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Atividade de Filosofia

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Colégio da Polícia Militar – Anexo I Petrolina

FILOSOFIA
Atividade Complementar (28.04.2021)
Aluno: Vinícius Gabriel Rocha Novaes Turma: E1 Matrícula: 21101-1

1º) a) Razão é a capacidade humana que permite chegar a conclusões por


meio de suposições.
b) O racionalismo é uma teoria da filosofia que entende que a razão é a única
fonte do conhecimento humano. Já o empirismo, alega que as experiências
sensoriais são a verdadeira fonte.
c) O antropocentrismo é um pensamento filosófico que coloca o ser humano
como o “centro. Já o teocentrismo, é a doutrina que coloca Deus ou uma figura
divina como o “centro” de tudo.
d) O humanismo foi um movimento do século XV que rompeu com o forte
pensamento religioso da Idade Média. Em um sentido Amplo, significa valorizar
o ser humano e a condição humana acima de tudo.
e) O heliocentrismo é o modelo estrutural que coloca o Sol no centro do
universo. O geocentrismo é a teoria astronômica que coloca a Terra no centro
do universo.
f) A cosmologia é a explicação das coisas a partir de um ponto de vista
racional. Já a cosmogonia é a narrativa sobrea origem das coisas a partir de
forças guerreiras divinas.
g) Experiência é um contato epistêmico que transmite um conhecimento direto.
h) Facticidade segundo Haidegger, diz-se da própria condição do indivíduo,
relacionada ao mundo, submetida as circunstâncias e/ou necessidades
inerentes aos fatos.
i) Método científico é um mecanismo ou um conjunto de normas que devem ser
seguidas para uma pesquisa e/ou comprovação de algo de caráter científico.
j) Inatismo é uma ideologia que acredita que o conhecimento de alguém é uma
característica inata, ou seja, que nasce com ele.
k) Dúvida metódica é um momento necessário para a descoberta da substância
pensante. É através da dúvida metódica, que o filósofo chega à descoberta de
sua própria existência enquanto substância.
l) Dualismo cartesiano afirma que existem dois tipos de fundamento: mental e
corporal. Essa filosofia diz que o mental pode existir fora do corpo e que o
corpo não pode pensar.
m) Idealismo é um conjunto de filosofias que se propõe a idealizar, ou seja,
construir um ideal.
n) O positivismo é uma corrente filosófica do final do sáculo XIX, que defende o
desenvolvimento filosófico, pois aposta em uma marcha progressiva e
constante da sociedade.
o) Doxa é a crença ou uma mera opinião sobre algo.
p) Episteme é o saber de punho científico, racional.
q) Lógica é uma área que visa estudar a estrutura formal dos enunciados e
suas regras.

2°) a) Tales de Mileto nasceu na cidade de Mileto, aproximadamente no


ano 625 a.C e é considerado o primeiro filósofo da tradição ocidental. Assim
como os outros pensadores do período pré-socrático, Tales buscava
compreender qual é verdadeira origem do Universo, refutando a mitologia
grega, que apresentava narrativas originárias que explicavam de maneira
fantasiosa o modo como o Universo tinha sido formado. Tales era o observador
inquieto, dono de uma curiosidade intelectual que deu origem à filosofia e ao
estudo sistemático da matemática.
Ele foi o primeiro ocidental de que se tem registro a questionar as
afirmações mitológicas sobre a origem da natureza. Estima-se que ele tenha
dado origem a uma busca pelo elemento originário (que os gregos chamavam
de arché ou arkhé) da natureza (que, no vocabulário grego, era representada
pela palavra physis). Após incansáveis observações, o filósofo especulou que a
origem de tudo estaria na água. Esse primeiro impulso da Filosofia, por estudar
e observar o Universo (cosmos), ficou conhecido como cosmologia.

b) 1.Platão foi um dos mais importantes pensadores do período


antropológico da filosofia grega. Arístocles, verdadeiro nome de Platão, nasceu
na cidade-Estado de Atenas, hoje a capital da Grécia, no ano de 428 a.C., e
morreu no ano de 348 a.C. O nome Platão foi dado ao pensador ainda em sua
juventude por causa de seus atributos físicos. Ele fundou um pensamento
metafísico próprio, relegando à questão do “ser” e das “essências” o princípio e
a chave para se ter qualquer tipo de conhecimento acerca do mundo.
Platão defendia o Inatismo, nascemos como princípios racionais e ideias
inatas. A origem das ideias segundo Platão é dado por dois mundos que são o
mundo inteligível, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter
as ideias assimiladas em nossas mentes. Para Platão existem quatro formas
ou graus de conhecimento que são a crença, opinião, raciocínio e indução.
Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia pois não são
concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Para Platão
tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos a
verdadeira realidade. Para Platão o conhecimento sensível (crença e opinião) é
apenas uma da realidade, como se fosse uma visão dos homens da caverna
do texto “Alegoria da Caverna” e o conhecimento intelectual (raciocínio e
indução) alcança a essência das coisas, as ideias.

