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COMO LIDAR COM A

AUTOMUTILAÇÃO E
IDEAÇÃO SUICIDA? UM
GUIA PARA OS PAIS
HOSPITALSANTAMONICA.COM.BR
Introdução   3

As razões por detrás da automutilação   5

Os sinais que indicam a ideação suicida   10

O papel dos pais em situações como essas  14

A importância da internação em ambos


os casos  19

Conclusão   24

Sobre o Hospital Santa Mônica   26


Introdução
INTRODUÇÃO

A adolescência e os primeiros anos da vida adulta são um


período de grandes mudanças na vida. Trocar de escola,
começar a faculdade, sair de casa e buscar emprego pode ser
muito emocionante para alguns, mas outros são tomados pelo
sentimento de apreensão e acabam ficando estressados.

Caso não sejam reconhecidos e nem gerenciados, esses


sentimentos podem levar à doença mental. Segundo dados do
Ministério da Saúde, metade de todas as doenças mentais começa
aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada. O suicídio já
é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Por isso, é muito importante estar atento ao comportamento


dos jovens e conhecer os sinais que eles dão que indicam que
estão precisando de ajuda. Neste e-book, vamos falar sobre
automutilação e ideação suicida nessa fase e mostrar quais
são os indicativos de que é necessário tomar determinados
cuidados. Ao final, vamos falar sobre a importância da família
nesses momentos e explicar como é o tratamento. Acompanhe!

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As razões por detrás
da automutilação
AS RAZÕES POR DETRÁS DA AUTOMUTILAÇÃO

Ao contrário do que se pensa, os atos de


automutilação não estão associados a
caprichos e nem a formas de chamar atenção
dos pais. Como esse tema tem ganhado
destaque na internet, muitos pais podem
associar a autoflagelação a modismos. No
entanto, esse comportamento está ligado
a questões psicológicas sérias, que, se não
tratadas da maneira adequada, podem
evoluir para situações irreversíveis.

Os jovens realizam atos de autoflagelação


em momentos de solidão, dor, angústia e
muita tensão interna — sentimentos com
os quais ainda não conseguem enfrentar.
Esses atos são vistos como tentativas
de substituir a dor que não conseguem
expressar de outras formas mais saudáveis.

Veja agora quais são as principais


causas da automutilação em jovens.

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AS RAZÕES POR DETRÁS DA AUTOMUTILAÇÃO

DEPRESSÃO

Na juventude, a depressão é uma questão muito delicada e


que precisa ser encarada com seriedade. Alguns pais podem
encarar a doença apenas como tristeza ou capricho, ou achar
que é apenas uma fase passageira — isso é muito perigoso,
pois a situação pode evoluir para coisas mais graves, como
o abuso de álcool e drogas e pensamentos suicidas.

Os sintomas mais evidentes da depressão nos jovens são o


isolamento social, redução de autoestima, sentimento de
inutilidade, tristeza e irritabilidade.
O desinteresse pela escola, faculdade ou por atividades
que antes eram prazerosas também é um sinal de alerta.

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AS RAZÕES POR DETRÁS DA AUTOMUTILAÇÃO

SOLIDÃO

Como falamos, a adolescência e os primeiros anos da vida


adulta são um momento delicado. O suporte da família é
o que permite ao jovem passar por essa etapa de forma
saudável e equilibrada. Por isso, os conflitos familiares e
o sentimento de não pertencimento a esse núcleo são
gatilhos que potencializam os ricos de automutilação.

A família disfuncional é um conceito que abrange tanto a ausência


física como o distanciamento emocional dos pais, o que gera a
falta de interação entre os membros da família e o sentimento
de solidão do jovem. Isso faz com que a pessoa também se
isole das pessoas ao seu redor. Já que não têm com quem falar
sobre seus sentimentos, os jovens optam pela autoflagelação.

