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Língua Brasileira de Sinais Diálogo e Gramática 1

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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- DIÁLOGO E

GRAMÁTICA

1
Sumário
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: DIÁLOGO E
GRAMÁTICA........................................................................................

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

LÍNGUA DE SINAIS - LÍNGUAS NATURAIS...........................................3

VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS...................................................................4

FONOLOGIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS................................6

MORFOLOGIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.............................8

A QUESTÃO DO MOVIMENTO NAS LÍNGUAS DE SINAIS..................10

AS EXPRESSÕES FACIAIS NAS LÍNGUAS DE SINAIS.......................12

O COMPONENTE GESTUAL DAS LÍNGUAS DE SINAIS.....................13

ESTUDOS LINGÜÍSTICOS DAS LÍNGUAS DE SINAIS.........................15

O QUE É LÍNGUA DE SINAIS?..............................................................16

A HISTÓRIA DA LÍNGUA DE SINAIS.....................................................17

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA...................................................................18

CARACTERÍSTICAS..............................................................................19

A ORIGEM DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.................................20

LÍNGUAS DE SINAIS E LÍNGUAS ORAIS.............................................21

OS SINAIS..............................................................................................23

REFERÊNCIAS......................................................................................26

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
LÍNGUA DE SINAIS - LÍNGUAS NATURAIS

Durante muito tempo as línguas de sinais eram denominadas linguagem


de sinais, mas, a partir de estudos sobre o assunto, foi comprovado seu status
linguístico - o termo linguagem caiu em desuso, passando-se a considerá-las
línguas naturais. Pode-se fundamentar esta afirmação nas seguintes definições:

[...] linguagem é uma faculdade humana, uma capacidade que os homens têm para
produzir, desenvolver, compreender a língua e outras manifestações simbólicas semelhantes à
língua. A linguagem é heterogênea e multifacetada: ela tem aspectos físicos, fisiológicos
e psíquicos, e pertence tanto ao domínio individual quanto ao domínio social. Para Saussure, é
impossível descobrir a unidade da linguagem. Por isso, ela não pode ser estudada como uma
categoria única de fatos humanos. A língua é diferente. Ela é uma parte bem definida
e essencial da faculdade da linguagem. Ela é um produto social da faculdade da linguagem e
um conjunto de convenções necessárias, estabelecidas e adotadas por um grupo social para o
exercício da faculdade da linguagem. A língua é uma unidade por si só. Para Saussure, ela é a
norma para todas as demais manifestações da linguagem. Ela é um princípio de classificação,
com base no qual é possível estabelecer uma certa ordem na faculdade da
linguagem (SAUSSURE, 1916).

Nota-se que língua e linguagem têm definições distintas. A primeira é


um produto social da faculdade da linguagem, enquanto a segunda é a
capacidade que o homem tem de produzir conceitos relacionados com uma dada
forma, como a música, a arte, o teatro, a dança. As línguas naturais são
consideradas inerentes ao homem, um sistema linguístico usado por uma
comunidade. Elas não incluem somente as línguas orais - pesquisas linguísticas
já comprovaram que as línguas de sinais são naturais, pois a sua estrutura
permite que diferentes conceitos sejam expressos através dela, dependendo da
intenção e necessidade comunicativa do indivíduo.

3
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

A língua está em constante evolução, é dinâmica, um produto social


em permanente inconclusão, “(...) é
intrinsecamente heterogênea, múltipla, variável, instável e está sempre
em desconstrução e em reconstrução” (BAGNO, 2007, p.35, grifos do
autor).

Devido a este caráter de ordem heterogênea, nas línguas naturais pode


ser identificado um fenômeno linguístico denominado variação. As línguas
de sinais, por serem naturais, apresentam tais manifestações. Segundo
Bagno (2007) existem fatores sociais ou extralinguísticos que podem
proporcionar à identificação do fenômeno variação linguística, são eles:

Origem geográfica: a língua varia de um lugar para o outro;


assim, podemos investigar, por exemplo, a fala característica das
diferentes regiões brasileiras, dos diferentes estados, de diferentes áreas
geográficas dentro de um mesmo estado etc.; outro fator importante
também é a origem rural ou urbana da pessoa;

Status socioeconômico: as pessoas que têm um nível de renda


muito baixo não falam do mesmo modo das que têm um nível de renda
médio ou muito alto, e vice-versa;

