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Relatório Floristico G.B.N. Etapa 06

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1.

IDENTIFICAÇÃO
1.1. Dados do Empreendedor:

Nome da Pessoa Jurídica: GBN Loteamento Alta Floresta VI SPE Ltda


Atividade: Loteamento de Imóveis Próprios
CNPJ-MF: 30.682.442/0001-26
Endereço: Rodovia MT 208, Km 136, Comunidade Novo Horizonte. CEP: 78.580-000
Cidade: Alta Floresta – MT
Fone: 66 99698-0090
Email: aszteixeira@gmail.com

1.2. Dados do Profissional Responsável:

Contratado: Wagner Rocha do Nascimento


Formação: Engenheiro Agrônomo
E-mail: wagneragronomo@hotmail.com
CPF/MF: 005.801.791-76
Registro no Conselho Regional: 1207088714 - CREA/MT
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART: 1220210037419

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2. INTRODUÇÃO

A análise de vegetação é de grande importância para o conhecimento de causas


e efeitos ecológicos em uma determinada área já que a vegetação, de acordo com
Matteucci e Colma (1982) é o resultado da ação dos fatores ambientais sobre o
conjunto interatuante das espécies que coabitam uma determinada área, refletindo o
clima, as propriedades do solo, a disponibilidade de água, os fatores bióticos e os
fatores antrópicos. Tainton et al. (1996) comentam que, dependendo das inter-
relações entre os seus componentes, um ecossistema pode estar em desequilíbrio,
quando as variáveis abióticas, principalmente a distribuição e a intensidade das
chuvas pode anular a dinâmica da vegetação em determinada época do ano. Assim,
a diversidade e a heterogeneidade fazem parte integrante do sistema em não
equilíbrio típico das regiões áridas e semiáridas. As variáveis abióticas (distribuição
de chuvas, solo, relevo, radiação) têm influencia na dinâmica da vegetação e
consequentemente também na população de herbívoros.
Conforme Sampaio et al. (1996), nenhum parâmetro fitossociológico isolado
fornece uma ideia ecológica clara da comunidade ou das populações vegetais. Em
conjunto, podem caracterizar formações e suas subdivisões e ainda suprir
informações sobre estágios de desenvolvimento da comunidade e das populações,
distribuição de recursos ambientais entre populações, possibilidades de utilização dos
recursos vegetais, etc.
Os inventários florestais são instrumentos básicos utilizados para se avaliar
estatisticamente as reais potencialidades e capacidades produtivas dos recursos
florestais de determinada área.
Os inventários florestais são importantes ferramentas utilizadas no diagnóstico
do potencial produtivo ou protetivo de florestas. É através dos resultados dos
inventários florestais que se apoiam decisões importantes acerca da viabilidade de
investimentos em alguns empreendimentos.
O presente estudo tem como objetivo apresentar o laudo de caracterização de
vegetação existente no empreendimento, a fim de verificar a viabilidade de
implantação do mesmo.
A propriedade está localizada no município de Alta Floresta, extremo norte do
Mato Grosso.

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2.1. Objetivo
O principal objetivo é a implantação de um loteamento para a posterior
construção de moradias, seguindo o Plano Diretor do Município. O LOTEAMENTO
GRUPO BRASIL NORTE corresponde a um projeto urbanístico residencial e
comercial, que busca ser socialmente responsável, tecnicamente bem sucedido,
economicamente viável e ambientalmente sustentável. E ainda instalar a
infraestrutura urbana do loteamento e colocar os lotes a venda, prevendo-se que as
residências e comércios edificados nos lotes serão implantados pelos respectivos
proprietários, em conformidade com a legislação urbanística da Prefeitura Municipal.

