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O Mapa Da Aprovação
O Mapa Da Aprovação
O Mapa Da Aprovação
Você compra uma passagem pela Air France para voar no mo-
derníssimo A350. O percurso é maravilhoso, a viagem não pode-
ria ser mais agradável, na verdade, ela foi até mais rápida que o
esperado e você foi muito bem servido, não há absolutamente
nada do que reclamar.
Vamos lá?!
QUEM É SEU PROFESSOR?
32 ComoReferência
utilizar a Matriz de
na prática
44 Desvendando o mapa
Neste primeiro módulo, eu quero te mostrar
como resolver as questões do Enem de forma
assertiva.
Dessa forma, você só vai ler o texto depois que você tiver certe-
za e convicção de que entendeu o comando.
@medlinguagens 6
não estão ali para emocionar ou te informar de algo que acon-
teceu.
Por isso, você vai ler o texto da forma mais objetiva possível em
busca daquela pergunta que foi feita anteriormente.
Encontrou o que procurava? Siga em frente.
Aqui eu te peço muito cuidado para não cair nos famosos dis-
tratores.
Gostou do conteúdo?
Então escreve na minha caixinha
#OMAPAESTAON
assim já vou saber que iniciou a leitura do material.
@medlinguagens 7
@medlinguagens 8
LIVE 1
Como fazer
uma questão
de Linguagens
27.01.22 às 20h
Questão 1
Falso moralista
@medlinguagens 10
Questão 2
Canção
No desequilíbrio dos mares,
as proas giram sozinhas… PASSO
Numa das naves que afundaram
é que certamente tu vinhas.
#2
Eu te esperei todos os séculos Leia o texto na busca
sem desespero e sem desgosto, Aqui tenha muita atenção. O
e morri de infinitas mortes texto não é o mais fácil. Então,
guardando sempre o mesmo rosto. pense totalmente naquilo que
Quando as ondas te carregaram
leu no comando.
meus olhos, entre águas e areias,
cegaram como os das estátuas,
a tudo quanto existe alheias.
Minhas mãos pararam sobre o ar
e endureceram junto ao vento,
e perderam a cor que �nham
e a lembrança do movimento.
E o sorriso que eu te levava
desprendeu-se e caiu de mim:
e só talvez ele ainda viva
dentro destas águas sem fim.
MEIRELES, C. In: SECCHIN, A. C. (Org.). Obra completa.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001
@medlinguagens 11
a) contradição entre a vontade da espera pelo ser amado e o desejo de fuga.
b) expressão do desencanto diante da impossibilidade da realização amorosa.
c) associação de imagens díspares indica�vas de esperança no amor futuro.
d) recusa à aceitação da impermanência do sen�mento pela pessoa amada.
e) consciência da inu�lidade do amor em relação à inevitabilidade da morte
PASSO
Olhar objetivo #3
Qual a alternativa condiz com o comando e,
realmente, está presente no texto?
Questão 3
Os linguistas têm notado a expansão do tratamento informal. “Tenho 78 anos e devia ser
tratado por senhor, mas meus alunos mais jovens me tratam por você“, diz o professor
Ataliba Cas�lho, aparentemente sem se incomodar com a informalidade, inconcebível
em seus tempos de estudante. O você, porém, não reinará sozinho. O tu predomina em
Porto Alegre e convive com o você no Rio de Janeiro e em Recife, enquanto você é o
tratamento predominante em São Paulo, Curi�ba, Belo Horizonte e Salvador. O tu já era
mais próximo e menos formal que você nas quase 500 cartas do acervo on-line de uma
ins�tuição universitária, quase todas de poetas, polí�cos e outras personalidades do final
do século XIX e início do XX. Disponível em: h�p://revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 21 abr.
2015 (adaptado).
@medlinguagens 12
a) a escolha de “você” ou de “tu” está condicionada à idade da pessoa que usa o
pronome.
c) o pronome “tu” tem sido empregado em situações informais por todo o país.
Olhar objetivo
Qual a alternativa condiz com o comando e, PASSO
realmente, está presente no texto? #3
Questão 4
Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo fogo, às vezes acordam de seu sono
para contar no�cias do passado.