2.Aristóteles foi um importante filósofo para a Grécia Antiga e para o


Ocidente em geral, visto que a importância dada por ele ao conhecimento
empírico e as suas classificações sistemáticas do conhecimento muito
influenciaram a Filosofia Escolástica e Moderna e as ciências modernas que
surgiram a partir do século XVI. Nascido na cidade de Estagira, pertencente ao
Império Macedônico, no ano de 384 a.C., Aristóteles foi considerado pela
posteridade o mais importante filósofo da Grécia, ao lado de Platão. Aristóteles
estudou na academia de Platão durante muitos anos até se tornar professor da
instituição. Nesse período, aprofundou-se nos estudos platônicos sobre o ser e
sobre a essência das coisas, sobre a dialética, sobre a política e sobre as
ideias socráticas.

Talvez o maior legado que Aristóteles tenha deixado para a posteridade


seja a classificação sistemática das áreas do conhecimento, a lógica e a
valorização do conhecimento empírico para a obtenção de qualquer
conhecimento prático sobre o mundo. Aristóteles era um filosofo que defendia o
Empirismo, as ideias são adquiridas através de experiência. Aristóteles diz que
existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção,
imaginação, memória, raciocínio e intuição. Para ele o conhecimento é formado
e enriquecido por informações trazidas de todos os graus citados e não há
diferença entre o conhecimento sensível e intelectual.

c) 1.Aurelius Agostinus, Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um


dos filósofos da filosofia patrística, considerado um dos pais ou um dos
doutores da Igreja Católica. Agostinho cresceu no caminho considerado pelo
cristianismo como pecaminoso e pagão, por conta da influência de seu pai. As
biografias de Agostinho e de Mônica afirmam que a mãe viveu muito
angustiada pela conduta do filho e sempre rezou por sua conversão.

Agostinho estudou lógica, filosofia e retórica. Tornou-se um grande


professor de retórica, sendo reconhecido no Império Romano. Ele procurou,
com base em seus estudos, vários modos de encontrar um certo conforto
espiritual. Agostinho aproximou-se do maniqueísmo, doutrina religiosa com
base sincrética (cristã e pagã, advinda do zoroastrismo), que enxergava um
dualismo moral no mundo, o qual seria dividido apenas entre duas forças em
equilíbrio: o bem e o mal. Além disso, Agostinho aproximou-se de doutrinas
filosóficas gregas antigas, como o hedonismo e o ceticismo. Agostinho
escreveu, por exemplo, sobre o tempo. Algo que intriga religiosos, cientistas e
filósofos, o tempo é, segundo o filósofo patrístico, algo que ele sabe o que é,
mas não sabe responder caso seja perguntado. Isso leva o interlocutor a
pensar algo que seria muito importante na contemporaneidade: o
conhecimento intuitivo. Além do tempo e de outros assuntos importantes para a
filosofia e para a Igreja Católica, Agostinho escreveu sobre o bem e o mal. Na
visão do filósofo, ao tentar-se resolver o antigo paradoxo da onipotência e da
suprema benevolência de Deus sobre o mal, afirma-se que Deus é o supremo
bem e o único caminho possível para o bem. Deus seria o bem e a distância de
Deus seria o mal, o caminho oposto à iluminação divina.

