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Tribuna Vicentina - Setembro de 2022

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Conselho Metropolitano de Maceió

Tribuna Vicentina Agosto de 2022


Nº 215

Santo do Mês

São Vicente de Paulo:


Patrono da SSVP
Confira a história do nosso patrono na página 53 desta edição.
Destaques desta edição

16° Presidente-geral
recebe título de
cidadão Alagoano
Página: 05

História de São
Vicente de Paulo,
patrono da SSVP
Página:53

Dia litúrgico do
principal fundador da
SSVP
Página: 59
Sumário
NOTÍCIAS
Notícia especial 05
Conselhos Centrais 11
CM de Maceió 17
Departamento 19
Lares de idosos 20
DIREÇÃO ESPIRITUAL
Sobre as eleições (Pe. Cícero Lenisvaldo) 25
ARTIGOS
Vida de São Vicente de Paulo - cont. (Cfd. Cantoario) 28
A Santa Cruz e o Imaculado Coração (Profª. Célia Nonata) 30
Catolicismo e política não devem se misturar? (Ademar Solon) 32
Aborto, gênero e eleições (Pe. José Eduardo) 34
ENTREVISTA
Cfd. Júnior (Coordenador do Decom do CMM) 36
GIRO
Conselho Nacional do Brasil 38
Conselho Geral Internacional 42
Arquidiocese de Maceió 48
POR DENTRO DO CGI
O papel estratégico dos Vice-presidentes Gerais Adjuntos (Cfd. Renato
Lima) 51
SANTO DO MÊS
São Vicente de Paulo (27/09) 53
DESTAQUES DO MÊS
Dia Nacional dos Vicentinos 56
Depoimentos 57
HOMENAGEM
Dia litúrgico do principal fundador da SSVP 59
FIQUE POR DENTRO
Coleta de Ozanam, em setembro, leva ajuda à SSVP no mundo 60
SSVP lança Manual da Marca, sobre nova logomarca mundial 62
Organização de caravana para a 51ª Romaria Nacional 64
DICA VICENTINA
Livro: Crônicas Vicentinas 5, do cfd. Renato Lima 65
VIDA E SAÚDE
Autoconhecimento (csc. Emmanuela Santana, psicóloga) 66
INTERVALO ALEGRE 67
PUBLICAÇÃO MENSAL DO CONSELHO
METROPOLITANO DE MACEIÓ, DA SOCIEDADE
DE SÃO VICENTE DE PAULO
Rua Barão de Jaraguá, 530 - Jaraguá
Maceió - AL
CNPJ - 02.465.282/0001-28
vicentinosdemaceio@gmail.com

Presidente do CMM: cfd. Gilberto Junior Omena

Coordenador do Decom: cfd. José Edmilson de


Souza Júnior

Responsável pela Tribuna: csc. Paula Costa

Revisão dos textos, diagramação e design:


Pedro Ivon, jornalista
NOTÍCIAS

Notícia especial
Presidente-geral recebe título de cidadão alago-
ano

Cfd. Renato Lima cercado pelos vicentinos alagoanos, na Assembleia Legislativa

O confrade Renato Lima de Oliveira, 16° Presidente-geral Internacional, recebeu,


no dia 26 de agosto, o título de cidadão alagoano, na Assembleia Legislativa de
Alagoas, localizada no Centro de Maceió. A homenagem foi de responsabilidade do
deputado estadual Dudu Ronalsa, que destacou o trabalho de Renato, enquanto
vicentino, em prol dos mais carentes do estado.
Durante a cerimônia, diversos membros da SSVP, incluindo o presidente do
Conselho Metropolitano de Maceió (CMM), confrade Gilberto Júnior, estiveram
presentes.
Confira, abaixo, o discurso do confrade Renato Lima, durante a ocasião:
Senhor deputado estadual Dudu Ronalsa, que propôs esse título,
Querido confrade José Pedro Cantoario, na pessoa de quem cumprimento todos os
confrades e consócias aqui presentes,
Minhas senhoras e meus senhores, bom dia!
Minhas saudações a todos!

Foi com imensa alegria que recebi o convite do deputado estadual Dudu Ronalsa, do
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), para participar desta cerimônia, na qual é-me
conferida a distinção que muito me orgulha, e que considero com grande galhardia: o
título de Cidadão Honorário do Estado de Alagoas, por meio da Lei nº 8.593/2022, de 22
de fevereiro de 2022, aprovada pela Assembleia Legislativa de Alagoas e promulgada
pelo presidente desta Casa, deputado Marcelo Victor.
Inicialmente, quero agradecer a Deus por estar aqui, hoje, em Maceió, Alagoas.
Agradeço à minha querida família (minha esposa Andréa e meus filhos Gustavo e Bianca)
pelo apoio que sempre me deu, não só como esposo e pai, mas como vicentino e
profissional. Também registro meus agradecimentos ao Poder Legislativo Estadual, na

Tribuna Vicentina | 05
NOTÍCIAS

pessoa do deputado Dudu Ronalsa. Obrigado pela gentileza de Vossa Excelência para
comigo.
Estou muito emocionado. Receber um título desses é, na verdade, receber um presente
de todos vocês, alagoanos. Em poucos dias, em 9 de setembro, estaremos comemorando
seis anos à frente da presidência do Conselho Geral, e hoje estou recebendo um presente
antecipado. Esse título, que hoje recebo, dedico a todos os vicentinos de Alagoas, e
especialmente às pessoas mais necessitadas, mais humildes, aos sem-teto, aos doentes,
aos idosos, às crianças abandonadas do nosso estado.
Nós, vicentinos, temos uma história muito rica nesses 189 anos de nossa instituição.
Nossa entidade encontra-se, atualmente, em 153 territórios vicentinos, somando 800 mil
membros, em 50.000 conferências, levando ações de caridade a 30 milhões de pessoas,
todos os dias. Em Alagoas, a primeira conferência data de 1895, e hoje já somos 115
conferências e 1.000 membros, além de obras sociais (dois abrigos e um hospital). E
neste ano, 2022, o Conselho Metropolitano de Maceió comemora 25 anos de excelentes
serviços prestados à comunidade (há, inclusive, vários dirigentes do Conselho aqui
presentes).
Como é sabido, o vicentino não busca nenhum reconhecimento humano, apenas de
Deus. Contudo, ao realizar esta solenidade, a Assembleia Legislativa de Alagoas valoriza,
publicamente, a grandiosidade do trabalho vicentino, em prol da superação da miséria,
da exclusão e da vulnerabilidade social, possibilitando que as ações beneméritas da
nossa entidade possam ser mais conhecidas não só no ambiente legislativo, mas
também no município e em toda a região.
Ser vicentino – como sempre digo –
é uma bênção de Deus e um
verdadeiro presente de Nosso Senhor
Jesus Cristo! Ser vicentino é, acima de
tudo, fazer as pessoas felizes, pois
quando ajudamos as famílias
carentes, tornamo-nos amigos delas,
e assim podemos desenvolver o nosso
trabalho de promoção humana
integral nos aspectos material, moral
e espiritual.
É muito gratificante poder ajudar as
pessoas que sofrem a superar seus
problemas mais urgentes, servindo na
esperança. Falo aqui não só da
pobreza material mais urgente, mas
também das outras formas de
pobreza, sobretudo a espiritual e a
moral. A solidão, a depressão, as
drogas e outros males modernos
também são o foco da ação vicentina.
O vicentino é uma pessoa com forte
Deputado Dudu Ronalsa e Cfd. Renato base espiritual, sintonizado com a mis -
são da Igreja e com os valores do Evangelho. Por isso, os vicentinos buscam a
santificação pessoal por intermédio das ações caritativas. A santificação é a meta
principal de todo vicentino. A prática da caridade é, para nós, a porta de entrada nos
céus, como já pregava São Vicente de Paulo. A caridade é o caminho de encontro com
Cristo!

Tribuna Vicentina | 06
NOTÍCIAS

O vicentino é um eterno abençoado.


É um missionário vocacionado por
natureza. Dedicado às causas
altruístas (que significa “cuidar bem
do outro”). Discreto e sensível em
estender a mão amiga a quem dela
precisa. Possui amigos em todas as
partes do mundo. Defensor da
família e dos valores do Evangelho.
Pessoa de fé, católico praticante e
apoiador da Igreja. Gente de oração
e de ação. Sempre disponível e
solidário. Criativo e inovador.
Propagador da cultura da paz.
Amante da justiça e da misericórdia
divina. Inconformado com as
injustiças sociais. Difusor da Doutrina
Social da Igreja. Focado no próximo,
focado no outro. Voluntário por
natureza. Educador de mão cheia. Cfd. Renato Lima
Comprometido com a construção de
um mundo melhor e mais justo, com oportunidades para todos. Essas são algumas ca -
racterísticas do vicentino. Por isso afirmei que “o vicentino é um eterno abençoado”.
Antes de encerrar, quero fazer um convite ao deputado Dudu, ou melhor, uma
convocação: a esposa dele, Srª. Emanuela, é consócia vicentina. Seus sogros são
vicentinos. O que falta para o querido deputado ingressar na Sociedade de São Vicente
de Paulo? Sei que Vossa Excelência apoia integralmente a nossa Sociedade, estando
sempre presente nos eventos e também enviando emendas parlamentares (recursos
econômicos) para as nossas obras e iniciativas.
O deputado Dudu é um homem de Deus, uma pessoa do bem, pró-vida e contra todas
essas ideologias nefastas, que só dividem a sociedade civil. Precisamos de homens
públicos que dignifiquem a política, e fico muito feliz por ter recebido esse título pelo
deputado Dudu. A ele, peço uma salva de palmas, desejando que Vossa Excelência siga
firme na sua missão política, em prol dos mais humildes.

Em ordem: Csc. Paula Costa e confrades Cantoario, Renato Lima, José Hodel, José
Eudes e Gilberto Júnior

Tribuna Vicentina | 07
NOTÍCIAS

E, a partir de agora, além de primeiro brasileiro, sou também o primeiro alagoano a


ocupar a função de Presidente-geral Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo.
Só falta o sotaque (vou treinar). Espero sempre poder levar o nome do estado de Alagoas
em grande nível, pelos quatro cantos do mundo por onde Deus me enviar, no serviço de
Presidente-geral.
Era o que tinha a dizer. Muito obrigado a todos!
Nossa Senhora dos Prazeres, rogai por nós!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Outras atividades

No dia 25 de agosto, data anterior ao do recebimento do título de cidadão


honorário de Alagoas, o Presidente-geral Renato Lima participou, na capela São
Vicente de Paulo, da missa, rezada pelo capelão da Santa Casa, Pe. Cícero
Lenisvaldo. Após a celebração, o confrade entregou cartas de agregação para as
conferências Sagrado Coração de Jesus, São Francisco de Assis e Santa Luiza de
Marilac, vinculadas ao Conselho Particular (CP) Cruz das Almas, bem como para a
conferência Santa Faustina, do CP de Maceió.
Além da missa e da entrega das cartas, houve um momento de descontração,
relembrando o início da SSVP, em 1833, e uma roda de conversa.

Mons. Rubião Lins, Pe. Cícero Lenisvaldo e confrades Renato Lima e Gilberto
Júnior

Tribuna Vicentina | 08
NOTÍCIAS

Na foto: Pe. Cícero Lenisvaldo, Cfd. Renato Lima, Cfd. Gilberto Júnior e
membros da conferência Santa Faustina, da Santa Casa

Confrade Renato Lima e os membros da conferência de jovens São Francisco de


Assis

Tribuna Vicentina | 09
NOTÍCIAS

Confrade Renato Lima e os presidentes das conferências São Francisco de Assis,


Sagrado Coração de Jesus, Santa Luiza de Marilac e Santa Faustina

O confrade Renato também participou de momentos de descontração junto dos


vicentinos

Tribuna Vicentina | 10
NOTÍCIAS

Conselhos Centrais
Conselho Central de Marechal Deodoro

O Conselho Central (CC) de Marechal Deodoro realizou uma reunião extraordinária,


com o objetivo de nomear novos vicentinos para os cargos da diretoria.

Membros do CC de Marechal, durante e após a reunião extraordinária

Tribuna Vicentina | 11
NOTÍCIAS

Conselho Central de União dos Palmares


Houve formação e posse das novas diretorias dos Conselhos Particulares São Tiago
e São Francisco de Assis, assim como da conferência Menino Jesus de Praga.

Os vicentinos reunidos após a reunião de formação e posse

A conferência Santa Maria Madalena, vinculada ao Conselho Particular São Tiago,


comemorou o dia dos pais.

Membros da conferência Santa Maria Madalena comemoram o dia dos pais

Tribuna Vicentina | 12
NOTÍCIAS

Os pais vicentinos receberam presentes durante a comemoração

A conferência Nossa Senhora de Fátima, ligada ao CP São Francisco de Assis,


completou 28 anos de fundação no dia 4 deste mês. A Tribuna Vicentina parabeniza
a todos os seus membros.

Membros da conferência Nossa Senhora de Fátima, em reunião

Tribuna Vicentina | 13
NOTÍCIAS

O Conselho Central de União dos Palmares, no dia 23 de agosto, participou de uma


missa, na capela do Hospital São Vicente de Paulo. Na ocasião, foi entronizada a
imagem de Nossa Senhora Menina. Os 25 anos de beatificação de Antônio-Frederico
Ozanam também foram celebrados.
Durante a homilia, o Padre George Lourenço pediu a todos os paroquianos, bem
como aos vicentinos, que fiquem em constante oração pela canonização do
principal fundador da SSVP.

Imagem de Nossa Senhora Menina

Missa na capela do Hospital São Vicente de Paulo

Tribuna Vicentina | 14
NOTÍCIAS

O Hospital São Vicente de Paulo passou por eleições para a nova diretoria. A
reunião contou com a participação do confrade Gilberto Júnior, presidente do
Conselho Metropolitano de Maceió. A presidência do Hospital agora é ocupada por
Ana Cristina, enquanto Diogo Ferreira, Mariana da Silva e José Alves são os novos
Fiscais.

Vicentinos reunidos após a reunião que estabeleceu a nova diretoria do Hospital

Os membros da Conferência de Crianças e Adolescentes (CCA) Santa Bernadette


realizaram mais uma reunião, onde falaram um pouco sobre a Bíblia.

