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Epi Agrotóxicos

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MANUAL DE USO CORRETO DE

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL

PROSSEG PRODUTOS, SAÚDE E SEGURANÇA


Av Capitão Julio Bezerra, 1145
Fone: (95) 999116-2616
www.prosseg.com.br
e-mail: seg u ra nç ad ot ra bal h o @ p ro s se g. net . b r

MAIO/2022
Índice

Introdução .................................................................................... 04
Por que usar EPI? ..................................................................... 05
Risco ............................................................................................ 05
Responsabilidades ........................................................................ 06
Aquisição dos EPI.................................................................... 08
Uso dos EPI ............................................................................. 15
Lavagem e manutenção ................................................................ 22
Mitos ........................................................................................ 23
Considerações finais..................................................................... 24

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Introdução
O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI). As recomendações hoje existentes para o uso de EPI são
bastantes genéricas e padronizadas, não considerando varáveis importantes como o tipo
de equipamentos utilizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de
equipamento utilizado na operação, os níveis reais de exposição e, até mesmo, as
características ambientais e da cultura onde o produto seráaplicado.
Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações
inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador,ao invés de diminuí-lo.
Este material foi desenvolvido com os seguintes objetivos:
• aprofundar a discussão sobre o uso adequado dos EPI;
• otimizar os investimentos em segurança;
• aumentar o conforto do aplicador;
• combater o uso incorreto, que vai desde o não uso até o uso
exagerado de EPI;
• melhorar a qualidade dos EPI no mercado;
• incentivar o uso da receita agronômica para recomendar deforma
criteriosa os EPI necessário para cada aplicação;
• acabar com alguns mitos.
Ao final, esperamos ajuda-lo a identificar a avaliar de forma mais criteriosa o risco, em
função dos níveis de exposição ao produto fitossanitário e da operação a ser executada
na lavoura, assim comoa maneira pela qual você recomenda, adquire, usa (veste, tira,
lava, guarda) e descarta os EPI.

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Por que usar EPI?
EPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhadorrural, que
utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações decorrentes da
exposição.
As vias de exposição são:

A função básica dos EPI é proteger de exposições o organismo do produtotóxico,


minimizando o risco.
Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos fitossanitários éconsiderado acidente
de trabalho.
O uso do EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas
Normas Regulamentadoras*. O não cumprimento poderá acarretar ações de
responsabilidades cível e penal, além de multas ao infratores.

Risco
O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma substância
química causar efeito tóxico. O Risco é um função da toxicidade do produto e da
exposição.

Risco = f (toxicidade; exposição)

*Em revisão.

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A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adversoà saúde. Em
tese, todas as substâncias são tóxicas e a toxicidade depende basicamente da dose e da
sensibilidade do organismo exposto (Quanto mais tóxico o produto, menor é a dose
necessária para causar efeitos adversos).
Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto, a única maneira
concreta de reduzir o risco através da diminuição da exposição.Para reduzir a exposição,
o trabalhador deve manusear os produtos de conservação, além de vestir os EPI
adequados.

RISCO TOXICIDADE EXPOSIÇÃO


ALTO ALTO ALTO
ALTO BAIXA ALTO
BAIXA ALTO BAIXA
BAIXA BAIXA BAIXA

Responsabilidades
A legislação trabalhista prevê que:

É obrigação doempregador
• fornecer os EPI adequadosao
trabalho
• instruir e treinar quanto aouso
dos EPI
• fiscalizar e exigir o uso dos
EPI
• repor os EPI danificados

É obrigação doTrabalhador
• usar e conservar os EPI

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Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado
O empregador poderá vir a responder na área criminal ou cível, além de sermultado
pelo Ministério do Trabalho.
O funcionário estará sujeito a sanções trabalhistas,podendo até
ser demitido por justa causa.
É recomendado que o fornecimento de EPI e que
treinamentos ministrados sejam registradosatravés de
documentação apropriada para
eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas.
Os responsáveis pela aplicação devem ler e seguir as
informações contidas nos rótulos, bulas e nas
Fichas de Informação de Segurança de Produto (FISPQ) fornecidas pelas
indústrias, sobre os EPI que devem ser utilizados para cada produto.
O papel do Engenheiro Agrônomo durante a emissão da receita é fundamentalpara
indicar os EPI adequados pois, além das características do produto, como a toxicidade,
a formulação e a embalagem, o profissional deve considerar os equipamentos disponíveis
para a aplicação (costal, trator
de cabina aberta ou fechada, tipo de pulverizadores e bicos), as etapas da manipulação e as
condições da lavoura como o porte, a topografia do terrenoetc.

