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Endodontia - Resumos

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Brena Lopes

BRENA LOPES - ENDODONTIA 1

ENDODONTIA (PASSO A PASSO)


RESUMO DAS PRÁTICAS

DIAGNÓSTICO: FORMA DE CONVINIÊNCIA:


Realizado com base na anamnese Feito com a broca Endo Z, consiste
para escolher a melhor técnica. na retirada do teto e dos ombros
dentinários.
RADIOGRAFIA INICIAL (CAD):
Em alta rotação;
Comprimento aparente do dente:
mede da borda incisal (ou outro 3082, 3083.
ponto de referência) até o vértice do
dente.
PREPARO DO TERÇO
CERVICAL E MÉDIO:
Técnica do paralelismo.
Antes de entrar com a Gattes,
ANESTESIA: trabalhar com a solução irrigadora.

Visando o bem estar do paciente; Entre uma Gattes e outra, passar


uma lima de fino calibre para não
Anestesia tópica + local. obstruir o terço apical.
ABERTURA CORONÁRIA: • Gates nº1= CAD – 5
Ponto de eleição deve ser defenido • Gates nº2= CAD – 7
de acordo com o dente; • Gates nº3= CADA – 9.

Broca escolhida de acordo com a Em baixa rotação,


câmara pulpar do dente. 1011 a
CRI (COMPRIMEIRO REAL DO
1014.
INSTRUMENTO):
Molares e pré-molares optar por
uma HL. CRI = CAD – 3

Dentes anteriores: 2 mm do cíngulo Após colocar uma lima que ajuste,


em direção a borda incisal. 45º ao irá radiografar para localizar o X, do
longo eixo do dente. qual consiste na distância da ponta
do instrumento até o vértice.
Molares e PM: fosseta central.
CRD (COMPRIMENTO REAL
ISOLAMENTO ABSOLUTO: DO DENTE):
Feito para não contaminar o meio. CRD = CRI + X
BRENA LOPES - ENDODONTIA 2

CRT (COMPRIMENTO REAL DE - Essas etapas consistem em ativar


TRABALHO): a solução irrigadora, com o intuito
de promover melhor efetividade de
CRT = CRD – 1 limpeza no sistema de canais
radiculares.
01 mm: ficar aquém do vértice.

Comprimento de trabalho.
SECAGEM DOS CANAIS:
Secar o canal com o cone de papel
Lima que de ajusta: IAI (instrumento
absorvente, este vai ser referente
apical inicial).
ao IM (instrumento memória).
PREPARO DO TERÇO APICAL
A agulha roxinha ajuda também na
IAI + 04 LIMAS secagem!!

A ultima lima será o IM MEDICAÇÃO INTRACANAL:


(INSTRUMENTO MEMÓRIA);
Faz a pasta de hidróxido de cálcio
Entre uma lima e outra passar uma manipulando com soro ou agua
lima de fino calibre no CRD (CRT + destilada e inserir com a LÊNTULO
1). #08, #10, #15. (02 números a menos que o IM).

Além de passar a lima de patência, Fazer pressão com a bolinha de


sempre irrigar e aspirar. (hipoclorito algodão e radiografar.
de sódio 2,5%)
Obs: após preencher o canal todo
A lima de patência tem como com medicamento colocar bolinha
objetivo evitar a obstrução do terço de algodãoseca e depois o
apical. ionômero, tirar o isolamento,
observar a oclusão e mandar o
IRRIGAÇÃO FINAL: paciente para casa e no retorno
obturar.
PROTOCOLO DA EASY CLEAN;
Obtura só se o paciente não tiver
1. 3 x de NAOCl por 20 s
sintomatologia.
- sempre irrigando e
aspirando de uma vez para O veículo vai depender de quando o
outra. paciente irá retortar.
2. 3 x de EDTA por 20 s
- sempre aspirando de uma A medicação vai depender se houve
vez para outra. PQM. Se não houve
3. IRRIGA COM NAOCL instrumentação: OTOPORIN (polpa
- para neutralizar o EDTA. viva), PMCC (necrose).
4. IRRIGAÇÃO FINAL COM
✓ Se não houve PQM, so fez
SORO FISIOLÓGICO.
até odontometria. Na proxima
sessão continua e obtura. Ou
faz o PQM e coloca
BRENA LOPES - ENDODONTIA 3

medicação que seria o Vai tirando o espaçador e colocando


hidróxido de cálcio e na 3ª os acessórios.
sessão obtura.
Se o canal foi mt amplo: depois dos
- se for sessão única: não coloca 03 cones acessórios, colocar o
mic. espaçador.

REMOVER A MEDICAÇÃO: Corta o excesso com uma tesoura e


radiografa para ver se preencheu
Utiliza brocas esféricas todo o canal.
diamantadas para tirar o selamento
e bolinha de algodão. Radiografia bissetriz.

Removea MIC com hipoclorito de CALCADORES:


sódio + IM.
Usar os calcadores de paiva.
Protocolo da easy clean. Geralmente o 2 e o 3.

PROVA DO CONE: Enquanto o calcador maior vai


cortando, o menor vai condensando.
Utiliza o cone principal no mesmo
numero do IM e marca ele no CRT. A guta-percha deve ficar 02 mm
abaixo do colo do dente.
Inserir no canal com a pinça no
CRT. Corta com o quente e condensa
com o frio. (técnica de
Verificar se o cone está preso no condensação vertical.)
batente apical (tátil)
Técnica hibrida de Tagger: a
Verificar a marcação do cone em condensação lateral associada a
relação a borda incisal (ponto de guta condensador que irá plastificar
referência). a guta-percha e preencher todo os
espaços do canal radicular.
Radiografia para confirmar se está 1
mm aquém do CRT A guta condesador é 02 números
acima do IM.
Técnica de bissetriz.
Após plastificar faz a condesação
MANIPULAÇÃO DO CIMENTO:
vertical rigorosa para expandir todos
Passa o cone principal no os espaços.
cimento e insere no canal radicular;
Limpa a cavidade pulpar com
Inserir os cones acessórios; bolinha de algodão e álcool 70%,
coloca o ionoseal (ionômero), tira o
Colocar o espaçador digital a 04 isolamento e chega a oclusao.
mm aquém do CRT e colocando os
cones acessórios. Radiografia final.
BRENA LOPES - ENDODONTIA 4

23. CIV
24. RX.
AULA PRÁTICA endo 1
ESCALONAMENTO: depois do IAI
1. Abertura coronária (1011 a + 4 LIMAS, seleciona mais 03 limas:
1014); IM + 3. Instrumenta e passa o IM
2. Isolamento absoluto. entre a instrumentação das 03
3. Forma de contorno; limas. Sempre irrigar e aspirar.
4. Preparo do terço cervical e
médio: brocas gattes. ✓ - isso é para o canal ficar
5. Odontometria. mais cônico.
6. Lima que se ajuste no CRT;
7. Preparo apical: 1 + 4 limas;
8. Intercalar as limas do preparo
apical com a lima de patência
no CRD;
9. Remoção de smear layer:
LIMA MEMÓRIA AGITANDO
O EDTA POR 01 MINUTO.
OU EASY CLEAN (3X20seg
HIPOCLORITO E 3X20seg
EDTA).
10. Neutraliza com hipoclorito;
11. Lavagem final com soro;
12. Secagem com cone de papel
absorvente no CRT (IM)
13. MIC: Lêntulo 02 números a
menos que o instrumento
memória;
14. Obturação:
15. Prova do cone;
16. Analise Visual, tátil e
radiográfico;
17. Manipulação do cimento
endodôntico;
18. Inserção dos cones
acessórios
19. RX
20. Corte com os condensadores
de Paiva
21. Guta condensador: 02
números a mais que o IM;
22. Limpeza da cavidade com
bola de algodão e álcool;
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 1

ANATOMIA INTERNA DOS DENTES ANTERIORES


Para se obter sucesso na terapia LATERAL: este canal está localizado
endodôntica é necessário conhecer no terço cervical ou médio da raiz e
a anatomia interna, interpretar alcança o periodonto lateral.
radiografias e uma boa avaliação
clínica do órgão dental. SECUNDÁRIO: este canal está
localizado no terço apical da raiz e
A CAVIDADE PULPAR alcança o periodonto lateral.

Polpa radicular (canal radicular); ACESSÓRIO: este canal é uma


ramificação do canal secundário. Este
Polpa coronária (câmara pulpar). chega à superfície externa do cemento
TETO: parede voltada para a face apical.
oclusal ou incisal da cavidade pulpar. INTERCONDUTO: este canal une dois
canais entre si.
DIVERTICULOS / CORNOS
PULPARES: são proeminências RECORRENTE: este canal sai do
dirigidas às pontas das cúspides. canal principal, percorre toda a dentina
ASSOALHO: face oposta ao teto, onde e volta para o canal principal sem se
exteriorizar-se.
está localizada as entradas dos canais.
Está presente em dentes com mais DELTA APICAL: canais com múltiplas
condutos. terminações, origina o aparecimento de
outros forames.
PAREDES LATERAIS
CIRCUNDANTES: paredes CAVO-INTER-RADICULAR: este canal
vestibulares, lingual ou palatina, mesial sai do assoalho pulpar e termina na
ou distal. bifurcação ou trifurcação radicular.

CLASSIFICAÇÃO DOS CANAIS


RADICULARES:

CANAL PRINCIPAL: todo o canal que


vê na radiografia.

COLATERAL: este canal está paralelo


ao canal principal, apresenta menor
diâmetro e pode terminar em forame
único ou forames separados.
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 2

radicular (vértice). É localizado na


superfície externa da raiz. Tem um
contorno predominantemente circular.
Apresenta um diâmetro maior que o
dobro do limite CDC em jovens e o
triplo em idosos.

LIMITE CANAL
DENTINOCEMENTÁRIO (LIMITE
CDC): é a área de maior constrição
(menor diâmetro) e área de atuação do
CD. A transição dos canais dentinários
e cementários, ou seja, fica entre estes.
Local onde termina a polpa e inicia o
DIVISÕES DO CANAL RADICULAR: periodonto.

VÉRTICE: ápice da raiz.

ANATOMIA INTERNA DOS


DIFERENTES GRUPOS DE
SEGMENTO APICAL DO CANAL
DENTES ANTERIORES:
É a intima relação com os tecidos
perirradiculares. É importante para o INCISIVO CENTRAL SUPERIOR:
correto tratamento endodôntico.
Coroa trapezoidal, com eixo cérvico-
CANAL DENTINÁRIO: É cônico, tem incisal ligeiramente maior que mésio-
um menor diâmetro voltado para o distal.
ápice e é formado por paredes
Presença de dois divertículos / cornos
dentinárias (de dentina). Este é maior
pulpares bastante pronunciados
que o canal cementário.
(mesial/distal).
CANAL CEMENTÁRIO: Em 68 % dos
Há apenas uma única raiz, de forma
dentes jovens e 80 % dos dentes senis
cônico piramidal e na maioria
o canal cementário não segue o canal
retilíneas.
dentinário. O forame fica localizado
lateralmente, podendo chegar numa Canal radicular é único, amplo e
distancia entre estes de até 3,0 mm. reto. Tem forma trapezoidal no terço
cervical (colo anatômico) e transforma-
FORAME APICAL: o forame apical
se em circular a medida que chega no
está numa distancia de 0,5mm do ápice
terço apical (no ápice).
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 3

Seu comprimento é de 22,6mm. O canal radicular é único, amplo e


Apresenta 1 raiz e 1 canal. com dimensões V/P bem maior que
M/D.
Sua inclinação é de 3ºM-D 15ºV-P
O canal radicular apresenta secção
INCISIVO LATERAL SUPERIOR ovoide no terço cervical da raiz e a
Coroa trapezoidal com tendência a medida que vai para o ápice (terço
triangular; apical), vai ficando circular.

Seu comprimento é de 25,5mm.


Raiz única e relativamente delgada,
apresentando um achatamento M/D. Apresenta 1 raiz e 1 canal.

Curvatura acentuada da raiz no terço Inclinação de 6º M/D e 17º V/P.


apical no sentido D/P; INCISIVO CENTRAL INFERIOR:
Apresenta dois divertículos bem É o menor dente da arcada;
pronunciados (M/D);
Apresenta coroa trapezoidal e raiz
Canal radicular único. Raramente fortemente achatada no sentido M/D
apresenta dois canais (V/P) que se com sulcos longitudinais em suas
unem no terço apical para terminarem faces proximais.
em um único forame.
Apresenta divertículos/ corpos pulpares
O canal radicular tem sua forma ovoide pouco nítidos;
no terço cervical e á medida que vai
para o terço apical vai ficando com Canal com pequenas dimensões e
secção circular. quase sempre único (73,4%) e
retilíneos.
Seu comprimento é de 22,3mm.
Apresenta 1 raiz e 1 canal em 97% O canal radicular é bastante achatado
dos casos e pode apresentar 2 canais M/D e acentuado V/P. Devido ao
em 3% dos casos. achatamento pode apresentar 2 canais
em 26,6% dos casos.
Inclinação de 5ºM/D e 20ºV/P.
Canal com secção achatada no terço
CANINO SUPERIOR cervical e á medida que se aproxima do
É o dente mais longo da arcada terço apical fica circular.
dentária. Comprimento de 21,0mm. Apresenta
Apresenta coroa pentagonal e raiz apenas 1 raiz e 1 canal em 73,4% dos
única de forma cônico-piramidal com casos e 2 canais em 26,6% dos
casos.
secção aproximadamente triangular.

A porção apical da raiz possui Inclinação de 0ºM/D e 15ºV/L.


curvatura no sentido distal e as INCISIVO LATERAL INFERIOR:
vezes no sentido vestíbulo-distal.
Muito semelhante ao ICI, mas com
Apresenta um divertículo/corno dimensões maiores.
pulpar pronunciado.
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 4

Coroa trapezoidal e câmara pulpar OBSERVAÇÃO: ACHATAMENTO M/D:


achatada no sentido M/D. devido ao achatamento da raiz, pode
ocorrer a divisão do canal radicular em 2
Canal com pequenas dimensões, ramos, dos quais podem seguir trajetórias
quase sempre único e retilíneo, independentes ou se unem em alturas
achatado no sentido mésio-distal e variadas para terminar em um forame
pode apresentar 2 canais, mas com único.
menor possibilidade que o ICI.
CLASSIFICAÇÃO DE VERTUCCI
Canal com secção achatada no terço
O sistema de canais pulpar é
cervical e á medida que se aproxima do
complexo, os canais podem se
terço apical fica circular.
ramificar, se dividir e se fusionar
Comprimento de 22,0mm. Apresenta 1 novamente. Weine categorizou os
raiz e 1 canal na maioria dos casos. sistemas de canais radiculares em 04
Pode apresentar o 2º canal, mas com tipos básicos de raiz. Outros, usando
menores possibilidades comparado ao dentes diafanizados nos quais cada
ICI. sistema de canais foi tingido com
tintura de hematoxilina, observaram um
Inclinação de 0ºM/D e 10ºV/L sistema de canais muito mais
complexos: identificaram oito
CANINO INFERIOR
configurações de espaços pulpares,
Muito semelhante ao CS, mas com que podem ser resumidamente
dimensões inferiores. descritas do seguinte modo:

Apresenta raiz única e maioria dos TIPO I: um único canal se estende da


casos é fortemente achatada M/D. câmara pulpar até o ápice.

Pode ocorrer duplicidade de raízes (V/L TIPO II: dois canais separados deixam
em 6% dos casos). a câmara pulpar e se juntam no ápice
para formar um único canal.
Possui um divertículo/corpo pulpar.
TIPO III: um único canal deixa a
Seu canal radicular é único em câmara pulpar e se divide em dois na
88,2% com dimensões V/L maiores raiz, os dois então de difundem para
que M/D. sair como um único canal.

O canal radicular apresenta secção TIPO IV: dois canais distintos se


achatada no terço cervical e á medida estendem da câmara pulpar ao ápice.
que vai para o terço apical vai ficando
circular. TIPO V: um canal deixa a câmara
pulpar e se divide, próximo ao ápice,
Comprimento: 25,6mm. em dois canais distintos com forames
apicais separados.
Pode apresentar 1 raiz em 94% dos
casos e 2 raizes em 6% dos casos. TIPO VI: dois canais separados deixam
a câmara pulpar, fundem-se no corpo
Pode apresentar 1 canal em 88,2% da raiz e finalmente se dividem
dos casos e 2 canais em 11,8% dos novamente em dois canais distintos
casos. próximo ao ápice.
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 5

TIPO VII: um canal deixa a câmara


pulpar e divide-se em dois, que então
se fundem no corpo da raiz, onde o
canal, finalmente, se divide novamente
e dois distintos próximo ao ápice.

TIPO VIII: três distintos canais


separados que se estendem da câmara
pulpar ao ápice.

As porcentagens para dentes humanos


com essas configurações de canais
estão na tabela abaixo. As variações
anatômicas presentes nesses dentes
estão na 2º tabela. O único dente que
mostrou as oito possibilidades foi o
2ºPMS.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 1

ANATOMIA INTERNA DOS DENTES POSTERIORES


Para se obter sucesso na terapia LATERAL: este canal está localizado
endodôntica é necessário conhecer a no terço cervical ou médio da raiz e
anatomia interna, interpretar alcança o periodonto lateral.
radiografias e uma boa avaliação
clínica do órgão dental. SECUNDÁRIO: este canal está
localizado no terço apical da raiz e
A CAVIDADE PULPAR alcança o periodonto lateral.

Polpa radicular (canal radicular); ACESSÓRIO: este canal é uma


ramificação do canal secundário. Este
Polpa coronária (câmara pulpar). chega à superfície externa do cemento
TETO: parede voltada para a face apical.
oclusal ou incisal da cavidade pulpar. INTERCONDUTO: este canal une dois
canais entre si.
DIVERTICULOS / CORNOS
PULPARES: são proeminências RECORRENTE: este canal sai do canal
dirigidas às pontas das cúspides. principal, percorre toda a dentina e volta
ASSOALHO: face oposta ao teto, onde para o canal principal sem se
exteriorizar-se.
está localizada as entradas dos canais.
Está presente em dentes com mais DELTA APICAL: canais com múltiplas
condutos. terminações, origina o aparecimento de
outros forames.
PAREDES LATERAIS
CIRCUNDANTES: paredes CAVO-INTER-RADICULAR: este canal
vestibulares, lingual ou palatina, mesial sai do assoalho pulpar e termina na
ou distal. bifurcação ou trifurcação radicular.

CLASSIFICAÇÃO DOS CANAIS


RADICULARES:

CANAL PRINCIPAL: todo o canal que


vê na radiografia.

COLATERAL: este canal está paralelo


ao canal principal, apresenta menor
diâmetro e pode terminar em forame
único ou forames separados.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 2

FORAME APICAL: o forame apical está


numa distancia de 0,5mm do ápice
radicular (vértice). É localizado na
superfície externa da raiz. Tem um
contorno predominantemente circular.
Apresenta um diâmetro maior que o
dobro do limite CDC em jovens e o triplo
em idosos.

LIMITE CANAL
DENTINOCEMENTÁRIO (LIMITE
CDC): é a área de maior constrição
(menor diâmetro) e área de atuação do
CD. A transição dos canais dentinários
e cementários, ou seja, fica entre estes.
Local onde termina a polpa e inicia o
DIVISÕES DO CANAL RADICULAR: periodonto.

VÉRTICE: ápice da raiz.

METÓDOS DE ESTUDO
FINAL DE XIX EM 1845 – CARABELLI:
SEGMENTO APICAL DO CANAL
fez seccionamento e observação.
É a intima relação com os tecidos
PREISWERK EM 1901 INJETOU
perirradiculares. É importante para o
METAL FUNDIDO: observou que o
correto tratamento endodôntico.
material utilizado é friável e causou
CANAL DENTINÁRIO: É cônico, tem fraturas do mesmo no interior do canal.
um menor diâmetro voltado para o ápice
FISHER EM 1908 PÔS SOLUÇÃO DE
e é formado por paredes dentinárias (de
CELULOIDE E ACETONA: observou-
dentina). Este é maior que o canal
se também fragilidade do material, não
cementário.
copiando o interior do dente.
CANAL CEMENTÁRIO: Em 68 % dos
HESS EM 1917 PÔS BORRACHA
dentes jovens e 80 % dos dentes senis
LIQUIDA E PROMOVEL A
o canal cementário não segue o canal
VULCANIZAÇÃO: Desvantagem:
dentinário. O forame fica localizado
lateralmente, podendo chegar numa ✓ Difusão e alto peso molecular do
distancia entre estes de até 3,0 mm. material;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 3

✓ Desmineralização – alterando CANAIS RADICULARES:


assim a morfologia do dente.
Maior possibilidade de apresentar 02
OKUMURA EM 1917 FEZ A raízes e 02 canais.
DIAFANIZAÇÃO: pôs um liquido preto.
RAÍZES CANAIS
BARRET EM 1925 E COOLIDGE EM 02 RAIZES (61%) 02 CANAIS
1929, OINEDA E KUTTLER EM 1972 E (84,2%)
HARISSON EM 1997: realizaram cortes
01 RAIZ (35,5%) 01 CANAL (81%)
histológicos em inúmeros dentes para
03RAIZES (3,5%) 03 CANAIS (7,5%)
estudar a anatomia interna.

MULLER EM 1933, BARKER ET.


Quando apresenta 02 ou 03 raízes os
PARKER EM 1969, PINEDA E
canais são circulares;
KUTTLER EM 1972 E HARISSON EM
1977: Realizaram por métodos Quando apresenta 01 raiz o canal é
radiográficos. Mas estes apresenta achatado;
limitações: a radiografia é bidimensional
e assim tem a sobreposição de imagem. Quando apresenta 02 ou 03 canais,
estes terminam em forames
MAYO EM 1986 USOU METODOS independentes.
COMPUTACIONAL: realizou métodos
computacionais. Fez 06 rx Formato de RIM no limite CDC – é uma
tridimensional; Tomografia das principais características dos
Computadorizada. 1PMS.

ANATOMIA INTERNA DOS COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS:


DIFERENTES GRUPOS DE
Sobreposição das raízes;
DENTES POSTERIORES:
Porção apical delgada: pode causar
1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR:
uma hemorragia.
Este dente pode medir de 21,5 até
Fechamento do ápice: 12 a 13 anos de
22mm;
idade.
Apresenta coroa bicuspidada;
2º PRÉ-MOLAR SUPERIOR:
Câmara pulpar ovoide, achatada M/D,
Este dente pode medir 19 a 22 mm,
podendo assim apresentar 02 canais
geralmente mede 21,6 mm.
(V/P).
O comprimento das cúspides é
Apresenta 02 reentrâncias (V/P), sendo
semelhante;
que a maior é a VESTIBULAR.
A câmara pulpar é semelhante ao
A cúspide vestibular é maior que a
1PMS;
palatina.
Há reentrâncias V e P semelhante;
Apresenta dois corpos pulpares
pronunciados, sendo que o corno pulpar CANAIS RADICULARES
vestibular é maior que o palatino.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 4

Tem maior possibilidade de apresentar 03 raízes;


apenas 01 raiz e 01 canal.
▪ A fusão é rara
RAÍZES CANAIS
01 RAIZ (94,6%)01 CANAL 03 canais (30%)
(53,7%)
02 RAIZES 02 CANAIS 04 canais (70%)
(5,4%) (46,3%)
RAIZ MÉSIOVESTIBULAR:
SEMPRE PROCURAR O 2º CANAL,
POIS TEM GRANDES ➢ Achatada M/D
POSSIBILIDADES; ➢ Devido ao achatamento mesio-
distal pode apresentar o CANAL
COMPLICAÇÕES ANATOMICAS:
PALATINO DA RAIZ M-V.
Sobreposição de imagens – dificulta ➢ Volumosa V/P
observar anatomia; ➢ Apresenta curvatura para a
distal.
Porção apical delgada – hemorragia; ➢ Onde está o 4º canal

Raiz com curvatura para a vestibular;

Fechamento do ápice radicular: 12 a 14


anos de idade;

1º MOLAR SUPERIOR:

Este dente mede 21,3mm;


RAIZ DISTOVESTIBULAR:
Pode apresentar 04 a 05 reentrâncias.
➢ Canal único;
▪ A 5ª é devido a presença do ➢ Localiza-se mais palatal
tubérculo de Carabelli. ➢ Apresenta mais fácil acesso;
Apresenta coroa cubica e irregular; ➢ Canal reto e arredondado;
➢ Apresenta curvatura para a
Coroa tetra ou pentacuspidada; mesial (19% dos casos).

Sua câmara pulpar apresenta assoalho


triangular, paredes laterais convexas,
sulco em Y. RAIZ PALATINA:

Base da abertura voltada para a ➢ É a mais volumosa;


vestibular, pois pode encontrar mais de ➢ Achatada V/P;
um canal e por causa que apresenta ➢ Apresenta curvatura para
raízes vestibulares. E o vértice para a a vestibular (55% dos
palatina, apresenta apenas 1 raiz. casos).
➢ Forma cônica e secção
CANAIS RADICULARES ovoide.

Maior possibilidade de apresentar 03


raízes e 04 canais.
COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS:
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 5

Raiz próxima ao seio maxilar; Por mais que sera raro o 4º canal é
obrigatório procurar.
Presença do 04º canal;
Sobreposição do zigomático;
Curvatura para a distal da raiz MV
Fechamento do ápice radicular: 14 a 16
Fechamento do ápice: 9 a 10 anos de anos de idade.
idade.
3º MOLAR SUPERIOR
OBSERVAÇÕES:
Apresenta morfologia bastante variada;
O canal palatino é de fácil localização e
acesso, porque é mais amplo. Raízes são menores e mais curvas;

O canal MV é o mais de difícil acesso, Pode apresentar raízes fusionadas;


devido ao achatamento M/D e a
Contraindicação para endodontia, salvo
presença do 2º canal (palatino da raiz
casos estratégicos (prótese, razões de
MV);
oclusão).
O canal DV ocupa a porção mais apical
1º PRÉ-MOLAR INFERIOR:
da raiz.
Este dente pode apresentar 21,9 até
2º MOLAR SUPERIOR:
22mm de comprimento;
Este dente apresenta 21,7mm
Sua câmara pulpar é ovoide e com 02
Sua câmara pulpar é muito parecida reentrâncias.
com a do 1MS.
A reentrância vestibular é a mais
Apresenta 04 a 03 reentrâncias pronunciada.

