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Livro Texto - Unidade III
Livro Texto - Unidade III
Livro Texto - Unidade III
Unidade III
7 VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes é definida como atos ou omissões praticados
por pais, parentes ou responsáveis, podendo provocar dor ou dano de natureza física, psicológica e/ou
sexual na vítima.
A violência doméstica distingue‑se da violência intrafamiliar por incluir indivíduos que não pertencem
à família, mas que convivem no espaço doméstico. Incluem‑se aí empregados(as), pessoas que convivem
esporadicamente, agregados.
Observação
Estudos realizados em vários países demonstram que em um dentre cada quatro casais há a
ocorrência de violência de maridos e companheiros contra suas esposas. A violência nas relações de
casal é tão significativa que assume caráter endêmico.
A violência contra as crianças e adolescentes é bastante subnotificada. Estima‑se que 80% dos casos
de violências contra crianças e adolescentes sejam realizadas dentro de casa.
105
Unidade III
No que diz respeito aos idosos, as vítimas são, geralmente, mulheres viúvas, de idade avançada, com
problemas físicos ou cognitivos e que moram em companhia de familiares. A Promotoria de Atendimento
ao Idoso de São Paulo, serviço pioneiro no país, recebe queixas de maus‑tratos contra idosos cometidas
por instituições ou por familiares, e 40% das denúncias dizem respeito à violência doméstica.
No Brasil, não existem dados oficiais sobre a magnitude do problema da violência intrafamiliar com
pessoas portadoras de deficiência. Os casos de agressão registrados são identificados por vizinhos e por
instituições que atendem pessoas com algum tipo de deficiência. As vítimas geralmente são crianças e
adolescentes com deficiência mental e/ou com distúrbios de comportamento que moram com seus pais,
familiares ou estão institucionalizadas.
Geralmente, os casos de violência em nosso país são registrados como situações policiais. No entanto,
não podemos ignorar a violência psicológica. Ela é difícil de ser percebida e diagnosticada, tanto no nível
institucional quanto pelo agressor ou pela própria vítima.
A prevalência significativa da violência intrafamiliar constitui sério problema de saúde, bem como
indicador e motivador de atraso no desenvolvimento social e econômico, além de uma violação aos
direitos humanos. Além disso, os serviços de saúde têm dificuldades para diagnosticar e registrar os
casos de violência intrafamiliar.
106
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
São diversos os tipos possíveis de violência. Elas serão caracterizadas conforme as diretrizes do
Ministério da Saúde.
A violência física ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder comparada à outra,
causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma
que ou não pode provocar lesões externas, internas ou ambas. Atualmente, castigo repetido, não severo,
também é considerado violência física. Suas manifestações são:
• tapas;
• empurrões;
• socos;
• mordidas;
• chutes;
• queimaduras;
• cortes;
• estrangulamento;
• amarrar;
• arrastar;
• arrancar a roupa;
A violência sexual é toda a ação na qual uma pessoa em relação de poder e por meio de força
física, coerção ou intimidação psicológica, obriga uma outra ao ato sexual contra a sua vontade, ou que
a exponha a interações sexuais que propiciem sua vitimização. Podem ser:
107
Unidade III
• ser forçado a ter ou presenciar relações sexuais com outras pessoas, além do casal.
O abuso sexual envolvendo pais ou outro parente próximo, os quais se encontram em uma posição
de maior poder em relação à vítima, é chamado de abuso incestuoso.
Temos ainda o sexo forçado no casamento, quando há a imposição para manter relações sexuais.
Muitas mulheres são obrigadas a ter relações sexuais com os parceiros pela postura de crenças e valores
de submissão ainda mantidos em algumas famílias.
Ainda temos o assédio sexual, caracterizado por atitudes de conotação sexual em que haja
constrangimento de uma das partes, por meio do uso do poder de um superior na hierarquia, reduzindo
a capacidade de resistência do outro.
• portas fechadas;
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ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
• sussurros;
• olhares maliciosos;
• ameaças veladas.
