#2 - Mercy - M.N. Forgy
#2 - Mercy - M.N. Forgy
#2 - Mercy - M.N. Forgy
M. N. Forgy
#2 Mercy
Data: 04/2017
~2~
SINOPSE
~3~
A SÉRIE
~4~
JILLIAN
~5~
Toco o sangue seco na calça do uniforme, exalando um sopro de
ar. Visões do corpo do meu pai envolto em meus braços voltam.
Seu cabelo escuro sopra com a brisa vinda da janela, sua pele
bronzeada se destacando contra suas roupas. Ele parece tão enorme
sentado atrás do volante, o topo de sua cabeça roçando o teto do carro,
a largura do seu corpo maior do que o assento. Ele é todo músculo, e
cada músculo é maravilhosamente mal.
~6~
— Há uma caminhonete que podemos pegar. — Zeek aponta em
direção a um velho Chevy branco estacionado na frente de um celeiro,
ao lado de uma casa de dois andares no lado da estrada.
~7~
Cruzando meus braços, me afasto dele. Lágrimas derramam dos
meus olhos, e eu mordo a bochecha para não soluçar. Sua mão quente
agarra meu queixo, dedos cavando em meu rosto, me forçando a olhar
para ele. Meus lábios abrem por conta própria, querendo buscar
conforto nos lábios fortes de Zeek, o que é estúpido, considerando as
circunstâncias.
Seu tio. Aquele que é o cérebro por trás de tudo o que deu errado
entre nós. Supostamente ele estava ensinando a Zeek uma lição por
dormir comigo, então mandou Zeek matar meu pai. Abrindo um abismo
entre nós. Zeek diz que não saber que era meu pai a quem tinha que
atirar, mas não me faz sentir menos responsável por tudo o que
aconteceu. Se eu não tivesse escutado meu corpo, estaria em casa com
Jinx no meu sofá agora. Jinx, meu gato, que está em casa sem ninguém
para alimentá-lo. Raiva se instala em meus membros quando percebo
que Zeek realmente me tirou tudo.
— Seu tio? Você está falando sério? Você age como se eu devesse
ter medo dele, mas ele não foi aquele que puxou o gatilho para minha
família, Zeek, foi você! Não foi ele que me trouxe contra a minha
vontade, foi você! — o empurro no peito.
— Eu te salvei.
~8~
nossa confiança se desvaneceu como areia do deserto escorrendo por
entre meus dedos. Se foi com o vento.
Ele projeta sua cabeça, transmitindo que ele quer que eu entre
pelo outro lado.
Não vou. Eu não vou violar a lei. Eu sou a lei pelo amor de Deus.
Independentemente do que Zeek acha.
Merda!
— Jillian!
~9~
Corro para a noite, não me importando onde isso me leva.
Lágrimas brotam dos meus olhos, porque eu sei que, fazendo isso,
mostrei a Zeek que não confio nele. Estou nos declarando oficialmente
terminados. Mas isso é porque nós estamos.
Torcendo meu corpo, chuto a parte de trás de seu joelho, e ele cai
no chão. Encaixando na posição vertical, jogo o punho direito na sua
mandíbula, um estalo alto soa vindo da minha mão por causa do
contato. Ele grita e tenta agarrar a minha mão, mas erra. Ficando em
pé, levanto uma perna pronta para chutá-lo no peito e ele o agarra,
torcendo-o, fazendo-me virar e cair no chão, solto às mãos pela primeira
vez. Rolo e puxo a minha arma. Eu deveria tê-la pego muito antes disso,
e lhe ordenado a parar a porra do carro. Eu não fiz porque não tinha me
ocorrido até agora que ele não ia me deixar ir.
~ 10 ~
Abaixando a arma disparo uma rodada de advertência no chão, ao
lado de seus pés. Ele não parece perturbado.
— Só porque você tem bolas, não significa que as minhas não são
maiores.
~ 11 ~
— Eu te dei trinta segundos para ter o seu acesso de raiva. Agora,
esta pequena charada, — uma careta estraga seu rosto, ele gesticula
entre nós com uma das armas, — acabou.
Seus passos ficam cada vez mais longe, e esperança enche meu
peito que ele só vai desistir e ir embora... mas isso é apenas por um
segundo, porque o som de botas batendo contra o chão do lado da
minha cabeça volta.
— Não.
~ 12 ~
suave do que momentos antes, aquele que diz que ele se importa se eu
me machuco ou não.
— Então, me solta.
— Você não quer ouvir? Ótimo. Nós vamos fazer do meu jeito, —
ele rosna, voltando para a caminhonete da fazenda.
Meu afeto por ele veio rápido, e foi extremamente irrealista. Veio
como um furacão, e foi inevitável. A maioria das coisas na vida que
causam o maior dano se movem sobre você desse jeito, não dando
muito aviso antes de erradicar completamente a sua vida, destruindo
tudo e qualquer coisa que você trabalhou tão duro para ter. Antes que
você perceba, o amor está empalado sua alma, alimentando parte por
parte os bad boys por quem nos apaixonamos tão estupidamente.
~ 13 ~
JILLIAN
Meu corpo salta para cima e para baixo conforme a caminhonete
corre pela estrada de terra nos arredores de Nevada. O aço frio aperta
meus pulsos dolorosamente. Eu não posso evitar, mas faço cara feia
para Zeek. Meu coração se enche de tristeza, medo e amor. Eu quero
que alguém rasgue meu peito e tire meu coração com uma faca, tire as
emoções insuportáveis que eu não posso compreender ou sentir mais.
— Ah, agora você se importa? Você não estava com uma arma
mirada em mim? — ele balança a cabeça. — Eu nunca vou entender as
mulheres. — o sarcasmo dele não passa despercebido, mas o ignoro.
Quando alguém que você gosta está ferido, aparentemente coloca seus
maus sentimentos de lado dando ao medo um lugar na primeira fila. Eu
acho que é assim que você sabe se você realmente ama alguém, se você
pode colocar suas diferenças de lado para se concentrar no bem-estar
do outro. — E, nada de hospital, não é seguro, — acrescenta ele,
puxando-me dos meus pensamentos.
— Alguém precisa dar uma olhada, Zeek, algo crítico poderia ter
sido atingido. — deslizando a manga da sua camisa para cima vejo uma
ferida de bala na carne de seu braço. Ele está sangrando profusamente.
Puxando seu braço para cima, inspeciono o ferimento de saída,
esperando ver se a bala passou direto, mas não há nada.
~ 14 ~
— Eu tenho tudo sob controle, acalme-se. Droga!
— Tem certeza?
Sabendo que não atingiu uma artéria e não está morrendo, minha
raiva inunda meu medo, e volto para o meu lado da caminhonete. Ele é
um babaca.
~ 15 ~
angustiado, jogando Zeek e eu para frente em nossos assentos
enquanto o veículo morre. O rosto de Zeek se estreita em confusão
conforme ele olha o painel.
~ 16 ~
— Você está, — tropeço em minhas palavras, não sei como lidar
com a ironia disso. — Mas meu pai, tenente Oaks, você... — eu paro,
tão confusa agora.
— Eu te disse que não sabia quem ele era para você, Jillian. Ele
era sujo. Você precisa entender isso. Você entende isso?
— Por que você tem que ser tão idiota?! — puxo as algemas para
chamar sua atenção.
Isso dói.
— Estou bem.
~ 17 ~
— Não, realmente estou bem. — a última coisa que eu quero é
usar a insígnia do clube que acabou de matou um dos membros da
minha família.
— Você está tão linda usando meu colete. — ele pisca, seus olhos
endurecendo como se não quisesse seguir por esse caminho.
— Sim, talvez.
~ 18 ~
Chegando mais perto, o motel é de uma cor azul feia, e tem dez
quartos ou menos. Parece algo saído de um filme de terror.
~ 19 ~
— Foi legal, na melhor das hipóteses, Mildred. Vamos, não se
empolgue. — o homem que eu assumo ser Donald diz, seu tom de voz
não tão alegre como o da velhinha. Eles estão saindo de um Buick
vermelho, parecendo ser modelo 1980, e indo em direção a um quarto
de motel. Ambos estão segurando barracas, e meu estômago ronca,
desta vez doendo de fome.
Por que ele iria matá-los se nem sequer nos viram? Olhando por
cima do ombro, ele me dá um olhar de advertência.
— Zeek...
~ 20 ~
de uma arma. — Oh meu Deus! — seus olhos se arregalam, e uma mão
agarra seu peito.
~ 21 ~
JILLIAN
A testa de Zeek vinca quando ele aperta a mão no meu ombro, me
empurrando para trás até que as partes de trás das minhas pernas
acertam a cama mais próxima. Aplicando pressão sobre o meu ombro,
ele me obriga a sentar em uma das camas do motel.
Que diabos?
— Tudo bem, filho, você não tem que apontar isso para nós.
Vamos ouvir o que você nos pedir, só não nos machuque. — Donald
leva sua esposa para uma das cadeiras.
Meu peito dói por Zeek estar fazendo isso com eles.
~ 22 ~
tapete manchado cor de vinho, que combina com as cortinas, e um
papel de parede descascando de tal forma que só poderia ser
comparada a uma cena de filme de terror.
— Nós estamos visitando nossa Leslie, ela é uma jovem tão boa.
— Mildred diz com alegria, e não posso deixar de desviar o olhar
perplexo cruzando meu rosto em seu comportamento alegre
considerando as circunstâncias. — Você sabe, ela foi nomeada a melhor
em sua sala. — ela balança a cabeça com entusiasmo, olhando entre
Zeek e eu. — Ela puxou isso de mim. Eu costumava ser professora. —
Donald revira os olhos com uma respiração pesada, como se Mildred
fizesse isso muitas vezes. — Meu médico me disse que eu tenho
síndrome do ninho vazio, mas eu digo que não tem nada a ver.
— Vocês dois estão com fome? Temos sobras. — ela solta a mão
de Donald, e vai em direção a Zeek com uma caixa de viagem na mão,
não se importando que ele está apontando uma arma para ela. Eu não
posso evitar, mas estreito meus olhos em estado de choque. Ela é louca.
Sinto quase dó pela pobre mulher. Olhando para Zeek, você não
pode deixar de ser afetada, ainda que ele tenha uma arma apontada
para você. O físico deste homem é uma distração para a sua natureza
violenta.
~ 23 ~
— Aqui está, querida, este tem um pouco mais. Donald nunca foi
um grande comedor. — ela deposita a caixa ao meu lado na cama. Em
pé, ela passa as mãos ao longo de seu vestido.
— Por que você está sendo tão boa para mim? — sussurro, as
palavras degolam minha garganta. Zeek os pegou e eu não fiz nada para
pará-lo, eu poderia ter feito muito mais do que eu fiz para salvar este
casal da ira de Zeek, mas não o fiz.
~ 24 ~
se estivesse visitando velhos amigos, não sequestrando duas pessoas
aleatórias com uma arma. Enquanto isso, estou aqui suando frio e
contando todas as leis que nós quebramos nos últimos dez minutos.
Sinto que vou ter um ataque cardíaco.
Olhando por cima do ombro para mim, ele faz uma carranca. —
Coma. Você precisa comer.
Estou com raiva e não quero comer. Mas estou com fome, e o
cheiro de tudo o que é que vem desta caixa não está ajudando minha
rebelião contra a demanda de controle de Zeek.
~ 25 ~
derivam para Zeek, esperando seu rosto transmitir um olhar de ‘eu te
avisei’. Isso não acontece, porém, seu rosto é sincero, as sobrancelhas
estreitam com preocupação.