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Aquisição dos EPI
Os EPI existem para proteger a saúde do trabalhador e devem ser testados eaprovados
pela autoridade competente para comprovar sua eficácia.
O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPI disponíveis no mercadoatravés da
emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O fornecimento
e a comercialização de EPI sem o C.A. é a considerado crime e tanto o comerciante quanto
o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas emlei.
A indústria de produtos fitossanitários incentiva seus canais de distribuição a
comercializarem EPI de qualidade e a custos compatíveis
Consulte a lista de fornecedores de EPI no final deste publicação.

Principais equipamentos de proteção individual


Abaixo, estão listados principais itens de EPI disponíveis no mercadom, além de
informações e descrições importantes para assegurar a sua identificação eo uso:
Luvas: um dos equipamentos mais importantes,
pois protege as partes do corpo com maior risco
de exposição: as mãos. Existem vários tipos de
luvas no mercado e a utilização deve ser de
acordo com o tipo de formulação de produto a ser
manuseado. A luva deve ser impermeável ao
produto químico. Produtos que contêm solventes
orgânicos, como por exemplo
os concentrados emulsionáveis, devem ser
manipulados com luvas de BORRACHA
NITRÍLICA ou NEOPRENE, pois estes
materiais são impermeáveis aos solventes
orgânicos. Luvas de LÁTEX ou de PVC podem
ser usadas produtos sólidos ou formulações que
não contenham solventesorgânicos.

8
De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de “borracha NITRÍLICA ou
NEOPRENE”, materiais que podem ser utilizados com qualquer tipo de formulação.
Existem vários tamanhos e especificações de luvas no mercado. O usuário deve
certificar-se sobre o tamanho ideal para sua mão, utilizando as tabelasexistentes na
embalagem.

Respiradores: geralmente chamados de


máscaras, os respiradores têm o objetivo de
evitar a inalação de vaporesorgânicos, névoas
ou finas partículas tóxicas através das vias
respiratórias.
Existem basicamente dois tipos de
respiradores: sem manutenção (chamados de
descartáveis) que possuem uma vida útil
relativamente curta e recebem a
sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os de
baixa manutenção que possuem filtrosespeciais
para reposição, normalmente mais duráveis.
Os respiradores mais utilizados nas
aplicações de produtos fitossanitários são os que possuem filtros P2 ou P3.Para maiores
informações consulte o fabricante.
Os respiradores são equipamentos importantes, mas que podem ser dispensados em
algumas situações, quando não há presença de névoas,vapores ou partículas no ar, por
exemplo:
a) aplicação tratorizada de produtos granulados incorporados ao solo;
b) pulverização com tratores equipados com cabines climatizadas.
Devem estar sempre limpos, higienizados e seus filtros jamais devem estarsaturados.
Antes do uso de qualquer tipo de respirador, o usuário deve estar barbeado, além de realizar
um teste de ajuste de vedação, para evitar falha na selagem.

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Quando estiverem saturados, os
filtros devem ser substituídos ou
descartados.
É importante notar que, se utilizados de
forma inadequada, os respiradores
tornam-
se desconfortáveis e podem
transformar-se numa verdade
fonte de contaminação.
O armazenamento deve ser em local
seco e limpo, de preferênciadentro de
um saco plástico.

Viseira facial: protege os olhos e o rostocontra


respingos durante o manuseio e a aplicação.
A viseira deve ter a maior transparência possível
e não distorcer as imagens. Deveser revestida
com viés para evitar corte.
O suporte deve permitir que a viseira não fique em
contato com o rosto do trabalhador e embace. A
viseira deve proporcionar conforto ao usuário e
permitir o uso simultâneo do respirador, quando for
necessário.
Quando não houver a presença ou emissão de vapores, névoas ou partículas no ar, o uso
da viseira com o boné árabe pode dispensar o uso do respirador,aumentando o conforto
do trabalhador.
Existem algumas recomendações de uso de óculos de segurança para proteção dos olhos. A
substituição dos óculos pela viseira protege não somente os olhos do aplicador mais
também o rosto.