Observação
A violência psicológica, tão grave quanto a física, pode ser considerada toda ação ou omissão que
causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui:
• insultos constantes;
• humilhação;
• desvalorização;
• chantagem;
• ridicularização;
• rechaço;
• manipulação afetiva;
• exploração;
• negligência (atos de omissão a cuidados e proteção contra agravos evitáveis, como situações de
perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros);
• ameaças;
• confinamento doméstico;
• omissão de carinho;
Temos ainda a violência econômica ou financeira, caracterizada por atos destrutivos ou omissões
do agressor que afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família. Inclui:
• roubo;
• recusa de pagar a pensão alimentícia ou de participar nos gastos básicos para a sobrevivência do
núcleo familiar;
• uso dos recursos econômicos de pessoa idosa, tutelada ou incapaz, destituindo‑a de gerir seus
próprios recursos e deixando‑a sem provimentos e cuidados.
A violência institucional é aquela exercida nos/pelos próprios serviços públicos, por ação ou
omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso até a má qualidade dos serviços.
Ela pode ser identificada de várias formas:
• maus‑tratos dos profissionais para com os usuários, motivados por discriminação, abrangendo
questões de raça, idade, orientação sexual, gênero, deficiência física, doença mental;
• violência física (por exemplo, negar acesso à anestesia como forma de punição, uso de medicamentos
para adequar o paciente às necessidades do serviço ou do profissional, entre outros);
110
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
• críticas ou agressões dirigidas a quem grita ou expressa dor e desespero, ao invés da busca de uma
aproximação e escuta atenciosa no atendimento ou internação;
O enfermeiro deve avaliar a família e seu contexto para identificar possíveis fatores de risco para
violência. As características de tais famílias são:
• baseadas numa distribuição desigual de autoridade e poder, conforme papéis de gênero, sociais
ou sexuais, idade etc., atribuídos a seus membros;
• não há nenhuma diferenciação de papéis, levando ao apagamento de limites entre seus membros;
• estrutura de funcionamento fechada, onde não há abertura para contatos externos, levando a
padrões repetitivos de conduta;
• presença de um modelo familiar violento na história de origem das pessoas envolvidas (maus‑tratos,
abuso na infância e abandono);
111
Unidade III
Saiba mais
Identificar e encadear com a possível ocorrência de violência não é uma tarefa fácil para os
profissionais de saúde. Exige atendimento multiprofissional e interdisciplinar, sendo o enfermeiro
peça‑chave na avaliação da família e identificação da violência ou de fatores de risco.
Lembrete
Quanto mais contato e interação o profissional de enfermagem tiver com sua população, mais essa
se sentirá à vontade para denúncias ou queixas de violência. Geralmente, o profissional de saúde é um
dos primeiros a receber a queixa ou a perceber a violência.
A equipe de saúde deve oferecer orientações e suporte para que a vítima possa compreender melhor
o processo que está vivendo, analise as soluções possíveis para os seus problemas, tomando a decisão
que lhe pareça mais adequada.
A equipe e/ou a vítima não podem agir sozinhas e precisam ser orientadas quanto a isso. Devemos
nortear o suporte de serviços especializados na área da saúde, social, segurança e justiça, e no apoio da
comunidade, como associação de moradores, grupos de mulheres e religiosos.
Disponibilizar cartazes com indicação de telefones e local de acesso facilita as coisas para o usuário,
que, muitas vezes, tem receio de falar.
112
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
Avaliação e triagem
Negativo Positivo
Visita domiciliar
Abordagem
Outros
Registro
Algumas considerações éticas são essenciais para o atendimento às vítimas de violência. Uma delas
é o sigilo das informações. Para a vítima, muitas vezes, contar para alguém o ocorrido é muito difícil.
Pensando nesse contexto, precisamos criar uma relação de confiança para que o usuário confie no
profissional e o auxilie com informações que contribuirão no processo de cuidado. No caso de criança
ou adolescente, o profissional de saúde é obrigado por lei a contatar o Conselho Tutelar quando houver
suspeita ou confirmação de violência.
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Unidade III
É preciso tomar cuidado com as perguntas, pois, dependendo da forma como a pessoa enfrenta
isso, relembrar fatos delicados e íntimos pode ser mais doloroso para a vítima, além de provocar fortes
reações negativas. Também é necessário ter atenção para não julgar a paciente. O papel do enfermeiro
é tentar compreender o contexto todo. Isso já ajuda muito.
Ao sofrer a violência, cada pessoa lida de uma forma e leva um tempo para assimilar e solicitar ajuda.