2.2. Justificativa
A importância conferida às atividades do setor industrial nesta região vem
proporcionando grande crescimento e investimento em infraestrutura na região. Nesse
caso o Loteamento do Grupo Brasil Norte – GBN VI vem atender a demanda do
mercado imobiliário que hoje se faz presente. Por fim, destaca-se a compatibilização
plena do empreendimento com as posturas de uso e ocupação do solo expressas no
Plano Diretor vigente, observando ainda que, pelas condições locais, não haverá
conflitos de usos como perdas de produção e empregos agrícolas, nem
comprometimento de áreas protegidas, dentro do cenário de substituição para um
novo uso de caráter urbano numa área com clara vocação para esse tipo de ocupação
do solo.
O empreendimento encontra-se proposto para ser implantado em área
estratégica sob os pontos de vista locacional, econômico, social e ambiental.

2.3. Metodologia
O Laudo é fundamentado na caracterização física e biotica da área, atraves da
coleta de informações in loco e relatório fotográfico evidenciando a vegetação
presente.
È importante ressaltar que as constatações descritas no presente laudo de
Caracterização Vegetal, esta bem sucinto pois as especies encontradas na area, e
considerada como daninha ou praga, para a nossa regiao, onde a economia se
concentra uma grande parte como pecuria e agricultura. Vale ressaltar que para
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realização deste Laudo foram necessárias idas ao local e pelo método de
caminhamento coletaram-se os dados quali-quantitativos referentes às espécies
vegetais existentes na área onde será implantado o empreendimento.

2.4. Descrição da área do Empreendimento


Caracterizado como area rural do município de Alta Floresta, nortão do Mato
Grosso a área está situada na MT 208,. A área é bem localizada e está em fase de
implantação de infraestrutura como pavimentação, energia pública e rede de água.
De uma forma geral, a área do empreendimento apresenta uma leve declividade,
sendo a cota minima de 18 e máxima de 38 na divisa norte. Atualmente a área não
vem sendo aproveitada para nenhuma atividade, mas já foi área de grande atividade
voltada a pecuária no passado. Hoje ela vem sendo preparada para a instalação do
empreendimento, existe um Laticinio proximo ao local do empreendimento.

2.5. Localização
A área de estudo, denominada como GBN LOTEAMENTO ALTA FLORESTA IV,
localiza-se no município de Alta Floresta - MT, na Rodovia MT 208 km 136,
comunidade Novo Horizonte.
No interior da area, existem pequenos acessos. Neste local serão construídas a
Ruas, Avenidas, rotatorias e toda a infraestrutura do loteamento.

2.6. Caracterização Biofísica


2.6.1. Hidrografia
A Área da propriedade sob o ponto de vista hidrológico está inserida na bacia
Hidrográfica Amazônica. A propriedade possui córregos e nascentes d’água, sendo o
córrego perene com largura inferior a 10 metros.

2.6.2. Relevo
O relevo do município pode ser dividido em unidades geomorfológicas;
depressão, Inter planáltica da Amazônia Meridional, planaltos dos Apiacás-Sucunrudi,
planalto Dissecado da Amazônia e planaltos Residuais do Norte de Mato Grosso.
Conforme observação em campo constata-se que o relevo da propriedade é
classificado como plano à levemente ondulado conforme se aproxima da área de
preservação permanente.

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2.6.3. Clima
O município de Alta Floresta está em 288m acima do nível do mar. O clima em
Alta Floresta é tropical. Há muito mais pluviosidade no verão que no inverno. A
classificação do clima é Aw de acordo com a Köppen e Geiger.

Fonte: weatherspark.com

2.6.3.1. Temperatura
A estação quente permanece por 1,7 mês, de 24 de julho a 14 de setembro,
com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O dia mais quente do ano é 16
de agosto, cuja temperatura máxima média é de 34 °C e a mínima média é de 20 °C.
A estação fresca permanece por 4,1 meses, de 30 de novembro a 3 de abril,
com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O dia mais frio do ano
é 18 de julho, com média de 19 °C para a temperatura mínima e 33 °C para a máxima.