Cúspide tetra ou tricuspidada; Coroa bicuspidada e pode apresentar


achatamento M/D este dente.
O canal DV é mais para a face palatina
da raiz; Coroa ovoide;

O 4º canal é raro; CANAIS RADICULARES:

CANAIS RADICULARES Maiores possibilidades de ter apenas 01


raiz e 01 canal.
RAÍZES: CANAIS:
03 RAIZES 03 CANAIS RAÍZES: CANAIS:
(MAIOR (50%) 01 RAIZ (82%) 01 CANAL
POSSIBILIDADE) (66,6%)
04 CANAIS 02 RAIZES (18%) 02 CANAIS
(50%) (31,3%)
03 RAIZES 03 CANAIS
(RARO) (2,1%)
COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS:

Localização mesial do DV, as vezes Apresenta forma elíptica no terço


pode trepanar para a DISTAL, e o canal cervical e forma circular no terço médio
está mesializado na raiz. e apical.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 6

COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS: 02 RAIZES 03 CANAIS


(97%) (56%)
Na presença de 02 a 03 canais, estes 03 RAIZES 04 CANAIS
muitas vezes se localizam na porção (2,5%) (36%)
média e apical da raiz, dificultando 02 CANAIS
assim o tratamento endodôntico. (RARO)

Fechamento do ápice: 12 a 13 anos.


Maior possibilidade de ter 02 raízes e 03
2º PRÉ-MOLAR INFERIOR: canais. Obrigatório procurar o 4º canal.

Câmara pulpar semelhante ao 1PMI; Quando apresenta 03 canais:

O canal radicular é mais comprido, ➢ 01 canal distal


menos achatado e mais circular; ➢ 02 canais mesial;

CANAIS RADICULARES: Quando apresenta 04 canais:

RAÍZES: CANAIS: ➢ 01 canais distal


1 RAIZ (92%) 01 CANAL ➢ 03 canais mesiais
(89,3%%) OU
02 RAIZES (8%) 02 CANAIS ➢ 02 canais distais
(10%) ➢ 02 canais mesiais.

O canal distal tem um desvio para a


Fechamento do ápice radicular: 14 anos distal em 10,5% dos casos.
de idade.
COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS
1 º MOLAR SUPERIOR:
Presença do canal CAVO-INTER-
Este dente apresenta até 21,9mm de
RADICULAR;
comprimento;
“Dupla curvatura”: para mesial e distal.
Sua câmara pulpar apresenta assoalho
triangular. ➢ Fazer movimento de limagem
(desgaste anti-curvatura);
Na abertura coronária deste dente a
base é para mesial e o vértice para a CONSIDERAÇÕES:
distal. Pois na M apresenta mais
possibilidades de ter mais de um canal. Utilizar limas NiTi

Apresenta 05 reentrâncias (3 V e 2 L); Fechamento do ápice radicular: 09 a 10


anos de idade
Apresenta 05 cornos pulpares;
É o primeiro dente permanente da boca;
Sua coroa é pentacuspidada.
O canal mesial intermediário (4º canal
É o dente mais volumoso da arcada; na raiz mesial) é raro.
Raizes achatadas M/D e amplas V/L 2º MOLAR INFERIOR:

CANAIS RADICULARES: Este dente pode medir até 22,4mm

RAÍZES: CANAIS:
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 7

Câmara pulpar com 04 reentrâncias (2V ✓ invaginação do esmalte está


e 2L); circunscrita à área da coroa
dental;
Coroa tetracuspidada (04 cúspide);
Tipo 2: Terço cervical e terço médio;
Menor que o 1MI.
✓ a invaginação do esmalte
CANAIS RADICULARES: ultrapassa a JAC, estendendo-
se até a raiz e terminando em um
RAÍZES: CANAIS:
“saco cego”.
02 RAIZES 03 CANAIS
(98,5%) (72,5%)
Tipo 3: Terço médio e terço apical;
03 RAIZES 02 CANAIS
(1,5%) (16,2%) ✓ invaginação do esmalte
04 CANAIS
atingindo a região apical do
(11,3%)
dente, de modo formar um
forame apical.
Apresenta maior possibilidade de ter 02
raízes e 03 canais. Pode gerar falso canal;

O 3º canal: raiz mesial. Importante o selamento das fossas


palatinas para impedir o acúmulo de
COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS: placa bacteriana e diminuir o risco de
cárie.
Quando na presença de 03 canais:
CANAIS EM FORMA DE “C”. Pode-se não encontrar a câmara pulpar;

Fechamento do ápice radicular: 14 a 15 Comum em Incisivos Laterais


anos de idade. Superiores;

3ºMOLAR INFERIOR Um dens in dente grau 03: tratamento


endodôntico via apical.
Grande variação de anatomia;
DILACERAÇÃO RADICULAR:
Mesma consideração do 3ºMS.
Anomalia dentária de forma caracterizar
VARIAÇÕES DA ANATOMIA por uma curvatura anormal na raiz em
RADICULAR: relação a coroa do dente.

DENS IN DENTE Sua etiologia está associada a fatores


traumáticos na dentição decídua ou
Dentes invaginados;
fatores hereditários como
É uma alteração de desenvolvimento desenvolvimento anormal da raiz devido
dos dentes originada pela à presença de um supranumerário,
invaginação na superfície da coroa cisto, tumores, falta de espaço, lábio
de um dente antes de ter ocorrido sua leporino, erupção retardada , anomalia
calcificação. Assim pode predispor ao dental ou tecidual.
aparecimento de cáries.
Comum em Molares inferiores
➢ Classificação:
Curvatura acentuada da raiz
Tipo 1: câmara pulpar;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 8

Diagnostico feito por radiografia; assoalho da câmara pulpar. Logo, os


referidos molares são anormalidades
Optar por Limas flexíveis (NiTi- radiculares que, embora ocorram
rotatórias); inconstantemente, o profissional deve
No uso das limas de aço inoxidável estar ciente da sua existência e ser
corre risco de perfuração; capaz de realizar um tratamento
endodôntico satisfatório.
CANAIS EM FORMATO DE “C”:
DENTES EVAGINATUS:
Realizar o movimento de limagem para
alargar o canal; É uma projeção do tecido
mineralizado durante o
Comum em molares; (segundo molar desenvolvimento, antes da sua
inferior); mineralização.

Dificuldade: O segundo molar inferior, Comum em PMI;


na sua forma anatômica padrão, é um
“Cúspide Talão”: proliferação anormal do
dente com duas raízes (mesial e distal), epitélio de esmalte no interior do retículo
com um único canal na raiz distal e dois estrelado do órgão do esmalte resultando
na mesial. Os três orifícios de entrada em uma protuberância na face palatina dos
dos canais radiculares geralmente têm a dentes anteriores ou oclusal dos dentes
configuração de um triângulo junto ao posteriores.
assoalho da câmara pulpar. Entretanto
Em casos de desgaste ou fratura, a polpa
o segundo molar inferior é um dente
pode ser exposta e se necrosar;
que apresenta grande variedade de
configuração anatômica. Uma
alteração que pode ocorrer é a forma
de "C", quando o assoalho da câmara FUSÃO:
apresenta conformação de uma
02 germes dentários tentaram se unir;
fenda, conectando os canais
mesiolingual, mesiovestibular e São 02 coroas;
distal, formando um arco de 180º.
São raízes independentes;
O formato de "C" é de difícil diagnóstico
pelo método radiográfico e somente Faz o tratamento endodôntico do dente
pode ser confirmado com a exploração que está precisando;
do assoalho da câmara pulpar, durante
os procedimentos endodônticos durante
o tratamento endodôntico; GERMINAÇÃO:

Segundo Silveira e Haas [16], o 01 germe dentário tenta se dividir em 02;


tratamento endodôntico de um molar em
forma de "C" apresenta algumas Comum em dentes anteriores;
dificuldades, tais como grandes
Tratamento endodôntico em todo o
probabilidades de remoção parcial de
canal;
tecidos pulpares e a possível
obturação deficiente (em razão de A raiz e o canal são únicos, ou seja, não
ficarem espaços vazios), além da há independência de raiz e canal, pois é
maior chance de perfuração no um só germe dentário;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 9

Em casos que não há vitalidade, após o


teste de vitalidade, ou em necrose
CALCIFICAÇÃO
pulpar, faz o tratamento endodôntico;
Verdadeira: produção de dentina,
reduzindo a câmara pulpar. Na dentina
há presença de túbulos dentinários, a FATORES MODIFICADORES DA
frente de uma injuria, há formação de ANATOMIA DENTAL:
dentina pela polpa. Está aderido as
paredes do canal. IDADE;

Falsa: proveniente dos sais de cálcio. À TRAUMA OCLUSAL;


frente de uma injuria, há formação de
TRAUMATISMOS DENTO-
microabscessos dentro da polpa. Não
ALVEOLARES;
está aderido as paredes do canal.
CÁRIE / RESTAURAÇÕES;
REABSORÇÃO INTERNA E
EXTERNA: - formação da dentina reparadora,
devido uso de brocas durante o
Geralmente causada por TRAUMA ou
tratamento, por exemplo.
INFECÇÕES;

Os odontoblastos descolam das


paredes dentinarias, e estes
protegem o dente dos osteoclastos,
desprotegendo o dente, os
osteoclastos atuam na reabsorção;

Prognostico é ruim;

Não há uma causa especifica;

Durante o tratamento endodôntico pode


haver perfuração devido a reabsorção;

Em reabsorção externa, causa muito


comum é o uso de aparelhos
ortodônticos, devido a movimentação
dentária.

✓ Cessa o movimento e
acompanha;
✓ Interrompe o tratamento;

É importante identificar a causa e


remove-la;

Pode ser que o dente não precise de


uma endo, pois a polpa pode estar vital,
então remove o causador passível de
remoção;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 1

CIRURGIA DE ACESSO EM DENTES ANTERIORES


O acesso é a primeira e, indiscutivelmente, mais importante fase do tratamento
não-cirúrgico do canal radicular. O preparo de um acesso bem delineado é
essencial para um bom resultado endodôntico. Sem o acesso adequado, os
instrumentais e materiais tornam-se difíceis de se manipular apropriadamente
em sistemas de canais radiculares altamente complexos e variáveis.

OBJETIVOS DO PREPARO DO ACESSO CAVITÁRIO:

1) Remover todas as cáries;


2) Preservar a estrutura sadia do dente;
3) Remover integralmente o teto da câmara pulpar;
4) Remover todos os tecidos pulpares coronais (vitais ou necrosados);
5) Localizar todos os orifícios do canal radicular;
6) Alcançar direta e corretamente o acesso ao forame apical ou à curvatura
inicial do canal;
7) Estabelecer margens do preparo cavitário para reduzir ao máximo a
infiltração marginal do dente restaurado.
Ou seja, um acesso cavitário muito bem realizado proporciona um caminho livre
e direto ao sistema de canais radiculares e, consequentemente, ao ápice ou à
posição da primeira curvatura.
Quando corretamente preparado, o acesso cavitário permite irrigação,
modelagem e limpeza completas e uma obturação de boa qualidade.
É o primeiro contato com a polpa;
CLÍNICO X RADIOGRÁFICO: já dá para ver como vai ser o
processo/tratamento. Pois nos dá posição, dimensão, forma da coroa, volume
da câmara pulpar. Ou até mesmo se há presença de próteses, restaurações
extensas, cárie.

UM ACESSO BEM REALIZADO PERMITE:

✓ Acesso direto a região apical;


✓ Luminosidade e visualização da câmara pulpar;
✓ Instrumentação facilitada;
✓ Obturação adequada;
✓ Redução de erros de procedimentos;

DIVISÕES DO PREPARO CAVITÁRIO:

1) ABERTURA CORONÁRIA;
2) ESVAZIAMENTO DA CÂMARA PULPAR;
3) LOCALIZAÇÃO E PREPARO DA ENTRADA DOS CANAIS;
4) PREPARO DO TERÇO CERVICAL E MÉDIO
Se uma for realizada incorretamente, outras fases vão ser afetadas.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 2

ABERTURA CORONÁRIA:

PONTO DE ELEIÇÃO: identifica o local onde a abertura deve ser iniciada.


➢ LOCALIZAÇÃO: face palatina ou lingual.
➢ DENTES SUPERIORES: 02mm abaixo do cíngulo
➢ DENTES INFERIORES: 02mm acima do cíngulo
É realizado sem ISOLAMENTO ABSOLUTO
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: é a direção que a broca
deve entrar durante a abertura coronária, iniciando o ponto de eleição, em
relação ao dente.
➢ Também chamada de: penetração inicial;
➢ Perfuração das estruturas duras da coroa até alcançar a câmara
pulpar (cair no vazio)
➢ Direção de 45º ao longo eixo do dente;
➢ Broca esférica compatível com o tamanho da câmara pulpar;
Se a broca for menor que a câmara pulpar: haverá menos resistência nas
laterais e irá cair direto no vazio.

Se a broca for maior: irá desgastar mais o dente e terá menos a sensação de cair
no vazio.

Brocas utilizadas: 1011, 1012, 1014, (Brocas esféricas diamantadas).


✓ Utilizadas em ALTA ROTAÇÃO;
✓ É colocada no ponto inicial (ponto de eleição) de modo que forme um
ângulo de 45º com o longo eixo do dente. Deve perfurar o esmalte e
a dentina até que haja ausência de resistência.
✓ “SENSAÇÃO DE CAIR NO VAZIO”: indica que já chegou a câmara pulpar.
✓ Movimentos de “entrada e saída” ou “vai e vem”.
✓ Deve-se tomar cuidado com a inclinação, para evitar uma perfuração na
face vestibular.
FORMA DE CONTORNO E CONVENIÊNCIA: forma da cavidade de acesso à
câmara pulpar.
➢ Tem como objetivo: facilitar a localizar a entrada dos canais e
possibilitar a utilização de instrumentos endodônticos com mínima
interferência.
➢ Configuração e dimensão da câmara pulpar;
➢ Movimentos de tração de dentro para fora;
➢ Projeção da anatomia interna na anatomia externa;
BROCAS UTILIZADAS: ENDO Z, 3082, 3083
INCISIVOS SUPERIORES: forma triangular, com base voltada para incisal e vértice
para o ponto de eleição. Com ângulos arredondados.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 3

INCISIVOS INFERIORES: forma triangular, com base voltada para incisal e vértice para
o ponto de eleição. Com ângulos arredondados.

CANINOS: forma lancelada, forma de lança, de chama.

É REALIZADA COM ISOLAMENTO ABSOLUTO


As brocas utilizadas na forma de conveniência são brocas que tem a ponta
inativa e só cortam nas laterais.
À medida que a cavidade de acesso vai sendo estendida lateralmente, a
inclinação da broca deve ir ficando cada vez mais próxima ao longo eixo do
dente.
OBJETIVOS:
✓ Acesso direto a instrumentação
✓ Visibilidade adequada dos orifícios de entrada
✓ Limpeza correta do SCR (sistema de canais radiculares)
✓ Simplificar todas as manobras operatórias
Executar desgastes compensatórios: remoção de projeções dentinárias,
divergência das paredes.
➢ OMBRO PALATINO: é uma projeção dentinária. É necessário fazer um
desgaste compensatório para que a lima entre reta e também para facilitar
a execução das outras etapas;
Antes de considerar finalizada a abertura coronária é necessário verificar com
a sonda exploradora nº5 a presença ou não de teto, de remanescente de polpa,
evitando assim escurecimento da coroa.
A abertura coronária deve ter a extensão necessária para permitir o acesso
adequado e, ao mesmo tempo, ser suficientemente pequena para não fragilizar
a unidade dentária.

ESVAZIAMENTO DA CÂMARA PULPAR:

Concluída a abertura coronária, o uso de curetas de tamanhos variados e


adequados promoverá a remoção de conteúdo da câmara pulpar, deixando livre
o acesso à entrada do canal radicular.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 4

Em dentes jovens, utiliza cureta. (biopulpectomia – pulpite irreversível)


Em dentes mais velhos ou quando a polpa está necrosada, já irá sair com a
broca enquanto estiver fazendo forma de conveniência.
Ao entrar na câmara pulpar, em casos de biopulpectomia, remove a polpa com
cureta e faz constantes aspirações e irrigações, para remover os restos teciduais
e estancar o sangue.
✓ Seringa Luer-Look com agulha hipodérmica
✓ Hipoclorito de sódio 2,5%

LOCALIZAÇÃO DA ENTRADA DO CANAL RADICULAR:

A câmara pulpar limpa e seca oferece as condições ideias para que o cnal possa
ser localizado.
Utiliza-se para a localização dos canais: SONDA EXPLORADO Nº47 ou LIMA
DE FINO CALIBRE (limas especiais: #06, #08, #10. Ou até mesmo a #15)
➢ Se tiver CENTRALIZADA: 01 canal;
➢ Se tiver VESTIBULARIZADA/LINGUAL/PALATINA (ou): suspeita-se de
mais outro conduto.
Dentes unirradiculares tem continuidade da câmara pulpar.

PREPARO DO TERÇO CERVICAL E MÉDIO

Facilita e melhora a instrumentação e irrigação;


Torna-se a entrada do conduto mais cônica e facilitará na odontometria, pois irá
eliminar ou diminuir as interferências das paredes do canal e assim a lima não
terá dificuldade de entrar em todo o conduto radicular, dessa forma, nos dá com
mais precisão os valores da odontometria.
O preparo do terço cervical e médio facilita o trabalho para uma
instrumentação mais fácil na porção apical.
Modificará sua forma e suas dimensões, dando forma de funil, facilita o acesso
direto aos terços médio e apical
BROCAS UTILIZADAS: GATES GLINDDEN OU PEESO LARGO
➢ GATES:
1ºGATES: (CAD – 5)
2ºGATES: (CAD – 7)
3ºGATES (CAD – 9).
Sempre irrigante e aspirando e passando uma lima de patência (lima de fino
calibre, para desobstruir o canal)
Brena Lopes – ENDODONTIA I 5

Antes de realizar o preparo do terço cervical e médio deve-se pegar a radiografia


inicial do dente e medir o CAD (comprimento aparente do dente).
O resto do terço da raiz: TRABALHA COM LIMA;
O stop deve parar na borda incisal – ponto de referência na gates (não pode
ultrapassar ou estará ampliando demais).
A gates não deve ser forçada a entrar, se sentir resistência, parar.
Vão sobrar 5mm finais de polpa do terço apical, que serão limpos com a lima
porque o diâmetro do terço apical não é conhecido.
VANTAGENS DO PREPARO:
➢ Eliminar interferências sobre os instrumentos
➢ Possibilita uma penetração da agulha da irrigação, além de criar áreas de
escape para solução irrigadora
➢ Libera o cone de guta percha principal dos austes do terço cervical e
médio
➢ Cria espaço para refluxo do cimento obturador
➢ Facilita uso dos espaçadores digitais
➢ Reduz o tempo necessário a instrumentação

ERROS NO PREPARO DA CAVIDADE DE ACESSO:

Acesso por cavidades já existentes.


Abertura insuficiente: não localiza os canais, e pode causar o escurecimento da
coroa.
Direção da trepanação incorreta.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ABERTURA CORONÁRIA:

I. A abertura coronária deve ser feita de tal maneira que nos ofereça um
acesso direto ao canal radicular, por meio de uma lima reta.
II. O assoalho da câmara pulpar não pode ser deformado, uma vez que
auxiliará na localização dos canais.
III. Todas as saliências do teto da câmara pulpar devem ser
removidas/eliminadas.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 1

ODONTOMETRIA CONVENCIONAL E
ELETRÔNICA
ODONTOMETRIA tratamento. Aceita-se portanto, que
a constrição apical deve ser o limite
“É a fase da técnica endodôntica ideal de instrumentação e
em que, por meio de recursos obturação.
matemáticos, radiográficos e/ou
eletrônicos, são determinados os - Forame menor: limite CDC
limites da terapia, que estejam
- Forame maior: término do canal
relacionados à instrumentação que
à obturação dos condutos cementário
radiculares”. - Portanto, instrumenta-se até o
- Mede o comprimento de trabalho limite CDC, pois logo depois dele é
tecido periodontal e pode causar
CARACTERISTICAS APICAIS danos a este (traumas operatórios).

SUCESSO ENDODÔNTICO – NÍVEL DE


Pucci & Reig (1944)
OBTURAÇÃO.
1. Grupo 1: único forame de
grande diâmetro (dentes
- Aquém de 2mm: 68%
jovens)
2. Grupo 2: Delta(pacientes - De 0 a 2mm: 94% (mais
meia-idade) recomendado: 1mm).
3. Grupo 3: único forame,
podendo levar a calcificação - Cone ultrapassado: 76%
da região apical. ODONTOMETRIA RADIOGRÁFICA –
- Quanto menor a idade – Maior a CONSIDERAÇÕES.
anatomia – Menos o diâmetro do
Dissociação dos canais
forame
Mesiorradial: 1º canal: PALATINO
- Quanto maior a idade – Menor a
(para mesial) | 2º canal:
anatomia – Maior o diâmetro do
VESTIBULAR (para distal).
forame
Distorradial: 1º canal: PALATINO
LIMITES APICAIS DE (para distal) | 2º canal:
INSTRUMENTAÇÃO E OBTURAÇÃO
VESTIBULAR (para mesial).

Os procedimentos operatórios Ortorradial: sobreposição.


deverão estar contidos em um limite
em que não causem danos aos
tecidos periapicais, favorecendo o
reparo desta área após o
Brena Lopes – ENDODONTIA I 2

- MÉTODOS DE CLARK • Fatores a serem


considerados:

- Usar a mesma régua

- Posicionamento adequado dos


stops ou cursores

- Desgaste e correção das


referências coronárias incisais e
oclusais (verificar se tem suporte
dentinário para a base de
referência, se tiver esmalte
socavado deve-se remover, pois
pode haver fratura e daí deve mudar
todo o planejamento.)

É indispensável o preparo do
terço cervical e médio dos
canais radiculares antes da
odontometria.
1. Asas do grampo
TÉCNICAS PARA DETERMINAR A
- Asa superior: está na ODONTOMETRIA
palatina/lingual
Sensibilidade tátil digital
- Asa inferior: está na vestibular
Métodos radiográficos
2. Cúspide – identificação
Métodos eletrônicos
Cúspide vestibular: + inferior –
radiopaca
MÉTODOS RADIOGRÁFICOS –
Cúspide palatina: + para superior + TÉCNICA DE ODONTOMETRIA DE
radiopaca INGLE

MOMENTO DA
Ingle e Beveridge (1979), para
ODONTOMETRIA
determinar o comprimento do dente,
utilizava-se de uma radiografia de
Técnica radiográfica precisa e uma diagnóstico com distorção mínima.
radiografia bem revelada e fixada;
Maior facilidade na execução
Determinar o ponto de referência do
limite coronário; OBTENÇÃO DO CAD
(comprimento aparente do dente)
Determinar o ponto de referência do
limite apical (vértice radiográfico). ✓ Primeiro a ser feito;
✓ Tem muitas distorções;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 3

✓ Feito com a régua de


plástico; MÉTODOS ELETRÔNICOS
✓ Da borda incisal até o vértice
✓ Técnica do paralelismo e Localizadores apicais eletrônicos
usando posicionador
01) INDICAÇÕES
OBTENÇÃO DO CRI ✓ Situações rotineiras;
(comprimento real do ✓ Detecção de perfurações,
instrumento) fraturas e reabsorções;
✓ CRI= CAD – 3mm ✓ Pacientes gestantes – evita a
exposição ao rx;
(ex: CAD: 21mm, CRI= 21-3=
18mm) ✓ Pacientes com ânsia de
vômito;
✓ Travar o instrumento nessa
medida; ✓ Sobreposição radiográfica de
estruturas anatômicas;
OBTENÇÃO DO CRD ✓ Sobreposição de canais
(comprimento real do radiculares.
instrumento) 02) CONTRA-INDICAÇÕES
✓ Dentes com formação
✓ CRD= CRI + X apical incompleta ou com
X (Distância da ponta do processo de reabsorção
instrumento até o vértice). apical avançado;
✓ Portadores de
Mede com a régua plástica esta marcapasso cardíaco;
distância no raio x (o instrumento ✓ Portadores de prótese ou
vai estar no canal)- novo raio X – restaurações metálicas.
técnica de bissetriz 03) RAZÕES PARA O
SURGIMENTO DOS
OBTENÇAO DO CRT
LOCALIZADORES APICAIS
(comprimento real de trabalho)
✓ Distorções de imagens
✓ CRT= CRD – 1mm ✓ Sobreposição de
✓ 1mm: nível de obturação estruturas
✓ Realizada uma nova ✓ Não coincidência da saída
radiografia para confirmar o foraminal com o ápice
local de trabalho anatômico.
04) VANTAGENS
SEQUÊNCIA DA ODONTOMETRIA ✓ Indica com precisão o
limite CDC quando
RX INICIAL
corretamente operado;
RX cálculo do X ✓ Menor tempo de
tratamento
RX confirmação do CRT ✓ Não sofre interferência
das estruturas
anatômicas;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 4

✓ Fácil manipulação III. Colocar a alça labial na


✓ Radiação reduzida, por comissura labial do paciente
menor quantidade de e a outra alça presa no
tomadas radiográficas; instrumento inserido no
✓ Otimização do tempo de canal.
trabalho do profissional. IV. Inserir o instrumento até que
o sensor atinja o marco 0.
EVOLUÇÃO: V. Posicionar o “stop” até o
ponto de referência.
1º GERAÇÃO: tipo resistência.
VI. Remover a lima e medir na
Consiste em um microamperímetro,
régua.
um potenciômetro e dois eletrodos.
VII. O CRT será o valor dado no
CONTRA-INDICAÇÃO: necessita localizador – 1mm.
de um canal totalmente seco e livre
de sangue, pus ou tecido pulpar.

2º GERAÇÃO: tipo impedância -


RESUMINDO
CONTRA-INDICAÇÃO: necessita
de um canal totalmente seco e livre
de sangue, pus ou tecido pulpar. 1º CAD: faz o rx e mede com a
3º GERAÇÃO: tipo frequência- régua flexível;
dependente. 2º CRI: CAD – 3mm (o quanto você
4º GERAÇÃO: tipo “ratio method”. vai entrar com a lima).

A medição simultânea da RADIOGRAFIA: com o instrumento


impedância de duas ou mais no canal (lima com o mm de
frequências separadas, onde um acordo com o CRI e coloca o stop,
quociente das impedâncias é obtido do qual deve tocar na borda
e expresso com a posição da lima incisal).
no interior do canal radicular. São 3º CRD: CRI + X. Após a
confiáveis em suas medições radiografia, mede com a régua
mesmo na presença de fluidos e flexível a distancia da ponta do
tecido pulpar. instrumental até o vértice da raiz
SEQUÊNCIA DE TRABALHO: na radiografia, para determinar o
X.
I. Dente com isolamento
absoluto com cirurgia de 4º CRT: CRD – 1mm. Faz o rx com
acesso a preparo do terço o instrumento (com o CRD - 1) no
cervical e médio. canal e confirma o CRT. Deixar
II. Inserir a lima que se ajuste 1mm àquem.
no interior do conduto úmido (medir a lima e o stop na régua
com hipoclorito de sódio. endodôntica, MEDIR DISTANCIA É
COM A FLEXÍVEL)!!
Brena Lopes – ENDODONTIA I 1

CONCEITOS BÁSICOS (CROWN-DOWN) E


PREPARO ESCALONADO

▪ Manuais
OBJETIVOS
▪ Rotatórios
▪ Brocas especiais
▪ Sistemas sônicos e
Limpeza dos sistemas de
ultrassônicos
canais radiculares:
Finalidade:
Remoção de todo o conteúdo do
canal: Polpa viva, restos ▪ Promover desgaste de
necróticos, microrganimos, dentina;
toxinas e smear layer. ▪ Ampliação do canal
radicular;
Ações: Mecânica (instrumentos
endodônticos); Química (solução
irrigadora); Física (irrigação – AÇÕES QUIMICAS
aspiração).
Substâncias químicas
Modelagem do canal
radicular: ▪ Antimicrobiana;
▪ Solvente de tecidos
Obtenção de formato cônico orgânicos e inorgânicos;
apical com menor diâmetro apical; ▪ Mudança de pH do meio.

