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A Estrela Mais Brilhante Do Norte

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“Eu sei exatamente para onde eles foram”

Ava levanta a cabeça que estava repousando no ombro de Sara para encarar os seus
olhos azuis, uma expressão de confusão tomando conta de seu rosto. Ela não conseguia
entender o que sua namorada quis dizer, mas onde quer que as Lendas estivessem, agora,
naquele instante, não importa. Nada mais importa a não ser aquela mulher, a mulher que virou
seu mundo de ponta cabeça desde o início, nada mais importa a não ser o sentimento de tê-la
de volta em seus braços, nada mais importa do que sentir o cheiro dela, sentir o toque de seus
dedos em sua pele, nada mais importa. A verdade é que o mundo poderia explodir naquele
exato momento que Ava Sharpe nem mesmo perceberia.

Ela voltou a encostar sua cabeça em Sara, porém dessa vez ela colocou seu ouvido
diretamente conectado com o coração pulsante de sua namorada. As batidas fortes contra seu
ouvido era mais uma indicação de que isso não era um sonho. Não poderia ser um sonho,
poderia? O universo não pode ser tão cruel ao ponto de fornecer o seu maior desejo somente
para arrancar o seu tudo assim que ela acordasse.

O medo de Sara desaparecer cresce com cada batida que Ava ouve, cada batida
trazendo novamente a fala de Spooner “Aquilo a matou” de volta ao centro de seus
pensamentos. Seus olhos inevitavelmente se enchem de lágrimas pela milionésima vez e Ava
a abraça mais forte e se aproxima de Sara o máximo possível, colando seus corpos. Por favor,
por favor não a tire de mim é tudo que ela consegue pensar, pedir e implorar para qualquer
entidade que a esteja ouvindo.

“Hey, hey!” – Lance sussurra, virando seu corpo em direção a Ava. A loira mais alta
esconde seu rosto em seu pescoço respirando fundo o seu cheiro, um cheiro que incluía
fumaça, sujeira e provavelmente muitas outras coisas, mas no fundo, lá estava ele, o cheiro
característico de Sara Lance. – “Ava...” – Seu chamado é suave, seus dedos viajam de suas
costas até os cabelos macios de sua quase noiva e isso só faz com que Ava quebre em soluços,
soluços que ela estava dando tudo de si para segurar. Sentir Ava chorar tão forte contra si,
sentir seu corpo tremer de angustia quebrou o coração de Sara e fez com que lágrimas
sorrateiras escapassem de seus olhos.

“Eu estou aqui, shh, shh, está tudo bem, vai ficar tudo bem baby” – Era tudo que ela
conseguia dizer agora.
“Eu achei... Eu tinha certeza... Sara...” – Ela mal conseguia dizer as palavras com o
caroço gigante que se instalou em sua garganta.

Não havia nada que as duas pudessem dizer, nada que fosse tirar a dor do peito de
Ava de ter passado dias acreditando que o amor de sua vida tinha morrido, então ambas
apenas ficaram ali, abraçadas, enquanto o choro de Ava diminuía gradativamente.

“O que aconteceu?” – Ava precisava saber... Como? O que aconteceu que a trouxe de
volta para os seus braços?

“Não é importante agora. Mas te digo... Vou precisar de vários banhos para tirar
todos os resquícios de tudo que encontrei por lá” – É claro que Sara Lance ia querer fazer Ava
rir num momento desses. O pior é que sempre dá certo, pois Sara sabe fazer Ava Sharpe a
pessoa mais feliz do mundo. Então não é surpresa para nenhuma das duas quando Ava deixa
escapar um riso libertador, um riso que não condiz com o seu rosto ainda molhado de
lágrimas.

“Você...” – Ela suspira, finalmente levantando os olhos para encarar os par de olhos
mais azuis que ela já encontrou – “Você, Sara Lance, é o amor da minha vida” – Ela diz num
sussurro dolorido, as palavras são as mais fáceis e mais verdadeiras que ela jamais disse, mas
a dor ainda está presente.