Integrantes da CCA Santa Bernadette

Conselho Central de Maceió


A conferência Santa Faustina participou de uma missa, na capela São Vicente de
Paulo, localizada na Santa Casa de Misericórdia, no Centro de Maceió.

Tribuna Vicentina | 15
NOTÍCIAS

Membros da conferência Santa Faustina

Conselho Central de Palmeira dos Índios


A conferência Santa Teresinha do Menino Jesus, ligada ao Conselho Particular
Monsenhor Macedo, visitou a conferência Nossa Senhora das Graças, do CP São
Severino.

Membros das conferências Santa Teresinha e Nossa Senhora das Graças

Tribuna Vicentina | 16
NOTÍCIAS

Conselho Metropolitano
de Maceió
Encontro Região 6 reforça a importância da
espiritualidade nos compromissos realizados
pela SSVP

Participantes do encontro da Região 6

Entre os dias 26 e 28 de agosto, o Lar Sagrado Coração, localizado em Maceió (AL),


acolheu as atividades do Encontro da Região 6. O evento, que teve como tema Ser
vicentino: uma vocação vivida na conferência e junto aos Pobres, reuniu presidentes
dos Conselhos Centrais, Conselhos Particulares, Conselhos Metropolitanos,
representantes da Escola de Capacitação Antônio-Frederico Ozanam (Ecafo), da
Conferência de Crianças e Adolescentes (CCA) e também da Comissão de Jovens (CJ).
Segundo a Vice-presidente da Região 6, csc. Ana Paula Alves de Lima, o principal
aprendizado do evento foi “despertar todos para o serviço da SSVP, destacando a
importância da espiritualidade, da missão e do compromisso em todos os trabalhos
realizados”.
Entre as principais atividades do final de semana, os participantes acompanharam
a palestra do cfd. Márcio José da Silva, Presidente do Conselho Nacional do Brasil
(CNB), sobre Os desafios da SSVP para o Brasil, seguido pela discussão Ser vicentino:

Tribuna Vicentina | 17
NOTÍCIAS

uma vocação vivida na Conferência e junto aos Pobres, mediada para consócia
Elisabete Maria Castro, Vice-Presidente do CNB, conhecida também como Bete.
O final de semana também contou com a apresentação do confrade César
Custódio, Coordenador da Ecafo do CNB, sobre A missão da Ecafo no pós-pandemia, e
com a palestra da consócia Margarete Santos, Vice-Presidente da Região 2, com o
tema Missões: saber cuidar.
O confrade Renato Lima de Oliveira, 16º Presidente-geral Internacional da SSVP,
também participou do final de semana. Ele destacou a importância dos dirigentes
vicentinos para a boa condução da vida administrativa da SSVP, recomendando a
leitura das últimas Cartas-circulares, de sua autoria. O confrade estava em Maceió
para receber o título de cidadão alagoano, no dia 26 de agosto.
“O encontro foi muito produtivo, realizado e planejado com muita dedicação e
amor, por toda equipe de apoio. Um evento dessa natureza, na região, é muito
importante para o desenvolvimento das ações, visando reunir todos para trocar
experiências e traçar novos projetos dentro da nossa realidade. A Região 6 caminha
para um novo momento, e dentro desse contexto, estamos tentando dar o nosso
melhor, para servir e fortalecer a SSVP. O trabalho vicentino nos move e, com isso,
buscamos realizar nossa missão junto à Sociedade, com dedicação e zelo, sempre”,
relembra a consócia Ana Paula, que também é membro ativa da conferência Nossa
Senhor da Conceição, no Rio Largo (AL).

Vicentinos durante o encontro

Fonte: https://ssvpbrasil.org.br/encontro-regiao-6-reforca-a-importancia-da-
espiritualidade-nos-compromissos-realizados-pela-ssvp/

Tribuna Vicentina | 18
NOTÍCIAS

Departamento
Conferência de Crianças e Adolescentes
No último dia 24, na Escola José Moacir Teófilo, no bairro Canafístula, em
Arapiraca, ocorreu o 12° Encontro Estadual de CCAs. Estiveram presentes o confrade
Gilberto Júnior, presidente do CMM e o confrade Júnior, coordenador do
Departamento de Comunicação (Decom) do Conselho Metropolitano de Maceió. O
evento contou com muita música e dinâmicas, que agitaram os jovens presentes.

O Encontro contou com muita música

Os jovens realizaram dinâmicas

Tribuna Vicentina | 19
NOTÍCIAS

Lares de idosos
Lar de Idosos São Vicente de Paulo
Os assistidos que completaram idade nova no mês de agosto tiveram o seus
aniversários comemorados pelo Lar de Idosos São Vicente de Paulo.

Comemoração dos aniversários de agosto

Os idosos do abrigo visitaram o Centro de Cultura e Memória do Tribunal de Justiça


de Alagoas, e o Teatro Deodoro, ambos localizados no Centro de Maceió. Confira
uma imagem na próxima página.

Tribuna Vicentina | 20
NOTÍCIAS

Assistidos do Lar observam itens em


exposição

Casa do Pobre Santo Antônio


A diretoria do Conselho Nacional do Brasil visitou a Casa do Pobre Santo Antônio.
O encontro ocorreu no dia do aniversário da consócia Paula Moura, diretora do
abrigo.
Os membros do CNB também visitaram o confrade Gildo.

O confrade Márcio, presidente do CNB, esteve presente na visita à Casa do Pobre

Tribuna Vicentina | 21
NOTÍCIAS

Os membros do CNB também visitaram o cfd. Gildo, assistido da Casa do Pobre

Os diretores e colaboradores da Casa do Pobre visitaram o abrigo.

Diretores e colaboradores visitaram os assistidos da Casa do Pobre

A praça externa do abrigo foi reformada, ganhando espaço e iluminação especiais


para a imagem de Nossa Senhora das Graças. Os idosos do abrigo também
ganharam um espaço novo e maior, para os atendimentos de fisioterapia.
Confira como ficaram os espaços para a imagem de Nossa Senhora das graças e
para os atendimentos de fisioterapia.

Tribuna Vicentina | 22
NOTÍCIAS

Na primeira imagem, a praça externa do abrigo. Na segunda, o novo espaço para


atendimentos de fisioterapia.

Uma equipe do CadÚnico realizou o recadastramento dos idosos residentes na


Casa do Pobre Santo Antônio.

Tribuna Vicentina | 23
NOTÍCIAS

Equipe do CadÚnico

Foi realizada, em 31 de agosto, data em que se comemora o Dia do Nutricionista,


uma avaliação conjunta da equipe multidisciplinar da Casa do Pobre Santo Antônio.

Reunião para avaliação conjunta da equipe multidisciplinar da Casa do Pobre

Tribuna Vicentina | 24
Direção Espiritual

Direção Espiritual
Sobre as eleições
Padre Cícero Lenisvaldo

Um católico pode assumir qualquer agenda política? Não. Não podemos acender
uma vela para Deus e outra para o diabo; ou seja, não podemos acolher o que Jesus
nos ensina e ao mesmo tempo acolher ideias contrárias ao evangelho de Jesus. Não
podemos votar contra Deus.
Na cabine eleitoral, um católico deve evangelizar. No momento de votar, um
católico deve dar testemunho de sua fé. Como? No discernimento do seu voto não
deve apoiar-se somente em raciocínios próprios, segundo seus gostos: ele deve
levar em conta os princípios da nossa fé. A Igreja possui uma doutrina social.
Apresentamos dois princípios que podem ajudar no discernimento:
1) A REALEZA UNIVERSAL DE CRISTO. Isto significa que Cristo não deve reinar
somente espiritualmente, nas almas; seu reinado deve ser social, deve se estender
para os diferentes âmbitos da sociedade: escola, tribunal, economia, mídia, política,
etc.
2) O JUSNATURALISMO. Significa reconhecer que há uma ordem estabelecida pelo
Criador e essa deve ser respeitada.
O juspositivismo, que não corresponde com a visão católica, uma vez que não leva
em conta a lei natural, diz que é o rei quem decide o que é o certo e o que é o
errado, o que é o bem e o mal, como se o governante fosse a própria instância
moral que tem a legitimidade para decidir.
Há questões que não podemos negociar por nenhum motivo, como por exemplo:
A FAMÍLIA, que entendemos ser a natural; entendemos que os filhos pertencem
aos pais e não ao Estado; que a economia está em função da família. A VIDA: rejeita-

Tribuna Vicentina | 25
Direção Espiritual

mos o aborto e a eutanásia; a vida deve ser protegida do seu início até a sua
consumação natural.
...
Apresentamos a seguir uma síntese da nota da Congregação para a Doutrina da
Fé, de 24 de Novembro de 2002, sobre algumas questões relativas à participação e
comportamento dos católicos na vida política:

Os cristãos, afirmava um escritor eclesiástico dos primeiros séculos, “participam na vida


pública como cidadãos”. Todos podem, de fato, contribuir, através do voto, na eleição
dos legisladores e dos governantes e também de outras formas, na definição das
orientações políticas e das opções legislativas que, no seu entender, melhor promovam o
bem comum. No cumprimento dos comuns deveres civis, “guiados pela consciência
cristã”, “os fiéis leigos não podem de maneira nenhuma abdicar de participar na
‘política’”.
Nestes últimos tempos, não raras vezes sob a pressão dos acontecimentos, apareceram
orientações ambíguas e posições discutíveis, que tornam oportuna a clarificação de
aspectos e dimensões importantes da temática em questão.
Não se podem ignorar os graves perigos, para os quais certas tendências culturais
tentam orientar as legislações e, por conseguinte, os comportamentos das futuras
gerações. Constata-se hoje um certo relativismo cultural, quando se teoriza e defende um
pluralismo ético que sanciona a decadência e a dissolução da razão e dos princípios da
lei moral natural. Não é raro, infelizmente, encontrar, em declarações públicas,
afirmações que defendem que esse pluralismo ético é condição para a democracia.
Cidadãos reivindicam para as próprias escolhas morais a mais completa autonomia e,
por outro lado, os legisladores julgam respeitar essa liberdade de escolha quando
formulam leis que prescindem dos princípios da ética natural, como se todas as
concepções possíveis da vida tivessem o mesmo valor. Invocando erroneamente o valor
da tolerância, pede-se a uma boa parte dos cidadãos – entre eles, aos católicos – que
renunciem a contribuir para a vida social e política dos próprios Países, segundo o
conceito da pessoa e do bem comum.
A liberdade política não é e nem pode ser fundada sobre a ideia relativista, segundo a
qual todas as concepções do bem do homem têm a mesma verdade e o mesmo valor.
Não cabe à Igreja formular soluções concretas – e muito menos soluções únicas – para
questões temporais, que Deus deixou ao juízo livre e responsável de cada um, embora
seja seu direito e dever pronunciar juízos morais sobre realidades temporais, quando a
fé ou a lei moral o exijam. Se o cristão é obrigado a “admitir a legítima multiplicidade e
diversidade das opções temporais”, é igualmente chamado a discordar de uma
concepção do pluralismo em chave de relativismo moral, nociva à própria vida
democrática.
Geralmente, pode dar-se uma pluralidade de partidos, dentro dos quais os católicos
podem escolher a sua militância para exercer – sobretudo através da representação
parlamentar – o seu direito-dever na construção da vida civil do seu país.
A legítima pluralidade de opções temporais mantém íntegra a matriz de onde promana
o empenho dos católicos na política, e esta matriz liga-se diretamente à doutrina moral e
social cristã. É com um tal ensinamento que os leigos católicos têm de confrontar-se
constantemente para poder ter a certeza que a própria participação na vida política é
pautada por uma coerente responsabilidade para com as realidades temporais.
Uma reta concepção da pessoa: sobre este princípio, o empenho dos católicos não pode
descer a nenhum compromisso, caso contrário, viriam a faltar o testemunho da fé cristã
no mundo e a unidade e coerência interiores dos próprios fiéis.
O avanço da ciência, com efeito, permitiu atingir metas que abalam a consciência e obri-

Tribuna Vicentina | 26
Direção Espiritual

gam a encontrar soluções capazes de respeitar, de forma coerente e sólida, os princípios


éticos. Assiste-se, ao invés disso, a tentativas legislativas que, sem se preocuparem com
as consequências das mesmas para a existência e o futuro dos povos na formação da
cultura e dos comportamentos sociais, visam quebrar a intangibilidade da vida humana.
Os católicos, em tal emergência, têm o direito e o dever de intervir.
Empenhados nas esferas da representação legislativa têm a “clara obrigação de se
opor” a qualquer lei que represente um atentado à vida humana.
Para todo o católico, vale a impossibilidade de participar de campanhas de opinião em
favor de semelhantes leis, não sendo a ninguém consentido apoiá-las com o próprio
voto.
A consciência cristã bem formada não permite a ninguém favorecer, com o próprio
voto, a atuação de um programa político ou de uma só lei, onde os conteúdos
fundamentais da fé e da moral sejam subvertidos com a apresentação de propostas
alternativas ou contrárias aos mesmos.
Não basta o empenho político em favor de um aspecto isolado da doutrina social da
Igreja para esgotar a responsabilidade pelo bem comum. Nenhum católico pode pensar
em delegar a outros o empenho que, como cristão, lhe vem do evangelho de Jesus Cristo,
de anunciar a Verdade.
É o caso das leis civis em matéria de aborto e de eutanásia, que devem tutelar o direito
primário à vida, desde o seu concebimento até ao seu termo natural. Há que afirmar o
dever de respeitar e proteger os direitos do embrião humano.
Devem ser salvaguardadas a tutela e a promoção da família, fundada no matrimônio
monogâmico entre pessoas de sexos diferentes e protegida na sua unidade e
estabilidade, perante as leis modernas em matéria de divórcio. Não se pode, de maneira
nenhuma, pôr juridicamente no mesmo plano com a família outras formas de
convivência, nem estas podem receber, como tais, um reconhecimento legal. Também a
liberdade de educação, que os pais têm em relação aos próprios filhos e o direito ao
ensino religioso da Fé católica.
Aconteceu, em circunstâncias recentes, que também dentro de algumas associações ou
organizações de inspiração católica, surgiram orientações em defesa de forças e
movimentos políticos que, em questões éticas fundamentais, exprimiram posições
contrárias ao ensinamento moral e social da Igreja.
Verificou-se igualmente que certas revistas e jornais católicos em determinados países,
por ocasião de opções políticas, orientaram os eleitores de modo ambíguo e incoerente,
criando equívocos sobre o sentido da autonomia dos católicos em política, e não tendo
em conta os princípios acima referidos.
Há que recusar as posições políticas e os comportamentos que se inspiram numa visão
utópica que, ao transformar a tradição da fé bíblica numa espécie de profetismo sem
Deus, instrumentaliza a mensagem religiosa, orientando a consciência para uma
esperança unicamente terrena que anula ou redimensiona a tensão cristã para a vida
eterna.
As orientações contidas na presente Nota entendem iluminar um dos mais importantes
aspectos da unidade de vida do cristão: a coerência entre a fé e a vida, entre o evangelho
e a cultura, “a cumprirem fielmente os seus deveres temporais, deixando-se conduzir
pelo espírito do evangelho. Afastam-se da verdade aqueles que, pretextando que não
temos aqui cidade permanente, pois demandamos a futura, creem poder, por isso
mesmo, descurar as suas tarefas temporais, sem se darem conta de que a própria fé, de
acordo com a vocação de cada um, os obriga a um mais perfeito cumprimento delas”.