Preservação da forma original do


canal; AÇÕES FISÍCAS
Manter o forame em sua posição
Corresponde a movimentação
original e tão pequeno quanto
hidráulica do liquido circulante
prático e patente;

Favorecer boa obturação Finalidade:

Ações: Mecânica. ▪ Facilita a instrumentação;


▪ Remover as raspas de
dentina;
AÇÕES MECÂNICAS ▪ Remover restos orgânicos;
▪ Remover microrganismos;
Instrumentos endodônticos:
Brena Lopes – ENDODONTIA I 2

▪ Remoção dos conteúdos Movimento: Avanço, giro a


inacessíveis a
direita e tração.
instrumentação mecânica;
▪ Auxiliar a secagem dos
canais. MOVIMENTO DE EXPLORAÇÃO OU
CATETERISMO
SEMPRE IRRIGAR,
Indicações:
NUNCA REALIZAR
INSTRUMENTAÇÃO COM Conhecimento da anatomia
interna;
CANAL SECO
Exploração inicial do canal;

MOVIMENTOS DE Determinação de
odontometria.
INSTRUMENTAÇÃO
Instrumentos:
FATORES QUE DETERMINAM Lima tipo K de aço inoxidável;
A INSTRUMENTAÇÃO:
Diâmetro menor que o do canal;
Anatomia do sistema de canais;
Sem pré-curvamento.
Características dos instrumentos
endodônticos; Movimento:

Movimento empregado. Pequenos avanços, giro à direita e


à esquerda e pequenos
retrocessos.

MOVIMENTO
REMOÇÃO MOVIMENTO DE ALARGAMENTO
Indicações: PARCIAL ALTERNADO

Remoção da polpa dentária; Indicações:


Remoção de material obturador; Preparo do terço apical de canais
retos e curvos
Remoção de cone de papel ou
material estranho.
Instrumentos:
Instrumentos: Limas tipo K, flexofire e Niti;
Lima hedstroem Diâmetro maior que o menor
diâmetro do canal.
Limas tipo K
Brena Lopes – ENDODONTIA I 3

Movimento: dois mm aquém para realizar


o movimento.
Avanço, giro à direita e à
esquerda, retrocesso de 1 a 2 mm Movimento:
e avança.
Avanço e tração com pressão
Vantagens: lateral.
Força balanceada / movimento
Indicações:
oscilatório;

Mantém a instrumentação Segmento achatado do canal


centralizada; (limagem circundante);

Secção transversal circular; Deslocamento obliquo do


instrumento em relação ao eixo do
Favorece adaptação do cone de canal.
guta;
Desgaste anticurvatura (limagem
Menor extrusão de debris através localizada)
do ápice.
Deslocamento paralelo do
ATENÇÃO: Em canais instrumento em relação ao eixo do
acentualmente curvos usar canal.
instrumentos flexíveis e não
Contraindicação:
dobrados. Isso pode resultar
em: deformação do preparo e Instrumentação do terço apical =
deslocamento apical (ZIP) e
fratura do instrumento por
extrusão de debris para o
dobramento alternado. periápice.

MOVIMENTO DE LIMAGEM
MANOBRAS E CONCEITOS
Instrumentos:
(técnica de instrumentação)
Limas tipo K ou flexofire de aço;

Diâmetro menor que o do canal;


TERMINOLOGIA:

Sem pré-curvamento. DIÂMETRO ANATÕMICO:


diâmetro do primeiro instrumento
Nos casos em que o endodôntico que se ajusta no
instrumento encontrar ajuste interior de todo o canal radicular.
no interior do canal, recuar
Brena Lopes – ENDODONTIA I 4

DIÂMETRO CIRÚRGICO: BATENTE APICAL: obturação


diâmetro do último instrumento biológica. Conhecido como ombro
endodôntico empregado na apical, parada apical da
instrumentação do segmento instrumentação ou degrau apical,
apical do canal radicular. é onde o cone principal de
obturação se encaixa. É o ponto
PREPARO QUÍMICO- de parada da instrumentação,
MECÂNICO: união de três equivalente ao CRT, determinado
eventos distintos na odontometria.
(instrumentação, emprego de
substâncias químicas auxiliares e PATÊNCIA FORAMINAL: canal
irrigação-aspiração). cementário desobstruído (CPC).

INSTRUMENTAÇÃO: é DESGASTE
realizada por meio dos ANTICURVATURA: consiste
instrumentos endodônticos. no desgaste direcionado às
paredes dentinárias externas.
IRRIGAÇÃO- ASPIRAÇÃO:
representa uma corrente liquida SOLUÇÃO QUÍMICA OU
no interior da cavidade pulpar. SOLUÇÕES IRRIGANTES:
finalidade de promover
PATÊNCIA DO FORAME
dissolução do tecido orgânico
APICAL: manutenção do canal vivo ou necrosado, a eliminação
cementário principal (aberto, ou máxima redução possível dos
desobstruído) durante o preparo microrganismos, a lubrificação, a
de um canal radicular. quelação dos íons de cálcio e a
suspensão de dentritos oriundos
AMPLIAÇÃO DA CONSTRIÇÃO
da instrumentação.
APICAL: ampliação e
regularização da constrição apical
do canal radicular. Tem como CLASSIFICAÇÃO DOS
objetivo a criação do batente CANAIS RADICULARES
apical.

CRT: comprimento real do Quanto à anatomia:


trabalho, é obtido deduzindo-se 1
mm aquém do ápice radiografado. ▪ Segmento cervical e
médio:
INSTRUMENTO DE
PATÊNCIA: instrumento de fino Secção circular ou ovalado
calibre utilizado em todo o (achatado);
comprimento do canal radicular.
Secção ovalado apresenta o
diâmetro V-L no mínimo duas
Brena Lopes – ENDODONTIA I 5

vezes maior que o diâmetro M-D. CLASSE I:


O diâmetro descresce no sentido
apical. Canal amplo ou mediano, reto ou
com curvatura suave, raio igual ou
▪ Segmento apical: maior que 20mm ou ângulo até 5º.
Secção circular. A exploração do canal é acessível
até a abertura foraminal.
Quanto ao diâmetro:
▪ AMPLO:
Diâmetro anatômico é igual ou
superior ao instrumento de nº35.

▪ MEDIANO:
Diâmetro anatômico é entre o
instrumento nº 20 e 30. CLASSE II:
▪ ATRESIADO: Canal atresiado, com curvatura
moderada, raio maior que 10mm e
Diâmetro anatômico é igual ou
menor que 20mm ou ângulo de até
menor ao instrumento nº15.
20º.
Quanto a direção: A exploração do canal é acessível
até abertura foraminal.
▪ RETÍLINEO;

▪ CURVILÍNEO:

Segundo o Método de
Schneider (1971) (ângulo de
curvatura) e Método
geométrico (Lopes et al., 1998)
(raio de curvatura)

SUAVE: até 5º e/ou raio igual ou


maior que 20mm; CLASSE III:
MODERADA: até 20º e/ou raio Canal atresiado, com curvatura
maior que 10mm e menor que severa, raio igual ou menor que
20mm; 10mm ou ângulo superior a 20º.
SEVERA: superior à 20mm e/ou Difícil acesso à abertura
igual ou menor que 10mm. foraminal.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 6

PREPARO ESCALONADO

TÉCNICA DE
INSTRUMENTAÇÃO:

CLASSE IV: NÃO ECALONADA:


Canais atípicos. Apresentam tipos Instrumentos empregados em
de canais que não se enquadram todo comprimento do canal;
nas classes anteriores:
Ordem crescente de diâmetro;
Dentes com dupla curvatura
radicular; Maior número de acidentes
(canais curvos e atrésicos)
Dentes com dilaceração radicular. (degraus; deslocamentos apicais,
obliteração apical e perfurações).

ESCALONADA:
Instrumentos utilizados em
degraus nos segmentos cervical e
médio;

Ordem crescente de diâmetro em


toda a extensão do canal do
segmento apical;

Menos iatrogenias;

Maior conicidade do preparo


apical.

Convencional ou não-
convencional.

TIPOS DE INSTRUMENTAÇÃO:

ÁPICE-COROA

(strep-down):
Brena Lopes – ENDODONTIA I 7

instrumentação apical antecede A partir desta adiciona-se


esse escalonamento. mais quatro, aumentando o
diâmetro das limas;
o PROGRAMADO;
o ANATÔMICO A ultima lima é o
. instrumento memória.
COROA-ÁPICE
(crown-down): Sempre entre uma lima e
outra passar o instrumento
instrumentação apical precede de patência: uma lima de
esse escalonamento. fino calibre avançada 1mm
do CRT para evitar a
o PROGRAMADO; obstrução do canal
o ANATÔMICO. cementário, ou seja,
evitando que forme uma
obstrução do canal, do qual
ÁPICE-COROA
pode diminuir o CRT.

É UM ESCOLAMENTO DO
Em 1969, idealizada Clem
RECUO PROGRESSIVO, ou
VANTAGENS: fácil execução. seja, vai instrumentando do
ÁPICE À COROA, a cada
DESVANTAGENS: lima vai recuando, deixando
o canal mais cônico.
Potencial de extrusão e detritos e
material necrótico; SEMPRE IRRIGANDO A
Bloqueio apical; CADA INSTRUMENTAÇÃO:
RETIRAR O SMER LAYER:
Alterações do comprimento de
RESTO DE DENTINA, A
trabalho;
LAMA DE DENTINA, É
Tendência de desviar o canal IMPORTANTE REMOVE-LA
radicular; PARA QUE A MEDICAÇÃO

Menos conicidade do canal PENETRE NOS TUBULOS


radicular. DENTINÁRIOS.

Confecção do batente
apical:

Procura a lima que se ajusta no


seu canal: INSTRUMENTO INICIAL
DE TRABALHO;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 8

COROA- ÁPICE
INSTRUMENTAÇÃO
Surgiu em 1980;
NÃO CONVENCIONAL
Vantagens:
“Nenhuma técnica de
Reduz a possibilidade de
instrumentação promove
alteração do CRT durante o
total limpeza e correta
preparo;
modelagem de canais
Redução de debris via forame; radiculares.”

Facilita a compactação do Adequada instrumentação


material obturador;

Facilita a neutralização do Conhecimentos


conteúdo séptico. anatômicos e dimensões do
canal;
Desvantagens:
Seleção do instrumento e
• Risco de perfurações e movimentos para cada
fraturas verticais; segmento do canal.
• Em canais atresiados e
curvos pode acarretar a ETAPAS DO PREPARO
perda de trajetória do canal. BIOMECÂNICO:
Observações: 1) Radiografia inicial;
INVÉS DE RECUAR PROGRIDE, 2) Anestesia;
ou seja, vai instrumentando da 3) Acesso coronário
coroa ao ápice, vai diminuindo o 4) Isolamento absoluto;
diâmetro da lima, fazendo o canal 5) Pré- instrumentação:
mais cônico. localização do canal:
lima de fino calibre
Após o preparo deste fazer a rígida ou sonda nº 47.
confecção do batente. 6) Localização do canal ou
canais radiculares;
Instrumento de memória: a lima
7) Cateterismo e
que se ajustou inicial. + 04 limas
exploração;
diminuindo o diâmetro, a última é
8) Ampliação cervical;
o IM. Sempre irrigando e a cada
9) Determinação do CRT e
lima passar a lima de patência.
patência:
instrumentação inicial.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 9

IRRIGAÇÃO DOS Movimento de cateterismo:


CANAIS RADICULARES: avanço, giro p D e p E e recuo.

Importante! Não se trabalha em AMPLIAÇÃO CERVICAL:


canal seco!!
Eliminar interferências
A irrigação é um elemento anatômicas;
fundamental; ✓ grandes constricção no
segmento cervical próximo ao
Após o acesso já se faz a primeira
orifício de entrada.
irrigação da câmara coronária;
Favorece avanço do instrumento
Ao adentrarmos no canal
no sentido apical;
radicular, SEMPRE a cavidade
pulpar deverá estar cheia de Facilita a exploração em todo o CT
substâncias irrigadoras.
Esvaziamento parcial do canal:
LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS diminui o risco de compactação
para o segmento apical.
RADICULARES:
LOCALIZAÇÃO DOS
Através de sondas exploradoras
de ponta reta e afilada; CANAIS RADICULARES:

Recurso indispensável: Uso de aparelhos de ultrassom


ampliação e iluminação da
Uso de corantes (evidencia a
cavidade pulpar.
provável localização com
EXPLORAÇÃO INICIAL DO mudanças de cor da dentina);
CANAL RADICULAR OU Emprego do microscópio óptico
CATATERISMO: (magnificação do assoalho da
câmara pulpar).
Contato inicial do profissional;
VANTAGENS DA
Verificar: números, direção,
diâmetros dos canais. INSTRUMENTAÇÃO DO
Possibilidade de acesso a região SEGMENTO CERVICAL
apical. NO SENTIDO COROA-
Lima tipo K #08 ou 10 (diâmetro ÁPICE:
menos que os dos canais);
Promove eliminação de parte do
Não necessitam de pré- conteúdo do canal, minimizando o
curvamento risco de compactação para o
segmento apical ou extrusão para
Câmara pulpar preenchida por
a região periapical;
hipoclorito de sódio;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 10

Favorece o avanço dos INSTRUMENTAÇÃO INICIAL


instrumentos de menor diâmetro OU LEITO DO CANAL:
quando empregados na
sequência de instrumentação. Lima tipo K #08, 10, 15

Permite que, durante a A patência deverá ser mantida em


instrumentação do segmento todas as etapas de
apical, somente a região de menor instrumentação;
diâmetro do instrumento
mantenha contato com a parede Em casos em que a patência não
do canal; foi obtida ou perdida, o limite de
instrumentação deverá ser o mais
Facilita a instrumentação do terço próximo possível do ápice
apical, reduzindo a possibilidade radicular.
de defeitos (deslocamentos
internos e externos). SEGUNDA ETAPA:
INSTRUMENTAÇÃO.
Promove pela sua maior
conicidade, zona de escape Principio de ação: Coroa-ápice
acentuada, em nível cervical sem pressão;
durante a instrumentação dos
segmentos médio e apical Limas: 1 (primeira lima que se
reduzindo o material extruído via ajusta ao CRT) + 4
forame e, consequentemente, a
Forma final deve ser cônica e
dor pós-operatória.
secção reta transversal ciricular;
Permite maior penetração da
Selamento apical satisfatório:
agulha irrigadora em sentido
apical, facilitando a irrigação/ - impede a entrada de fluidos teciduais no
aspiração e melhor limpeza do canal e microorganismos do canal para
os tecidos periapicais.
segmento terminal do canal;

Permite volume maior de solução VANTAGENS DE


química auxiliar dentro do canal INSTRUMENTAÇÃO APICAL
durante a instrumentação; COM INSTRUMENTOS DE
Facilita a compactação de material MAIORES DIAMETROS:
obturador;
01: Permite volume maior de solução
Favorece a determinação do química auxiliar durante o preparo;
diâmetro anatômico apical e
02: Favorece mecanismos de
correta seleção do IAI.
irrigação/aspiração (maior avanço
da agulha em sentido apical);

03: Permite o uso de maior volume


de medicação intracanal;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 11

04: Melhor limpeza e modelagem do Biopulpectomia vs


canal; Necropulpectomia
05: Facilita a seleção do cone de
Limpeza do forame.
guta-percha, compactação do
material obturador e selamento da Bio: não faz limpeza.
cavidade.

IRRIGAÇÃO COM EDTA:


PATÊNCIA X LIMPEZA DO
1 MIN FORAME

Patência: manutenção do canal


Quelante (quelante especifico
para ions cálcio e dentina); cementário principal livre, com
uma lima de fino calibre menor
Remove smear layer; que o diâmetro anatômico.

- abertura dos túbulos Limpeza do forame: utilizada por


dentinarios; uma lima ajustada no
comprimento total do dente após
- neutraliza com hipoclorito de a confecção do batente. Somente
sódio a 1%; realizada em destes com polpa
- irrigação final com soro; necrosada.

MIC – MEDICAÇÃO INTRA-


CANAL E SELAMENTO
PROVISÓRIO.

QUANDO A LIMPEZA E A
MODELAGEM ESTÃO
COMPLETOS?

CRITÉRIOS: raspas dentinárias


limpas – solução irrigadora
límpida; sentido tátil – paredes
lisas.

Cumprimento do planejamento do
preparo.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 12
Brena Lopes – ENDODONTIA I 1

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS PARA


IRRIGAÇÃO

SUBSTÂNCIAS QUIMICAS: Resistência de um fluído em


movimento.
Existem as substancias auxiliares
na instrumentação e as soluções O inverso da fluidez.
irrigadoras, estas se diferenciam
A viscosidade diminui com o
pelas suas propriedades físicas e
aumento da temperatura.
químicas.
Quanto maior a temperatura,
OBJETIVOS
maior fluidez, menor viscosidade.
Dissolução de tecidos orgânicos
A viscosidade reduz a capacidade
vivos ou necrosados.
de penetração da solução
Eliminação ou máxima redução química.
de bactérias.
OBSERVAÇÕES:
Lubrificação.
Com a tensão superficial baixa e
Quelação de ions de cálcio. a viscosidade baixa, vai haver um
aumento do alcance do jato da
Suspensão de detritos. solução, maior efeito de
turbulência dentro do canal,
Remover Smear Layer.
maior refluxo do liquido para
câmara pulpar, maior efetividade
de limpeza.
REQUISITOS
A viscosidade e a tensão
TENSÃO SUPERFICIAL superficial influenciam nas
propriedades físicas e químicas.
Varia com a temperatura e o tipo
de superfície. ATIVIDADE DE SOLVENTE DO
TECIDO
Quanto menor a tensão
superficial, maior será a Sua atividade vai depender:
capacidade de umectação e
penetração, promove maior Tempo de ação: quanto maior
efetividade de limpeza. tempo a solução ficar, mais eficaz
será.
VISCOSIDADE
Concentração: quanto maior sua
concetração, mais eficaz, e não
Brena Lopes – ENDODONTIA I 2

necessariamente necessita do ATIVIDADE DE QUELANTE


mesmo tempo de uma solução
com concentração menor. Substância orgânica que
Existem casos que as duas são removem íons de cálcio da
equivalentes aos resultados de dentina e fixando-os
eficácia. quimicamente.

Área de contato com o tecido: O efeito descalcificante do agente


quanto mais áreas a solução quelante resulta em menor
envolver, melhor, maior limpeza. resistência dentinária à ação de
corte dos instrumentos
Temperatura da solução: pode-se endodônticos.
elevar a temperatura da solução
para melhorar sua eficácia. Após instrumentação: uso de
quelantes (EDTA) para remover
Relação de volume e substrato te smear layer das paredes
tecido orgânico: volume dentinárias do canal radicular.
equivalente a quantidade de
tecido orgânico, ajudando assim ATIVIDADE DE
na atividade de dissolver esse LUBRIFICANTE
tecido.
Redução da força de atrito.
Frequência de renovação da
solução no interior do conduto: é Forma uma película que diminui o
de extrema importância a contato físico entre as superfícies
renovação constante do liquido, dos instrumentos e da dentina;
pois a presença dos materiais
Diminui o desgaste e preserva a
orgânicos, a depender do seu
capacidade de corte dos
volume e quantidade, pode
instrumentos.
diminuir a eficácia e as
propriedades da solução química. Canais atresicos: facilita a
passagem do instrumento até o
Agitação mecânica: potencializa a
CRT.
ação da solução. Ex: easy clean.
SUSPENSÃO DE DETRITOS
ATIVIDADE
ANTIMICROBIANA Manter detritos orgânicos e
inorgânicos em suspensão.
Eliminação das bactérias;
Impedir sedimentação apical.
Uma solução sem capacidade
antimicrobiana exerceria apenas Impedir obstrução do canal.
um efeito de lubrificação e
IMPORTANTE: Renovação da
suspensão de detritos no canal
substancia química
radicular, como: SORO OU ÁGUA
constantemente!!!!
DESTILADA.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 3

ATIVIDADE
SOLUÇÕES QUÍMICAS
AUXILIARES NA ANTIMICROBIANA
INSTRUMENTAÇÃO
Efeito do cloro ativo: inibição
enzimática e formação de
HIPOCLORITO DE SÓDIO cloraminas.

Classificado como composto Fatores que interferem:


halogenado:
✓ pH da solução;
• LIQUIDO DE DARKIN (1919, ✓ Temperatura;
Coolidge): solução de ✓ Relação matéria orgânica e
NAOCl a 0,5%, neutralizada volume;
por ácido bórico; ✓ Concentração.
• LIQUIDO DE DAUSFRENE:
solução de NaOCl a 0,5%,
neutralizada por ATIVIDADE SOLVENTE
bicarbonato de sódio;
• SOLUÇÃO DE MILTON: FATORES QUE INFLUENCIAM:
soluções de NaOCl a 1%, ➢ Relação entre
estabilizada com cloreto de volume da solução e
sódio (16%); massa
• SOLUÇÃO DE ➢ de tecidos
LABARRAQUE: soluções orgânicos;
de NAOCl a 2,5% ➢ Superfícies de
• SODA CLORADA (1936, contato entre o
Walker): solução NAOCl tecido e a solução;
variável entre a 4 e 6% ➢ Tempo de ação;
• ÁGUA SANITÁRIA: soluções ➢ Temperatura da
de NAOCl a 2 e 2,5%. solução;
➢ Agitação mecânica;
PROPRIEDADES DO
➢ Concentração da
HIPOCLORITO DE SÓDIO: solução
➢ RENOVAÇÃO DA
➢ ATIVIDADE ANTIMICROBIANA;
SOLUÇÃO NO
➢ SOLVENTE DE MATÉRIA
INTERIOR DO
ORGÂNICA;
CANAL.
➢ DESODORIZANTE
➢ CLAREADORA; AUMENTO DOS FATORES =
➢ LUBRIFICANTE; AUMENTO A DISSOLUÇÃO
➢ BAIXA TENSÃO SUPERFICIAL;
➢ DETERGENTE (SAPONIFICAÇÃO Efeito combinado entre o
DE LIPÍDIOS) hidróxido de sódio e acido
hipocloroso:
Brena Lopes – ENDODONTIA I 4

- hidróxido de sódio + acido


graxos – sais de ácidos graxos
(sabão) CLOREXIDINA
- hidróxido de sódio + Dois anéis clorofenólicos nas
aminoácidos – sal e água extremidades, ligados a um grupo
biguanida de cada lado,
- ac. Hipocloroso + amino dos aa
conectados por uma cadeia de
– cloraminas e água.
hexametileno.

Clorexidina em soluções aquosa


ATIVIDADE é mais utilizada na odontologia.
DESODORIZANTE Soluções incolores e inodoras;

O odor é causado a partir das São mais estáveis no pH 5 a 8


infecções bacterianas, das quais (acima disto, precipita);
bactérias produzem ácidos
Atividade bacteriana Ph 5,5 a 7.
graxos de cadeia curta,
compostos sulfurados, amônia e PROPRIEDADES DA
poliaminas.
CLOREXIDINA
O CLORO DESODORIZA POR 02
➢ ANTISSÉPTICO
MECANISMOS:
CATIÔNICO;
➢ Atividade letal sobre os m.o ➢ AGENTE ANTIBACTERIANO
da infecção pulpar; DE AMPLO ESPECTRO;
➢ TEMPO DE AÇÃO
➢ Ação oxidativa sobre PROLONGADA
produtos bacterianos (SUBSTANTIVIDADE);
neutralizando-o e eliminando ➢ BACTERIOSTÁTICA EM
o mau- odor. BAIXAS
CONCENTRAÇÕES;
➢ BACTERICIDA EM ALTAS
CONCENTRAÇÕES;
➢ ALTA CAPACIDADE DE
ADSORÇÃO;
➢ EFETIVA NO CONTROLE
DA PLANA BACTERIANA E
GENGIVITE;
➢ BIOCOMPATIBILIDADE
RESTRITA;
➢ NÃO É DISSOVENTE DE
TECIDO ORGÂNICO.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 5

INDICAÇÕES: ✓ Prejudica a adesividade e


adaptação dos materiais
Alérgicos a hipoclorito de sódio; obturadores.
Rizogênese incompleta O EDTA é neutralizado pelo
(possibilidade de hipoclorito de sódio.
extravasamento).
Utiliza-se o EDTA logo após o
Não pode ser utilizada juntamente PQM, e logo depois da retirada da
com o hipoclorito de sódio, medicação.
devido a um precipitado
acastanhado que escurece o Seu uso após a instrumentação
dente. aumenta a possibilidade de
obturação dos canais laterais.
EDTA
Acondicionado em frascos de
Ácido Etilenodiamino Tetracético vidro, com o tempo, o EDTA
Dissódico; quela o cálcio do silicato de
cálcio existente na composição
Concentração 17% do vidro – DIMINUE CAPACIDADE
DE ATUAÇÃO.
Ostby (1957) indicado para canais
atrésicos; RC- PREP
Quelação de ions cálcio da Forma de creme.
dentina;
Composição: 15% EDTA + 10%
Ação autolimitante; peroxido de ureia + 75%
Ação desmineralizadora sobre a Carbowax;
dentina; Lubrificante;
Biocompatível; Altamente citotóxico (Carbowax);
Antisséptico; RC-Prep + Hipoclorito a 2,5% =
Eficiente para remover a lama LIMPEZA DO CANAL; REMOÇÃO
dentinária (“smear layer”). DE DETRITOS; ELIMINAÇÃO DE
BACTÉRIAS.
IMPLICAÇÕES CLINICAS DO
ÁGUA DE CAL
SMEAR LAYER:
Solução saturada de hidróxido de
✓ Obstruir túbulos dentinários;
cálcio ouro, pró-análise em agua
✓ Reduz a permeabilidade da
recentemente fervida e resfriada;
dentina
✓ Dificulta a penetração da Cerca de 0,14g de Ca(OH), em
medicação intra-canal 100ml de água;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 6

Límpida. Não dissolvem tecido;

pH aproximadamente 11 Irrigação final.

