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Os Tudor - Um Século de Poder - Guia Do Estudante

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2017­5­15 Os 

Tudor: um século de poder ­ Guia do Estudante

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Os Tudor: um século de poder


Os Tudor conseguiram dar fim a uma guerra civil, criaram uma nova religião e colocaram a
Inglaterra no caminho para se tornar uma potência. Isso tudo em apenas 100 anos
Vinícius Rodrigues | 10/06/2009 06h00

Aos 69 anos, Elizabeth I estava cansada, velha demais para os padrões da época e solitária. A "rainha
virgem" passou seus últimos meses de vida na cama, recusando qualquer atendimento médico. No
leito, a monarca recebeu a visita do arcebispo John Whigtift. Ele tomou suas mãos e lhe falou sobre o
paraíso. Elizabeth respondeu retribuindo o aperto de mãos, contente pelo que ia encontrar nos céus.
Morreu nas últimas horas de 24 de março de 1603, no palácio de Richmond, no condado de Surrey.
"Foi com tristeza que a notícia da morte percorreu Londres na manhã seguinte. A rainha governara o
reino por quase 45 anos e não havia deixado descendentes diretos", diz Heather Thomas, historiadora GE no Facebook
galesa especializada na história de Elizabeth I. Com o fim do reinado, a dinastia Tudor, após 118
anos, chegava ao fim. Os Tudor assumiram a coroa inglesa em 1485. Henrique VII deu início à
linhagem que teve como sucessores Henrique VIII, Eduardo VI, Mary I e Elizabeth I. Durante a Guia do Estudante
dinastia, houve o rompimento com a Igreja Católica e a fundação da Igreja Anglicana e a Inglaterra 3.089.661 curtidas
atingiu alto nível de desenvolvimento político, econômico e cultural. “É sob os Tudor que se tem o
período mais florescente da expansão e consolidação do poderio britânico, na política européia, no
comércio e nas finanças, na expansão ultramarina e na independência religiosa”, afirma Estevão
Martins, professor de História na Universidade de Brasília.
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MANOBRAS PELO TRONO


Seja o primeiro de seus amigos a curtir isso.
Henrique Tudor nasceu em 1457 no País de Gales, filho de Edmund Tudor, o conde de Richmond, e
Margarida Beaufort, trineta de Eduardo III, rei da Inglaterra entre 1327 e 1377. Embora tivesse direito
ao trono, Henrique não pertencia à linha de sucessão direta. Por 30 anos, até então, o poder se
alternava entre os Lancaster e os York. Mas, em 1455, quando Ricardo, duque de York e aspirante ao
trono, prendeu Henrique VI, rei da Inglaterra e da família rival, deflagrou‐se a Guerra das Duas Rosas
(a flor era símbolo das duas casas reais). Em 1471, quando Eduardo IV de York subiu ao trono,
Henrique Tudor fugiu das famílias em disputa, para a Bretanha.

Em 1483, com a morte de Eduardo IV, a história mudou. O herdeiro direto seria seu filho Eduardo V, Pela Web
então com 12 anos. Mas seu tio, Ricardo de York, duque de Gloucester, usurpou o trono e acabou
coroado Ricardo III. Com a manobra, a família Lancaster passou a apoiar as intenções de Henrique Troque a Poupança pelo
Tudor de virar rei. E, em 1485, Henrique marchou para a Inglaterra. Na batalha de Bosworth Field, Tesouro IPCA+ e fature
matou Ricardo II e se proclamou rei Henrique VII. Para pacificar as famílias, casou‐se com Elizabeth alto.
de York. E convenceu o papa Inocêncio VIII a criar a Bula da Excomunhão, para punir os que tentassem Empiricus Research
tomar o trono.
Lula Presidente? Conheça
Do casamento do rei com Elizabeth de York nasceram Arthur, Henrique, Margaret e Mary. Para
estreitar laços com os países vizinhos, o monarca casou Margaret com James IV da Escócia e Mary com o plano que ameaça seu
Luís XII da França. O primogênito, Arthur, ele uniu à princesa espanhola Catarina de Aragão. A patrimônio
Empiricus Research
cerimônia ocorreu em 1501, quando os noivos tinham 15 e 16 anos. Em 1502, o príncipe morreu de
malária e a viúva de Arthur foi obrigada a ficar na corte. O rei não havia recebido parte do dote da
princesa e, por isso, não dera a ela todas as rendas previstas no contrato nupcial. Assim, os pais de 7 maneiras de aprender
Catarina não lhe permitiram voltar à Espanha.   idiomas sem professor
Babbel
TUDO POR UM TUDOR

Henrique VII morreu em abril de 1509, aos 59 anos. Sucedeu‐o Henrique VIII, nascido em 1491. Com
17 anos, em 1509, casou‐se com Catarina de Aragão. No mesmo dia, os noivos foram coroados, na Recomendamos
Abadia de Westminster, rei e rainha da Inglaterra. Henrique era culto, atlético e falava vários
idiomas. Aumentou a frota de cinco para 53 navios. Mas não era pacífico. Seu reinado foi o que teve 5 cuidados básicos para
mais execuções na história da Inglaterra: 330 mortes, entre 1532 e 1540.
resolver problemas
capilares
O rei não conseguiu um herdeiro com Catarina de Aragão. Apenas uma filha vingou, a futura rainha
Mary. Entregar a coroa a uma mulher poderia fragilizar o trono e, por isso, Henrique VIII precisava de