2. Tomás de Aquino nasceu em 1225, em Aquino, uma comuna italiana,


no Castelo de Roccasecca. São Tomás de Aquino, considerado o "Príncipe da
Escolástica", foi um importante filósofo e padre italiano da Idade Média,
intitulado Doutor da Igreja Católica, em 1567. Ficou conhecido como Doutor
Angélico, cujo trabalho de vida esteve dedicado a fé, a esperança e a caridade
constituindo assim, um pregador cristão da razão e da prudência.
Foi um dos defensores da Escolástica, método dialético que pretendia
unir a fé a razão em prol do crescimento humano. Uma de suas maiores obras,
Summa Theologica, é o maior exemplo da Escolástica, na qual apresenta
relações entre a ciência, razão, filosofia, fé e teologia. Inspirado nas ideias do
filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), o trabalho de São Tomás de
Aquino esteve pautado no realismo aristotélico, em detrimento dos seguidores
de Santo Agostinho, inspirados no idealismo de Platão. Por isso, Aquino foi um
dos pensadores mais destacados desse período, defensor da filosofia
escolástica, método cristão e filosófico, pautado na união entre a razão e a fé.

d) 1. Giordano Bruno (1548-1600) foi um filósofo, matemático, teólogo e


religioso italiano. Defendia a teoria heliocêntrica, afirmava a existência de
outros mundos e ainda questionava a natureza divina de Jesus Cristo. A família
considerou que tinha vocação religiosa e, por isso, foi encaminhado a um
convento na cidade de Nápoles. Bruno tinha 13 anos e passou a estudar
Humanidades, Lógica e Dialética. Aos 17 anos, mudou o nome para Giordano
por ocasião da celebração onde recebeu o hábito dominicano.
A produção literária de Giordano Bruno volta-se para a teoria do
heliocentrismo no período de 1583 e 1585, na Inglaterra. Suas ideias, que
corroboram com as de Nicolau Copérnico (1473 - 1543) são publicadas, como
De l’infinito universo e mondi. Como o ambiente inglês não lhe era mais
favorável - a embaixada da França havia sido atacada por sua causa -
Giordano Bruno se dirige a Paris e mais tarde, tenta ensinar nas universidades
alemãs. Na Alemanha, consegue ensinar a filosofia de Aristóteles por dois anos
e, posteriormente, obtém um posto de professor na cidade de Helmstedt, onde
seria excomungado pelos seguidores do luteranismo. A filosofia de Bruno
reinterpreta o neoplatonismo e de Nicolau de Cusa. Para ele, a realidade
natural (seres materiais) e a alma cósmica (Deus, seres espirituais) são a
mesma coisa. A mente de Deus estaria em todas as criaturas. O que os
distinguiria seria a forma que elas apresentam. Esta união entre a natureza e
Deus nos faz pensar sobre a questão da finitude do universo. Este não poderia
estar pronto e terminado, porque o próprio Deus é infinito. Esta filosofia vai
exatamente contra ao pregado pelo Cristianismo em geral que faz a distinção
entre a matéria e o espírito.

2. Galileu Galilei foi um importante astrônomo, físico e matemático


italiano. Ele é considerado um marco da revolução científica nas áreas da física
e da astronomia. Os estudos de Galileu foram fundamentais para o
desenvolvimento da mecânica (movimento dos corpos) e a descoberta sobre
os planetas e os satélites.

Suas teorias serviram de apoio e inspiração às ideias posteriores de


Isaac Newton. Podemos citar as três Leis dos Movimentos dos Corpos
(princípios da inércia, dinâmica, ação e reação) e a Lei da Gravitação
Universal. Diante de seu notório brilhantismo, em 1588 foi indicado para ocupar
a Cátedra de Matemática na Universidade de Pisa. Quatro anos mais tarde, em
1592, foi nomeado professor da Cátedra de Matemática na Universidade de
Pádua, e ali permaneceu 18 anos. Viajou para Veneza, Roma e Florença a fim
de aprofundar seus estudos bem como divulgar suas ideias. Entretanto,
considerado um herege pelo Tribunal da Santa Inquisição, foi acusado e
perseguido pela Igreja Católica que o fez negar suas teorias. Foi condenado à
prisão domiciliar, pelo resto da vida.

3. Isaac Newton nasceu na vila Woolsthorpe-by-Colsterworth, localizada


em Lincolnshire, na Inglaterra, em 25 de dezembro de 1642, de acordo com o
calendário juliano, que era usado na época. Pelo calendário gregoriano, o mais
utilizado nos dias de hoje, data-se o seu nascimento em 4 de janeiro de 1643.
Um dos principais físicos, matemáticos, filósofos e alquimistas da história,
Isaac Newton deixou estudos e teorias que são utilizados até hoje no mundo
todo. Suas obras são referências fundamentais para o estudo da matemática e
da física. Entre suas principais teorias estão a lei da gravitação universal e as
famosas leis de Newton.

