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A Vida de Franz Bardon

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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA (ISTA)

POLO - CAXITO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

FILOSOFIA

A VIDA E A OBRA DE FRANZ BARDON

Grupo nº: 01
1º Ano
Período: Tarde
Curso: Psicologia

CAXITO – BENGO / 2022


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA (ISTA)
POLO - CAXITO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

FILOSOFIA

A VIDA E A OBRA DE FRANZ BARDON

Trabalho apresentado ao ISTA/Bengo como parte


necessária do requisito parcial para a obtenção de uma nota
na Disciplina de Filosofia, orientado pelo Professor Jacob
Mário.

Autores:

Domingos Lemos Dias dos Santos


Maria António Domingos da Silva
Margarida Manuela G. António Prata
Manuel João Caculo Bernardo
Paulo Sargento Francisco Muxito
Pedro Garcia Félix João

CAXITO – BENGO / 2022


SUMÁRIO

Dedicatória................................................................................................................................ I
Agradecimento..........................................................................................................................II
Epigrafe....................................................................................................................................III
Lista de abreviaturas..............................................................................................................IV
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................2
1.1. Definições de Termos de conceitos.....................................................................................2
1.1.1. A história da sua infância..................................................................................................2
1.1.2. Casamento e filhos............................................................................................................3
1.1.3. A Época de Frabato...........................................................................................................3
CAPÍTULO II - PUBLICAÇÃO DOS LIVROS, PRISÃO E MORTE..............................4
2.1. As Obras de Franz Bardon...................................................................................................4
2.1.1. Magia Prática - O Caminho do Adepto.............................................................................4
2.1.2. A Prática de Magia Evocatória.........................................................................................5
2.1.3. A Chave para a Verdadeira Quabbalah.............................................................................6
2.1.4. Frabato, O Mago...............................................................................................................6
2.1.5. Perguntas e Respostas.......................................................................................................8
2.2. Bases da Filosofia................................................................................................................8
2.2.1. Elementos - Franz Bardon.................................................................................................9
2.3. Prática Mágica em Iniciação ao Hermetismo....................................................................10
2.3.1. Autoanálise e Exercícios Básicos...................................................................................10
2.3.2. Concentração Intermediária e Respiração.......................................................................10
2.3.3. Exercícios Avançados de Visualização e de Manipulação dos Elementos.....................11
2.3.4. Acumulação dos Elementos e Rituais.............................................................................11
2.3.5. Transposição de Consciência e Levitação (Limitada a Certas Regiões do Corpo).........11
2.3.6. Apresentação às Entidades Astrais e Viagem Astral......................................................11
2.3.7. Desenvolvimento da Percepção Extrassensorial e Criação de Elementares...................11
2.3.8. Condensadores Fluídicos................................................................................................12
2.3.9. Espelhos Mágicos para Viagens Astrais e Cura..............................................................12
2.3.10. Elevação do Espírito a Níveis Superiores.....................................................................12
CONCLUSÃO.........................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................14
DEDICATÓRIA

Dedicamos o presente trabalho aos nossos familiares, e a todos que estiveram conosco
e nos apoiaram directa ou indirectamente.

I
AGRADECIMENTO

Agradecemos em primeiro lugar a Deus Pai Todo Poderoso, por tudo que tem feito nas
nossas vidas e por guiar-nos sempre os nossos caminhos.

Outrossim, especialmente aos nossos familiares pelo apoio financeiro ou espiritual


que nos têm oferecido.

Sem esquecer o nosso querido Professor Jacob Mário pelo acompanhamento e


orientação no processo de ensino e aprendizagem. Estendemos também os nossos
agradecimentos aos nossos colegas de curso de Psicologia.

O NOSSO MUITO OBRIGADO!