Vale a pena ler a nota completa: Nota doutrinal sobre algumas questões relativas à
participação e comportamento dos católicos na vida política (vatican.va).

Tribuna Vicentina | 27
Artigos

Artigos
Vida de São Vicente de Paulo - continuação
Por P.J. Castro. São Vicente de Paulo
Obra do Padre Jerônimo Pedreira de Castro, da Congregação da Missão

Enviado pelo cfd. Cantoario

Sigamos agora os passos de São Vicente. Logo no começo do ano de 1618,


acompanhado dos humildes padres João Coqueret, Berger, Gontier e outros,
pregou a missão de Villepreux. Antes de partir, a 23 de fevereiro, foi fundada a
Confraria de Caridade, com o regulamento quase idêntico ao de Châtillon. Para
fazer face às despesas com a alimentação dos doentes, remédios, médicos, etc, as
servas deviam esmolar nas igrejas e nos domicílios das famílias ricas. Em alguns
lugares, os magistrados aplicavam as multas em benefício da Confraria. O cardeal
Henrique de Retz, tio da senhora de Gondi, aprovou logo a pia associação.
Em Joigny, onde os condes possuíam o melhor castelo e de onde tiravam o título,
fundou-se a terceira confraria. Durante os dois meses que a família aí passava, no
verão, Vicente pregou uma missão aos habitantes da vila, com um enorme sucesso.
A própria condessa escreveu ao arcebispo de Sens, pedindo as licenças necessárias;
a 6 de setembro de 1618, acompanhada das senhoras mais notáveis da vila, de seu
filho, do juiz e de muitas outras pessoas de destaque, apresentou ao vigário a
portaria do arcebispo, e lavrou-se a ata da fundação. A piedosa condessa teve a
ideia de ceder à caixa da confraria a renda fiscal que aos domingos e festas era
cobrada aos negociantes marítimos que passavam sob a ponte da vila. Dois meses
depois, em novembro de 1618, os senhores de Gondi estavam no castelo de
Montmirail. São Vicente de Paulo pregou a missão ao povo. A condessa, vendo o
bom resultado das confrarias de caridade, em Villepreux e Joigny, quis estabelecê-
las em todas as suas terras. Para isto, fez um pedido geral ao bispo de Soissons; foi
autorizada a fundar a confraria em Montmirail e outros lugares pertencentes ao
senhor de Gondi e dependentes dessa diocese, e a confiá-las à direção do mestre
Vicente de Paulo, padre, bacharel em teologia, seu capelão.
Todas as vezes que passava por esses lugares, São Vicente despertava o fervor das
confrarias, catequizava os meninos e os pobres, consolava os doentes, consumia
horas a fio no confessionário. Como testemunho do seu grande amor por Maria
Santíssima, de quem sempre falava nos sermões, instituiu a bênção do Santíssimo
Sacramento aos sábados, em Montmirail. Esta piedosa prática, começada em 1620,
ainda permaneceu em uso depois de sua morte.
Ele possuía o dom de converter os protestantes. Uma vez, em Montmirail, a
senhora de Gondi apresentou-lhe três huguenotes, pedindo que os instruísse na
doutrina cristã. O santo dedicava-lhes duas horas por dia, e soube falar-lhes com
tanta convicção, que uma semana depois recebeu abjuração de dois deles. O
terceiro, um pouco enfatuado e de costumes depravados, opunha mais resistência:
cada vez que se apresentava ao santo, trazia-lhe novas objeções. Uma vez, disse-lhe:
“vós ensinais que a igreja de Roma é dirigida pelo Espírito Santo; ora, esta doutrina
é desmentida pelos fatos. Vêde os campos: os vigários são viciados, ignorantes, sem
zelo; portanto, os fiéis vivem na ignorância cristã e não cumprem os seus deveres;

Tribuna Vicentina | 28
Artigos

ao passo que as cidades estão cheias de padres e de frades ociosos. Eu não creio,
pois, que a Igreja seja dirigida pelo Espírito Santo”.
A objeção era fundamentada e São Vicente perturbou-se um pouco, mas,
dominando a primeira comoção, replicou logo: “informaram-vos mal. Encontram-se
nas paróquias rurais bons vigários; quanto aos padres das cidades, estes tornam-se
úteis de diversos modos; uns instruem os pobres, outros rezam e cantam os
louvores de Deus, de dia e de noite; outros escrevem, pregam e administram
sacramentos; se há alguns ociosos, estes erram por conta própria, por serem
homens como os outros e não por culpa da Igreja. Quando se ensina que a igreja é
dirigida pelo Espírito Santo, esta doutrina significa que os bispos, reunidos em
concílio com o Papa, ou os fiéis que se deixam guiar pelas luzes da fé e pelas regras
da justiça cristã, são dirigidos pelo Espírito Santo”.
Apesar da clareza desta asserção, o
herege não se rendeu. Em breve,
porém, os fatos se lhe impuseram
mais do que as palavras. No ano
seguinte, Vicente e vários padres
pregaram a missão em Marchais,
depois de evangelizar novamente
Montmirail e as aldeias circunvizinhas.
O zelo e a paciência dos missionários,
bem como a linguagem simples com
que falavam ao povo, impressionaram
fortemente o herege, que foi ter com
Vicente e lhe disse:
“Vejo agora que o Espírito Santo
dirige a Igreja Romana. A religião
católica é a verdadeira; quero
converter-me e sujeito-me de boa
vontade a todas as formalidades que
me forem impostas para abjurar os
meus erros publicamente”.
Dias depois, Vicente recebeu a
abjuração do novo convertido, que
conservou a fé e viveu com grande
edificação até à morte. Em 1620,
durante os meses passados no castelo
de Folleville, na diocese d’Amiens,
Foto tirada pelo Frei Lawrence Lew, O.P.
com a aprovação do bispo, fundou-se

a confraria da caridade nessa localidade, em Paillard e Sérevillers. A senhora de


Gondi inscreveu-se em todas elas, ajudava com todo o seu prestígio e nomeou uma
boa senhora para substituí-la como serva dos Pobres.

Tribuna Vicentina | 29
Artigos

A Santa Cruz e o Imaculado Coração


Profª Célia Nonata

Setembro é o mês em que a Igreja


Católica celebra, no dia 14, a Cruz de
Cristo, e, no dia seguinte, as dores de
Nossa Mãe Santíssima. Qual a ligação
entre a Cruz e o Coração Imaculado
de Maria? Na Cruz, a profecia de
Simeão se cumpre, nascendo a união
estreita e santíssima entre Maria e
toda a missão da Igreja: união
inseparável e indissolúvel, um
casamento perfeito. O Coração
Imaculado de Maria e a Cruz de
Cristo. União firmada na lança que
transpassa o Coração de Jesus e é
sentida também por Maria. Não
podemos imaginar a profundidade
desse mistério.
Maria sempre esteve unida a seu
Filho, e é na Cruz que isso se revela.
Ela sente a espada da dor e é
martirizada junto à Cruz, por amor. O
martírio de amor. Tudo por amor. É
por isso que Jesus deu a nós essa
A Exaltação da Santa Cruz, por Luigi
Gregori mãe maravilhosa, que é Torre de Davi ,
Casa de Ouro e Mãe da Misericórdia.
Como Jesus, Ela também se entrega ao projeto da Redenção, todos os dias de sua
vida, até a Cruz. Seu coração transpassado junto ao de Seu Filho é apenas a
revelação, para a humanidade, de que Maria era importante para a Santíssima
Trindade. Mistério profundo. Maria é participante da Redenção de Cristo e da
humanidade. Maria, portanto, é Correndentora. Todo este mistério se revela ao
longo da história do cristianismo, através das aparições de Nossa Mãe Santíssima.
Na Espanha, no início do cristianismo, o Pilar da Igreja, em La Salette, em Fátima...
e assim será até cumprir este tempo. No seu canto, o Magnificat, está dito que Deus
fará por ela grandes coisas... até a Cruz. Não temos capacidade de entender tão
grande mistério, mas podemos amar tão boa Mãe. Não precisamos entender tudo,
mas temos a capacidade de amar. O que nós podemos fazer? Apenas amar essa tão
boa Mãe, que só quer e deseja o Reino de Jesus na terra.
Precisamos conhecer e rezar o Ofício Parvo, que tanto agrada a tão generosa Mãe.
Podemos ficar uns minutinhos com Nossa Senhora. Uns poucos, apenas. Achegar-se
ao Seu Coração Imaculado, nos nossos afazeres diários. Aprender com Ela a orar e
trabalhar em silêncio, falar com Ela no coração e meditar com Ela a vida de Seu Filho
Jesus. Ela nos acolherá, com certeza.
Nós, Seus filhos da Cruz, não podemos passar nenhum minuto sem Ela, pois aí
está o nosso porto seguro, a nossa Mestra do Coração Sacratíssimo de Jesus, aquela

Tribuna Vicentina | 30
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que nos liberta do mal. Quem é esta que avança como a aurora, formosa como a
Lua, brilhante como o Sol e terrível como um exército em ordem de batalha?
Que nossa Mãe também nos ensine a amar os príncipes angelicais, São Miguel,
São Gabriel e São Rafael, e nos aproxime das coisas do Alto.
Louvado seja o Coração Imaculado de Maria!

Pietà, por Michelangelo

Tribuna Vicentina | 31
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Catolicismo e política não devem se misturar?


Ademar Solon Júnior
É claro que o título deste texto tem um tom provocativo, e deve ter causado até um
certo desconforto aos leitores. Sim, é certo que o tema, tão em voga nesse
momento, tem causado desconforto em muitos lugares pelo mundo afora.
O tema “política” não gera discussões há pouco tempo, remontando há muitas eras
passadas. A civilização grega já tratava sobre o assunto desde o seu início
organizacional, mas foi o cristianismo que conseguiu colocar a forma mais
adequada para a ação política em uma sociedade organizada. Na alta Idade Média,
pelo século V, apresentou-se a teoria dos Dois Gládios (ou duas espadas), que
representam o poder temporal e o poder espiritual. Hoje em dia, boa parte das
pessoas sente náusea apenas por lembrar disso.
É claro que com a adestração intelectual, após as filosofias consideradas liberais e
libertárias, de base ateísta, as pessoas não conseguem enxergar o que há de bom
nessa teoria, que colocava a ordem do mundo à Deus - aprendemos com São Tomás
de Aquino, que Deus é a causa primeira de todas as coisas, seguindo o que ensinou
a filosofia aristotélica. Havendo dois gládios, o Papa responderia pelo poder
espiritual, sendo soberano, na Terra, sobre as matérias de Fé e Moral; enquanto o
gládio do poder temporal seria exercido pelos príncipes das nações do mundo
inteiro.
Não há nenhuma contradição em
uma ajuda mútua entre os gládios,
dentro dos limites de suas
atribuições, tendo em vista que a
política só tem sentido - e na sua
essência é isso mesmo - em servir à
sociedade com vistas ao bem, que
poderíamos chamar de “bem
comum”. Sendo o Sumo Bem o
próprio Deus, a função do gládio
temporal nada mais seria do que
ordenar tudo conforme o segundo
grande mandamento da Lei de
Deus, a saber: “…e ao próximo
como a ti mesmo”. Já sobre o poder
espiritual, não é necessário maiores
explicações: é responsável pela
Moral e pela dispensação da Graça
divina, pelos sacramentos, através
da Igreja e de seus príncipes, a
saber, os Bispos, em unidade com a
Cátedra Petrina, isto é, com o Papa.
Coroação do jovem São Luís IX, rei da E assim o mundo viveu a Idade
França, por um bispo
Média, mesmo com suas limitações
temporais e humanas: de forma a erigir uma era jamais repetida e que permanece
imponente nas produções literárias, arquitetônicas, musicais, etc. O próprio homem
medieval parecia ordenar o próprio respirar ao Cristo Jesus.
Passado o tempo, novas filosofias - muitas das quais geraram toda uma revolução,
retirando Deus do centro de tudo e colocando o ser humano em Seu lugar - formam

Tribuna Vicentina | 32
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um novo tipo de pensamento, cuja essência é a crítica de tudo, inclusive do próprio