BULLYING

A situação de bullying é comum na adolescência e está


muito relacionada a padrões estéticos e dificuldades
de aprendizagem, principalmente na escola. Os alunos
que não se encaixam nos padrões preestabelecidos
socialmente são alvos de perseguições dos colegas.
8
AS RAZÕES POR DETRÁS DA AUTOMUTILAÇÃO

Além desses pilares básicos de sustentação do bullying, a não


adequação a padrões de gênero e a dificuldade em aceitar a
homoafetividade também contribuem para a automutilação.

ABUSO

O abuso físico e emocional também pode fazer com que


o jovem se feche para o mundo e se torne recluso —
nesse estado, ele pode recorrer à autoflagelação.

É comum que jovens que sofreram ou ainda sofrem


abusos se sintam impuros ou enojados de si mesmos e se
machuquem como uma maneira de autopunição. Na maioria
dos casos, as vítimas sentem-se culpadas pelo abuso e
a automutilação é encarada como algo merecido.

Além desses, outros fatores como baixa autoestima,


estresse, distúrbios alimentares, ansiedade e transtornos
de personalidade também podem fazer com que os
jovens tenham tendência à automutilação.

9
Os sinais que indicam
a ideação suicida
OS SINAIS QUE INDICAM A IDEAÇÃO SUICIDA

As tentativas de suicídio podem ser impulsivas ou


associadas a sentimentos de desesperança e solidão.
Falar sobre isso é uma questão difícil para toda a família,
principalmente para os pais de jovens, que, muitas vezes, se
sentem culpados e não sabem como lidar com a situação.

O suporte familiar é muito importante para a manutenção


da saúde mental dos jovens, por isso os pais devem estar
sempre atentos aos sinais e aos fatores de risco — uso
de álcool e drogas e abuso na infância, por exemplo.

Preparamos a seguir uma lista com alguns


sinais de ideação suicida.

CONVERSA SOBRE MORTE

Algumas pessoas falam abertamente sobre morte e desejo


de morrer ou se suicidar. Elas também podem pesquisar
formas de se matar ou comprar armas, facas ou remédios.
Apesar de parecer óbvio, os familiares podem achar que
esse comportamento é uma tentativa de chamar atenção.
Entretanto, todo sinal de suicídio precisa ser levado a sério.

11
OS SINAIS QUE INDICAM A IDEAÇÃO SUICIDA

FALTA DE CUIDADO CONSIGO MESMO

O comportamento suicida está diretamente relacionado à falta


de autocuidado, pois existe uma perda do vínculo da pessoa
consigo mesma. A sua própria vida deixa de ser importante e,
por isso, a tendência é que o jovem deixe de se importar com
higiene, perca a vaidade e se comporte mal em situações sociais.
Comportamentos imprudentes, como dirigir embriagado e fazer
sexo desprotegido também podem ser sinais de ideação suicida.

MUDANÇA NO HUMOR E NO SONO

Mudanças rápidas de humor podem ser sinais de ideação


suicida. Se uma pessoa está muito deprimida, ansiosa
ou com raiva e, de repente, se acalma, isso pode indicar
que ela decidiu tirar a própria vida e, por isso, se sente
aliviada. Passar noites em claro ou dormir por muitas horas
ininterruptas também pode ser sinal de que algo não está bem.

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OS SINAIS QUE INDICAM A IDEAÇÃO SUICIDA

TENTATIVA DE FAZER AS PAZES


COM TODAS AS PESSOAS

A tentativa de reconciliação com pessoas com as quais


se desentendeu ao longo da vida podem ser um sinal
de alerta para o suicídio do jovem. Essas ações revelam
a busca por um encerramento da própria vida.

Além desses, outros comportamentos podem indicar


que o jovem está considerando o suicídio:

• emoções intensas;
• falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
• depressão;
• sentimento de que a vida não tem propósito;
• isolamento social;
• doação de bens;
• abuso de álcool e drogas e
• pesquisas sobre suicídio na internet, dentre outros.

13
O papel dos pais em
situações como essas
O PAPEL DOS PAIS EM SITUAÇÕES COMO ESSAS

Pode ser muito desafiador para os pais entender pelo que


os jovens estão passando ou o que estão sentindo. Mas
quando os comportamentos indicam que algo está errado,
é necessário tomar cuidados para evitar que aconteça o
pior, como a automutilação e os pensamentos suicidas.