Fonte: weatherspark.com

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2.6.3.2. Precipitação
É considerado dia com precipitação aquele com precipitação mínima líquida ou
equivalente a líquida de 1 milímetro. A probabilidade de dias com precipitação em Alta
Floresta varia acentuadamente ao longo do ano.
A estação de maior precipitação dura 7,2 meses, de 22 de setembro a 29 de
abril, com probabilidade acima de 45% de que um determinado dia tenha precipitação.
A probabilidade máxima de um dia com precipitação é de 86% em 18 de fevereiro.
A estação seca dura 4,8 meses, de 29 de abril a 22 de setembro. A
probabilidade mínima de um dia com precipitação é de 3% em 14 de julho.
Dentre os dias com precipitação, distinguimos entre os que apresentam
somente chuva, somente neve ou uma mistura de ambas. Com base nessa
classificação, a forma de precipitação mais comum ao longo do ano é de chuva
somente, com probabilidade máxima de 86% em 18 de fevereiro.

Fonte: weatherspark.com

2.6.3.3. Chuva
Para demonstrar a variação entre os meses e não apenas os totais mensais,
mostramos a precipitação de chuva acumulada durante um período contínuo de 31
dias ao redor de cada dia do ano. Alta Floresta tem variação sazonal extrema na
precipitação mensal de chuva.

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O período chuvoso do ano dura 10 meses, de 5 de agosto a 14 de junho, com
precipitação de chuva de 31 dias contínuos mínima de 13 milímetros. O máximo de
chuva ocorre durante os 31 dias ao redor de 13 de fevereiro, com acumulação total
média de 321 milímetros.
O período sem chuva do ano dura 1,7 mês, de 14 de junho a 5 de agosto. O
mínimo de chuva ocorre por volta de 5 de julho, com acumulação total média de 6
milímetros.

Fonte: weatherspark.com

2.6.3.4. Sol
A duração do dia em Alta Floresta não varia significativamente durante o ano,
cerca de 42 minutos a mais ou a menos de 12 horas no ano inteiro. Em 2021, o dia
mais curto é 20 de junho, com 11 horas e 33 minutos de luz solar. O dia mais longo é
21 de dezembro, com 12 horas e 42 minutos de luz solar.

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Fonte: weatherspark.com

O dia em que o sol nasce mais cedo é 17 de novembro, às 05:11. O nascer do


sol mais tarde ocorre 51 minutos depois, às 06:02 em 12 de julho. O dia em que o sol
se põe mais cedo é 28 de maio, às 17:29. O dia em que o sol se põe mais tarde ocorre
44 minutos depois, às 18:13 em 26 de janeiro.
O horário de verão não é implementado em Alta Floresta durante 2021.

2.6.3.5. Lua
A figura abaixo é uma representação compacta de dados lunares importantes
para 2021. O eixo horizontal indica o dia e o eixo vertical indica a hora do dia. As áreas
coloridas indicam quando a Lua está acima do horizonte. As barras verticais cinza
(Luas novas) e as barras azuis (Luas cheias) indicam as principais fases da Lua.

Fonte: weatherspark.com

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2.6.3.6. Umidade
Baseamos o nível de conforto de umidade no ponto de orvalho, pois ele
determina se a transpiração vai evaporar da pele e, consequentemente, esfriar o
corpo. Pontos de orvalho mais baixos provocam uma sensação de mais secura.
Pontos de orvalho mais altos provocam uma sensação de maior umidade. Diferente
da temperatura, que em geral varia significativamente do dia para a noite, o ponto de
orvalho tende a mudar mais lentamente. Assim, enquanto a temperatura pode cair à
noite, um dia abafado normalmente é seguido por uma noite abafada.
Alta Floresta tem variação sazonal extrema na sensação de umidade.
O período mais abafado do ano dura 11 meses, de 23 de agosto a 8 de julho,
no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou extremamente úmido pelo menos
em 48% do tempo. O dia mais abafado do ano é 8 de fevereiro, com condições
abafadas durante 100% do tempo.
O dia menos abafado do ano é 4 de agosto, com condições abafadas
durante 31% do tempo.

