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Língua Brasileira de Sinais Diálogo e Gramática 1
Língua Brasileira de Sinais Diálogo e Gramática 1
Língua Brasileira de Sinais Diálogo e Gramática 1
GRAMÁTICA
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Sumário
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: DIÁLOGO E
GRAMÁTICA........................................................................................
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS...................................................................4
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA...................................................................18
CARACTERÍSTICAS..............................................................................19
OS SINAIS..............................................................................................23
REFERÊNCIAS......................................................................................26
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NOSSA HISTÓRIA
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LÍNGUA DE SINAIS - LÍNGUAS NATURAIS
[...] linguagem é uma faculdade humana, uma capacidade que os homens têm para
produzir, desenvolver, compreender a língua e outras manifestações simbólicas semelhantes à
língua. A linguagem é heterogênea e multifacetada: ela tem aspectos físicos, fisiológicos
e psíquicos, e pertence tanto ao domínio individual quanto ao domínio social. Para Saussure, é
impossível descobrir a unidade da linguagem. Por isso, ela não pode ser estudada como uma
categoria única de fatos humanos. A língua é diferente. Ela é uma parte bem definida
e essencial da faculdade da linguagem. Ela é um produto social da faculdade da linguagem e
um conjunto de convenções necessárias, estabelecidas e adotadas por um grupo social para o
exercício da faculdade da linguagem. A língua é uma unidade por si só. Para Saussure, ela é a
norma para todas as demais manifestações da linguagem. Ela é um princípio de classificação,
com base no qual é possível estabelecer uma certa ordem na faculdade da
linguagem (SAUSSURE, 1916).
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VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
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Mercado de trabalho: o vínculo da pessoa com determinadas
profissões e ofícios incide na sua atividade lingüística: uma advogada não
usa os mesmos recursos lingüísticos de um encanador, nem este os
mesmos de um cortador de cana;
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FONOLOGIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
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MORFOLOGIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
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Em relação aos verbos em Libras, destacam-se os com concordância e
os sem concordância. De acordo com a concepção de Quadros (2004),
os sem concordância são os que não flexionam em pessoa e número,
sendo que alguns podem flexionar em aspecto. Existe ainda uma
subdivisão desta categoria de verbos, podendo ser ainda classificados em
verbos de locomoção/movimento. Dependendo do contexto, o sinal pode
ser classificado como substantivo ou verbo.
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desenvolvida para estudar como as pessoas percebiam movimentos do
corpo humano. Assim, eles colocaram nove pontos de luz (um na cabeça,
um em cada ombro, cotovelo, punho e ponta do dedo indicador) no corpo
de um sinalizaste vestido todo de preto, fazendo movimentos em uma sala
escura, para que fosse possível para sinalizantes nativos identificar o
caráter lingüístico dos movimentos feitos por outro sinalizante. Com este
sistema, seria possível estudar questões básicas sobre a relação entre
percepção de movimento e processamento de informação lingüística. Isto
porque o caráter espacial das línguas de sinais adiciona características à
ASL, que possibilitam a aplicação de vários processos gramaticais
simultaneamente, através de movimentos. Assim, os autores iniciaram
sua busca por modificações perceptuais associadas à experiência com a
língua de sinais, utilizando o sistema com pontos de luz em indivíduos
ouvintes que não conheciam língua de sinais e com indivíduos surdos
sinalizantes desde a infância. Com esta técnica, apenas os pontos de luz
eram visíveis. Informações sobre configuração de mão, expressão facial
ou outra informação visual não eram percebidas. Os sujeitos viam os
movimentos em grupos de três e deveriam identificar os dois movimentos
que fossem mais similares. Os pesquisadores, então, aplicavam uma
análise matemática complexa aos resultados que os fizessem identificar
certas características dos movimentos, as quais deveriam ser utilizadas
pelos indivíduos, tanto surdos como ouvintes, para distingui-los. Dentre
estas características estão: a direção, a extensão, a repetição e o plano
dos movimentos. Após a análise dos resultados, foram encontradas
muitas diferenças entre surdos e ouvintes no que se refere às
características dos movimentos utilizados na avaliação de similaridade
realizada por eles. Entretanto, a maior diferença estava no padrão global
das características dos movimentos que os dois grupos de indivíduos
acharam importantes ao fazerem suas avaliações. As características dos
movimentos que se destacaram para os sujeitos ouvintes refletem uma
predisposição natural para olhar os movimentos humanos, enquanto
aquelas que se destacaram para os usuários da ASL representam um
conjunto de efeitos desta predisposição e da experiência lingüística. As
alterações perceptuais, então, parecem ser a conseqüência usual de
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aquisição de um sistema lingüístico formal, independentemente do modo
de sua transmissão. Os resultados encontrados pelos autores confirmam
a hipótese por eles levantada: de que a experiência modifica a percepção
dos elementos da linguagem de acordo com a modalidade.