Alta tensão superficial; Não devem ser utilizadas como


soluções químicas auxiliares do
Ausência de atividade solvente; * PQM.
Atividade antibacteriana baixa *
IRRIGAÇÃO – ASPIRAÇÃO
*= Não possui propriedades para
soluções químicas auxiliar de
instrumentação; IRRIGAÇÃO: Corrente liquida no
interior do canal.
Acondicionada em frasco de cor
âmbar (evita alterações pela ASPIRAÇÃO: Ação de atrair, por
claridade)
sucção, fluídos e partículas
INDICAÇÕES: sólidas de uma cavidade.

Irrigação dentes com vitalidade OBJETIVOS:


pulpar.
Remover detritos.
Rizogênese incompleta.
Redução do numero de m.o.
Hemorragia pulpar
(vasoconstrição); FATORES QUE
Tratamento conservador da INFLUENCIAM:
polpa.
Propriedades físicas da solução
irrigante.
SOLUÇÕES Anatomia do canal radicular.
IRRIGADORAS Diâmetros das agulhas
irrigadoras.
OUTRAS SOLUÇÕES
TÉCNICA DE IRRIGAÇÃO:
ÁGUA DESTILADA; Selecionar e adaptar a agulha de
irrigação. Preencher com solução
SOLUÇÕES ANESTÉSICAS;
irrigadora;
SORO FISIOLÓGICO;
Posicionar a seringa: ponta da
PROPRIEDADES: agulha na entrada do canal;

Segurar a cânula para aspiração;


Não apresentam atividade
antimicrobiana; Iniciar a irrigação;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 7

Agulha de irrigação: POTENCIALIZA A SOLUÇÃO.

✓ Deve atingir o terço apical; MAIOR EFETIVIDADE DE


✓ 3 a 4 mm aquém do CRT; LIMPEZA.
✓ Movimento de VAI e VEM.
Agitar por 1 minuto em cada
Irrigação e aspiração canal;
concomitantes.
800 rpm e 1 Nm;
IRRIGAÇÃO
ULTRASSÔNICA
PASSIVA (PUI)

Descrita pela primeira vez por


Weller et.al (1980).

Complementar a limpeza dos


canais radiculares após o preparo
biomecânico;

Potencializa a ação do agente


químico pela sua capacidade de
cavitação e movimentação que
acabam resultando no
deslocamento dos detritos que
impediriam a ação da solução
irrigadora no interior dos túbulos
dentinários.

EASY CLEAN

PROTOCOLO DE USO PELO


FABRICANTE:

03 vezes de 20 segundos
com NAOCl.

03 vezes de 20 segundos
com EDTA trissódico a 17%

Coloca NAOCl no canal

Lavagem final com SORO.

EX – ENDO FINISHER
Brena Lopes – ENDODONTIA I 1

MEDICAÇÃO INTRA-CANAL

“A medicação intracanal consiste • Reparação dos tecidos


no emprego de medicamentos no perirradiculares:
interior do canal radicular, onde
deverão permanecer ativos ↑ SUCESSO.
durante todo o período entre as
!! Istmos, ramificações, delta
sessões necessárias à conclusão apical e irregularidades, não são
do tratamento endodôntico.” usualmente limpos e
desinfetados pela ação do PQC.
OBJETIVOS
SOBREVIVERAM AO PQC FÍSICA-
ATUA COMO BARREIRA
QUÍMICA CONTRA INFECÇÃO E
• Eliminar microrganismos; REINFECÇÃO:
• Atuar como barreira físico-
química contra infecções e
reinfecção por BARREIRA QUIMICA:
microrganismos da saliva;
• Reduzir inflamação Possuem efeitos antimicrobianos;
perirradicular;
Infecções ou reinfecção só
• Controlar a exsudação
ocorrerá quando o número de
persistente; células microbianas for maior que
• Solubilizar matéria a atividade microbiana do
orgânica; medicamento.
• Inativar produtos
microbianos; ✓ Bolinhas de algodão com
paramonoclorofenol ou
• Controlar reabsorção
tricesol
dentária inflamatória;
• Estimular a reparação por
BARREIRA FISICA:
tecido mineralizado.

Preenchem toda extensão do


canal;
ELIMINAR MICRORGANISMOS QUE
SOBREVIVERAM AO PQC Infecção ou reinfecção ocorrerá
por solubilização e
permeabilidade do medicamento.
• Ação antimicrobiana;
• Permanece por tempo mais ✓ Pasta de hidróxido de
prolongado que a solução cálcio
irrigadora;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 2

intratubular, fatores que mantêm o


REDUZIR A INFLAMAÇÃO
processo reabsortivo.
PERIRRADICULAR

ESTIMULAR A REPARAÇÃO POR


Reduz direta ou indiretamente a TECIDO MINERALIZADO
intensidade da resposta
inflamatória
Intenção de favorecer a reparação
Efeito analgésico. através de deposição de um
tecido mineralizado;

CONTROLAR A EXSUDAÇÃO ✓ perfurações;


PERSISTENTE ✓ reabsorções radiculares;
✓ rizogênese incompleta.

Irritantes permanecem atuando


nos tecidos perirradiculares;

Só não é considerado persistente


após a irrigação com NaOCl e MEDICAÇÕES
secagem com 3 a 4 cones de
papel.

PERSISTENTE
SOLUBILIZA MATÉRIA PARAMONOCLOROFENOL
ORGÂNICA CANFORADO
Resíduos remanescentes em ✓ Walkhoff, 1891;
canais laterais, ramificações
apicais, istmos e áreas de Objetivo da cânfora: Potencializar
reabsorção dentária. a atividade antimicrobiana e
reduzir a citotoxidade do
INATIVAR PRODUTOS medicamento.
MICROBIANOS Atividade antimicrobiana pelo
contato direto ou ação dos
Efeitos neutralizantes específicos vapores liberados.
sobre determinados produtos
bacterianos tóxicos; Segundo Sommer et al., 1966,
proporção mais empregada 03
Contribuir para criação de um
ambiente endodôntico favorável a partes de PMC para 07 cânfora.
reparação perirradicular.
Baixa tensão superficial – Age à
distância.
CONTROLAR REABSORÇÃO
Neutralização do seu efeito na
DENTÁRIA INFLAMATÓRIA
presença de matéria orgânica.
Auxiliar a desinfecção do canal e Indicação: NECROSE PULPAR.
tentar debelar a infecção
Brena Lopes – ENDODONTIA I 3

CANAIS MUITO FINOS OU NÃO DECADRON


INSTRUMENTADOS (ATÉ 07
DIAS). Dexametasona

Técnicas de uso: - 06 a 08 vezes mais potente que o


prednisolona;
✓ Cone de papel de tamanho e
diâmetro adequado: Efeitos colaterais:
✓ Ponta do cone não deve
Retardo na reparação tecidual;
ultrapassar o limite entre o
terço médio e apical; Permanência por períodos curtos
✓ Umedecer levemente o (- 7 dias).
cone;
✓ Levar o cone com o PMCC Indicações: POLPA VITAL
na cavidade pulpar;
TRAUMA FISICO
✓ Bolinha de algodão na
(sobreinstrumentação) ou
câmara pulpar, restauração QUIMICO no coto periodontal e/ou
provisória tecidos periapicais;

Técnicas de uso:
ASSOCIAÇÃO
✓ Canal seco;
CORTICOSTERÓIDE – ✓ Preenchimento do canal
ANTIBIÓTICO com a medicação até o
refluxo;
✓ Bolinha de algodão na
✓ Preserva a integridade do câmara pulpar, restauração
coto periodontal e tecidos provisória.
periapicais;
✓ Permite a neoformação do
coto periodontal
(sobreinstrumentação); HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
✓ Grande poder de
penetração;
✓ Histórico: Hermann, 1920 –
✓ Hidrossolúvel;
empregada, pesquisada e
✓ Fácil aplicação e remoção
difundida em forma de
do interior do canal (forma
pasta Calxyl; Em 1975,
liquida).
curativo de demora em
dentes necrosados;
OTOSPORIN
Bystrom, resultados
Hidrocortisona + sulfato de superiores ao PMCC.
polimixina b + sulfato de ✓ Pó branco
neomicina ✓ pH 12,8
✓ Pouco solúvel (1,2g / L de
agua a 25ºC).
Brena Lopes – ENDODONTIA I 4

✓ Veículo: ✓ Iodofórmio
(radiopacificador);
Do ponto de vista das ✓ Óxido de zinco (radiopaco e
características físico-químicas:
ligeiramente antisséptico);
Hidrossolúveis (miscíveis Propriedades biológicas e
em água): antimicrobianas do veículo:

• Aquosos: água destilada, ✓ Derivam da dissociação


soro, soluções anestésicas. iônica dos íons de cálcio e
Tem rápida dissociação, ou íons de hidroxila;
seja, difusão e diluição + ✓ Poderão ocorrer de
rápida = 07 dias. diferentes formas, grau e
• Viscosos: Glicerina, intensidade, dependendo
polietinoglicol, de outras substâncias que
propilenoglicol. Tem entram em contato na
dissociação lenta, devido pasta.
ao elevado peso molecular.
• Oleosos. ATIVIDADES BIOLÓGICAS:

Do ponto de vista da atividade Ação anti-inflamatória;


antimicrobiana: Ação antimicrobiana;
Inertes (sem influenciar nas Neutralização de endotoxinas;
propriedades antimicrobianas):
Indução de reparo por tecido
✓ Água destilada mineralizado.
✓ Soro fisiológico
✓ Anestésicos AÇÃO ANTI-INFLAMÁTORIA:
✓ Propilenoglicol
Ação higroscópica:
Biologicamente ativos
✓ Absorver exsudato
(confere efeitos adicionais);
inflamatório - ↓ Pressão
✓ PMCC atmosférica tecidual
✓ Clorexidina ✓ Hipertônico em relação ao
meio.
Substâncias adicionais:
AÇÃO ANTIMICROBIANA:
Melhora propriedades físico-
químicas e radiopacidade: Maioria bactérias patogênicas não
sobrevivem em meio alcalino;
✓ Carbonato de bismuto
(ótima radiopacidade). Ca (OH)2 pH: 12,5
✓ Sulfato de bário (favorece Relacionada à liberação de íons
escoamento e de OH-.
radiopacidade.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 5

Contato direto com o meio. 4. Remoção: rotação no sentido


anti-horário.
INDUÇÃO DE REPARO POR
TECIDO MINERALIZADO: Calibrar a agulha no CRT;

Contato direto com tecido LÊNTULO:


conjuntivo organizado;
Diâmetro menor que o da lima
*neoformação de dentina ou memória (no mínimo dois
cemento. números a menos);

Atividades químicas 03 mm aquém do CRT;

✓ Solvente de matéria Micromotor, giro à direita, 10


orgânica; segundos;
✓ Inibição de reabsorção
Retira em rotação.
radicular externa;
✓ Ação alcalinizante; Lubrificar a agulha (glicerina);
✓ Ação hemorrágica.
Hidróxido de cálcio em tubetes;
Atividades físicas:
Seringas insersora (Mário
Barreira física (ação de Leonardo);
preenchimento):
Ultracal;
Impede ou retarda a infecção ou
reinfecção do canal radicular por Permanência dos espaços vazios
meio de microrganismos oriundos – radiografa para observar.
da cavidade oral;

Impede a percolação apical de


fluidos teciduais negando QUAL MEDICAÇÃO USAR?
substrato para bactérias
residuais;

Limita espaço para multiplicação


POLPA VIVA
de bactérias;
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
Técnicas de uso:
➢ 1º opção – Canal
Instrumentos endodônticos devidamente
manuais: instrumentado
➢ 07 a 30 dias
1. Limas tipo K;
OTOSPORIN
2. CRT
➢ Periodontite apical aguda
3. Inserção: rotação no sentido
traumática ou química;
horário
Brena Lopes – ENDODONTIA I 6

➢ Canal não completamente NEUTRALIZAÇÃO DE


instrumentado; TOXINAS:
➢ Tempo entre consultas
inferiores a 07 dias.
Endotoxinas ou
lipopolissacarídeos (LPS) –
POLPA NECROSADA Importante fator de virulência
bacteriana.
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO:

➢ 1º opção – Canal
devidamente
instrumentado.
➢ 07 a 30 dias

PMCC

➢ Canais não
instrumentados;
➢ Canais muito finos –
dificuldades de aplicação
da pasta de hidróxido de
cálcio;
➢ Medicação por menos de 07
dias;

SELAMENTO
PROVISÓRIO:

Funções:

➢ Impedir que a saliva e os


m.o da cavidade oral
ganhem acesso ao canal
radicular;
➢ Preservar a efetividade da
medicação

Propriedades:

➢ Estabilidade dimensional;
➢ Bom selamento;
➢ Resistência mecânica.
1 BRENA LOPES – ENDODONTIA

MEDICAÇÃO INTRACANAL – resumo das propriedades.


Curativo de demora: colocação de uma medicação no interior do canal entre as sessões
necessárias à conclusão do tratamento endodôntico.

O curativo de demora está voltado em muitos casos para controle da inflamação;

Em canais com necrose pulpar, o curativo será um auxiliar na desinfecção do sistema de


canais radiculares, principalmente em locais inacessíveis à instrumentação, como as
ramificações do canal radicular.

A ESCOLHA DO MEDICAMENTO DEPENDE DE:

✓ Estado da polpa;
✓ Etapas do tratamento;
✓ Tempo;

- O tempo é relacionado a volta do paciente para continuar o tratamento.

Isso depende da escolha do veículo – em casos que usa o Hidróxido de cálcio.

▪ Há veículos aquosos: água destilada, soro, soluções anestésicas. Estes


apresentam rápida difusão. O paciente retornará no período de 07 dias.
▪ Há veículos viscosos; glicerina, polietinoglicol. Apresentam dissolução lenta. O
paciente retornará no período de 30 dias no máximo.
▪ Há veículos oleosos: PMCC. Dissolução muito lenta. O paciente retornará no
período de 60 dias no máximo.
▪ Esses veículos eles auxiliam a permanência da MIC dentro do canal, ajudam
rapidamente ou lentamente na dissolução e difusão do medicamento dentro do
canal. MIC: hidróxido de cálcio.
▪ PMCC, hipoclorito de sódio, Otosporin, por exemplo, são medicações que
devem permanecer 07 dias.

Cada substancia tem um tempo de vida útil, após isso, seu efeito desaparece ou reduz.

- Estado da polpa é relacionada se está com vitalidade ou já está em estado de


necrose.

▪ Dentes com vitalidade: otosporin, hidróxido de cálcio.


▪ Dentes com necrose: hipoclorito de sódio, PMCC, hidróxido de cálcio, tricresol
formocresol, pasta HPG, iodofórmio.

- A etapa do tratamento é relacionada se houve ou não a instrumentação naquela


sessão.

▪ Canal não instrumentado: otoporin, hipoclorito de sódio, pmcc, tricresol,


formocresol.
▪ Canal devidamente instrumentado: Hidroxido de cálcio, pasta HPG, iodofórmio.
2 BRENA LOPES – ENDODONTIA

OU SEJA, depende muito se o tratamento vai ser uma BIOPULPECTOMIA ou uma


NECROPULPECTOMIA. Ou até mesmo se: os canais NÃO estão instrumentados, ou
se ESTÃO instrumentados.

❖ PARAMONOCLOROFENOL CÂNFORADO.

É descrito como uma substância bactericida devido a sua propriedade de romper a


membrana citoplasmática da bactéria, desnaturar proteínas, principalmente as da
membrana, inativar enzimas como oxidases e desidrogenases bacterianas. Além disso,
também libera cloro que tem como propriedade antimicrobiano.

A cânfora potencializa essa atividade antimicrobiana e reduzir a citotoxidade do


medicamente, pois este medicamento é considerado toxico aos tecidos.

Sua indicação é para canais que estão com necrose pulpar, canais não instrumentados e
finos e que o paciente retorne no período de 07 dias.

Esse medicamento age a distancia: bolinha de algodão com o PMCC.

❖ TRICRESOL FORMALINA OU FORMACRESOL

Este medicamente é aplicado na câmara pulpar, e age por difusão de seus vapores, dos
quais vão neutralizar o conteúdo séptico/necrótico do canal radicular dando condições
para reparar as lesões periapicais.

O tricresol formalina é um potente agente bacteriano e age tanto por contato como á
distancia, por meio de vapores, além de atuar sobre alguns produtos oriundos de necrose
pulpar, inativando-os. (VALERA, et al. 2003).

Este medicamento deve permanecer de 02 a 03 dias ou de 03 a 05 dias.

Esses medicamente são a base de formaldeído. Eles possuem a mesma composição:


(formaldeído + cresol), porem, apresentam concentrações diferentes de formalina.

Tricerol formalina: dentes com necrose e lesão apical. Ação bactericida a distancia,
devido a liberação de vapores.

O formacresol é o medicamento mais comum na terapia pulpar de dentes decíduos.


Medicamente de escolha, em muitas vezes, na pulpotomia.

Ambos são capazes de controlar infecções de origem endodôntica, porém podem causar
irritação ou destruição dos tecidos vivos.

❖ OTOSPORIN (corticosteroide/antibiótico):

Diminuição da formação de edema: corticoide.


3 BRENA LOPES – ENDODONTIA

Diminuição ou inibição de dor: devido o controle desse edema, evitando compressão


das fibras nervosas.

Ação anti-inflamatória;

Bloqueio do aumento da permeabilidade vascular;

Antibiótico associado: resposta inflamatória diminuída. Ajuda no controle da dor.

Indicados em casos de polpas vitalizadas;

Favorece o reparo = reduzindo a inflamação;

Antibióticos associados: sulfatos de neomicina e sulfato de poliamixina B.

✓ Os antibióticos são associados com o intuído de prevenir reinfeções como


microinfiltrações de bactérias pelo selamento provisório, combatendo-as, visto
que as defesas teciduais se encontram reduzidas por ação do corticoide.
POIS: quando a inflamação há maior permeabilidade, células de defesa vão
migrar para aquela área, vai haver edema, dor. E o corticoide estará reduzindo
ou impedindo esse processo de inflamação.

Age por contato: coloca dentro de um tubete anestésico e injeta-o no canal. Deve
permanecer no máximo 07 dias.

❖ IODOFÓRMIO

É altamente volátil: libera iodo. Da qual tem ação antisséptica.

Tratamento endodônticos refratários. Induz reparo. Pouco usado.

❖ HIDRÓXIDO DE CÁLCIO PA:

Medicamento que apresenta atividade antimicrobiana.

Participa de células – mediadores químicos – binômio inflamação-reparação.

Indução da formação de tecido mineralizado quando utilizado como MIC;

✓ Induz o processo de mineralização;


✓ Dissolução do remanescente de tecido necrótico;
✓ Controle da intensidade do processo inflamatório;
✓ Regressão dos processos de reabsorção radicular: devido sua propriedade
bioativa, induzindo o processo de mineralização.

O hidróxido de cálcio PA tem ação indutora, ação bacteriostática. Apresenta pH alcalino


(12,4), apresentando um efeito bacteriostático, inativando o numero de bactérias
presentes. Este provoca uma necrose superficial do tecido pulpar (casos de bio)
estimulando as células mesênquimais a se diferenciarem em odontoblastos, para garantir
a formação de dentina reparadora.
4 BRENA LOPES – ENDODONTIA

INDUZ O REPARO TECIDUAL;

Age por contato: colocar em todo o canal;

Ao alcançar os túbulos dentinários os ions OH- mudam o pH da dentina , provocando a


destruição da membrana das bactérias e de suas estruturas protéticas. Essa alteração do
pH torna o meio improprio à sobrevivência das bactérias.

Utilizado em canais tanto necrosados e vitalizados, mais precisamente instrumentados.

Indicações na endodontia:

✓ Apicificação;
✓ Reabsorções radiculares internas e externas;
✓ Perfurações;
✓ Exsudatos persistentes;
✓ Traumatismo dentário.

Veículos:

✓ Inertes: soro, anestésicos, agua destilada, óleo de oliva, polietilenoglisol,


propilenoglicol.
✓ Biologicamente ativo: PMCC, clorexidina, iodeto de potássio iodetado.

Atua na sobre endotoxinas bacterianas, hidrolisando a porção lipídica do


lipopolissacarídeo bacteriano (LPS), presentes na parede celular das bactérias
anaeróbicas gram negativas.

Na eliminação dos m;o = facilita o reparo tecidual.

CALLEN: pasta já vem pronta e acompanhadas de seringas apropriadas. Tem como


veículo o PMCC. É HIDROXIDO DE CALCIO.

ULTRACAL.

PASTA HGP: hidróxido + pmcc+ glicerina. Faz uma pasta com HC, pmcc e glicerina.

EMPREGO DOS MEDICAMENTOS:


BIOPULPECTOMIA:

Canal não foi totalmente instrumentado: Otosporin (corticosteroide/antibiótico)

Canal foi totalmente instrumentado: Hidróxido do cálcio.

NECROPULPECTOMIA E RETRATAMENTO:

Canal não foi totalmente instrumentado: Hipoclorito de sódio (1%) / PMCC /


Tricresol / Formocresol;

Canal foi totalmente instrumentado: Pasta HPG / Iodofórmio.


5 BRENA LOPES – ENDODONTIA
1 BRENA LOPES - ENDODONTIA

OBTURAÇÃO
OBTURAÇÃO: ✓ Esses espaços vazios podem
“Obturar um canal radicular significa servir de nichos para
preenche-lo em toda sua extensão com proliferação de
um material inerte e antisséptico, microorganismos que resistiram
selando hermeticamente o mesmo, ao PQM, ou que, em momento
estimulando o processo de reparo posterior, possam ganhar
apical e periapical que deve ocorrer acesso à estes espaços.
após o tratamento endodôntico radical.” ✓ infecção persistente;
✓ infecção secundária.
A obturação consiste no
preenchimento da porção modelada Selamento de toda extensão da
do canal com materiais inertes ou cavidade endodôntica, desde a sua
antissépticos que promovendo um abertura coronária até o término do
selamento tridimensional e preparo apical.
estimulem, ou não interfiram no
✓ O material obturador deve
processo de reparo.
ocupar todo o espaço do canal
A obturação inviabiliza a sobrevivência radicular ocupado pela polpa.
de microorganismo, evita a estagnação ✓ Selamento adequado nos
de líquidos, oferece condições para sentidos apicais, laterais e
que ocorra um reparo. coronários.

MOMENTO DA OBTURAÇÃO: Todo o espaço modelado deve ser


preenchido, evitando espaços vazios
• Sem dor
(evitando proliferação de m.o).
O dente não deve apresentar dor
espontânea ou provocada; a presença MATERIAIS OBTURADORES:
de dor indica existência de inflamação PROPRIEDADES IDEIAS DOS
e/ou infecção dos tecidos do periápice. MATERIAIS OBTURADORES:

Caso haja presença de dor: retira a PROPRIEDADES BIOLÓGICAS:


MIC e revisa a instrumentação.
✓ Ação antimicrobiana;
• Ausência de exsudato ✓ Estimular ou permitir a
inflamatório. reparação tecidual;
Na presença de exsudato: não obtura, ✓ Ser reabsorvido no periápice
coloca mic. (extravasamento acidental);
✓ Não ser muito mutagêncio ou
• Canal corretamente carcinogênico;
instrumentado e limpo;
• Ausência de odor PROPRIEDADES FISICO-
QUIMICAS:
Indica proliferação bacteriana.
✓ Facilidade de inserção;
OBJETIVOS:
Eliminar espaços vazios, originalmente
ocupados pela polpa dental.
2 BRENA LOPES - ENDODONTIA

✓ Ser plástico no momento da 1. Adaptam-se facilmente às


inserção tornando-se solido irregularidades do canal.
posteriormente; 2. Bem tolerados pelos tecidos
✓ Selamento mais hermético perirradiculares;
3. São radiopacos;
possível do canal radicular;
4. Podem ser facilmente
✓ Não deve ser permeável;
plastificados por meios físicos e
✓ Bom escoamento; químicos, de acordo com as
✓ Não ser solúvel no interior do variações de técnicas;
canal; 5. Possuem estabilidade
✓ Ser passível a desinfecção; dimensional;
6. Não alteram a cor do dente;

- usados no limite coronário adequado.


CONES DE GUTA-PERCHA:
7. Facilmente removidos;
Composição: guta-percha (20%),
óxido de zinco (75%), DESVANTAGENS:
radiopacificadores como o sulfato de
1. Pequena resistência
bário e outras substâncias como
mecânica;
resinas, ceras e corantes.
- em canais curvos e atrésicos.
✓ A presença do oxido de zinco
confere rigidez e atividade 2. Pouca adesividade
antibacteriana aos cones de
guta-percha. - o que exige uma complementação da
obturação com os cimentos
Tipos: Padronizados (calibrados) e endodônticos.
Acessórios (auxiliadores).
3. Podem ser deslocados pela
✓ Os cones padronizados pressão.
apresentam diâmetros e
conicidades determinados. - provocando sobreobturação durante
✓ #15 - #140. os processos de compactação.
✓ Conicidade: 0,02 mm
✓ Comprimento: 28mm.
✓ Os cones acessórios possuem O guta-percha é um plástico, assim não
conicidades diferentes e pontas podem ser esterilizados no autoclave.
afiladas, em comparação aos Assim deve-se realizar sua desinfecção
padronizados. a partir da imersão do cone em
✓ XF, FF, F, FM, M, ML, L, XL. hipoclorito de sódio na concetração de
Utilizados nas técnicas de obturação 2,5% até 5,25%, por 01 minuto.
convencional e técnica de condesação Lavagem após com solução salina.
lateral.
TAPER: conicidade. *importante p quando
Têm como finalidade se adaptar ao a instrumentação é mecanizada.*
espaço dos canais radiculares.
Há outros cones no mercado.
VANTAGENS:
3 BRENA LOPES - ENDODONTIA

CIMENTOS ENDODÔNTICOS: À BASE DE HIDRÓXIDO DE


Finalidade: ocupar os espaços entre o CÁLCIO:
guta-percha e as paredes do canal ▪ Sealapex;
radicular, e entre os próprios cones. = ▪ Sealer 26 _- tem propriedade
OBTURAÇÃO HOMOGÊNEA. resinosa.