É assim que se descobre algo novo de um nome an�go, sobre o qual já se julgava saber
tudo, como Machado de Assis.
Por exemplo, você provavelmente não sabe que o autor carioca, morto em 1908, escreveu
uma letra do hino nacional em 1867 — e não poderia saber mesmo, porque os versos
seguiam inéditos. Até hoje.
Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal an�go de Florianópolis, pelo pesquisador
independente Felipe Rissato.
“Das florestas em que habito/ Solto um canto varonil:/ Em honra e glória de Pedro/ O
gigante do Brasil”, diz o começo do hino, composto de sete estrofes em redondilhas
maiores, ou seja, versos de sete sílabas poé�cas. O trecho também é o refrão da música.
O Pedro mencionado é o imperador Dom Pedro II. O bruxo do Cosme Velho compôs a letra
para o aniversário de 42 anos do monarca, em 2 de dezembro daquele ano — o hino seria
apresentado naquele dia no teatro da cidade de Desterro, an�go nome de Florianópolis.
Disponível em: www.revistaprosaversoarte.com. Acesso em 4 dez. 2018 (adaptado)
@medlinguagens 13
4) Considerando-se as operações de retomada de informações na estruturação do
texto, há interdependência entre as expressões
Questão 5
PASSO
#2 Ler o texto em busca
Tenha muita atenção! Esse tipo
de questão com texto menores
possuem alternativas que po-
dem te enganar,
Por isso, selecione bem as pa-
lavras do texto.
@medlinguagens 14
PASSO Comece por aqui: Leia o enunciado
#1 Qual a intenção do produtor textual ao colocar esse ca-
• Pergunta: O que o autor da questão quer de ti?
Questão 6
Como explica o The New England Journal of Medicine, a paciente, chamada Joanie Simpson,
�nha sinais de infarto, como dores no peito e pressão alta, e apresentava problemas nas
artérias coronárias. Ao fazerem um ecocardiograma, os médicos encontraram o problema:
cardiomiopa�a de Takotsubo, conhecido como síndrome do coração par�do.
Essa condição médica �picamente acontece com mulheres em fase pós-menstrual e pode
ser precedida por um evento muito estressante ou emo�vo. Nesses casos, o coração
apresenta um movimento disciné�co transitório da parede anterior do ventrículo esquerdo,
com acentuação da ciné�ca da base ventricular, de acordo com um ar�go médico brasileiro
que relata um caso semelhante. Simpson foi encaminhada para casa após dois dias e
passou a tomar medicamentos regulares.
Ao Washington Post, ela contou que estava quase inconsolável após a perda do seu animal
de es�mação, um cão de raça yorkshire terrier. Recuperada após cerca de um ano, ela diz
que não abrirá mão de ter um animal de es�mação porque aprecia a companhia e o amor
que os cachorros dão os humanos. O caso aconteceu em Houston, nos Estados Unidos.
Disponível em: h�ps://exame.abril.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.
PASSO Você sabe que gênero textual é tudo aquilo que nasce da
necessidade de se comunicar. Para você saber que gê-
#2 nero é esse, você precisa ter tido contato prévio em outra
ocasião.
@medlinguagens 15
6) Pelas caracterís�cas do texto lido, que trata das consequências da perda de um
animal de es�mação, considera-se que ele se enquadra no gênero.
Olhar objetivo
Qual a alternativa condiz com o comando e, PASSO
realmente, está presente no texto? #3
Questão 7
TEXTO I
@medlinguagens 16
TEXTO II
Pai de muitos
Do ponto de vista da descrição lexicográfi ca, que é a descrição do léxico da língua,
o dicionário fornece um conjunto de informações sobre cada uma das palavras que
registra e sua u�lidade vai muito além daquele �ra-teima sobre a ortografi a e/ou
significado de uma palavra. A o indicar os diferentes domínios de conhecimentos a que
uma determinada palavra está relacionada, ele não apenas amplia o conhecimento
semân�co dessa palavra, mas também desvenda as relações de forma e conteúdo que
ela estabelece com outros vocábulos. Para além das funções grama�cais, há um mundo
de valores sociais e afe�vos relacionados à palavra que o dicionário pode revelar a par�r
da análise de es�lo e linguagem presentes no enunciado. Portanto, quanto mais ampla
for a seleção vocabular feita por um dicionário, maior será a sua eficácia em desvendar a
trajetória de uma palavra na língua. Avram Ascot. Língua portuguesa e literatura, edição 7
a)
b)
sensibilizar e ordenar.
entreter e cri�car. PASSO
c)
d)
comentar e resumir.
opinar e informar.
