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Teste de Conhecimento - EDUCAÇÃO, CULTURA E DIVERSIDADE (EEL0023-3621697) 9004

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1. Sobre o papel do Ensino de História Indígena nas escolas assinale a seguir a alternativa incorreta:

O Ensino de História Indígena nas Escolas é obrigatório apenas para a educação pública, sendo
facultativa no caso da educação privada. 
Diferente da Educação Escolar Indígena, o Ensino de História Indígena nas Escolas é voltado
para estudantes e escolas não indígenas. 

O Ensino de História Indígena nas Escolas torna-se obrigatório no Brasil com a Lei n. 11.645/08.

O Ensino de História Indígena nas Escolas é prática complementar à Educação Escolar Indígena
no combate aos estereótipos contra os povos indígenas e construção de autonomia desses
povos. 
A constituição de 1988 e a LDB de 1996 são marcos importantes da mudança da perspectiva em
lidar com a escola e a cultura indígena.
 

Explicação:

O Ensino de História Indígena nas Escolas é obrigatório apenas para a educação pública, sendo
facultativa no caso da educação privada. 

2.
Segundo Max Weber, quando uma religião atinge um conjunto
hegemônico em um campo de atuação, ela passa a
monopolizar alguns aspectos da sociedade, exceto:

Estéticos
Políticos
Emocionais
Artísticos
Morais

Explicação:

Vamos retomar Max Weber e a Sociologia da Religião.


Segundo o autor, quando uma religião atinge um conjunto
hegemônico em um campo de atuação, ela passa a
monopolizar os aspectos morais, estéticos, políticos e até
mesmo artísticos em determinada sociedade. Quando um
conjunto religioso como esse atinge um grau efetivo de
dominação, acaba sendo permissivo à atuação das minorias
por não se sentir ameaçado. Dessa forma, entendemos como
o Brasil foi fortemente católico a ponto de permitir, sem
grandes embates, manifestações religiosas afrodescendentes.

 
3.
A ação dos jesuítas tinha como público-alvo as populações
indígenas. Em relação à população negra, a escolarização e a
catequização:

 se limitavam aos escravos mestiços.


não existia
aos filhos dos escravos
se limitavam aos escravos das propriedades jesuíticas
a todos os escravos

Explicação:

A ação dos jesuítas tinha como público-alvo as populações indígenas. Em relação à população negra,
a escolarização e a catequização se limitavam aos escravos das propriedades jesuíticas, uma vez
que, aos demais, o acesso à educação era extremamente difícil, como lembra o padre Serafim Leite,
historiador da Companhia de Jesus: Os escravos negros não eram livres para buscarem a
instrução média e superior, e claro está que os senhores não os compravam para os
mandar aos estudos e fazer deles bacharéis ou sacerdotes.

4.
(UFAL- 2012) É muito comum a expectativa de desempenho
baixo em relação ao aluno proveniente das camadas
economicamente menos favorecidas e/ou de grupos étnicos
socialmente discriminados (PCN). Analisando as afirmativas,

I. A situação de pobreza manifesta na favelização das


áreas urbanas e na precariedade da zona rural, ou na
dificuldade de adaptação do filho do migrante,
lamentavelmente tem sido um estigma para muitas
crianças e adolescentes na escola.

II. Algumas doutrinas pedagógicas concorreram para


acentuar atitudes equivocadas por parte de educadores
na escola. Teorias que afirmam a carência cultural, ainda
que rejeitadas atualmente, deixaram marcas na prática
pedagógica justificando o fracasso escolar única e
exclusivamente pela ¿falta de condições¿ dos alunos.

III. Esse tipo de estigma ¿contagiou¿ professores e


escolas. Por ocasião do processo de ampliação das
oportunidades educacionais, sobretudo a partir da
década de 70, tornou-se comum certa argumentação que
vinculava, indevidamente, a queda da qualidade do
ensino ao acesso das camadas populares a uma escola
que fora, até então, explicitamente seletiva. verifica-se
que

 apenas II e III estão corretas.


todas estão incorretas.
 apenas I e II estão corretas.
apenas I e III estão corretas.
todas estão corretas.