Separamos algumas dicas para ajudar o jovem


a enfrentar esses momentos difíceis.

PERGUNTE

Se você suspeita que o seu filho está se machucando


deliberadamente ou considerando suicídio, é importante
intervir. Seja direto e pergunte a ele se isso está realmente
acontecendo — muitas vezes, essa abordagem é a mais eficaz.

15
O PAPEL DOS PAIS EM SITUAÇÕES COMO ESSAS

ESCUTE

A falta de comunicação entre pais e


filhos é um grande fator de risco para
comportamentos como esses. Por isso, se
mostre disponível e esteja sempre aberto
a ouvir o que o jovem tem a dizer. Evite
julgá-lo ou repreendê-lo severamente no
momento da conversa, para que ele não
se sinta rejeitado — isso pode prejudicar a
comunicação familiar nas próximas conversas.

ESTEJA ATENTO

A maioria dos jovens que se automutila ou


pensa em suicídio informam seu estado
mental por meio de comportamentos e ações
problemáticas. Esteja atento ao que acontece
na vida do seu filho e fique alerta para
situações de risco como uma grande perda,
abuso de drogas, pressão social, humilhação
pública, impulsividade, dentre outros.

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O PAPEL DOS PAIS EM SITUAÇÕES COMO ESSAS

NÃO NEGLIGENCIE

Qualquer declaração relacionada a suicídio deve ser tratada


com muita seriedade. Muitas vezes, os jovens que tentam
suicídio já disseram aos pais que queriam se matar previamente,
por isso esse tipo de aviso não pode ser negligenciado.
Esse tipo de ameaça jamais deve ser encarado como
drama — os pais precisam reconhecer a dor dos filhos,
validar seus sentimentos e expressar preocupação.

PROCURE AJUDA PROFISSIONAL

Se o comportamento do seu filho o preocupa, não exite em


procurar aconselhamento e apoio profissional. O tratamento
consiste na enfatização da capacidade de enfrentamento de
problemas e, depois, na melhora da auto estima, modificação
de comportamentos indesejados e solução de conflitos.

17
O PAPEL DOS PAIS EM SITUAÇÕES COMO ESSAS

SEJA PACIENTE

O comportamento autodestrutivo leva


tempo para se desenvolver e também
para mudar. Por isso, seja paciente e não
pressione o jovem a melhorar rapidamente
— deixe claro que entende que a melhora é
gradativa e se mostre disponível para ouvir,
apoiar e ajudar no que for necessário.

Além dessas, também existem outras


formas de ajudar o seu filho a encarar um
momento difícil como esses. Compartilhe
os seus sentimentos com ele e mostre que
estão juntos — isso melhora a comunicação
familiar e aumenta a sensação de
confiança e cumplicidade entre os dois.
Incentive-o a não se isolar da família
e dos amigos, a praticar esportes e se
envolver em atividades prazerosas.

18
A importância da
internação em
ambos os casos
A IMPORTÂNCIA DA INTERNAÇÃO
EM AMBOS OS CASOS

A internação de jovens é uma excelente alternativa para


preservar a integridade física dos jovens que pensam ou
tentam se suicidar ou se automutilam. A partir do momento em
que o paciente começa a receber o tratamento, os familiares
percebem rapidamente o efeito positivo das intervenções. Outro
benefício é que, depois da internação, os pais se sentem mais
seguros e conseguem relaxar mentalmente, se recuperando
dos desgastes dos períodos que antecederam a decisão.

Resolver internar um jovem não é fácil, mas se torna


necessário quando os seus atos colocam em risco a sua vida
ou integridade física. É preciso priorizar ações de prevenção
para assegurar a estabilidade da saúde do paciente.

20
A IMPORTÂNCIA DA INTERNAÇÃO
EM AMBOS OS CASOS

OS BENEFÍCIOS DA INTERNAÇÃO

Um dos grandes benefícios da internação é a redução de riscos e


diminuição da possibilidade da evolução do quadro para algo mais
grave. Por isso, internar o jovem é considerado um ato de proteção
à saúde integral e aumenta as chances de reverter a situação.