— Eu vou corrigir isso, Jillian. — ele não olha para mim, seus
olhos estão fixos no chão. — Eu sei que isto é culpa minha, e eu não te
culpo por me odiar. — olhando para mim seus olhos estão atados com
tristeza. — Eu tirei tudo que importava de você, especialmente quando
eu levei você. — fecho meus olhos, desejando ficar surda. Suas palavras
são suaves, o pesar em seu rosto é evidente. — Mas eu não me
arrependo de levá-la. — seu rosto suaviza, seus olhos permanecendo
sérios. — Eu te afastaria de tudo se isso significasse que você respiraria
mais um dia nesta fodida terra ao meu lado.
~ 26 ~
— Você chama isso de respirar? — murmuro, meus olhos
vibrando com lágrimas não derramadas. — Você acha que eu estou
vivendo agora? — minha mão puxa as algemas para enfatizar o meu
ponto.
Fecho meus olhos, desejando que ele pare. Eu não posso mais
ouvir a verdade, meu mundo está girando e caindo aos meus pés mais
rápido do que eu posso pegar as peças para salvá-las.
— Isso não será necessário. Nós não vamos a lugar algum. Nossa
Leslie teve um problema há algum tempo, e tivemos que...
Eu vejo como Mildred sobe na cama, Donald bem atrás dela. Uma
vez no lugar, ele agarra sua mão e a aperta rapidamente antes de soltar.
Eles parecem como uma imagem perfeita. Como o tipo de amor que você
esperaria quando ficar mais velho.
~ 27 ~
Zeek desfaz minhas algemas, e minha mão cai como um peso
morto. Esfrego meu pulso, onde um pequeno círculo vermelho está
marcado na minha pele. Vai ficar uma contusão.
Fechando a porta atrás de nós, Zeek olha para mim com um olhar
de preocupação, os olhos focados na minha mão.
~ 28 ~
— Por quê?
— Sim, bem, ele não foi o primeiro! — ele ruge com raiva. Minha
boca se abre, e antes que eu possa pensar cuidadosamente, minha mão
lhe dá um tapa no rosto. Eu me encolho depois de perceber o que eu fiz,
e cubro a boca com a mão. Eu bati nele antes, lhe dei socos antes, mas
quando estava puta de raiva, este tapa foi pessoal.
~ 29 ~
Agora não temos nada, só um ao outro, e não podemos nem
mesmo estar no mesmo quarto.
— Não importa agora. Só sei que eu estou fazendo tudo que posso
para manter o seu traseiro vivo, e seria bom se você parasse de lutar
contra mim.
— Não me diga. O que é que você pensa que sabe sobre o meu pai
que eu não sei? — me ignorando, ele liga o chuveiro. — Por que você
não me diz?!
Eu vou acabar morta por causa das ações e decisões do meu pai?
— Seja honesto comigo sobre algo, é seu tio que vai nos pegar?
~ 30 ~
Algo faz barulho dentro do meu bolso, pegando a atenção de Zeek
e eu.
— Sim!
— Não vou deixá-la sozinha. — seu tom me diz que ele não será
coagido nisso.
~ 31 ~
mesmo chuveiro com você. — meu coração bate apaixonadamente, me
dói machucá-lo. O que é estúpido considerando tudo o que aconteceu.
— Tudo bem.
ZEEK
Saindo do banheiro, esfrego a parte de trás do meu pescoço. Pesar
e vergonha se propagam incontrolavelmente no meu peito ao ponto que
não posso respirar. Estou perdendo a cabeça, meu temperamento, a
porra da minha força. Meu braço tenciona querendo rasgar algo em
pedaços. Meu braço está doendo, uma dor que se torna quase
insuportável. Realmente preciso colocar um pano limpo sobre eles ou
algo assim.
~ 32 ~
Marchando através da pequena sala do hotel, verifico o velho e a
merda da senhora louca. Eles não se moveram.
Sinto falta dela. O jeito que ela deu tudo de si mesma para mim.
~ 33 ~
O cheiro do seu cabelo.
O amor é uma coisa feia, ele muda você mesmo que seja para
pior. Eu estava bem com o jeito que eu era antes. Alguns poderiam
dizer que não era humano, mas pelo menos antes de Jillian eu não
sabia o que diabos estava faltando. Agora que senti como era tê-la, seu
corpo macio e quente dobrado em meus braços durante a noite, e sua
respirando fazendo cócegas contra minha clavícula enquanto ela
dormia... não posso abrir mão disso agora que a tive.
Não posso acreditar que o tenente Oaks era o pai de Jillian, como
ela veio daquele pedaço de merda? Quero contar a ela tudo sobre o
homem que ele era, mas não sou tão idiota assim. Consigo ver que ela
está pendurada à realidade por um maldito fio. Se ela souber a verdade
sobre tudo, não tenho como saber como ela reagiria.
~ 34 ~
que parece de pescador e um belo cabelo louro que sai por baixo do
chapéu.
É uma boa merda, com tons de terra verde. Mas já usei coisa
melhor.
— Então, por que está tão zangado? — dou outro trago e o ignoro.
Não deveria estar aqui fora. Deveria estar lá mostrando meu rosto no
espaço de Jillian, deixá-la saber que estou aqui para ficar,
independentemente do quão duro ela tente me afastar.
Não é porque sou um idiota, bem, eu sou, mas não é por isso que
estou indo. Eu só não confio facilmente, ainda mais em pessoas de fora.
Aqueles que não são motoqueiros, ou conhecem o código que eu vivo.
~ 35 ~
reivindicar cada polegada de sua pele, para ter seu gemido contra o
meu pescoço e garantir-me que ela ainda me pertence.
Odeio me sentir inseguro, mas ela fez isso comigo. Odeio estar
confuso sobre alguém... alguém por quem eu joguei tudo fora e nem
sequer percebe isso. Se isso não é amor, ou romântico, estou tão fodido
sobre as mulheres e as relações podem ficar fodidas.
— Você não pode ficar com esse maldito uniforme, você vai
chamar atenção. — a informo, tentando manter meu tom suave, para
então não a aborrecer mais do que já fiz. Eu abro o saco e olho para
dentro.
~ 36 ~
JILLIAN
Soltando a toalha, ela para aos meus pés. Abro o saco e puxo
uma blusa branca e a coloco. É grande. Como Mildred pensou que
éramos do mesmo tamanho está além de mim. É três tamanhos
maiores, quase como uma camisola, mas vai funcionar para algumas
horas de sono. É realmente muito confortável, mesmo que os punhos
das mangas pendem para fora dos meus dedos em pelo menos cinco
centímetros.
— Se você for esperta, não vai tentar nada, — rosna Zeek. Ele tem
um olho aberto, sua mão segurando uma arma apoiada em seu joelho.
Lentamente olho para o casal, e eles olham para mim, nenhum de nós
~ 37 ~
tem certeza de com quem que ele está falando2. — Bons sonhos. — Zeek
sorri, apagando a luz atrás dele.
Porra!
***
~ 38 ~
— Jilly Bean, eu quero que você saiba que eu te amo. Eu sei que eu
não o digo muito, mas eu te amo. Quando você entrou em nosso
departamento, eu esperava que uma página nova mudasse nossa força
de trabalho. Eu quero que você me prometa que vai manter essa cabeça
quente dentro de você.
— Sim. Eu estou bem, — coaxo. Meu coração bate tão rápido que
minha visão borra. Fecho meus olhos, tentando apagar as manchas,
antes de reabri-los. Zeek está me dando um olhar de lado, seus dedos
torcendo uns nos outros. Só que ele não está olhando para o meu rosto.
Ele está olhando para baixo. Seguindo seu olhar, percebo que estou
com as pernas abertas, a camisa não cobre suficiente e minha calcinha
rosa de renda que está em plena exibição. Merda. Pelo menos eu não
~ 39 ~
estou com uma calcinha manchada de menstruação, eu acho.
Fechando as pernas rapidamente, engulo em seco.
— Não ser uma dor na sua bunda não inclui sexo, — eu o informo
secamente. Deslizando para fora da cama, vou para o banheiro me
vestir.
***
~ 40 ~
— Boa sorte! — Mildred diz quando Zeek fecha a porta. Ele olha
em volta do estacionamento, o único outro veículo é uma velha
Volkswagen oxidada. A sua pintura azul lascada revela um laranja feio.
As janelas seguram cortinas néon verdes.
~ 41 ~
Minhas narinas inflamam quando tomo uma respiração
superficial, meus olhos nunca deixando os dele. Quem diabos é esse
cara, e por que o amo mesmo? — Eu teria os matado em qualquer outro
dia, mas se você percebeu, ou não, você está mudando a maneira como
vejo as coisas.
~ 42 ~
JILLIAN
~ 43 ~
Colocando meus pés no painel, abro o saco de creme de leite e
cebola.
Rolo meus lábios em uma linha fina para abafar o meu sorriso.
~ 44 ~
Uma hora passa, e eu não posso segurar o xixi por mais tempo.
Eu estive segurando-o pelos últimos vinte minutos.
— Preciso urinar.
— Quão perto?
Motos ressoam além de nós, mas está muito escuro para ler a
inscrição em seus coletes.
— Por que você estacionou aqui? Você não vai entrar lá com
armas em punho como você faz normalmente?
~ 45 ~
— Eu não estaria aqui se não fosse para tentar mantê-la segura.
— suas palavras me acertam forte, como um soco no estômago tirando
ar de dentro de mim. Eu não sei o que pensar sobre o seu comentário,
porque embora eu não tenha pedido a ele para me manter a salva,
estou contente que ele me mantem protegida, e não quero que ele se
arrependa de fazer isso.
— Eu não acho que esta noite é a melhor noite para aparecer por
lá, — afirmo, olhando a cena com mais cuidado.
~ 46 ~
esperando algo para fazer enquanto ficava lá. Pai me levou em um monte
de seus turnos quando minha mãe estava ajudando a igreja. Ele não
queria que eu ficasse sozinha em casa, embora eu me sentisse mais
velha que meus dez anos de idade para ser deixada em casa sozinha.
— Exatamente.
— Sua puta, você sabe que mandou ele vazar! — uma menina
seminua grita, aproximando-se com um grupo de meninas.
~ 47 ~
Posso sentir Zeek olhando para mim, mas eu continuo a olhar
para frente.
— Você sabe que é muito mais sexy do que elas, não sabe? —
colocando meu lábio inferior entre meus dentes, escondo o sorriso
querendo escorregar pelas minhas inseguranças.
— Aqui?
— Nós não podemos sair daqui, e você tem que fazer xixi, então...
— ele balança a cabeça em direção à garrafa, e meus olhos incendeiam
quando percebo o que ele está sugerindo.
~ 48 ~
Um sorriso malicioso cruza seu rosto.
Algemada, passo por ele e vou para a parte de trás da van para
fazer xixi.
ZEEK
— Você pode pelo menos tirar as algemas? — Jillian bufa da parte
de trás da van.
— Não. A última coisa que eu preciso é que você corra lá para fora
e nos faça um alvo.
E é por isso que eu sou tão obcecado com essa mulher irritante,
ela não aceita as minhas coisas calada.
— Espero que você não tenha que mijar novamente, porque essa
era a única garrafa. — dou a ela um grande sorriso cheio de dentes,
para irritá-la, e empurrar seus botões.
~ 49 ~
cobertores e nenhum assento. Um grande narguilé 3 está amarrado
contra o lado da van para que ele não caia quando a van estiver em
movimento. Maconheiros do caralho.
Porra.
Porra.
3
Narguilé é uma espécie de cachimbo artificial usado para fumar aromatizantes, drogas e etc...
~ 50 ~
Manobrando meu pau duro, me masturbo suavemente.
Seus lábios abrem para se opor, levando o meu foco para aquela
boca perfeita. A forma como seria tê-los envolvidos em torno do meu
pau.
~ 51 ~
Gozo. Mando gozo quente por toda a minha mão, e minha barriga.