Grau de escolarização: o acesso maior ou menor à educação formal


e, com ele, à cultura letrada, à prática da leitura e aos usos da escrita, é
um fator muito importante na configuração dos usos lingüísticos dos
diferentes indivíduos;

Idade: os adolescentes não falam do mesmo modo como seus pais,


nem estes pais falam do mesmo modo como as pessoas das gerações
anteriores;

Sexo: homens e mulheres fazem usos diferenciados dos recursos que


a língua oferece;

4
Mercado de trabalho: o vínculo da pessoa com determinadas
profissões e ofícios incide na sua atividade lingüística: uma advogada não
usa os mesmos recursos lingüísticos de um encanador, nem este os
mesmos de um cortador de cana;

Redes sociais: cada pessoa adota comportamentos semelhantes aos


das pessoas com quem convive em sua rede social; entre esses
comportamentos está também o comportamento lingüístico.

5
FONOLOGIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Embora as línguas de sinais sejam de modalidade gestual-visual, em que


a informação é percebida pelos olhos e frases, pelos textos e discursos
produzidos pelas mãos, o termo fonologia tem sido usado não somente
no contexto das línguas orais, mas nos estudos dos elementos que
envolvem a formação dos sinais. Stokoe (apud QUADROS, 2004)
empregava o termo “quirema” às unidades que formam os sinais, e para
referir-se às combinações dessas unidades, utilizava o termo “quirologia”.
Ao confirmar que a língua de sinais é uma língua natural, Stokoe e outros
pesquisadores passaram a utilizar os termos fonema e fonologia nos
estudos linguísticos das línguas de sinais.

Quadros (2004, p.47) define a fonologia das línguas de sinais da


seguinte forma:

Fonologia das línguas de sinais é o ramo da lingüística que objetiva identificar a


estrutura e a organização dos constituintes fonológicos, propondo modelos descritivos e
explanatórios. A primeira tarefa da fonologia para língua de sinais é determinar quais são as
unidades mínimas que formam os sinais. A segunda tarefa é estabelecer quais são os padrões
possíveis de combinação entre essas unidades e as variações possíveis no ambiente
fonológico (QUADROS, 2004, p.47).

A análise da formação dos sinais foi estabelecida por Stokoe


(apud QUADROS, 2004), ao propor a decomposição dos sinais em três
parâmetros principais (configuração de mão, locação da mão, movimento
da mão), a fim de analisar a constituição deles na ASL (Língua de Sinais
Americana), afirmando não possuírem significado de forma isolada.
Posteriormente, outros parâmetros foram acrescentados às pesquisas da
fonologia de sinais, são eles: orientação da mão, expressões faciais
e corporais.

A configuração de mão (doravante, CM), de acordo com Strobel


& Fernandes (1998), é definida como a forma assumida pela mão durante
a articulação de um sinal. Locação da mão ou ponto de articulação é o
lugar do corpo onde o sinal será realizado. Já o movimento demonstra o
deslocamento da mão durante a execução do sinal, possuindo diferentes
formas e direções. Além disso, os sinais podem ter ou não movimento.

6
MORFOLOGIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Morfologia é um ramo da linguística que estuda a estrutura interna,


a formação e classificação das palavras ou sinais, como define Quadros:
Morfologia é o estudo da estrutura interna das palavras ou dos sinais,
assim como das regras que determinam a formação das palavras. A
palavra morfema deriva do grego morphé, que significa forma. Os
morfemas são as unidades mínimas de significado (QUADROS, 2004,
p.86, grifos do autor).

A partir do conceito supracitado, pode-se afirmar que as formações


dos sinais originam-se da combinação dos parâmetros configuração de
mão, ponto de articulação, movimento, expressão facial e corporal, agora
considerados morfemas, ou seja, unidades mínimas com significado,
como explica Felipe:

Estes cinco parâmetros podem expressar morfemas através de algumas configurações


de mão, de alguns movimentos direcionados, de algumas alterações na freqüência do
movimento, de alguns pontos de articulação na estrutura morfológica e de alguma expressão
facial ou movimento de cabeça concomitante ao sinal, que, através de alterações em suas
combinações, formam os itens lexicais das línguas de sinais (FELIPE, 2006, p. 202).