II
EPIGRAFE

"Conhecimento e sabedoria devem andar de mãos dadas. O


adepto será, portanto, esforçar-se-á para encontrar-se no
conhecimento, bem como na sabedoria, pois nenhum dos dois
deve ficar para trás no desenvolvimento"

(Franz Bardon)

III
LISTA DE ABREVIATURAS

IIH - Iniciação ao Hermetismo


OR - Vermelho

OB - Azul

OD – Força Éliphas Lévi

IV
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem a pretensão de abordar sobre a vida e obra de Franz Bardon e
o seu contributo como filosófico, é um assunto bastante vasto o que não nos permite
desenvolver cabalmente, porem, nos limitarei em abordar alguns assuntos achados por nós
como digno de realce.

Franz Bardon nasceu em 1909, na antiga Tchecoslováquia. Era o mais velho de uma
família de 13 filhos. Seu pai, Viktor Bardon, era um homem que possuía um desenvolvimento
espiritual em estágio avançado, porém não era um Iniciado. Todos os dias, ele orava
fervorosamente para que pudesse encontrar um Mestre legítimo. Assim, a Divina
Providência, atendendo às suas preces, permitiu que o espírito de um Grande Iniciado
encarnasse no corpo de seu filho mais velho, Franz. Esse espírito seria a última encarnação de
uma Inteligência que já habitou corpos de Iniciados, como Apolônio de Tiana (o grande Mago
grego, contemporâneo de Jesus Cristo); Lao – Tse, o sábio chinês fundador do Taoísmo; e
Michel de Nostradamus.

1
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Definições de Termos de conceitos

Abordar uma temática deste género obriga-nos a recorrer a uma série de definições e
conceitos a fim de permitir uma melhor compreensão do conteúdo que orientam esta pesquisa.

1.1.1. A história da sua infância

Apenas poucas referências a seu respeito são encontradas em seus trabalhos


(normalmente relatos de como ele próprio testou determinados experimentos ou rituais e os
resultados obtidos). Com menor quantidade de informação a respeito da pessoa de Bardon,
pois ao contrário de outros grandes nomes do ocultismo, buscava sempre não criar uma lenda
ao redor de si mesmo. O resultado disto parece ter sido o oposto ao desejado por Bardon e sua
vida acabou sendo recheada de lendas, que jamais poderão ser negadas ou comprovadas, e
histórias místicas que beiram o incrível.

Franz frequentou a escola primária e estagiou profissionalmente numa fábrica como


serralheiro-reparador de máquinas. Mais ou menos nessa época, provavelmente entre 14 e 20
anos, diz seu filho Lumir, Bardon transformou-se totalmente, mostrando capacidades de
clarividência e mudança total de caráter, como se fosse outra pessoa. Diz-se que um espírito
passou a ocupar o corpo físico do jovem Franz Bardon. Bardon fala sobre tal transformação
em A Prática da Evocação Mágica: “(...) Acontece, algumas vezes, que pessoas que já
alcançaram um alto nível de perfeição na Terra são capazes de continuar seu
desenvolvimento espiritual no mundo astral até a perfeição, mas essas pessoas são
selecionadas pela Providência Divina a cumprir uma ou mais missões na Terra. Tais líderes
espirituais são, portanto, magos ou iniciados de nascença, que, em certa parte do
desenvolvimento de seus corpos físicos (geralmente pouco após a puberdade) tornam-se, de
repente, conscientes de seu estado, de seu grau de desenvolvimento espiritual, e só precisam
de pouco mais experiência para se tornarem maduros o suficiente para sua missão divina.”

Bardon começou a usar suas habilidades mágicas nessa época, passando a ser
conhecido por Frabato, uma abreviação de Franz (Fra) Bardon (Ba) Troppau (em alemão) (T)
- Opava (em tcheco) (O).

