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Estudo em Romanos 8

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1.

Expectativa gloriosa
Temos uma expectativa gloriosa (8.18-25). Paulo explica que seus
sofrimentos, embora severos, não podem ser comparados com a glória
que Deus preparou para você. 3 O versículo 18 declara o tema desta
seção: “Pois considero que os sofrimentos 4 deste tempo presente 5 não
são dignos de serem comparados com a glória que há de ser revelada a
nós”. 7 A palavra “para” ( gar ) une 8:17 e 18 em seu tema comum de
Sofrimento. 8 Vale a pena sublinhar “sofrimentos” e “glória” porque Paulo
o convida a fazer uma comparação desses dois conceitos. 9 O verbo
traduzido “considerar” ( logizomai ) é um termo matemático : “Eu calculo,
conto com este fato como verdadeiro!” 10 Fala de meditação
contemplativa. Os termos “digno” ( axios ) e “glória” ( doxa ) estão
relacionados ao conceito de peso do AT.
A palavra “digno” é de um termo comercial que significa “pesar tanto
quanto.” O termo hebraico “glória” também vem de uma raiz“ ser
pesado”, no sentido de ser valioso, como ouro. Paulo está dizendo: Você
pode se sentir sobrecarregado poro peso de seu sofrimento; no entanto, o
peso (ou seja, o valor) de sua glória superará em muito mais do que você
suportou (cf. 2 Coríntios 4:16-18). Dito de outra forma, se você pudesse
colocar todas as dificuldades de sua vida de um lado da balança e a glória
que um dia será revelada a você do outro lado a es MEDITAÇÃO SOBRE
ROMANOS CAPÍTULO 8 VERSÍCULO 18.
Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente
não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. (Rom.
8.18)
 
Quando lemos com atenção este versículo percebemos muitos
ensinamentos, mas neste momento quero destacar que o apostolo assim
como eu e você também passava por crises, lutas internas e externas e
também perseguições. No entanto ele nuca desistiu, nuca sequer pensou
em deixar o evangelho. Qual seria o motivo que o fazia tão confiante?
Seria algum segredo pessoal, algo que ele guardara só para si?
Na verdade o apostolo Paulo era um ser humano comum assim como nós,
e todos nós sem exceção, em momentos de crise, necessitamos de
motivação para vencermos, para superarmos  os problemas sejam quais
forem; mas vamos olhar estes versos sagrados mais de perto:
·         Na primeira parte deste verso ele fala sobre “as aflições deste tempo
presente”, perceba meu amado que Paulo está informando aos leitores da
epístola que já havia realmente muitas aflições naquele tempo, é como
seu o ouvisse tentando encorajar-nos dizendo; - olha eu sei que você está
sofrendo, sei que há muitas aflições , eu mesmo (Paulo) passo por muitas,
mas alegre-se, eu tenho um bom motivo para você não desanimar, eu
tenho uma motivação para você.
·         Na segunda metade do verso  ele fala sobre”  a glória que em nós há
de ser revelada”   eu, pela fé continuo ouvindo a voz do apostolo nos
consolando e essa voz nos diz: - realmente as lutas são intensas e as
aflições são muitas mas alegre-se poia a glória que será revelada em nós é
muito maior, por maior que seja as tribulações que vocês estão passando
eu (Paulo) tenho por certo que são bem menores que a glória que será
revelada sobre os filhos de Deus 

Qual é o nosso sofrimento? Quais são as nossas expectativas para o


futuro? O que o mundo reserva para os filhos de vocês? Há futuro?
Nós vivemos em um tempo cheio de dúvidas. Quando ligamos a televisão,
nos deparamos com um monte de notícias de morte, corrupção,
impunidade, violência e guerra. A terra se tornou em um lugar hostil à
vida. Viver tornou-se uma tarefa difícil. Na verdade, parece que estamos
sobrevivendo.
De onde vem tudo isto? Tudo tem sua origem em Adão e Eva. Ao
desobedecerem a ordem de Deus, tornaram a sua natureza pecaminosa.
Assim, todos somos pecadores desde Adão e Eva. Eles abriram o
precedente para que o mal e o pecado agissem no mundo. Mesmo que
tenham encontrado o amor e o cuidado de Deus, ainda assim, o pecado se
tornou uma marca que foi passada de geração após geração. Todos
nascemos debaixo do sinal do pecado, quer queiramos, quer não.