O profissional de saúde precisa saber entender esse tempo e respeitá-lo.
Em suma, a violência causa um grande impacto em todos os envolvidos. É preciso que as unidades
de saúde criem espaços para oportunidades de discussão sobre essa temática, não só com a população,
mas também entre os próprios profissionais da instituição de saúde.
8 CUIDADOS PALIATIVOS
Há também uma reorganização das famílias, as quais, atualmente, são menores; e várias pessoas,
inclusive, preferem ficar sozinhas. A questão social também está sendo atingida, como, por exemplo, o
aumento do individualismo e a falta de espiritualidade. Dessa forma, uma doença grave pode significar
muito sofrimento físico, emocional e social.
Permeando todo esse contexto, os cuidados paliativos vêm com a configuração de reorganização do
cuidado, visando minimizar sofrimento do indivíduo e seus familiares e melhorar a qualidade de vida.
Essa temática ainda é pouco abordada nas instituições de ensino, e por esse motivo muitos profissionais
desconhecem a prática da paliação.
O cuidado paliativo tem ligação histórica com o termo hospice. Antigamente, hospices eram abrigos
para viajantes e pobres. Essa prática foi aderida por organizações religiosas católicas e protestantes,
e, a partir do século XIX, esses lugares passaram a ter características similares a hospitais. As Irmãs de
Caridade Irlandesas fundaram o Our Lady’s Hospice of Dying em Dublin, em 1879, e a Ordem de Irmã
Mary Aikenhead abriu o St. Joseph’s Hospice em Londres, em 1905.
114
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
Cicely Saunders, assistente social e em formação como enfermeira, conheceu um paciente judeu
chamado David Tasma, de 40 anos, que recebeu uma colostomia devido um câncer retal inoperável. Ela
fez visitas a David até sua morte e durante esse tempo eles tinham longas conversas, sendo este o ponto
de partida para Cicely do compromisso para uma nova fase do cuidar. Em 1967, Cicely fundou o St.
Christopher’s Hospice, uma estrutura que prestou assistência a doentes e auxiliou no desenvolvimento
de pesquisas, com algumas delas voltadas para o controle e redução da dor, e o uso de analgésicos
e opiáceos pelos pacientes. Com o decorrer do tempo, vários estudos foram realizados, tornando‑se
interesse mundial as suas práticas.
Em 1990, Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou seu primeiro conceito de Cuidados
Paliativos, hoje já revisado:
Indica‑se o cuidado a partir do diagnóstico, não tendo por base protocolos, mas a ética da vida do
começo ao fim.
Uma das maiores problemáticas entre os profissionais de saúde é entender que o paciente paliativo
não é um paciente terminal. O paciente paliativo é aquele que é diagnosticado com uma doença crônica
incurável, porém, ainda pode permanecer por muito tempo em tratamento e manutenção da vida até
sua terminalidade. Muitas vezes, o próprio profissional de saúde não sabe lidar com o paciente paliativo,
pois não entende suas necessidades. Hoje, ainda é uma necessidade atuar com os profissionais sobre a
assistência em pacientes em cuidados paliativos, um cuidado ativo, visando à autonomia do paciente e
da família e à busca contínua da qualidade de vida de ambos.
Atualmente, não se fala mais em impossibilidade de cura, mas sim em tratamento modificador da
doença, afastando a ideia de que não temos mais nada a fazer. Temos, sim. É preciso sair do paradigma
de que tudo é consequência da doença e não avaliar e tratar.
Perceba que a questão da espiritualidade hoje está inclusa no conceito dos cuidados paliativos. É
preciso que o profissional entenda a crença e a espiritualidade do paciente e incentive‑a como forma
de apoio.
Os cuidados paliativos não são baseados em protocolos, mas sim em princípios sugeridos pela OMS
em 2002, os quais descreveremos a seguir (CARVALHO; PARSONS, 2012):
3. Não acelerar, nem adiar a morte: cuidado paliativo não tem nenhuma
associação com eutanásia. É preciso conhecer a linha de progressão da
doença para que medidas desnecessárias sejam tomadas junto ao paciente
e família. Conhecer a fisiologia e o curso natural da doença auxiliam a tomar
a decisão do que fazer e o que não fazer.