— Eu acho que avisei sobre você dizer isso para mim. — pegando
um cobertor por perto, enxugo minhas mãos e depois a porra no meu
pau e na barriga.
— Eu não posso acreditar que você fez isso comigo aqui, — ela
bufa, deitando-se. Sua parede de ceder aos meus avanços está de volta.
Empurrando meu pau de volta em minhas calças, passo as mãos sobre
ela, empurrando as mãos algemadas acima de sua cabeça.
— Não aja como se você não tivesse gostado de ter visto. Sua
boceta está molhada e dolorida por mim, por ele e nós dois sabemos
que é a verdade.
— Não é verdade.
— Pare!
Esfrego meu joelho contra ela mais uma vez, e um gemido suave
escapa de sua boca, a mão se enredando em seu cabelo enquanto ela
~ 52 ~
usa os pés para empurrar sua boceta quente sobre o meu joelho de boa
vontade.
Eu não quero nada mais do que afastar essa blusa e transar com
ela na parte traseira de uma van, mas posso dizer que ela ainda está
lutando consigo mesma, e quando eu afundar meu pau dentro dela, eu
não vou parar porque ela está tendo dúvidas.
Balanço contra ela, fazendo com que seu rosto amasse em êxtase.
— Cala a boca! — ela grita, ainda de costas para mim. Seu tom
não é aquela raiva fofa que me faz sorrir, mas a versão puta que me diz
que ela está falando sério.
~ 53 ~
***
Temo por ela, porque quando ela estiver finalmente farta de estar
com raiva de mim talvez eu possa realmente rasgá-la em dois, com toda
a energia reprimida possessiva que estou abrigando. Vou enterrar meu
pau tão fundo em sua umidade, que não vou saber onde ela começa e
eu acabo. Meu osso do quadril ferirá suas coxas e os braços não terão
força para segurá-la. Acima de tudo... ela não vai parar de sorrir aquele
pequeno sorriso bobo quando acabarmos.
~ 54 ~
— E agora? — ela me segue para frente, esfregando os olhos como
uma criança que está cansada.
— Paw?
— Você acharia que por ser um gangster ele viria com um apelido
um pouco mais intimidante do que Paw 4 . — ela pega o cinto de
segurança, e o afivela.
Eu não posso deixar de sorrir, espere até que ela veja o cara. Paw
é um cara grande, com tatuagens por todo corpo. Seu nome poderia ser
Fofo e ele ainda assustaria as crianças pra caralho.
— Eu não acredito...
4
Paw significa pata ou garra.
~ 55 ~
faço uma carranca. Quando ela finalmente me perdoar, vou foder essa
atitude malcriada dela.
— Alô?
— Paw?
— Quem é?
— Eu posso conhecer.
— Entendi.
— Vamos.
~ 56 ~
JILLIAN
Dói, essa dor prende no meu peito me lembrando que Zeek matou
meu pai toda vez que chego perto dele. O fato de que estou tão
completamente consumida por ele, que eu quero tanto esquecer tudo o
que aconteceu, mas eu não posso. Meu pai merece mais do que isso.
~ 57 ~
— O que você está pensando? — eu penso no meu sonho de jogar
gasolina sobre a moto de Zeek, segurando o galão vermelho acima da
minha cabeça e rindo como uma louca.
~ 58 ~
Engulo em seco.
~ 59 ~
Dou a volta na parte de trás da van, os olhos de Zeek se
concentram em mim, Paw olhando na minha direção também. Seus
olhos caem nas minhas algemas.
— Estava indo ver o meu irmão, mas ele está sendo vigiado. Nós
apenas precisamos esperar, isso é tudo. — Paw olha para mim de novo,
e então para Zeek.
~ 60 ~
— Eu posso fazer isso funcionar. Aqui, eu trouxe algumas coisas.
Eu não estoquei nenhum alimento ainda, e eu não tinha certeza se
havia algo deixado nos armários. — Paw abaixa uma sacola de
supermercado branco que eu não percebi que ele estava carregando.
— Obrigado, mais uma vez, por nos ajudar, Paw. — acena Zeek.
— Não foi nada, irmão. Vou deixar você resolver as coisas. Ligue
se acontecer alguma coisa. — quando ele se vira há uma tatuagem de
uma pata gigante de um tigre em sua cabeça. A casa vibra quando a
porta da garagem se fecha e Paw sai.
— Isso vai ajudar por agora, pelo menos nós não estaremos
dormindo na parte de trás da van, — estala Zeek, curvando-se para
pegar o saco de mantimento do chão. As palavras que estavam
engasgadas na minha garganta querendo sair num grito vingativo. A
raiva batendo no meu peito tão forte que eu sinto meu rosto corar. Sua
cabeça chicoteia em minha direção com surpresa, quando lágrimas
brotam em meus olhos de estar chateada.
~ 61 ~
— Não é como se nós tivéssemos muita escolha. Não podemos
ficar na van, tivemos sorte que ninguém nos viu, já que ele é roubado.
A única coisa que nunca tive dúvida era o sonho de ser uma
xerife, e coloquei todo meu esforço nisso, e essa acabou de ser jogada
contra a parede.
Isso me faz sentir por nós dois quando o vejo fazer alguma coisa
humana, sentir algo que ele não está acostumado a sentir. Quero subir
em seu colo, colocar minhas pernas em volta da sua cintura, e beijar
seu rosto.
~ 62 ~
ZEEK
Fico observando Jillian entrar no quarto que contém a cama.
Não sabia que Paw me levaria para uma casa armadilha, mas eu
não iria recusar também. Precisamos de um lugar para ficar por um
tempo, e isso vai ser perfeito. Eu sei que é contra tudo que Jillian
representa, mas eu sei que ela foi empurrada tão longe dessa linha azul
que ela vive, que nem dá pra ver mais.
Esta merda com seu pai, porém, eu entendo. Eu sei que eu não
devo revelar nada para ela. São as regras do clube não compartilhar
detalhes sobre o que acontece no clube para old ladies. Mas Jillian não
é apenas minha old lady, ela é uma porra de um policial. Uma faca de
dois gumes na forma das regras. No entanto, ela tinha um assento na
primeira fila para o que se passa no meu mundo, e eu acho que devo
isso a ela, contar quem diabos tenente Oaks realmente era. Não contar
a ela está pesando sobre mim, e me irritando com cada olhar acusador
que seus belos olhos lançam em minha direção. Ela está quebrando.
Não posso aguentar mais um olhar de ódio para mim. Isso me faz
querer agarrar a pessoa mais próxima e rasgar sua garganta. Minhas
mãos flexionam com o pensamento de violência. Estou ficando nervoso
com essa correria toda. Eu não corro das coisas, eu a enfrento com
vingança.
~ 63 ~
Um abraço costumava parecer um gesto simples, mas não é. A
sensação de seu coração batendo contra o meu, o significado de seus
braços me puxando para perto, tudo isso significa alguma coisa. Isso
rompe barreiras, quebrou as minhas. Isso me fez mudar de dormente
para algo mais humano.
Amor do caralho.
— Olá?
— Sou eu.
— Desculpe, estive fugindo. Não é fácil fazer isso com alguém que
não deseja fugir. — rosno, tomando um gole do Jack.
~ 64 ~
— Você tinha o direito de levá-la por segurança, porque eu sei que
ela tem você porra. Mas eu não sabia que você não iria voltar. Você tem
que voltar pra cá e tomar de volta o que é seu, Zeek, este clube é tudo o
que tenho.
— Sim, bem, eu estou esperando que ele veja que somos uma
família, ou talvez possamos fazer um comércio de serviços, no mínimo.
— eu suspiro pesadamente. — Eu não tenho muita escolha. Eu não
confio em mais ninguém para não se virar contra mim, e ir para lado de
Frank.
~ 65 ~
Olhando para a porta fechada que mantém Jillian, eu enrolo os
lábios em torno do gargalo da garrafa de uísque. — Manos antes das
minas, irmão.
~ 66 ~
JILLIAN
Eu acho que estar aqui não é a pior ideia, quem me conhece não
pensaria em me procurar aqui.
A cama mergulha com força, o que soa como uma garrafa batendo
na mesa de cabeceira. Se aproximando, ele tira minhas algemas, e eu
imediatamente esfrego meu pulso sensível. Não posso evitar.
— Você sabe, eu acho que nunca disse isso, mas eu sinto muito
por tudo, Jillian. — suas palavras saem relaxadas e dolorosas ao
mesmo tempo. Fecho os olhos com força, tentando resistir às lágrimas
escorregando, mas não adianta. O cheiro de uísque me bate forte, e eu
~ 67 ~
percebo que ele está bêbado. — Se eu soubesse que ele era seu pai, eu
nunca teria... — ele engasga com suas palavras, engolindo em voz alta.
Isso é tudo o que eu queria desde aquela noite, mas não seria
certo. Não seria justo com meu pai.
— Seu pai não foi o melhor cara. Na verdade... — ele faz uma
pausa, e minhas lágrimas pausam, minha respiração dura e nervosa
com as palavras que ele está prestes a transbordar. — Tecnicamente,
ele matou meu pai. Parece que o cemitério de Las Vegas está cheio de
homens maquiavélicos.
Não tenho mais tanta certeza, e isso dói mais do que tudo.
— Quando meu tio disse que era para eu matar meu pai, coloquei
ricina em um cigarro, e me encontrei com um certo xerife para entregá-
lo. Seu pai era meu contato naquela noite. Ele era tão sujo como pode
ser, Jillian, ele fez um monte de coisas que contaminou suas mãos aos
olhos do sistema de justiça. Ele estava bem com isso, porque ele foi
pago de muitas maneiras.
~ 68 ~
entregava para o departamento de seu pai, e, em troca, ele virava os
olhos para os nossos esforços quando eu precisava.
— Sinto muito que você teve que descobrir desta forma, Recruta.
— ele pega a garrafa de uísque, curvando os lábios em torno do topo.
Liquido âmbar cai de sua boca, seus olhos encapuzados, e focado sobre
mim. Seu cabelo espesso e escuro caindo em seus olhos transmitindo
que ele não sente tanto assim. Meus olhos ficam pesados, minha boca
aberta enquanto minhas narinas inflam. Minha confusão oscila à beira
de tristeza e raiva. — Agora você pode parar de me culpar por tudo.
— Vá se foder!
— Não, nós vamos falar sobre isso. O que aconteceu com o seu
pai, eu não espero que você se esqueça, Jillian, mas nós vamos
conversar sobre isso, caralho.
— Por que você está fazendo isso? Por que estamos fazendo isso?
Olhe para nós? — gesticulo entre nós. — Somos uma bagunça do
~ 69 ~
caralho, não pertencemos um ao outro! — grito. — Que tal isso para
começar?
~ 70 ~
Eu não posso acreditar que estou em uma maldita casa
armadilha. Alessandra provavelmente iria amar, curiosa para saber
como eles fazem as coisas. Tenho tanta saudade dela.
~ 71 ~
poderes mágicos. Eu poderia segurar isso e todo mundo iria fazer o que
eu queria.
Meu pai era sujo, um assassino, disse Zeek. Meu pai me levou
para uma guerra que não estava preparada. Então percebo que se não
tivesse Zeek, estaria em um túmulo ao lado do meu pai. Pergunto-me se
a minha mãe sabe.
Choro tão forte que minha visão borra e quando viro minha
cabeça para olhar para a porta que detém a besta, Zeek está lá me
observando. A besta por quem joguei tudo fora, aquele que jogou tudo
fora por mim. O animal que está aqui para me salvar.
Uma lágrima desliza pelo meu rosto e desce pelo meu nariz
quando finalmente me rendo à luta. Espero a dor lancinante de amar o
assassino do meu pai atacar meu peito, mas ela não vem.