SINTAXE DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A Libras, assim como a Língua Portuguesa, apresenta organização


na estrutura da frase. De maneira preferencial, a ordem SVO
(sujeito+verbo+objeto) é a que se destaca na produção das frases, o que
não invalida o uso de outras ordens. De acordo com Brito (1997), na
Libras, uma outra forma de produção que acontece é a topicalização ou
tópico-comentário. A topicalização, realizada com bastante frequência, é
definida como a distribuição no espaço dos elementos da frase, ou seja,
não segue a ordem SVO. Pode ser usada desde que não haja restrições
que impeçam o deslocamento de determinados constituintes da sentença
e que altere o sentido da frase.

7
Em relação aos verbos em Libras, destacam-se os com concordância e
os sem concordância. De acordo com a concepção de Quadros (2004),
os sem concordância são os que não flexionam em pessoa e número,
sendo que alguns podem flexionar em aspecto. Existe ainda uma
subdivisão desta categoria de verbos, podendo ser ainda classificados em
verbos de locomoção/movimento. Dependendo do contexto, o sinal pode
ser classificado como substantivo ou verbo.

Já os verbos com concordância flexionam em número, pessoa e


aspecto. Segundo Felipe (2001), estes verbos podem também ser
subdivididos em dois: os que possuem concordância em número e
pessoa, classificadores (Cls) e os que concordam com a localização. O
primeiro grupo traz o parâmetro orientação como destaque, já os segundo
têm concordância com a localização e destaca-se o parâmetro ponto
de articulação ou locação. Nos classificadores evidencia-se o parâmetro
configuração de mão, o que não invalida o uso dos outros parâmetros.

A QUESTÃO DO MOVIMENTO NAS LÍNGUAS DE SINAIS

Enquanto as pesquisas de aquisição de língua de sinais por crianças


surdas revelam que as características fundamentais desta língua visual-
espacial independem da modalidade, não podemos deixar de lado o fato
de que, apesar disto, há uma diferença entre línguas faladas e sinalizadas
e que o padrão auditivo e o padrão visual entram no cérebro por canais
separados. Assim, POIZER e BELLUGI (1989) fazem a seguinte
pergunta: como, então, estes dois canais aparentemente diferentes para
analisar padrões sensoriais sustentam um sistema lingüístico comum?
Para tentar encontrar uma resposta, eles decidiram estudar as diferenças
entre a maneira como sinalizastes e não sinalizastes percebiam
movimento.

A hipótese dos pesquisadores era de que as experiências de uma língua


visual espacial podiam modificar a percepção dos elementos da
linguagem da mesma maneira que a experiência em uma língua falada
modifica a percepção destes elementos. Para isso, o primeiro passo foi
isolar os movimentos dos sinais através de uma adaptação da técnica

8
desenvolvida para estudar como as pessoas percebiam movimentos do
corpo humano. Assim, eles colocaram nove pontos de luz (um na cabeça,
um em cada ombro, cotovelo, punho e ponta do dedo indicador) no corpo
de um sinalizaste vestido todo de preto, fazendo movimentos em uma sala
escura, para que fosse possível para sinalizantes nativos identificar o
caráter lingüístico dos movimentos feitos por outro sinalizante. Com este
sistema, seria possível estudar questões básicas sobre a relação entre
percepção de movimento e processamento de informação lingüística. Isto
porque o caráter espacial das línguas de sinais adiciona características à
ASL, que possibilitam a aplicação de vários processos gramaticais
simultaneamente, através de movimentos. Assim, os autores iniciaram
sua busca por modificações perceptuais associadas à experiência com a
língua de sinais, utilizando o sistema com pontos de luz em indivíduos
ouvintes que não conheciam língua de sinais e com indivíduos surdos
sinalizantes desde a infância. Com esta técnica, apenas os pontos de luz
eram visíveis. Informações sobre configuração de mão, expressão facial
ou outra informação visual não eram percebidas. Os sujeitos viam os
movimentos em grupos de três e deveriam identificar os dois movimentos
que fossem mais similares. Os pesquisadores, então, aplicavam uma
análise matemática complexa aos resultados que os fizessem identificar
certas características dos movimentos, as quais deveriam ser utilizadas
pelos indivíduos, tanto surdos como ouvintes, para distingui-los. Dentre
estas características estão: a direção, a extensão, a repetição e o plano
dos movimentos. Após a análise dos resultados, foram encontradas
muitas diferenças entre surdos e ouvintes no que se refere às
características dos movimentos utilizados na avaliação de similaridade
realizada por eles. Entretanto, a maior diferença estava no padrão global
das características dos movimentos que os dois grupos de indivíduos
acharam importantes ao fazerem suas avaliações. As características dos
movimentos que se destacaram para os sujeitos ouvintes refletem uma
predisposição natural para olhar os movimentos humanos, enquanto
aquelas que se destacaram para os usuários da ASL representam um
conjunto de efeitos desta predisposição e da experiência lingüística. As
alterações perceptuais, então, parecem ser a conseqüência usual de