Sara abre um sorriso largo, que mostra os seus dentes perfeitos, um sorriso que
durante todos esses meses separadas foi a única coisa que manteve a co-capitã da Waverider
de pé, afinal quando ela fechava os olhos, era apenas aquele sorriso que ela conseguia ver.
Ava encara os lábios finos de Sara por alguns segundos antes de beijá-la. Um beijo lento e
cheio de saudades, um beijo de redescoberta, um beijo que esperançosamente diria tudo que
ela sentia naquele momento, tudo aquilo que as palavras não conseguiam mensurar. Elas não
sabem quanto tempo o beijo dura, e na verdade elas nunca mais queriam que ele terminasse.

Ava traz a namorada ainda mais para perto, uma de suas pernas acabam entre as de
Sara, os dedos agarram sua nuca e seus lábios ficam mais urgentes. Oxigênio não era
importante, o importante agora era sentir que elas nunca mais se separariam. Sara também
sente o mesmo desespero, pois cada minuto que ela passou no espaço, era um minuto que ela
pensava se veria e sentiria Ava novamente, e ela nem mesmo faz ideia de quanto tempo de
passou, mas cada minuto era de pura agonia e saudade.
Sara a puxa para perto pela cintura, escorregando seus dedos para dentro de seu
roupão azul e passando pela barreira da blusa que Ava usava por baixo para encontrar sua
pele quente e macia. Seus lábios devoravam os lábios da namorada enquanto os dedos
reafirmavam de que aquela era Ava, sua estrela do norte, sua luz guiadora e ela estava ali,
finalmente a um toque de distância. Ava de repente mordeu os lábios de Sara e a loira mais
baixa não conseguiu guardar o gemido para si e aquilo foi tudo que Ava precisava para elevar
seu corpo e sentar sobre o quadril de Sara, puxando-a pela nuca para sentar-se sem nunca
desgrudar seus lábios.

Num frenesi, Ava desceu seus beijos para o maxilar de Sara, seguindo em direção a
sua orelha onde seus dentes capturam o seu lóbulo fazendo a loira mais baixa grunir. Com
agilidade, Ava escorrega seus dedos por todo o peito de Sara, claramente com uma missão em
mente.

“Espera, espera” – É com pânico em sua voz que Sara agarra as mãos de Ava e
entrelaça seus dedos com o intuito de fazê-la parar seus movimentos. Seus olhos se encaram,
com os pulmões queimando pela falta de oxigênio – “Eu... O que aconteceu comigo...” – Meu
Deus, como se diz ao amor de sua vida que aquele corpo não é mais seu, já não é mais o corpo
que ela mapeou por tantas noites, já não possui mais as cicatrizes que marcaram sua
existência nessa terra? Sara ainda não estava preparada para dizer exatamente o que aconteceu
com ela, mas se elas continuassem, Ava perceberia em poucos instantes – “Ava... Me mudou,
mudou o meu corpo... Eu não...” – Mas Ava não a deixou terminar, ela via o medo e a
insegurança de seu amor em seus olhos cintilantes.

“Não importa, não importa o que aconteceu, não importa o que mudou Sara. Você
está aqui e eu quero amar você” – Ela disse baixinho. Sara sorri novamente, por Deus, parece
que ela não sorria a meses e essa mulher a faz sorrir só por existir! Acariciando a bochecha de
Ava, mais uma vez, Sara se questiona se realmente merece essa mulher, se merece esse amor
tão puro e intenso. Seu peito parecia que explodiria a qualquer momento apenas pelo jeito que
Ava a olhava. Seus lábios se encontram novamente num beijo rápido e foi como se pela
primeira vez em muito tempo, Sara conseguisse finalmente encher seus pulmões de ar.

“Ok, tudo bem, mas acho que preciso de um banho antes.” – Ela diz com um sorriso.

“Eu posso te ajudar com isso.”