~ 72 ~
mais minhas lágrimas. É hora de parar esta festa de piedade, e tomar
de volta o que era meu. Olhar para o futuro e construir o meu próprio
caminho no nome McAdams.
— Sim.
~ 73 ~
— Você é uma menina estúpida. — ele sorri. Como um lobo faz
bem antes de devorar sua presa. Maliciosamente.
— Deus, eu senti sua falta, — ele sussurra, moendo seu pau duro
contra mim. — A sua suavidade, seu corpo frágil sob meu, essa porra
atrai-me de uma forma que eu não consigo entender, querida.
Soltando minhas mãos, ele rasga a blusa que estou usando com
tanta pressa que me surpreende. Sua boca engole meu mamilo sensível
como um homem faminto. O olhar em seu rosto, tão gostoso que eu
choramingo em resposta.
~ 74 ~
Ele desliza os lábios ao longo da minha clavícula, o sentimento de
sua língua ao longo da minha pele macia. Minhas costas arqueiam do
chão, um gemido escapando dos meus lábios.
— Se segure.
~ 75 ~
— Deus, sim! — grito, encontrando seus golpes ansiosamente.
Meus pulmões gritam quando começo a perder a respiração, minha
boca fica seca enquanto praticamente ofego por mais.
— Ainda me odeia?
— Por que você não me disse sobre quem meu pai era quando
fugimos de Vegas?
~ 76 ~
aqueles que são capazes de amar em um segundo e colocar um rifle na
cabeça de alguém no próximo.
Ato meus dedos com os dele, querendo tocá-lo. É por isso que eu
o amo. Ele pode fazer as coisas mais terríveis, coisas que são
inimagináveis para qualquer pessoa normal, mas são as coisas no meio
que me fisgaram tão rapidamente.
Assinto. Tanto quanto isso vai doer, ouvir sobre o quão ruim o
tenente Oaks — meu pai — realmente era, é preciso. — Eu preciso
saber o que é real e o que não é se tenho alguma esperança em
reconstituir as coisas de volta.
— Aqui está o que eu sei. Todo homem tem seu preço, o meu pai
era um especialista em encontrar essa fraqueza. Na verdade, é uma das
ferramentas mais úteis que ele me ensinou. Seu pai era o poder; o
trabalho dele. Meu pai movia clubes ao redor da área de Las Vegas,
entregando os líderes de gangues e clubes nas mãos de seu pai. Seu pai
foi até o topo pela quantidade de criminosos que ele estava tirando das
ruas, alguns eram procurados por tempos.
~ 77 ~
— Você disse que ele era um assassino? — as palavras saem
dolorosamente.
— Tem certeza que você quer saber? — ele passa a mão ao longo
da minha espinha. Aceno, mordendo meu lábio para não chorar.
Chupo uma respiração tão afiada que me faz tossir. Zeek bate nas
minhas costas, me ajudando a recuperar o fôlego.
Meu pai joga as mãos para cima como ele não soubesse o que
fazer.
~ 78 ~
Minha mãe olha para cima, limpando o rosto. — Você promete?
Meu pai sorri, mas não chega a atingir os olhos. — Sim, querida.
~ 79 ~
ZEEK
Ela ri.
~ 80 ~
— Alimente-me primeiro, eu preciso de combustível.
Peço a comida chinesa e espero por ela ser entregue. Uma vez que
o homem aparece, deslizo o dinheiro através do espaço de correio e peço
a ele para deixar lá. A última coisa que precisamos é que algum
entregador me reconheça e grite para as autoridades.
Calo sua boca com a minha mão, meus olhos focados nos dela.
Seus olhos piscam, antes de seu peito subir conforme ela respira
pelo nariz.
~ 81 ~
Puxando os joelhos separados, sua boceta rosa brilha em espera.
Mordendo meu lábio inferior, olho para ela sob o cabelo que está caído
nos meus olhos. — Segure-se, querida. — me empurro em sua umidade
em um movimento rápido. Seu corpo arqueia, sua boca aberta quando
seus dedos agarram meus ombros. Eu tiro e empurro de volta em sua
boceta quente, tirando o direito de respirar dela. Eu não lhe dou tempo
para recuperar o fôlego, em vez disso, empurro dentro e fora mais e
mais, sua boceta apertada e molhada estrangulando meu pau ao ponto
que não vou durar muito.
Minhas bolas apertam com força, e calor vai até meu eixo até que
estou vendo em dobro.
***
JILLIAN
~ 82 ~
— Então este é o seu, você chegou a rezar com isso, ou seja lá
como for que eles chamam? — eu coloco macarrão na minha boca. —
Quem deu a você? — Zeek e eu estamos sentados em uma pilha de
livros na frente da estante, o lençol enrolado em torno de nós enquanto
comemos comida chinesa da caixa. O rádio tocando ‘Let It Go’ de James
Bay.
Meu peito dói por ele, ouvindo como sua mãe tentou curá-lo com
a religião, impedindo-o de ver o que a religião realmente é.
~ 83 ~
— Eu acho que é seguro dizer que você e eu vemos as coisas de
forma diferente, querida, — estala Zeek, em seguida, faz uma pausa.
— Como está o seu braço? — aponto para o braço que foi baleado.
— Você acha que Devil’s Dust terá um médico que poderá olhar
isso?
Ele dá de ombros.
Agarro seu pulso. — Eu não vou a lugar nenhum sem você, Zeek,
você não pode me deixar. — meu coração bate fora de ritmo, com medo
de que ele vá me deixar nos Devil’s Dust para que ele possa ir cuidar
dos seus negócios.
Seu rosto aperta, sua mandíbula dura enquanto seus olhos fixam
nos meus. — Eu não vou a lugar nenhum sem você, Jillian. Eu nunca a
deixaria para trás. — ele me puxa para a curva de seu corpo, e beija
minha cabeça.
Ele se inclina sobre o tapete, e agarra seu jeans. Ele tira seu
crucifixo, e o coloca na palma da minha mão.
— Pegue isso...
— Tome isso, eu quero que você fique com ele. — correndo meus
dedos sobre a cruz brilhante, olho para ele sob meus cílios.
~ 84 ~
— Tem certeza disso?
— Eu vou.
***
~ 85 ~
Uma coisa é certa, eu tenho que começar a fazer alguma coisa.
Zeek estava fazendo tudo enquanto eu estava mentalmente
chafurdando na minha merda. Eu devo isso a ele. ‘Para deixar minhas
mãos limpas, eu tenho que sujá-las’. Não foi isso o que ele disse?
~ 86 ~
ZEEK
Alguns dias depois
Hoje é o dia, temos de ir. Nós não podemos ficar mais aqui, Paw
precisa fazer seu negócio, e nós temos que enfrentar a tempestade
eventualmente. Sentado na beira da cama olho para Jillian, ela está
dormindo, a boca aberta e os cabelos em todos os lugares. Ela é
adorável. Inclinando-me sobre ela, dou-lhe uma sacudida.
— Por quê?
— Sim. Se não o fizermos, o caos vai chegar até nós. É melhor nos
manter à frente da tempestade. — eu beijo sua testa. — Levante-se e se
vista.
~ 87 ~
***
— O que, o que é?
~ 88 ~
— Nós vamos ter que roubar outro carro, ou encontrar
combustível.
Ela olha para fora com canto dos olhos, os lábios franzindo como
se ela estivesse pensando.
— O quê?
Ela revira os olhos. — Não seja tão dramático. — ela aponta para
o painel. — Não nos vejo com um monte de opções aqui.
Indo para o outro lado da bomba, ela salta para fora antes que eu
tenha a chance.
— Jillian! — eu vou atrás dela. Eu não quis dizer para ela sair e
realmente fazer o trabalho. Meu batimento cardíaco é selvagem, nervoso
que ela vai ser pega e eu vou ter que cortar a garganta de um filho da
puta por ter se aproximado dela.
— Você não tem que fazer isso, eu ficaria mais do que feliz em
fazer isso, — eu a informo, e usando minha mão, eu me abraço na van.
~ 89 ~
— Está feito.
— Oh, meu Deus, você pegou donuts! — o jeito que ela diz isso,
soa semelhante aos pequenos gemidos que ela faz quando estou
profundamente dentro dela.
~ 90 ~
Ela sorri, envolvendo a boca de pelúcia na massa macia e morde,
morango grudando em seus dentes. — Eu te disse, eles são a minha
coisa. — não posso deixar de rir.
Ela olha para baixo. — Era o que tinha de ser feito, mas sim, eu
estou pensando sobre isso. Eu só... — ela olha de volta para fora da
janela, o vento soprando em seu cabelo. — Eu não faço coisas assim.
***
~ 91 ~
Jillian engole seco conforme olha para fora do para-brisa,
percebendo que estamos prestes a ir tão fundo como podemos ir nesta
tempestade de merda. Seu distintivo brilhante e uma pistola emitida
pelo departamento não significa nada aqui.
Cerro os dentes. Por que as mulheres têm que ser assim tão
teimosas?
Ela olha para baixo, uma lágrima deslizando pelo seu rosto e
desembarcando em suas mãos.
~ 92 ~
O Prospecto olha para cima. Ele está usando um gorro, óculos de
sol, e uma barba que está ostentando sérios fios cinza. — Lip está por
aí? — pergunto. Ele solta o saco de lixo e corre para dentro. Será que
meu rosto é conhecido por aqui?
Cinco metros da porta, ela abre e Lip sai com o resto dos Devil’s
Dust. Os olhares em seus rostos são duros e frios. PORRA.
Ele parece o mesmo que da última vez, mas menos sangrento. Ele
ainda está ostentando o mesmo cabelo castanho de cor avermelhada, o
olhar de menino bonito e magricela mesmo que construído pra cacete.
— Que porra você está fazendo aqui? — ele aponta para mim,
puxando a arma com a outra mão. O resto dos seus homens puxam
algum tipo de arma. Pistola, faca... aquilo é a porra de um taco? Eu
gostaria de dizer que nunca achei que seria assim, mas com toda a
honestidade, eu meio que esperava isso.
— Eu... — faço uma pausa, não sabendo como dizer que matar
um deles não era minha intenção. Isso não importa, não o traria de
volta. Cair de joelhos e implorar por perdão não vai me fazer chegar a
lugar nenhum. Tenho que ganhar respeito. Fazê-los ver que quero fazer
negócios, e é puramente isso, eu estou aqui para negócios. Abaixo a
cabeça, tentando pensar no que dizer em seguida.
~ 93 ~
impede de tentar ser civil. Sabia que não iria durar muito tempo de
qualquer maneira. Eu só não esperava que Lip fosse o primeiro a pegar
sua arma.
— Vai ser o seu último lugar. — Lip ferve, seu polegar clicando
uma bala na câmara.
~ 94 ~
meu olhar do dele, olho para o seu colete, encontrando-me cara a cara
com o próprio Diabo. O Presidente, Bull.
Ele abaixa a arma, mas eu não sinto qualquer alívio. Eu não senti
a lufada de ar fresco que eu senti com Lip. Não sinto nada.
— É melhor isso ser bom, ou meu Prospecto, Fox, irá limpar seu
cérebro durante todo o dia.
Bull saca a arma para cima, apontando-a para meu crânio, mais
uma vez.
— Não dê ouvidos a ele, Bull. Ele está jogando com você, — Lip
estala.
~ 95 ~
— Eu não estou, — rio. — Eu não estou porque, se eu estivesse
jogando, eu diria a você o que você queria ouvir. Eu estou te dizendo a
verdade. A verdade que está incorporada em cada um de nós. Fomos
criados para sermos brutais, criados com temperamento forte, e
vivemos por nosso próprio conjunto de regras. Eu matei um de seus
membros em uma névoa de raiva, um que eu não posso trazer de volta,
ou mudar. Está no passado, e tudo o que posso fazer é seguir em frente
e pagar minhas dívidas. Eu estou aqui porque eu não tenho outro lugar
para ir. Eu estou aqui porque é o último fodido lugar na Terra.
