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O Evangelho de João
O Evangelho de João
O Evangelho de João
João
Leitura do capítulo 01 versos 1 a 4.
Sumário:
o Introdução;
o Autor;
o Quando;
o Propósito;
o Peculiaridades;
o Milagres;
o As afirmações de Jesus;
o O porquê;
o As defesas de João e as ameaças à verdade;
o A teologia joanina
João escreve um evangelho universal, tanto para judeus como para gentios.
João não foca em um grupo especifico.
A grande tese é provar que Jesus é o Filho de Deus, e que você tendo fé
nele, você será salvo.
Autor:
Nos evangelhos não existem autores definidos no texto.
Há uma dedução de que seja João o apostolo de Jesus.
Os pais da igreja unanimente confirmam a autoria.
Filho de Zebedeu, irmão de André/Tiago.
Empresário de pesca. Filho de Salomé. Algumas ideias de que Salomé seria
parente de Maria.
Dos discípulos, um dos mais próximos.
3 ocasiões:
Transfiguração
Ressureição da filha de Jairo
Jardim do Getsemani.
Dos mais próximos ele ainda era o discípulo amado, que reclinou no peito.
O de maior intimidade. Prova disso é que ele foi o único a participar do
momento de agonia.
Dois foram a casa do sumo sacerdote. Pedro nega. Joao fica.
Não abandonou na crucificação.
O único a quem Jesus confiou a sua mãe. Provavelmente José já estava
morto.
Os irmãos de Jesus ainda não criam nele.
Gl 2:9 - Se transforma em importante líder da igreja de Jerusalém, junto
com Pedro e Tiago irmão de Jesus. Não o apostolo, pois este fora morto por
Herodes (atos 12)
Ministério muito próximo a Pedro.
João se transfere para Éfeso, capital da província da Ásia Menor. Esta se
tornou maior que Jerusalém e Antioquia.
O único que não foi morto pelo martírio. [Paulo foi degolado. Pedro
crucificado de cabeça para baixo].
Foi exiliado à Patmos. Onde escreve o apocalipse e este evangelho.
Quando:
Por volta do ano 90 e 96 d.C. período em que foi deportado para Patmos
por Domiciano. Este foi o último evangelho a ser escrito.
Propósito:
Capítulo 20:31
1) Apologético: Para que as pessoas venham a crer que Jesus é o Filho
de Deus;
2) Evangelístico: Para que crendo tenha vida em seu nome.
Peculiaridades:
a) 90% do que está nele, não está em nenhum dos demais evangelhos.
Ex.
Lava pés;
Discurso do Cenáculo (13, 14, 15 e 16);
Oração sacerdotal (17);
(21) A restauração de Pedro, a pesca maravilhosa;
Milagres:
Bodas de Caná;
Cura do oficial romano;
Paralitico de Betesda;
Multiplicação de pães;
Jesus caminha sobre o mar (registrado pelos 4);
Cura do cego de nascença (9);
Ressurreição de Lázaro.
As afirmações de Jesus:
João reúne também, devido ao seu proposito de provar que Jesus é o
Filho de Deus, propositalmente sete ocasiões onde Jesus usa a
expressão máxima: EU SOU O QUE SOU (a primeira vez que
aparece na Bíblia é na sarça ardente).
Por quê:
Eles lutavam contra a heresia do Gnosticismo.
Gnose significa conhecimento, mistura do judaísmo com filosofia grega. Só
conhecia Deus, através do conhecimento exotérico, para poucos
iluminados.
Eles afirmavam que a matéria era má, e o espírito bom. (confrontava as
teses bíblicas - criação, encarnação e a ressurreição);
Ainda no seio do Gnosticismo surgiu a heresia do Docetismo: O Cristo
veio sobre Jesus histórico no batismo, e se foi na crucificação. Por isso
João enfatiza que Jesus veio sim em carne, no meio de nós.
Teologia de João:
1) O verbo de Deus:
A introdução deste evangelho é uma declaração fantástica sobre Jesus. É
notório o propósito de João começar com a expressão “no princípio”, como
ocorre em Gênesis 1.1, esclarecendo a participação de Cristo na criação (Jo
1:1-3).
O evangelista utilizou a expressão grega “logos”, que normalmente é
traduzida por “verbo” ou “palavra”.
João vinculou o termo “logos” a Jesus para declarar que ele é Deus (Jo
1:1), que é preexistente, ou seja, existe antes de todas as coisas e que
finalmente, encarnou-se e veio ao mundo para revelar a glória do Pai (Jo
1:14,18).
A teologia do logos joanino descreve o amor incondicional de Cristo,
porque Ele deixou os céus para pagar o alto preço pela nossa salvação (Fp
2.5-8).
2) O novo nascimento:
O Evangelho em estudo é caracterizado por diálogos emocionantes entre
Jesus e alguns personagens, entre eles Nicodemus, um fariseu renomado na
sociedade da época (Jo 3.1). Jesus deixou bem claro a Nicodemus que
ninguém pode entrar no Reino de Deus sem nascer de novo, o que implica
uma mudança completa de mentalidade e de ações.
Deste diálogo sobressaem algumas verdades: a primeira é que nem todas as
pessoas entrarão no Reino de Deus.
A segunda verdade é que a observância da Lei, por si só é insuficiente para
gerar um novo nascimento, porque dEle provém da ação do Espírito Santo.
Aquele que convence o ser humano dos seus pecados, da justiça, do juízo
de Deus (16:8).
Por último, a entrada no Reino de Deus está condicionada ao fato de
sermos filhos de Deus, o que só acontece quando recebemos e obedecemos
a Jesus Cristo (1:12).
3) O cristão e o mundo:
A oração sacerdotal como é normalmente chamada, está descrita no
capítulo 17 de João. Nela, Jesus pede ao Pai que livre seus discípulos do
mal que está presente no mundo, apesar de não os tirar do mundo (17.15).
Este é um pedido que exige um olhar cuidadoso.
A palavra mundo, no NT, tem varia conotações, entre elas a humanidade
pela qual Jesus se entregou (3:16), a obra criada por Deus (17.24) ou um
sistema pecaminoso e passageiro (2:16,17).
Na oração sacerdotal temos dois sentidos para mundo. Ele representa um
sistema maligno, que influencia a cultura, a política, a economia, a moda.
Neste sentido, o evangelista João afirma que “o mundo jaz no maligno” (I
Joao 5:19) e que o cristão “não deve amar o mundo” (I Joao 2:15).
Pelo contrário vemos que o padrão mundano se opõe aos ensinos da
Palavra e ao testemunho dos filhos de Deus (Jo 17.4), porque eles andam
na contramão do mundo. Também entendemos “mundo” como o lugar
onde Jesus nos envia para fazermos a diferença e glorificarmos o nome do
Pai com o nosso bom testemunho (João 17.18).
Sintetizando, o cristão autêntico é aquele que está no mundo, mas ao
mesmo tempo não é do mundo, ou seja, não absorve para si os padrões
típicos de quem vive no mundo.
4) A maior marca do discípulo:
É muito comum identificarmos a marca de um carro, de uma roupa
ou de calçado apenas pelo símbolo, não é mesmo?
Isto nos leva à seguinte indagação: o que pode levar alguém a nos
reconhece como discípulos de Jesus em meio aos que não são?
Jesus nos ensina que a árvore é conhecida pelos seus frutos, sendo o
amor o maior deles (7:20).
**ler Joao 13:35