9
aquisição de um sistema lingüístico formal, independentemente do modo
de sua transmissão. Os resultados encontrados pelos autores confirmam
a hipótese por eles levantada: de que a experiência modifica a percepção
dos elementos da linguagem de acordo com a modalidade.

AS EXPRESSÕES FACIAIS NAS LÍNGUAS DE SINAIS

Para os usuários de línguas de sinais, as expressões faciais têm duas


funções distintas: expressar emoções (assim como nas línguas faladas) e
marcar estruturas gramaticais específicas (como orações relativas),
servindo para distinguir funções lingüísticas, uma característica única das
línguas de modalidade visual-espacial. A existência de duas classes
diferentes de funções de expressão facial levanta questionamentos
acerca do controle neural da linguagem e de funções não-lingüísticas. A
observação de padrões neurais de expressões faciais para diferentes
funções, lingüística e afetiva, fornece uma perspectiva de determinantes
para a especialização dos hemisférios cerebrais. As marcas lingüísticas e
afetivas das expressões faciais se diferem na ASL de várias maneiras.
Existem pelo menos quatro distinções essenciais entre esses dois tipos
de expressão facial que marcam o uso diferente de uma mesma
musculatura facial. São elas:

(a) rápido início e compensação da ativação do músculo: as expressões


faciais afetivas são inconstantes e inconsistentes nos seus padrões de
início e de compensação. Em oposição, as expressões faciais lingüísticas
na ASL são claras, rápidas e específicas em seus padrões; (b) músculos
faciais individualizados: as expressões afetivas são globais e fazem uso
de um conjunto de músculos faciais, enquanto as expressões faciais
gramaticais podem escolher músculos faciais individuais que nunca são
individualizados numa expressão normal de emoção;

(c) escopo lingüístico: expressões afetivas podem ocorrer tanto antes


como depois de uma produção lingüística e não estão necessariamente
associadas a um evento lingüístico específico. Já as expressões faciais
gramaticais estão intimamente ligadas aos sinais manuais. O escopo da
expressão lingüística facial demarca fronteiras gramaticais pontuais.

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(d) obrigatoriedade: as marcas lingüísticas faciais para a função
específica a que pertencem (orações relativas ou condicionais, por
exemplo) são requeridas na ASL, enquanto que a marca manual é
opcional.

O COMPONENTE GESTUAL DAS LÍNGUAS DE SINAIS

Nesta seção, analisamos a origem dos sinais e a motivação de alguns


sinais que compõe a língua de sinais brasileira retomando a questão da
gestualidade relacionada com a “iconicidade”, ou seja, a transparência do
signo e do significado e seus limites. A organização dos sinais nas línguas
de sinais se mistura com a organização dos gestos, pois se apresentam
na mesma modalidade, diferentemente das línguas faladas. Nessas
línguas, quando analisamos um sinal, observamos as formas com que se
apresentam as mãos e os movimentos associados a elas. Os gestos são
visuais e representam a ação dos atores que participam da interação por
meio da imitação do ato simbolizando as relações com as coisas. As
línguas de sinais aproveitam esse potencial dos gestos trazendo-o para
dentro da língua, fazendo com que sinais visuais representem palavras
envolvendo a organização da língua. Um exemplo produtivo dessa
característica é o uso de classificadores. Este fenômeno lingüístico é uma
representação visual de objetos e ações de forma quase que
transparente, embora apresente características convencionadas de forma
arbitrária. Parece que houve um processo do gestual para o gramatical,
mantendo algumas das características do primeiro e tornando-se parte do
sistema lingüístico das línguas de sinais. Da mesma forma, podemos
apontar o uso da referência explícita através da apontarão por meio do
dedo indicador.