Bull abaixa sua arma, mais uma vez. Seu rosto se transformando
de duro para curioso.
— Não somos...
~ 96 ~
— Mas essa não é a razão pela qual eu estou aqui. Estou aqui
para salvar...
— Old lady?
~ 97 ~
— Sim. — eu olho para Lip. — Nosso tio está atrás dela.
— Por quê?
— Ele acha que ela sabe merdas sobre o seu modo de operação, e
agora ele quer nós dois mortos.
Eu concordo.
— Então você achou que talvez seu querido irmão e seu clube
iriam manter você e sua cadela seguros. Quem você se importa por ter
matado um membro do clube, é isso? — Bull anda para um lado,
juntando os pedaços.
— Não é isso. Não estou dizendo que o sangue de seu membro foi
derramado sem motivo...
— Você disse que não iria pedir desculpas por ele, — Shadow
lembra, de braços cruzados.
— Eu disse que não iria pedir desculpas; não significa que eu não
me arrependo.
Bull sorri, mas não de uma forma feliz, mais de uma maneira
sarcástica.
~ 98 ~
— Será que derramar o sangue de Tom Cat fez você voltar para
Deus ou algo assim? Será que ele fez você olhar para o cenário maior
que é a vida? É isso? — ele zomba.
Jillian grita quando Kane envolve seus braços em torno dela como
uma camisa de força.
— Depois que eu terminar com você, você vai desejar que seu tio
tivesse pegado você primeiro, — Bull graceja na minha cara.
~ 99 ~
— Eu não sou seu irmão, porra, — Lip rosna e me acerta no peito.
Meus joelhos cedem, e eu caio no chão. Fico sem fôlego com uma raiva
ardente.
~ 100 ~
ZEEK
— Parece que ele vai sobreviver. — uma voz feminina ruge. Minha
visão dobra quando uma mulher de cabelos loiros retira um par de
luvas azuis das mãos.
~ 101 ~
— Ei, você precisa se acalmar, irmão. — a voz de Bull ecoa
através do meu estado atordoado. — Independentemente do que
aconteceu, ele é da família.
Lip responde, mas não consigo ouvir nada. Minha visão dobra, e
tudo fica preto.
***
~ 102 ~
— Você está melhor? — Doc, como Bobby chamou, se aproxima
do meu pescoço e levanta o estetoscópio. Ela coloca as pontas no ouvido
e coloca o metal frio do estetoscópio sobre meu peito.
~ 103 ~
Usando a palma da minha mão, limpo minha boca que ainda está
sangrando. Assobio quando o sal da minha mão pica a ferida.
Suspirando alto, ele se levanta e segue Shadow para fora.
— Porque o quê?
~ 104 ~
— Inacreditável. Eu acho que você deve apenas explicar para...
— Ele está de pé! — Kane adverte aos homens. Ele deve ser o cão
de guarda. Olhando para seu colete, vejo que é um Prospecto.
— Não me parece que você está indo muito longe, — observa Bull.
~ 105 ~
— Você não vai sair daqui esta noite, a patrulha voltou. Se você
sair daqui desse jeito, você vai chamar atenção. Além disso, nós
incendiamos seu carro roubado, então você não tem como sair daqui.
JILLIAN
Um cara alto que parece ser indiano entra no quarto. Kane, eu
acho que é o nome dele, junto com um homem com cabelo castanho
curto e barba correspondente. Seu rosto é redondo, os olhos moles. Ele
está usando um colete de couro que diz Prospecto assim como Kane.
Zeek manca para o quarto, atirando em Kane e ao outro Prospecto um
olhar de ódio. Entendo porque ele está agindo do jeito que está, mas
ainda é arriscado. E se Bull se cansar da boca suja de Zeek e nos atirar
para fora? Ou pior, nos matar?
— Você acha que pode lidar com ela? — Bull pergunta, entrando
no quarto e com um grande sorriso para mim. Franzo a testa, recuando.
Realmente gostaria de estar com minha arma, porque agora, estou
completamente à mercê dos Devil’s Dust.
Abraço minhas pernas mais forte e fico quieta. Há uma razão para
que Zeek não tenha contado sobre mim. Sou uma policial. Não importa
o que Zeek faça, o fato de ser uma policial vai cavar nossos túmulos.
Bull dá aos dois rapazes uma olhada e dá uns passos para longe.
~ 106 ~
— Qual é seu nome? — pergunta Kane. Seus ossos da face
nítidos, seus olhos escuros com as sobrancelhas grossas. Ele tem o
cabelo escuro longo que faz meu cabelo parecer patético.
Olhando para a comida, meu estômago ronca alto. Ele aperta tão
forte que sinto como se pudesse vomitar.
~ 107 ~
Exalando uma respiração, seu corpo relaxa e ele se senta
novamente na cama ao meu lado.
— Por que vocês dois não dão o fora, para podermos dormir? —
Zeek já está claramente de saco cheio desse cara, Nova.
— Por que ainda estamos aqui? Precisamos ir, ele atirou em você!
— não posso evitar levantar a voz.
— Vir aqui nos mostrou que não temos nenhum lugar para ir. —
deslizo sobre a cama.
— Vim porque não tínhamos mais para onde ir, querida, não
tenho a mínima ideia do que vamos fazer amanhã, mas Lip não me
matou por uma razão, então por enquanto estamos bem.
— Eles pegaram uma, mas eles não pegaram esta daqui. Eles não
revistaram embaixo depois que pensaram que morri. — ele solta uma
risada, colocando-a na cintura.
~ 108 ~
Meu coração corre contra meu peito pelo homem sentado diante
de mim. Ele é tão mal quanto é inteligente. Ele sabe o que está fazendo,
e ele conhece o jogo de um criminoso. Estou incrivelmente excitada,
mas assustada pra caralho. Podemos sobreviver a isto, afinal.
— Zeek, — sussurro.
— Olhe para isso, olhe para nós. Perdi meu emprego e meu pai.
Você perdeu o seu clube, sua família, e foi baleado. — balanço a cabeça,
as lágrimas que estava tentando afastar caindo rapidamente.
— Isso é tudo que vale a pena. Não vou a lugar nenhum, Jillian.
Nunca. Se o mundo não pode se acostumar a estarmos juntos, então é
melhor dar o fora do nosso caminho.
~ 109 ~
ZEEK
Olhando para trás para ver o que lhe chamou a atenção, Jillian
está sentada acordada na cama, o cobertor puxado até o queixo com as
duas mãos, o olhar em seu rosto cai em algum lugar entre chateada e
~ 110 ~
talvez com ciúmes? Não consigo entender, sou péssimo em ler
mulheres.
~ 111 ~
— Isto, — pego meu pau duro. — É porque eu quero você, não
ela. — escalando no colchão pairo sobre ela, e pegando-a pelo longo
cabelo, forço a encontrar meus olhos.
— Oh, não, querida, você é muito pior do que isso. Você é uma
droga, a pior espécie dela. Uma que está me comendo de dentro para
fora. Você me faz fraco, um homem faminto e disposto a fazer qualquer
coisa pela próxima dose. E eventualmente... — me movo entre suas
pernas, ocupando seu espaço. Sua boca abre enquanto ela toma uma
respiração audível. — Você vai me destruir de dentro para fora. — seus
lábios estão inchados e me implorando para tomá-los, seus olhos
encapuzados com luxúria. Usando minha mão livre corro meu polegar
ao longo de seu lábio inferior, minha testa descansando contra ela. —
Mas sem a droga, o viciado não existiria.
~ 112 ~
porém, nervoso, que ela possa clarear seus sentidos e realmente me
afastar.
Afastando seus joelhos, sua boceta rosa brilha com desejo. Pronta
para devorá-la até que nenhum de nós possa voltar atrás. Inclinando
para frente toco sua excitação, e ela treme, um miado vibrando por todo
seu corpo. Usando a ponta do polegar, espalho sua umidade ali,
primeiro em círculos em torno da boceta e lábios, então lentamente
começo a estender a lubrificação para baixo em direção ao pequeno e
apertado botão dela.
~ 113 ~
Puxando minhas mãos de seu aperto, ela vira o cabelo sobre o ombro e
me olha por cima do ombro. A maneira como ela responde ao meu
toque, a maneira como ela olha para mim... me deixa selvagem.
~ 114 ~
— Oh Deus! — ela chora, e empurro meu pau em sua bunda um
pouco mais.
Sua bunda agarra meu pau enquanto pego o ritmo. Sinto sua
umidade quando começo a estocar dentro dela.
Sabendo que ela está totalmente relaxada agora puxo meus dedos
de sua boceta, e me sento sobre os joelhos, trazendo-a de quatro.
— Você gosta que eu foda seu pequeno rabo apertado com o meu
pau duro? Sua boceta molhada é gananciosa, querida. Está molhando
suas malditas coxas. Talvez eu deva enfiar meu pau lá, te dar o que sua
boceta está implorando.
~ 115 ~
— Não apenas ok, diga que você é a garota mais sexy que já enfiei
meu pau, ou eu vou parar agora. — retardo meu impulso e seu rosto
entra em pânico.
Ela geme palavras ininteligíveis tão alto que sei que todo mundo
pode ouvi-la. Soltando seu cabelo, a beijo e a trago de volta para o meu
peito.
***
~ 116 ~
Mordendo o lábio inferior, posso dizer que ela quer me fazer uma
pergunta. Não gosto de perguntas, elas levam a merda, merda que
causa estranheza, ou explicações. Posso senti-la olhando para o lado da
minha cabeça.
Meu coração corre contra meu peito, meu estômago aperta com a
sua pergunta.
— Você tem cerca de dois segundos para tirar suas malditas mãos
de mim. — o olho intensamente, meus olhos passando rapidamente
entre a palma da sua mão no meu peito e seu rosto.
~ 117 ~
— Temos cerca de dez minutos antes de sermos invadidos. — todo
mundo entra em pânico, correndo em torno do clube para esconder
contrabando, e as merdas que eles não querem que qualquer um que
não seja um criminoso conhecido se depare. Estive nessa situação uma
ou duas vezes. Ter a polícia e o departamento da polícia em nossos
bolsos tem suas vantagens.
Bull está focado em mim. Posso dizer que ele quer perguntar
mais, mas ele apenas balança a cabeça enquanto esfrega o queixo,
olhando em volta do clube por uma solução rápida.
Como uma bala, corro pelo corredor. A dor em meu corpo que se
dane. Tenho que esconder Jillian.
~ 118 ~
Agarrando a mão dela, arranco-a para fora do quarto, e sigo Bobby pelo
corredor.
~ 119 ~
gingo na escuridão como a porra de um pato, com Jillian rastejando
atrás de mim.
— Oh, eu não sei. Você viu esses dois merdinhas rastejando por
aqui? — Skeeter pega duas fotos do detetive e as deixa no chão, mas
Bull não tem que sequer olhar para elas antes de responder não. —
Você está invadindo meu clube por duas pessoas que não estão aqui? —
Bull continua. — Quão desesperado você está?
— Eu disse que não sei quem eles são, — grita Bull, colocando
sua cabeça entre o lixo cobrindo o chão.
— Certo, bem, soube que ela e o menino foram vistos aqui. — Bull
não responde.
~ 120 ~
Skeeter se inclina, segurando Bull pelo cabelo para fazê-lo olhar
para ele. — Deixe-me colocar desta forma, se nós descobrirmos que eles
estavam aqui e eu vou descobrir... fui ordenado a destruir o clube, tijolo
por tijolo.