Propriedade ideias: Antimicrobiano;

▪ Fácil inserção e remoção do Anti-inflamatórios;


canal;
▪ Bom tempo de trabalho; Estabilidade dimensional não tem –
▪ Promover selamento reabsorve rápido.
tridimensional do sistema de
canais radiculares; O SEALER 26:
▪ Estabilidade dimensional; PROPRIEDADES BIOLÓGICAS:
▪ Bom escoamento;
▪ Biocompatibilidade;
▪ Radiopacidade; ▪ Atividade antimicrobiana;
▪ Não manchar a estrutura ▪ Escoamento;
dentária;
▪ Radiopacidade baixa.
▪ Adesividade às paredes do
canal; Contém hidróxido de cálcio e resina
▪ Forças coesivas; epóxica:
▪ Insolúveis aos fluidos teciduais;
▪ Solúveis ou reabsorvíveis nos ▪ Estabilidade dimensional;
tecidos periapicais; ▪ Adesividade
▪ Impermeável no canal; ▪ Radiopacidade – porém baixa.
▪ Biocompatibilidade; ▪ Baixa solubilidade;
▪ Atividade antimicrobiana; ▪ Capacidade seladora;
▪ Alto escoamento;
À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO ▪ Boa adesão;
E EUGENOL: ▪ Biocompativel
▪ Fillcanal; ▪ Antimicrobiana;
▪ Endofill; ▪ Reparo de tecido mineralizado.
▪ Endomethasone

Boa capacidade seladora; TEMPO DE PRESA: 12 HORAS


(CANAL).
Adesividade adequada;
CIMENTOS RESINOSOS:
Baixa solubilidade e desintegração; ▪ AH plus;
▪ AH 26;
Antimicrobiano;
▪ Sealer plus.
Citotoxidade aos tecidos periapicais. –
Boa estabilidade;
na presença do eugenol
Adesividade;
Eugenol: antimicrobiano e anti-
inflamatório. Radiopacidade;
Espatulação: ponto de fio. Baixa solubilidade;
4 BRENA LOPES - ENDODONTIA

Antibacteriano; Baixo custo;

Biocompatibilidade – reações Etapas prévias:


inflamatórias.
✓ Remoção da medicação
MTA OBTURADOR: (irrigação + IM).
Não utilizado para perfurações. ✓ Remoção da smear layer: EDTA
17% - 3 min.
Excelente capacidade de união a
dentina quando comparado aos PASSO A PASSO:
cimentos OZE (oxido de zinco e
1. Secagem do canal;
eugenol).
2. Seleção do cone principal: de
Selamento similar às resinas. acordo com o IM no CRT;
3. Prova do cone: radiografa
Fluidez excessiva; - Tátil: cone travado no batente
apical.
Muito duro para ser removido
- RX
- Visual: se está na borda de
CIMENTO BIOCERÂMICO:
referencia a marcação.
Ainda está sendo estudado.
4. Prepara o cimento obturador;
Bioativo: hidroxipatita. – aumento da 5. Coloca o cone principal;
capacidade de selamento. 6. Seleciona o espaçador;
7. Compactação lateral: coloca os
Cones de guta recobertos por acessórios;
nanopartículas de biocerâmica. 8. Após colocar os acessórios –
radiografa para a prova da
Umidade dos túbulos acelera a presa;
obturação.
Coloração branca, pré-manipulado, 9. Corte da obturação: o corte
injetáveis. deve ser feito 02mm do colo do
dente.
Técnica de cone único e seringa - Lamparina
própria. - Condesador de paiva
10. Compactação vertical: calcador
Biocompátiveis.
frio. Imediatamente após o corte
com Paiva quente.
TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO:
11. Retira o isolamento
✓ Condensação lateral
✓ Shilder; 12. Limpa a câmara pulpar (evita o
✓ Injeção de guta; escurecimento) com álcool 70%
✓ Hibrida de tagger. 13. Radiografia final.
✓ Onda contínua. 14. Selamento provisório: cotosol,
ionoseal...
CONDESAÇÃO LATERAL:
Cones auxiliares lateralmente ao cone OBTURAÇÃO
principal por meio de um espaçador TERMOPLÁSTICA:
digital. Termomecânica: aquecido e
plastificados dentro do CR.
Simplicidade;
5 BRENA LOPES - ENDODONTIA

Termoplástico: aquecido e plastificados 3. Irrigação da câmara pulpar;


fora do CR 4. Remoção da medicação
intracanal: irrigação + IM
Hibrida
5. Remoção do smear layer:
TÉCNICA HÍBRIDA DE EDTA 17%: 01- 03min.
TAGGER: 6. Neutralização do EDTA:
Condensação vertical + compactador hipoclorito de sódio;
de Mc spadden. 7. 1º ETAPA DA OBTURAÇÃO:
ESCOLHA DO CONE
Guta condesador: 2 numeros a mais
PRINCIPAL. Cone principal +
que o IM.
Cimento endodôntico
Vantagens: (obturação em profundidade)
+ cone acessórios (obturação
✓ Controle apical
em lateralidade). Colocar o
✓ Pode corrigir quantas vezes
espaçador quando for colocar
quiser;
✓ Homogeneidade e o cone acessório (retira o
compactação do guta pela espaçador e coloca o cone e
ação termomecânica. assim por diante até não
couber mais). Mas, antes de
Desvantagens: colocar o cimento e os cones
✓ Extravasamento apical; acessórios, deve radiografar
✓ Treinamento. o cone principal para ver se
estar ideal O cone principal
deve ter o mesmo diâmetro
LIMITE APICAL: que o IM e o mesmo
Material obturador deve se limitar ao comprimento do CRT.
interior do sistema de canais
8. Desinfecção do cone
radiculares e atingir as proximidades do
principal: hipoclorito de
forame apical.
sódio por 01 min.
Limite da obturação pode influenciar no 9. Avaliação tátil e visual do
sucesso do tratamento. cone principal: Travamento =
resistência.
01 áquem do vértice. – maior índice de
sucesso. 10. Avaliação radiográfica:
CONOMETRIA.
OBTURAÇÃO DEVE PREENCHER • Se houver dificuldade na
TODA EXTENSÃO DO CANAL adaptação do cone faz a
PREPARADO. CALIBRAÇÃO com a régua
endodôntica, confeccionando
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
o diâmetro intermediário –
LATERAL: ETAPAS PRÉVIAS: corte com lâmina.
1. Isolamento absoluto; • O cone deve travar para
2. Remoção da restauração obter correta adaptação.
provisória; 11. 2ª ETAPA: PREPARO DO
CIMENTO ENDODÔNTICO.
6 BRENA LOPES - ENDODONTIA

• Proporção: 2 a 3 partes de pó incisal quando for colocado dentro


para 01 resina (volume); do canal radicular. Se não tocar,
• Espatulação sobre a placa de deve-se cortar mais os cones);
vidro estéril;
• CONDESAÇÃO VERTICAL:
• Agrega o pó gradativamente
Calcador de paiva – 3
à resina: mistura lisa,
minutos.
brilhante e homogênea, com
fios de 1,5 a 2,5 cm; - diminuição volumétrica do cone
12. 3ª ETAPA: OBTURAÇÃO!!
• Colocação do cimento nas -maior escoamento do cimento,
paredes do canal; aumentando o selamento.
• Inserção do cone principal no • Limpeza da câmara pulpar:
canal; álcool etílico. Para evitar
• Seleção do espaçador digital; escurecimento da coroa.
• Introdução do espaçador • Restauração provisória -
digital: direção apical, CIV.
rotações ¼ de volta para • Remove o isolamento
direita e esquerda e absoluto e radiografa.
pressionar o cone principal
lateralmente;
PLASTIFICADORES E
• Manter o espaçador no canal;
TERMOPLASTIFICAÇÃO
• Apreensão do cone auxiliar:
calibre similar a do DA GUTA-PERCHA:
espaçador • Condensadores;
• Cimento nos cones • Técnica baseada no
auxiliares; principio de um parafuso
• Retirar o espaçador e de rotação reversa;
introduzir o cone auxiliar; • Plastificação da guta-
• RADIOGRAFIA DA PROVA percha mediante a ação
DA OBTURAÇÃO. mecânica de um
instrumento apropriado;
• Uitilizado em baixa
rotação;
• Rotação no sentido
CORTE DOS CONES: Calcador tipo horário;
Paiva aquecido na lamparina.
TERMOPLASTIFICAÇÃO:
- corta com o aquecido e calca
ETAPAS:
com um frio.
1) PROVA O CONE
CORTE DOS CONES: limite abaixo
2) RADIOGRAFIA
do colo; (medir com uma lima o
3) CONE DE GUTA-
tamanho da coroa posiciona o stop
PERCHA PRINCIPAL
e este deve estar tocando a borda
7 BRENA LOPES - ENDODONTIA

COM 2 A 3 CONES • A termoplastificação deve se


AUXILIARES + limitar somente nos terços
CIMENTO OBTURADOR médio e cervical;
(condensação lateral);
4) RADIOGRAFIA; AULA PRÁTICA:
5) SELEÇÃO DO 1. Lima que se ajuste no CRT;
COMPACTADOR COM 1 2. Preparo apical: 1 + 4 limas;
A 2 NUMEROS ACIMA 3. Intercalar as limas do preparo
DO CONE PRINCIPAL; apical com a lima de patência
6) INTRODUÇÃO DO no CRD;
COMPACTADOR 4. Remoção de smear layer:
DISTANTE 2 A 4 MM LIMA MEMÓRIA AGITANDO
AQUÉM DO CRT; O EDTA POR 01 MINUTO.
7) ACIONAMENTO DO OU EASY CLEAN (3X20seg
CONTRA-ÂNGULO POR HIPOCLORITO E 3X20seg
10 SEGUNDOS EDTA).
8) COMPACTAÇÃO 5. Neutraliza com hipoclorito;
VERTICAL COM O 6. Lavagem final com soro;
CONDENSADOR; 7. Secagem com cone de papel
9) RADIOGRAFIA FINAL. absorvente no CRT (IM)
8. MIC: Lêntulo 02 números a
VANTAGENS: menos que o instrumento
memória;
✓ Baixo custo; 9. Obturação:
✓ Rapida execução; 10. Prova do cone;
✓ Selamento apical; 11. Analise Visual, tátil e
✓ Obtura absorção interna, radiográfico;
canais laterais e acessórios; 12. Manipulação do cimento
✓ Possibilita a correta endodôntico;
obturação evitando a 13. Inserção dos cones
remoção de todo o material acessórios
obturador; 14. RX
✓ Dispensa o uso de 15. Corte com os condensadores
equipamentos especiais; de Paiva
16. Guta condensador: 02
IMPORTANTE!!!
números a mais que o IM;
• Conferir o sentido de rotação 17. Limpeza da cavidade com
(gaze); bola de algodão e álcool;
• O compactador deve 18. CIV
somente ser removido em 19. RX.
funcionamento;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 1

DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES PULPARES E


PERIAPICAIS
SEMIOTÉCNICA ENDODÔNTICA

INTRODUÇÃO:
DIAGNÓSTICO: sinais e sintomas + tabulação + interpretação obtendo assim:
TRATAMENTO ADEQUADO.
EXAME SUBJETIVO:
✓ queixa principal;
✓ história médica e odontológica;
EXAME OBJETIVO:
✓ exame extra-oral;
✓ exame intra-oral;
OS TESTES DE SENSILIBIDADE PULPAR SÃO CONSIDERADOS MÉTODOS DE ANÁLISE
SUBJETIVO, POIS POR CAUSA DE UMA ALTERAÇÃO NA COROA, POR EXEMPLO, UMA
CALCIFICAÇÃO, UMA REABSORÇÃO, OU ATÉ MESMO UMA DIMINUIÇÃO DA CÂMARA
PULPAR, A RESPOSTA PODE SER DADA DE FORMA EQUIVOCADA, OU SEJA, UM DENTE
PODE ESTÁ VITAL, MAS PELA DIMINUIÇÃO DA CÂMARA PULPAR DEVIDO A IDADE DO
PACIENTE A RESPOSTA AOS TESTES PODE DAR NEGATIVO OU O PACIENTE PODE
DEMORAR DE RESPOSDER, ASSIM ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ESTÁ DANDO COM
PRECISÃO A VITALIDADE DO DENTE.

O TESTES DE VITALIDADE PULPAR SÃO MÉTODOS DE ANÁLISE OBJETIVO, POIS DÃO


COM PRECISÃO SE O DENTE ESTÁ VITAL OU NÃO.

QUEIXA PRINCIPAL: ✓ palpação;

✓ Motivo; INTRA-ORAL:
✓ Escrever com as próprias
palavras do paciente ✓ inspeção;
✓ Condição médica e tratamento ✓ palpação;
odontológico recente ✓ percussão;
✓ mobilidade;
HISTÓRIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA: ✓ exame periodontal;

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: EXAME COMPLEMENTARES

✓ inicio; EXAME RADIOGRÁFICO;


✓ característica;
✓ evolução; EXAME HEMAPATOLÓGICOS:
✓ remissão; ✓ hemácias;
✓ fatores modificadores; ✓ leucócitos;
HISTÓRIA MÉDICA: ✓ plaquetas;

✓ condição sistêmica; PROVAS BIOQUÍMICAS DE SANGUE:


✓ uso de medicamentos; ✓ glicose;
EXAME CLINICO NO PACIENTE: ✓ proteínas plasmáticas;

EXTRA-ORAL: BIÓPSIA;

✓ inspeção; EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA:


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 2

✓ invasivo; TESTES PULPARES:


✓ último recurso;
✓ verificar falha óssea; TESTES DE SENSIBILIDADE: respostas
✓ transluminação e corantes; de fibras nervosas sensoriais;

Exploração cirúrgica: é um método ✓ TÉRMICOS: frio (bastão de gelo;


invasivo. - Fazer como última escolha; - gás refrigerante; neve
Identificar uma falha óssea com ajuda de carbônica);
transiluminação e corantes; TESTES DE VITALIDADE: suprimento
sanguíneo e análise do tecido vascular;

✓ FLUXOMETRIA LASER
DOPPLER;
✓ OXIMETRIA;

TESTES DE SENSIBILIDADE:

Respostas das fibras nervosas sensoriais;


➢ TESTES TÉRMICOS:

FRIO: bastão de gelo; gás refrigerante; neve carbônica.


CALOR: Guta percha aquecida.

➢ TESTES ELÉTRICOS:

Tem que ter estrutura de dente natural viável ( dentes com coroa não faz).
Não dá o nível de inflamação pulpar.
Coloca a sonda na superfície do dente que queremos investigar, calibra o
aparelho no nível de intensidade do choque elétrico, para que o estímulo elétrico
seja liberado, pedir o paciente para tocar na sonda para fechar o circuito da
corrente elétrica.
Em dentes anteriores a intensidade do estímulo é menor, à medida que vai para
PM e Molares muda o estímulo.
Pede para o paciente soltar a sonda quando sentir a dor, pois a corrente cessa, o
estímulo passa.
É necessário colocar um produto para que o circuito elétrico feche, transferindo
a descarta elétrica para o dente (pasta de dente, gel de flúor, vaselina...). Coloca
na superfície do dente e depois coloca a sonda.
Não realizar tal procedimento em pacientes que faz o uso de marca passo.
OS TESTES TÉRMICOS SUPREM.

TESTES DE VITALIDADE:

Avaliam o NÍVEL DE INFLAMAÇÃO PULPAR.


Analisar se é uma PULPITE REVERSÍVEL OU IRREVERSÍVEL.
Resultados fieis: POLPA VIVA e POLPA INFLAMADA x POLPA NECROSADA;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 3

➢ OXIMETRIA DE PULSO: mede a quantidade de hemoglobina oxigenada


e desoxigenada;
Se não tem oxigênio sendo carregado, o tecido está em um estágio de necrose.
92,2% polpa sadia;
87,4% pulpite reversível
83,1% pulpite irreversível
74,6% necrose pulpar (não tem quantidade suficiente para manter a vitalidade)

➢ FLUXOMETRIA LASER DOPPLER: fluxo e velocidade de partículas que


está sendo carregadas por vasos sanguíneos no tecido pulpar.
Quanto menor a velocidade de partículas, mais comprometimento está a polpa.
Faz um a moldeira com silicone, e nessa moleira coloca os dois orifícios para
colocar a sonda do aparelho, os orifícios são voltados para o dente que se quer
examinar, uma sonda libera o laser e a outra libera.
A velocidade das partículas reflete no laser = Mensura a velocidade do fluxo
sanguíneo do dente.

TESTES ESPECIAIS:

➢ TESTE DA ANESTESIA SELETIVA: quando os testes pulpares são


inconclusivos.
Utilizou todos os outros testes e não fechou um diagnóstico.
Quando o paciente está em um nível de PULPITE IRREVERSÍVEL ESTÁGIO 3, tem
uma dor difusa e referida, e ele não consegue identificar qual o dente está
causando dor.
Faz uma infiltrativa na área do dente que está sendo suspeito, e observa se a dor
cessou.

➢ Teste da cavidade: é um método invasivo.

Não conseguiu chegar a um diagnóstico com os outros testes.


Faz uma cavidade sem anestesiar. Não se faz no dente que se faz a anestesia
seletiva.
Quando o paciente acusar dor, a polpa está viva.

EM DETECÇÃO DE FRATURAS:

➢ TRANSILUMINAÇÃO:

Detecção de trincas e fraturas e cáries.


Uma luz de fibra ótica ou a luz do fotopolimerizador.
Coloca na superfície oposta, e avalia onde ficou a área escura (trinca, cárie...);
A fase comprometida não reflete a luz.

➢ USO DE CORANTES: o corante pregna na trinca.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 4

➢ TESTE DA MORDIDA: pede para o paciente morder um cabo de espelho,


porque muitas vezes o paciente relata dor apenas na mastigação.
Ou o paciente está sentindo dor devido uma restauração muito extensa e está com
íntima relação com o tecido pulpar.
Ou ele tá diante de uma trinca ou fratura, muitas vezes não consegue tratar e a
exodontia é indicada.
Para visualizar uma trinca o feixe de raio x deve estar exatamente na linha da trinca.
Uma pessoa pode nascer com a trinca (trinca fisiológica). Ou pode ser de origem
traumática. E pode ser que nem sinta dor, depende se ela estiver apenas em
esmalte, ou chegou no nível de dentina.
Faz protocolo de desensibilidade. Não faz restauração, pois não há perda de
material de estrutura dental.

PERFIL DOS PACIENTES

PACIENTE COLABORADOR: equilibrados; tranquilo e confiante.


PACIENTE REFRATÁRIO: nervoso; sofrido.
PACIENTE SIMULADOR: mentiroso;
✓ Hipocondríaco;
✓ Inventa doença,
✓ dor;
✓ enxerga coisa onde não tem.

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS ALTERAÇÕES PULPARES E


PERIAPICAIS.

POLPA NORMAL:

✓ Ela é sadia.
✓ Resposta branda;
✓ Sensação reversível em segundos;
✓ Não precisa de tratamento.
Tira o estímulo e a dor cessa.
Uma dor que não se propaga.

PULPITE REVERSÍVEL:

ESTIMULO DOLOROSO: ao frio, calor e/ou doce.


Rápida reversibilidade;
PERCUSSÃO E PALPAÇÃO: negativa.
Não terem comprometimento nos tecidos de suporte.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 5

RADIOGRAFIA: sem alterações no tecido pulpar. Mas pode ter uma cárie, da qual
pode ser compatível com meu diagnóstico clínico.

TRATAMENTO: remoção do estimulo doloroso.

✓ Se não tratar, pode se tornar uma pulpite irreversível.

PULPITE IRREVERSÍVEL:

A POLPA ESTÁ VIVA, ASSIM, SENTE DOR.

TESTES PULPARES:

FRIO:

➢ FASE INICIAL: exacerbada (resposta positiva);


➢ ESTÁGIO AVANÇADO: sem resposta. O frio pode aliviar a dor.

CALOR:

➢ Exacerbação da dor (resposta positiva).


*pulpite irreversível aguda.
No estágio mais avançado as fibras que são mais sensibilizadas, são as que estão
na porção central da polpa: fibras C amielinicas. As fibras Delta A, são as que
levam os estímulos mais rapidamente, estão na periferia da polpa, são
sensibilizadas de imediato.

PERCUSSÃO E PALPAÇÃO:

➢ Negativa - mas pode haver sensibilidade na palpacão.


Espessamento do LP não significa necrose.

Sensibilidade os testes térmicos.

TRATAMENTO: BIOPULPECTOMIA.

PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA

Paciente com dor.

Não cessa com analgésico.

CARACTERÍSTICAS:

1. ESTÁGIO 01: Provocada demorando a passar;


2. ESTÁGIO 02: Espontânea e intermitente: começa sem estímulo e para
sozinha.
- Faz uma pulpotomia, ou esvazia o dente.
3. ESTÁGIO 03: Dor referida: não consegue localizar o dente.

Discreta alteração radiográfica; Espessamento do LP. Não é via de regra, pode


não aparecer.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 6

PULPITE IRREVERSÍVEL ASSINTOMÁTICA

Paciente não relata do no dia a dia, mas acusa nos testes.

Causada com estímulo de baixa intensidade

PROVENIENTE DE UM PROCESSO CRÔNICO: restaurações extensas, cáries


profundas.

PÓLIPO PULPAR: pulpite crônica hiperplásica.

Acontece mais em paciente jovens.


Há uma cárie na coroa, o indivíduo sente o estímulo de baixa intensidade,
não resolvia e a cárie ia evoluindo, e fragilizou a coroa, da qual quebrou e
a polpa expandiu para o meio externo.
Só sente dor a mastigação, porque comprime a polpa. A polpa está VIVA.
Ele caracteriza, mas nem toda pulpite irreversível assintomática tem um
pólipo.

NECROSE PULPAR:

Ausência de respostas;

TRATAMENTO: terapia endodôntica radical – NECROPULPECTOMIA - POLPA


NECROSADA.

EVOLUÇÃO: pode caminha para os dois lados: processo agudo ou crônico.

1) Processos inflamatórios Agudos Perirradiculares;


Presença da DOR.
2) Processos inflamatórios Crônicos Perirradiculares;
Ausência de DOR.
*previamente tratado;
*terapia previamente iniciada;
Se não houver tratamento da polpa necrosada, as bactérias vão para os
tecidos do periapice. Assim, pode desencadear inflamação nos tecidos de
suporte. Agudo ou crônico.

PERIODONTITE APICAL AGUDA:


Respostas inflamatórias e imunológicas aguda do LP: de origem INFECCIOSA OU
TRAUMÁTICA;
Associada À POLPA VIVA INFLAMADA quando de origem traumática ou
NECROSE PULPAR;
AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR: causando edema e dor.
TESTE DE SENSIBILIDADE não sente dor, pois a polpa está necrosada,
relacionada a infecção, devido a cárie.
O TESTE POR SER POSITIVO, em casos de estágio de uma PULPITE
IRREVERSÍVEL (quando a periodontite apical aguda for de origem traumática);
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 7

A PERIODONTITE APICAL AGUDA TRAUMÁTICA:

➢ Pode sentir dor, pois a polpa vai está viva.


➢ Deve realizar a biopulpectomia quando a polpa está em um nível de inflamação
irreversível, pois se não for tratada a inflamação nos tecidos devido ao
trauma pode causar injúrias a polpa e ela chegar a necrosar.
➢ Não é devido a infecção.

NÃO NECESSARIAMENTE FAZ A BIOPULPECTOMIA, em alguns casos identifica a


causa e a remove, pode ser: o trauma oclusal, a sobrecarga de aparelhos ortodônticos.
Desgasta a superfície em trauma de oclusão, diminui a sobrecarga nos
aparelhos, para não comprometer irreversivelmente a polpa.
Se não conseguir detectar, vai de uma pulpite reversível ao uma irreversível
e necrose
Assim, na PERIODONTITE APICAL AGUDA TRAUMÁTICA tanto pode fazer uma
BIOPULPECTOMIA quanto pode fazer uma NECROPULPECTOMIA, se a polpa
necrosar, ou RECONHECER OS CAUSADORES E OS REMOVE antes da polpa
entrar em um quadro irreversível.
Quando a causa é TRAUMÁTICA pode fazer uma biopulpectomia (polpa em
estagio irreversível). Ou uma necropulpectomia quando a polpa está
necrosada.
Quando a causa é INFECCIOSA faz a necropulpectomia.
A necrose pulpar tanto pode ser causada por via infecciosa quanto por via
traumática.

A dor é relacionada ao periodonto, não a polpa, mas posso estar diante de uma
pulpite irreversível, e assim sentir dor.

SINAIS E SINTOMAS:

➢ PERCUSSÃO: positiva e extremamente dolorosa.


➢ PALPAÇÃO: sensibilidade ou não.
➢ ACHADOS RADIOGRÁFICOS: normal ou espessamento do LP.
➢ Dor intensa/espontânea e localizada;
➢ EXTREMA SENSIBILIDADE AO TOQUE: sensação de dente crescido
(extrusão dentária);
➢ Provocada ou exacerbada pela mastigação
Extrema sensibilidade ao toque. Há uma inflamação na região periapical, assim
terá edema, levando a extrusão do dente. “dente crescido” e dor a percussão e
palpacão.

TRATAMENTO: BIOPULPECTOMIA / NECROPULPECTOMIA.

PERIODONTITE APICAL CRÔNICA

Cárie profunda ou restauração extensa;


Histologicamente classificada como: GRANULOMA ou CISTO.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 8

O granuloma vai vim de uma NÃO intervenção de uma periodontite apical crônica.
O cisto vem decorrência da NÃO intervenção de um granuloma.

SINAIS E SINTOMAS:

➢ Dor prévia ausente;


➢ TESTES PULPARES: negativos;
➢ PERCUSSÃO E PALPAÇÃO: negativos;
➢ ACHADOS RADIOGRÁFICOS: LP normal ou espessado.
➢ Pode ter uma lesão apical;
Pode sair da NECROSE e ir para uma PERIODONTITE APICAL AGUDA OU
CRÔNICA, ou um GRANULOMA E CISTO ou um ABSCESSO.
PACIENTE NÃO RELATA DOR NOS TESTES DE SENSIBILIDADE, pois a polpa está
necrosada.
Necrose - inflamação crônica = formou granuloma / cisto ou até um abscesso.
PROVA: se não der indicio de comprometimento periodontal é necrose.
Se falar um leve espessamento do LP, está dizendo de um
comprometimento periodontal, então é uma periodontite apical crónica.
!!! Não necessariamente na necrose vai haver um comprometimento do LP !!!

GRANULOMA

Patologia perirradicular mais encontrada


Tecido de granulação em substituição ao osso reabsorvido
Radiolúcido
Pode-se realizar tratamento em sessão única

SINAIS E SINTOMAS:

➢ Lesão crônica: ausência de dor;


➢ PERCUSSÃO: negativa;
➢ TRATAMENTO: NECROPULPECTOMIA
CISTO PERIODONTAL APICAL

Sempre originado de um granuloma, embora nem todo granuloma progrida para


um cisto
Infecção endodôntica de longa duração
Lesão antiga, de grande porte, encapsulada
Clinicamente, não é possível distinguir do granuloma, somente no histopatógico

SINAIS E SINTOMAS:

➢ Processo crônico: sem dor, calor ou tumefação;


➢ Sem fístula;
➢ PERCUSSÃO: negativa;
➢ Grande diâmetro;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 9

➢ TRATAMENTO: NECROPULPECTOMIA

ABCESSO PERIRRADICULAR / DENTOALVEOLAR AGUDO

INSPEÇÃO:

➢ Tumefação intra e extra-oral, flutuante ou não (estágio de evolução);


➢ Mobilidade dentária;
➢ Ligeira extrusão dentária (sensação que o dente cresceu);

TESTES PULPARES:

➢ PERCUSSÃO: positivo (ser realizado com extrema cautela);


➢ PALPAÇÃO: positivo
Resposta inflamatória aguda caracterizada por INFLAMAÇÃO PURULENTA;
Processo Agudo não dura mais do que 72 horas a 96 horas.
Disseminação para espaços anatômicos da cabeça e pescoço. Rompe períosteo
e vai para região de submucosa, por isso não sente dor, pois não tá comprimido
intraosseo.
Risco de mortalidade.
Infecção a nível apical, se fizer a percussão ele sente dor.