Alguns dos objetos que apresentam uma forma visual concreta


influenciaram a forma dos seus sinais. Nesse sentido, passamos a tratar
da “iconicidade”, ou seja, da identidade do signo lingüístico e o seu
significado. Klima e Bellugi (1979) analisam detalhadamente a possível
iconicidade de alguns sinais em diferentes línguas de sinais e concluem

11
que ela é arbitrária, assim como os demais sinais. Segundo Quadros
(1997), apesar de apresentarem certa transparência para um determinado
grupo de usuários, para outro não indica o objeto em si. Diferentes línguas
de sinais apresentam variadas formas de representar os objetos
lexicalizando-as, isto é, submetendo a representação visual às condições
de formação de palavras que são específicas de sua língua.

Assim, um sinal que tipicamente é mais bem representado gestual mente


com duas mãos, poderá ser representado com uma única mão porque
nesta língua essa determinada classe tipicamente utiliza uma única mão.
Ou seja, a idéia que está sendo discutida aqui é a de que a gestualidade
das línguas de sinais é submetida às regras dessas línguas quando passa
a fazer parte da língua. Os demais gestos são apenas gestos, assim como
encontrados nas línguas faladas.

ESTUDOS LINGÜÍSTICOS DAS LÍNGUAS DE SINAIS

Os estudos lingüísticos das línguas de sinais iniciaram com Stokoe


(1960). Este autor apresentou uma análise descritiva da língua de sinais
americana revolucionando a lingüística na época, pois até então, todos os
estudos lingüísticos concentravam-se nas análises de línguas faladas.
Pela primeira vez, um lingüista estava apresentando os elementos
lingüísticos de uma língua de sinais. Assim, as línguas de sinais passaram
a serem vistas como línguas de fato. Stokoe apresenta uma análise no
nível fonológico e morfológico. Neste capítulo estaremos tratando destes
dois níveis lingüísticos.

Aos poucos, os próprios surdos começaram a participar como


pesquisadores das línguas de sinais. No entanto, ainda temos poucos
lingüistas surdos investigando a língua de sinais do seu país.

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O QUE É LÍNGUA DE SINAIS?

As línguas de sinais são idiomas visuais baseados nos movimentos das


mãos e das expressões faciais e corporais. É uma língua como qualquer
outra – como o português ou o inglês –, mas não são auditivas e não
necessitam da expressão vocal.

Uma língua de sinais se desenvolve dentro de comunidades surdas.


Assim, é um tipo de idioma natural, com gramática, fonologia, morfologia,
sintaxe e semântica complexa e estruturada. Logo, não se pode confundir
a língua de sinais como uma mera linguagem ou um conjunto de gestos
com as mãos.

No Brasil, a língua de sinais reconhecida legalmente é a Libras (Língua


Brasileira de Sinais). Em outras regiões e países, há variações e idiomas
diferentes, como a ASL (American Sign Language). Portanto, a língua de
sinais não é universal, possuindo uma diversidade.

A HISTÓRIA DA LÍNGUA DE SINAIS

A língua de sinais se formou principalmente nas comunidades de pessoas


surdas. Portanto, a história dessa língua está bastante atrelada à trajetória
do povo surdo. Saiba mais sobre o assunto a seguir:

NO MUNDO

Um ponto marcante na história da língua de sinais mundialmente é o


Congresso Internacional de Surdo-Mudez, em Milão, que ocorreu em
1880. Nessa reunião, foi decidido que o ensino dessa língua seria
proibida, devendo ser ensinado aos surdos a oralização – ou seja, forçá-
los a vocalizar o idioma falado.

Nessa ocasião, a comunidade surda foi excluída dos processos de


votação, participando majoritariamente pessoas ouvintes. As decisões
tomadas no congresso de Milão tiveram um grande impacto no mundo
todo, proibindo surdos de falarem por sinais.

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NO BRASIL

A perspectiva adotada no Brasil em relação aos surdos permaneceu por


muito tempo a mesma do congresso de Milão – ou seja, a proibição da
língua de sinais e a tentativa de forçá-los a oralizar. Nesse contexto, foi
por volta da década de 1970 que grupos surdos começaram a se
organizar politicamente.

Assim, foi iniciada uma série de reivindicações pelo direito de usar a


própria língua. Com órgãos como a Federação Nacional de Educação e
Integração do Deficiente Auditivo (FENEIDA), criada em 1977, lideranças
surdas defenderam a legitimidade da Libras.