Seguindo o cuidado do paciente em cuidados paliativos, sua avaliação é a primeira prática que deve
ser desenvolvida. Devemos levar em conta os dados sociodemográficos, incluindo: nome, idade, estado
civil, local e condição de moradia, número de filhos, o que gosta de fazer, religião, escolaridade e o que
sabe sobre sua doença.
Pesquisar e avaliar a cronologia da doença também é essencial para conhecermos a fase em que ela
está e o que já foi feito em questão de tratamento; por exemplo, quando foi diagnóstico primário, o que
foi feito, quais foram os efeitos e reações, quando precisou retornar etc.
A avaliação dos sintomas é muito importante em qualquer fase da doença. Sugere‑se a escala Esas,
que é um questionário com nove sintomas, no qual podem ser incluídas outras ocorrências, que serão
avaliadas e registradas diariamente. A cada sintoma, o paciente deverá dizer o quanto dele está sentindo
de zero a dez, sendo zero o menor e dez o maior. O paciente deverá expressar o que sente e o enfermeiro,
registrar. Os indícios avaliados nessa escala são: dor, cansaço, náusea, depressão, ansiedade, sonolência,
apetite, falta de ar, sensação do momento e outro que ele queira referir.
O exame físico deve ser conduzido pelo enfermeiro de forma a realizar a Sistematização da Assistência
de Enfermagem e, consequentemente, traçar a melhor intervenção possível para o paciente e a família.
Precisamos lembrar que o cuidado paliativo não tem o objetivo de curar, mas de minimizar e controlar
sintomas que possam impedir o indivíduo de desenvolver sua autonomia e ser ativo. Muitas vezes, com
a intensidade dos sintomas, é preciso muito mais do que conhecimento técnico para atender o paciente.
118
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
Nesse momento, o enfermeiro precisa ter a sensibilidade de dar atenção, fazer escuta, respeitar, auxiliar
no equilíbrio e dar carinho a esse paciente.
Lembrete
Quando esse indivíduo, já com uma intensidade maior dos sintomas, está no domicílio, é preciso
auxiliar a família a promover um ambiente de conforto e tranquilidade. Em geral, nessa fase final da vida, o
paciente passa por consultas ambulatoriais para avaliação e alívio de sintomas como: constipação, insônia,
náuseas, tosse, dispneia, depressão, medo de morrer, entre outros. Caso algum dos sintomas seja refratário
ao tratamento, geralmente o paciente é encaminhado ao hospital para melhor controle e atenção.
Para isso, precisamos afirmar que o enfermeiro é o profissional da saúde que presta os cuidados
diretos e contínuos 24 horas por dia com o paciente. É preciso que ele tenha algumas habilidades
importantes para atuar em unidade de cuidados paliativos, como:
Saiba mais
Podemos conceituar a ortotanásia como morte pelo processo natural. O paciente está em seu
curso natural da doença, e o médico não realiza nenhuma intervenção nesse curso. Ele não adianta e
também não retarda o processo natural da morte. Nesse caso, ele poderia prolongar artificialmente a
vida do paciente, processo chamado de distanásia.
Saiba mais
MENINA de Ouro. Dir. Clint Eastwood. EUA: Warner Bros., 2005. 132 minutos.
Um dilema sobre eutanásia e cuidados paliativos é a sedação paliativa, que é o uso de opioides ou
sedativos para tratar algum sintoma refratário ao tratamento convencional; isto é, um paciente com
dispneia que já recebeu todo o protocolo de cuidado para tal sintoma e ainda o mantém pode ser um
indivíduo com indicação de sedação paliativa, pois está em sofrimento que precisa ser minimizado. Cada
paciente deverá receber a dose para a sedação paliativa de acordo com uma avaliação individual do
médico. O objetivo é o alívio dos sintomas refratários e a promoção de conforto ao paciente. Porém, um
dos efeitos colaterais dos medicamentos utilizados para a sedação paliativa é a depressão respiratória, o
que pode levar o paciente à morte. Pensando que o objetivo da sedação paliativa é o alívio dos sintomas
e não a morte, ela não pode ser considerada eutanásia, desde que devidamente prescrita e respeitando
os critérios de alívio de sintomas e conforto.