Deus, colocando-O no ajustamento meramente imanente (a propósito, a única coisa
que não pode ser criticada é este próprio pensamento da crítica de tudo). Assim
sendo, o homem moderno erigiu um entendimento de que religião e política não se
misturam; e como não se deve misturar estes dois assuntos, criou-se um estigma
nas pessoas, de que política é sinônimo de confusão; assim, formaram-se também
muitas pessoas “apolíticas”. É evidente que isto não é possível de forma absoluta,
mas somente no sentido de que não discutem a política partidária. Desse ponto de
vista, a discussão política virou a representação partidária desta ou daquela
posição, mas do ponto de vista moral, filosófico e social, a política nada tem a ver
com o partido em essência, mas apenas com promover o bem comum.
Pois bem, com a criação do problema de que não se gosta de discutir política (e, eu
acrescentaria, religião também), o mal se alastra pelo mundo, pois se não se pode
(ou não se deve) discutir e apresentar a Verdade, então o mal prevalece,
transformando pessoas em potenciais marionetes, que serão presas fáceis para o
inimigo de Deus, o diabo.
Eu tenho dificuldade em encontrar, por esta era, pessoas que realmente
compreendam a fundo o que seria o mal, quem seria Satanás, e o que seria o
Inferno. Por não crer mais nestas realidades é que as pessoas entregam facilmente
suas almas ao Mal, correndo o risco de sucumbirem à morte eterna. Não estou
brincando: basta apenas olhar pelas ruas, como os transeuntes se comportam e
como os aspectos do que seria a moral e os bons costumes - que chamamos de
virtudes - estão sendo vivenciados, ou melhor dizendo, como não estão sendo
vivenciados. É certo, pois, que, não sabendo mais o que é a virtude, tudo passa a ser
vício. São estes vícios que vão às urnas, na hora de digitar os números do próximo
voto. Quando não enxergamos mais a referência das virtudes que devemos seguir,
nos perdemos com as sensações que os vícios nos proporcionam, caindo no erro, e,
no fim da vida, no Inferno. Inferno este que já se apresenta em pequeníssimas
proporções, na fome, na guerra e nas doenças. Tudo parece apenas o curso
coincidente da história.
Noto, para encerrar esta reflexão, que teremos mais uma eleição, onde os
eleitores sequer sabem que são dois pleitos dentro de um, onde haverá uma eleição
chamada majoritária, e outra, dita proporcional. Não sendo o assunto da pauta, não
comentarei sobre isto… apenas que, se não sabemos sequer diferenciar uma
eleição da outra, como saberemos em quem votar, já que a referência das virtudes
já não são mais prementes em nossas vidas e na nossa sociedade?
É fato que a confusão gerada dia após dia tem um propósito: o de eclipsar nossa
inteligência, de forma que não percebamos que vícios estão sendo apresentados
como virtudes. Portanto, nesta e em qualquer outra eleição, o gládio do poder
espiritual deve balizar e orientar a consciência dos fiéis, para que escolham bem os
seus candidatos. O gládio espiritual é a doutrina Católica Apostólica Romana, é a Fé
e a Moral defendidas por quase dois mil anos. É o ensinamento dos Apóstolos, que
resiste bravamente em cada batizado que recebeu a Sã Doutrina Católica e que a
vive apenas com um objetivo, que é chegar ao Céu. O poder espiritual e o poder
temporal têm apenas um objetivo maior, que é ajudar as almas a irem para o Céu.
Nada mais tem conotação superior a isso.
Por fim, fica a pergunta: seu candidato está ajudando você e seus irmãos de fé a se
dirigirem ao Céu? Ou toda a sua plataforma de propostas está lhe ajudando a ir
para o Inferno? Pense nisto e bom voto, pois sim: catolicismo e política devem andar
em paralelo, ajudando as almas a chegarem ao Céu!
Salve Maria! Viva Cristo Rei!

Tribuna Vicentina | 33
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Aborto, gênero e eleições 2022


O período eleitoral começou e, para a surpresa de zero pessoas, os temas do aborto e da ideologia
de gênero parecem ausentes das eleições. Ninguém fala, ninguém viu, ninguém comenta… Mas não
podemos permitir que essa espiral do silêncio continue operando.

Escrito pelo Pe. José Eduardo e publicado em padrepauloricardo.org


O período eleitoral começou e, para a surpresa do total de zero pessoas, os temas
do aborto e da ideologia de gênero parecem ausentes das eleições. Ninguém fala,
ninguém viu, ninguém comenta… Parece que o mundo inteiro é pró-vida e que não
existe nenhum tipo de ataque à família natural. Contudo, a realidade é muito
diferente do cenário que nos quer impor a espiral do silêncio.
Desde a eleição de Joe Biden como presidente dos EUA — sim, porque nos
movemos num contexto amplamente imperialista —, a escalada do aborto não para
de agravar-se na América Latina: contra a maioria absoluta da população e em
detrimento da própria Constituição, a Argentina legalizou o aborto, com uma
violência institucional nunca vista antes e com um ativismo financeiro
impressionante, movido pelas fundações internacionais.
No México, o aborto começou a ser descriminalizado pelo Supremo Tribunal de
Justiça, dando espaço a iniciativas similares nos demais estados; no Chile, a Câmara
Baixa aprovou o projeto de lei pela legalização do aborto, que deve ser submetido
ao Senado, embora o novo governo esquerdista já o tenha colocado no esboço da
nova Constituição; na Colômbia, a Suprema Corte descriminalizou o aborto até a 24ª
semana de gestação; no Equador, a Assembleia Nacional descriminalizou o aborto
em casos de estupro, tendo a decisão parcialmente vetada pelo presidente da
República. O próximo alvo será seguramente o Brasil que, neste contexto, é o
bastião na luta pela defesa da vida no Ocidente. E isso é uma grande
responsabilidade. Por isso, o tema do aborto precisa estar presente nas eleições.

A maior parte das pessoas, muitas da Igreja


Católica e de seitas autoproclamadas “cristãs”,
pensam que o tema do aborto é apenas um item
a mais da “agenda cristã” no país, não precisando
ser debatido nas eleições. Compreendo
perfeitamente essas pessoas, pois até já pensei
assim. Mas, gradualmente, à medida que fui
aprofundando meus estudos, percebi que a
questão é muito mais profunda. Como denuncia
o Papa João Paulo II em sua Evangelium Vitæ, o
aborto se insere dentro de um contexto mais
amplo, definido magistralmente por ele como
“cultura da morte”. Trata-se de uma nova
antropologia, que considera o ser humano
apenas como uma amálgama de matéria
desprovida de forma, carente de dignidade e,
portanto, apenas o resultado de relações sociais
e uma força produtiva no mercado.
Não é admissível que o cristão
se posicione de maneira neutra Não é sem razão que tal concepção do ser
quanto à questão da defesa da humano esteja no coração da chamada ideologia
vida e da família. (Créditos da de gênero, que, muito diferentemente de ser
imagem: Sérgio Lima, “Poder
360”) uma espécie de respeitável conjunto de estudos

Tribuna Vicentina | 34
Artigos

interdisciplinares, destinados a desconstruir a disparidade e o preconceito para com


as minorias, é uma nova teoria acerca da identidade humana, que pretende
simplesmente esvaziá-la no mais absoluto indeterminismo e, segundo as palavras
de Judith Butler, demolir a “metafísica da substância”, sob a convicção de que “não
há um ser por detrás do fazer, do realizar, do tornar-se” e de que “não há identidade
de gênero por detrás das expressões do gênero; essa identidade é
performativamente constituída pelas próprias ‘expressões’, tidas como seu
resultado”, conforme se pode ler na página 56 do livro Problemas de Gênero, escrito
por Butler.
Se a própria Butler não coloca a sua teoria em discussão, mas a apresenta como
um “pré-requisito metodológico e normativo” e como um “objetivo político”,
colocando-se flagrantemente, ela mesma, nos mais estritos cânones daquilo que o
próprio Marx chamava de ideologia, dizer que não existe “ideologia de gênero” é,
isto sim, uma flagrante fake news, e do tipo mais nefasto que existe: aquele que
repousa sobre o ocultamento de conhecimento filosófico.
O problema é que tais excentricidades intelectuais não estão confinadas nos
recantos da exuberância acadêmica, mas se querem impor com a força de
verdadeiros projetos daquilo que o Papa Francisco chama frequentemente de
“colonização ideológica”.
Em julho de 2021, o Fórum Geração Igualdade, de Paris, fez o anúncio de um plano
de ação mundial para acelerar a “igualdade de gênero” até 2026. Trata-se de uma
ação respaldada por 40 bilhões de dólares, oriundos de fundações internacionais,
além de governos de alguns países desenvolvidos. Uma avalanche está pra chegar.
Diante desse contexto, não é admissível que o cristão se posicione de maneira
neutra quanto à questão da defesa da vida e da família, nem que os candidatos que
se dizem cristãos se esquivem de um posicionamento claro, inequívoco e sem
eufemismos.
É verdade que a Igreja defende a vida em todas as suas amplas manifestações,
desde o nascituro até o ancião, desde os seres humanos até os animais e as plantas.
Mas não podemos correr o risco de perder o senso das proporções e diluir uma
ameaça tão real e avassaladora numa generalidade disforme, que oculte o grave
perigo a que estamos expostos.
Se o Brasil sucumbir ao aborto e à ideologia de gênero, a única trave contra a
cultura da morte será removida e o que virá depois é humanamente imprevisível. A
evangelização ficará inevitavelmente a reboque de uma cultura intrinsecamente
contraditória com o Evangelho. É o fim antes do fim e a completa deflagração de
um nível de perversão cujo ponto de retorno permanecerá inacessível aos nossos
olhos.
Tenho acompanhado diversos grupos de discussão e observei que, desde o começo
do ano, os defensores da descriminalização do aborto e da ideologia de gênero têm
comemorado o fato de que esses temas estão “fora da pauta” eleitoral e, portanto,
passarão desapercebidos pela maior parte da população, que lhes é desfavorável.
Não podemos permitir que essa espiral do silêncio continue operando.
Qualquer candidato que pretenda merecer o voto cristão, independentemente do
partido ou da opção política a que pertença, deve manifestar o compromisso firme
e decidido de não fazer acordos sobre a defesa incondicional da vida, se
posicionando contra o aborto e a favor da proteção das crianças e das famílias. Caso
contrário, não deve ser favorecido pelo nosso sufrágio nas próximas eleições. Esta é
a única posição possível e aquela a que todos nos devemos obrigar.
Que Deus nos ajude!

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/aborto-genero-e-eleicoes-2022

Tribuna Vicentina | 35
Entrevista

Entrevista
Coordenador do Departamento de Comunicação (Decom) desde o primeiro
semestre deste ano e vicentino desde 2013, o entrevistado desta edição é o
confrade José Edmilson de Souza Júnior (31), membro da conferência Nossa Senhora
da Conceição, do Conselho Central do Tabuleiro.
Natural de Maceió e residente de Rio Largo, o bancário conheceu a SSVP através da
consócia Paula Lima, atual Vice-presidente da Região VI, e do seu xará, confrade
Gilberto Júnior, Presidente do CMM. Nas próximas linhas, acompanhe como a SSVP
afetou a vida do cfd. Júnior, quais são os seus planos para o Decom e o que ele
aprendeu com a Sociedade, além do trabalho caritativo.
Tribuna Vicentina: Descreva sua vida
antes e depois da SSVP. O que
mudou após o senhor se tornar
vicentino?
Cfd. Júnior: Antes de entrar na SSVP,
fazia parte, na igreja, da Pastoral da
Comunicação, mas sempre pensei em
fazer algo que também tivesse um viés
caritativo. Ao entrar na SSVP, percebi a
relação direta com esse aspecto e,
além disso, vi que isso não é feito de
qualquer forma: existe uma grande
organização da Sociedade, com
normas que padronizam a atuação em
todo o país, para que seja feito tudo de
forma adequada.
Já são quase nove anos como
vicentino. Dentro de todo esse
tempo, qual momento mais lhe
marcou? Conta pra gente.
O momento que mais me marcou foi quando fomos ajudar uma família com
quatro crianças que passavam necessidade e não tinham o básico para viver. A casa
onde moravam só tinha apenas o vão, com paredes e teto; e [eles] realmente não
tinham nada pra comer. Quando comecei a entregar a doação, chamei a menina
pequena que estava no canto, tímida, e entreguei um pacote de biscoito. Ela olhou
pra mim, seus olhos se encheram de lágrimas e ela me pediu um abraço, e não
queria mais soltar. No final, ela perguntou quando eu voltaria pra dar outro abraço.
Como o senhor reagiu ao ser eleito como novo coordenador do Decom do
Metropolitano de Maceió? E como tem sido o trabalho na coordenação?
Quando entrei no Decom, foi um momento em que pedi a Deus discernimento e
forças para fazer o trabalho da melhor forma possível. Procurei entender como
funcionava a comunicação no CM de Maceió e o que tínhamos construído até então.
A partir daí, buscando aperfeiçoar as atividades, para alcançarmos uma efetividade
maior na comunicação da SSVP, tanto internamente, quanto externamente. Agrade-

Tribuna Vicentina | 36
Entrevista

ço muito à Consócia Paula, que me ajuda nesse processo de entender como


funcionava o Decom, e a todos os representantes dos Centrais nessa construção do
trabalho.
Quais os planos para o Departamento de Comunicação do CMM?
Os planos são aperfeiçoar e ter um maior alcance nos meios de comunicação que
temos no CM de Maceió. Para a Tribuna Vicentina, tentar ver a possibilidade de
termos uma versão impressa, verificando também, junto aos membros da SSVP,
quais os caminhos para dar um alcance maior.
Também estamos reajustando o Instagram da Sociedade, e depois passaremos às
demais redes sociais. Já foram realizadas algumas lives no YouTube e depois
tentaremos viabilizar a produção de conteúdo de vídeo.
Também estamos tentando realizar uma integração maior com a Arquidiocese de
Maceió, através de suas redes sociais e do jornal O Semeador.
Será retomado a integração com o CNB, através do Boletim Brasileiro, e as
respectivas redes sociais. Esse trabalho será viabilizado com a participação dos
membros do Central responsáveis pela comunicação.
A SSVP é conhecida pelos seus trabalhos mais caritativos, visando sempre
ajudar os pobres. Além desse lado, o que o senhor tem aprendido com a
Sociedade?
Além do trabalho Caritativo, tenho aprendido sobre a organização que tem a SSVP,
a importância que há em se organizar, padronizar e prever como se deve agir nas
mais diversas situações; e a organização quanto aos departamentos, Conselhos,
Obras, Patrimônio, eleições, além de sempre ter as orações como instrumento
primário das atividades da SSVP.
Essa forma de organização o tem auxiliado no dia a dia?
Tem sido um aprendizado! Como sou tesoureiro da minha conferência, até
conhecer como montar o Caixa e registrar os recebimentos e repasses tem sido
importante.