Fonte: weatherspark.com

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2.6.3.7. Ventos
Esta seção discute o vetor médio horário de vento (velocidade e direção) em
área ampla a 10 metros acima do solo. A sensação de vento em um determinado local
é altamente dependente da topografia local e de outros fatores. A velocidade e a
direção do vento em um instante variam muito mais do que as médias horárias.
A velocidade horária média do vento em Alta Floresta não varia
significativamente ao longo do ano, permanecendo mais e menos 0,7 quilômetro por
hora de 3,0 quilômetros por hora durante o ano.

Fonte: weatherspark.com

A direção média horária predominante do vento em Alta Floresta varia durante


o ano.
O vento mais frequente vem do norte durante 2,1 semanas, de 5 de janeiro a
20 de janeiro, com porcentagem máxima de 38% em 11 de janeiro. O vento mais
frequente vem do leste durante 12 meses, de 20 de janeiro a 5 de janeiro, com
porcentagem máxima de 40% em 1 de janeiro.

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3. Caracterização de Tipologia Florestal
A cobertura vegetal predominante da região onde a propriedade está inserida
é caracterizada por vegetação do tipo Floresta Ombrófila Aberta.
Com relevo dissecado (IBGE – As / RADAM BRASIL - Fdu), apresentando
presença de Palmeiras (IBGE – Asp / RADAM BRASIL – Asp). Possui diferentes
aspectos fisionômicos e litólicos, estrutura de médio porte (10 a 20 metros), tendo uma
densidade de indivíduos por hectare mais baixa que das outras formações de floresta;
sendo bem diferenciada, pois possui dossel interrompido por espaço que ressaltam
fisionomias típicas (fasciações florísticas).
Tais características florestais são mantidas e observadas nas áreas de Reserva
Legal e de Preservação Permanente preservadas.

3.1. Topografia
Para fins deste relatório, as coordenadas geográficas de Alta Floresta são:
latitude -9,876°, longitude -56,086° e 292 m de altitude.
A topografia dentro do perímetro de 3 quilômetros de Alta Floresta contém
apenas variações pequenas de altitude, com mudança máxima de 60 metros e altitude
média acima do nível do mar igual a 277 metros. Dentro do perímetro de 16
quilômetros, também há apenas variações pequenas de altitude (148 metros). Dentro
do perímetro de 80 quilômetros, há apenas variações pequenas de altitude (336
metros).
A área dentro do perímetro de 3 quilômetros de Alta Floresta é coberta por
arbustos (42%), árvores (31%), terra fértil (18%) e pasto (10%); dentro do perímetro
de 16 quilômetros, por árvores (47%) e terra fértil (25%). Finalmente, dentro do
perímetro de 80 quilômetros, por árvores (74%) e terra fértil (13%).

3.2. Caracterização do Solo


O solo predominante é o grupo de Podzólico (Amarelo e Vermelho-Amarelo), e
em pequenos percentuais, Latossolos e Hidromórficos. De modo geral são solos de
baixa fertilidade de macro e micro nutrientes, com baixo teor de fósforo e médio teores
de potássio, cálcio magnésio e matéria orgânica.

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3.3. Vegetação
O quadro florístico no município de Alta Floresta, fundamentalmente é
constituído por Floresta Ombrófila, Floresta Estacional e Savana em extinção.

3.3.1. Caracterização Da Vegetação Local


A área onde se insere o empreendimento e entorno já sofreram interferências
antrópicas, principalmente relacionadas as atividades agropecuárias. A área do
loteamento está rodeada por propriedades rurais, não se encontra antropizada com a
presença de residências, restando apenas indivíduos arbóreos e herbáceos isolados
ou em pequenos conjuntos, não apresenta plantas ornamentais e medicinais no
interior desta área.
O tipo de formação vegetal existente na área é considerada juquira adensada
com pastagem, na qual constam diversos exemplares rebrotados, com arbustos
pequenos de espécies nativas ocupando a área. Sendo que, a maior parte da área
apresenta-se com cobertura vegetal de graminias.
Não foram encontradas espécies imunes ao corte pelo Código Florestal (Lei nº
9519/92), nem ameaçadas de extinção, conforme Lista Brasileira do IBAMA.