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Jaleco e calça hidro-repelentes: são
confeccionados em tecido de algodão
tratado para se tornarem hidro-repelentes,
são apropriados para proteger o corpo dos
respingos do produto formulado e não para
conter exposições extremamente
acentuadas ou jatos dirigidos. É
fundamental que jatos não sejam dirigidos
propositadamente à vestimenta e que o
trabalhador mantenha-se limpo durante a
aplicação.
Os tecidos de algodão com tratamento
hidro-repelente ajudam a evitar o
molhamento e passagem do produto tóxico
para o interior da roupa, sem impedir a
transpiração, tornando o equipamento
confortável.
Estes podem resistir até 30 lavagens, se
manuseados de forma correta. Os tecidos
devem ser preferencialmente claros, para
reduzir a absorção de calor e ser de fácil
lavagem, para permitir a sua reutilização.
Há calças com reforço adicional nas pernas,
que podem ser usadas nas aplicações onde
exista alta exposiçãodo aplicador à calda do
produto (pulverização com equipamento
manual, por exemplo).

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Jaleco e calça em nãotecido:
são vestimentas de segurança
confeccionadas em nãotecido (tipo
Tyvek/Tychem QC) Existem vários
tipos de nãotecidos e a diferença entre
eles se dá pelo nível de proteção que
oferecem. Além da hidro-repelência,
oferecem impermeabilidade e maior
resistência mecânica a névoas e às
partículas sólidas.
O uso de roupas de algodão por
baixo da vestimenta melhora sua
performance, com maior absorção
do suor, trazendo conforto ao
trabalhador com relação ao calor.
As vestimentas confeccionadas em
nãotecidos tem durabilidadelimitada
e não devem ser utilizadas quando
danificadas. As vestimentas de
nãotecido não devem ser passadas a
ferro, não são a prova ou retardantes
de chamas, podem criar eletrecidade
estática e não devem ser usadas
próximo ao calor, fogo, faíscas ou em
ambiente potencialmente inflamável
ou explosivo, pois se
auto-consumirão. As vestimentas em
nãotecido devem ser descartadas em
incineradores
profissionais para não causarem danos ao ambiente.

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Boné árabe: confeccionado em tecido de
algodão tratado para tornar-se hidro-repelente.
Protege o couro cabeludo e o pescoço de
respingos e do sol.

Capuz ou touca: peça integrante de jalecos ou


macacões, podendo ser tecido de algodão
tratado para tornar-se hidro-
repelente ou em nãotecido. Substitui o bonéárabe na
proteção do couro cabeludo e pescoço.

Avental: produzido com material


resistente a solventes orgânicos (PVC,
bagum, tecido emborrachado
aluminizado, nylon resinado ou
nãotecido), aumenta a proteção do
aplicador contra respingos de produtos
concentrados durante a preparação da calda ou
de eventuais vazamentos de equipamentos de
aplicação costal.

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Botas: devem ser impermeáveis, preferencialmente
de cano alto e resistentesaos solventes orgânicos, por
exemplo, PVC. Sua função é proteção dos pés. É o
único equipamento que não possui C.A.

Risco X exposição X operação


Os EPI não foram desenvolvidos para substituir os demais cuidados na
aplicação e sim para complementá-los, evitando-se a exposição. Para reduzir os
riscos de contaminação, as operações de manuseio e aplicação devem ser
realizadas com cuidado, para evitar ao máximo aexposição.
Atenção: esta tabela não deve ser considerada como único critério para utilização dos EPI.
As condições do ambiente de trabalho poderão exigir o uso de mais itens ou dispensar
outros para aumentar a segurança e o confortodo aplicador. Leia as recomendações do
rótulo e bula. Observe a legislação pertinente.

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Uso dos EPI
Para proteger adequadamente, os EPI deverão ser vestidos e retirados deforma correta.