Tribuna Vicentina | 37
Giro

Giro
Conselho Nacional do Brasil
SSVP lança documento sobre política

O período eleitoral começou e, com ele, uma série de dúvidas surge, por parte dos
vicentinos, do que pode ou não ser feito. Para responder a esses questionamentos
e deixar clara a posição apartidária da SSVP, foi lançado o documento “SSVP e a
Política: definições básicas, esclarecimentos, orientações às unidades vicentinas em
geral e o comportamento que se espera dos vicentinos e de todos os que estão
sujeitos à sua administração”.
De maneira prática, o documento apresenta o que se pode ou não fazer e,
também, como os dirigentes e vicentinos em geral devem se comportar diante
dessas questões, bem como sobre qual o melhor agir da SSVP, por suas
conferências, Conselhos e Obras Unidas e Especiais, especialmente durante os
processos político-eleitorais que sempre estão em curso.
De acordo com Jean de Morais de Morais Araújo, 2º Vice-presidente do Conselho
Nacional do Brasil (CNB), o documento é uma adaptação necessária da cartilha “O
vicentino e a política: orientações básicas”, editado em agosto de 2002 e reeditado
sem alterações em 2014, e das duas últimas normativas do Denor sobre o assunto:
“A SSVP e a política vivem em evolução, por isso essa atualização foi necessária. Mas
é importante que todos dentro da Sociedade saibam o que é ou não usual e qual o
posicionamento oficial da SSVP na questão política. Somos uma Organização
apartidária, contudo, não apolítica. É essencial que todos os vicentinos, diretores de
Obras e empregados leiam o material para entender esse posicionamento”, avalia.
O documento responde a uma série de questões, como a necessidade ou não de

Tribuna Vicentina | 38
Giro

afastamento da SSVP no caso de candidatura, apoio a candidatos, uso de camisetas


ou outros instrumentos de propaganda nas atividades vicentinas, etc. Ele pode ser
consultado pelo link:
https://ssvpbrasil.org.br/wp-content/uploads/2022/08/Resolucao-009-2022-A-SSVP-
e-a-Politica.pdf

Fonte: https://ssvpbrasil.org.br/ssvp-lanca-documento-sobre-politica/

Abertas as inscrições para o 11° Encontro Nacional de


Comunicação, em Osasco
Pedro Ivon
O Lar Bussocaba, em Osasco (SP), será a sede do 11° Encontro Nacional de
Comunicação (Encom), dos dias 18 a 20 de novembro, com o tema Nossa história,
causa e efeito na vida do vicentino. Os interessados poderão realizar suas inscrições
de forma online, clicando aqui.

Tribuna Vicentina | 39
Giro

Departamento Missionário faz Encontro Nacional e propõe ação


nos Conselhos Particulares

Participantes do Encontro Nacional

“Um final de semana para ficar na memória e nos corações dos integrantes dos
Departamentos Missionários da SSVP”: Assim está sendo definido, pelos
organizadores e participantes, o 4º Encontro do Departamento Missionário do
Conselho Nacional do Brasil (CNB), realizado no Lar Bussocaba, em Osasco (SP), de
19 a 21 de agosto. Ao todo, 84 integrantes de 32 Conselhos Metropolitanos
participaram das atividades, sob o tema “Ver, Escutar, Sentir – Missão é Amor”, que
culminaram, na compreensão das bases assumirem seu protagonismo missionário.
Os participantes chegaram ao evento e já foram recepcionados de uma maneira
toda especial e diferente: a atividade Casa de Plácido. “Preparamos para a acolhida
dos participantes um espaço especial, partindo da premissa que ‘para os pés
cansados da missão, nosso melhor carinho e nosso melhor vinho!’ (São Vicente de
Paulo). Era um lugar de cuidado, em que cada pessoa, ao chegar, era recebida e
tinha os pés lavados, hidratados e massageados por nós, diante do Santíssimo
exposto. Foi um momento para cuidar daqueles que cuidam de tanta gente”, conta
o Coordenador Nacional do Departamento, confrade David Alves Faria. A noite foi
encerrada com uma oração, após o jantar.
Já no sábado, os participantes foram chamados às atividades, também de uma
maneira muito carinhosa: com música ao vivo para alegrar e agradecer. “Pensamos
mesmo em um encontro fora dos padrões. Da hora que eles chegaram à hora de
irem embora. Teve muita música, dinâmica, espiritualidade e atividades lúdicas. E o
retorno foi sensacional. Difícil de descrever em palavras a emoção”, define David.
Ao longo do dia, Padre Alexandre Fonseca, CM, sacerdote Vicentino da Província
de Fortaleza e especialista em missionariedade, foi responsável por explanar o tema
do Encontro, o que foi feito entre dinâmicas com os encontristas. “Foi uma espécie
de mini retiro. De forma simples, divertida e extremamente sofisticada, o Padre
Alexandre tirou todos da zona de conforto. Provocou os participantes a treinarem o
olhar, o escutar e o sentir. Ele ajudou todo mundo a enxergar coisas ‘óbvias’ por
ângulos diferentes e desconcertantemente profundos. Ainda teve a participação de
um Jesus pobre, caído em um canto, machucado, que levava os participantes a
refletirem a profundidade de nossa vocação. Após as ‘chacoalhadas’ dadas pelo
padre, os participantes se dividiram em grupos e puderam discutir sobre as
dificuldades práticas da missão em suas realidades, e buscar, juntos, soluções para

Tribuna Vicentina | 40
Giro

que a missão prática, pragmática e organizada aconteça”, explica David.


Segundo o Padre Alexandre, o encontro
quebrou os protocolos pela criatividade
com que foi organizado e pensado. “A
acolhida, lavando os pés, foi sensacional,
afagou os participantes. O encontro foi
todo livre, espontâneo. A gente mede a
força de uma corrente pelos elos e o elo
das Missões foi muito fortificado no
Encontro. Foram impressionantes e
brilhantes as maneiras de interagir e
fazer os participantes pensarem. Todo
mundo se entregou e entrou nas
brincadeiras e atividades propostas,
tanto que os participantes reagiram,
lavando os pés dos organizadores, como
maneira de agradecimento. Foi como
estar no Céu. Me emocionei muito”,
resumiu o padre.
Um "Jesus" pobre fez parte de uma
dinâmica do evento O encontro foi tão diferenciado, que até
no jantar os participantes foram chamados a refletir. “Escolhemos fazer um jantar
italiano. Falamos das características de um bom missionário e ressaltamos a
necessidade do missionário gostar de ir! Lembramos da relação de Ozanam com a
Itália e de seu espírito missionário de conhecer pessoas e novos lugares”, conta.
O domingo começou com a Santa Missa, seguida da dinâmica “Missão é Ação”.
“Terminamos com o compromisso assumido de missão pós-encontro. Dentro do
nosso espírito de Missão e do desafio que nos foi lançado pelo presidente do CNB,
confrade Márcio, de retomarmos o protagonismo dos Conselhos Particulares, nos
propusemos, todos os presentes, a prepararmos uma ação focada neles, para
movimentar a reativação, revitalização ou fundação de novas conferências. Este
projeto está sendo finalizado e será lançado em breve”, finaliza o Coordenador
nacional.
O Presidente do CNB, confrade Márcio José da Silva, que estava acompanhado da
Vice-presidente, Bete Castro, destacou a importância do evento. “Foi um encontro
maravilhoso, emocionante do princípio ao fim. Ele se iniciou com um gesto muito
lindo do Departamento Missionário, que foi a lavagem e massagem nos pés dos
encontristas, e tudo o que se seguiu foi muito bom. Particularmente, eu nunca tinha
ido em um Encontro Nacional do Departamento e aprendi bastante, assim como sei
que todos lá aprenderam. Eles abraçaram o desafio do retorno do protagonismo dos
Conselhos Particulares, de ir atrás daqueles que não voltaram às atividades e de
incentivar. Saímos de lá com uma vontade de fazer ainda mais”, avaliou o Presidente.

Fonte: https://ssvpbrasil.org.br/departamento-missionario-faz-encontro-nacional-e-
propoe-acao-nos-conselhos-particulares/

Tribuna Vicentina | 41
Giro

Conselho Geral Internacional

Presidente-geral faz a terceira visita ao Panamá


O confrade Renato fez uma palestra sobre os sete fundadores da SSVP

No dia 30 de agosto, a caminho dos Estados Unidos, o confrade Renato Lima de


Oliveira, 16º Presidente-geral Internacional, esteve novamente no Panamá, ocasião
em que participou de uma Tarde de Formação Vicentina, na Paróquia Santa Maria,
em Balboa, na Cidade do Panamá.
No dia seguinte, o presidente seguiu para Baltimore (EUA), para participar da
Assembleia da SSVP norte-americana.
Atualmente, a SSVP do Panamá possui 12 conferências. Mesmo sendo um dia
laboral e estudantil, dezenas de confrades e consócias, de todas as partes do país
confirmaram a participação no evento.
A agenda da Tarde de Formação incluiu a palestra Os Sete Fundadores, uma sessão
de perguntas e respostas com o Presidente-geral, uma adoração (Hora Santa) e
uma missa, que foi celebrada pelo padre Gregory Gay, pároco local e Superior-geral
da Congregação da Missão entre 2004 e 2016.
Essa foi a terceira vez que o Presidente-geral visitou o Panamá. As duas visitas
anteriores (2017 e 2019) foram motivadas por eventos e reuniões preparatórias
sobre a Jornada Mundial da Juventude, com o Papa.

Fonte: https://www.ssvpglobal.org/presidente-geral-faz-a-terceira-visita-ao-panama/

Presidente-geral inicia a elaboração da Carta-Circular de 2023.


Mande suas sugestões!
A delegação do Conselho Geral foi recebida pela prefeita da cidade

Dando continuidade ao Projeto Anos Temáticos Internacionais, membros da diretoria


do Conselho Geral Internacional, acompanhados dos delegados territoriais de
juventude, estiveram na cidade de Colombières (Normandia), distante 300 km de

Tribuna Vicentina | 42
Giro

Paris, para visitar o túmulo do cofundador Jules Devaux (1811-1880). Os atos


ocorreram no dia 11 de setembro.

Cfd. Renato Lima e demais vicentinos em frente ao túmulo de Jules Devaux

À chegada ao cemitério local, houve uma recepção calorosa, feita pelos vicentinos
da região. A ação contou com a presença de religiosos e de autoridades políticas. A
prefeita da cidade, Senhora Catherine Viel, mostrou-se honrada ao receber a
delegação do Conselho Geral, ressaltando o filho ilustre, Devaux, que repousava
naquele lugar. Os jovens depositaram um buquê de flores sobre o túmulo e foi
cantado Amazing Grace com muita emoção.
Com a palavra, o 16º Presidente-geral, confrade Renato Lima de Oliveira, agradeceu
a acolhida e dirigiu a seguinte mensagem aos presentes: “Estamos muito felizes de
estarmos aqui. É um grande privilégio poder visitar o nosso cofundador e primeiro
Tesoureiro-geral, que foi tão importante para a história da SSVP. Além do mais,
quanto mais conhecemos as nossas origens, melhor saberemos levar adiante essa
missão evangelizadora de caridade e de serviço”. A Secretária-geral, consócia Marie-
Françoise Salesiani-Payet, também expressou os agradecimentos do Conselho
Geral.
Após as orações e os cânticos em frente à lápide de Devaux, todos se dirigiram à
Igreja São Pedro (Saint Pierre), ao lado do cemitério, onde os religiosos da região
(padre Philippe e irmão Cyril) e seus paroquianos, conduziram invocações e leituras
bíblicas, em francês e inglês. Na sequência, a convite da prefeita, foi servido um
coquetel de boas-vindas, oportunidade em que o confrade Hugues de Rosamel,
presidente do Conselho Departamental de Calvados, usou da palavra para discorrer
sobre o belo trabalho de caridade realizado pelas 15 conferências da região.
Na ocasião, o confrade Thierry Vialatte, da cidade de Caen (ex-presidente do
Conselho Departamental de Calvados), doou ao Conselho Geral uma pintura muito
bonita e também muito antiga, com o rosto de São Vicente de Paulo, que será
instalada na sede internacional. Registre-se que todos esses eventos contaram com
a presença de muitos confrades e consócias de Colombières, Calvados, Roen e
Moyaux.
Tendo em vista que Colombières é uma aldeia bem pequena, a delegação do
Conselho Geral optou por pernoitar em Arromanches-les-Bains, uma cidade históri-

Tribuna Vicentina | 43
Giro

ca, onde os Aliados desembarcaram em junho de 1944, para libertar a França da


opressão nazista. Nesse lugar, os vicentinos rezaram pela paz no mundo, sobretudo
nesse momento, em que as guerras e os conflitos entre as nações voltaram a ser
uma realidade triste no nosso planeta.

Lisieux

Na ida, a caminho de Colombières, a delegação do Conselho Geral passou pela


cidade de Lisieux, onde pôde visitar o túmulo de Santa Teresinha do Menino Jesus,
assim como dos pais dela, São Luís Martin e Santa Zélia Martin. Em Lisieux, foram
visitadas a Capela e a Basílica de Santa Teresinha, seguidas de um almoço fraterno
entre os membros do Conselho Geral e de representantes do Conselho
Departamental de Rouen, como a ex-presidente, consócia Frederique Quevilly. Na
Basílica, os membros do Conselho Geral rezaram pelos jovens, pelas crianças, pelos
idosos e pelas famílias do mundo inteiro.

Próximas visitas

O túmulo do cofundador Pierre-Auguste Le Taillandier será visitado em fevereiro


de 2023 (tendo como referência o Ano Temático de 2022), e o corpo de Jules Gossin
(Ano Temático de 2023), 2º Presidente-geral, será reverenciado em dezembro de
2023. O Projeto Anos Temáticos têm por objetivo conhecer mais profundamente o
legado e a biografia dos nossos predecessores, começando pelos sete fundadores,
mas agora iniciando uma nova fase com personalidades que foram importantes
para a história da SSVP, como os Presidentes-gerais. Esta iniciativa consiste não
apenas na visita aos túmulos, mas outras ações: canções, festival de cinema,
logomarca especial, artigos de espiritualidade, palestras motivacionais, selo
comemorativo e concurso literário.