3.3.2. Do Levantamento Da Fauna


A manutenção da fauna e flora é uma das principais preocupações do
empreendedor. Embora em pouco número, é sempre possível observar alguma
espécie animal pelas redondezas da área. Ressalta-se que essa Área não apresenta
habitats de fauna silvestre crítico, apenas é utilizada pelos animais, principalmente as
aves, como poleiros (step Stones) ou como rota de migração para outras áreas do
município.
Como exemplo, podemos citar a presença na área de animais invertebrados
como aracnídeos (aranhas e escorpiões) e diversos insetos (borboletas,
marimbondos, formigas, grilos, cigarras, etc), aves como pombas rolinhas, tico-tico,
chupins.

3.3.3. Enquadramento fitogeográfico


O município de Alta Floresta, está inserido nas unidades geomorfológicas
Mesorregião 127, Microrregião 519 – Alta Floresta. Norte mato-grossense.
O local onde está situado o terreno, pertence à região Amazonica, que é

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denominada como de contato entre as formações da Floresta Estacional
Semidecidual e floresta Ombrófila Densa (Teixeira et. al., 1986).

3.4. Classificação da vegetação


A vegetação encontrada na área de estudo seguiu a classificação proposta pela
literatura oficial brasileira, segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE
1992), bem como a literatura regional, principalmente os trabalhos de Reitz (1961),
Klein (1979, 1984), e de maneira comparativa (KLEIN, 1983, 1984). De forma
complementar são utilizados os trabalhos de Bresolin (1979) e Falkenberg (1999).

3.4.1. Classificação da vegetação segundo Manual Técnico da Vegetação


Brasileira
O bioma é composto por diversas formações vegetais, e inúmeras classificações
foram propostas ao longo da evolução do conhecimento científico da vegetação
brasileira. A classificação das formações vegetais, em geral, leva em conta a estrutura
das comunidades, os fatores que influenciam a dinâmica da vegetação e sua condição
fitogeográfica. Nesse sentido, o Brasil possui uma classificação oficial de sua
vegetação natural, representada pelo Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE,
1992). Essa classificação tem como objetivo, nivelar a definição de nossos domínios
fitogeográficos de maneira universal, utilizando termos os quais sejam traduzíveis em
qualquer parte do mundo, sintetizando e facilitando as comparações de nossa
vegetação em nível mundial. A partir desse estudo, pode-se classificar a vegetação
do Loteamento em questão como pertencente ao domínio da Floresta Ombrófila
Densa e das Áreas de formações pioneiras.

3.5. Inventário florístico


O levantamento florístico tem como objetivo identificar a totalidade das espécies
ocorrentes na área de estudo, apresentando de maneira precisa a riqueza florística
no local do empreendimento. O método utilizado é o do caminhamento (Filgueiras et.
al 1994), que consiste em percorrer toda a área de estudo identificando e coletando
as espécies encontradas. A partir do levantamento de campo é elaborada uma lista
de espécies, da qual diversos outros produtos podem ser criados.
As espécies estão sendo determinadas através de guias de identificação
(LORENZI, diversas obras), Irgang & Backes (2001, 2004, 2005), da Flora Ilustrada

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Catarinense (FIC) (REITZ org., diversos volumes), Flora ilustrada de São Paulo
(WANDERLEY org.), além de diversos trabalhos de taxonomia, como teses de
mestrado e doutorado e publicações em periódicos científicos.
As espécies são herborizadas seguindo os métodos designados no Manual
Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE, 1992).
A partir da determinação das espécies, foi elaborada uma listagem preliminar
dos táxons encontrados organizadas por família, seguindo o sistema de classificação
proposto por APG II (Angiosperm Phylogeny Group).
O levantamento florístico apontou até o momento a ocorrência de espécies
pertencentes a famílias botânicas. As famílias com o maior número de espécies foram
Fabaceae, Asteraceae, Poaceae, Myrtaceae, Bromeliaceae, Euphorbiaceae e
Sapindaceae.
As espécies consideradas importantes para a conservação são aquelas
designadas como raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção. As informações em
que se baseiam essa análise são tanto provenientes da literatura local (FIC) quanto
da legislação ambiental vigente (IBAMA, 2008).