Em 1996, foi apresentado o projeto de lei n. 131 pela senadora Benedita


da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que propunha a
regulamentação da Libras no Brasil. Foi somente em 2002 que a Lei n.
10.436, a lei de Libras, foi sancionada pelo presidente da República, Luís
Inácio “Lula” da Silva.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Na Lei de Libras de 2002, essa língua foi reconhecida como um meio de


comunicação legal e legítimo, e de origem nas comunidades surdas.
Embora essa lei não torne a Libras o segundo idioma oficial do Brasil, ela
possibilitou uma mudança nos paradigmas. Ao invés da oralização, os
surdos conquistaram legitimidade para usarem sua língua.

Assim, em 2005 foi publicado o decreto federal n. 5626. Com isso, foi
estabelecida a obrigatoriedade de os cursos superiores de licenciatura,
pedagogia e fonoaudiologia terem o ensino de Libras em seus currículos.

Desse modo, a língua de sinais tem ganho um espaço maior conforme os


movimentos em prol de pessoas surdas crescem no Brasil. De fato, o
ensino de Libras para crianças com deficiência auditiva desde pequenas
favorece o seu desenvolvimento ao longo da vida.

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CARACTERÍSTICAS

 É visual;
 Não utiliza o canal oral-auditivo como base;
 Possui todas as características – fonológicas, morfológicas,
sintáticas – de uma língua;
 É uma parte central na cultura surda;
 A articulação das mãos e as expressões faciais são principais;
 É estruturada em cinco parâmetros – a configuração das mãos, o
ponto de articulação, o movimento, a orientação e as expressões
não-manuais.

Sendo assim, as línguas de sinais conseguem explorar a visão e o espaço


com maior amplitude que as línguas orais. Além disso, são complexas e
bem estruturadas. A seguir, saiba mais sobre o modo como essa língua –
particularmente, a Libras – se organiza.

A ORIGEM DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A história da nossa língua de sinais se mistura com a história dos surdos


no Brasil. Até o século XV os surdos eram mundialmente considerados
como ineducáveis. A partir do século XVI, com mudanças nessa visão
acontecendo na Europa, essa ideia foi sendo deixada de lado. Teve início
a luta pela educação dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de um
surdo francês, chamado Eduard Huet. Em 1857, Huet veio ao Brasil a
convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país,
chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. Com o passar
do tempo, o termo “surdo-mudo” saiu de uso por ser incorreto (a gente
falou sobre isso nesse post aqui), mas a escola seguiu forte e funciona
até hoje, com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – o
famoso INES.

A Libras foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura entre
a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos
brasileiros. Ela foi ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu uma
grande derrota em 1880. Um congresso sobre surdez em Milão proibiu o

15
uso das línguas de sinais no mundo, acreditando que a leitura labial era a
melhor forma de comunicação para os surdos. Isso não fez com que eles
parassem de se comunicar por sinais, mas atrasou a difusão da língua no
país.

Com a persistência do uso e uma crescente busca por legitimidade da


língua de sinais, a Libras voltou a ser aceita. A luta pelo reconhecimento
da língua, no entanto, não parou. Em 1993 uma nova batalha começou,
com um projeto de lei que buscava regulamentar o idioma no país. Quase
dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente
reconhecida como uma língua no Brasil.

LÍNGUAS DE SINAIS E LÍNGUAS ORAIS

Ao falarmos em língua de sinais estamos a referir-nos a língua


materna/natural de uma comunidade de surdos, isto é, uma língua de
produção monomotora e de recepção visual,
com vocabulário e gramática própria, não dependente da língua oral,
usada pela comunidade surda, que envolve também ouvintes, tais como
familiares de surdos, intérpretes, professores e outros.

Aspectos comuns

Arbitrariedade: As línguas orais são majoritariamente arbitrárias, não se


depreende a palavra simplesmente pela sua representatividade, mas é
necessário conhecer o seu significado. As palavras e os sinais
apresentam conexões arbitrárias entre a forma e o significado. A
iconicidade encontra-se presente nas línguas de sinais, mais do que nas
orais, mas a sua arbitrariedade continua a ser dominante. Embora, nas
línguas de sinais, alguns sinais sejam totalmente icônicos, é impossível,
como nas línguas orais, depreender o significado da grande maioria dos
sinais, apenas pela sua representação.