Veja como vestir os EPI


1. Calça e Jaleco: a calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a roupa comum, fato
que permitirá a retirada da vestimenta em locais abertos. Os EPI podem ser usados
sobre uma bermuda e camiseta de algodão, para aumentar o conforto. O aplicador
deve vestir primeiro a calça do EPI, em seguida o jaleco, certificando-se que este
fique sobre a calça e perfeitamente ajustado. O velcro deve ser fechado com os
cordões para dentro da roupa. Caso o jaleco de seu EPI possua capuz, assegure-se
que
este estará devidamente vestido pois, caso contrário, facilitará o acúmulo e retenção de
produto, servindo como um compartimento. Vale ressaltar que o EPI deve ser
compatível com o tamanho do aplicador.

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2. Botas: Impermeáveis, devem ser calçadas
sobre meias de algodão de cano longo, para
evitar atrito com os pés, tornozelos e canelas.
As bocas da calça do EPI sempre devem
estar fora do cano das botas, a fim de impedir
o escorrimento do produto para o interiordo
calçado.

3. Avental impermeável: deve ser utilizado na parte da frente do jaleco durante o


preparo da calda e pode ser usado na parte de trás do jaleco durante as aplicações
com equipamento costal. Para aplicações com equipamento costal é fundamental
que o pulverizador esteja funcionandobem e não apresente vazamentos.

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4. Respirador: deve ser colocado de forma que
os dois elásticos fiquem fixados corretamente
e sem dobras, um fixado na parte inferior, na
altura do pescoço, sem apertar as orelhas. O
respirador deve encaixar perfeitamente na
face do trabalhador, não permitindoque haja
abertura para a entrada de
partículas, névoas ou vapores. Para usar
1 o respirador, o trabalhador deve estar
sempre bem barbeado.

2 3 4

5. Viseira facial: deve ser ajustado


firmemente na testa, mas sem apertar a
cabeça do trabalhador.A viseira deve
ficar um pouco afastada do rosto para
não embaçar.

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6. Boné árabe: deve ser colocado na
cabeça sobre a viseira. O velcro do
boné árabe deve ser ajustado sobre a
viseira facial, assegurando que toda
a face estará protegida, assim como
o pescoço e a cabeça.

7. Luvas: último equipamento a ser


vestido, devem ser usadas de forma
a evitar o contato do produto tóxico
com as mãos. As luvas devem ser
compradas de acordo com o
tamanho das mãos do usuário, (não
podendo ser muito justas, para
facilitar a colocação e a retirada, e
nem muito grandes, para não
atrapalhar o tato e causar
acidentes). As luvas devem ser
colocadas normalmente para dentro
das mangas do jaleco, com exceção
de quando o trabalhador pulveriza
dirigindoo jato para alvos que estão
acima da linha do seu ombro (para
o alto). Nesse caso, as luvas devem
ser usadas para fora das mangas do
jaleco. O objetivo é evitar que o
produto aplicado escorra para
dentro das luvas e atinja as mãos.

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Como retirar os EPI
Após a aplicação, normalmente a superfície externa dos EPI está contaminada. Portanto,
na retirada dos EPI, é importante evitar o contato dasáreas mais atingidas com o corpo
do
usuário.
Antes de começar a retirar os EPI,
recomenda-se que o aplicador lave as
luvas vestidas. Isto ajudará
a reduzir os riscos de exposição acidental.
Veja agora o exemplo de uma rotina
correta para a retirada dos EPI:

1. Boné árabe: deve-se


desprender o velcro e
retirá-lo com cuidado.

2. Viseira facial: deve-se


desprender o velcro e colocá- la
em um local de forma a evitar
arranhões.

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3. Avental: deve ser retirado desatando-se o
laço e puxando-se ovelcro em seguida.

4. Jaleco: deve-se desamarrar o cordão, em seguida


curvar o tronco para baixo e puxar a parte superior (os
ombros) simultaneamente, de maneira que o jaleco não
seja virado do avesso e a parte contaminada atinja o
rosto.

5. Botas: durante a pulverização,


principalmente com equipamento
costal, as botas são as partes mais
atingidas pela calda. Devem ser
retiradas em local limpo, onde o
aplicador não suje os pés.

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6. Calça: deve-se desamarrar o cordão
e deslizar pelas pernas do aplicador
sem serem viradas do avesso.