Fonte: https://www.ssvpglobal.org/visita-ao-tumulo-do-cofundador-jules-devaux-
que-repousa-em-colombieres/

Tribuna Vicentina | 44
Giro

Diretoria do Conselho Geral se reúne pela quarta vez em 2022


Foi aprovado um Memorando de Entendimento com a Depaul International, para ajuda à Ucrânia

Diretoria do CGI reunida

A diretoria internacional se reuniu em Paris, no dia 10 de setembro passado, para


debater uma série de assuntos importantes para a Confederação Internacional da
Sociedade de São Vicente de Paulo. O evento foi realizado na Sala Ozanam, que fica
na Casa Mãe dos padres lazaristas (Congregação da Missão), na capital vicentina
mundial.
Dessa vez, o 16º Presidente-geral, confrade Renato Lima de Oliveira, convidou 12
jovens, integrantes da Vice-presidência Internacional de Juventude, Crianças e
Adolescentes, para prestigiarem a sessão. Esses mesmos jovens estiveram reunidos
num workshop, realizado entre os dias 7 e 9 de setembro, no mesmo lugar.
A reunião foi aberta com as orações iniciais, seguidas das intenções especiais,
como o fim da guerra na Ucrânia, a canonização de Ozanam, os jovens e as eleições
no Conselho Geral. Logo depois, o padre Andrés Motto, CM, apresentou uma
belíssima leitura espiritual sobre o tema Pobreza, fé e profetismo. A ata da reunião
anterior, promovida em 5 de junho de 2022, foi aprovada, assim como o balanço
econômico e financeiro.
O Presidente-geral prestou contas das últimas atividades realizadas, cartas
enviadas, eventos já participados e viagens missionárias agendadas. Na sequência,
todos os demais componentes da diretoria apresentaram seus informes e
propuseram algumas novas ações. Um dos destaques foi a Assembleia All Africa,
que teve lugar em Nairóbi, no Quênia, em junho passado, obtendo excelentes
resultados, com base nas sete resoluções aprovadas pelos 41 presidentes nacionais.
Durante a reunião, foi aprovada uma doação anual fixa para as atividades
institucionais que o Conselho Geral desenvolve nas Nações Unidas, em Nova Iorque,
com o apoio do Conselho Arquidiocesano de Nova Iorque. Também foi votado um
Memorando de Entendimento, a ser assinado com a Depaul International, ramo
vicentino bastante presente na Ucrânia e que auxiliará a SSVP na ação humanitária
que está sendo feita naquela região tão sofrida do planeta.

Tribuna Vicentina | 45
Giro

Foto da reunião dos membros do CGI

Também foi aprovado que será realizado em Madri, na Espanha, nos dias 3 e 4 de
novembro, o 2º Workshop dos Delegados Territoriais de Formação, com a finalidade
de modernizar a formação vicentina global. Foram anunciados os nomes dos
vencedores do Concurso Primeira Conferência – Le Taillandier, cuja matéria completa
já foi publicada no site do Conselho Geral. A diretoria também aprovou a proposta
de texto da nova Regra brasileira, com voto favorável do Presidente-geral, que
segue para a aprovação definitiva em 15 de dezembro, quando a Sessão
Permanente se reunirá.
Outro assunto importante foi a questão da Assembleia Geral, que será realizada
em Roma, entre 12 e 18 de junho de 2023, quando serão lançados dois documentos:
Global Report, contendo informações sobre a SSVP em todos os países, e o Guia de
Rejuvenescimento das Conferências Vicentinas. Durante a assembleia, momento
ímpar na história da SSVP, serão promovidas as eleições para o 17º Presidente-
geral, além da votação de pequenas atualizações nos Estatutos Internacionais da
nossa Confederação. Haverá ainda, dois dias antes da Assembleia, um encontro dos
países de língua portuguesa.
Ao final dos trabalhos, todos se dirigiram à Capela de São Vicente de Paulo, onde
repousa o corpo do Pai da Caridade, para a celebração da santa missa (válida para o
domingo), presidida pelo padre Andrés Motto, assessor espiritual internacional.
“Fiquei extremamente feliz com o resultado da reunião da nossa diretoria, que
transcorreu num clima de cordialidade e fraternidade. Muitos assuntos foram
debatidos e aprovados, com liberdade entre todos os membros. A presença dos
jovens remoçou-nos a todos, e quero aqui registrar a minha satisfação em tê-los
conosco, fazendo perguntas inteligentes e bastante apropriadas. Tenho a certeza de
que futuros Presidentes-gerais e muitos presidentes nacionais sairão dessa safra de
delegados territoriais juvenis”, exortou o presidente Lima de Oliveira.
Acompanhou-nos na reunião da diretoria a equipe da Ozanam TV, que esteve em
Paris para gravar a mensagem de Natal do Conselho Geral Internacional para 2022,
e também para produzir um pequeno documentário sobre o Ano Temático Internaci -

Tribuna Vicentina | 46
Giro

onal de Jules Devaux (2021), cujo túmulo só pôde ser visitado agora, em setembro,
por conta do controle da pandemia.
Segundo a Regra Internacional da SSVP, a diretoria do Conselho Geral deve se
reunir pelo menos três vezes ao ano (artigo 3.16.1). A próxima sessão será no dia 3
de dezembro, online. Para 2023, tendo em vista o final do atual mandato sob a
condução do confrade Renato, será organizada apenas uma reunião no dia 25 de
fevereiro, sendo as demais em setembro e dezembro, estas já com os membros da
nova diretoria.

Dia de Ozanam

Na véspera, 9 de setembro, uma forte emoção tomou conta de todos. Os membros


da diretoria e os delegados territoriais da juventude participaram da santa missa na
Igreja de São José do Carmo, onde se localiza a cripta do bem-aventurado Antônio-
Frederico Ozanam. A celebração foi presidida pelo padre Jacques Germaix
(Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo – RSV), seguida de uma oração
ao lado do túmulo. O evento foi coordenado pelo Conselho Central de Paris, cujo
presidente é o dinâmico confrade Jérôme Perrin.

Fonte: https://www.ssvpglobal.org/diretoria-do-conselho-geral-se-reune-pela-
quarta-vez-em-2022/

Tribuna Vicentina | 47
Giro

Arquidiocese de Maceió
Missa solene de Nossa Senhora dos Prazeres reúne povo de Deus
na Catedral
Pascom Arquidiocesana

Dom Muniz e clero arquidiocesano | Foto: Carlos Wilker

Aconteceu, às 9h do dia 27 de agosto, na Catedral Metropolitana de Maceió, a


missa solene de Nossa Senhora dos Prazeres. Dom Antônio Muniz, O. Carm., foi o
responsável pela celebração, que também contou com o restante do clero
arquidiocesano. Assistindo a celebração estavam centenas de devotos, de todas as
partes da capital.
A homilia ficou sob a responsabilidade do Padre Fernando Bezerra, coordenador
do Clero e administrador paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus do Bonfim, em
Viçosa. Durante sua fala, o sacerdote recordou o Congresso Eucarístico, que vem
junto com a festa da Padroeira da capital. “Queremos ser uma nação que adora
Jesus”. E continuou: “o Congresso Eucarístico é para isso, para proclamar a presença
de Jesus na Eucaristia”. Voltando o olhar para a imagem de Nossa Senhora dos
Prazeres, o padre disse que “em meio às nossas dores, estamos aqui, Mãe. Pedimos
que Ela nos leve ao seu Filho Jesus”.
Entre os fiéis que assistiam à missa, estava um grupo de 38 pessoas do Conjunto
Graciliano Ramos, parte alta de Maceió, que fizeram uma corrida até a Catedral,
denominada Longão da Padroeira. “Este é o terceiro ano que estamos aqui. Um
grupo vem correndo e outro caminhando. Saímos às 5h da manhã e chegamos por
volta das 8h. E aqui estamos, como devotos da Mãe de Jesus”, disse o organizador,
Francisco Silva.
Outras duas missas, às 12h e às 15h, ocorreram antes da procissão e da missa de
encerramento, que estavam marcadas para às 16h.

Fonte: https://www.centenarioarqmaceio.com.br/noticias/missa-solene-de-nossa-
senhora-dos-prazeres-reune-povo-de-deus-na-catedral/

Tribuna Vicentina | 48
Giro

Procissão e missa no Centro de Convenções encerram


festividades de Nossa Senhora dos Prazeres
Pascom Arquidiocesana
A procissão de Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira da Arquidiocese de Maceió,
aconteceu na tarde do dia 27 de agosto, e percorreu as avenidas da capital
alagoana, passando pelo Centro e encerrando sua jornada no bairro do Jaraguá,
onde Dom Antônio Muniz presidiu a missa de encerramento, no Centro de
Convenções.
Ao longo do percurso, a imagem da padroeira foi escoltada pelos Guardiões de
Nossa Senhora, grupo de homens leigos fundado em 2018. De acordo com
Genivaldo Fernando, coordenador do grupo, são 40 guardiões que, há quatro anos,
vêm protegendo a imagem durante a procissão. “É com enorme carinho e devoção
que fazemos parte”, declarou.

Dom Antônio Muniz no Centro de Convenções, diante dos fiéis

Dom Muniz, durante a homilia, lembrou que o título de Nossa Senhora dos
Prazeres surge no contexto de guerra entre católicos e calvinistas, em Pernambuco
e Alagoas, e disse que Maria é mulher de paz, característica presente também nas
mulheres do Antigo Testamento, como Débora, Judith, Esther e Ana.
“Pedimos que nosso coração seja voltado a Deus, com o amor de Maria. Que o
Senhor nos ajude a anunciar a beleza do Evangelho, assim como Ela fez”, concluiu o
Arcebispo.

Fonte: https://www.centenarioarqmaceio.com.br/noticias/procissao-e-missa-no-
centro-de-convencoes-encerram-festividades-de-nossa-senhora-dos-prazeres/

Tribuna Vicentina | 49
Giro

Arquidiocese de Maceió lança campanha “Bem-vindo, Bebê! –


salvamos nossas crianças cuidando das nossas famílias”
O objetivo da campanha é mudar o cenário de fome, que atinge mais de 35% das famílias alagoanas

Marcos Filipe | Pascom Arquidiocesana

Bem-vindo Bebê! – salvamos nossas crianças cuidando das nossas famílias: este é o
título da campanha lançada pela Arquidiocese de Maceió, que tem o objetivo de
mudar o cenário de fome, que atinge, atualmente, mais de 35% da população
alagoana. A campanha, que teve início nesta semana, deverá seguir até o fim do
ano, quando a celebração de Natal reunirá toda a comunidade.
O próprio arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, O.Carm., ilustrou a realidade
vivida, não somente no Estado, mas em todo o território brasileiro: “é a fome que
assola nossas famílias, e com ela as crianças são as que mais sofrem. Estão cortando
as verbas da educação, da merenda, e não podemos ficar parados diante desses
fatos”, colocou.
O metropolita informou ainda que esta primeira etapa acontecerá com um
alinhamento das ideias, para definir ações concretas a serem realizadas nas
paróquias. Após isto, as pessoas ou movimentos poderão adotar uma criança ou
uma família, para que ajudem na alimentação ou cuidados da mesma. “Todos são
convidados a unir forças para mudarmos a realidade dolorosa dessas crianças e de
suas famílias”. E disse também: “queremos reverter esses números, reduzindo a
fome e a dificuldade do povo. A fome e o sofrimento não esperam, ajamos com
urgência!”.
No início deste mês, um estudo da rede brasileira de Pesquisa em Soberania e
Segurança Alimentar (Pensam) mostrou que 36,7% das famílias alagoanas não têm
alimento em suas mesas. É a chamada insegurança alimentar ou fome. Alagoas é o
estado do país em que os casos de insegurança alimentar grave são mais
frequentes, segundo a pesquisa. Considerando os três níveis, mais de 2,6 milhões
de alagoanos possuem algum tipo de insegurança alimentar.
Fonte: https://www.centenarioarqmaceio.com.br/noticias/arquidiocese-de-maceio-
lanca-campanha-bem-vindo-bebe-salvamos-nossas-criancas-cuidando-das-nossas-
familias/

Tribuna Vicentina | 50
Conhecendo o CGI

Por dentro do CGI


O papel estratégico dos Vice-presidentes Gerais
Adjuntos
Cfd. Renato Lima de Oliveira
16º Presidente-geral Internacional

Joseph Makwinja, Sebastián Gramajo e Juan Manuel, vice-presidentes gerais


adjuntos

A Regra Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo, no artigo 3,18, prevê


que o Presidente-geral Internacional pode nomear confrades e consócias para
ajudar na administração da Confederação Internacional como Vice-presidentes
Gerais Adjuntos. Pensando nisso, tive a iniciativa de nomear três confrades para
essas funções. Neste artigo, gostaria de explicar a missão de cada um deles.
O 1º Vice-presidente Geral Adjunto é o confrade africano Joseph Makwinja
(Botsuana), responsável pelas áreas de juventude, crianças, adolescentes, formação
e treinamento. Esses setores são liderados pelo confrade Willian Alves (Vice-
presidente Internacional para a juventude, crianças e adolescentes) e pela consócia
Marisa Tellez (Vice-presidente Internacional para a formação e treinamento). Nesta
pasta, encontra-se a Comissão de Investigação Histórica, responsável pelas
atividades relacionadas aos sete fundadores. Como se percebe, é uma Vice-
presidência Geral Adjunta prioritária e estratégica, pois todos esses segmentos
ocupam importante destaque no planejamento estratégico global do nosso
Conselho.
O 2º Vice-presidente Geral Adjunto é o confrade sul-americano Sebastián Gramajo
(Argentina), que se dedica ao acompanhamento de duas Vice-presidências
Internacionais, ao monitorar e colaborar com o confrade Maurice Yeung (estrutura)
e Antônio Gianfico (relações institucionais). Na pasta do confrade Maurice
encontram-se os 12 Vice-presidentes Territoriais e os 23 Coordenadores de Zona; já

Tribuna Vicentina | 51
Conhecendo o CGI

na pasta do confrade Gianfico, localizam-se os departamentos de Família Vicentina,