Olhar objetivo #3
Qual a alternativa condiz com o co-
e) informar e emocionar
mando e, realmente, está presente no
texto?
@medlinguagens 17
@medlinguagens 18
LIVE 2
Como estudar
por uma questão
de Linguagens
31.01.22 às 20h
Vamos lá!
@medlinguagens 20
Agora guarda essa imagem e lembre-se de uma nova fruta: a
azeitona.
@medlinguagens 21
• O termo técnico é aquela palavra que traz um signi-
ficado que normalmente estudamos ao longo do ano
nas aulas de Gramática, Literatura, Artes.
• Já o detalhamento é uma explicação baseada no texto
fonte.
Exemplo:
PALAVRAS QUE
SINGULARIZAM AS VERBOS DICENDI
ALTERNATIVAS
@medlinguagens 22
ceitos muito bem definidos. Eles quem serão o alicerce para
você não errar questões porque ficou em dúvida entre duas
alternativas.
CO NS TÂNCIA
PACIÊNCIA
PERSE VERANÇA
@medlinguagens 23
Mulher tem coração clinicamente par�do após morte de cachorro
Como explica o The New England Journal of Medicine, a paciente, chamada Joanie
Simpson, �nha sinais de infarto, como dores no peito e pressão alta, e apresentava
problemas nas artérias coronárias. Ao fazerem um ecocardiograma, os médicos
encontraram o problema: cardiomiopa�a de Takotsubo, conhecido como síndrome do
coração par�do.
Ao Washington Post, ela contou que estava quase inconsolável após a perda do seu
animal de es�mação, um cão de raça yorkshire terrier. Recuperada após cerca de um ano,
ela diz que não abrirá mão de ter um animal de es�mação porque aprecia a companhia
e o amor que os cachorros dão os humanos. O caso aconteceu em Houston, nos Estados
Unidos.Disponível em: h�ps://exame.abril.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.
1) Pelas caracterís�cas do texto lido, que trata das consequências da perda de um
animal de es�mação, considera-se que ele se enquadra no gênero
a) conto, pois exibe a história de vida de Joanie Simpson.
b) depoimento, pois expõe o sofrimento da dona do animal.
c) reportagem, pois discute cien�ficamente a cardiomiopa�a.
d) relato, pois narra um fato estressante vivido pela paciente.
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
@medlinguagens 24
Antes acuado e aba�do pelos longos meses de revolta dos coletes amarelos em cidades
da França, com direito a cenas de guerra civil e vandalismo explícito em Paris, o presidente
Emmanuel Macron ressurgiu, neste final de férias do verão europeu, bronzeado e adulado
após os três dias da cúpula do G7 organizada em Biarritz. Não era este, no entanto, o cenário
mais previsível. O encontro anual dos líderes de Estados Unidos, França, Reino Unido,
Alemanha, Japão, Itália e Canadá �nha tudo para acabar em mais um convescote diplomá�co
de grandes potências em que nada se decide e tudo se complica. Em um abrasivo contexto
mundial, eram esperadas turbulências meteorológicas na orla, fruto das costumeiras
intempéries provocadas pelo presidente americano, Donald Trump, confessadamente
avesso às instâncias mul�laterais. Mas Macron, que havia cuidadosamente preparado seu
plano com muita antecedência, conseguiu domar os ímpetos do líder da Casa Branca e
obteve, pelo menos, dois avanços significa�vos e inesperados: trouxe Washington de volta
à via diplomá�ca com Teerã na crise do acordo nuclear iraniano, interrompendo o ciclo
progressivo de tensões, e abriu caminho para o arrefecimento da guerra comercial entre
os Estados Unidos e a China, fator de constantes abalos mundiais. Fernando Eichenberg.
h�ps://epoca.globo.com, 13/09/2019. Adaptado
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
c) POSITIVA eufórica.
