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SCHMITZ, Aldo. Classificação Das Fontes de Notícias
SCHMITZ, Aldo. Classificação Das Fontes de Notícias
SCHMITZ, Aldo. Classificação Das Fontes de Notícias
Índice
Matriz das Fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1 Categoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
a) Fonte primária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
b) Fonte secundária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 Grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
a) Oficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
b) Empresarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
c) Institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
d) Individual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
e) Testemunhal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
f) Especializada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
g) Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3 Ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
a) Proativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
b) Ativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
c) Passiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
d) Reativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4 Crédito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
a) Identificada (on) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
b) Sigilosa (off) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
∗
Mestre em Jornalismo pela UFSC. Pós-graduado em Gestão da Comunicação
Empresarial e Educação a Distância. Mais de 20 anos de atuação na gestão da comu-
nicação em empresas e órgãos públicos. Autor e professor em cursos de extensão e
pós-graduação. E-mail: aldoschmitz@gmail.com.
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5 Qualificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
a) Confiável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
b) Fidedigna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
c) Duvidosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Resumo
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cas nem apresentam igual importância, mas tentam informar o que mais
lhes convêm e sob o ângulo pretendido; enquanto os jornalistas, con-
forme a seção e especialização, cultivam laços mais ou menos fortes na
relação e buscam as informações sob ângulos alternativos que, às vezes,
as fontes pretendem esconder.
A classificação das fontes por tipos está vinculada à perspectiva e
ao interesse, percebe Pinto (2000), que tipifica as fontes segundo a na-
tureza (pessoais ou documentais), origem (pública ou privada), duração
(esporádicas ou permanentes), âmbito geográfico (locais, nacionais ou
internacionais), grau de envolvimento nos fatos (primárias ou secundá-
rias), atitude face ao jornalista (ativa ou passiva), identificação (ex-
plicitadas ou confidenciais) e segundo a metodologia ou estratégia de
atuação (proativas ou reativas). Este esquema mostra-se bipolar, en-
quanto uma fonte não é “isso ou aquilo”, mas sim uma identidade com-
plexa. Isso Pinto (2000:279) reconhece: “estamos perante um vastís-
simo campo, que extravasa os próprios ’territórios’ delimitados pelos
conceitos definidores da polaridade fontes-jornalistas”.
Lage (2001: 62-68) descreve a natureza das fontes como sendo mais
ou menos confiáveis, pessoais, institucionais ou documentais. Classi-
fica como “oficiais”, instituições que preservam algum poder de Es-
tado; “oficiosas”, as que não estão autorizadas a falar em nome de uma
organização ou personalidade e “independentes”, as organizações não
governamentais. Ele aponta as fontes “primárias” e “secundárias” na
perspectiva da sua relação direta e indireta com os fatos, respectiva-
mente. Ainda indica as “testemunhas”, que presenciam os fatos e os
“experts”, especialistas em determinados assuntos e que interpretam os
eventos. O autor não relaciona entre as fontes, as organizações em geral,
não oficiais, nem as suas ações.
Chaparro (2009) propõe uma iniciação à teoria das fontes, com a
classificação de sete tipos: “organizadas”, organizações que produzem
conteúdos noticiáveis com grande competência e utilizam a notícia co-
mo forma de ação; “informais”, falam apenas por si; “aliadas”, infor-
mantes que mantêm uma relação de confiança com os jornalistas; “de
aferição”, são especializadas em certos temas e cenários; “de referên-
cia”, entendidas como pessoas sábias ou instituições detentoras de um
conhecimento; “documentais”, referente a documentos de origem con-
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1 Categoria
a) Fonte primária
Para Lage (2001: 65-66), a fonte primária é aquela que fornece dire-
tamente “o essencial de uma matéria... fatos, versões e números”, por
estar próxima ou na origem da informação. Geralmente revela dados
“em primeira mão”, que podem ser confrontados com depoimentos de
fontes secundárias. Segundo Pinto (2000: 279) essa fonte está direta-
mente envolvida nos fatos, normalmente com testemunha ocular.
b) Fonte secundária
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2 Grupo
a) Oficial
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b) Empresarial
c) Institucional
d) Individual
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e) Testemunhal
f) Especializada
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g) Referência
3 Ação
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a) Proativa
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b) Ativa
c) Passiva
Algumas fontes são passivas e não alteram essa sua natureza, como é
o caso das referências (bibliografia, documento e mídia), disponíveis à
consulta dos jornalistas. Mas organizações, grupos e pessoas também
podem ter uma atitude passiva, de se manifestarem somente quando
consultadas por repórteres, fornecendo estritamente as informações so-
licitadas (Pinto, 2000: 279), podendo alterar a sua ação.
d) Reativa
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4 Crédito
a) Identificada (on)
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b) Sigilosa (off)
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5 Qualificação
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a) Confiável
b) Fidedigna
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c) Duvidosa
Considerações finais
A maioria das notícias depende do que as fontes dizem, dos tipos con-
sultados e das suas ações. Mas, nas poucas abordagens sobre as fontes
jornalísticas, observa-se uma frágil e desestruturada tipificação, com
denominações desconexas, equivocadas, sobrepostas ou incompletas.
Igualmente, os manuais de redação dos jornais pesquisados dão pouca
ou nenhuma importância às fontes.
Nos estudos empíricos, cronologicamente, percebe-se uma evolução
na classificação das fontes, inicialmente apontadas como oficiais e não
governamentais. Além dos grupos, a partir de Gans (1980), concebe-se
as suas ações e qualificações, embora díspares. Pinto (2000) faz um ma-
peamento das fontes e contribui ao apontar os vários comportamentos,
bipolares, enquanto entendemos multíplices. Lage (2001) e Chaparro
(2009) analisam a natureza delas.
Conquanto abordam as normas da conduta profissional de seus jor-
nalistas, os manuais dos principais jornais brasileiros tratam as fontes
com total desprezo, ainda que a Folha de S. Paulo (2010) faça uma clas-
sificação pelas qualificações, no sentido de orientar os seus repórteres
quanto a averiguação dos fatos por uma ou mais fontes. No mais, aqui
e ali, encontra-se fragmentos de abordagens que impactam nesse rela-
cionamento.
Aliás, mesmo que seus propósitos sejam de tratar “com mais profun-
didade questões relacionadas... ao comportamento do jornalista numa
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sociedade que dela exige cada vez mais em capacitação técnica e con-
sciência profissional” (Garcia, 1996: 7), esses manuais são essencial-
mente compêndios de orientações gramaticais e estilo de textos jornalís-
ticos.
Cumpre-se o propósito inicial deste artigo, de verificar como a teo-
ria, representada pelos pesquisadores, e a prática, pelos dos manuais de
redação, tipificam as fontes de notícias e, a partir daí, compor uma ma-
triz que estabeleça a categoria, os tipos, grupos e as classes de fontes,
com o propósito de formar uma matriz que demonstre a natureza delas,
contribuindo assim para a iniciação de uma teoria das fontes.
Assim, de posse da matriz de tipificação das fontes, pode-se facil-
mente propor uma definição, a exemplo da nossa concepção:
Bibliografia
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HALL, S. et al (1978), Policing the crisis: mugging, the state and law
and order. Basingstoke: Palgrave Macmillan.
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