SINAIS E SINTOMAS:

Dor espontânea, lancinante, pulsátil, localizada com comprometimento


sistêmico ou não;
Dor associada a fase intraóssea
(é a fase que sente dor, pois à medida que ele vai romper o periósteo e vai para região
de mucosa, sente menos dor.)
Alivio após ruptura do periósteo;

FASE INICIAL: pus na região apical

➢ Dor espontânea continua, intensa, pulsátil e localizada (o pus está só na


região apical);
➢ SENSIBILIDADE extrema à percussão e palpação;
➢ EXTREMA MOBILIDADE;
➢ SEM EDEMA, apenas rubor ao nível apical gengival;
➢ Pode ou não apresentar reabsorção óssea apical;
➢ Terapia de urgência com medicação sistêmica: necropulpectomia. E
antibiótico, analgésico e antiinflamatorio. O antibiótico se o paciente
estiver um quadro sistêmico.

EM EVOLUÇÃO: pus na região intraósseo

➢ ALTERAÇÃO DE VOLUME FACIAL: inchaço duro (firme) e sem ponto de


flutuação;
➢ REDUÇÃO da intensidade da dor e da mobilidade: DOR DIFUSA;
➢ Radiograficamente sem sinal característico;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 10

➢ PROSTRAÇÃO, FEBRE, CEFALEIA E TRISMO;


➢ Tratamento de urgência e terapia sistêmica: necropulpectomia. Os três
remédios.
O edema está no periósteo. Dentro do osso. Firme a palpação.
Quando ele rompe o periósteo e vai para submucosa, ele fica flutuante.

EVOLUÍDO: pus na região submucosa e subcutânea.

➢ MAL ESTAR, FEBRE E LINFADENOPATIA;


➢ Tratamento de urgência e medicação sistêmica;
➢ Drenagem Cirúrgica;
➢ DOR ESPONTÂNEA DE INTENSIDADE MODERADA;
➢ SENSIBILIDADE À PERCUSSÃO E A PALPAÇÃO;
➢ FORMAÇÃO DE PUS E EDEMA VOLUMOSO COM PONTO DE FLUTUAÇÃO
(ESTÁ NA SUBMUCOSA).
➢ Presença de reabsorção óssea apical;

TRATAMENTO SISTÊMICO:

➢ ANTIBIOTICOTERAPIA:
Amoxicilina 500mg + Clavulanato de Potássio 125mg de 8/8horas durante 10 a
14 dias.
Azitromicina 500mg 1x por dia / Clindamicina 300mg de 8/8 horas.

➢ CONTROLE DA DOR E INFLAMAÇÃO: - Ibuprofeno 400mg + paracetamol


750mg 6/6horas.
Se a inflamação vai ser aguda ou crônica, vai depender do estímulo, comprometimento
sistêmico, organismo de pessoa.
A diferença de um abscesso para a periodontite: na periodontite é inflamação e no
abscesso o quadro já é infecção, devido a presença de pus.

ABCESSO PERIRRADICULAR / DENTOALVEOLAR CRÔNICO

Sequência reacional do abscesso dentoalveolar agudo;


➢ Quando esse processo é de origem pulpar: INFECIOSO;
➢ Quando de origem periodontal: INFLAMATÓRIO

PRESENÇA DE FÍSTULA:

Deve-se acompanhar paciente durante 6 meses após fim do tratamento, para


analisar se houve regressão
A FÍSTULA PODE SER TANTO DE ORIGEM ENDODÔNTICO OU PERIODONTAL:
Realizar o rastreamento!!
ORIGEM ENDODÔNTICA:
➢ Testes de sensibilidade negativos, pois a polpa está morta/necrosada;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 11

Na realização do rastreamento de fistula com uso de guta-percha, a guta se


DIRECIONA AO TERÇO APICAL DA RAIZ
➢ Presença de lesão;
➢ Ausência de bolsa e tártaro
ORIGEM PERIODONTAL:
➢ Testes de sensibilidade positivos, pois a polpa está viva;
➢ Na realização do rastreamento de fístula com uso de guta-percha, o guta se
DIRECIONA AO TERÇO MÉDIO DA RAIZ, indicando direção da bolsa
periodontal;
➢ Se trata de ABSCESSO PERIODONTAL;
➢ Verificar a presença de sangramento, tártaro, bolsa, inflamação gengival;
IMPORTANTE FAZER A SONDAGEM

NÃO NECESSARIAMENTE SAIU DO ABSCESSO AGUDO;


Se trata de uma evolução lenta de um processo carioso, da qual não foi tratada,
gerando uma pulpite irreversível assintomática:
Houve alterações de longa duração e estímulos constantes de baixa intensidade,
gerando um processo crônico = Periodontite apical crônica
Se não tratada, evolui para o Abscesso dentoalveolar crônico

SINAIS E SINTOMAS:

➢ Ausência de dor;
➢ Percussão negativa;
➢ Diagnóstico: rastreamento de fístula;
➢ Diagnóstico diferencial: lesão periodontal

TRATAMENTO: NECROPULPECTOMIA
Brena Lopes – ENDODONTIA I 1

ETIOPATOGENIA PULPAR E PERIAPICAL


A POLPA DENTÁRIA

É um tecido conjuntivo frouxo, em -Responde a agressões (cáries,


especial da papila dentária, que abrasões, fraturas) com inflamação
está circundado por dentina,
possuindo diversos tipos de células. -Os irritantes, seja qual for a origem,
estimula uma resposta quimiotática
O desenvolvimento da polpa é que impede ou retarda a destruição
gradual com variações individuais, do tecido pulpar
ou seja, não há como determinar o
seu início. Varia de acordo com o CONSTITUIÇÃO DO TECIDO PULPAR
dente e a causa.

O desenvolvimento ocorre depois ✓ Células odontoblastos,


do crescimento da lâmina dentária mesenquimais
para dentro do tecido conjuntivo e indiferenciadas, fibroblastos,
da formação do órgão dental células de Rouget.
✓ Células de defesa, histiócitos,
FORMAÇÃO
macrófagos, plasmócitos,
A dentina é um produto da polpa, e elementos vasculares
a polpa através dos prolongamentos sanguíneos (neutrófilos,
odontoblásticos, faz parte da eosinófilos, basófilos e
dentina monócitos).
✓ Fibras
A polpa produz dentina durante toda ✓ Circulação sanguínea
a vida. ✓ Nervos
NUTRIÇÃO
Agressão a polpa dental:
Promove nutriente e líquido tecidual
para os componentes orgânicos dos
tecidos mineralizados Fatores físicos, químicos e
circunjacentes (dentina- tecido biológicos.
avascular).
Causam inflamação
SENSORIAL O reparo ou dano depende da
Apresenta terminações nervosas duração e intensidade da agressão
livres, e responde a agressões com
dor

DEFESA
Brena Lopes – ENDODONTIA I 2

Etiologia das doenças Fatores químicos- ligamento


pulpares: periodontal:

Biológica: microbiano ✓ Soluções utilizadas na


irrigação dos canais
Física: mecânico, térmico, elétrico ✓ Medicação intracanal
(irritantes);
Química: material obturador,
✓ Material obturador
drogas
(cimentos endodônticos
Fatores físicos: extravasados)

✓ Calor gerado pelo preparo Profundidade da cavidade:


cavitário, reação de presa
Túbulos dentinários: vias de difusão
dos materiais restauradores
para a polpa
ou polimento de restaurações
✓ Ação mecânica das brocas; Maior permeabilidade dentinária
✓ Trauma, fratura; próxima a polpa
✓ Pressão durante moldagem
20.000 Túbulos/mm2
Trauma: fraturas, luxações:
Fatores biológicos:
1. Ruptura dos vasos
sanguíneos pulpares de maior Infiltração bacteriana, cárie:
calibre – sangramento interno agressão persistente;
intenso – necrose
Extensão da resposta pulpar
2. Dano nutricional a polpa por depende da quantidade de irritantes
ruptura do suprimento bacterianos que chegam a polpa e
neurovascular no forame apical da distância
após deslocamento do dente no
alvéolo
DOENÇAS DA POLPA
3. Exposição pulpar
Inflamatória: hiperemia (pulpite
Fatores químicos- polpa: reversível), pulpite aguda, pulpite
crônica
Toxicidade de materiais
restauradores temporários e Degenerativa: nódulo pulpar,
definitivos degeneração distrófica, calcificação
difusa, reabsorção interna e
Condicionamento ácido: vai abrir
externa, mancha rósea.
mais os túbulos dentinários.

Dessecantes e desinfetantes de
cavidade
Brena Lopes – ENDODONTIA I 3

HIPEREMIA PULPAR
Palpação, percussão vertical e
horizontal: ligeiramente sensível.
PULPITE REVERSÍVEL
Teste pelo frio, calor, elétrico:
Quando a inflamação é leve e sensibilidade com declínio lento.
tolerável, clinicamente apresenta
dor localizada, provocada e cessa Analgésicos: surtem efeito
na remoção do estímulo.
Tratamento: remoção do agente
Sinais e sintomas: agressor, colocar curativo e avaliar
após 20 a 30 dias.
Sinais: cáries, restaurações com
Prognóstico: duvidoso.
infiltração, restaurações recém
realizadas, retração gengival Progressão da condição anterior.
Há uma dilatação vascular mais
Sintomas: sensibilidade provocada, pronunciada, em que se pode notar
de declínio rápido. acúmulo de exsudado no tecido
conjuntivo em volta de pequenos
Palpação, percussão vertical e vasos sanguíneos.
horizontal: assintomático.
Podem ser: Aguda ou crônica
Teste pelo frio, calor e elétrico:
sensibilidade com declínio rápido. Sinais e sintomas:
Estágio Intermediário:
Não é necessário uso de ✓ Dor provocada, aguda,
analgésicos localizada, persistente;
✓ Analgésico pode ou não ser
Tratamento: remoção do agente eficaz;
agressor. Estágio Avançado:
✓ Dor espontânea, pulsátil,
Prognóstico: favorável. excruciante, lancinante,
contínua;
✓ Exacerbada pelo calor,
FASE DE TRANSIÇÃO aliviada pelo frio;
✓ Analgésico não é eficaz.
Pela histologia, apresenta área
inflamatória maior com presença de PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA
exsudações, e até de
microabscessos.
✓ É aquela em que a polpa
morre em curto lapso de
SINAIS E SINTOMAS:
tempo;
✓ A polpa não se comunica
Sinais: cáries, restaurações com com o meio exterior, o
infiltração, restaurações recém-
desfecho da inflamação dá-
realizadas, retração gengival.
se rapidamente e os
Sintomas: sensibilidade provocada
fenômenos de pericimentite
por estímulos menores e declínio
mais lento
são mais perigosos;
Brena Lopes – ENDODONTIA I 4

Sinais e sintomas da pulpite com ampla abertura de câmara


aguda: pulpar. A polpa exposta apresenta-
se com a formação de um pólipo
Sinais: cáries, restaurações com
avermelhado.
infiltração, restaurações recém-
realizadas, retração gengival. Sinais e sintomas:
✓ Assintomática, dor à
Sintomas: dor espontânea, mastigação.
contínua, sem ser permanente. ✓ Sangramento do toque.
✓ Inspeção: massa de tecido
Palpação: sensível. pulpar projetada pela câmara
pulpar
Percussão vertical e horizontal:
bastante sensível. Ulcerativa: a superfície da polpa,
em contato com o meio bucal,
Teste pelo frio: alívio da dor. transforma-se em úlcera tópica de
aspecto granuloso e que sangra
Teste pelo calor: exacerbação da facilmente. Encontramos nesse
dor. local uma zona ulcerada e abaixo
dela, uma barreira leucocitária.
Teste elétrico: bastante sensível.
Sinais e sintomas:
Uso de analgésicos: não surtem Sinais: cáries, restaurações com
efeito infiltração, restaurações recém-
realizadas, retração gengival.
Tratamento: Biopulpectomia
Sintomas: dor provocada ao toque
Prognóstico: favorável ou à mastigação.

PULPITE IRREVERSÍVEL CRÔNICA Palpação e percussão vertical:


assintomático
✓ A polpa comunica-se com o Percussão horizontal: sensível a
meio bucal e nesta condição mastigação.
à medida que os exsudatos
são formados, vão sendo Uso de analgésicos: não
drenados para o exterior. necessário
✓ Resultam da ação de
irritantes de ação moderada, Tratamento: biopulpectomia em
incapazes de produzir a casos dentes de pessoas idosas,
morte rápida da polpa. A biopulpectomia ou pulpotomia em
inflamação é lenta, os casos de dentes de pessoas jovens.
fenômenos vasculares são
moderados, dando ensejo as Prognóstico: favorável.
reações proliferativas.
✓ Pode-se notar áreas de
ulceração, e outras de DOENÇAS PERIAPICAIS
necrose.
Há duas formas distintas: Respostas inflamatórias e
imunológicas do hospedeiro para
Hiperplásica: ocorre principalmente conter o avanço da infecção
em molares de paciente jovens, endodôntica (papel protetor).
Brena Lopes – ENDODONTIA I 5

GRANULOMA APICAL
Agressão ao tecido periapical:
✓ Trauma
✓ Falha no tratamento Periodontite apical crônica
endodôntico Massa de reação granulosa
✓ Injúria iatrogênica: extrusão localizada ao redor do ápice
de substâncias e material radicular.
obturador, perfurações
radiculares. Surge em resposta ao estímulo
Polpa necrosada infectada: nocivo de baixa intensidade
agressão persistente. proveniente do canal radicular

PERICEMENTITE APICAL AGUDA Constitui-se morfologicamente de


fibroblastos, macrófagos, capilares,
fibras colágenas.
É uma inflamação aguda nos
tecidos situados ao redor do ápice Excelente capacidade de
radicular de um dente regeneração e rapidamente se
converte em tecido periapical
Etiologia: normal quando o fator irritante é
1. Traumática removido.
2. Irritantes químicos
3. Microrganismos Sinais: lesão radiográfica de forma
oval ou circular associada a porção
Sinais: cárie, restauração apical, podendo apresentar imagem
insatisfatória, retração gengival. de fístula intra-oral inativa.

Sintomas: dor provocada ao toque, Assintomático


contínua, quase sempre pulsátil,
sensação dente crescido. Palpação, percussão vertical e
horizontal: ligeiramente sensível.
Palpação, percussão vertical e
horizontal: sensível. Teste pelo frio, calor, elétrico: não
responde.
Teste pelo frio, calor, elétrico: não
responde. Analgésicos não são indicados
Tratamento: necropulpectomia. A
Analgésicos surtem efeito polpa não está vital.
Prognóstico favorável
Tratamento: biopulpectomia se for
de origem traumática e ainda estiver CISTO
em um estágio de pulpite
irreversível. Necropulpectomia em Origina-se após a mortificação
casos de origem infecciosa, ou até pulpar, pela estimulação da
mesmo traumática, quando evoluiu remanescente de células epiteliais
para um quadro de necrose. no periápice.

Prognóstico favorável Reação inicial de formação do cisto


é a proliferação do epitélio contido
no granuloma apical.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 6

Deslocamento dos dentes vizinhos Sinais: edema intra ou extra oral,


(1ª manifestação clínica). podendo ou não apresentar imagem
radiolúcida periapical.
Crescimento lento, porém agressivo
Sintomas: dor acentuada, pulsátil,
Localização: apical, lateral, inter- contínua, irradiada.
radicular, residual.
Palpação, percussão vertical e
Sinais: lesão radiográfica apical horizontal: muito sensível.
circunscrita
Teste pelo frio, calor, elétrico: não
Assintomática responde.

Palpação, percussão vertical e Analgésico não surte efeito


horizontal: ligeiramente sensível Tratamento endodôntico e
(na palpação sensação de antibiótico
crepitação). Prognóstico favorável

Teste pelo frio, calor, elétrico: não Protocolo:


responde. 1. Cirurgia de acesso a câmara
pulpar e drenagem do pus;
Analgésicos não indicados 2. Deixar o pus drenar livremente
por alguns minutos;
Prognóstico: Tratamento 3. Isolar o dente;
endodôntico. 4. Irrigar o canal radicular com
solução halogenada;
Se houver regressão, a cura foi 5. Certificar que o canal radicular e
obtida, se não, cirurgia apical para o forame apical estão livres de
remover. detritos.
6. Realizar curativo de espera
ABSCESSO DENTOALVEOLAR quando não houver mais exsudato;
AGUDO 7. Atender o paciente 24h mais
tarde para auxiliar no alívio da dor,
✓ É um processo inflamatório coloca o dente com o abscesso em
agudo, caracterizado pela infraoclusão e institui medicação
formação de pus, que afeta geral (antibiótico e analgésico).
os tecidos que envolvem a Após o desaparecimento dos
região apical, tem evolução sintomas, se faz o tratamento
rápida e causa dor violenta. endodôntico;
✓ Pode ser causado por
agentes físicos, químicos e ABSCESSO DENTOALVEOLAR
microbianos. CRÔNICO
✓ Quando o abscesso
dentoalveolar agudo se
desenvolve a partir da Processo inflamatório crônico
exacerbação de um supurativo, de evolução tórpida e
granuloma apical, ou quase sempre assintomático.
abscesso dentoalveolar
crônico, se chama de
Abscesso fênix.
Brena Lopes – ENDODONTIA I 7

Causa: agentes físicos, químicos ou da necrose pulpar, o processo de


microbianos de baixa intensidade, reabsorção interna cessa.
associados com infecção.
Reabsorção externa:
Sinais: pode ou não apresentar
imagem radiolúcida periapical, Reabsorções da superfície
normalmente com presença de externa da raíz, detectáveis pelo
fístula ativa, inativa ou em RX.
formação.
Não tem origem endodôntica, e
Sintomas: normalmente sim periodontal. Nestes casos, a
assintomático, pode ter polpa responderá como um dente
sensibilidade a mordida. normal. Porém, se o processo de
reabsorção for muito acentuado,
Palpação, percussão vertical e poderá haver comunicação com a
horizontal: ligeiramente sensível. câmara pulpar ou os canais
radiculares, e a partir deste ponto
Teste pelo frio, calor, elétrico: não precisa de intervenção
responde. endodôntica.

Analgésico não indicado


Mancha rósea:
Tratamento endodôntico Reabsorção da câmara pulpar,
Prognóstico favorável. com alteração cromática da
coroa.

DOENÇAS
DEGENERATIVAS

Nódulo pulpar: CASOS DE NECROSE: EVOLUI PARA:

Calcificações pulpares na câmara PERIODONTITE APICAL AGUDA


pulpar, detectáveis
radiograficamente, podendo ser PERIODONTITE APICAL CRÔNICA
sintomáticos. (GRANULOMA E CISTO);

ABCESSO AGUDO E CRÔNICO.


Calcificação disfusa:

Calcificação total ou parcial de


toda cavidade pulpar, detectável SE A POLPA SENTIR DOR AOS
radiograficamente. TESTE DE SENSIBILIDADE: PULPITE.

POIS ELA ESTÁ VIVA. SE A DOR


Reabsorção interna:
CESSA RAPIDO: PULPITE
Reabsorções das paredes no
REVERSÍVEL. SE A DOR EXACERBA
interior do canal, detectáveis pelo
COM CALOR: IRREVERSÍVEL
RX.
Só ocorre em polpa viva. No AGUDA. SE A POLPA ESTIVER EM
entanto, devido a esta patologia, CONTATO COM MEIO EXTERNO:
a polpa pode mortificar. A partir PULPITE IRREVERSIVEL CRÔNICA.
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 1

DIAGNÓSTICO ENDODÔNTICO
Como realizar?
O QUE É DIAGNÓSTICO? HISTÓRIA DENTAL
O diagnóstico é a essência da “Quando dói? ”
estruturação do tratamento
“Dói quando mastiga? ”
endodôntico.
“Qual o dente? ”
Recursos:
“Após estímulo, passa rápido?”
 Anamnese;
HISTÓRIA MÉDICA
 Exame extra oral;
 Exame intra oral; Situação física, mental e social.
 Exames complementares; Interações medicamentosas, doenças
pré-existentes, antecedentes familiares,
 Exame radiográfico
alergias, hábitos.
ANAMNESE
EXAME EXTRA-ORAL
Consiste em: Queixa principal, história
Verificar assimetria facial;
atual e progressão da doença, história
odontológica e médica, hábitos. Aumento de volume;
QUEIXA PRINCIPAL Alteração de tecido;
É o motivo para o paciente procurar o Linfonodos normais ou infartados;
dentista, do qual narra história clínica,
Estruturas de face e pescoço, seio
descrever sintomas, relatar
maxilar;
antecedentes em relação ao dente (se
houve algum trauma). ATM
EM RELAÇÃO À DOR EXAME INTRA-ORAL
Fazer perguntas em relação a dor. INSPEÇÃO, PALPAÇÃO,
PERCUSSÃO.
Quanto a LOCALIZAÇÃO (localizada,
difusa, irradiada); Deve verificar anormalidades, fazer
sempre uma comparação com os dois
Quanto à FREQUÊNCIA (intermitente
lados.
ou contínua);
PALPAÇÃO: Mesma intensidade de
Quanto a DURAÇÃO (fugaz ou
pressão, com digital do dedo indicador
persistente);
percorrendo sulco gengival próximo aos
Quanto o ESTÍMULO (provocada ápices dentais.
quando come ou mastiga ou
espontânea);
Quanto à QUALIDADE DA DOR (leve,
moderada, intensa);
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 2

SONDAGEM: indicativo de
PERCUSSÃO: Um dos exames mais problema periodontal;
importantes para ajuda no diagnóstico
Se a bolsa for localizada e estreita,
 Vertical: ao longo eixo do dente em alguém sem problema
com o cabo do espelho- se der periodontal, pode ter origem
positivo, pode ter inflamação
endodôntica.
endodôntica.

TRATAMENTO ENDODÔNTICO
ANTERIOR:
Observar o tratamento endodôntico
anterior por meio da inspeção do dente
que foi tratado e por meio de recursos
radiográficos,
 Horizontal: 90º- se der positivo, O dente deve ter: ausência de
pode ter alteração periodontal. translucidez e mudança de cor

 CINZA: morte pulpar; (imagem


02)
 ROSA: reabsorção interna;
(imagem 01)
 AMARELO: calcificação pulpar;

OBSERVAÇÃO: realizar percussão no


dente suspeito por último sem o
conhecimento do paciente com mesma
intensidade dará uma melhor resposta.

MOBILIDADE DENTÁRIA: um
instrumental e um dedo;
 Classe I: menor que 1mm
horizontal de mobilidade
 Classe II: maior que 1mm
 Classe III: movimento
horizontal e vertical

EXAMES COMPLEMENTARES
TESTE TÉRMICO
(TESTE DE SENSIBILIDADE)
TESTE AO FRIO: Deve ter isolamento
relativo e o dente deve estar seco.
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 3

Irá ser colocada a Endo-Ice para


verificar o estimulo do paciente e ele FALSO NEGATIVO: dente
deve levantar a mão de acordo com o traumatizado, muito volumoso,
estímulo sentido calcificado, rizogênese incompleta,
coroas e restaurações
NORMAL: levanta a mão na mesma
hora que a endo-ice é colocada e TESTE ELÉTRICO:
quando é retirada a dor some.
Dente normal: pouca intensidade de
estímulo.
Se possui algum problema, geralmente
sente a dor aos poucos e vai embora
Se o dente continuar sentindo o
aos poucos também.
estímulo quanto menor for a
intensidade, pode ter alteração pulpar.
GASES REFRIGERANTES:
tetrafluoretano, declorofluormetano (-
Os testes térmicos ao frio e ao calor
30º a -50ºC).
suprem.

TESTE DE VITALIDADE

LASER DOPPLER: avalia fluxo


sanguíneo dentro dos vasos;
OXIMETRIA: Determina saturação de
O2 e taxa dos tecidos. Quanto maior,
melhor.

TESTE DA ANESTESIA
FALSO NEGATIVO: coroa negativa, Serve para quando o paciente não sabe
recém-traumatizado, rizogênese onde é a dor especificamente, ou seja,
incompleta. a DOR É INTENSA, DIFUSA.