Sara abre um sorriso minucioso sabendo o que Ava queria dizer com aquela simples
frase. Ela se levanta e pega a mão de sua amada, conduzindo-a para o banheiro. Ava sentindo
o seu coração pulsar de ansiedade, saudade e paixão, não a deixa ficar longe de seu toque por
muito tempo e começa a despir a Sara pelo caminho. Com certa urgência, ela puxa o cinto do
macacão preto e rapidamente o faz cair aos pés de Sara, esta, que se mantem estática,
admirando cada ação desesperada da Ava, sorri maliciosamente, ao notar a reação que Ava
transmite ao notar que não há mais peças a serem retiradas. A loira mais alta solta um suspiro
fundo, acompanhado de um gemido baixo, pois ela anseia por aquele corpo, ela precisa sentir
cada parte dele. Pensando assim, ela agarra as coxas de sua baixinha, trazendo-a para o seu
colo e iniciando um beijo feroz, continuando o percurso até o banheiro, nenhuma das duas
pensando em nada além de como seus corpos se encaixavam perfeitamente.

O beijo fica cada vez mais envolvente, molhado e desesperado. Sara agarra o cabelo
de Ava no intuito de não deixar a loira se afastar, porém isso estava longe dos planos dela.
Para recuperar o folego, Sara afasta levemente seus lábios, levando-os até a mandíbula de
Ava, onde deposita beijos leves e demorados. Ava mantem seus olhos fechados, apreciando o
calor do corpo de Sara, apalpando cada parte de seu corpo pequeno e quente.

Sara prossegue com os beijos até o pescoço de Ava, levando suas mãos para o nó do
roupão. Ela retornar seu olhar para o rosto corado de Ava e abre um sorriso largo. Ava
corresponde o sorriso mordendo seu lábio.

“Você está me matando, Sara...” – Diz ela fechando novamente os olhos e apertando
suavemente a bunda de Sara trazendo-a para mais perto e com que o atrito causado em seu
centro, Sara fecha seus olhos, suspirando. Ela apenas sorri e desamarra o roupão de Ava e o
sorriso aumenta ao se deparar com sua lingerie azul, do mesmo tom de seus olhos. Ela afasta
um pouco a loira em sua frente para admirá-la e sem nenhum aviso, sua mente é invadida pelo
pensamento de que “sim, ela é a mulher com que quero me casar”. Ava fica estática, como se
soubesse exatamente o que estava passando pela cabeça de Sara. Ligando o chuveiro, Ava
jura a si mesma que nunca mais deixaria aquela mulher escapar.

“Não fique me olhando assim, você disse que precisava de um banho.” – Ela solta
uma gargalhada baixa, vendo que Sara permaneceu parada no mesmo lugar como se quisesse
devorá-la ali mesmo, o banho a muito tempo esquecido.

Sara balança a cabeça negativamente, mas sorrindo, pois, Ava conseguia preencher
seu coração de alegria e esperança com uma simples gargalhada. Naquele momento, nada
mais importava, ela lavaria sua alma naquele banho, mais do que isso, ele ressuscitaria como
nunca antes. Ela ressuscitaria para o amor, porque Ava merece Sara em sua totalidade.

Sara anda em passos apressados até Ava, que continua com um sorriso bobo nos
lábios, ansiosa para o que irá acontecer. Ela mesma retira seu sutiã, fazendo Sara arquear as
sobrancelhas e pegar em seus pulsos e prendê-los atrás de suas costas.

“Isso fazia parte do meu trabalho.” – Diz Sara apertando um pouco mais forte os
pulsos de Ava como uma forma de reafirmar seu ponto de vista.

Ava suspira forte e comprime a gargalhada que borbulhava em sua garganta, em


gemidos baixos. Sara puxa Ava para o chuveiro, deixando a água quente atingir seus corpos.
Sara então se ajoelha e solta os pulsos de Ava, agora utilizando suas mãos para acariciar a
cintura de Ava, puxando sua calcinha para baixo, deixando com que ela caísse pelas longas
pernas de sua namorada sem resistência alguma, observando seu movimento até que Ava a
joga para longe.