2
1.1.2. Casamento e filhos

Franz casou-se com Marie, que passou a se chamar Marie Bardonová, por volta de
seus 21 anos. Apesar de não querer um filho, para não ser "impedido" em sua missão, sua
esposa queria muito e Lumir nasceu prematuro no dia 4 de janeiro de 1937. Nesta mesma
época, houve um certo momento em que Bardon foi e voltou dos campos de concentração,
mas sobre isso pouco foi revelado. Depois desse período, trabalhou como diretor de um
hospital e comprou uma casa em Bogengasse, casa que ocuparia até o fim de sua vida. Bardon
convidou sua esposa a se mudar para a nova casa, mas ela recusou, para não deixar sua mãe
nem o trabalho agrícola em Gillschwitrz. Bardon contratou, para cuidar de sua casa, uma
empregada.

1.1.3. A Época de Frabato

Começou a fazer demonstrações públicas de magia e de princípios herméticos em


vários pontos do país. Foi nessa época em que começou a aceitar estudantes, como o Dr.
M.K., com apenas 16 anos. Iniciava alguns até além da terceira carta de tarô, e também se
correspondia com muitos discípulos em outras partes do mundo. Fazia hipnose, lia cartas
dentro de envelopes lacrados, localizava objetos escondidos, entre outras coisas. Comprou
motos e carros, indo frequentemente aos campos para buscar ervas especiais. Durante essa
época, atendia pessoas pedindo ajuda, prevendo o futuro, contribuindo à busca de exilados da
Guerra e achando os corpos de pessoas afogadas usando, como ponto de auxílio, fotografias.
Também, na cozinha de sua casa, mantinha um laboratório no qual fazia remédios e elixires
alquímicos.

3
CAPÍTULO II - PUBLICAÇÃO DOS LIVROS, PRISÃO E MORTE

Formou-se como naturopata e daí vem sua grande influência em condensadores


fluídicos, ervas e medicamentos naturais.

Ditou, com a ajuda de uma de suas discípulas em Praga, Otti Votavova, os quatro
primeiros volumes científicos dos cinco que pretendera escrever. O quarto, O Livro de Ouro
da Sabedoria, já estava pronto, mas foi confiscado e destruído completamente pelos oficiais
do Governo. O quinto livro de Bardon, relativo à quinta carta de tarô, era relacionado à
Alquimia.

Bardon foi preso sob acusação de charlatanismo e foi obrigado a fazer trabalhos
forçados. Depois, foi preso de novo em 26 de março de 1958, sob a acusação de preparação
de drogas ilegais. Se essa prisão foi apenas um pretexto para outra coisa, como dizem as
teorias sobre Adolf Hitler e a Loja 99, não sabemos até hoje. Não sabemos também o porquê
de ter morrido de, provavelmente, inflamação no pâncreas, após comer um pedaço de
presunto defumado que sua própria esposa preparou. Isso aconteceu no dia 10 de julho de
1958. Há muitas teorias sobre sua morte, desde a de que envenenaram esse presunto
defumado até a de ele ter se suicidado.

2.1. As Obras de Franz Bardon

As obras de Franz Bardon constituem um sistema de magia bastante completo,


totalmente científico e racional. Suas obras dão especial ênfase à prática, visando à obtenção
de resultados tangíveis e observáveis, além de serem claras, completas e sérias, retratando
assim um autor honesto, competente e cuidadoso. Seu sistema é isento de ideologias ou
conceitos religiosos, sendo adequado a todos os estudiosos de quaisquer religiões.