3.6. Descrição das Espécies Encontradas


Através das vistorias executadas no local foram constatados apenas plantas
caracterizadas como plantas invasoras ou seja plantas que nascem sem serem
cultivadas e nascem nos mais diferentes locais. Estas plantas são chamadas também
de inço ou mato e muitas delas são consideradas invasoras ou daninhas, algumas
delas apresentam pequenas flores de uma beleza singela.
Abaixo citação de algumas espécies de plantas existentes no Loteamento. Pelas
figuras possível visualizar o aspecto da vegetação da área.

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Fonte Própria: Planta - Camarão-amarelo - Patchystachys lutea Ness

Na figura acima temos o Camarão-amarelo é uma planta perene (vive mais de


um ano), muito atrativa para beija-flores. Em países de clima temperado a planta é
comumente usada na decoração de interiores, plantada em vasos. Mas no Brasil é
mais utilizada nos jardins.
Sua inflorescência amarela é muito chamativa, e suas folhas também possuem
um bom valor ornamental. O camarão-amarelo é cultivado em vasos, em grupos, ou
em renques acompanhando muros, muretas e paredes, a meia-sombra ou em
pleno-sol.
Prefere temperaturas mais altas, não suportando bem temperaturas baixas
demais. Umidade do ar alta também é apreciada (acima de 60%).
Como cultivar, o camarão-amarelo cresce melhor se plantada ao sol pleno ou
à meia-sombra, podendo também ser plantada em vasos. É recomendada a
realização de regas regulares, mantendo sempre o solo úmido, mas não
encharcado. A poda e a adubação anual com matéria orgânica melhoram seu
florescimento. Para manter a planta compacta, pode as pontas antes do
florescimento.
Como reproduzir, multiplica-se facilmente por estacas, principalmente se
cortadas no final do florescimento e enraizadas em local protegido com altas
temperaturas e umidade.
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As outras espécies encontradas no local foram as citadas na tabela abaixo:

Tabela 01
Nome Científico Nome Popular Estado Fitossanitário
Sida rhombifolia Guanxuma Ruim
Paspalum spp. Capim navalha Ruim
Solanum Crinitum Jurubebão Ruim
Capim pé de galinha Ruim
Eleusina Indica
Sedum morganianum Rabo de burro Ruim
Malva sylvestris Malva ou marva Medio

Como o Loteamento encontra se em fase de implantação, nele encontra se muitas


plantas de origem espontâneas, conforme as citadas a seguir.

Tabela 02
Nome Cientifico: Erva decumbente, forrageira perene e de crescimento
Chamaecrista rotundifolia
rápido. Caule sublenhoso, semiereto, coberto de
pequenos pelos. Pequenas flores axilares e isoladas.
Nome Popular: Pasto-
rasteiro Pétalas amarelas. Folhas características com 2 folíolos

Familia: Fabaceae arredondados. Reproduz-se por sementes.


Considerada como erva daninha, serve como
alimentação para o gado e como adubo verde

Tabela 03
Nome Cientifico: Hedyotis Oldenlandia corymbosa var. uniflora. Erva anual, ereta,
diffusa
ramificada e delgada. Folhas opostas sob pecíolos
curtos. Flor muito pequenina, tetrâmera e solitária no
Nome Popular: Tapete-
verde nó. Pedúnculo longo e delgado. Pétalas brancas. O
fruto é uma cápsula subesférica com um bico. Planta
Familia: Rubiaceae delicada, forma um fino tapete vede sobre o solo. Muito
usada na medicina chinesa.