“Linda...” – Suspira Sara ao retornar seus olhos para o rosto angelical da mais alta,
levando os lábios de encontro a barriga de Ava, sentindo um contraste entre a pele quente que
seus lábios encontraram com o piso frio que seus joelhos encontrem, arrancando um suspiro e
um gemido baixinho da outra loira. Um simples beijo e Ava já sente suas pernas tremerem em
antecipação e ela apoia uma de suas mãos na parede para não interromper o que quer que Sara
tem planejado, e usa sua outra mão para acariciar a lateral do rosto de Sara.

Sara separa gentilmente as pernas de Ava e puxa seu quadril para frente. Ela tem
sede, porém quer apreciar esse momento como se fosse o último. Na verdade, ela sente como
se estivesse no seu primeiro dia de vida. Com tudo calmo e sereno, com tudo de volta ao seu
lugar, estar em casa, nos braços de sua amada era o seu lugar. Então, calmamente, ela beija
toda a virilha de Ava, usando suas mãos para a cariciar onde quer que seus dedos alcançassem
naquele corpo.

“Por favor, não me torture dessa forma, Sss... Ah!” – Ava tenta falar, porém é
surpreendida com a língua quente e úmida de Sara encontrando seu clitóris, interrompendo
sua fala com um gemido alto e incontrolável.

Gostando do som emitido por Ava, Sara se sente motivada a continuar o movimento
de sua língua, ela percorre toda a extensão da vagina de Ava, sentido a loira derreter em sua
boca. Ava puxa alguns fios do cabelo de Sara, aprofundando ainda mais a boca da Sara em
sua parte pulsante e molhada. Sara sorri, mas sem interromper o seu percurso. Ela aperta as
coxas de Ava com força e introduz a língua no canal de Ava, observando em transe como o
corpo de Ava se rendia a sua língua, como seu pescoço ficava lindo todo esticado, como os
lábios de Ava se abre para encher seus pulmões de ar que aparentemente Sara conseguia
arrancar dela como ninguém.

Nesse momento, o banheiro é preenchido pela fumaça e quentura, o silencio agora


dando lugar para o choramingo e pelos gemidos de Ava que sentia a explosão de seu orgasmo
cada vez mais perto. Mas ela não queria que o momento se passasse tão rápido, seu corpo a
traia, pois a cada movimento da língua de Sara, um arrepio percorria todo seu corpo. Para
prolongar o momento, Ava segura a nuca de Sara, puxando-a para cima pelos cabelos
demandando dela seus lábios, que se encaixam iniciando um beijo ardente que fica ainda mais
gostoso com o gosto de Ava nos lábios de Sara. A loira mais baixa corresponde o beijo e
envolve uma de suas mãos na cintura de Ava, na tentativa de fundir os seus corpos que a essa
altura estavam completamente molhados.

Ava chupa o lábio de Sara e leva sua mão até a vagina de Sara, tocando-a com as
pontas dos dedos, arrancando gemidos de Sara, que voluntariamente separa as pernas para que
sua amada tenha mais acesso. Ava brinca com a língua de Sara e faz movimentos circulares
com os dedos em seu clitóris, provocando-a. Com a outra mão ela segura no pescoço de Sara
mantendo-a exatamente onde quer, intensificando ainda mais o beijo.

Sara geme alto e agarra-se em Ava na tentativa de se manter em pé. Suas pernas
estão trêmulas, seu corpo inquieto, e na busca de mais toques, ela começa a rebolar sob os
dedos de Ava. Ela inclina sua cabeça para trás e arqueia as costas e empurrando Ava ainda
mais na parede que esta encostada, quando sente Ava penetrar bem devagar apenas um dedo.