 PULPITE IRREVERSIVEL
OBSERVAÇÃO: Quanto maior
ESTÁGIO 3.
duração, maior dor, e maior
comprometimento da circulação de Quando anestesiar a região, a dor irá
retorno, ou seja, maior inflamação cessar
pulpar.
TESTE DA TRANSLUMINAÇÃO:
TESTE AO CALOR: bastão de guta- Dente hígido: translucido ou claro
percha aquecido na lamparina e posto
no dente. Tratamento endodôntico ou polpa
morta: opaco ou escuro
Fratura coronária: linha escura na linha
da fratura

EXAME RADIOGRÁFICO:
Informações sobre:
 Morfologia pulpar;
 Osso alveolar;
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 4

 Lâmina dura e região


periapical;
Raio x inicial é essencial para
confirmar diagnóstico
Pode evidenciar fratura radicular ou
iatrogenias anteriores.
RADIOGRAFIA DE QUALIDADE:
Técnica do paralelismo, colocar filme
corretamente, exposição e processo
adequado.
Devem ser nítidas e duradouras
Digital: radiação mínima, alta
resolução, mais rápida
TOMOGRAFIA CONE BEAM:
imagem 3d, pouca ou nenhuma
sobreposição, observa muito mais
que o raio X
MAPEAMENTO DE FÍSTULA:
Gutta percha na fistula e tira raio-x,
indicando o dente causador
É diagnóstico diferencial entre
abscesso de origem endodôntico ou
periodontal.
QUANDO SABER SE A FÍSTULA
É DE ORIGEM ENDODONTICA OU
DE ORIGEM PERIODONTAL?
Se ao realizar o mapeamento e
observar na radiografia que a guta-
percha está no terço médio:
ORIGEM PERIODONTAL.
Se a guta-percha estiver no terço
apical: ORIGEM ENDODONTICA.
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 1

PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO

PLANEJAMENTO DO  Técnicas:

TRATAMENTO ENDODÔNTICO RAÍZ NÃO EXPOSTA OU DENTE


TRAUMATIZADO: colar com super
PACIENTE:
bonder, selador de cimento de
 Motivação
 Explicar a importância de manter o policarboxilato de zinco, selador de

dente; resina foto. (TOP DAM);


 Explicar o procedimento e o tempo;
 Riscos x benefícios; É possível por grampo em ortodontia
 Nº de sessões e intervalos entre elas;

ACESSO A CÂMARA PULPAR:


DENTE: deve observar abertura de Deve-se observar:
boca (limitação) e condição do dente;  Forma e dimensões da coroa;
 Grau de destruição da coroa;
ISOLAMENTO ABSOLUTO: se há  Posição da coroa na arcada;
condição de isolamento (limitação de  Dimensões da câmara pulpar e
boca, condição da coroa); forma de paredes;
 Não faz endo sem isolamento.  Posição da coroa em relação a raiz
 Forma das raízes;
 Vantagens do isolamento
absoluto: PREPARO DO CANAL:
Mantém assepsia, campo limpo, seco,  Saber o número de raízes do dente
menos infecção cruzada, melhor a ser tratado;
visibilidade, retração e proteção do  Calibre dos canais (diâmetro);
tecido mole, protege o paciente.  Forma das raízes;
 Operações prévias:  Características do ápice radicular;
 Verificação das áreas de contato
 Criação de espaços OBTURAÇÃO:
 Lubrificação dos dentes  Momento (quando) e técnica
 Seleção do grampo (como);
 Protetor facial, amarrilha, borracha
para dique BIOSSEGURANÇA NA
 Técnica para isolamento ODONTOLOGIA:
absoluto O que é a biossegurança? Conjunto de
 Isola apenas o dente a ser tratado normas, condutas e atitudes que
 Grampo com asa: parrula minimizam os riscos e auxiliam na
BRENA LOPES – ENDODONTIA I 2

proteção do homem contra agentes


perigosos
EPI: avental, gorro, máscara, óculos,
luva;
Imunização: Hepatite A e B, gripe,
difteria e tétano, sarampo, caxumba,
rubéola, tuberculose;
Biossegurança dos
equipamentos: Coberturas das
superfícies com material de proteção
que promove barreira física contra os
microrganismos
Esterilização:
 Limas, cones de papel;
 Cones de guta percha (imerso
em solução de hipoclorito de
sódio a 2,5% por 1 min)

ANTIBIOTICOTERAPIA

PROFILÁTICA
Necessário para paciente que
apresenta:
 Comprometimento sistêmico;
 Não compensados;
 Imunossuprimidos;
 Cardiopatas;
 Norma geral da associação
americana de cardiologia:
Amoxicilina: adultos: 2g; crianças- 50mg
por kg 1h antes do procedimento

Alérgicos a amoxicilina:
Cefalexina: adultos 2g; crianças- 50mg por
kg 1h antes do procedimento
Brena Lopes – Endodontia I 1

Instrumentais endodônticos
Limas Encontram-se disponíveis na
numeração de #6 a #140.
 Limas K;
 Limas flexo-fire; Limas Flexo-Fire
 Limas tipo K-Flex
Empregadas na instrumentação dos
 Limas Hedstroem canais radiculares, são mais flexíveis
Limas tipo K que as limas tipo K, sendo mais
indicadas para canais curvilíneos.
Também conhecidas como tipo Kerr;
Secção Transversal: TRIANGULO
Secção Transversal: QUADRADO;
Apresentam poder de corte maior do
Apresentam espirais de passo curto, que as Limas Tipo K, uma vez que
formando um ângulo entre as lâminas possuem ângulo de corte das espiras
e o longo eixo do instrumento de 45 mais agudos.
graus.
A Lima Flexo-File tendo seção
 Quando comparadas aos transversal da haste triangular possui
alargadores, possuem maior ângulo do vértice do triângulo e,
número de espiras por unidade de
portanto, da borda cortante da
comprimento.
espira de 60 graus.
Tem o poder de corte menor do que as
Disponíveis no mercado na numeração
Limas Flexo-File;
de #15 a #40.

Ordem das limas sobre será:


BRANCO, AMARELHO, VERMELHO,
AZUL, VERDE E PRETO.
Brena Lopes – Endodontia I 2

Limas tipo K-flex Sua capacidade perfurante é nula,


devido ao seu guia de penetração ser
Secção transversal: LOSANGULAR
de forma cônica.
Os losangos apresentam dois ângulos
maiores que 60 graus e outros dois,
menores que 60 graus.

 Esses dois ângulos menores que


60 graus provêm uma
capacidade de corte ainda
maior que as Limas Flexo-
File.

Instrumento é mais flexível e promove


mais desgaste da dentina quando
comparado à lima Tipo K (por possuir
áreas de secção de corte menor e
ângulos de corte mais agudos).
PARTES DA LIMA

 Cabo;
 Intermediário;
 Parte ativa;
 Cursor/stop;
 Nº de série;
 Secção transversal;
 Ângulo da lâmina de corte
Limas HEDSTROEM 45º/ 60º;
 Guia de penetração;
Secção transversal: CIRCULAR;
VIRGULA;

 Formam um ângulo de 60 graus Padrão das Limas


com o longo eixo do
instrumento. Existe uma correlação entre o
NÚMERO do instrumento, seu
Uma excelente capacidade de corte
diâmetro, a COR de seu cabo e a
quando são aplicadas com cinemática
SÉRIE a que pertencem.
de limagem.
Brena Lopes – Endodontia I 3

 Conicidade; CONICIDADE: é o quanto


 Diâmetro; aumenta em diâmetro a cada MM
 Cor do cabo; da lima.
 Comprimento da parte
 Aumenta a cada 0,02mm;
intermediária;
 A cada mm, há um aumento
 Comprimento da parte ativa;
de 0,02mm no diâmetro do
instrumento, a partir de D1.

Instrumento para abertura coronaria


PONTAS DE ALTA ROTAÇÃO

Broca esférica diamantada:


1011,1012,1014.

 HL: haste longa.


SERIE ESPECIAL
ENDO Z: broca sem ponta ativa. Só
06: ROSA
corta as laterias.
08: CINZA
 É uma broca carbide, com 6
10: ROXO lâminas.

BRANCO 15 45 90 3082,3083: não tem a ponta ativa. Só


AMARELO 20 50 100 corta as lateriais;
VERMELHO 25 55 110
 É broca diamantada.
AZUL 30 60 120
 Granulação
VERDE 35 70 130
PRETO 40 80 140 BAIXA ROTAÇÃO:

GATTES GLINDEN:
O comprimento da parte ativa sempre
 Gates 01: 0,5mm
16mm.
 Gates 02: 0,7mm
O comprimento intermediário vai ser  Gates 03: 0,9mm
variado:  Gates 04: 1,10mm
 Gates 05: 1,30mm
 EX: a lima de 25mm (parte
 Gates 06: 1,50mm
ative 16mm; intermediário
9mm); Preparar o terço cervical e médio;

DIAMETRO: o que determina o nº do Facilitar o PQM;


instrumento? O diâmetro da sua ponta.
Facilitar a ODONTOMETRIA;
 Lima 15 – 0,15mm no D0
 Retirando as interferências do
 Lima 35 – 0,35 no DO
canal;

Terço apical é só LIMAS.


Brena Lopes – Endodontia I 4

BROCAS LARGO:

 Largo 01: 0,7mm


 Largo 02: 0,9mm
 Largo 03: 1,10mm
 Largo 04: 1,30mm
 Largo 05: 1,50 mm
 Largo 06: 1,70mm
BRENA LOPES – ENDODONTIA 1

TRATAMENTOS CONSEVADORES DA POLPA


DENTAL
INTRODUÇÃO:

Nem tudo em endodontia é tratamento endodôntico.


É nosso papel é preservar o elemento dental o máximo possível, conservando a
vitalidade do dente, mantendo as suas funções e assegurando sua resistência
necessária para suportar toda carga mastigatória que nele é atribuída. Assim, cabe
a todo CD, restabelecer a saúde dentária, buscando a integridade pulpar.
Na REMOÇÃO DA PULPA, o dente vai SER MAIS FRIÁVEL, mais susceptível a
FRATURA, pois a polpa desempenha diversas funções e mantém a vitalidade do dente
(oxigênio, fibras...), ao perder as estruturas presentes na polpa, o dente fica menos
resistente.
SEMPRE QUE POSSÍVEL SER CONVERSADOR.
Vai instituir o tratamento conservador quando a polpa apresentar características de
REVERSIBILIDADE. Se haver características de irreversibilidade faz terapia radical.

O QUE SERIA O TRATAMENTO CONSERVADOR?

É o tipo de tratamento que visa RESTABELECER A SAÚDE DA UNIDADE DENTÁRIA,


buscando manter a integridade pulpar e preservar ao máximo possível a estrutura
dentária sadia.

QUANDO INDICAR O TRATAMENTO CONSERVADOR?

De modo em geral:
➢ DENTES COM CARACTERÍSTICAS DE REVERSIBILIDADE
A dor espontânea, dor ao calor e alivio com o frio são sinais de irreversibilidade;
➢ DENTES COM PEQUENAS EXPOSIÇÕES ACIDENTAIS
Deve-se observar as características da polpa, cor, sangramento, idade do paciente.
(Podem sugerir características de reversibilidade);
COR: vermelho vivo, rutilante – características de reversibilidade;
SANGRAMENTO DEMORADO E COR VERMELHO PISADO: características de
irreversibilidade;
IDADE DO PACIENTE: pacientes jovens tem o ápice ainda não completamente
formado, assim, institui o tratamento conservador.
➢ PACIENTES JOVENS: DEVIDO O ÁPICE ABERTO.
É de suma importante deixar a polpa radicular, pois vai estimular o desenvolvimento
da raiz, pois é a polpa que vai promover a formação da dentina radicular, sem ela
não há formação completa da raiz. Dessa forma, manter a polpa radicular para ter
fechamento do ápice, quando haver a formação, faz radical. Ou seja, posterga o
tratamento radical (biopulpectomia);
BRENA LOPES – ENDODONTIA 2

O paciente não sente dor, a dor é causa por EDEMA, compressão das fibras nervosas.
Fazendo a PULPOTOMIA, a polpa vai ter espaço para crescer, não comprimido a
fibras nervosas, dando assim um alívio ao paciente.
Faz a terapia radical depois porque existem muitos casos de PULPOTOMIA, onde a
polpa aos poucos vai necrosando e vai calcificando, gerando uma lesão apical e ao
mesmo tempo calcificando, e depois pode não ter como tratar a lesão apical devido a
calcificação da polpa, pois dificulta ou impede e inviabiliza o tratamento endodôntico.
É recomendado realizar o tratamento endodôntico radical em casos de dentes com
ápice fechado, pois o dente vai ter mais resistência, evitando o risco de o elemento
sofrer fraturas, devido as paredes do canal muito finas quando o ápice está aberto.

FATORES DETERMINANTES DA INJÚRIA PULPAR

FATORES BACTERIANOS: cárie, bactéria.

✓ Se houver um processo caridoso, e este não é removido, vai haver agressão a


polpa podendo comprometer a polpa ao ponto de necessitar a instituição de uma
terapia radical.

FATORES MECÂNICOS: traumas.

✓ Fratura de coroa, fratura de raiz, uma pancada;


✓ Ações que são suficientes para causar uma periodontite apical aguda
traumática, da qual pode comprometer a polpa, com início de uma pulpite
irreversível que se não intervir, evolui para uma necrose pulpar.
✓ Pode ser também um trauma de oclusão, uma sobrecarga do aparelho
ortodôntico, bruxismo.
Se há uma pancada no dente, vai ter uma injúria nos tecidos de suporte, dos quais
são responsáveis pelo amortecimento, essa injúria aos tecidos de suporte é
chamada de PERICEMENTITE APICAL AGUDA TRAUMÁTICA. Assim, pode ter o
EDEMA após o trauma, comprimido as estruturas na região apical, fazendo com
que haja uma diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo para o dente,
diminuindo assim o oxigênio para a polpa, mortificando-as.
Ou seja, passa por um processo inflamatório, gerando um edema, e esse edema vai
comprometer o suprimento sanguíneo, podendo assim gerar assim uma necrose.

FATORES QUÍMICOS: substâncias que agridem a polpa;

✓ Restaurações metálicas com íntima relação com a polpa, material irritante que
se difunde para o tecido pulpar.
✓ Erosão química, com o tempo vai gerar um desgaste no dente e compromete a
polpa. Podem ser também alimentares.

FATORES FISICOS: calor da broca, falta de irrigação durante o preparo cavitário.


BRENA LOPES – ENDODONTIA 3

TIPOS DE TRATAMENTOS CONSERVADORES

CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO

É o procedimento terapêutico que visa a remoção da dentina cariada, infectada e


mantém a dentina contaminada, promovendo sua remineralizacão por meio de
substâncias biocompatíveis que estimularão a formação de dentina reparadora.
O processo carioso avançando em direção a polpa, e se observa que há
distanciamento do tecido pulpar, REMOVE A CÁRIE E FAZ O CAPEAMENTO
PULPAR INDIRETO.
TRATAMENTO EXPECTANTE: retira a dentina infectada e mantém a afetada.
➢ É tratamento de espera. Quando se tem uma cavidade muito profunda que você
sabe que se retirar toda a cárie vai fazer comunicação com a polpa. Então você
faz a RPTC (remoção parcial de tecido carioso) na tentativa de evitar esse
contato, associado com um capeamento pulpar indireto, com HC é uma
restauração provisória de CIV.
➢ Deixa agir por 30-45 dias pra ter a formação de dentina terciária e assim evitar
a comunicação. Nessa segunda sessão, faz o rebaixamento da cavidade, e faz
a restauração definitiva com RC
Preservação da polpa em cavidades profundas, ou seja, retira a dentina infectada e
deixa a afetada, pois na sua remoção pode haver exposição pulpar, assim, coloca-
se CIV e Hidróxido de cálcio, dos quais são substâncias que vão estimular a formação
da dentina.
✓ Após isso, avalia se houver a formação da dentina, e termina o tratamento
restaurador.
✓ Estudos comprovam que na remoção da dentina infectada e coloca as
substâncias há uma diminuição de substratos das bactérias, impedindo a
progressão do processo carioso.
O capeamento pulpar indireto é indicado para dentes com lesões cariosas profundas,
porém sem sinais ou sintomas de degeneração pulpar, e com características de
reversibilidade.

ETAPAS OPERATÓRIAS

1. Bochecho com Periogard: antisséptico bucal para reduzir o número de


bactérias.
2. Anestesia;
3. Isolamento absoluto;
✓ Molha uma gaze com hipoclorito e passa no lençol e no dente
4. Remoção parcial de cárie:
✓ Uso de evidenciadores: cora a dentina infectada;
✓ Remove a dentina infectada;
✓ Consistência (cureta de dentina);
Paredes laterais: não deixar cárie nas paredes laterais, até mesmo a dentina afetada,
só pode deixar na parede de fundo pulpar, para não ter muita sensibilidade após a
restauração.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 4

✓ Brocas esféricas e curetas de dentina.


OBS: não remover todo esmalte desapoiado. A resina adere a estrutura e dá uma
resistência necessários para o dente não fraturar.

5. FORRAMENTO DA DENTINA REMANESCENTE;


✓ Ca (OH)2: cimento de hidróxido de cálcio;
✓ Ele é bactericida.
✓ Estimula a formação de dentina reacional e esclerosada; BIOATIVO.
✓ Promove a paralização do processo carioso – inativação das bactérias.

6. SELAMENTO EXTERNO COM CIV OU OZE. BASE.

Não utiliza mais o OZE pois interfere na adesão à resina.

7. RESINA
8. ACOMPANHAMENTO
✓ Acompanhar para ver se vai haver sintomatologia.
✓ Se houver mais de 15 dias, faz tratamento endodôntico.

CAPEAMENTO PULPAR DIRETO

Procedimento conservador realizado quando ocorre pequena exposição pulpar,


decorrente da remoção do tecido cariado ou por fratura, sendo realizado por meio
de um material biocompatível que agirá na tentativa de formar dentina reparadora,
buscando manter a vitalidade pulpar.
MICROEXPOSIÇÃO PULPAR: capeamento pulpar direto.
Durante a remoção do tecido cariado teve uma exposição pequena da polpa, e se ainda
está removendo a dentina cariada e não terminou ainda essa remoção e já teve
exposição, parte para curetagem ou pulpotomia.
Capeamento pulpar propriamente dito.

ETAPAS OPERATORIAS:

1. BOCHECHO COM PERIOGARD:

Para reduzir uma quantidade de m.o circulantes no momento do ato operatório

2. ANESTESIA;
3. ISOLAMENTO ABSOLUTO:
✓ Não pode correr o risco de contaminar a polpa!!!
4. REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO;
5. ACABAMENTO DO PREPARO E EXPOSIÇÃO ACIDENTAL:
✓ No momento da remoção da dentina cariada, expos a polpa.
6. LAVAGEM ABUNDANTE DA FERIDA CIRÚRGICA:
✓ Água destilada ou soro fisiológico ou água de cal;
Removendo toda sujeira, contaminação.
✓ Não é realizada com hipoclorito, pois pode irrigar o tecido pulpar.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 5

7. HEMOSTASIA ESPONTÂNEA E SECAGEM DA CAVIDADE COM


BOLINHA DE ALGODÃO ESTILIZADA;
8. APLICAÇÃO DA SOLUÇÃO DE CORTICOSTEROIDE-ANTIBIÓTICO:

Por 05 a 10 minutos: OTOSPORIN.


✓ Para reduzir a possibilidade da inflamação de tecido pulpar, e contaminação,
pois é uma solução antimicrobiana.

9. APLICAÇÃO DO CA (OH)2 P.A E CIMENTO DE CA (OH)2 OU MTA.

Deve-se remover o excesso do material nas paredes laterais.


O hidróxido de cálcio é BIOATIVO, BIOINDUTOR (estimula a formação de dentina
reparadora, ponte de dentina), reduzindo a contaminação, pois é bacteriostático.
Utiliza o HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A, que é a sua conformação pura. (pró-análise),
tem um pH alcalino, tendo assim um efeito bacteriostático, inativando o número de
bactérias presentes.
Apesar de ser sua conformação pura e apresentar todas essas características, ele
promove uma NECROSE SUPERFICIAL DO TECIDO PULPAR, ela é importante para
estimular as células mesenquimais a se diferenciarem em odontoblastos, para
garantir a formação de dentina reparadora.
O hidróxido de cálcio p.a ele não tem uma resistência mecânica, ele é um pó.
✓ Podemos emudecer a ponta do aplicador de hidróxido de cálcio e pega o pó e
coloca na cavidade, como também pode pegar o pó e adicionar a água destilada
e colocar a pastinha com o aplicador de amálgama, para garantir que todas
essas características sejam desenvolvidas pelo hidróxido de cálcio.
✓ Assim, devido sua conformação (não apresenta a característica de
resistência mecânica), não haverá como condicionar o ácido e aplicar adesivo
em cima do pó. Com isso, protege a substância com CIMENTO DE
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, formando a barreira mecânica da qual o hidróxido de
cálcio pa não consegue fazer.
Todas as características do hidróxido de cálcio PA elas delas são reduzidas no
cimento, pois ele não há a conformação de hidróxido de cálcio em sua forma pura. Em
contrapartida, no hidróxido de cálcio PA não tem a barreira mecânica. Por isso, coloca-
se o hidróxido de cálcio PA e recobre com cimento de hidróxido de cálcio.

Utiliza-se também MTA.

✓ Todas características apresentadas no hidróxido de cálcio pa, ele tem


melhoradas.
✓ Apresenta um baixo potencial de solubilidade na umidade, já o HC tem uma
solubilização maior.
✓ Veda muito melhor que o HC, além de formar de tecido dentário, ele é
osteogênico, cementogênico.
✓ Biocompátivel.
✓ Tem como desvantagem o custo.
Cimento de hidróxido de cálcio: barreira mecânica.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 6

✓ Coloca na espessura de 0,5mm.


MTA: presa Inicial é de 15 minutos.
✓ A presa completa é de 2 a 3 horas = Dando uma precisão de trabalho melhor.

10. RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA OU IMEDIATA.

PROVISÓRIA: CIV
IMEDIATA: resina ou amálgama.
✓ Teste de vitalidade na segunda sessão;
✓ Controle radiográfica a cada 06 meses;
✓ Avaliação dos sinais e sintomas.
Se durante o acompanhamento, houver testes negativos, paciente relatar dor ao
frio, ao quente, edema, na radiografia apresentar espessamento do LP ou lesão,
ou seja, características de irreversibilidade, PARTE PARA O TRATAMENTO
RADICAL.

CURETAGEM PULPAR

Tratamento conservador da polpa dental, utilizado mediante relativa exposição pulpar,


que visa a remoção parcial do tecido pulpar coronário na tentativa de manter a
vitalidade do elemento dental.
Exposição menor que a pulpotomia.

PULPOTOMIA

Tratamento conservador da polpa dental, com a remoção total do tecido pulpar


coronário, diante de exposição pulpar por cárie ou fratura na tentativa de manter a
vitalidade do elemento dental.

O QUE DEVEMOS AVALIAR?

➢ IDADE DO PACIENTE;
➢ COLORAÇÃO DO TECIDO PULPAR: vermelho vivo, vermelho rutilante.

Se apresentar vermelho escuro: sinal de necrose.


Sangue pisado: necrose. (vermelho escuro);
Se o paciente apresentar características de reversibilidade, vou tratar com tratamento
conservador, mas ao abrir a cavidade e observar que a polpa se apresenta com outra
coloração, ou consistência alterada ou sangramento constante e demorado (mais de
5min), faz o tratamento radical.
TODAS AS CARACTERÍSTICAS DEVEM ESTAR PRESENTES, SE UMA
APRESENTAR DIFERENTE, JÁ INSTALA OUTRO PLANO DE TRATAMENTO.
Jamais fazer uma anestesia intrapulpar em uma pulpotomia, pois pode causar
degeneração das fibras sensoriais.
INTENSIDADE DE HEMORRAGIA: mais de 5 minutos não para de sangrar e não
há formação do coágulo: CARACTERÍSTICAS IRREVERSÍVEIS.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 7

CONSISTÊNCIA DO TECIDO PULPAR: ele deve ter consistência firme.


✓ Se tiver liquefeito, amolecido, não há firmeza ao passar a cureta, são
características de degeneração.
SE UMA APRESENTAR UMA CARACTERÍSTICA DIFERENTE, JÁ É
CONSIDERADO IRREVERSIVEL.
Pulpite irreversível: pulpite necrosante focal - pois já focos de necrose, de
degeneração, mas ainda não está totalmente necrosada.

TÉCNICAS: MEDIATA; IMEDIATA.

A MEDIATA é em duas sessões.


✓ Vai depender da limitação do tempo e da falta de cooperação do paciente.
Não conseguiu completar em uma sessão só.
A IMEDIATA é em sessão única, o que é IDEAL.
✓ Sempre que possível, finalizar em sessão única, pois pode haver possibilidade
de contaminação do meio. Se ficar manipulando novamente o tecido, podendo
provocar uma degeneração.
Acompanhar por 02 anos.

TÉCNICA MEDIATA

PRIMEIRA SESSÃO:

1. BOCHECHO COM PERIOGARD;


2. ANESTESIA;
3. ISOLAMENTO ABSOLUTO;
4. REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO COM BROCAS ESFÉRICAS E
BAIXA ROTAÇÃO;
5. REMOÇÃO DO TETO DA CÂMARA PULPAR COM BROCAS
ESFÉRICAS DIAMANTADAS EM ALTA ROTAÇÃO;
6. IRRIGAÇÃO DA CÂMARA PULPAR COM SORO; ÁGUA DE CAL;
ÁGUA DESTILADA.
7. REMOÇÃO DA POLPA CORONÁRIA COM CARETAS AFIADAS.
8. IRRIGAÇÃO E ASPIRAÇÃO
✓ Irriga com soro, água de cal ou água destilada.
9. HEMOSTASIA E SECAGEM COM BOLINHAS DE ALGODÃO
ESTÉRIL;
10. COLOCAÇÃO DE BOLINHA DE ALGODÃO COM OTOSPORIN;
11. LÂMINA DE GUTA PERCHA.
12. RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA COM CIV OU OZE.

SEGUNDA SESSÃO: ESPERA DE 02 A 03 DIAS.


BRENA LOPES – ENDODONTIA 8

1. AVALIAR A INTEGRIDADE DA RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA;


AVALIAR PRESENÇA DE SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS;
RADIOGRAFIAS DE CONTROLE.
2. ANESTESIA
3. ISOLAMENTO ABSOLUTO
4. REMOÇÃO DA RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA, LÂMINA DE GUTA
PERCHA E ALGODÃO.
5. IRRIGAÇÃO ABUNDANTE COM SORO FISIOLÓGICO.
6. COLOCAÇÃO DA PASTA DE CA (OH)2:

Pressão adequada, pois não pode agredir ainda mais a polpa, prometendo degeneração
das fibras nervosa, que podem causar degeneração do tecido pulpar.
E também não pode causar um novo sangramento, com possibilidade de formação de
um coágulo espesso, impedindo a ação do hidróxido de cálcio sobe o tecido pulpar.