2.1.1. Magia Prática - O Caminho do Adepto

Título original em inglês: "Initiation into Hermetics" ou "Iniciação ao Hermetismo",


publicado em 1956 e lançado no Brasil pela Editora Ground, é a única obra de Bardon
disponível em português. Um verdadeiro clássico do Hermetismo, esse livro é divido em uma
parte teórica e uma parte prática. A parte teórica explica sobre os Quatro Elementos, os
fluidos Elétrico e Magnético, os três planos da existência, etc. Já a parte prática é subdividida

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em dez graus, de acordo com a evolução do estudante, e cada grau contém instruções para
desenvolver o Corpo Físico, a Alma (ou Corpo Astral) e o Espírito. É considerada a obra mais
bem-escrita de Bardon. Trata-se de um Sistema de magia completo e gradual, e considerado
por muitos, incluindo na lista Rawn Clark, William Mistele, David Coleman, Ray del Sole,
Iris Rinkenbach, Bran O. Hodapp, Justin Beldwell, Kurt Walchensteiner e os gêmeos Chris e
Daniel Murphy (Fra. Veos e Fra. Ramose da escola The Divine Science) um dos melhores
Sistemas de Desenvolvimento Mágico do século XX.

2.1.2. A Prática de Magia Evocatória

A continuação de "Iniciação ao Hermetismo". Nesta obra, Bardon explica passo-a-


passo a teoria e a prática da Evocação Mágica. Explica como um Mago evoca entidades
dogmáticas, como anjos e espíritos das esferas planetárias de nosso Sistema Solar, também
evocam entidades pragmáticas, como demônios e gênios. O leitor irá aprender o significado
do círculo mágico, do triângulo mágico, da varinha, vestimenta e outras ferramentas
evocatórias. Além disso, Bardon fornece nessa obra centenas de selos de anjos, gênios e
elementais, que podem ensinar ao Mago uma miríade de assuntos e de técnicas, como
Alquimia, Astronomia, Adivinhação, etc., e ainda podem ajudar o Mago, colocando à sua
disposição seus espíritos subordinados.

O segundo trabalho de Bardon, lidando com a evocação de espíritos, delineou primeiro


o significado simbólico das ferramentas rituais tradicionais e projetos de templos e, em
seguida, descreve um método de evocação de espíritos. Em essência, o mago cria um
ambiente hospitaleiro para a entidade no templo ou outro meio de contato. Eles então entram
em um estado alterado de consciência por meio da meditação natural, para a plenitude
profunda do êxtase sem substâncias ou transe, projetando sua consciência na esfera da
entidade em questão, e chamá-la de volta. Bardon enfatizou dois pontos sobre como fazer esse
tipo de coisa: primeiro, que é preciso completar os pré-requisitos necessários do programa de
treinamento ou nenhum sucesso será possível; em segundo lugar, que o mago deve chamar o
espírito de volta à sua "autoridade divina", não como um par, caso contrário, eles estão
sujeitos a serem manipulados pela entidade.

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2.1.3. A Chave para a Verdadeira Quabbalah

No terceiro livro de Bardon, publicado em 1957, Bardon ensina o mistério do


misticismo das letras e números da Verdadeira Quabbalah (aqui, no caso, não se trata da
Kabbalah Judaica, e sim da Quabbalah Hermética). Como obter o mais alto nível de
realização mágica através do conhecimento dos sons cores, números e vibrações expressadas
pela Quabbalah, e, assim, como criar palavras e sentenças que produzem efeitos no mundo
físico, tal como os milagres descritos na Bíblia e outros livros sagrados (Franz Bardon, The
Key to The True Kaballah , 1975, páginas 12-13).

A ideia é que a Verdadeira Cabala não é uma arte mântica , como algumas percepções
dela (principalmente relacionadas à gematria ) sugerem, mas um método de capacitar as letras
do alfabeto para criar efeitos mágicos por meio de sua combinação. Bardon relaciona isso ao
Tantra do Oriente, mas a base dessa comparação não é muito clara. Como seu segundo livro
sobre evocação, o aluno deve terminar pelo menos os primeiros oito passos de IIH para obter
quaisquer resultados válidos ou ter um treinamento equivalente em um sistema diferente e
evitar danos à psique que "... podem causar uma divisão da personalidade , esquizofrenia, com
todas as suas consequências graves. " (Bardon, 1975, página 55). Bardon expande essa
possibilidade real com o seguinte conselho: “alguém que deseja aplicar os métodos no uso da
cabala genuína de uma vez, por mera curiosidade ou falta de consideração, expõe-se a vários
perigos. Pois, na prática, ele entraria em contato com vários poderes que não seria capaz de
controlar e, portanto, estaria em perigo de arruinar sua saúde”. Portanto, qualquer pessoa que
não esteja suficientemente preparada para esta etapa é avisada a tempo.