120
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
Outro ponto de muita importância é as últimas 48 horas de vida do paciente, a fase terminal em
cuidados paliativos. Muitos profissionais não se sentem preparados para atuar com o paciente e a
família nesse momento. Podem ser diversas as reações do paciente e da família nessa fase. Pode ser que
entendam como um curso natural da vida, ou que não aceitem e tenham reações diversas em relação
ao medo da morte. Além disso, alguns sintomas podem estar mais presentes e precisam ser abordados
e amenizados da melhor maneira possível.
Os recursos terapêuticos que podem prolongar a vida de forma fútil ou obstinada devem ser evitados
(respiradores, repetição de exames, infusões de sangue etc.), pois os benefícios são menores do que na
fase anterior e não representam instrumento de melhora do quadro do paciente. Muitas famílias se
negam a aceitar a morte e obrigam as instituições e profissionais a realizarem condutas fúteis, o que
ocasiona maior sofrimento a todos os envolvidos e dependência do suporte hospitalar, como no caso do
paciente que é encaminhado para a unidade de terapia intensiva, impedindo que tenha contato com a
família na fase final de vida.
O que devemos buscar é abordar essas questões de final de vida, intervenções necessárias ou
não, entre outros temas que envolvem terminalidade, antes que esta aconteça, em que a família ou
responsável pelo paciente estejam mais calmos e com mais clareza para decidir algo após a explicação
de um profissional.
O enfermeiro deve fazer com que paciente e família sintam‑se acolhidos e tenham seus desejos
possíveis realizados, assim como pessoas significativas ao seu lado. O auxílio de uma equipe multidisciplinar,
tais como psicólogo e assistente social, podem auxiliar muito nesse momento.
Cabe ao enfermeiro identificar os desconfortos e agir de forma humana e atenciosa, pois ele se
encontra diante de uma pessoa que passa por uma das fases mais difíceis: o fim da vida. Assim, o
cuidado requer atenção, paciência, serenidade, sabedoria, carinho e amor dos profissionais envolvidos.
O conhecimento científico é essencial em toda fase dos cuidados paliativos.
121
Unidade III
Resumo
Não se deve tratar os sintomas como comuns da doença. Eles devem ser
investigados e tratados até serem considerados refratários ao tratamento.
Tal medida vai ofertar ao paciente e família maior conforto e segurança.
Exercícios
Questão 1. (Idecan 2014) “Prolongamento do estado grave do paciente sem prognóstico satisfatório
e a todo custo, causando morte prolongada e acompanhada de sofrimento, associando-se à ideia da
manutenção da vida através de processos terapêuticos desproporcionais.”
A afirmativa se refere a:
A) Tanásia.
B) Eutanásia.
C) Distanásia.
D) Mistanásia.
E) Ortotanásia.
A) Alternativa incorreta.
122
ENFERMAGEM DA FAMÍLIA
Justificativa: tanásia é um estado de tensão, quando o homem não sabe o que fazer.
B) Alternativa incorreta.
C) Alternativa correta.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: entende-se por Mistanásia a morte causada em razão da falta de cuidado ou atenção
ao enfermo, como ocorre nos casos de omissão de socorro, erro médico, negligência, imperícia etc. A
doutrina também a denomina de “eutanásia social” ou “morte miserável”.
E) Alternativa incorreta.
QUESTÃO 2. (Instituto AOCP, 2013) Sobre os cuidados paliativos, é correto afirmar que:
B) O cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo de
morte com dignidade.
C) A enfermagem tem atuação limitada e passiva, sendo pouco efetivo os cuidados prestados, sendo
necessária a abordagem por profissionais especializados.
D) Durante o processo de cuidados paliativos, o indivíduo deve permanecer sedado para evitar o
sofrimento e a dor.
E) A família deve ser afastada e não participar dessa etapa do cuidado por estar emocionalmente abalada.
Figura 1
Figura 2
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Figura 34
Figura 35
Figura 36
Figura 37
Figura 38
Figura 39
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para
prática em serviço. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. p. 28.
Figura 40
127
Figura 42
Figura 43
Figura 44
Figura 45
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para
prática em serviço. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. p. 31.
Figura 46
Figura 47
Figura 48
REFERÊNCIAS
Audiovisuais
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128
Textuais
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Exercícios
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Disponível em: <https://arquivos.qconcursos.com/prova/arquivo_prova/31651/instituto-aocp-2013-
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000