Ele agarra Lip pelos cabelos, puxando sua cabeça para trás. Meus
punhos apertam com o desejo de descer e protegê-lo. Por quê? Não sei,
porra.
— O único que vai foder qualquer um aqui vai ser eu. Vou foder o
seu rabo enquanto destruo todo o seu clube. Você me entende?
Prendo a respiração.
~ 121 ~
— Oh, não, — sussurra Jillian, olhando para mim.
— Não senhor. Não acho que eles têm um, — outro homem grita
do hall.
Porra.
~ 122 ~
JILLIAN
— Droga, ela pode lutar. — uma voz ecoa. Minha cabeça palpita e
sinto náuseas. Tento mexer os braços para lutar de volta, mas estou
muito desorientada. Meu corpo é puxado como se não pesasse nada, e
sou jogada sobre um ombro. Minha cabeça balança enquanto me levam
para a área principal do clube. Zeek entra em foco, algemado ao bar.
~ 123 ~
— Deixa ela ir, porra! — ele exige, praticamente espumando pela
boca. Seu rosto está vermelho, perto do roxo, as veias salientes na
testa. — Leve-me! Meu tio me quer!
ZEEK
O corpo mole e pêndulo de Jillian balança enquanto saem, meu
pulso sangrando e machucado conforme arranco e puxo as algemas
ligadas ao fodido bar. O lado da minha camisa está encharcado com o
sangue dos pontos que estão estourando, mas não poderia me importar
menos sobre qualquer uma das dores. A única coisa que sinto é a raiva
e medo crescente no meu peito. É uma porra insuportável.
~ 124 ~
Ele puxa a perna da calça, e tira uma faca. Ele solta as pernas
com um suspiro profundo, e começa a tentar fazer seu corpo rolar para
que possa se sentar. Ele empurra, dobrando os joelhos, sem jeito.
Finalmente, ele solta seu Presidente e anda até mim, só para ser
interrompido no meio.
— Você quer dizer o porco que trouxe para o meu clube? — sua
voz é nítida e chateada.
— Não é assim. — não levanto a cabeça, e não olho para ele. Sei
que ele não vai entender.
— Por que não tenta e me diz por que você estava fugindo de
novo, e não minta. Caso contrário, vou deixá-lo apodrecer aqui.
~ 125 ~
Vibração atinge as algemas, fazendo-me olhar para cima e
encontrar Bobby utilizando a serra. Em poucos segundos ele me deixa
livre.
— Onde você pensa que está indo? — grita Lip, correndo atrás de
mim.
— Encontrar Jillian.
— NÃO! Isso é culpa sua, tanto quanto é minha. Alguma vez lhe
ocorreu pegar a porra do telefone, me ligar para conversar com o seu
próprio irmão? Não, você deu o fora. Você fugiu com a nossa mãe, e me
deixou para decidir tudo.
— Seu pai...
— Você acha que ele foi bom para mim? Você não acha que eu
tive meu traseiro chutado, Lip? Eu tive. Se não carregasse uma arma,
ou se dissesse a coisa errada no momento errado na frente das pessoas
erradas eu apanhava pra caralho. Porra, ele quebrou a porra do meu
pulso uma vez porque perdeu uma aposta que eu poderia superar a
pontaria do filho do presidente de outro clube. — eu o olho da cabeça
aos pés, seu olhar de surpresa não passa despercebido. — Eu sei que
você achou que eu estava melhor, mas não, não mesmo. A única
diferença foi que você teve a mãe atrás de você, eu não tinha ninguém.
~ 126 ~
sabia que era a única maneira de conseguir a sua atenção e, então a
merda deu errado, — aponto minha mão para ele, farto dessa merda. —
Esta porra não importa. Isso não muda nada.
— Eu não sabia que meu pai fazia essas coisas, que ele batia...
— Não estou fazendo isso por você, estou fazendo isso por ela.
JILLIAN
Não consigo ver nada. Minhas mãos estão algemadas nas costas,
fazendo com que todo o meu peso descanse no meu ombro dolorido.
Minha respiração está tão pesada que faz o tecido do saco chegar
até meu nariz. É tão difícil respirar, mas continuo puxando o ar, tanto
quanto meus pulmões permitem.
~ 127 ~
— Onde está a minha parte? — pergunta o detetive Needon. A
porta da SUV fecha, e não posso ouvir a conversa.
~ 128 ~
Ofegante, vejo se terminei. Tentando me comprar algum tempo,
cuspo e tusso esperando que Zeek apareça em uma moto brilhante para
salvar o dia. Minha visão está borrada por causa dos meus olhos
lacrimejando quando olho o SUV em direção à estrada, mas não há
qualquer sinal de uma moto, ou qualquer carro. Sem sinal de Zeek.
~ 129 ~
— Você está brincando comigo, Alfeo? — Frank acena sua mão ao
redor com raiva.
~ 130 ~
— Ei, Cross, traga uma Coca-Cola e um hambúrguer para a
nossa amiga. — Frank manda, ordenando o cara no banco do
passageiro. Cross... soa familiar, mas não consigo lembrar.
~ 131 ~
peso físico de seu olhar me deixando inquieta. Minhas mãos
instintivamente tentam proteger a minha parte inferior quando balanço
a cabeça. Olhando para baixo, deixo o pensamento se sentar por um
momento. Zeek tem puxado para fora sempre que goza desde antes da
casa armadilha, então as chances de estar grávida são pequenas. Certo?
Eu não tenho certeza de quão preventivo retirar realmente é...
Frank não diz mais nada; ele apenas esfrega o queixo quando
seus grandes olhos assustadores me olham pensativos. Escapo para
mais perto da porta e olho para fora da janela. Deus, depressa Zeek.
— Acho que você acabou de deixar tudo muito mais fácil, — ele
sussurra. Fico gelada, minha cabeça girando com toda a merda que
Frank diria ou usaria contra Zeek.
~ 132 ~
Talvez quando acordar tudo vai ser apenas um pesadelo.
~ 133 ~
ZEEK
Rapidamente, eu saio.
~ 134 ~
— Calma, irmão, nós estamos apenas recebendo informações,
lembra? — olhando por cima do ombro, Lip está com os braços
cruzados.
~ 135 ~
— Só estou querendo saber se uma boceta vale a pena tanto
assim, cara. — ele balança a cabeça. — Especialmente uma policial.
Ele aperta os freios, vira o carro e sai. Isso é quando percebo que
chegamos ao clube dos Devil’s Dust.
~ 136 ~
Caminhando para o clube, todos os homens do Devil’s Dust
param o que estão fazendo e olham para mim. Todos os olhos em mim,
o silêncio enche o clube e fico com a sensação esmagadora de que não
sou bem-vindo. Não os culpo, vir aqui foi a porra de uma má ideia.
Lip olha para mim, e cruza os braços. A maneira como ele respira
fundo transmite que o que ele está prestes a dizer é difícil para ele.
~ 137 ~
— Tenho um amigo em Las Vegas, trabalha como um soldado.
Vou ligar para ele, ver se posso pedir um favor. — Bull esfrega o queixo,
pensativo.
— Tenho uma moto que você pode usar para voltar para Vegas,
também, vou pedir para um Prospecto trazê-la, — Lip oferece.
~ 138 ~
JILLIAN
— Você acha que é durona, gata? Tudo o que você está fazendo é
deixar meu pau duro. Gosto de uma cadela que pode lutar. — ele morde
meu ouvido e grito de dor. — Agora ANDE, porra! — ele me empurra
para a garagem até as portas do elevador.
~ 139 ~
espaço pequeno, de frente para as janelas, composto por sofás preto de
pelúcia e cadeiras.
— Sim, ela é uma maldita cadela. — o jeito que Cross diz isso, soa
como Ron James. É completamente fodido.
~ 140 ~
— Plástico filme?
~ 141 ~
Frank belisca a ponta do nariz e suspira. — Na porra de uma
farmácia, seu idiota!
— Tic tac, tic, tac, — Cross ri. — Daqui a pouco você vai descobrir
se está carregando o bebê do assassino do seu pai.
***
— Essa foi a quinta mulher que matei, ela não era muito
inteligente, — Cross continua a me informar quantas pessoas ele matou
e como. Tentando ignorá-lo enquanto penso nas possibilidades de eu
estar grávida, e o que vou fazer para me vingar. O que é que eu vou fazer
se estiver? Zeek pode ter uma vida normal, e criar uma criança? Devo
abortar? O que isso significa para o meu trabalho? Como devo matar
esses idiotas?
~ 142 ~
Uma vara branca de xixi é colocada na minha linha de visão,
centímetros do meu rosto. — Mije nisso, — ordena Frank, seu tom
firme.
~ 143 ~
Cross envolve a mão no meu pescoço, pressionando os polegares,
dor envolve meu pescoço enquanto ele me obriga a ficar no chão. Alfeo
assobia, seus olhos imperdoavelmente se arrastando de cima a baixo
pelo meu corpo. Lentamente Cross me solta e eu olho para fora da
janela do banheiro vendo as luzes de Vegas refletidas. Sinto que vou
vomitar de novo. Deus, onde está Zeek?
Frank entra no banheiro, a vara na mão. Posso dizer que ele não
suja as mãos, ele tem homens para fazer isso por ele.
Ele bufa.
~ 144 ~
descobrir que estou grávida algemada e forçada a fazer xixi em uma
vara. E não quero Zeek caindo em uma armadilha por causa de mim ou
do bebê.
— Não! — reafirmo.
Uma lágrima desliza entre meus lábios, meus olhos vibrando com
a derrota. Acabou. Nunca vou viver comigo mesma sabendo que meu
orgulho matou um pedaço de Zeek e eu.
— Diz aqui que você tem que esperar três minutos. — Alfeo
aponta na parte de trás da caixa que está segurando.
~ 145 ~
— Fodo a bunda das cadelas apenas para evitar essa merda, —
Cross rebate e Alfeo balança a cabeça. Juro que fui sequestrada por
idiotas.
***
Frank coloca o teste sob a luz, Cross olha por cima do ombro para
os resultados.
~ 146 ~
— Estou grá-grávida. — minha voz esganiçada em descrença.
Olhando para baixo vejo minha barriga, a ideia de carregar uma criança
não parece real. — Grávida, — sussurro, pequenas borboletas de um
sentimento desconhecido enchem meu estômago.
~ 147 ~
ZEEK
— Fique calmo, cara, a moto está sendo trazida. Você pode ir para
Vegas agora.
— Olá?
— Verifique isso.
~ 148 ~
Coçando a parte de trás do meu pescoço, puxo o telefone da
minha orelha e abro uma mensagem de texto, sentindo náuseas que vai
conter algo horrível. É uma imagem, mas não posso ver ainda. A
imagem vem à resolução completa que mostra duas linhas cor de rosa
em uma pequena janela circular.
É um teste de gravidez.
Positivo.
Meu mundo falha. Tudo ecoa, minha visão borra. Meu estômago
revira tão forte que sinto que poderia vomitar. Isso não pode ser real.
— É melhor...
— Não? Bem, acho que nós vamos descobrir. Os chefes têm tirado
mais que o normal do casino e quando sugeri me retirar, eles se
recusaram. É hora deles... e você... perceberem que estou assumindo.
Amanhã à noite um sedan preto estará deixando o Sin Casino com
sacos de dinheiro a serem entregues para a Máfia. Você irá interferir e
pegar esse dinheiro, trazendo-o de volta para mim.
— E se eu não o fizer?
~ 149 ~
— Oh, e há mais uma coisa. Você deve começar com o
planejamento, Zeek, seu clube trabalha para mim. Não vamos mais
lutar contra o inevitável aqui. — a ligação termina, meus dedos
curvados ao redor do telefone ao ponto de quase quebrá-lo.
— Ela esta grávida. Frank está com ela, e se não atender suas
exigências, ele vai matar ela e o bebê. Não posso deixar isso acontecer.
