametasona Decadron Positiva Inflamações Muscúlo Esqueléticas 0,4
DexNa2 PO3
Hyaluronidase Wyadase Positiva Redução de Edema

Magnésio Sulfato de Magnésio Positiva Relaxamento muscular, Vasodilatação


MgSO4
Salicilato Salicilato de Sódio Negativa Inflamação 2
NaSal
Xilocaína Xilocaína Positiva Analgesia Local 5

Zinco Óxido de Zinco Positiva Úlceras Cutâneas, Feridas


ZnO2
 Eletroterapia Explicada – Princípios e prática.
 John Low e Ann Reed – Ed. Manole.
 Princípios e Prática de Eletroterapia.
 Joseph Kahn – Ed. Santos.
 Fisioterapia Dermato-Funcional.
 Elaine Guirro e Rinaldo Guirro – Ed. Manole.
 Eletroterapia Prática Baseada em Evidências.
 Sheila Kitchen – Ed. Manole.

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