O apóstolo Paulo diz em Romanos 3.23: “Todos pecaram e carecem da
glória de Deus.” Adão, Eva, Moisés, Davi, Jonas, Isaías, Pedro, Paulo,
William, assim por diante. Nossa constante desobediência não apenas nos
afasta de Deus, mas também estraga a Criação de Deus. Como diz Isaías
59.2: “Nossos pecados fazem separação entre nós e Deus.” Quando
descumprimos a vontade de Deus, nos distanciamos da sua presença
amorosa. A verdade é que Deus não se afasta de nós, mas nós insistimos
em nos afastar de Deus. Este é o veredito de Deus como juiz: somos
pecadores e precisamos da sua graça. Nossos pecados afetam não
somente a nós mesmos, mas nossas famílias, nossa sociedade e também o
mundo em que vivemos.
Toda a criação está debaixo do pecado. A perfeita criação de Deus se
tornou em um paraíso perdido, algo da qual sentimos falta mesmo sem
nunca o termos conhecido em perfeição. Sentimos falta do paraíso
mesmo nunca tendo colocado nossos pés nele. Sentimos falta de algo que
possa preencher nosso vazio interior e dar sentido à nossa vida. O pecado
nos afasta de Deus. Mas há esperança!
A criação geme as dores de um parto. As mulheres que já realizaram parto
normal devem imaginar como esta dor é imensa. A criação de Deus sofre
tanto que sente dores como de um parto. Nossa desobediência afetou a
tudo o que Deus criou. A Criação não pecou, mas sofre por causa dos
nossos pecados. A Criação é dádiva, mas, por causa do pecado, nós a
pisoteamos e destruímos. No fim, as consequências deste pisotear podem
voltar contra nós mesmos. Talvez muitos de vocês tem visto que estamos
diante da maior estiagem dos últimos tempos. Em 2021, há riscos para a
falta de água e até mesmo apagões elétricos. Entretanto, ainda parecemos
adormecidos para as questões ambientais. Parece que enquanto a
situação não se tornar extrema, negaremos sermos acordados para uma
vida ecológica e para uma economia sustentável.
Quando Paulo escreveu a sua carta aos Romanos, não havia aquecimento
global, derretimento das geleiras ou a estiagem de 2021. Porém, Paulo já
constatou naquela época que a Criação de Deus sofre com nossa
devastação e com o nosso pecado. Deus criou tudo o que existe e colocou
o ser humano em Adão e Eva como cuidadores do que havia criado, mas,
após a queda, passamos apenas a consumir a criação em nosso próprio
benefício. Passamos a destruir a perfeita obra de arte de Deus. Fomos
colocados como jardineiros da boa Criação de Deus, mas passamos apenas
a dominá-la e consumi-la conforme os nossos próprios interesses.
Na mente humana, a Criação passa a ser de seu domínio e não mais de
Deus. O ser humano colocou a si mesmo como “senhor” da criação e
passou a brincar de “deus”. Fomos convencidos pelo consumismo
que queremos ter mais do que precisamos ter. Com isso, a boa Criação é
manipulada e destruída como se estivesse aí apenas para satisfazer a
todos os nossos interesses humanos.
Nós, como cristãos, habitamos no mundo caído pelo pecado. Vivemos em
um mundo que geme e sofre. Parece não haver expectativa de amanhã.
Há tragédia após tragédia. Neste caos em que vivemos, haverá a
possibilidade de um futuro melhor? Neste vazio que sentimos e que não
conseguimos preencher, para onde olhar? Paulo nos dá uma direção.
Paulo consola a comunidade em Roma e também a nós com uma palavra
de esperança. A esperança em Cristo aponta para um amanhã melhor e
maior. Esperança significa apostar no futuro ainda que o hoje seja de
completo desapontamento. A esperança surge na falta de expectativa, no
sofrimento e na dor. É durante uma doença que temos esperança de
melhorar; é durante um problema que temos esperança em alguma
solução; é na dificuldade que temos esperança em tempos de facilidade.
Do contrário, não haveria o que esperar. Quando tudo está bem, não há
pelo que esperar. Para quem está tudo bem, não há esperança. Esperança
é algo para quem geme e sofre!