Ava mantem o olhar firme em Sara que está vulnerável ao seu toque, mantendo um
ritmo lento com sua penetração, quase torturante, indo mais fundo a cada vai e vem. Ao
perceber que Sara não consegue mais ficar em pé, Ava rapidamente troca as posições
colocando Sara contra a parede fria, o que faz com que a loira mais baixa arqueie suas costas,
porém não há para onde fugir pois logo, os peitos de Ava estão colados nos seus, prensando-a
contra o piso gelado e molhado. Sem interromper suas penetrações, Ava traz a pequena para o
seu colo, de forma que Sara prende suas pernas envolta da cintura da amada e continua
rebolando nos dedos de Ava, que coloca mais um em seu canal, exatamente como ela sabe
que Sara gosta. Com a cabeça jogada para trás e os lábios entre abertos soltando gemidos
ofegantes, Sara contrai suas paredes ao redor de Ava, fazendo com que Ava passe a
movimenta-los mais rápidos.

Segurando-a agora apenas com seu corpo, Ava usa a outra mão para segurar o queixo
de Sara e fazer com que ela encare seus olhos azuis – agora escuros, dominados de prazer – e
sussurra contra seus lábios entreabertos:

“Você é minha, Sara Lance. Você é tudo o que eu amo, desejo e preciso. Você é meu
tudo.” – Ela acaricia levemente o rosto de Sara, que é incapaz de romper seus gemidos, visto
que Ava mantem o vai e vai de seus dedos, indo mais fundo, mais forte.

Incapaz de responder, Sara leva sua boca até o pescoço de Ava, dando algumas
mordidas leves para comprimir os gemidos involuntários que insistiam em sair por seus
lábios. Ela esfrega seu corpo no de Ava e empurra seu quadril de encontro a mão que estava a
conduzindo a uma explosão de sensações.

Ava sorri e continua admirando a beleza indescritível de Sara. Ela remove seus dedos
ao perceber que Lance está prestes a gozar e a coloca no chão, recebendo um grunhido
inconformado de sua amada que estava tão, tão perto de gozar. Ava se ajoelha sem esperar
que Sara se recomponha e pega uma de suas pernas, apoiando-a em seu ombro e deixando que
sua boca ocupasse o lugar que antes estava sendo explorado pelos seus dedos. Ela suga os
lábios da vagina de Sara e desliza a língua por seu clitóris, alternando os movimentos entre
circulares e de cima pra baixo.

Sara explodindo, sentindo seu liquido escorrendo para suas coxas e delirando com o
prazer que a consome, grita algumas palavras incompreensíveis, repetindo o nome de Ava
entre suas palavras que mais pareciam barulhos, que denotam seu desespero pelo pico de seu
prazer. Ela sabe que está prestes a gozar, ela sabe que precisa responder o que Ava acabara de
dizer, ela sabe que precisa pedi-la em casamento. Ela sabe que Ava é tudo o que ela precisa.

O corpo de Sara agora treme involuntariamente e ela não consegue evitar a vontade
de fechar as pernas ao redor do rosto daquele rosto angelical. Isso é o que Ava faz com ela,
Ava traz um rebuliço, uma confusão, uma completude dentro dela com aqueles toques gentis
e potentes. Ao sentir novamente os dedos de Ava invadindo-a e ao mesmo tempo os
movimentos circulares em seu clitóris, Sara desmancha, fechando seus olhos com força e
sentindo todo o seu corpo queimar.
Ava retira os dedos calmamente e se levanta encostando seu corpo no da Sara para
que ela se mantenha de pé. Ela não consegue segurar o sorriso de satisfação e prazer.
Gentilmente ela beija os lábios de Sara que tenta se recompor o mais rápido possível.

“Eu te amo!” – Diz Ava colocando uma mecha do cabelo molhado de Sara atrás da
orelha. Sara balança a cabeça negativamente e vira Ava de costas, colando seus seios nas
costas da amada. Ela segura no pescoço de Ava com uma mão e com a outra ela acaricia
desde a barriga até a vagina dela. Sara fica na ponta do pé para que seus lábios se aproximem
do ouvido de Ava e sussurra:

“Você é o melhor lugar para se estar, Ava. Eu te amo tanto e agora eu quero que
você seja minha, só minha, a minha Ava!” – Ela beija a parte detrás do pescoço de Ava e
pressiona os dedos em seu clitóris. O tom de posse na voz de Sara é tão excitante que a mais
alta tem de fisicamente impedir o orgasmo de lhe tomar naquele mesmo instante.