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um herdeiro homem. Nesse meio‐tempo, apaixonou‐se por Ana Bolena, dama de honra da rainha. CLAUDIA e OX promovem
“Seu magnetismo sexual e a forma como ela cativou aqueles ao seu redor é bem documentada. evento inspirador de
coaching
Foi essa ‘diferença’, bem como sua sagacidade, inteligência e efervescência, que atraíram o rei”,
escreveu Richard Bevan, jornalista que trabalha em um roteiro sobre Ana. Henrique quis convencer o
papa a anular seu casamento, sob o argumento de que ele era ilegal, por Catarina ter sido mulher de
seu irmão. Clemente VII recusou‐se, mas, mesmo assim, em 1533, o rei se casou com Ana Bolena. A
anulação do casamento com Catarina seria anunciada um mês depois. O papa excomungou o rei, que
respondeu rompendo com a Igreja Católica. Criou a Igreja Anglicana, que não obedece a Roma, é
chefiada pelo rei e permite o divórcio. A decisão tornou‐se oficial em 1534, no Decreto de Supremacia
(Act of Supremacy).

"A separação da Inglaterra da Igreja Católica foi subproduto da obsessão por um herdeiro", diz
Heather Thomas. Acontece que Ana também teve uma filha mulher, Elizabeth. O rei envolveu‐se
então com outra dama da corte, Jane Seymour. Para se livrar da segunda esposa, acusou‐a de
bruxaria e traição."Eram 8 horas da manhã de 19 de maio de 1536. Vestida com roupão preto coberto
por um manto branco, Ana Bolena encaminhou‐se para a execução. Não negou as acusações e elogiou
seu marido, dizendo que o amava. Foi vendada e esperou poucos segundos até o carrasco lhe cortar o
delicado pescoço", afirma Bevan.

Em 1537, finalmente, nasceu o varão de Henrique, Eduardo. A mãe, Jane, morreu 12 dias depois, por
problemas no parto. O rei ainda casou outras três vezes, até morrer em 1547. Considerado o primeiro
rei anglicano da Inglaterra, Eduardo VI foi coroado aos 9 anos e governou com um Conselho de
Regência. Com ele, a religião ganhou força: em 1549, foi introduzido no país o Livro de Oração
Comum (de preces anglicanas), em inglês, língua que se tornou oficial. Publicidade Anuncie

BLOODY MARY

Em seu leito de morte, o rei foi influenciado por um de seus tutores, John Dudley, a escolher como
sucessora Jane Gray, casada com seu filho Guilford Dudley. Perto de fazer 17 anos, o rei morreu de
tuberculose e Jane Gray assumiu em seu lugar. A população, no entanto, não aprovou a rainha e
exigiu Mary I no trono. Assim, após nove dias, a primeira filha de Henrique VIII assumiu o poder.

Sua primeira ação foi revalidar o casamento de Henrique VIII com sua mãe, Catarina de Aragão. Filha
de uma católica, restaurou o catolicismo e o crime de heresia: opositores seriam mortos, por traição à
Santa Sé. Cerca de 300 anglicanos foram queimados como hereges em três anos. Foi chamada de
Queen Bloody Mary (Rainha Sanguinária), nome que anos depois batizou um drinque de suco de
tomate e vodca. Para piorar sua imagem, casou‐se com Filipe II da Espanha. Isso revoltou o povo:
significava ameaça à independência e risco de subordinação. Quando ela e o marido formaram uma
aliança para lutar contra a França, o descontentamento aumentou, principalmente porque os
franceses conquistaram Calais, última possessão britânica na França. Sem filhos, Mary deixou o trono
para sua meia‐irmã Elizabeth I, em 1558, ao morrer do que dizem ter sido um tumor.

Em novembro daquele ano, começava um dos governos mais populares e importantes da monarquia
britânica: o de Elizabeth, filha de Henrique VIII e Ana Bolena. “Seu reinado é apontado como a Idade
do Ouro da história inglesa. Ela se tornou uma lenda em seu próprio tempo de vida, famosa por suas
notáveis habilidades e realizações”, diz Heather Thomas. A rainha era astuta. Nomeou ministros de Edições Anteriores 2014
confiança para apoiá‐la, e as questões mais críticas levou ao debate no Parlamento. Também
restaurou a religião anglicana.

Tudo ia bem, até a rainha se desentender com Filipe II, seu cunhado. A Espanha era a maior potência
da época e Filipe sonhava ser monarca britânico. Católico, pretendia restaurar sua fé na Inglaterra.
Quando navios espanhóis foram saqueados por piratas ingleses, prática incentivada pela rainha,
Filipe, em 1588, enviou uma frota de 130 navios para tomar o reino. Elizabeth I, então, discursou à
tropa: “Sei que tenho o corpo de uma mulher fraca e frágil, mas tenho também o coração e o edição 130 edição 129 edição 128
estômago de um rei – e de um rei da Inglaterra!” Resultado: venceu a Armada espanhola. Em 1600,
criou a Companhia das Índias Ocidentais e iniciou a expansão marítima. “Quando ela subiu ao trono,
em 1558, a Inglaterra era um país empobrecido, dilacerado por questões religiosas. Quando morreu,
era um dos mais poderosos países do mundo”, afirma Heather Thomas. Elizabeth não se casou. Foi
assim que ganhou o apelido de “rainha virgem”. Após sua morte, em 1603, de acordo com o
testamento de Henrique VIII, assumiu o descendente de Mary, irmã mais nova de Elizabeth. Jaime VI,
rei da Escócia, tornou‐se Jaime I da Inglaterra, iniciando a era dos Stuart.
edição 127 edição 126

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