@medlinguagens 25
Nas minhas andanças, fui parar na África e lá conversei com aqueles homens da Unesco,
os bons, não os burocratas. Um deles me disse: “Cada vez que morre um velho africano é
uma biblioteca que se incendeia.”
Fiquei pensando no nosso índio. Pensando na Amazônia. Índio, escritor e árvore — as três
espécies em processo de ex�nção. Condenadas ao aniquilamento, o índio principalmente.
Será que antes de chegarmos à solução final do nosso problema indígena teremos tempo
de captar um pouco da sua arte e de sua vida, nas quais o sagrado e a beleza se confundem
para alimentar nossa cultura e nosso remorso? Lygia Fagundes Telles. A disciplina do amor, 1980.
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
d) DESTACAR = ressaltar
@medlinguagens 26
c) de uma enumeração de vocábulos, que visam conferir ao texto um efeito de
certeza.
d) do emprego de numerais, quan�ficando as caracterís�cas e aspectos posi�vos
do produto.
e) da exposição de opiniões de corretores de imóveis no que se refere à qualidade
do produto.
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
a) FORMAS IMPERATIVAS Não há nenhum verbo
que nos auxilie.
b) ADJETIVOS
c) ENUMERAÇÃO
d) NUMERAIS/ POSITIVO
e) OPINÕES
5) Nos terceiro e oitavo versos da letra da canção, constata-se que o emprego das
palavras cowboy e rock expressa a influência de outra realidade cultural na língua
portuguesa. Essas palavras cons�tuem evidências de
a) regionalismo, ao expressar a realidade sociocultural de habitantes de uma
determinada região.
b) neologismo, que se caracteriza pelo aportuguesamento de uma palavra
oriunda de outra língua.
c) jargão profissional, ao evocar a linguagem de uma área específica do
conhecimento humano.
d) arcaísmo, ao representar termos usados em outros períodos da história da
língua.
e) estrangeirismo, que significa a inserção de termos de outras comunidades
linguís�cas no português.
@medlinguagens 27
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
a) REGIONALISMO palavra que delimita Não há nenhum verbo
uma localidade
que nos auxilie.
b) NEOLOGISMO formação de uma nova
palavra
TEXTO I TEXTO II
No caso da Literatura Brasileira,
A canção do africano se é verdade que prevalecem
Lá na úmida senzala, as reformas radicais, elas têm
Sentado na estreita sala, acontecido mais no âmbito de
Junto ao braseiro, no chão, movimentos literários do que de
entoa o escravo o seu canto, gerações literárias.
E ao cantar correm-lhe em pranto A poesia de Castro Alves em
Saudades do seu torrão... relação à de Gonçalves Dias não
De um lado, uma negra escrava é a de negação radical, mas de
Os olhos no filho crava, superação, dentro do mesmo
Que tem no colo a embalar... espírito român�co.
E à meia-voz lá responde MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de
Ao canto, e o filhinho esconde, Janeiro: Nova Aguilar, 2003
Talvez p’ra não o escutar!
“Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem.”
ALVES, C. Poesias completas.
@medlinguagens 28
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
a) FUNDO IDEOLÓGICO a) EXALTA =louvar/tornar grandioso
arte de comunicar
A rua
Bem sei que, muitas vezes,
O único remédio
É adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem,
A dívida, o diver�mento,
O pedido de emprego, ou a própria alegria.
A esperança é também uma forma
De con�nuo adiamento.
Sei que é preciso pres�giar a esperança,
Numa sala de espera.
Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,
Esperança sentada.
Não abdicação diante da vida.
A esperança
Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera.
Nunca é figura de mulher
Do quadro an�go.
Sentada, dando milho aos pombos.
RICARDO, C. Disponível em: www.revista.agulha.nom.br. Acesso em: 2 jan. 2012
@medlinguagens 29
c) uma posição em que louva a esperança passiva para que ocorram
mudanças sociais.
d) um estado de inércia e de melancolia mo�vado pelo tempo passado
“numa sala de espera”.
e) uma a�tude de perseverança e coragem no contexto de estagnação
histórica e social.