Dizem que a esperança é a última que morre. Biblicamente falando,
esperança que morre não é esperança. A esperança é viva e nos mantém
em movimento. Quando há um problema, não nos entregamos, mas
agimos com tudo o que temos. A esperança nos leva a agir hoje. A espera
do amanhã nos faz lutar hoje.
Há muitas falsas “esperanças” no mundo. Esperança que morre não é
esperança, mas desespero. Como cristãos, somos pecadores e habitamos
em um mundo que geme as dores de um parto. Mas a nossa esperança
em Cristo nos leva a olharmos para muito além. Olhamos para o futuro
com a esperança da nova Criação de Deus, novos céus e nova terra onde
habitaremos para sempre em paz com o nosso Senhor Jesus. Nossa
esperança não termina na morte, em um caixão ou em um jazigo no
cemitério. A nossa esperança está fundamentada na ressurreição de Cristo
dos mortos. Sem isso, “somos as mais infelizes de todas as pessoas”, diz
Paulo em 1 Coríntios 15.19.
Habitamos em um mundo mal, mas não estamos sozinhos. O Espírito de
Deus habita entre nós e traz a presença de Deus para junto de nós. Não
como um fantasma ou uma energia a perambular por aí, mas como a
presença poderosa do próprio Deus entre os seres humanos. O Espírito
Santo consolador é quem nos consola em meio aos sofrimentos do tempo
presente. Não é uma mera “energia positiva” recebida ou enviada, mas a
presença real daquele que sofreu por nós na cruz e que, por isso mesmo,
sofre em nós hoje!
O Espírito Santo é quem nos concede esperança. E como ele o faz? A
esperança traz o futuro para o presente, traz o amanhã para o hoje. A
esperança faz com que já hoje possamos viver e sentir a paz que ele tem
prometido a nós no futuro. A esperança cristã traz a paz da nova Criação
para dentro da velha Criação em que nós vivemos. É como se nós
pudéssemos sentir o céu e a eternidade ainda que estejamos habitando
na terra. Aqui e a agora sentimos um pouco do que há de vir. Já agora
sentimos o que ainda não chegou.
A diferença da esperança cristã está em sua base que é Cristo ressurreto.
A esperança cristã não se baseia naquilo que nós fazemos, mas naquilo
que Cristo já fez por nós. A esperança cristã está baseada na morte de
Cristo na cruz e sua ressurreição dos mortos. Não é uma energia apenas,
nem mesmo uma filosofia de vida ou um pensamento positivo. A
esperança cristã é palpável! Vem de Jesus e aponta para Jesus. Vem da
cruz e ressurreição e aponta para os novos céus e a nova terra.
O fundamento da nossa esperança é a cruz, ou seja, aquilo que Deus fez
por nós no passado. O alvo da nossa esperança está no futuro que já
podemos sentir no presente. Podemos no presente crer no futuro por
causa do que Cristo já fez por nós no passado. Repito: Podemos no
presente crer no futuro por causa do que Cristo já fez por nós no passado.
Não há esperança cristã sem Cristo. Esperar é aguardar o melhor que há
pela frente; porém, a esperança cristã tem seu início em algo que ocorreu
lá trás: o Cristo da cruz.
Martin Dreher, pastor e professor aposentado da nossa igreja, diz:
Esperança cristã parte da esperança do sofrimento, parte da cruz do
crucificado. Mas o sofrimento que experimentamos nada é se comparado
à glória que nos aguarda (v. 18). Mas é necessário que passemos por ele. É
verdade, a criatura geme, os cristãos gemem, até o Espírito geme, mesmo
que de forma diferente do que os cristãos. Cristãos gemem enquanto
esperam que Deus os liberte completamente. Enquanto gemem, o Espírito
auxilia-os em sua fraqueza. É ele quem intercede pelos cristãos junto a
Deus.1
Martin Dreher continua, dizendo: “o Espírito intercede por nós, é ele
quem interpreta o que o nosso coração deseja, e Deus entende”2.
Portanto, é assim que o Espírito Santo nos consola em nosso sofrimento e
diante do atual cenário mundial: O Espírito Santo nos faz olhar para trás,
para aquilo que Jesus já fez por nós. Todos pecaram, menos um: Este foi
Jesus Cristo. Ele, sem pecado e sem maldade alguma, se entregou na cruz
no meu e no seu lugar e assumiu a nossa culpa para nos libertar de nossos
pecados e nos dar a salvação. Ele, como inocente, assumiu o nosso
pecado para que nós, como pecadores, pudéssemos ser transformados
em inocentes. Há uma maravilhosa troca: o pecador é transformado em
inocente e o inocente é transformado no próprio pecado (cf. 2 Coríntios
5.21). Sem sofrimento não há esperança. Se sofremos, é porque temos
algo muito grande a nos esperar, mesmo que seja apenas na eternidade
com Deus.
