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Eletrotécnica: Diogo Braga Da Costa Souza
Eletrotécnica: Diogo Braga Da Costa Souza
Eletrotécnica: Diogo Braga Da Costa Souza
Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai saber mais sobre os resistores, conhecendo seus
principais tipos, suas utilizações, suas especificações, seu código de cores
e suas configurações.
Os resistores comerciais
Os resistores são utilizados para regular o nível de corrente nos circuitos ele-
trônicos. Como é inviável produzir todos os valores de resistência, há valores
comerciais de resistores os quais estão disponíveis na Tabela 1:
Figura 6. Trimpots.
Fonte: Lefteris Papaulakis/ Sutterstock.com.
Figura 7. Reostato.
Fonte: Egorcos / Shutterstock.com.
Para conhecer mais sobre a aplicação de décadas resistivas nos processos de calibração
de equipamentos de medição de resistência, consulte o Manual de instruções técnicas
(COPEL, 2007).
Código de cores
Para determinar as características do resistor, é impresso em cada componente
um código que representa os seus valores nominais. Um dos tipos mais comuns
de código para resistores é o código de cores, em que cada cor representa um
valor, conforme a Figura 9. Com a leitura correta, é possível determinar a
especificação do resistor (MARCUS, 2001).
Resistores de 4 faixas
Os resistores de 4 faixas possuem os maiores valores de tolerância de seus
valores de resistência, de 5 a 10%, e o menor preço. Assim, essas características
o tornam o tipo mais utilizado em equipamentos simples, com baixa precisão
(BOYLESTAD, 2011).
Sua leitura é realizada de acordo com os seguintes passos:
1ª Faixa: marrom = 1
2ª Faixa: vermelho = 2
3ª Faixa: dourado = -1
4ª Faixa: prata = 10%
Resistores de 5 faixas
Esses resistores possuem maior precisão (daí sua classificação como “resis-
tores de precisão”), e seu valor de tolerância comumente é menor, de 1 a 2%.
1. As cores das três primeiras faixas são lidas juntas, formando um número
de três algarismos decimais, o que possibilita uma maior precisão do
valor de resistência.
2. A cor da quarta faixa é o expoente de 10, o qual representará o fator
multiplicador para o valor encontrado nas duas primeiras faixas.
3. A cor da quinta faixa representa o valor de tolerância da resistência do
resistor. Se o resistor possuir apenas 3 faixas, isso significa que não
há faixa de tolerância, considerando-se, assim, +/-20% como valor de
tolerância.
1ª Faixa: azul = 6
2ª Faixa: prata = 8
3ª Faixa: preto = 0
4ª Faixa: vermelho = 2
5ª Faixa: dourado = 5%
Resistores de 6 faixas
Estes resistores são muito parecidos com os de 5 faixas, mas com uma informação
que torna o seu valor de resistência mais preciso. A sexta faixa determina a
variação de resistência referente à variação de temperatura (BOYLESTAD, 2011).
A leitura desse tipo de resistor é feita de acordo com os seguintes passos:
1. As cores das três primeiras faixas são lidas juntas, formando um número
de três algarismos decimais, o que possibilita uma maior precisão do
valor de resistência;
2. A cor da quarta faixa é o expoente de dez, o qual representará o fator
multiplicador ao valor encontrado nas duas primeiras faixas;
3. A cor da quinta faixa representa o valor de tolerância da resistência do
resistor. Se o resistor possuir apenas 3 faixas significa que não há faixa de
tolerância, sendo assim, considera-se +/-20% como valor de tolerância.
4. A cor da sexta faixa representa o coeficiente de temperatura da resis-
tência cuja unidade representa parte por milhão por grau Kelvin.
1ª Faixa: verde = 5
2ª Faixa: azul = 6
3ª Faixa: preto = 0
4ª Faixa: alaranjado = 3
5ª Faixa: dourado = 5%
6ª Faixa: vermelho = 50 ppm
Associação de resistores
Os resistores podem ser associados de diversas formas, possibilitando a ob-
tenção de circuitos cuja resistência equivalente seja um valor diferente dos
valores comerciais de resistências. A associação de resistores é feita de duas
formas básicas: associação série e associação paralela. Qualquer outra as-
sociação diferente consiste na junção das duas, e é denominada associação
mista (BOYLESTAD, 2011).
Associação série
Os resistores estão em série se estiverem no mesmo ramo, não havendo nós
entre eles, conforme o circuito da Figura 10. A mesma corrente circula em
todos os resistores (BOYLESTAD, 2011).
Veja um exemplo:
No circuito da Figura 10, considerando os valores dos resistores R1, R2, R3, R4 e R5 como
4,7 kΩ, 5,1 kΩ, 10 kΩ, 2,2kΩ e 300 Ω, respectivamente, qual será o valor da resistência
equivalente, Rab, do circuito?
Resolução: como as resistências estão em série, o valor de resistência total é obtido
pela soma das resistências dos resistores. Assim:
Associação paralela
Nesse tipo de associação, os resistores estão em paralelo, e todos eles estão
ligados nos mesmos nós, como mostrado na Figura 11. Observe que todos os
resistores estão ligados diretamente aos pontos “a” e “b” (BOYLESTAD, 2011).
No circuito da Figura 11, considerando os valores dos resistores R1, R2, R3, R4 e R5 como
4,7 kΩ, 5,1 kΩ, 10 kΩ, 2,2kΩ e 300 Ω, respectivamente, qual será o valor da resistência
total, Rab, do circuito?
Resolução: Como as resistências estão em paralelo, o valor do inverso da resistência
total é obtido pela soma dos inversos das resistências dos resistores.
Associação mista
Na associação de resistores mista, utilizamos parte do circuito em série, e
parte em paralelo, formando um circuito diferente dos tipos série e paralelo
(BOYLESTAD, 2011).
No circuito da Figura 12, considerando os valores dos resistores R1, R2, R3 e R4 como
4,7 kΩ, 5,1 kΩ, 10 kΩ, 2,2kΩ, respectivamente, qual será o valor da resistência total,
Rab, do circuito?
Resolução: Iniciamos a análise dos circuitos mistos por meio da associação de resis-
tores em série, como os resistores R3 e R4:
O valor equivalente à associação série de R34 é 12,2 kΩ, reduzindo o circuito inicial
ao circuito equivalente 1, mostrado a seguir.
BAGAREL. Década Resistiva MDR-611 Minipa. Bagarel, c2006-2017. Disponível em: <http://
loja.bagarel.com.br/decada-resistiva-mdr-611-minipa-p186>. Acesso em: 03 fev. 2017.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo: Pearson Educa-
tion, 2011.
COPEL DISTRIBUIÇÃO. Manual de instruções técnicas. [S.l.]: Copel, 2007. Disponível
em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/pagcopel2.nsf/0/CFBB161F21D48B8103
2574F1005C9003/$FILE/MIT_161705-Procedimentos_de_Ensaios_Mecanicos_de_
Equipamentos_e_Ferramentas.pdf>. Acesso: 27 jan. 2017.
MARKUS, O. Circuitos elétricos: corrente contínua e corrente alternada. São Paulo:
Érica, 2001.
MUNDO DA ELÉTRICA. Resistores fixos. [S.l.]: Munda da elétrica, 2017. Disponível em:
<https://www.mundodaeletrica.com.br/resistores-fixos/>. Acesso em: 01 fev. 2017.
Leitura recomendada
NILSSON, J.; RIELDEL, S.; Circuitos elétricos. 8. ed. São Paulo: Pearson Education, 2009