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Tabela 04
Nome Cientifico: Croton Planta herbácea, ereta e ramificada. 15 – 40cm de
lundianus
altura. Nativa da América do Sul. Inflorescência 1,7–4
Nome Popular: Gervão- cm compr., solitária, racemiforme, com espaço estéril
miúdo
entre as címulas de flores estaminadas e de flores
Familia: Euphorbiaceae
pistiladas, exibindo a porção mediana da raque sem
flores. Folhas alternas, às vezes opostas ou verticiladas
no ápice dos ramos. Margem serreado-glandular.
Planta daninha de frequência mediana, tolera longos
períodos de estiagem.

Tabela 05
Nome Cientifico: Planta daninha perene, subarbustiva, ereta, muito
Triumfetta semitriloba
ramificada, que apresenta nectários florais e
extraflorais, sendo os últimos visitados por formigas
Nome Popular: Carrapicho
que protegem a planta do ataque de insetos. Caule
denso-pubescente. Folhas com margem
Familia: Malvaceae irregularmenteserrilhada, nervos basais com nervuras
laterais adicionais acima; estípulas geralmente
persistentes. Inflorescências cimosas.Frutos
capsulares loculicidas, cobertos por espinhos ou
cerdas

Tabela 06
Nome Cientifico: Planta perene, subarbustiva, ereta, fibrosa, bastante
Triumfetta rhomboidea
ramificada,de caule marrom-avermelhado e
Nome Popular: pubescente, de 80-120 cm de altura. Nativa da América
Carrapicheiro
Tropical. Flores amarelas com pétalas mais curtas que
as sépalas, 15 estames e estigma bífido. Propaga-se
Familia: Malvaceae apenas por sementes. Planta daninha
medianamentefrequente. Prefere solos argilosos e
férteis.

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Tabela 07
Nome Cientifico: Herbácea prostrada. Folhas verdes com manchas
Chamaesyce hirta
levemente avermelhadas, opostas, ovaladas, margem
serreada, distribuídas ao longo do caule cilíndrico e
Nome Popular: Erva-
andorinha piloso. Inflorescência composta por minúsculas flores

Familia: Euphorbiaceae reunidas em glomérulo

Tabela 08
Nome Cientifico: Herbácea densamente ramificada, prostrada. Caules e
Chamaesyce prostrata
folhas verdes ou avermelhados. Folhas opostas,
ovaladas, com menos de 1 cm. Flores e frutos
Nome Popular: Quebra-
pedra-rasteira diminutos. Planta invasora, frequente em fendas de

Familia: Euphorbiaceae calçadas e ruas

Tabela 09
Nome Cientifico: Conyza herbácea infestante, ereta e sem ramificações. Atinge
canadensis
1,5m de altura. Folhas estreitas, com margens
finamente denticuladas. Inflorescência em capítulos
Nome Popular: Voadeira
numerosos reunidos em ampla panícula terminal.

Familia: Asteraceae Flores pequeninas, brancas ou rosadas, com corola


delgada tubuloso filiforme. Frutos cipselas achatadas
com papilho branco--acastanhado

Tabela 10
Nome Cientifico: Herbácea prostrada. Folhas verdes com manchas
Chamaesyce hirta
levemente avermelhadas, opostas, ovaladas,margem
Nome Popular: Erva- serreada, distribuídas ao longo do caule cilíndrico e
andorinha
piloso. Inflorescência composta por minúsculas flores
Familia: Euphorbiaceae
reunidas em glomérulo.

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Tabela 11
Nome Cientifico: Acalypha Erva anual, pubescente. Folhas longo-ovadas,
poiretti
membranáceas, grosseiramente crenado-serreadas.
Nome Popular: Chorão Inflorescências terminais e axilares. Brácteas femininas
Familia: Euphorbiaceae unifloras. Planta ruderal, invasora que se desenvolve
em locais de intensa a moderada radiação solar.