O ambiente favorável à recuperação também ajuda muito.


Instituições com boa infraestrutura e que ofereçam o suporte
adequado fazem muita diferença no resultado do tratamento.
Nesses lugares, o jovem podem participar de atividades físicas,
interagir com outras pessoas e participar de sessões de terapia.

COMO FALAR COM SEU FILHO


SOBRE INTERNAÇÃO

Como você já sabe, o diálogo entre pais e filhos é muito


importante para ajudar os jovens a enfrentar problemas
como esses. A opção pela internação não é uma decisão
fácil, mas pode representar a solução do problema quando o
indivíduo perde a capacidade de conviver com a coletividade
ou representa um perigo para a sua própria vida.

21
A IMPORTÂNCIA DA INTERNAÇÃO
EM AMBOS OS CASOS

Nessas situações, palavras de apoio podem ter um significado


muito especial e estimular a confiança que o jovem precisa
para decidir mudar de vida. Mantenha uma conversa
honesta, fale abertamente sobre o assunto e utilize palavras
de carinho. Explique que essa é a melhor solução para
restabelecer a harmonia familiar e a saúde do jovem.

22
A IMPORTÂNCIA DA INTERNAÇÃO
EM AMBOS OS CASOS

COMO ENCARAR A ANGÚSTIA


DE INTERNAR UM FILHO

Não é fácil enfrentar situações como essas, mas é preciso


entender que a opção pela internação é voltada para o bem-estar
do paciente. A medida traz muitos benefícios e, em longo prazo,
proporciona chances reais de recuperação. O risco de não tomar
essa decisão pode oferecer diversos perigos à vida do jovem.

A culpa não deve ser atribuída a ninguém, nem ao


filho, nem aos pais. A depressão ocorre por diversos
fatores, e não apenas por um motivo único.

A opção pela internação precisa ser encarada como uma


decisão adequada e positiva para reverter o quadro clínico
do jovem. Nos momentos difíceis, tenha em mente que o
seu filho está sendo cuidado por uma equipe especializada
e a consciência de que está fazendo o seu melhor por
ele. Seja positivo e enfrente os desafios com coragem para
que o seu filho esteja cercado de energias positivas.

23
Conclusão
CONCLUSÃO

As situações que os jovens enfrentam estão cercadas


de padrões preestabelecidos e pressão social, o que
pode levar ao adoecimento mental caso os sentimentos
negativos não sejam reconhecidos nem tratados.

Por isso, é muito importante estar atento ao que acontece


na vida do seu filho e prestar atenção nos sinais de que algo
não está bem. Quanto mais cedo atitudes preventivas são
tomadas, maiores as chances de recuperação e menor o risco
de comportamentos como automutilação e ideação suicida.

Caso a situação se agrave, não hesite em buscar ajuda


profissional. Uma equipe multidisciplinar de Saúde pode ajudar
muito no tratamento. Caso a internação seja necessária, busque
um hospital especializado em saúde mental, com profissionais
qualificados e infraestrutura adequada para a recuperação.

25
Fundado pelo Doutor Rômulo Bellizia, psiquiatra reconhecido e que conquistou
diversas premiações pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Geral, o Hospital Santa
Mônica é especializado em Saúde Mental e Dependência Química.

Oferecemos tratamento multidisciplinar com especialistas da área de Psiquiatria,


Psicologia, Terapia Ocupacional, Clínica Médica e outras voltadas exclusivamente
para assistência infantojuvenil e adulto. Contribuir para a reabilitação da saúde
física e mental do paciente, promover sua reinserção social e o resgate de sua
autonomia e bem-estar é o nosso objetivo.

Responsável Técnico Hospital Santa Mônica


Diretor Clínico do HSM - Est. Santa Mônica, 864
Dr. Carlos Eduardo Kerbeg CEP 06863-210
Zacharias - CRM 53.952 - Itapecerica da Serra – SP
Psiquiatra
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PABX (11) 4668-7455
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