Este dano à psique "... mostra claramente o quão indesculpável é se os escritos de


origem oriental forem interpretados incorretamente e traduzidos literalmente em uma
linguagem intelectual" como Bardon fez "... colocar o maior segredo nas mãos do cabalista,
como no aplicação prática da chave quádrupla, a chave de realização pela palavra. Milhares
de anos este segredo foi guardado. " (Bardon, 1975, página 55 e página 112)

2.1.4. Frabato, O Mago

Frabato, o Mago, é uma biografia novelizada de Bardon escrita por sua secretária Otti
Votavova, embora atribuída ao próprio Bardon porque ele provavelmente falou sobre suas
preocupações de vida com ela. O nome do protagonista, Frabato, era o nome artístico de
6
Bardon durante sua carreira como mágico performático . Passado em Dresden, Alemanha , no
início dos anos 1930, a história descreve as batalhas mágicas de Frabato com os membros de
uma poderosa e perigosa Loja Negra, sua fuga da Alemanha durante os dias finais da
República de Weimar e o início da missão espiritual que foi culminar em sua escrita de uma
série de livros clássicos sobre magia hermética. Ele também descreve as forças ocultas
sinistras que estão por trás da ascensão do Terceiro Reich .

O essencial e relevante do livro é a revelação de que Franz Bardon foi a última


reencarnação do espírito encarnado por Hermes Trismegistus , o criador esotérico do
hermetismo e fundador da maçonaria , que, ao contrário do que os maçons pensam, pagou o
carma que gerou quando viveu como Hermes Trismegistus, porque a ideia maçônica de como
funcionam as Leis do Universo (a Lei de Deus ou a Justiça Divina) não corresponde às ideias
de Bardon.

A base moral da Maçonaria é que o equilíbrio entre boas e más ações é alcançado se o
maçom compensar suas más ações com boas ações ou vice-versa, mas decide que ações
tomará para encontrar o equilíbrio desejado, onde é o transgressor da Lei Universal quem
decide o que fará e a quem fará. Assim, como as boas ações de Hermes não serviram como
penitência ou pagamento de seu carma para obter perdão, é Deus quem perdoa e decide a
penitência ou carma a pagar e quando aplicá-la, Hermes pagou seu carma como Bardon. Para
estar em harmonia com o Universo, o transgressor deve seguir as normas que Deus impõe.
Respeite as leis de Deus e em caso de pecado se arrependa, peça perdão e pague a penitência
ou carma que Deus impõe ao dar uma escolha ao oferecer a encarnação do espírito na
próxima vida.

Na edição publicada por Merkur, Sabedoria do Ocidente , a secretária de Bardon,


Votavova, escreveu um anexo, "In Memoriam", onde se refere aos personagens que
personificam o espírito de Bardon como, entre outros: Hermes Trismegistos , Nostradamus ,
Lao Tse , Apolônio de Tyana , Robert Fludd e o Conde Saint Germain . Em sua vida física
anterior, ele era um homem sábio (Mahatma) das montanhas chamadas Mahum Ta-Tah,
escrito como Ha-Khu-Ma-Na-Ta-Tah. Votavova também diz que Bardon uma vez disse a ela
que ele encarnou sua própria alma espiritual como um menino entre as idades de 14 a 21 e foi
ele quem decidiu ser o mestre espiritual de Victor Bardon, seu próprio Pai, que em seu desejo
para se tornar um iniciado divino, pediu -em suas orações- para conhecer seu verdadeiro guru.