O Espírito Santo também nos faz olhar para frente. O melhor está por vir!
Jesus Cristo diz em João 14.1-3: “Não se perturbe o vosso coração; credes
em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E,
quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim
mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” Estamos aqui,
embaixo. O Espírito Santo nos consola em nosso sofrimento. Enquanto
isso, Jesus Cristo, o Filho de Deus, está preparando a nossa casa celestial.
Quando olhamos para o mundo em destruição, podemos esperar que o
melhor está por vir. A esperança não surge de nós e nem está em nós
mesmos. A esperança que está baseada no ser humano transforma o
próximo passo em um abismo. Somos pecadores e não podemos produzir
a esperança por nós mesmos. Por isso Deus, em sua providência, age em
nosso favor e nos concede a verdadeira esperança em seu Filho Jesus
Cristo.
Deus perdoa nossos pecados pela fé e nos dá a Salvação. Aquilo que é
reservado ao futuro já pode ser recebido hoje. Mas, quando abrirmos esta
janela chamada esperança e olhamos para fora dela com alegrias e
expectativas, não podemos esquecer da condição em que estamos. Quem
crê em Cristo já está salvo, mesmo que ainda viva no mundo que geme e
sofre. Ainda somos pecadores! Por isso, precisamos agir em favor deste
mundo promovendo a paz e a justiça, pois Deus é pacífico e justo. Deus se
torna presente – em um mundo caído – na força do Espírito Santo.
Não somos tirados deste mundo, mas somos consolados aqui onde
estamos. Basta olharmos para trás, para a cruz, para sabermos que nosso
pecado foi aniquilado por Cristo. Basta olharmos para frente para
sabermos que o melhor ainda está por vir.
Há um hino que gosto muito que diz:
Aqui na terra as dores não cessam, as tentações me atacam sem fim.
Porém em breve, de tudo me esqueço com as delícias preparadas pra
mim. Eu tenho uma casa naquela cidade, resplandecente em celeste
fulgor. Da minha casa eu tenho saudades, e hei de estar com Jesus meu
Senhor!3
Sentimos falta de algo: é da casa celestial de Deus. Só lá é que teremos
uma verdadeira morada segura que só existe no além. Ainda aguardamos
por isto ou achamos que com a morte, tudo acabou? Eu creio que não. Se
Cristo ressuscitou e se até hoje seu corpo nunca foi encontrado é porque
há algo de muito verdadeiro em toda esta história. Não termina aqui, nem
mesmo se o ser humano se destruir com bombas e guerras. Há uma
morada sendo preparada para quem crê em Jesus. Esta morada não
poderá ser destruída por ninguém de nós, pois está sendo construída pelo
próprio Senhor Jesus.
Se esquecermos de olhar para trás, para a obra de Cristo na cruz, nos
tornamos ingênuos achando que somos bons o suficiente e que não temos
pecados a confessar. A cruz sempre nos leva à confissão diante do
crucificado; se esquecermos de olhar para frente, para a eternidade, nos
desesperamos em ter os prazeres desta vida, pois a vida seria uma só e a
morte acabaria com tudo. Temos que aproveitar a vida, mas aproveitá-la
para que possamos estar juntos na eternidade e não desperdiça-la não
servindo a Deus e nem ao próximo.
Que Deus possa fortalecer a nossa esperança para que possamos cada vez
mais crer nas suas promessas e permanecermos firmes nelas. Já agora
podemos sentir e receber o que Deus está preparando para os seus. Basta
crer em Jesus como único e suficiente Senhor e Salvador.
O apóstolo Paulo nos diz em 1 Coríntios 2.9: “Todavia, como está escrito:
Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que
Deus preparou para aqueles que o amam.” Nem podemos imaginar que
surpresas Deus nos reserva na eternidade. Quem não crer de fato, não
poderá entrar. Eu desejo que todos nós possamos estar reunidos lá. O
ingresso já foi pago com o sangue de Cristo na cruz.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os nossos
corações e as nossas mentes em Cristo Jesus,
amém.

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