ESTRUTURA BÁSICA
Palavras que singularizam Verbos descendi
@medlinguagens 30
@medlinguagens 31
LIVE 3
Como utilizar a
matriz de
referência
07.02.22 às 20h
Até aqui seguimos conforme o mapa e:
• Você já sabe responder de forma eficiente uma
questão do Enem.
• Você já aprendeu o que é importante ao estudar para
o modelo de questões.
@medlinguagens 33
Aqui abaixo está ipsis litteris a matriz:
Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias
@medlinguagens 34
H7- Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas,
sua função e seu uso social.
@medlinguagens 35
H14- Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-
relações de elementos que se
apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e
étnicos.
@medlinguagens 36
Competência de área 7 - Confrontar opiniões e pontos de
vista sobre as diferentes
linguagens e suas manifestações específicas.
@medlinguagens 38
A ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalac�tes duma gruta?!
Vem da psicogené�ca e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas da laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquí�ca... C5H16
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralí�ca.
Augusto dos Anjos. Eu, 1912
C6H18
2) Nos textos, há diferentes vozes e maneiras como elas podem se apresentar aos leitores.
Na �ra apresentada, em que atuam as personagens Snoopy e Charlie Brown,
@medlinguagens 39
a) o cachorro lê um texto do qual ele inicialmente discorda e depois muda de
ideia.
b) o menino quer agradar o cão chamando-o de �querido amorzinho�.
c) a ausência do balão na fala do cachorro é marca do discurso indireto.
d) a oportunidade da comida evidencia uma contradição em relação aos escritos
do cão.
e) o balão na fala do menino representa que somente humanos são dotados de
linguagem
Segue o seco
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
Sem sacar que o espinho é seco
Sem sacar que seco é o Ser Sol C5H16
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um �ro seco
E secará o seu des�no seca
[...] Carlinhos Brown; Marisa Monte.
3) Na canção apresentada, há uma constante repe�ção de palavras caracterizada
tanto pela ocorrência de anáfora ( quando no início dos versos) quanto de
epístrofe (quando u�lizada no final dos versos). Ao u�lizar esses recursos
linguís�cos, a canção
a) orienta o leitor sobre a seca ser traiçoeira, sendo incoerente viver nela.
b) demonstra que a secura do local é fruto de maus tratos à terra.
c) trata da seca como fator que impossibilita a vida, mas visto de forma natural.
d) enfa�za a seca como um elemento delimitador da realidade retratada.
e) cria um efeito sonoro que ameniza o cenário de secura representado.
Argumento
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sen�ndo a falta
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim
Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como o velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar.
PAULINHO DA VIOLA. Disponível em: www.paulinhodaviola.com.br.
@medlinguagens 40
4) Na letra da canção, percebe-se uma interlocução. A posição do emissor é conciliatória
entre as tradições do samba e os movimentos inovadores desse ritmo. A estratégia
argumenta�va de concessão, nesse cenário, é marcada no trecho
a) “Mas não me altere o samba tanto assim”.
b) “Olha que a rapaziada está sen�ndo a falta”.
C7H21
c) “Sem preconceito / Ou mania de passado”.
d) “Sem querer ficar do lado / De quem não quer navegar”.
e) “Leva o barco devagar”.
Quinze de Novembro
Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
Seu imperadô, dê o fora
que nós queremos tomar conta desta bugiganga.
Mande vir os músicos.
O imperador booejando responde:
Pois não meus filhos não se vexem
me deixem calçar as Chinelas
podem entrar a vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de
[Victor Hugo.
MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
5) A poesia de Murilo Mendes dialoga com o ideário poé�co dos primeiros modernistas.
No poema, essa a�tude manifesta-se no (a)
a) releitura irônica de um fato histórico
b) visão ufanista de um episódio nacional. C5H17
c) denúncia implícita de a�tudes autoritárias.
d) isenção ideológica do discurso do eu lírico.
e) representação saudosista do regime monárquico.