Comunidade: As línguas orais têm uma comunidade que as adquirem,


como língua materna, cujo desenvolvimento se faz através de uma
comunidade de origem, passando pela família, a escola e as associações.

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Todas as línguas orais têm variações linguísticas. Todas as línguas
gestuais possuem estas mesmas características.

Sistema linguístico: As línguas orais são sistemas regidos por regras. O


mesmo acontece com as línguas de sinais, conforme referenciado por
Stokoe (1960).

Produtividade: As línguas orais possuem a características da


produtividade e da recursividade, sendo possível aos seus falantes
nativos produzirem e compreenderem um número infinito de enunciados,
mesmo que estes nunca tenham sido produzidos antes.

Acontece o mesmo com as línguas de sinais, sendo encontradas a


criatividade e produtividade nas produções. Podemos falar diversas
coisas de diversas formas a partir das regras de cada língua.Por exemplo,
da LGP, pelos seus gestuais nativos, parecendo não haver limite criativo.

Aspectos contrastivos: As línguas orais possuem aspectos contrastivos,


isto é, as unidades fonológicas do sistema de determinada língua
estabelecem-se por oposições contrastivas, ou seja, em pares de
palavras, em que a substituição de uma unidade fonológica (um fonema)
por outra altera o significado da palavra (por exemplo: parra e barra).
Acontece o mesmo nas línguas de sinais, sendo que em vez de unidade
fonológica, muda um pequeno aspecto do gesto (por exemplo, na LGP:
método e liberdade).

Evolução e renovação: As línguas orais modificam-se, como no caso


das palavras que caem em desuso, outras que são adquiridas, a fim de
aumentar o vocabulário e ainda no caso da mudança de significado das
palavras. O mesmo acontece nas línguas de sinais, a fim de responder às
necessidades que a evolução sócio-cultural impõe (por exemplo, na LGP,
os seis gestos de "comboio", ou os gestos de "filme").

Aquisição da linguagem: A aquisição de qualquer língua oral é natural,


desde que haja um ambiente propício desde nascença. Na língua de
sinais acontece de igual forma, não tendo o indivíduo surdo que exercer

17
esforço para aprender uma língua de sinais, ou necessidade de qualquer
preparação especial.

Funções da linguagem: As línguas orais podem ser analisadas de


acordo com as suas funções. O mesmo acontece com as línguas de
sinais. As funções são: a função referencial, a emotiva, a conativa, a
fática, a metalinguística, e a poética.

Processamento: Embora usando modalidades de produção e percepção,


as línguas orais e de sinais são processadas na mesma área cerebral, no
lado esquerdo do cérebro.

OS SINAIS

As entradas lexicais apresentam os sinais descritos sistematicamente em


sua forma e significado, e devidamente ilustrados em sua forma (com estágios e
setas de movimento) e significado. O dicionário também emparelha as
ilustrações da forma e do significado do sinal, sugerindo intuitivamente como a
forma do sinal representa o seu significado; associa a ilustração da forma do
sinal e a descrição dessa forma, permitindo reproduzir fielmente a forma do sinal;
associa a ilustração do significado do sinal e a descrição desse significado,
permitindo compreender esse significado em sua denotação explícita e precisa,
e em conotação subjetiva, implícita e intuitiva. Além disso, arrola os verbetes,
sua definição e classificação gramatical, e exemplos de uso funcional do verbete
em frases, permitindo compreender o conceito e fazer uso do sinal em Libras e
do verbete correspondente em contextos linguísticos apropriados. Há também
uma lista de Estados brasileiros onde cada sinal é empregado usualmente,
mostrando a validade regional de cada sinal e sua representatividade linguística.

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O dicionário também está disponível na plataforma digital. Como explica
o professor, “ao ver um sinal desconhecido, o observador clica em menus
que trazem formas de mão semelhantes àquela do sinal, em locais
semelhantes, com movimentos semelhantes e com expressão facial
semelhante. A cada clique, o observador, que começa com 14.500 sinais
competidores, vai afunilando a busca e reduzindo o número de sinais
competidores. O propósito é que, com cinco a oito cliques, o observador
descubra o significado de qualquer sinal desconhecido que venha a
observar”.

20
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