Vaticano, Projeto SSVP Plus (expansão para novos territórios), canonização de
Ozanam, relações com as Nações Unidas, acordos e convênios, etc. Também como
podemos perceber, é outra Vice-presidência Geral Adjunta deveras importante.
A 3ª Vice-presidência Geral Adjunta é comandada pelo confrade europeu Juan
Manuel Buergo Gómez (Espanha), que é responsável por duas áreas: Vice-
presidência Internacional de Solidariedade e Projetos Especiais (confrade Ralph
Middlecamp) e Vice-presidência Internacional de Governança e Assuntos
Estratégicos (confrade Alfons Tem Velde). Aqui, encontramos a Ouvidoria-Geral, os
departamentos de solidariedade internacional (Ciad, FIS, Projeto Estratégia-25 e
Ajuda Fraterna Internacional, ou “jumelgae”), projetos especiais, comunicação,
transparência e governança, planejamento estratégico, entre outros setores. É
notória a relevância dessa Vice-presidência Geral Adjunta.
Eu estou muito contente com o trabalho dos nossos três Vice-presidentes Gerais
Adjuntos. Todos eles são dinâmicos, pró-ativos, dedicados, leais e motivados. Eles,
graças a Deus, possuem uma visão bastante ampla da nossa Sociedade e sabem
como ninguém a importância do Conselho Geral para toda a Confederação
Internacional. Eles integram aquele grupo de vicentinos que “fazem a diferença”
quando estão ocupando algum encargo na Estrutura ou na diretoria internacional.
Dá gosto trabalhar com eles, pois além de tudo, são pessoas generosas e muito
caridosas comigo, apresentando sugestões e fazendo críticas construtivas, de
maneira amorosa, para ajudar-me no serviço de Presidente-geral. E o que mais me
agrada neles: a humildade com que servem à SSVP.
Meus predecessores não costumavam nomear vicentinos para a função de Vice-
presidente Geral Adjunto. Eu, porém, quando assumi a desafiadora missão de 16º
Presidente-geral, não pensei duas vezes em ampliar a governança, a eficiência, a
democracia e a transparência no âmbito do Conselho Geral, envolvendo mais
pessoas na gestão administrativa. Assim, acredito, “acertaremos mais e erraremos
menos”, parafraseando o nosso querido bem-aventurado confrade Antônio-
Frederico Ozanam.
Somando todos os encargos, serviços, comissões, vice-presidências e
departamentos, no âmbito do Conselho Geral Internacional, alcançamos 130
pessoas, oriundas de todos os continentes, com diferentes culturas e idiomas. São
homens e mulheres, jovens ou mais vividos, todos nomeados diretamente por mim
para desempenhar alguma atividade na nossa Confederação. Agradeço a Deus pela
disponibilidade e pela caridade de todos, pois tais serviços demandam muito
comprometimento e sacrifício, para a honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo
na pessoa do necessitado.

Tribuna Vicentina | 52
Santos do mês

Santo do mês
São Vicente de Paulo (27/09)
Patrono das obras de caridade católicas e da SSVP

São Vicente de Paulo nasceu em 24 de abril de 1581, em Pouy, no sul da França,


e foi batizado no mesmo dia. Foi o terceiro filho de Jean de Paul e Bertrande de
Moras, camponeses de fé firme e vigorosa. A própria mãe deu educação religiosa
aos seis filhos. O santo faleceu no dia 27 de setembro de 1660, em Paris.
No século XVII, São Vicente participou ativamente da Contrarreforma, ocorrida na
França.
O Padre Vicente

Vicente se destacava pela sua


inteligência e pelo zelo
religioso. Começou a estudar
na cidade de Dax, onde, mais
tarde, foi professor. Estudou
teologia na Universidade de
Toulouse. Sua ordenação
sacerdotal, com apenas 19
anos, foi no dia 23 de
setembro de 1600. Nessa
época, ele passou por uma
forte provação: uma senhora
viúva, que gostava de ouvi-lo
pregar, sabendo que ele era
uma pessoa pobre, deixou sua
herança para ele: uma
propriedade e uma quantia
em dinheiro, que estavam em
posse de um comerciante, na
cidade de Marselha. O Padre
Vicente vai até lá para receber
esta herança, com a intenção de distribuí-la aos pobres.

Grande reviravolta em sua vida

Ao retornar de Marselha, o navio em que ele viajava sofreu um ataque de piratas


turcos. O então Pe. Vicente tornou-se prisioneiro e foi vendido em Túnis, como
escravo. Depois, foi vendido a outro homem que, ao morrer, o deixou como
escravo para um sobrinho fazendeiro, como herança. Este tinha sido católico, mas,
por medo da perseguição, tornara-se muçulmano.

O escravo volta à liberdade

Uma das três esposas deste fazendeiro ficou encantada com as músicas que Pe.

Tribuna Vicentina | 53
Santos do mês

Vicente cantava ao rezar e quis saber o significado daquilo. Ao ser evangelizada pelo
padre, a mulher chamou a atenção do marido, dizendo que ele não poderia ter
abandonado aquela religião tão linda e séria. O patrão se arrependeu e se
converteu.
Meses depois, em 1607, o homem foi com o Padre Vicente até a França, escondidos
dos muçulmanos. Chegando a Avignon, encontraram o Vice-legado do Papa e
Vicente recebeu de volta suas credenciais de sacerdote. Seu ex-dono retornou à
Igreja Católica e foi admitido num mosteiro, tornando-se monge.

Um homem dos pobres

Em Roma, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico.


Foi nomeado Capelão da Rainha Margarida de Valois, a Rainha Margot, pelo Rei
Henrique IV. Ele fazia a distribuição das esmolas dadas aos pobres e visitava os
doentes, no hospital. São Vicente cumpria sua missão de sacerdote com tanto amor
e zelo, que todos já o tinham como santo. Para ele, cada doente e cada pessoa, por
mais miserável, era a própria pessoa de Jesus Cristo e tinha que ser tratada como
tal. O Cardeal Pierre de Bérulle, Bispo de Paris, o nomeou Vigário de Clichy, um
bairro da cidade.

Legado para a humanidade

São Vicente fundou a Confraria do


Rosário, que se dedicava a visitar e
cuidar dos doentes. Devido a isso, se
tornou Capelão Geral e Real da França.
Depois, o santo fundou a Congregação
da Missão, dos Padres Lazaristas, que
trabalhava para evangelizar os
camponeses.
Num apelo feito pelo Pe. Vicente, em
Châtillon, nasceu a Confraria da
Caridade, conhecida também como o
movimento das Senhoras da Caridade.
A primeira religiosa foi uma
camponesa, Irmã Margarida Nasseau,
que teve orientação de Santa Luísa de
Marillac. Depois, oficializou a Confraria
das Irmãs da Caridade, atualmente
conhecidas como Filhas da Caridade.

Organizador da caridade

Inspirado por seu amor a Deus e aos


pobres, Vicente de Paulo organizou
muitas obas de caridade, doando-se
inteiramente aos irmãos mais necessitados. Ele é considerado o pai dos pobres e
também causou muitas mudanças no clero.
As Conferências Vicentinas que conhecemos na atualidade tiveram início com
Antônio-Frederico Ozanam e seus companheiros, no ano de 1833. Essas
conferências foram inspiradas por São Vicente de Paulo e hoje estão espalhadas pe-

Tribuna Vicentina | 54
Santos do mês

lo mundo inteiro. O santo estipulou regras e condutas para as visitas aos pobres e
doentes, visando a discrição e o respeito para com os necessitados, sem humilhá-los
em hipótese alguma e fazendo-se igual a eles.

Morte e canonização de São Vicente

Para São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o sacerdote mais santo da época.
Ele faleceu e foi sepultado na capela da Igreja de São Lázaro, na cidade de Paris. Sua
canonização aconteceu em junho de 1737. Em maio de 1885, o Papa Leão XIII o
declarou patrono das obras de caridade da Igreja Católica Apostólica Romana.

Corpo incorrupto

52 anos após a sua morte, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto. Dois
médicos, autoridades da Igreja e algumas pessoas foram testemunhas do
fenômeno. Para os médicos, é impossível este tipo de preservação do corpo ocorrer
naturalmente.
Seu corpo está exposto na Capela de São Vicente de Paulo, em Paris, e é aberto à
visitação. Seu coração está conservado em um relicário, na Capela de Nossa
Senhora da Medalha Milagrosa.

Oração a São Vicente de Paulo

São Vicente, que tanto vos compadecestes dos pobres, eu vos peço, olhai para
mim. Sou pobre, mas tenho fé! Há gente mais pobre do que eu: são aqueles que
não têm fé, porque esses têm a alma vazia. São Vicente, conservai minha riqueza,
que é a fé, mas vos peço que também alivie a minha pobreza. Ajudai-me a adquirir
ao menos o necessário para me alimentar bem, para me vestir honestamente e
comprar os remédios que me conservam a saúde e as forças necessárias para fazer
os meus trabalhos e cumprir as minhas obrigações, para assim poder ser útil à
minha família e a todos os que precisarem de minha ajuda.
Amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-vicente-de-paulo/164/102/

Tribuna Vicentina | 55
Destaques do mês

Destaques do mês
Dia Nacional dos Vicentinos

Com o objetivo de homenagear a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), devido


aos trabalhos por ela realizados, tanto no âmbito religioso quanto no material, o
projeto de lei N° 5.150/2001, de autoria do deputado Salvador Zimbaldi, estabeleceu
que o dia 27 de setembro é, oficialmente, o Dia Nacional dos Vicentinos. Nesta
mesma data se comemora o patrono da SSVP, São Vicente.
De acordo com o relator do projeto, o deputado Paes Landim, “o trabalho religioso
dos vicentinos volta-se, sobretudo, aos carentes e a toda sorte de excluídos,
ajudando milhares de pessoas”.
Neste dia tão especial, a Tribuna Vicentina parabeniza a todos os membros da
Sociedade de São Vicente de Paulo.

Tribuna Vicentina | 56
Destaques do mês

Depoimentos: Por que sou vicentino?


A real motivação de ser vicentino em minha vida se norteia em vários aspectos, e
também se transforma a cada momento em que percebo a necessidade de ser
comprometido com a causa da desigualdade social. Desde os primeiros passos
como vicentino, descobri que o nosso protagonismo está focado nas causas sociais,
nos nossos irmãos Pobres, que clamam por socorro e esperam por mudanças, por
novas estruturas. Diante desses grandes desafios, estamos nós, determinados e
firmes em nossa missão de servi-los com alegria.
A cada encontro que tenho com Cristo Sofredor, na pessoa do Pobre, compreendo
e entendo que estou aqui porque fui chamado para ser vicentino.
A arte mais nobre é fazer os outros felizes, e
na nossa jornada, com passos firmes, olhar
calmo e gestos simples, levamos segurança e
confiança no que fazemos aos nossos irmãos.
Portanto, a caridade vicentina nos fortalece
em tempos de crise. Costumo dizer que
qualquer um pode ser confrade ou consócia,
mas nem todos podem ser vicentinos, porque
o vicentino sempre diz “sim”.
Tenho 52 anos, 29 como vicentino, e uma
filha. O meu tempo, depois da família e do
trabalho, é dedicado à SSVP. Somos
protagonistas da nossa própria história. Sou
um vicentino entusiasmado e encantado com
o meu carisma. Não tenho medo de assumir o
meu papel à frente das unidades vicentinas,
com responsabilidades e ao mesmo tempo
com vigor e amor, colocando sempre em primeiro lugar o real motivo de estar na
SSVP: “a caridade aos nossos irmãos que mais necessitam”.

Cfd. José Eudes Silva dos Santos

Eis como me tornei vicentino: na


semana do ano de 1975, estando
residindo no bairro do Vergel do Lago e
participando das atividades da Igreja, na
paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro, fui convidado pelo Pároco local,
Padre Pedro Teixeira Cavalcante, para
participarmos da solenidade do Lava-
pés; terminada a cerimônia, o confrade
Laercio Alves de Almeida convidou os
participantes do evento, para
formarmos um grupo de estudo do
Santo Evangelho, que foi aceito por
todos. Na semana seguinte, começamos
a nos reunir no salão paroquial, às
18h30, após a Santa Missa, já contando
com a adesão de outras pessoas.

Tribuna Vicentina | 57
Destaques do mês

Em uma das noites, durante a semana, nos reuníamos na casa de um dos


membros do grupo ou na residência de alguém que solicitasse a nossa presença.
Certa noite, estávamos reunidos no salão paroquial, quando recebemos a visita do
confrade José Pinto de Medeiros, que, após os cumprimentos, assim se expressou:
“sou mensageiro de Dom Miguel Fenelon Câmara; o senhor arcebispo mandou dizer
que quer uma conferência vicentina nesta paróquia”. Juntamente com confrade
Laerson, comunicamos ao Padre Pedro a mensagem enviada por Dom Miguel. O
Pároco local não somente autorizou a fundação da unidade vicentina, como
prometeu todo o apoio para um bom funcionamento da mesma.
Na reunião do domingo seguinte, depois da consulta feita a todos os membros do
grupo, foi decidido unanimidade que Laercio Alves de Almeida seria o presidente da
conferência, que, também por unanimidade, recebeu o título de conferência Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro. [O confrade Laercio foi] logo empossado no cargo.
Continuando a reunião, o presidente empossado nomeou e empossou a mim como
secretário, e o confrade José Manoel dos Santos como tesoureiro da conferência, em
apreço, enquanto outros confrades e consócias foram nomeados substitutos dos
titulares empossados.
Desta forma, estava fundada a minha conferência mãe. E assim me tornei
vicentino, o que muito me exala. Por tudo agradeço a Deus, a São Vicente de Paulo,
ao Beato Antônio-Frederico Ozanam e a todos os confrades e consócias desta
grande família, a SSVP
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
Cfd. José Pedro Cantoario

Em primeiro lugar, por que ser


vicentina? Porque me leva ao caminho
da minha salvação e leva a salvação
também aos outros.
Aquelas famílias que assistimos, que
cadastramos, precisam ver Jesus
Cristo em mim, através da minha
visita.
Sou vicentina porque quero levar a
alegria do Espírito Santo, que está em
mim, para aquelas pessoas que
perderam a razão e a esperança de
abrir um sorriso.
Tenho o dever de ser protagonista,
no intuito de devolver o que muitas
vezes é tirado dos pobres. O que eles
têm de mais precioso é a alegria de
viver como pessoas dignas e humanas, como filhos de Deus. [É preciso] fazer valer
as suas capacidades de desenvolvimento e independência. [Eles] precisam viver
como cidadãos amados de Cristo.
Sou vicentina porque preciso levar aos pobres e excluídos a certeza da salvação,
a luz do evangelho de Jesus, São Vicente e de nossa Mãe, Maria Santíssima. Assim
fazendo, eu fico cada vez mais rica, muito rica da graça de Deus, na missão
vicentina.
Ser vicentina é deixar tudo para servir aos pobres, na alegria da certeza que terá
de ouvir aquelas palavras: “seja bem-vinda ao reino que vos foi preparado".
Csc. Nilvan da Silva

Tribuna Vicentina | 58
Homenagens

Homenagem
Dia litúrgico do principal fundador da SSVP

A Igreja Católica, a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) e a Família Vicentina


celebraram, no dia 9 de setembro, a festa do bem-aventurado Antônio-Frederico
Ozanam, principal fundador da SSVP, cuja data litúrgica foi estabelecida pelo
Vaticano para o dia posterior ao de sua morte, 8 de setembro, devido à coincidência
com a data da Natividade da Virgem Maria.
“Ao recordar a memória de Ozanam, que todos nós, vicentinos do século XXI,
possamos evidenciar as virtudes e os ensinamentos deste santo homem, e que
saibamos seguir seus passos e nos inspirar em seus exemplos tão nobres”, sugeriu
o cfd. Renato Lima.
Antônio-Frederico Ozanam nasceu em Milão, no dia 23 de abril de 1813, sendo o
quinto dos 14 filhos do casal Jean-Antoine e Marie Ozanam. Casou-se com Amélia
Soulacroix e teve uma filha. Em 1833, junto com mais seis jovens, fundou a
Conferência de Caridade, que, a partir de 1835, passou a ser a Sociedade de São
Vicente de Paulo, uma das principais organizações católicas do mundo.
Morreu aos 40 anos de idade e foi beatificado por São João Paulo II, no dia 22 de
agosto de 1997.