~ 150 ~
Bull esfrega a parte de trás de sua cabeça. — Me dê um
momento?
— Faça isso rápido, realmente preciso ir. — não sei o que diabos
vou fazer, mas sentar aqui não é uma opção.
Olhe para mim, como posso ser um maldito pai. Mal posso ser o
homem que Jillian merece, e muito menos o modelo que uma criança
merece.
— Sim.
~ 151 ~
volta. — Bull toma um gole de sua cerveja, seus olhos nunca deixando
os meus.
— Sim. Mas para você conseguir a nossa ajuda, você tem nos dar
todo o dinheiro, ou nada feito. — balançando a cabeça, olho para Lip
que está me olhando de volta com os braços cruzados.
— Isso significa nada para você e seu clube. Você está escolhendo
sua mulher ao invés do dinheiro, — Bobby esclarece tudo, como se não
tivesse entendido o ultimato de Bull.
— Frank é meu!
— Entendido.
~ 152 ~
JILLIAN
— Acho que vamos ver onde a cabeça de Zeek está. Será que ele
irá me trazer o dinheiro, ou vai tentar salvar a mulher e filho e morrer
no processo?
Fecho meus olhos, não querendo mais ouvir sua voz. A maioria
das mulheres que descobrem que estão grávidas estão andando pelo
banheiro, os seus maridos se preocupando no outro quarto. A ideia de
paternidade os assustando enquanto eles se perguntam se vão
sobreviver as lutas pela frente.
Frank esfrega sua gravata. — Não vou matar Zeek. O acordo era
que ele teria que voltar para o clube e estar sob o meu comando. Não
posso manter esses animais na linha, e fazer o lado do negócio das
coisas também. Preciso de alguém com algum cérebro para cuidar do
clube.
~ 153 ~
façam. — Frank puxa a gravata novamente e caminha em direção ao
elevador.
— Então, acho que prender você em um porão até você ter esse
filho seria melhor. Nós poderíamos moldar a criança, ele ou ela, em um
animal como o pai. Melhor. Um que obedece e sabe o seu lugar.
Não quero isso para Zeek, e com certeza não quero isso para um
filho meu. Meus membros se tornam impacientes, meus pulmões
queimando para lançar um grito emocional.
~ 154 ~
— O sangue de um Outlaw, misturado com o de uma policial.
Este garoto iria apresentar algumas habilidades incríveis. — Cross
estatela no sofá, os braços estendidos ao longo das costas. — Sim,
garanto que Frank estará bem com isso. — ele abaixa a cabeça, os
olhos encapuzados. — Então parece que você não vai tomar o caminho
mais fácil.
Estou quebrando.
Já estou quebrada.
ZEEK
Pronto para voltar para Vegas, decido ligar para Felix, contar a ele
o que aconteceu e descobrir se ele tem visto Jillian.
— Olá?
— Mas? — Felix sabe que há mais. Ele conhece o tio Frank tão
bem quanto eu.
~ 155 ~
— Nós voltamos a trabalhar para Frank.
— Se você fizer isso, você não terá o clube de volta mais uma vez,
você sabe disso, certo? Se você a salvar, é jogar tudo nas mãos dele.
Você estará escolhendo a porra da policial ao invés do seu clube, de
novo! — ele ainda está gritando, e isso me irrita mais do que já estou
irritado. Estalo. Ainda sou a porra do presidente, e ele obviamente
esqueceu o respeito antes que atendesse ao telefone.
Desligo o telefone, olhando para Lip. Meu rosto deve parecer como
uma criança em uma fodida casa de horror pela maneira que Lip está
olhando para mim.
~ 156 ~
Vou salvar uma detetive.
— Por que você está fazendo isso por mim? — pergunto a Lip
enquanto coloco meu colete no lugar.
~ 157 ~
— Você estava certo, sabe.
— Em não voltar para Vegas comigo, porque meu clube era nada,
além de selvagens.
~ 158 ~
— Haverá um sedan preto com pelo menos três homens, e eles
vão estar armados até os dentes. Eles chegam pela entrada dos fundos,
onde o caminhão blindado leva o dinheiro para o depósito, um dos
homens que ajuda a carregar os caminhões vai levar os sacos marcados
e entregá-los a um dos homens que conduzem o sedan. O caminhão é
sempre pontual... nunca se atrasa. Que dia é hoje? — tirando os olhos
da janela, olho para Lip.
— Sexta-feira.
~ 159 ~
ZEEK
— Entendido.
~ 160 ~
— Seus? — Lip pergunta.
— Jesus Cristo! — Lip grita. Ele olha por cima do volante, e bate
no acelerador enquanto corremos para frente.
— Que porra foi essa?! — grito. Minha testa arde e meu ombro
queima. Pressionando os dedos no cabelo, acho sangue. Não muito,
mas o suficiente para me fazer encarar Lip.
~ 161 ~
Saindo do carro, puxo minhas duas armas para fora e as miro na
porta do passageiro. Os homens começam a sair do carro, armas na
mão e cada um de pé.
— Oh, que tal com dinheiro falso? — seus olhos brilham, e não
posso evitar rir.
~ 162 ~
dinheiro, e então vamos colocá-los no carro. Quando os homens de
Frank saírem para pegar, você o ataca.
JILLIAN
Suor escorre pelas minhas costas, meu estômago roncando com a
necessidade de comer. Estou tão cansada, mentalmente e fisicamente.
Lágrimas caem dos meus olhos conforme choro, rezo para Zeek
ter um plano quando ele chegar. Quero ser forte, mas estar amarrada
numa cadeira e ter sua vida e do seu bebê ameaçada... tudo o que você
pode fazer é chorar e esperar.
~ 163 ~
pensar neste tipo de merda. Amo isso. — ele ri como o diabo
reencarnado. — Ele nem vai saber que ela está viva. Ela vai ficar bem
debaixo do seu nariz o tempo todo, até quando carregar essa criança e
torná-la nossa arma!
~ 164 ~
Os ombros de Cross sobem e caem, os olhos cheios de raiva
enquanto seu rosto quase fica roxo.
Um cara loiro com Devil’s Dust escrito em seu colete anda até
mim, Bobby, acho que é. Ele corta o envoltório em torno da cadeira com
uma faca Buck. Adrenalina corre através do meu corpo tão rápido que
não tenho paciência para esperar ele libertar minhas mãos das
algemas. Rasgo o plástico filme do meu corpo, e corro para ajudar Zeek.
— Jillian!
~ 165 ~
— Eu vou desfrutar de te rasgar ao meio. — minhas palavras me
surpreendem, vindo de um lugar escuro que nunca soube que tinha. No
entanto, não vacilo.
— Obrigada, — coaxo.
~ 166 ~
braços, com certeza posso dizer sem dúvida que sou dele para sempre.
Assim como ele disse, nunca vou ser capaz de deixá-lo.
Olho nos olhos de Zeek, e não quero que ele quebre o abraço
confortante que seus braços trazem. Eu sei o que vai acontecer em
seguida, porque o olhar de cobiça e amor está desaparecendo em algo
sombrio e ameaçador. Puxando seu olhar oco do meu, ele se concentra
em Frank.
ZEEK
Respiro fundo, tentando me acalmar, mas a fúria nervosa dentro
de mim não pode ser contida.
Como a pequena cadela que ele é, tenta fugir. Ele não vai muito
longe, porém, porque a arma de Lip o chicoteia na cabeça, fazendo-o
cair de joelhos.
Então aponto a arma para ele, na cara dele, uma atuação que ele
vem fazendo tudo para o meu próprio bem caindo ao que ele realmente
é. Um bandido cruel. Um Deluca.
~ 167 ~
ordenei matá-lo? Porque eu sabia que você ficaria fraco e vulnerável
depois, e você ficou. Foi tão fácil manipulá-lo para fazer o que eu
precisava. — ele ri, a cabeça caindo para trás diante de seus olhos
mortos me fixando onde estou. — Mas, veja, não mencionei uma parte
crucial da informação. Ele não era o seu pai. A cadela da sua mãe
dormiu com Cross quando ela descobriu que seu marido estava fodendo
com uma prostituta do clube. Cross é seu pai. Você me escutou? Você.
É. Filho. Do. Cross.
A única coisa que sinto por Cross é nada. Ele não era meu pai,
digo a mim mesmo. Ele era um covarde, não importa quão ruim ele era
nas ruas de Las Vegas. Ele era um covarde dentro deste círculo de
mentiras por deixar outro homem me criar como seu.
~ 168 ~
jovem. Por causa disso perdi não apenas pessoas que eu amo, mas
perdi quem eu poderia ter sido.
Merda!
Eu sei que ela tem que estar além do medo, e isso é contra tudo o
que ela representa. Como ela poderá me olhar do mesmo jeito depois
que ela viu o animal que sou capaz de me tornar será um milagre. Eu a
amo, porém, e vou fazer com que esses olhos estejam cheios de nada
além de amor e luxúria, e não de medo quando olhar para mim.
~ 169 ~
Não suporto vê-la com medo de mim, preciso de seu amor. Tenho
que tê-lo ou não vou sobreviver. Por alguma razão, ela é a única que
confio neste mundo.
— CARALHO! — grito.
— Ele se foi? Ele não pode ter ido! Ele vai voltar, ele...
— Está queimando pra caralho, mas acho que vou ficar bem, —
ela responde com os dentes cerrados. Quero virar e bater com o punho
na garganta de Shadow. Ele jurou que não iria acertar nela. Mas ela
poderia até mesmo não estar aqui sem a sua ajuda.
~ 170 ~
os telhados, e projeto meu queixo para fora. Silenciosamente dizendo a
ele que estamos bem.
— Não foi tão ruim trabalhar com você, — sua voz bem-
humorada. Acho que Lip e eu sempre tivemos uma falha de
comunicação desde que éramos crianças. Com nossos pais fora do
caminho, e as nossas cabeças fora de nossos traseiros, graças a
algumas mulheres fortes, talvez agora possamos realmente ser os
irmãos que deveríamos ter sido. Deixamos nosso orgulho e o tamanho
dos nossos paus para trás. (Porque todos nós sabemos que o meu é
ainda maior).
— Você sabe que Frank estava falando merda, certo? Você é meu
irmão Zevin, posso sentir isso, e eu sei disso. — fechando os olhos, ele
balança a cabeça. Não tenho nenhuma dúvida de que Lip é meu irmão,
seja metade ou totalmente. Mas não acho que Frank estava falando
merda.
~ 171 ~
— Você quer dizer que você vai realmente atender ao telefone se
eu ligar? — digo com um sorriso no rosto. Tentando cortar a tensão
espessa em torno da estranheza da nossa ligação.
— Até, — sussurro.
~ 172 ~
JILLIAN
— Obrigada, — respondo.
~ 173 ~
Finalmente nos soltando, destranco a porta e congelo. Parece que
fui roubada. Espere, não, tudo ainda está aqui. Há roupas penduradas
em todos os lugares, e me inclino para pegar uma peça de roupa até
que não a reconheço.
— Que diabos?
Jinx derrapa enquanto corre para a sala de estar e vem para mim.
Curvando para baixo, o seguro quando se esfrega contra mim, miando
como um louco. Ele sentiu a minha falta.
— Pedi a Machete para cuidar de Jinx, mas não sabia que ele
tomaria isso como um convite para ficar aqui. — ele corre a mão pelo
rosto, olhando em volta para as latas de Mountain Dew vazias. —
Realmente sinto muito, eu vou mandar este idiota vir limpar essa
bagunça.
~ 174 ~
ásperas e masculinas. — Não se preocupe com a casa, temos um monte
de merda que temos que fazer primeiro, isso pode esperar.