Tabela 12
Nome Cientifico: Erva geralmente perene com caules rastejantes, pode
Acanthospermum
australe formar densas touceiras. Folhas opostas suportadas
por caules curtos; margens abruptamente denteadas e
Nome Popular: Cordão-de- pontiagudas. Inflorescências com poucos capítulos
sapo
branco--amarelados, discretos. As inflorescências são
Familia: Asteraceae rodeadas por duas fileiras de 5 brácteas verdes. Cada
capítulo possui dois tipos diferentes de flores, as flores
externas são pistiladas, enquanto as internas são
estaminadas e de coloração esbranquiçada. Os frutos
são estriados, de formato oval ou fusiforme e recoberto
por espinhos com ganchos.

Tabela 13
Nome Cientifico: Sida Herbácea perene e invasora de áreas utilizadas para a
planicaulis
agricultura. Fornece néctar e pólen para abelhas-
europeias. Apresenta caule com base lenhosa, ramos
Nome Popular: Tupixá
curtos e flexíveis. Folhas simples, curto-pecioladas,

Familia: Asteraceae alternadas dísticas. Limbo lanceolado ou ovalado, com


as margens regularmente serreadas. Inflorescência
axilar constituída por fascículos de 1 a 5 flores, ou
apenas flores isoladas. Corola com 5 pétalas livres de
coloração amarelada e base pouco mais escura.

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Tabela 14
Nome Cientifico: Herbácea anual. Caule ereto, cilíndrico, verde, carnoso.
Gamochaeta sp
Folhas alternadas helicoidais, desprovidas de pecíolos.
Limbo longo-lanceolado estreitando-se em direção à
Nome Popular: Meloso
base, margens inteiras ou muito levemente onduladas.

Familia: Asteraceae Inflorescência do tipo capítulo localizado nas axilas das


folhas. Flores com coloração branco-amarelada. Fruto
do tipo aquênio.

Observa-se que a maioria das espécies são do tipo herbácea e estas plantas
nascem e se desenvolvem sem que necessite de nenhum tipo de cuidados, quando
não exterminadas a tendencia é só aumentar e elas podem interferir de forma negativa
no loteamento, sua vegetação possui características peculiares e elas tem um
crescimento rápido e com excelente adaptação e ainda um longo tempo de vida.

3.7. Manejo Da Vegetação


De forma a permitir as obras de terraplenagem da área onde será o loteamento,
será necessária a remoção de toda vegetação.
Não há no local vegetação de espécie proibida de corte nem frutifera.

3.8. Medidas compensatórias


Sugere-se que as medidas compensatórias sejam criadas no entorno do
loteamento empreendido.

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4. CONCLUSÕES
A formação vegetal existente na área são algumas espécies de plantas que
nascem e se reproduzem espontaneamente e não são cultivadas pelo homem,
chamadas, então, de plantas invasoras ou daninhas. Estas se encontram nos locais
sem edificações, principalmente em terrenos baldios e beira de ruas e algumas
espécies arbóreas nativas e exóticas das quais serão feitas reposição em local ainda
não definido.
Não foram observadas espécies vegetais imunes ao corte pelo Código Florestal
em risco de extinção pela lista do IBAMA
A área se encontra no Amazonica, não sendo, portanto, incidente na área de
aplicação da Lei nº 11.428/06.
As medidas compensatórias deverão priorizar a recomposição da vegetação
nativa nas áreas verdes do entorno do empreendimento.
Concluindo, trata se de um relatório floristivo conforme solicitação no Oficio
15/2021/Licenciamento Ambiental, Processo nº 149/2020.
Vale ressaltar que todas as medidas cabiveis para a manutenção ambiental vem
sendo cumpridas pelo Grupo responsável pelo empreendimento. Destaca se que no
Loteamento ainda é possivel a execução de plantios em áreas ainda sem vegetação.
Assim, consideram-se sendo cumpridas até o momento quaisquer exigencias á
manutenção do Loteamento, salientando apenas que há espaço para plantio de
jardinagem, enriquecendo assim o meio ambiente do Loteamento.

Wagner Assinado de forma


digital por Wagner
Rocha do Rocha do Nascimento
Dados: 2021.11.10
Nascimento 10:13:52 -03'00'
______________________________________
Wagner Rocha do Nascimento
Eng. Agrônomo CREA- MT 1207088714
ART 1220210037419

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