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O espírito de Bardon encarnou seu único filho, através de uma troca de espírito (embora
inaceitável e impossível tanto do ponto de vista espiritual quanto esotérico). Este comentário é
apresentado para "explicar" por que o alto nível espiritual de Bardon sofreu sua permanência
em um campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial, pois fazia parte do
carma da criança cujo corpo ele usava.

O que fica claro, à luz disso, é que tanto o carma quanto o momento do pagamento são
decididos por Deus, que o oferece ao espírito na encarnação e é este quem escolhe entre as
opções apresentadas de acordo com o comportamento em vidas anteriores. Seja qual for o
tipo, a forma ou o tipo de carma (família, lugares, conhecidos, etc.), a escolha é feita antes da
encarnação da alma.

Além disso, na edição espanhola de Mirach, há informações falsas publicadas sobre


Adolf Hitler , que dizem ter pertencido à Loja 99 e à Ordem Thule dos magos negros
tibetanos.

2.1.5. Perguntas e Respostas

Uma obra póstuma, na qual discípulos de Bardon compilaram sob a forma de


perguntas e respostas anotações de ensinamentos orais que foram transmitidos pelo Mestre
aos seus discípulos em vida.

2.2. Bases da Filosofia

Bardon postulava um modelo de universo obtido através de sua interpretação das


teorias orientais, tais como o hinduísmo e o taoismo. Seus fluidos "magnético" e "elétrico",
atuando complementarmente, remetem ao Yin e ao Yang. E, mesmo possuindo conceitos
diferentes das forças físicas de mesmo nome, guardam, ainda, uma certa proximidade das
mesmas. O "magnetismo" seria uma força negativa, de emanações azuladas; a "eletricidade"
seria uma força positiva e de emanações avermelhadas. Em "Iniciação ao Hermetismo".
Consideramos a existência de "dois" hermetismos: um hermetismo mágico-astrológico,
chamado de hermetismo técnico, associado a práticas que envolvem a tentativa de modificar a
realidade concretamente; e o outro hermetismo considerado teológico-filosófico, chamado de
hermetismo erudito, cujos textos aludem a uma doutrina religiosa e espiritual, ético-
soteriológica.

8
Ele refere-se às forças "OR" e "OB", possivelmente tais significam o Vermelho (OR =
"Odyle Rot") e o Azul (OB = "Odyle Blau"), ou seja, as forças "elétrica" e "magnética". Uma
outra possibilidade seria uma referência às forças OD e OB de Éliphas Lévi. O conceito de
OD ou Odyle foi utilizado por Carl Reichenbach, anteriormente, em meados do século XIX.
Até hoje, veem-se resquícios deste pensamento no hábito de se pintar o polo negativo de um
magneto de azul e o positivo de vermelho (dizia-se serem estas as cores vistas por sensitivos
ao observarem um ímã). Originalmente, Bardon referia-se também por vezes a este conceito
como "Energia Vital" ("lebenskraft"). Segundo ele, cada parte do corpo era governada por
uma destas formas de energia e o desequilíbrio de uma parte do corpo resultava do
desequilíbrio entre essas energias.

2.2.1. Elementos - Franz Bardon

Na visão de Bardon o mundo era composto dos Quatro Elementos clássicos (Fogo, Ar,
Terra e água) unidos ao Akasha (a Quintessência). Mantinha relativamente às mesmas
atribuições para cada um destes elementos que as utilizadas por outros sistemas. Considerava
que um mago deveria tornar-se um mestre na manipulação destes Elementos e só assim
poderia alcançar os resultados mágicos desejados, através da harmonização e do controle dos
mesmos, principalmente dentro de si próprio. Alegava a superioridade do Homem sobre todos
os espíritos, demônios e anjos pois apenas o Ser Humano era composto dos Quatro
Elementos. Todos os outros seres espirituais, por sua vez, compunham-se de um ou, no
máximo, dois e raramente três destes. Chegava a alertar seus discípulos que se acautelassem
no trato com estas criaturas, cujo principal objetivo seria capturar a parte da alma Humana
que lhes faltava. Dizia também que tudo podia ser alcançado através de um cuidadoso
trabalho com os elementos e que o Akasha não deveria ser acumulado em "molduras mentais"
e sim devolvido ao Universo pois a própria mente era uma forma deste Princípio
Quintessensial e não deveria moldar-se em padrões rígidos.