A Lei da Gravitação Universal estabelece que, se dois corpos possuem


massa, eles sofrem a ação de uma força atrativa proporcional ao produto de
suas massas e inversamente proporcional a sua distância. E as Leis de Newton
são as seguintes: Lei da Inércia (“Todo corpo continua em seu estado de
repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja
forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.”), Lei da
Superposição de Forças (“A mudança de movimento é proporcional à força
motora imprimida e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é
aplicada.”) e Lei da Ação e Reação (“A toda ação há sempre uma reação
oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre o
outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.”).
e) 1. John Locke nasceu em 1632, no condado de Somerset (Inglaterra).
Ele foi um dos filósofos mais influentes da Modernidade e propôs uma teoria de
conhecimento que defendia o empirismo. Suas investigações sobre como a
mente adquire conhecimento resultaram no estabelecimento de limites para o
papel da razão e estiveram relacionadas com teorias científicas da época.
Embora seja descrito como uma pessoa de personalidade calma, teve
envolvimento na oposição ao absolutismo inglês e seus argumentos voltaram-
se para a defesa da liberdade individual.

Apesar das críticas ao ensino predominantemente aristotélico em


Oxford, foi nessa instituição que entrou em contato com a filosofia de René
Descartes e começou amizade com o cientista Robert Boyle. Começou a se
aproximar, assim, da Filosofia Natural, que valorizava a experiência, e não o
conhecimento livresco, isto é, que provém unicamente dos livros. Embora
tenha concluído o curso superior em 1656, permaneceu associado à
universidade e lecionou por alguns anos. Por ser um defensor do conhecimento
a partir da experiência – isto é, do empirismo –, John Locke iniciou sua
investigação com uma crítica à possibilidade de os seres humanos terem ideias
inatas. A palavra ‘ideia’ não é usada no sentido em que geralmente a
empregamos e significa qualquer conteúdo de que a mente possa se ocupar. O
filósofo propõe, então, que as ideias sejam adquiridas por meio da experiência,
tendo origem na sensação, na reflexão ou por uma operação conjunta de
ambas – sendo a sensação a fonte primária.

2. David Hume é conhecido por seu ceticismo quanto à nossa


capacidade de conhecer a realidade que nos cerca. Chegou a negar que a
causalidade seja um aspecto objetivo e afirmou que a razão está subordinada
aos aspectos conativos da psicologia humana.

A teoria do conhecimento desse filósofo é baseada em sua interpretação


das operações da mente. Ele propõe que todo o conteúdo da mente (o que
John Locke havia nomeado de modo semelhante como “ideias”) seja
considerado como percepção. Esse termo é usado em um sentido mais amplo
do que o do cotidiano e abrange as diversas operações e capacidades da
mente. Esse filósofo defendeu que os pensamentos representam o que
originalmente apreendemos pelas impressões. Isso explicaria não apenas por
que algumas percepções são fracas mas por que alguns pensamentos ocorrem
apenas na mente e não na realidade.