~ 175 ~
nas minhas costas. Virando-se, ele entra primeiro, e paro entre suas
pernas. Sentando-me contra seu peito quente, ele desliza meu cabelo
até um ombro, e seca minhas lágrimas.
Tomo uma respiração profunda, com medo do que ele vai dizer.
Pessoas terminam relacionamentos por isto. Não sei se posso
simplesmente fugir de Zeek depois de tudo o que passamos.
— Nós. Olhe para nós. Nós não somos os mais seguros, ou o casal
mais normal para educar uma criança. O bebê foi usado contra nós e
ainda nem mesmo está aqui. Estou com medo que eu possa ser uma
mãe terrível. Consigo ver isso agora, e estarei pregando sobre regras da
~ 176 ~
escola, e como lidar com valentões da maneira certa. Além disso, tem o
meu trabalho. Se eu conseguir recuperá-lo, vou ser colocada no serviço
administrativo por um tempo. Eu odeio isso. E Cross... ele sumiu, mas
e se ele vier em busca do bebê? — divago, liberando tudo o que passou
pela minha cabeça desde que descobri que estava grávida.
— Você não estava lá, você não viu o olhar nos olhos de Cross. Ele
quer esse bebê.
— Cross estará morto, e se ele voltar vai ser por mim, querida.
Não pela nossa criança.
— Você acha que ficar com o bebê é uma boa ideia? — meu peito
infla com a incerteza, o stress me deixando tonta.
— Não seja tão evasivo, me diga, você quer ficar com ele? —
gesticulando para mim, me envolve em uma toalha, virando-me para
encará-lo.
Suas palavras rolam pela minha cabeça como uma roda perdida
saltando pela estrada.
— Você acha que o que Frank disse é verdade, sobre Cross ser o
seu pai? — as palavras derramam da minha boca antes que eu consiga
pará-las.
~ 177 ~
Ele fica tenso, e tremo com a minha pergunta estúpida. A ideia de
Cross ser avô, que seu sangue está correndo através de mim, tem
estado em minha mente desde que Frank revelou o segredo sujo.
~ 178 ~
Um rosnado baixo vibra em seu peito enquanto suas mãos
apertam minha bunda, e seus dedos escavam em meu rosto antes de
me pegar. Seus olhos escuros estão nos meus quando ficamos no
mesmo nível.
***
~ 179 ~
Odeio esses tipos de chamadas.
***
Estava nervosa que poderia ter pesadelos, mas estava tão exausta
que nem sequer sonhei.
~ 180 ~
Usando suas mãos, ele empurra e puxa meu corpo em seu pau,
usando minha bunda como guidão.
Olhando por cima do ombro, vejo que sua boca se abriu de uma
maneira sexy, a testa franzida com o esforço. Seu peito está tencionado,
seus bíceps flexionados ao máximo. Ele retarda as estocadas, e isso me
pega desprevenida. Zeek nunca foi lento, mesmo quando me acidentei
ele foi duro, e no controle.
— Então por que não disse para eu ficar com ele? — estou um
pouco zangada que ele me fez decidir tudo.
~ 181 ~
— Eu preciso contar a Alessandra. — Deus, eu posso literalmente
ouvir seu suspiro daqui quando disser a ela que estou grávida.
— Por que você não vai vê-la, tenho certeza que ela está
preocupada com você. E vou colocar meu clube em ordem. — ele
levanta da cama.
~ 182 ~
JILLIAN
Conto a ela tudo o que aconteceu. Como não matei meu pai, como
é que fugimos para os Devil’s Dust, sobre Frank, até mesmo Cross, e
como tudo terminou.
~ 183 ~
Ela fica lá olhando para mim, a boca aberta.
— Entendo seu ponto de vista. Diga a ele que Cross atirou em seu
pai então. Onde está a arma agora?
— Como está minha mãe? Você falou com ela hoje? — mudo de
assunto.
~ 184 ~
— Bem, você tinha um monte de coisas acontecendo, sendo
sequestrada e ficando grávida, eu posso entender isso. Você vai embora,
certo?
— Eu já ouvi histórias.
— Você ouviu?
— Preciso ver minha mãe, e mesmo que meu pai fosse um verme,
não consigo afastar os pensamentos das vezes que ele não era um
tenente e foi realmente um pai. — olho para ela, e ela assente em
compreensão.
ZEEK
Flexiono minhas juntas, sangue espalhado sobre elas, Felix,
Machete, e eu acabamos com aqueles que foram inclusos pelo meu tio,
ou aqueles que se voltaram contra nós e ficaram do lado dele. Não
~ 185 ~
sobrou muito, mas prefiro ter dez homens leais, do que trinta homens
não confiáveis atrás de mim.
~ 186 ~
— Você acha que Frank estava falando merda quando disse que
Cross era o seu pai? — Felix levanta uma sobrancelha, com a cerveja a
meio caminho da boca. Suspiro, cansado dessa conversa. Deixa-me
doente pensar sobre esta possibilidade.
— Não, acho que não. É por isso que temos que encontrá-lo.
JILLIAN
Olho de longe. Todo mundo no cemitério está no círculo em torno
do túmulo do meu pai, uma bandeira estendida sobre seu caixão. Não
pareceu muito bom ficar lá, não quando estou carregando o bebê do
homem que matou meu pai no meu ventre.
Além disso, não tenho certeza que não iria ser presa no local.
Ainda preciso lidar com isso.
— Eu sabia que era você. — ela não olha para mim, enquanto
olha para o céu ensolarado. Ela está em um vestido de renda preto, com
um chapéu preto que é dois tamanhos maior.
— Mãe, eu... — paro. Eu não sei o que dizer. Quero dizer que meu
pai era sujo, que ele não era o homem que achava que ele era, mas não
quero quebrar seu coração mais do que já está. Talvez se ela lembrar
dele da maneira que pensava que ele era não seria uma coisa ruim.
~ 187 ~
Virando-se para mim, seu rosto de pedra se transforma em
simpatia. — Não desperdice suas lágrimas sobre ele, querida.
— Eu amava seu pai, e ele te amava, mas ele era tão sujo como dá
pra ser. Ele estar naquela sepultura é provavelmente o melhor para nós
duas. Para ser honesta, eu esperava que isso acontecesse muito mais
cedo do que isso.
— Você sabia?
— Bom, isso significa que fiz a coisa certa. Fiz tudo o que podia
para te proteger dos negócios secundários dele. Uma vez ele pegou o
dinheiro de uma gangue aqui na cidade, e acho que ele não cumpriu
seu lado do negócio. — ela arqueia as sobrancelhas para mim. — Eles
colocaram fogo na nossa casa e perdemos tudo. Se não fosse pelo
departamento e a Cruz Vermelha, teríamos dormido nas ruas, Jillian.
— Com a bondade que restava nele, ele não queria que você
gostasse disso. Eu o elogio por isso. — ela balança a cabeça
rapidamente, apontando para nada em particular.
~ 188 ~
— Isso não importa mais, não vou ser capaz de fazer qualquer
coisa depois que eles acharam que eu o matei.
— Eu sei que você não o matou, logo que veio na TV, eu sabia que
as relações dele finalmente tinham o pego. Eu estava preocupada
tentando te encontrar. Alessandra e eu até mesmo imprimimos folhetos,
— ela sorri, pegando minha mão. — Eu quase não dormi, nervosa que
algo tivesse acontecido com você. O departamento não retornava meus
telefonemas, ou me não me dava informações sobre o seu caso. Orei, e
esperei com toda minha alma que você voltaria ilesa.
— Mãe! — grito.
— Bem, é, não é?
— Ele não é o que você pensa, mãe. — aí vem a notícia que vai
acabar com a sua felicidade, mas sinto que ela precisa saber quem ele é
antes de aceitá-lo plenamente. Não vou contar a ela tudo, é claro, ela
~ 189 ~
não precisa saber que Zeek matou o seu marido, mas vou deixá-la saber
que Zeek não é nenhum menino do coral da igreja.
— Sim.
***
~ 190 ~
— O quê?!
~ 191 ~
JILLIAN
— Sinto muito que você teve que fazer isso. — suas palavras
soprando no meu pescoço, e os braços me puxando para mais perto.
~ 192 ~
Virando o rosto, ele beija minha palma. — Eu te amo, Recruta.
Ele paralisa, seu coração batendo tão forte no peito que consigo
sentir.
— Minha mãe estava lá, e disse a ela sobre o bebê. Ela quer
oferecer a você uma caçarola. — não posso deixar de rir.
— Sim, porque a última vez correu tão bem, por que não. —
sarcasmo pinga de sua voz.
— Você acha que isso vai ser mais fácil? Nós, eu quero dizer?
Você ser um cara mau e eu ser policial?
~ 193 ~
JILLIAN
É um saco.
~ 194 ~
— Eu disse que não fiz nada!
— Droga.
— Sim, não seja boa com ela. Faça-a esperar para ser fichada ou
algo assim. Você sabe o que... apenas faça da vida dela um inferno. —
ele parece frustrado, a testa enrugada de raiva. Não posso deixar de rir.
— Sim?
— A 405? — isso não faz sentido, isso não pode estar certo.
Mordisco o lábio e agito o mouse do computador.
— Não, isso não está certo, eles têm gangues rivais nessa rota.
Atenha-se a 110, eles vão pegar essa direção, eu sei disso. — olhando
para trás, para Chewie, ele franze a testa.
— Beleza.
~ 195 ~
— Ei, você vai me fichar ou não? Onde está o meu telefonema,
cadela? — Dolly masca um chiclete, os joelhos raspados por Chewie ter
prendido ela no chão. Seus olhos se iluminam com reconhecimento
quando a enfrento.
ZEEK
— Você tem certeza?
— Sim, disse para tomar a 110, que você tinha rivais na 405. —
um sorriso orgulhoso surge em meu rosto.
— Nós não vamos entregar até amanhã, nós temos tempo para
fazer planos e deixar tudo arrumado, — grito atrás dele.
***
~ 196 ~
— Ei, querida! — grito, jogando as chaves sobre a mesa lateral.
— Eu queria, está tudo bem. — ela segura meu rosto com uma
luva de forno.
— Oh, isso seria incrível. Eu não consigo fazer como você faz.
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Levanto sua camisa e esfrego em sua barriga inchada. Ela está
apenas de cinco meses, mas está ficando grande. Apenas sua barriga e
seios, não que eu esteja reclamando. Sua bunda tem um balançar extra
também, algo que me encontro gostando mais e mais. Todo o resto está
aproximadamente do mesmo tamanho.
— Melhor?
— Sei que você não pode se casar comigo, porque ao fazer isso
você terá que desistir do seu trabalho. E não posso te pedir para fazer
isso. — ela abre a boca para se defender e eu a calo. — Eu sei que o
departamento não vai deixar uma policial se casar com um criminoso.
Eu entendo isso, querida, mas não significa que não estou tirando o seu
traseiro do mercado no momento. — abaixo minha mão até sua barriga
inchada. — Nós fizemos uma família juntos, e eu quero não só ser um
pai, mas o homem que você merece. Isso significa intensificar e não ter
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medo de compromisso e saber que eu posso fazer isso com você, não
parece mais tão assustador.
— Nós vamos ter uma cerimônia onde você quiser, e você pode se
produzir. Assim como em um casamento real, mas sem a porcaria legal.
Eu gostaria de poder fazer mais, mas...
— Eu amei.
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Eu sorrio como um maldito idiota.
— Sim?
— Pensei que com a história por trás deles, seria... eu não sei,
doce ou algo assim. — dou de ombros. — Eu pensei em propor em um
restaurante ou algo extravagante, mas é aqui que nos tornamos nós...
onde todos os nossos segredos começaram, então achei que seria
perfeito.
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ser solto por seu novo tenente. Não importa, porém, porque ela nunca
vai me pegar.
FIM
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