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Fernanda - Trabalho
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Fernanda - Trabalho
LESÕES CELULARES
ALTAMIRA-PA,
MARÇO DE 2021.
FACULDADE SERRA DOURADA
Avenida Novo Horizonte, n 783, Cidade Nova, Altamira/PA.
TELEFONE: (93) 99151-0101/ (93) 99225-0101
LESÕES CELULARES
ALTAMIRA-PA,
MARÇO DE 2021.
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1 APRESENTAÇÃO
As lesões celulares podem ser consideradas em dois grupos: lesões letais e
não-letais. As lesões não-letais são aquelas compatíveis com a recuperação do
estado de normalidade após cessada a agressão; a letalidade/não-letalidade está
frequentemente ligada à qualidade, à intensidade e à duração da agressão, bem
como ao estado funcional ou tipo de célula atingida.
As agressões podem modificar o metabolismo celular, induzindo o acúmulo
de substâncias intracelulares (degenerações), ou podem alterar os mecanismos que
regulam o crescimento e a diferenciação celular (originando hipotrofias, hipertrofias,
hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias e neoplasias). Outras vezes,
acumulam-se nas células pigmentos endógenos ou exógenos, constituindo as
pigmentações. As lesões letais são representadas pela necrose (morte celular
seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise).
A lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais é a
inflamação. Esta se caracteriza por modificações locais da microcirculação e pela
saída de células do leito vascular, acompanhadas por lesões celulares e do
interstício provocadas, principalmente, pela ação das células fagocitárias e pelas
lesões vasculares que acompanham o processo. Em suma, a inflamação é reação
secundária que acompanha a maioria das lesões iniciais produzidas por diferentes
agentes lesivos.
Entende-se por agressão qualquer estímulo do meio que culmina em uma
forma agressiva, tais como: agentes químicos, físicos, biológicos, modificações
nutricionais, mecanismos de defesa do organismo e alterações na expressão gênica.
Quanto à defesa, é compreendido como mecanismos contra agentes agressores.
Em síntese, são barreiras químicas e mecânicas da pele, além de englobar aspectos
direcionados para as mucosas, reação inflamatória, antioxidantes, fagocitose e
sistemas enzimáticos de detoxificação. Ademais, os mecanismos defensivos podem
se tornarem agressores.
Já a adaptação é a capacidade das estruturas do corpo humano de
modificarem as funções frente à uma agressão para ajustar-se às modificações
induzidas, numa faixa de normalidade. Dessa forma, o objetivo desse estudo é
apresentar as principais características relacionadas à lesão, visto que são o
resultado observado nos tecidos após um determinado estímulo agressivo.
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2 DESENVOLVIMENTO
As causas de lesões e doenças são divididas inicialmente em dois grandes
grupos: exógenas e endógenas, porém nem todas as causas são conhecidas e,
nesses casos, recebem a denominação de causa criptogenética, idiopática ou
essencial.
As causas exógenas são representadas por agentes físicos como força
mecânica, radiação, variação de temperatura e alteração da pressão atmosférica;
agentes químicos, como os agrotóxicos, poluentes ambientais, medicamentos e
drogas ilícitas; agentes biológicos, como vírus, bactérias, protozoários, etc; e pelos
distúrbios da nutrição, que envolvem tanto a deficiência como o excesso de
nutrientes. Já as causas endógenas estão relacionadas com a herança genética, o
sistema imunológico e os fatores emocionais, estes influenciados também pelo
ambiente social.
As agressões atuam por mecanismos muito diversos, sendo os mais
conhecidos e importantes: redução na disponibilidade de O 2 às células; radicais
livres; anormalidades em ácidos nucleicos e proteínas; resposta imunitária; e
distúrbios metabólicos.
A célula normal está limitada, em suas funções, a uma faixa de variação
bastante estreita devido a sua estrutura, por restrições pelas células vizinhas e pela
disponibilidade de substratos metabólicos. No entanto, ela é capaz de suprir as
demandas fisiológicas, mantendo um estado de equilíbrio chamado homeostase.
Quando ocorrem alterações fisiológicas no organismo, ou até mesmo alguns
estímulos patológicos, as células são capazes de passar por adaptações estruturais
e funcionais reversíveis, durante as quais um novo estado de equilíbrio é alcançado,
permitindo sua sobrevivência e manutenção da atividade funcional. Quando o
estímulo é eliminado, a célula pode retornar ao seu estado original sem ter sofrido
qualquer consequência danosa.
A lesão celular pode ser reversível até certo ponto, mas se o estímulo persistir
ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível, levando-a
a morte celular, que é o resultado final da lesão celular progressiva, sendo um dos
principais eventos na evolução de uma doença em qualquer tecido ou órgão. Porém,
ela constitui também um processo normal e essencial na embriogênese, no
desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostase.
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Lábeis: alto potencial mitótico; divisão contínua por toda a vida; ex.:
epitélio de revestimento, células hematopoiéticas;
Estáveis: baixo índice de divisão mitótica; proliferam quando estimuladas;
ex.: órgãos glandulares, células endoteliais;
Perenes: não se dividem após o nascimento; ex.: neurônios.
1- Ação direta, por invasão de células, nas quais prolifera e pode causar
morte. É o efeito citopático, que ocorre especialmente com vírus e algumas
riquétsias, bactérias e protozoários;
2- Substâncias tóxicas liberadas pelo agente infeccioso: são as
exotoxinas de bactérias, de micoplasmas e de alguns protozoários;
3- Componentes estruturais ou substâncias armazenadas no interior do
agente biológico e liberados após sua morte e desintegração: são as toxinas
endógenas ou endotoxinas;
4- Ativação do sistema do complemento, iniciando uma reação inflamatória;
5- Indução da resposta imunitária, que é importante na defesa contra
invasores, mas também é um dos mecanismos envolvidos em lesões produzidas por
agentes infecciosos;
6- Como antígenos do invasor podem aderir à superfície das células ou
possuir epítopos semelhantes a moléculas dos tecidos, a resposta imunitária contra
os microrganismos dirige-se também a componentes do indivíduo infectado;
7- Integração ao genoma celular e alterações na síntese proteica, o que pode
levar a neoplasias.
Os agentes químicos são muito diversos e podem provocar lesões por dois
mecanismos:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOGLIOLO, Luigi; BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Patologia. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000. xiv, 1328p, il.