3. É impossível falar em conhecimento na modernidade sem citar Francis


Bacon. Francis Bacon nasceu no seio de uma família londrina bem posicionada
socialmente, no dia 22 de janeiro de 1561. Seu pai, Sir Nicholas Bacon, foi um
jurista e lorde inglês, tendo participado do cenário político de sua época. Bacon
estudou em Cambridge e ingressou no Trinity College com apenas 12 anos de
idade. Ele é tido como um dos fundamentadores das bases do conhecimento
científico que surgiu no século XVI. Bacon se ocupou de mostrar as falhas de
um pensamento extremamente metafísico que impedia o olhar para a
imanência das coisas terrenas, o que travava o desenvolvimento científico. Ele
também se ocupou de mostrar como a visão mais empirista (de tradição
aristotélica) também poderia cair no entrave.
Francis Bacon foi um grande crítico das ideias aristotélicas que abriram
caminho para o reconhecimento da importância de entender o mundo por meio
da experiência prática. Vale lembrar que criticar não significa abandonar, pelo
contrário, a crítica aqui é algo positivo. Para o filósofo inglês, Aristóteles estava
certo ao reconhecer a primazia do empirismo, no entanto desenvolveu um
método errado quando aplicado às ciências da natureza. O método aristotélico
era suficiente para entender a lógica e a linguagem, mas insuficiente para o
entendimento correto da natureza.
f) 1. René Descartes nascido em Haye, província francesa, em 1596, foi
um importante filósofo e matemático, além de ter deixado significativas
contribuições para a Física. Seu método filosófico introduziu um pensamento
mais exato no campo da Filosofia - o que o fez ser considerado o primeiro
filósofo da vertente racionalista e colocou-o em posição de destaque para a
constituição do pensamento moderno.
Descartes revolucionou o pensamento filosófico moderno. Suas
contribuições deram origem à tradição racionalista que se baseia no
entendimento de que o conhecimento racional é inato ao ser humano. O
racionalismo, além de estar assentado nas ideias inatas, toma por base a ideia
de que o conhecimento fornecido por outras fontes que não a razão pode ser
enganosa. Isso implica que somente o conhecimento racional, fruto das
deduções, é claro e distinto. Somente o processo dedutivo (utilizado por
excelência na Matemática) pode ser adotado como meio seguro e único para
evidenciar aquilo que é conhecido.
Assim como Platão, o filósofo francês concebeu o ser humano como um
ser composto por uma dualidade psico-física, isto é, por uma mente ou alma
(psique) e por um corpo. Esses elementos são designados por Descartes como
res cogitans (coisa pensante) e res extensa (coisa extensa). Nessa concepção,
a alma ou mente (coisa pensante) é o atributo maior do ser humano e o seu
corpo (coisa extensa) é a extensão da alma. O corpo depende da alma para
viver do mesmo modo que a alma depende do corpo para habitar o mundo.
2. Immanuel Kant escreveu algumas das principais obras filosóficas da
Modernidade. Filho de uma família chefiada por um artesão descendente de
escoceses, Kant nasceu na cidade de Königsberg, na Prússia Oriental, em 22
de abril de 1724. Sua família tradicional protestante marcou a sua vida e
relação com a religião. O grande pensador da Modernidade não se dizia ateu,
mas sempre manteve uma relação polêmica com a religião por defender, em
seu criticismo, que somente podemos conhecer aquilo que podemos intuir, ou
seja, aquilo que podemos ver, ouvir, de fato experimentar.
Immanuel Kant ficou conhecido por ter formulado o que ele denominou
ser uma “revolução copernicana na Filosofia”. Grande leitor do racionalista
Gotfried Wilhelm Leibniz e do empirista inglês David Hume, Kant tratou de
juntar elementos das duas correntes que mais movimentaram a Filosofia
europeia moderna em uma teoria criticista, sem cair em qualquer tipo de
relativismo. O idealismo transcendental kantiano construiu uma complexa teia
de conceitos para explicar que nem o empirismo estava certo e nem o
racionalismo explicava plenamente o conhecimento humano. Para Kant, o
conhecimento é obtido com base na percepção do que ele chamou de “coisa
em si”, que é o objeto. No campo moral, Kant formulou uma teoria chamada
Metafísica dos costumes, baseada no imperativo categórico, que tenta desfazer
qualquer relativismo moral empregando forças para descobrir as máximas ou
leis morais universais. Para Kant, existe um dever universal baseado em leis
morais e esse dever está submetido ao estrito cumprimento das leis morais em
qualquer situação racional. No campo político, Kant escreveu o livro A paz
perpétua, em que ele elabora um tratado de paz e cooperação universal
imaginário entre os Estados. Esse tratado, de inspiração iluminista e
republicana, visava a garantir a paz entre as nações, o respeito aos Direitos
Humanos e à vida. A obra kantiana, publicada em 1795, influenciou fortemente
a consolidação da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 150 anos
depois.

3°) a) Segundo Fernando Pessoa, “a espantosa realidade das coisas é a minha


descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é. E é difícil explicar a alguém
quanto isso me alegra, e quanto isso me basta. Basta existir para se ser
completo.”

b) O ser humano no universo pode ser considerado um ser que vaga em uma
imensidão infinita, vivendo por um tempo extremamente curto, que não significa
absolutamente nada ao macrocosmos.

c) O conhecimento científico é o conhecimento produzido a partir de atividades


científicas, envolvendo experimentação e coleta de dados, sendo seu objetivo
demonstrar, por argumentação, uma solução para um problema proposto.

d) O Senso Comum é a soma dos saberes do cotidiano e é formado a partir de


hábitos, crenças, preconceitos e tradições, sem comprovação racional ou
científica.

e) Conhecimento filosófico é o tipo de conhecimento baseado na reflexão e


construção de conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio lógico em busca
do saber.

f) O conhecimento teológico, ou religioso, é baseado na fé religiosa. Assim,


acredita-se que a religião é a verdade absoluta e possui todas as explicações
para os mistérios que rondam a mente humana.

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