Tribuna Vicentina | 59
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Coleta de Ozanam, em setembro, leva ajuda à
SSVP no mundo

Durante a segunda semana do mês, que incluiu o dia 9 de setembro, data da


comemoração litúrgica do principal fundador da SSVP, o confrade Antônio-Frederico
Ozanam, foi realizada uma coleta especial, denominada Coleta de Ozanam, que visa
ajudar as ações da Sociedade no mundo. Cada confrade e consócia deve ter
contribuído com o seu donativo.
“A Coleta de Ozanam é um momento especial, de partilha, de demonstração de
caridade, de gratidão, em que cada vicentino do nosso país contribui com o que
pode, especialmente para ajudar as ações do Conselho Geral Internacional da SSVP.
Esses recursos são usados, por exemplo, em auxílios às vítimas de catástrofes
naturais, guerras ou até mesmo para fundar conferências e melhorar as estruturas
da SSVP no mundo. É mais uma oportunidade de servirmos aos nossos Mestres e
Senhores, os Pobres, do mundo todo, numa ação global, numa imensa rede de
caridade que não vê fronteiras”, explica o Presidente do Conselho Nacional do
Brasil, confrade Márcio José da Silva.
A Coleta de Ozanam está prevista na Regra, nos Artigos 22 e 69, nas páginas 102 e
126. Durante a semana que engloba o dia 9 de setembro, toda a coleta feita em
cada conferência, em sua integralidade, foi enviada aos Conselhos Particulares, que,
após reunirem as coletas de todas suas conferências, repassarão o valor, também
em sua totalidade, ao Conselho Nacional do Brasil.
“O prazo para esse repasse ao Conselho Nacional é até 31 de outubro e, depois
disso, destinamos o valor total de todos os Conselhos Particulares do Brasil ao Con-

Tribuna Vicentina | 60
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selho Geral Internacional”, conta o confrade Márcio.


“O Brasil é o maior país vicentino do mundo e o brasileiro é reconhecido por sua
solidariedade. Juntos, certamente os vicentinos do Brasil vão novamente fazer a
diferença no mundo”, conclama o presidente.
Clique aqui e assista a um vídeo sobre a Coleta de Ozanam.

Fonte: https://ssvpbrasil.org.br/coleta-de-ozanam-em-setembro-leva-ajuda-a-ssvp-
no-mundo/

Tribuna Vicentina | 61
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“Manual da Marca – SSVP Brasil – Edição 2022” é


lançado, determinando uso de logomarca
mundial e suas aplicações
O Conselho Nacional do Brasil lançou,
após aprovação unânime em reunião em
08 de julho, o “Manual da Marca – SSVP
Brasil – Edição de 2022”. A questão da
utilização da marca da Sociedade é
debatida há tempos e a SSVP do Brasil
decidiu cumprir de forma integral a
Resolução Nº 6 da Assembleia Geral da
Confederação Internacional, realizada em
Fátima (Portugal), em 1999, que “decidiu
pela adoção de uma logomarca, de uma
bandeira e de um hino para toda a
Sociedade de São Vicente de Paulo”.
“Não está correto uma mesma
Organização, como a nossa, ser
identificada por dezenas ou centenas de
marcas diferentes. No Brasil, a ideia de a-
daptação do logotipo internacional, permitida pelo próprio Conselho Geral, ao
longo do tempo, se mostrou complexa, sem regularidade, facilitando
entendimentos e usos errados, criando um sem número de logotipos
correspondentes, que apenas confundem e desvirtuam o uso correto e adequado.
Por isso que, com o passar do tempo, se consolidou entre as lideranças do Conselho
Nacional do Brasil, especialmente a atual, que a utilização do logotipo internacional
de forma unificada é uma obrigação de todos os membros da SSVP”, explica o 2º
Vice-presidente responsável pelo Decom, confrade Jean de Morais Araújo.
Segundo ele, o manual é necessário para esclarecer, normatizar, orientar e, em
alguns casos, vedar procedimentos inadequados por parte de confrades, consócias
e unidades vicentinas em geral. “Seu objetivo também foi o de segmentar os usos e
aplicações da marca da Sociedade de São Vicente de Paulo do Brasil. Ele deve ser
seguido com o propósito de garantir que a identidade visual seja aplicada de
maneira correta em seus diversos materiais. Tudo isso foi de acordo com as normas
do Conselho Geral Internacional (CGI), que foi consultado especialmente sobre a
colocação da inscrição do nome por extenso da SSVP e do Brasil, em volta e abaixo
do logotipo, respectivamente”, afirma o confrade Jean.
O manual está disponível a todos, no site da SSVP, pelo link
https://ssvpbrasil.org.br/materiais-decom/. Além do Manual, estão disponíveis
materiais de apoio (papel timbrado, envelope, cartão de visitas, bloco de notas,
pasta, assinatura digital e bandeira) e os modelos de tipografia da identidade visual
(fontes garamond e montserrat).
“O Manual deve ser consultado por aqueles que vão aplicar em suas áreas o uso
do novo logotipo, seja no que for (camisas, faixas, placas, banners, bem como todo
material que obrigue o uso do mesmo), mas com a seguinte recomendação: o
logotipo da SSVP em nenhum momento pode sofrer qualquer alteração. Ele deve
ser seguido exatamente como está no documento. O CNB já está se adequando,
mudou o logotipo nas redes sociais, site, algumas publicações e já está implantando

Tribuna Vicentina | 62
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a nova regra em todos os seus materiais”, explica o Coordenador Nacional do


Decom, Gustavo Oliveira.
As principais questões impostas pelo novo “Manual da Marca – SSVP Brasil – Edição
2022”, além de outras, foram as seguintes:

1) A proibição do uso de logotipos próprios de unidades vicentinas e de unidades


auxiliares: conferências, Conselhos, Obras Unidas ou Especiais, coordenações de
Comissões de Jovens, Ecafos, CCAs, Departamentos Missionários e Denors, além de
quaisquer outros serviços e assessorias, não têm mais autorização para uso e
criação de marcas próprias, ainda que usadas em conjunto com o logotipo oficial da
SSVP.
2) O início imediato da mudança e uso dos logotipos atuais da SSVP do Brasil para
o modelo mundial, indicado pelo CGI da Confederação, conforme decisão de sua
Assembleia Plenária de 2018, em Salamanca (Espanha). Isso deverá ocorrer da
seguinte forma:

A imediata substituição do logotipo atual (bastante conhecido, com uma junção


da bandeira do Brasil e o logotipo internacional e toda e qualquer variação dele),
bem como suas aplicações, em todos os impressos, redes sociais, sites e demais
aplicações, além de materiais de mídia e acessórios de propaganda a serem
produzidos, visto que, a princípio, não há gastos financeiros a serem realizados,
ou são reduzidos;
O período de até dois anos para o cumprimento da atualização do logotipo em
todos os locais, internos ou externos, tais como fachadas, placas de identificação
de sedes e imóveis de propriedade da SSVP, veículos, entre outros que implicam
em gastos financeiros.

3) Permanece a possibilidade de criação e uso de logotipos comemorativos.


4) A consequente extinção da bandeira atual (que usa uma junção da bandeira do
Brasil e o logotipo internacional, com o ano de fundação) e a adoção da bandeira da
SSVP (branca com o logotipo internacional no centro).

Esclarecimentos de dúvidas ou orientações poderão ser encaminhadas diretamente


ao Decom, pelo e-mail decom@ssvpbrasil.org.br.

Fonte: https://ssvpbrasil.org.br/manual-da-marca-ssvp-brasil-edicao-2022-e-
lancado-determinando-uso-de-logomarca-mundial-e-suas-aplicacoes/

Tribuna Vicentina | 63
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Caravana vicentina já está sendo organizada


para a Romaria Nacional em 2023
Pedro Ivon

Uma caravana já está sendo organizada pelos vicentinos, com o objetivo de levar
os membros da SSVP alagoana para Aparecida do Norte, em maio de 2023, quando
ocorrerá a 51ª Romaria Nacional Vicentina. Os participantes contarão com um
ônibus executivo, contendo banheiro e água.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a csc. Silene
Costa, através do número (82) 98868-3585, ou com a csc. Paula Costa, através do
número (82) 98814-0108.

Segunda edição após a pandemia

A 51ª Romaria Nacional será a segunda edição do evento, após a pandemia. A 50°
edição, que ocorreu em julho deste ano, reuniu vicentinos do Brasil todo e contou
com Missa, Via Sacra e dinâmicas, que animaram os membros da SSVP.

Tribuna Vicentina | 64
Dica Vicentina

Dica Vicentina

Estreando o quadro Dica Vicentina, recomendamos a todos os vicentinos o livro


Crônicas Vicentinas 5, de autoria do 16° Presidente-geral Internacional, confrade
Renato Lima. A obra, que conta com 84 artigos de espiritualidade, é dividida em sete
capítulos: O legado dos sete fundadores; O Conselho Geral avança; Enfrentando os
desafios; Conhecendo melhor a SSVP; Olhando mais além; Perguntas que não
querem calar; e, por fim, Cotidiano vicentino. Cada capítulo faz alusão aos sete
fundadores da SSVP.
O estilo de crônicas, no qual o confrade Renato vem se especializando desde o
lançamento do primeiro livro da série, traz uma análise de acontecimentos do dia a
dia. Em Crônicas Vicentinas 5, os textos têm como base as situações possíveis do
nosso dia a dia.
O livro, assim como seus antecessores, também pode aprimorar a formação dos
vicentinos.

Tribuna Vicentina | 65
Vida e saúde

Vida e Saúde
Autoconhecimento
Csc. Emmanuela Santana
Psicóloga/clínica
CRP/15-2437

Em um mundo tão conturbado e repleto de informações e inseguranças, ter a


condição de conhecer a si mesmo é um desafio. Sentimo-nos tão ansiosos, por
tantas exigências externas e internas, que não conseguimos dar conta e ficamos
emocionalmente desregulados.
Permitir-se ao processo do autoconhecimento é percorrer um caminho de
reconhecimento dos nossos limites e das nossas potencialidades, para lutar por
objetivos concretos e por autonomia. Quando não nos conhecemos, ficamos
vulneráveis demais e perdidos diante da vida e dos desafios apresentados por ela.
Entender as nossas emoções favorece a construção da nossa inteligência
emocional, nos proporcionando um crescimento pessoal e profissional.
Na vida, nos deparamos com várias situações que exigem de nós habilidades
desenvolvidas no que diz respeito à autoconfiança, autoestima e autoaceitação, que
envolvem o autoconhecimento.
Infelizmente, negligenciar o autoconhecendo implica em se expor a situações, em
estar “desarmado em meio à guerra”, em se intimidar com as situações da vida, ao
ponto de se paralisar, sem recursos psíquicos para desenvolver estratégias de
enfrentamento. Isso tudo leva o indivíduo ao adoecimento psíquico ou físico.
O autoconhecimento pode nos propor estratégias para suportar as situações que
nos exigem muito psiquicamente. Cuide da sua saúde mental, assuma a
responsabilidade sobre esse aspecto e tenha mais qualidade de vida.

Tribuna Vicentina | 66
Intervalo alegre

Intervalo alegre
Ufa! Após tantos textos sérios, que tal uma pausa para umas boas risadas? Prontos?
Então vamos lá!

O que o Batman falou para o Homem Invisível?


R: Há quanto tempo não te vejo!

O que o vulcão faz com a louça que a gente joga dentro dele?
R: Lava.

As comidas estavam brincando de esconde-esconde. O que o escondidinho falou


quando acharam ele?
R: Assou!

Por que as estrelas não fazem “miau”?


R: Porque Astro no mia.

Qual é o nome do cachorro do vampiro?


R: Cão de Drácula (Conde drácula, entenderam? HAHA)

Qual o problema que o decorador disse que tinha ao médico?


R: Problema De Coração (Decoração, sacaram?)

Quem é mais velho: a Lua ou o Sol?


R: A Lua, porque pode sair à noite.

O que a calculadora disse para o contador?


R: Pode contar comigo!

Uma pessoa estava com bafo e passa


a usar enxaguante bucal para melhorar. Qual o
nome do filme?
R: Mudança de hálito.

Tribuna Vicentina | 67
Tribuna Vicentina
Conselho Metropolitano de Maceió

Setembro de 2022
Nº 215

Vicentinos de Maceió

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Vicentinos de Maceió

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