9
Este equilíbrio entre os princípios elementais dentro do próprio estudante era para
Bardon a base de todo o trabalho mágico. Ninguém que estivesse em desequilíbrio, seja pela
falta ou pelo excesso de um dos elementos, poderia conseguir um sucesso significativo em
seus experimentos. Outra assertiva sua era de que, uma vez iniciado um processo, o estudante
deveria diligentemente seguí-lo passo a passo, sem pular nenhuma das sessões de
treinamento. Era necessário o absoluto domínio de cada passo antes de se passar para o
seguinte.

O registro acurado de um diário mágico era também considerado imprescindível.


Apenas através dele, seria possível, ao estudante, repetir experimentos bem-sucedidos e evitar
erros passados.

2.3. Prática Mágica em Iniciação ao Hermetismo

Bardon dividiu o progresso dos estudos mágicos em dez Graus. Seguem explicações
rápidas de alguns dos exercícios e práticas mágicas desses Graus:

2.3.1. Autoanálise e Exercícios Básicos

O estudante deveria trabalhar diligentemente na compreensão de si mesmo e na


harmonização dos Quatro Elementos em si próprio antes de buscar qualquer outro tipo de
trabalho ocultista. Eram prescritas várias semanas de uma auto-observação minuciosa,
honesta e imparcial, com registro de todas as descobertas, positivas ou negativas. O estudante
deveria classificar-se em cada um dos quatro Elementos para descobrir onde estavam seus
desequilíbrios. Exercícios similares classificavam suas falhas e outros, suas virtudes. A partir
do momento em que os Quatro Elementos estivessem devidamente balanceados e controlados,
o estudante não poderia permitir-se cair novamente em desequilíbrio ou manter quaisquer
obsessões que bloqueassem sua eficácia ou gerassem pontos de fraqueza em si.

2.3.2. Concentração Intermediária e Respiração

O passo seguinte era reforçar no estudante a capacidade de concentração e o domínio


de técnicas de respiração e auto-sugestão. Dizia ser esta a chave secreta para o subconsciente
humano. Bardon separava a respiração em duas formas, a pulmonar (normal) e a cutânea.
Acreditava na capacidade de se controlar esta segunda através da prática, combinando-a com
a pulmonar normal. O objetivo era a inspiração dos Quatro Elementos.
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2.3.3. Exercícios Avançados de Visualização e de Manipulação dos Elementos

Aqui o estudante aprendia a alcançar estados de intensa concentração e à visualização


de objetos de formas cada vez mais complexo bem como a "inalação" dos Elementos para
dentro do corpo. Era também ensinada ao estudante a preparação e "carga" de talismãs,
aposentos, objetos de proteção, cura e outros.

2.3.4. Acumulação dos Elementos e Rituais

Estando o estudante perfeitamente equilibrado em relação aos Quatro Elementos,


passava-se ao domínio das técnicas de sua acumulação e concentração no próprio corpo. No
conceito de Bardon, os rituais eram complexos nemônicos, baseados em fórmulas verbais e
gestuais e de visualização, utilizados para a manipulação das energias elementais. Uma vez
que estes já estivessem dominados, bastaria um simples gesto ou fórmula silenciosa para que
seu objetivo fosse cumprido.