Ava geme empurrando sua bunda lentamente de encontro ao quadril de Sara. Ambas
gemem e Sara introduz dois dedos em Ava, arrancando grunhidos de seus lábios. Elas
movimentam seus quadris no mesmo ritmo, como se estivesse tocando uma música sensual,
onde ambas então dançando coladas uma na outras, como um só corpo. Sara aperta um pouco
mais o pescoço de Ava, seus dedos segurando seu maxilar numa demonstração de posse
repentina e movimentando-se cada vez mais rapidamente dentro de sua amada, sentindo a
pulsação das paredes de Ava contra seus dedos.

Ava apoia suas mãos no vidro do box e rebola no ritmo em que os dedos de Sara
invadem seu canal. Sara volta a pisar completamente no chão, distribuindo beijos pelas costas
de Ava, completamente hipnotizada pela forma como os pelinhos de Ava se arrepiavam
diante seu toque. Em uma missão de fazer a namorada chegar ao seu ápice, Sara intensifica
ainda mais seu vai e vem e Ava morde o lábio com a intensidade de seu prazer. Sara passa a
segurar o cabelo de Ava em um rabo de cavalo bagunçado e mordendo sua nuca.

Sara sente que Ava está no ponto de gozar e conhecendo exatamente como o corpo
de sua namorada gosta, sua mão que antes aproveitava para amassar os montes de Ava
percorre toda sua barriga em direção ao seu clitóris. No mesmo instante em que Sara faz o
primeiro movimento circular, Ava solta um gemido alto anunciando o seu ápice. Ela vibra e
estremece usando o corpo colado ao seu como suporte.
Se recompondo lentamente, a loira mais alta respira fundo e Ava se volta para Sara,
que tenta segurar o sorriso pretensioso, porem falha miseravelmente e abraça seu amor,
respirando o cheirinho dela, finalmente em paz. Elas permanecem assim por alguns segundos
até que seus corações se acalmem. A água vai relaxando seus músculos, enquanto elas
desfrutam do tão barulhento silêncio que apenas traz o som da água e de suas respirações.

Ava beija o pescoço de Sara novamente, e a vira de costas para ela colocando-a
finalmente debaixo do jato de água quente e pela primeira vez, ela entende a insegurança de
Sara. Seus dedos percorrem o mesmo caminho que já fizeram tantas vezes antes, mas agora,
ela não se depara com as diversas cicatrizes que sempre estiveram ali. A falta delas, lhe
trazem lágrimas aos seus olhos azuis cintilantes, afinal a falta delas a lembra que mais uma
vez as coisas estão mudando, que mais uma vez Sara teve de passar por algo traumático e o
que dói ainda mais é saber que a falta de suas cicatrizes, significa uma nova cicatriz, uma
cicatriz invisível e interna, uma cicatriz que é impossível de se tratar com medicamento ou
pontos. Sara estava mais uma vez marcada para sempre e não há nada que Ava possa fazer
para protegê-la das consequências que essa marca traria.

Sem palavras, Ava abraça sua pequena. As gotas de água as limpavam da melhor
forma que existe, de uma forma libertadora e pacífica. Ali, cercada por seu porto seguro,
cercada pela sua estrela norte, cercada por sua luz-guia, cercada por sua casa, Sara sabia que
nunca estaria perdida. E ela só tinha uma certeza naquele instante, que não importa onde ou
quando ela for, ela quer estar ao lado de Ava, não existia mais nenhum passo que ela queria
dar que não fosse em conjunto com aquela mulher. Naquele instante, Sara sabia que queria
estar cega com Ava do seu lado, queria estar com os dedos de Ava em seu peito após um
pesadelo, queria estar com os seus lábios colados nos de Ava antes de ter de pegar um serial
killer, queria estar com Ava em todos os lugares, em todos os sentidos. Está noite, Sara iria
propor Ava em casamento.

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