@medlinguagens 41
LIMA, J. Poemas negros. Rio de Janeiro: Record, 2007.
Dois parlamentos
@medlinguagens 42
Soneto VI
Brandas ribeiras, quanto estou contente
De ver-vos outra vez, se isto é verdade!
Quanto me alegra ouvir a suavidade, PASSO
Com que Fílis entoa a voz cadente!
#1
Os rebanhos, o gado, o campo, a gente,
Tudo me está causando novidade:
Oh! como é certo que a cruel saudade
Faz tudo, do que foi, mui diferente!
@medlinguagens 43
desaf io
Desvendando
O MAPA
13.02 - 15.02 às 20h
Sabe aquela história que o melhor sempre fica para o
final?
Aqui não poderia ser diferente.
@medlinguagens 45
Mas ditoso o meu ardor;
Deixo, ó Glaura, a triste lida
Submergida em doce calma;
E a minha alma ao bem se entrega,
Que lhe nega o teu rigor.
ALVARENGA, Manuel Inácio da Silva. “O Beija-Flor”, Rondó VII[trecho]. In: Glaura: poemas eró�cos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 53-56
PASSO PASSO
#1 #2
PASSO
#3
@medlinguagens 46
PASSO PASSO
#1 #2
PASSO
Vambora
#3
Entre por essa porta agora
e diga que me adora
Você tem meia hora
pra mudar a minha vida
Vem vambora
que o que você demora
é o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
ainda tem você na sala
porque meu coração dispara
quando tem o seu cheiro
dentro de um livro
Dentro da noite veloz
CALCANHOTO, A. Vambora. In: Adriana Calcanhoto. Maritmo. CD. Sony Music, 1998.
PASSO
#1
PASSO
#2
PASSO
#3
@medlinguagens 47
LIRA III
Tu não verás, Marília, cem ca�vos
Tirarem o cascalho, e a rica terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
Ou da minada serra.
Não verás separar ao hábil negro
Do pesado esmeril a grossa areia,
E já brilharem os granetes de ouro PASSO
No fundo da bateia.
Não verás derrubar os virgens matos; #1
Queimar as capoeiras ainda novas;
Servir de adubo à terra a fér�l cinza;
Lançar os grãos nas covas.
Não verás enrolar negros pacotes
Das secas folhas do cheiroso fumo;
Nem espremer entre as dentadas rodas
PASSO
Da doce cana o sumo.
Verás em cima da espaçosa mesa
#2
Altos volumes de enredados feitos:
Ver-me-ás folhear os grandes livros,
E decidir os pleitos.
Enquanto revolver os meus consultos,
Tu me farás gostosa companhia, PASSO
Lendo os fastos da sábia mestra história,
E os cantos da poesia.
Lerás em alta voz a imagem bela,
#3
E eu, vendo que lhe dás o justo apreço,
Gostoso tornarei a ler de novo
O cansado processo.
(...) Tomás Antônio Gonzaga
5) O poema acima faz parte da obra poé�ca de Tomás Antônio Gonzaga, principal
poeta do Arcadismo brasileiro. Levando em conta os elementos cons�tu�vos da
esté�ca árcade, percebe-se no texto que o poeta:
@medlinguagens 48
“Hoje alcei voo com o Sol.
Não imaginava poder realizar algum dia o que os monges do século 19 afirmavam
ser a melhor maneira de escrever: acompanhando o nascimento do Sol.”
PASSO PASSO
#1 #2
PASSO
#3
@medlinguagens 49
Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser
negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato. Uma tarde
de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar
daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.
Não sei se sou o�mista demais, ou fora da realidade. Mas, à medida que fui
gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter
menos, fui ficando mais tranquila e mais diver�da. Sapato e roupa simbolizam bem mais
do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.
Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer
muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resis�r a certas tentações é
burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria. LUFT, L. Pensar
é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2011. Nesse texto, há duas ocorrências de dois-
pontos.
7) Na primeira, eles anunciam uma enumeração das negociações que podemos fazer
conosco. Na segunda, eles introduzem uma
PASSO PASSO
#1 #2
PASSO
#3
@medlinguagens 50
@medlinguagens 51