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(d) obrigatoriedade: as marcas lingüísticas faciais para a função
específica a que pertencem (orações relativas ou condicionais, por
exemplo) são requeridas na ASL, enquanto que a marca manual é
opcional.
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que ela é arbitrária, assim como os demais sinais. Segundo Quadros
(1997), apesar de apresentarem certa transparência para um determinado
grupo de usuários, para outro não indica o objeto em si. Diferentes línguas
de sinais apresentam variadas formas de representar os objetos
lexicalizando-as, isto é, submetendo a representação visual às condições
de formação de palavras que são específicas de sua língua.
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O QUE É LÍNGUA DE SINAIS?
NO MUNDO
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NO BRASIL
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Assim, em 2005 foi publicado o decreto federal n. 5626. Com isso, foi
estabelecida a obrigatoriedade de os cursos superiores de licenciatura,
pedagogia e fonoaudiologia terem o ensino de Libras em seus currículos.
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CARACTERÍSTICAS
É visual;
Não utiliza o canal oral-auditivo como base;
Possui todas as características – fonológicas, morfológicas,
sintáticas – de uma língua;
É uma parte central na cultura surda;
A articulação das mãos e as expressões faciais são principais;
É estruturada em cinco parâmetros – a configuração das mãos, o
ponto de articulação, o movimento, a orientação e as expressões
não-manuais.
A Libras foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura entre
a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos
brasileiros. Ela foi ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu uma
grande derrota em 1880. Um congresso sobre surdez em Milão proibiu o
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uso das línguas de sinais no mundo, acreditando que a leitura labial era a
melhor forma de comunicação para os surdos. Isso não fez com que eles
parassem de se comunicar por sinais, mas atrasou a difusão da língua no
país.
Aspectos comuns
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Todas as línguas orais têm variações linguísticas. Todas as línguas
gestuais possuem estas mesmas características.
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esforço para aprender uma língua de sinais, ou necessidade de qualquer
preparação especial.
OS SINAIS
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O dicionário também está disponível na plataforma digital. Como explica
o professor, “ao ver um sinal desconhecido, o observador clica em menus
que trazem formas de mão semelhantes àquela do sinal, em locais
semelhantes, com movimentos semelhantes e com expressão facial
semelhante. A cada clique, o observador, que começa com 14.500 sinais
competidores, vai afunilando a busca e reduzindo o número de sinais
competidores. O propósito é que, com cinco a oito cliques, o observador
descubra o significado de qualquer sinal desconhecido que venha a
observar”.
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REFERÊNCIAS
21
BELLUGI, U.; POIZER, H.; KLIMA, E. Language, modality and the brain.
Trends in neurosciences - reviews – TINS, vol. 12, nº 10, p. 380-388, 1989.
EMMOREY, K.; BELLUGI, U. & KLIMA, E. Organização neural da língua
de sinais. Em Língua de sinais e educação do surdo. Eds. Moura,M. C.;
LODI, a. C. e PEREIRA, M. C. Sociedade Brasileira de Neuropsicologia.
SBNp. São Paulo. 1993.
HICKOK, G.; BELLUGI, U.; KLIMA, E. How does the human brain process
language? New studies of deaf signers hint at an answer. Scientific
American, INC, 2002.
BELLUGI, U. Language research: new views of how the brain works. The
Salk Institute Research Report. 1989.
22
BAKHTIN, Mikhail M. [1952-1953]. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN,
Mikhail M. Estética da Criação Verbal. Trad. de Paulo Bezerra, São Paulo:
Martins Fontes, 2003. 4.
23
Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: A Libras em Suas Mãos, 3
volumes, de Fernando César Capovilla, Walkiria Duarte Raphael, Janice
Gonçalves Temoteo e Antonielle Cantarelli Martins, Editora da USP. Mais
informações estão disponíveis neste link.
↑ SACKS, Oliver (2010). Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos.
São Paulo: Companhia das Letras
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