Explicação:

Para além das práticas educativas ou da ação direta de


professores, crianças brancas e negras trazem para a escola
um amplo repertório de comportamentos e experiências de
vida do lugar em que moram e da relação que possuem com
sua família. Crianças negras, pobres e periféricas tendem a se
ver com um olhar negativo, diante da experiência de vida dos
seus colegas de classe brancos e de classes mais privilegiadas.
É o sentimento de inferiorização pelo tipo de roupa que
vestem, pela merenda e material escolar que carregam e pelo
relato de suas vivências cotidianas.

5. Sobre os paradigmas assimilacionista e emancipacionista na história da educação indígena é correto


afirmar que:

O paradigma assimilacionista vigorou durante todo o período colonial, sendo substituído pelo
paradigma emancipacionista com a independência do Brasil.
Ambos os paradigmas coexistiram e seguem coexistindo na história da educação escolar
indígena, desde as primeiras experiências de contato. 
É uma demanda das comunidades indígenas que defendem seu direito de serem amplamente
incorporados a sociedade brasileira sem processos segregacionistas, mas garantindo direitos
iguais. 
 
O paradigma emancipacionista é relativamente recente e resulta da luta histórica dos
movimentos sociais indígenas e dos direitos conquistados com a promulgação da Constituição
Federal de 1988.
O paradigma emancipacionista, apesar de recente, já acumula conquistas importantes, dentre
elas a erradicação do paradigma assimilacionista das políticas educacionais indígenas. 

Explicação:

O paradigma emancipacionista é relativamente recente e resulta da luta histórica dos movimentos


sociais indígenas e dos direitos conquistados com a promulgação da Constituição Federal de 1988.

 
6. A lei 10.639/03 é considerada um marco histórico do movimento negro em defesa de suas políticas
públicas referentes à educação.  A defesa da lei se dá por qual motivo?

 A descolonização do pensamento, demonstrando que sociedades e histórias distintas nos


constituem.

A modificação da história oficial brasileira, que excluía o negro.

A construção de um modelo de educação decolonial, marcada pela necessidade de valorizar a


identidade nacional.
 
A necessidade dos debates sobre como os negros foram humilhados, mas, ainda assim, foram
os pés e as mãos do Brasil.
 A rediscussão da identidade nacional, rompendo com os padrões eurocêntricos, centrando
nosso olhar para África e Américas.

Explicação:

 A descolonização do pensamento, demonstrando que sociedades e histórias distintas nos


constituem.

7.
A História da Educação dos indígenas pode ser dividida em
quatro fases, a segunda fase é:
exercida através  da política de ensino da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a articulação
com missões religiosas como a Summer Institute of Linguistics (SIL).
operação Amazônia Nativa (OPAN) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), mas
principalmente do movimento indígena.
exercida pelos próprios povos indígenas, que passaram a reivindicar a construção e autogestão
da educação escolar indígena formal.

exercida com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Comissão Pró-Índio (CPI).

exercida por missionários, sobretudo os jesuítas

Explicação:

 A segunda fase coincidiu com a criação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), em 1910, e se


prolongou até a política de ensino da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a articulação com
missões religiosas como a Summer Institute of Linguistics (SIL).

8. A função de formação das novas gerações, em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de
formação do cidadão e de constituição do sujeito social, foi delegada à instituição escolar. Pensando
na escola em seu contexto social, assinale a alternativa incorreta.