2.3.5. Transposição de Consciência e Levitação (Limitada a Certas Regiões do Corpo)

Este passo consistia em uma série de exercícios destinados à preparação do estudante


para a levitação física e astral em certas partes do corpo, além dos processos de viagem astral.
Estes serviam como uma base para todos os processos de comunicação com as entidades
astrais, passivamente. A comunicação ativa só viria nos graus posteriores.

2.3.6. Apresentação às Entidades Astrais e Viagem Astral

Mais do que a pura viagem astral ou o contacto com entidades astrais, esta parte do
treinamento capacitava o estudante à criação de entidades não-físicas para seu uso. É também
feito um alerta quanto à criação não intencional das mesmas, que poderiam atacar e parasitar
o seu criador.

2.3.7. Desenvolvimento da Percepção Extrassensorial e Criação de Elementares

Bardon dava, ao estudante, instruções, e indicava a instrumentação necessária para o


desenvolvimento de habilidades extrassensoriais tais como a clarividência, a clariaudiência e
outros. Discutia, também, a vitalização de estátuas e de imagens.

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2.3.8. Condensadores Fluídicos

Neste ponto, o estudante era instruído na construção de um instrumental mágico que


lhe permitisse concentrar, armazenar e manipular os fluidos "magnético" e "elétrico" (que não
são as forças elétricas ou magnéticas, conhecidas pela ciência) bem como os outros Elementos
e a Energia Vital. Eram dadas instruções precisas de sua confecção, carga e utilização.

2.3.9. Espelhos Mágicos para Viagens Astrais e Cura

Segundo Bardon, os espelhos mágicos (dentre os quais, classificava as bolas de cristal)


eram instrumentos valiosos em muitos experimentos de percepção extrassensorial. Tais
instrumentos eram listados e explicados em seu uso. Ensinava-se, também, o tratamento de
doenças através dos fluidos "magnético" e "elétrico", além da carga mágica de talismãs,
amuletos e pedras preciosas.

2.3.10. Elevação do Espírito a Níveis Superiores

A parte final do caminho mágico de Bardon eram as diversas formas pelas quais um
estudante poderia elevar suas qualidades espirituais. Dentre outros tópicos, eram discutidas
práticas tais como a levitação, produção de fenômenos naturais, sugestão e hipnose,
psicometria e impregnação de ambientes com um elemento ou uma energia à distância.

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CONCLUSÃO

Contudo falando sobre o Franz Bardon é de considerar que foi nascido em Opava (em
alemão, Troppau), mesma terra do botânico Gregor Mendel, na República Tcheca, foi o
primeiro de treze filhos, apenas quatro deles chegando à idade adulta. O pai de Franz, Victor,
trabalhava numa fábrica de ferramentas e, nas horas de lazer, dedicava-se ao estudo do
Hermetismo, e sobre sua mãe, Hédrodkova, nada se sabe.

Quanto o seu contributo como filosófico Bardon, postulava um modelo de universo


obtido através de sua interpretação das teorias orientais, tais como o hinduísmo e o taoismo.
Em "Iniciação ao Hermetismo", ele refere-se às forças "OR" e "OB". Possivelmente tais
significam o Vermelho (OR = "Odyle Rot") e o Azul (OB = "Odyle Blau"), ou seja, as forças
"elétrica" e "magnética". Segundo ele, cada parte do corpo era governada por uma destas
formas de energia e o desequilíbrio de uma parte do corpo resultava do desequilíbrio entre
essas energias.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANZ BARDON (2002). Kenneth Johnson (ed.). Frabato the Magician: An Occult Novel
. Gerhard Hanswille (trad.). Salt Lake City, UT: Merkur Pub. ISBN 1-885928-15-7.

LAKATOS, E. M.; MARCONI. Metodologia do trabalho científico. 4 ed. revista e


ampliada São Paulo editora Atlas S.A 1992.

LAKATOS, E. M.; MARCONI. de A. Fundamentos de metodologias científicas. 6. 5 ed.


reimp. São Paulo: Atlas, 2007.

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