7. Luvas: deve-se puxar a


ponta dos dedos das
duas luvas aos poucos,
de forma que elas
possam ir
se desprendendo
simultaneamente.
Não devem ser
viradas ao avesso, o
que dificultaria
o próximo uso e contaminaria
a parteinterna.

8. Respirador: deve ser o último EPI retirado,sendo


guardado separado dos demais equipamentos para
evitar contaminação daspartes internas e dos filtros.

21
Lavagem e manutenção
Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente, para assegurar maiorvida útil.
Os EPI devem ser mantidos separados das roupas da família.

Lavagem:
A pessoas que for lavar os EPI, deve usar luvas a base de Nitrila ou Neoprene.
As vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas com águacorrente para
diluir e remover os resíduos da calda de pulverização.
A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com o sabão neutro (sabão de coco). As
vestimentas não devem ficar de molho. Em seguida, as peças devemser bem enxaguadas
para remover todo sabão.
O uso de alvejantes não é recomendado, pois vai danificar o tratamento dotecido.
As vestimentas devem ser secas à sombra. Atenção: somente use máquinas delavar ou
secar, quando houver recomendações do fabricante.
As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abundante apóscada uso.
É importante que a VISEIRA NÃO SEJA ESFREGADA, pois isto poderá arranha-
la, diminuindo a transparência.
Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções específicas que acompanham
cada modelo. Respiradores com manutenção (com filtros especiais para respiração)
devem ser higienizados e armazenados em local limpo. Filtros não saturados devem ser
envolvidos em uma embalagem em local limpo. Filtros não saturados devem ser
envolvidos em uma embalagemlimpa para diminuir o contato com o ar.

22
Reativação do tratamento hidro-repelente:
Testes comprovam que, quando as calças e jalecos confeccionados em tecido de algodão
tratado, para tornarem-se hidro-repelentes, são passados a ferro (150 a 180ºC), a vida útil
é maior. Somente as vestimentas de algodão podemser passadas a ferro.

Descarte:
A durabilidade das vestimentas devem ser informadas pelos fabricantes e checada
rotineiramente pelo usuário. Os EPI devem ser descartados quando não oferecerem os
níveis de proteção exigidos. Antes de ser descartadas, as vestimentas devem ser lavadas
para que os resíduos do produto fitossanitáriosejam removidos, permitindo-se o descarte
comum.
Atenção: antes do descarte, as vestimentas de proteção devem ser rasgadaspara evitar
a reutilização.

Mitos
Existem algus mitos que não servem mais como desculpa para não usar EPI:

EPI são desconfortáveis


Realmente os EPI eram muito desconfortáveis no passado, mas, atualmente, existem
EPI confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação de desconforto está
associada a fatores como a falta de treinamento e ao usoincorreto.

O aplicador não usa EPI


O trabalhador recusa-se a usar os EPI somente quando não foi conscientizadodo risco e
da importância de proteger sua saúde. O aplicador profissional exige os EPI para
trabalhar. Na década de 80, quase ninguém usava cinto de segurança nos automóveis.
Hoje, a maioria dos motoristas usa e reconhece a importância.

23
EPI são caros
Estudos comprovam que os gastos com EPI representam,
em média, menos de 0,05% dos investimentos necessários
para uma lavoura. Em alguns casos como a soja e o milho,
o custo cai para menos de 0,01%. Insumos, fertilizantes,
sementes, produtos fitossanitários, mão-de-obra, custos
administrativos e outros materiais somam mais de
99,95%. O uso dos EPI é obrigatório e o não
cumprimento da legislação poderá acarretar em multas e
ações trabalhistas. Precisamos
considerar os EPI como insumos agrícolas obrigatórios.

Considerações finais
O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não garante a
proteção da saúde do trabalhador e nem evita contaminações. Incorretamente
utilizados, Os EPI podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de
informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais importantes para
evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidasindividuais de proteção a saúde
do trabalhador.
O uso correto dos EPI é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige a
reciclagem contínua dos profissionais que atuam na área de ciências
agrárias através de treinamentos e do acesso a informações atualizadas. Beminformado,
o profissional de ciência agrária poderá adotar medidas cada vez mais econômicas e
eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, alem deevitar problemas trabalhistas.

24

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