Como espaço de convivência que favoreça o exercício da cidadania, a escola possui formas de
organização, normas e procedimentos formais de sua estrutura respeitando sua história, que
constituem nos mecanismos pelos quais podemos permitir e incentivar ou, ao contrário, inibir e
restringir as formas de participação de todos os membros da comunidade escolar.
Devido à sua própria natureza e função, a unidade escolar possui espaço de compromisso que
lhe permite, frente a todas as adversidades, construir práticas que favoreçam e contribuam,
dentro de limitações que precisam ser diariamente reafirmadas. Um passado que fundamente
nossa relação com a antiguidade, os preceitos de valores medievais, o papel da razão e do
estruturalismo moderno, sendo um espaço em que essas heranças se consolidam.
Uma escola que pretende atingir, de forma gradativa e consistente, crescentes índices de
democratização de suas relações institucionais deve deixar de considerar, como parte integrante
de seu projeto, o compromisso de participação nos movimentos políticos, econômicos e sociais.
Com relação ao alunado, a escola como espaço de convivência social, torna-se um centro de
referência pessoal que marca os sujeitos que por ali passam, pelo simples fato de estar nessa e
não em qualquer outra, fruto de traços que a identificam, a tornam única: a educação ocidental
formulada em seus preceitos deve nos nortear uma vez que pertencemos e defendemos esta
modelagem cultural.
A escola é herdeira de movimentos históricos marcados por ser um espaço de reprodução,
sendo fortemente influenciada pela herança estruturalista. Atualmente vivemos uma crise dessa
herança, por um lado pela ascensão de valores neoliberais e de outro pelas fortes críticas da
representatividade dessa herança por autores que seguem proposições decoloniais. 
 

Explicação:

A escola é herdeira de movimentos históricos marcados por ser um espaço de reprodução, sendo
fortemente influenciada pela herança estruturalista. Atualmente vivemos uma crise dessa herança,
por um lado pela ascensão de valores neoliberais e de outro pelas fortes críticas da
representatividade dessa herança por autores que seguem proposições decoloniais. 
 

9.
Sobre a relação indivíduo e sociedade definida pelos autores
clássicos da Sociologia, é correto afirmar que a cultura:

a culturanem sempre prevalece sobre o indivíduo. As leis e


regras dependem dele e dão sentido de integração entre os
membros da sociedade
a cultura existe concretamente, mas não é algo externo e
acima das pessoas. Trata-se do conjunto das ações dos
indivíduos relacionando-se reciprocamente
com base no que traz dentro de si, o homem não escolhe
condutas e comportamentos, dependendo das situações que
se lhe apresentam.
existem condicionamentos estruturais que levam o
indivíduo, os grupos e as classes para determinados
caminhos, sendo impossível a reação e transformação de
tais condicionamentos.
as normas, os costumes e as regras sociais não são algo
externo ao indivíduo, mas estão internalizados

Explicação:

Cultura originalmente remete ao repertório de uma sociedade,


ao acúmulo das realizações coletivas. Esse sentido básico
permaneceu, ainda que outros significados tenham se somado
ao longo do tempo.
 

10.
(UFF) O surgimento da Antropologia enquanto ciência propiciou
a formulação de novos conceitos e posturas com relação ao
entendimento de povos então considerados exóticos. Os
primeiros antropólogos, evolucionistas, recorriam a explicações
etnocêntricas sobre as diferenças entre culturas; esta
concepção foi sendo alterada com a afirmação das ideias dos
antropólogos funcionalistas e a prática de trabalho de campo
por eles desenvolvida. São características do surgimento da
Antropologia, exceto:

traz o conteúdo que evidencia a impossibilidade de se falar


de uma ciência do homem
nasceu quando a Europa se industrializava e o progresso
era a ideia que embasava ideologias e ciência
como uma ciência social, mostrou o quanto é enganosa a
definição de ciência do homem..
que seu surgimento, no final do século XIX, era o estudo do
homem na busca das leis que regiam a natureza humana,
passou a ser, no século XX, o estudo das diferenças
culturais
não considerando que a essência do homem varia conforme
a sociedade.

Explicação:

A Antropologia que, em seu surgimento, no final do século


XIX, era o estudo do homem na busca das leis que regiam a
natureza humana, passou a ser, no século XX,o estudo das
diferenças culturais. A Antropologia nasceu quando a Europa
se industrializava e o progresso era a ideia que embasava
ideologias e ciência. Os europeus achavam,
etnocentricamente, que o progresso conquistado com a
industrialização era algo desejado por toda a humanidade.
Pensam muitos europeus e norte-americanos que o progresso
é o que sempre toda a humanidade quis, mas nemsempre
conseguiu, cabendo aos desenvolvidos o mérito por esta
conquista.

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