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A Pemba - Por Rubens Saraceni
A Pemba - Por Rubens Saraceni
A Pemba - Por Rubens Saraceni
Texto 296
A Pemba
por Rubens Saraceni
A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas,
tais como:
-Para riscar pontos cabalísticos;
-Para cruzar os filhos de fé;
-Para pós purificadores;
-Para limpa pessoas;
-Para cruzarem imagens ou outros objetos;
-Para assentamentos;
Pemba significa e é um elemento mágico mineral.
A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita) branco é
moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não
sendo muito duro nem muito mole.
A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.
Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar. Cada um com seu próprio
ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.
Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente
de trabalho espiritual.
As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.
N.A.: Eu me lembro de que uma vez assisti a uma pantomima de um suposto “mão de pemba”, quando
ele riscou um amontoado desconexo de signos mágicos e estourou sobre seu “ponto cabalístico” uma bucha de
pólvora, dizendo que aquilo (aquela pantomima para iludir incautos) iria acabar com uma suposta demanda
feita contra mim.
Como eu percebi que ele fazia aquilo para impressionar-me e para se mostrar poderoso, calei-me e
deixei viver sua ilusão, passada para ele pelo seu “poderoso mestre-iniciador”. Outro iludido sobre a Magia da
Pemba e que deixou vários seguidores antes de ser recolhido às sombras pela Lei Maior, ela sim, a regente do
uso da Magia Riscada Simbólica Sagrada.
Retomando, esta outra forma de consagração de pemba deve ser feita nos pontos de força da natureza
(santuários naturais) e se processa desta forma:
1) Faz-se uma oferenda ritual ao guia espiritual no campo da sua irradiação principal (mata, pedreira,
cachoeira, cemitério, mar etc.) e deposita-se dentro dela - cercada por velas na cor da pemba – a(s) pemba(s)
que se deseja consagrar.
2) Isso feito, o médium deve incorporar o seu guia (da direita ou da esquerda), e um cambone deve dar-
lhe a que ele pedir, com as pembas a serem consagradas.
Os guias espirituais têm “mãos de pemba”, as imantarão e concentrarão nelas as vibrações de todas as
irradiações divinas nas quais foram iniciados e de cujas vibrações retiram símbolos, signos e ondas que
escrevem nos seus pontos.
3) Após o guia consagrá-la(s), o cambone deve colocá-la dentro do círculo da oferenda e deixá-la em
imantação até que o guia desincorpore e o médium agradeça aos orixás e ao seu guia por consagrarem a(s)
sua(s) pemba(s).
4) Após os agradecimentos, o médium deve envolver a(s) sua(s) pemba(s) em tecido da mesma cor e
guardá-la(s), só voltando a manuseá-la(s) se for riscar algum ponto cabalístico.
O local ideal no congá para guardar pembas consagradas desta forma é atrás das imagens dos orixás e
guias (quando houver) ou em um compartimento dele, oculto aos frequentadores do seu centro.
No caso de serem membros de um centro, devem guardá-las em suas casas, porém mantê-las encobertas
e acondicionadas em uma caixa fechada e fora do alcance dos seus familiares.