7. COLOCAÇÃO DA BASE CAVITÁRIA.


1) Cimento de hidróxido de cálcio
2) OU MTA
3) Remoção do excesso das paredes laterais;
4) CIV;
5) Resina

TECNICA IMEDIATA:

1. BOCHECHA COM PERIOGARD;


2. ANESTESIA
3. ISOLAMENTO ABSOLUTO;
4. REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO COM BRICAS ESFÉRICAS EM
BAIXA ROTAÇÃO;
5. REMOÇÃO DO TETO DA CÂMARA PULPAR COM BROCAS
ESFÉRICAS DIAMANTADAS EM ALTA ROTAÇÃO;
6. IRRIGAÇÃO DA CÂMARA PULPAR COM SORO; ÁGUA DE CAL OU
ÁGUA DESTILADA.
7. REMOÇÃO DA POLPA CORONÁRIA COM CURETAS AFIADAS;
8. IRRIGAÇÃO E ASPIRAÇÃO COM SORO; ÁGUA DE CAL OU ÁGUA
DESTILADA.
9. HEMOSTASIA / SECAGEM COM BOLINHAS DE ALGODÃO ESTÉRIL
10. COLOCAÇÃO DA BOLINHA DE ALGODÃO COM OTOSPORIN
✓ por 05 minutos 15 minutos.
✓ Só para ter ação anti-inflamatória, e remove.
11. COLOCAÇÃO DA PASTA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO.
12. 12. COLOCAÇÃO DA BASE CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE
CÁLCIO E CIV
13. 13. RESTAURAÇÃO FINAL
✓ Não deixa a bolinha com a medicação.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 9

CONSIDERAÇÕES CLINICAS:

Na anestesia a 1° escolha é um bloqueio regional ou infiltrativa;


A anestesia intrapulpar causa degeneração das fibras nervosas.
Deve haver a MANUTENÇÃO DA CADEIA ASSÉPTICA, pois está relacionada ao
índice de sucesso da terapia.
✓ ISOLAMENTO ABSOLUTO: passar uma gaze com clorexidina. Aplicação de
substâncias antissépticas: digluconato de clorexidina; bochechos prévios ao
procedimento. Selamento provisório: técnica mediata.
✓ Evitar fazer em duas sessões, o selamento pode quebrar, ou haver infiltração,
causando uma contaminação.
Na remoção da polpa coronária deve-se realizar:
✓ Remoção atraumática;
✓ Realizar os movimentos firmes e curetas afiadas e grandes;
✓ Evitar o acúmulo de raspas de dentina, pois pode desenvolver uma
calcificação distrófica (estímulos do odontoblastos na deposição de íons de
cálcio e formação de dentina terciária, causando a mortificação do tecido pulpar).
AS SOLUÇÕES IRRIGADORAS:
✓ Controla hemorragias;
✓ Eliminação das raspas de dentina;
✓ Soro fisiológico: tubete ou seringa luer.
✓ Em serviços públicos, o procedimento sem o isolamento, utiliza-se a solução de
Darkim (idealmente não trabalha com soluções irritantes aos tecido, e o
hipoclorito promove a dissolução de tecido orgânico, mas como não há
possibilidade de trabalhar sem isolamento, pode fazer a irrigação com essa
solução de Darkim, da qual apresenta uma concentração de hipoclorito baixa:
0,5%).
✓ Toda vez que remover a polpa coronária, irrigar, controlando a hemorragia
para conseguir um coágulo sanguíneo numa espessura ideal, que não
interfira no preparo e na produção de dentina reparadora.
COÁGULO SANGUÍNEO ESPESSO: atua como barreira mecânica, impedindo a
ação do material protetor (hemostasia, bioindutor), causando uma reação inflamatória,
atrapalhando no processo de reparo.
✓ Utilizar mechas de papel absorvente, evitar o uso de bolinha de algodão.
✓ A bolinha de algodão tem os fios, e estes podem ficar grudados com o sangue,
podendo ser irritante ao tecido.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 10

Toda vez que coloca o MTA ou hidróxido de cálcio, substâncias bioativas, estas vão
promover uma necrose superficial do tecido, estimulando as células a se
diferenciarem em odontoblastos, para estes formarem uma barreira de dentina
reparadora e reacional.
RASPAS DE DENTINA: causar a calcificação distrófica e dificulta o contato da polpa ao
material protetor, havendo a forma a irregular de dentina.
AVALIAÇÃO DO PÓS- OPERATÓRIO: proservação no mínimo até 02 anos.
✓ Para ver se houver sucesso ou não.
✓ OBSERVAR: Ausência de sinais e sintomas, exame radiográfico, integridade da
lâmina dura.
✓ Presença da Barreira dentinária: nem sempre visualizada, canal de menor
diâmetro (molares), espessura e densidade insuficiente para visualizar no rx.
✓ Devido a colocação do MTA ou hidróxido de cálcio, pois são substância
bioativas.
✓ Ausência de lesão periapical;
✓ Ausência de reabsorções internas. Muitas vezes a polpa ela sore uma
degeneração interna, causando uma inflamação, podendo causar uma
reabsorção interna.

AGREGADOS DE TRIÓXIDO MINERAL (MTA)

Silicato tricálcico, aluminato tricálcico, óxido de silicato, óxido de bismuto, e ainda


pequenas quantidades de outros óxidos.
✓ Selar comunicações entre os canais e superfícies externas;
✓ Reabsorções internas e externas;
✓ Cirurgias parendodônticas: retrobturador. Remove os 3 mm apicais, coloca
cimento.
✓ “plug” no clareamento. Antes do clareamento interno.
Faz com CIV ou MTA, para impedir que o material clareador, ele vá para o canal,
causando uma reabsorção interna.
✓ Apicificação: faz em rizogênese incompleta que houve necrose.
Tampão apical (fecha o ápice) com mta e depois coloca o material obturador.
✓ Tratamento conservador e obturação dos canais.
✓ Não é o mesmo mta que fecha o apice...
✓ Não apresenta potencial mutagênico;
✓ É pouco solúvel (presença de umidade); a presença da umidade ajuda na
presa.
✓ Custo alto;
✓ Baixa citoxicidade;
✓ Radiopaco (óxido de bismuto). Acompanho radiográfico excelente.
✓ Cementigênico (matriz). Capacidade bioindutora muito boa.
✓ Tecido mineralizado.
✓ Muitas vezes o óxido de bismuto causa escurecimento da coroa.
ANOTAÇÕES:
BRENA LOPES – ENDODONTIA 11

➢ Não tem que se basear no teste de sensibilidade pulpar, após a remoção da


polpa coronária, pois, o paciente pode não acusar sensibilidade.
➢ O teste de sensibilidade negativo, não significa que está necrosada, mas sim,
por que a polpa coronária foi retirada.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 1

URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM ENDODONTIA


EMERGÊNCIA: situação crítica: incidente, deve ter um atendimento
imediato.

URGÊNCIA: que urge; que deve ser feito com rapidez.

Diagnóstico correto ➡ tratamento correto.

➢ DIAGNÓSTICO DA DOR
SUBJETIVO: História médica e dental relatada pelo paciente. Teste de
sensibilidade, pois depende do limiar de dor do paciente, do histórico do
paciente.

OBJETIVO: Exame clínico-visual, Teste de vitalidade pulpar, Testes


perirradiculares (percussão), Sondagem periodontal.

EXAME RADIOGRÁFICO: Serve de guia em conjunto com o exame


subjetivo e objetivo para que possa chegar a um diagnóstico correto.

➢ PERGUNTAS QUE PODEM SER FEITAS PARA


DIFERENCIAR UMA URGÊNCIA DE TRATAMENTO
ELETIVO:
1. Seu problema está interferindo em seu sono, na sua
alimentação, no trabalho, na concentração e em outras
atividades diárias? Uma urgência verdadeira rompe o equilíbrio
do paciente e o impede de executar atividades rotineiras .
2. Há quanto tempo esse problema o aflige? Uma urgência
verdadeira normalmente dura mais que 2 a 3 dias (inflamação
aguda). É uma dor contínua, não passa, começa sozinha e para
sozinha, sem causa aparente.
3. Você precisou tomar algum medicamento para aliviar a
dor? Dificilmente o emprego de analgésicos alivia a dor associada
uma urgência verdadeira.

➢ ÓTICA ENDODÔNTICA prova

DOR:

✓ Doença da polpa
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 2

✓ Doenças do periápice: Dor surgida antes, durante ou após o


tratamento endodôntico.

➢ DOR DE ORIGEM PULPAR

CONDIÇÕES QUE NÃO REQUEREM TERAPIA ENDODÔNTICA:

HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA

↪ Paciente se queixa de dor, já passou por vários dentistas, podem


potencializar uma dor para adorarmos uma terapia endodôntica.

↪ Normalmente causada por exposição de dentina, podendo ser usado o


protocolo de dessensibilização, restauração (em caso de perda de
estrutura) ou proteção complexo dentina-polpa (dependendo da
profundidade).

PULPITE REVERSÍVEL (CÁRIE PROFUNDA)

↪ Exposição dos prolongamentos odontoblastos, movimentação do


fluido dentinário, consequentemente dor.

↪ Remoção da causa
CONDIÇÕES QUE REQUEREM TERAPIA ENDODÔNTICA

PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA:

↪ Sendo tratada como uma URGÊNCIA.

↪ Caso o profissional não possa atender, deve-se encaminhar para outro


profissional.

➢ PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA

Deve ser tratada com urgência;

Dor aguda, pulsátil, intermitente, contínua, excruciante, fastidiosa,


espontânea, às vezes difusa.

Relato do uso de analgésicos ➡ sem sucesso

Pode ser feito em uma sessão.

Tratamento: biopulpectomia.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 3

PROTOCOLO: (PROFISSIONAL COM TEMPO)

1. Anestesia e isolamento (infiltrativa/bloqueio + intrapulpar);


2. Abertura coronária;
3. Exploração inicial + CRT
4. Completo PQM
5. Obturação
6. Selamento coronário

Não precisa intervir com medicação sistêmica!!!

PROTOCOLO: (PROFISSIONAL SEM TEMPO)

Neste caso, deve haver tempo para pelo menos realizar os


procedimentos necessários para aliviar a dor do paciente.

Mais de uma sessão.

SESSÃO DE URGÊNCIA:

1. Anestesia
2. Isolamento absoluto e abertura coronária
3. Pulpotomia e medica com corticosteroide (Otosporim);
4. Selamento coronário;
5. Medicação sistêmica

Normalmente, não se prescreve medicação sistêmica em casos de pulpite


irreversível sintomática, mas como não é um paciente que será tratado
em sessão única, ele tem predisposição a sentir dor, logo, deve ser
medicado com analgésicos e AINES.

A ESCOLHA DA MEDICAÇÃO:

↪ De acordo com a condição sistêmica do paciente;

↪ Condição financeira do paciente;

↪ A histórica médica do paciente irá guiar a melhor medicação


juntamente com a sua experiência profissional.

O paciente deve retornar o quanto antes ➡ 3, 5, 7 dias no


máximo.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 4

OBSERVAÇÕES:

• Evitar compressão do algodão com medicamento ➡ para


evitar uma reação do processo inflamatório e acelerar a
degeneração pulpar, causando dor.
• Medicação deve estar sobre o tecido vivo ➡ ação anti-
inflamatória adequada, Otosporin só age por contato.
• Medicação local (Otosporin) não ser demorada ➡
degeneração pulpar, levando a tratar com um tecido
necrosado e microrganismos, havendo contaminação. 48h
promove a ação desejada.

➢ MEDICAÇÃO SISTÊMICA

AINES: 3 a 5 dias

○ Ibuprofeno (400 ou 600mg) de 8/8hrs

○ Cetaprofeno (100mg) de 8/8hrs

○ Diclofenaco (50mg) de 8/8hrs

○ Nimesulida (100mg) de 12/12hrs

ANALGÉSICOS: somente em caso de dor

○ Dipirona (500mg) de 6/6hrs

○ Paracetamol (750mg) de 6/6hrs

➢ DOR DE ORIGEM PERIRRADICULAR

• Periodontite apical aguda traumática (antes)

• Periodontite apical aguda infecciosa (antes)

• Abscesso perirradicular agudo (antes)

• Flare-up pode desenvolver uma periodontite apical aguda


secundária (durante).
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 5

• Injeção acidental de NaClO (iatrogenia) (durante)

• Dor pós-obturação (após)

➢ PERIODONTITE APICAL AGUDA PRIMÁRIA


TRAUMÁTICA

Inflamação na região periapical decorrente de traumatismos na


região perirradicular, movimentos ortodônticos, interferências
oclusais;

Não existe envolvimento de bactérias, tecidos necróticos,


toxinas e endotoxinas;

Dor provocada ao toque, palpação e percussão.

Ligeiro espessamento do ligamento periodontal

Sensação de dente crescido e discreta mobilidade podem estar


presentes

Polpa com vitalidade podendo estar reversível ou


irreversivelmente alterada, encaminhando para uma necrose,
pode ter um necrose pulpar originada de uma periodontite
apical aguda traumática, se não houver intervenção
endodôntica rápida.

Intervenção endodôntica é feita geralmente quando está em


estado irreversível com DOR.

Medicação sistêmica SEMPRE

Tratamento: biopulpectomia.

PROTOCOLO: (PROFISSIONAL COM TEMPO).

1. Anestesia e isolamento absoluto;


2. Exploração e esvaziamento do CR (8, 10 ou 15)
3. Preparo ⅔ coronários
4. Odontometria e obtenção do CRT
5. Preparo apical
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 6

6. MIC (Ca(OH)2 + glicerina; Ca(OH)2 + soro; Ca(OH)2 +


anestésico; Ca(OH)2 + água destilada);
7. Selamento provisório;
8. Ajuste oclusal e medicação sistêmica (AINE e analgésico)

Não deve obturar na primeira sessão, porque a dor vem do periápice


inflamado, podendo exacerbar a dor. Logo, remover apenas a polpa, não
irá solucionar de imediato a dor do paciente.

PROTOCOLO: (PROFISSIONAL SEM TEMPO)

1. Anestesia e isolamento absoluto do campo operatório;


2. Exploração inicial e obtenção do CT;
3. Preparo dos ⅔ coronários;
4. MIC (Otosporin);
5. Selamento provisório;
6. Ajuste oclusal e medicação sistêmica

OBSERVAÇÃO: A diferença entre a pulpite irreversível sintomática e


periodontite apical aguda primária traumática é que na pulpite se houver
tempo, pode-se obturar em sessão única, enquanto a periodontite apical
aguda primária traumática mesmo com tempo, deve ser feito até o
preparo apical, mas NUNCA obturar em sessão única.

1. PERIODONTITE APICAL AGUDA INFECCIOSA

Inflamação é causada por restos necróticos da polpa, bactérias


e seus subprodutos.

Polpa necrosada;

Dor ao toque, percussão e palpação;

Sensação de dente crescido;

Ligeiro espessamento do ligamento periodontal;

Extrusão e discreta mobilidade podem estar presentes;

Tratamento: necropulpectomia.

PROTOCOLO: (PROFISSONAL COM TEMPO)

1. Anestesia e isolamento absoluto do campo operatório;


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 7

2. Exploração e esvaziamento do CR (8, 10 ou 15);


3. Preparo ⅔ coronários;
4. Odontometria e obtenção do CT;
5. Preparo apical e limpeza foraminal;
6. MIC (Ca(OH)2 + PMCC; Callen + PMCC);
7. Selamento coronário;
8. Ajuste oclusal e medicação sistêmica

PROTOCOLO: (PROFISSONAL SEM TEMPO)

1. Anestesia e isolamento absoluto do campo operatório;


2. Exploração inicial e obtenção do CRT;
3. Preparo ⅔ coronários;
4. MIC (Ca(OH)2 + PMCC; Callen + PMCC);
5. Selamento coronário;
6. Ajuste oclusal e medicação sistêmica (AINE e analgésico).

OBSERVAÇÃO:

• Pode-se utilizar o Ca(OH)2 + Glicerina, pois vai diminuir a


velocidade de reação do Ca(OH)2 para prolongar o efeito
da medicação, quando o paciente irá demorar mais para
retornar;
• Callen = Ca(OH)2 + glicerina.

➢ ABSCESSO DENTOALVEOLAR AGUDO

Dor intensa, aguda, pulsátil, espontânea e à mastigação.

Percurssão e palpação (+)

Mobilidade dental (+)

Febre ou mal (+/-)

No exame radiográfico pode haver espessamento do ligamento


periodontal com ou sem lesão.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 8

A depender do estágio do paciente, pode ser uma situação de


EMERGÊNCIA.

❖ FASE INICIAL:

○ Dor espontânea, pulsátil, localizada.

○ Ausência de abscesso

○ Mobilidade

○ Sensibilidade a palpação na região apical

○ Sensação de dente crescido

○ Dor à percussão

○ Espessamento do ligamento periodontal sem lesão

Tratamento: necropulpectomia.

PRIMEIRA SESSÃO:

1) Anestesia e isolamento absoluto

2) Abertura coronária

3) Descontaminação progressiva

4) Limpeza foraminal

5) Drenagem com ampliação foraminal e aspiração positiva

6) MIC - hidróxido de cálcio + PMCC + iodofórmio (?)

7) Selamento provisório

8) Ajuste oclusal

9) Fisioterapia oral (em casos de trismo)

10) Analgésico/ AINE/ antibiótico.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 9

OBSERVAÇÃO: irrigação com soda clorada.

↪ A limpeza foraminal é feita do a lima inicial após o PQM com

1mm a mais do CRT.

↪ No caso da ampliação foraminal, deve-se usar a lima inicial


da limpeza foraminal, podendo utilizar limas maiores para
ampliar, caso seja necessário para que possa ser feito a
drenagem.

↪ Existem controvérsias sobre o iodofórmio, por ser


extremamente citotóxico, mas é uma medicação eficaz.

↪ Se o paciente tiver febre, linfadenopatia, debilitado, algum


problema sistêmico deve-se prescrever antibiótico.

❖ EM EVOLUÇÃO:

○ Dor espontânea, intensa, pulsátil e difusa.

○ Dor, calor, rubor e tumor

○ Acentuada extrusão dental

○ Dor à percussão

○ Presença de edema consistente sem flutuação

Tratamento: necropulpectomia

PRIMEIRA SESSÃO:

1) Anestesia e isolamento absoluto

2) Abertura coronária

3) Descontaminação progressiva

4) Limpeza foraminal

5) Drenagem com ampliação foraminal e aspiração positiva

6) MIC - hidróxido de cálcio + PMCC + iodofórmio (?)


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 10

7) Selamento provisório

8) Ajuste oclusal

9) Fisioterapia oral

10) Analgésico/ AINE/ antibiótico.

OBSERVAÇÃO: irrigação com soda clorada

• Tumefação intra-oral: incisão da mucosa (sangue) ➡ reduz


a pressão e gera maior conforto;
• Tumefação extra-oral: não incisa, realiza bochechos com
solução aquecida intra-oral e frio externamente para
estimular a exteriorização intra-oral do abscesso ➡
incisão 12 a 36hrs).

❖ EVOLUÍDO:

○ Dor espontânea, intensa, pulsátil e difusa

○ Dor, calor, rubor e tumor

○ Acentuada extrusão dental

○ Dor à percussão

○ Tumefação flutuante

Tratamento: necropulpectomia

PRIMEIRA SESSÃO:

1) Anestesia

2) Incisão da área flutuante (intra ou extra-oral)

↪ Se extra-oral, deve-se colocar um dreno

3) Isolamento absoluto

4) Abertura coronária e drenagem do pus pelo dente

5) Descontaminação progressiva e limpeza foraminal


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 11

6) MIC e selamento coronário

7) Ajuste oclusal

8) Prescrição de bochecho com solução aquecida intra-oral

9) Fisioterapia oral

10) Analgésico/ AINE/ antibiótico.

ANTIBIÓTICOS:

• Envolvimento sistêmico, como febre, mal-estar, trismo,


linfadenite regional.
• Pacientes debilitados e/ou risco de desenvolver
endocardite bacteriana.
• Se o paciente tiver risco de desenvolver endocardite
bacteriana, fazer uma profilaxia antibiótica (amoxicilina
2g) 1h antes do procedimento.

↪ No caso de amoxicilina de 500mg, 4 comprimi

↪ Preferencialmente, amoxicilina de 1g, 2


comprimidos

• 1ª escolha:

↪ Amoxicilina + Ácido Clavulânico (500/125mg ou 875/125mg)


de 8/8hrs ou de 12/12hrs por, no mínimo, 10 dias.

• 2ª escolha:

↪ Clindamicina 300mg de 6/6hrs ou Azitromicina 500mg 1 por


dia.

OBSERVAÇÕES:

• Ao observar qualquer tipo de alteração como a palpação, à


percussão, dor espontânea, febre, fistula, edema, trismo,
etc, deve ser feito uma desinfecção, revisão do preparo
químico mecânico e marcar uma nova sessão até que haja
remissão de TODOS os sinais e sintomas, sendo assim,
fazendo a obturação
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 12

• O que indica se deve obturar ou não é a ausência de sinais


e sintomas!!!

➢ FLARE UP

Processo de agudização, entre as sessões.

Paciente relata dor intensa, e às vezes acontece edema ou ate


mesmo uma hiperemia no fundo de vestíbulo.

O paciente chega com um quadro crônico, do qual não sente


dor, assintomático, e ao começar a terapia endodôntica, entre
as sessões, no dia seguinte, relata dor.

Pode acontecer poucas horas após a terapia ou até no dia


seguinte.

Não tem uma causa única.

CARACTERÍSTICAS:

• Presença de dor;
• Com ou sem edema;
• Decorrente de sessão endodôntica de dentes
assintomáticos;
• Geralmente associado a dentes com lesão periapical;

CAUSAS:

EXTRUSÃO APICAL DE DETRITOS CONTAMINADOS:

Negligencia no debridamento progressivo, causando desequilíbrio entre


os hospedeiros e irritantes.

Canal enfestado de bactérias, estando em equilíbrio com o hospedeiro. A


terapia deve ser crown-down, ou seja, da coroa para o ápice, faz o
preparo cervical e médio ate chegar no terço apical, pois incorre a
possibilidade de carrear microrganismo para a região periapical,
promovendo uma situação de desequilíbrio. Esta região periapical não
estava preparada para receber essas bactérias que estavam dentro do
canal.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 13

AUMENTO POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO:

Exposição ao ar atmosférico no preparo, causando uma proliferação de


microrganismos facultativos.

Falha no selamento;

Canal exposto; SELAR SEMPRE!!!

Normalmente as bactérias que estão dentro do canal são, em sua grande


maioria, bactérias anaeróbias, elas vivem em meio sem oxigênio ou
pouco oxigênio. Assim, quando deixamos nosso dente exposto, canal
aberto, muitas vezes acontece em casos de abcesso apical ou até mesmo
uma quebra do provisório, isso permite que o oxigênio entre dentro do
canal, permitindo assim que as bactérias que estão dentro do canal que
são facultativas e tem alto índice de virulência e que estão em menor
numero devido a pouca quantidade de ar atmosférico dentro do canal, se
proliferem, liberando substancias toxicas ao periápice. Essa proliferação
vai causar o processo de inflamação aguda, apresentando edema e dor
entre as sessões da terapia.

DESEQUILIBRIO DA MICROBIOTA ENDODÔNTICA:

Durante o PQM, houve indução de desequilíbrio da microbiota, passando


assim a ter uma proliferação de espécies inibidas.

- Profileração do Enterococos Faecalls.

PQM incompleto, ineficiente, não realizou ativação da solução irrigadora:


elimina bactérias que estavam inibindo a proliferação de outras bactérias,
como o Enterococos Faecallis (fator virulência alto). Esta bactéria está
presente em casos que necessitam de retratamento, lesão que não
regride, processo de flare-up.

INDUÇÃO DE NOVAS BACTÉRIAS NO CANAL:

Devido à quebra da cadeia asséptica.

O Flare-up pode encaminhar para:

✓ Periodontite apical aguda secundária


✓ Abcesso dentoalveolar agudo secundário;

Chamava-se de secundária porque o paciente não tinha, ela foi


gerada por erro, um equívoco.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 14

TRATAMENTO:

PERIODONTITE APICAL AGUDA SECUNDÁRIA

1. Anestesia e isolamento absoluto;


2. Remoção do curativo;
3. Irrigação abundante com NaClO a 2,5% e revisão da instrumentação
com patência foraminal;
4. MIC (Ca(OH)2 + soro/anestésico/água destilada);
5. Selamento provisório;
6. Prescrição de analgésico e anti-inflamatório.

Não obtura, pois o paciente está sentindo dor, essa dor não vai cessar
após a remoção da polpa, pois a dor não é de origem pulpar e sim
perirradicular, então, passa-se medicação sistêmica e intra-canal para que
o processo inflamatório seja resolvido e cessar a dor do paciente para
depois obturar.

Trata como uma periodontite apical aguda infecciosa.

Usa como MIC o hidroxico de cálcio, a escolha do veículo vai depender do


tempo que o paciente vai voltar para continuação do tratamento.
Hidrossoulvel (7 dias), Viscoso (30), oleoso (60).

Viscoso: glicerina.

Oleoso: PMCC.

O callen é um MIC é o hidróxido em veiculo viscoso, pode vim com pmcc


ou sem.

ABCESSO PERIRRADICULAR AGUDO SECUNDÁRIO

Segue o mesmo tratamento já proposto para abcesso.

Consulta de emergência e prescrição de medicação sistêmica.

Na consulta de emergência, faz acesso, e descontaminação progressiva,


limpeza foraminal (usa a IAI, e faz uma ampliação foraminal para permitir
a liberação a coleção purulenta que está no periapice.) Protoloco da easy
clean e medica.

Não obtura em sessão única.

Na sessão seguinte, na ausência de sinais e sintomas = obtura.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 15

➢ INJEÇÃO ACIDENTAL COM HIPOCLORITO DE


SÓDIO.

EXTRAVASAMENTO DE NaClO ATRAVÉS DO ÁPICE RADICULAR.

CAUSAS:

✓ Injeção vigorosa.
✓ Agulha “presa” ao canal radicular.

Utilizar agulhas com calibres reduzidos;

Se tiver presa, volta um pouco, ela deve trabalhar solta no canal.

✓ Irrigação profusa em dentes com ápice aberto, canal


amplo ou reabsorção apical.

Em ápice aberto ou reabsorção apical: usa CLOREXIDINA.

CONSEQUÊNCIAS:

✓ Dor intensa mesmo sob anestesia;


✓ Edema;
✓ Sangramento profundo (interstício e através do dente); é
um dos primeiros sinais.
✓ Equimose tecidual; vermelhidão na região do dente
✓ Parestesia;
✓ Necrose tecidual;

TRATAMENTO:

1. Tranquilizar e acalmar o paciente;


2. Controle da dor
- anestesia de longa duração: BUPIVACAÍNA;
- irrigação com soro pelo mesmo local que ocorreu o
extravasamento.
- o soro vai diluir a substancia que extravasou;
3. Observar o dente por pelo menos 30 dias;
- drenagem pelo canal e exsudato sanguíneo: reação do
organismo.
4. Põe hidróxido de cálcio, bolinha de algodão e selamento.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 16

5. Prescrição de antibióticos:
- amoxicilina 500mg de 8/8 horas por 07 dias, ou*
- clindamicina 300mg de 8/8 horas, ou azitromicina 500mg
1x/dia.
6. Prescrição de analgésicos;
7. Prescrição de anti-inflamatório;
8. Orientação ao paciente
- primeiras horas: compressa gelada para redução do
edema;
- após as primeiras horas, no dia seguinte: compressa
quente para aumento do aporte sanguíneo, estimulando o
reparo.

*avaliar a possibilidade de encaminhamento.

Sempre entrar em contato com o paciente.

Aguardam umas 48 horas, pois é o tempo que as medicações


que foram passadas, surgem efeito.

➢ DOR PÓS-OBTURAÇÃO

CARACTERÍSTICAS:

• Não se trata de uma urgência verdadeira;


• Cessa normalmente em 48 horas.
• Normalmente resolvem-se espontaneamente nos primeiros
dias.
• Prescrição de analgésico e anti-inflamatório.
• O Endo-fill é irritante, optar pelo Sealer 26.

TRATAMENTO EM CASOS DE PERSISTÊNCIA DOS SINTOMAS:

• Avaliar a obturação;
- o extravasamento do cimento pode causar irritação nas
primeiras horas, a dor cessa, e com o tempo o organismo
reabsorve;
- cone de gutta percha passou: obrigatório retirar. Causa
irritação aos tecidos perirradiculares.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 17

- se tiver inadequada, remover e retratar.

- procura os possíveis canais que o dente apresentado pode


obter;

- medicação sistêmica

- se a dor persistir: CIRURGIA PERIRRADICULAR.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 1

TERAPÊUTICA SISTÊMICA APLICADA À


ENDODONTIA
➢ INFLAMAÇÃO:

AGUDA: caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos, moléculas e


células do sangue para o local da infecção ou da lesão tecidual.

Uma área é lesada, existindo assim uma infiltração bacteriana e de corpos


estranhos e para resolver essa inflamação, processo que esta sendo instalado,
vai haver uma vasodilação, aumento da permeabilidade, saindo células e
moléculas para tentar inibir o processo inflamatório.

CRÔNICA: de longa duração e caracterizada pela presença de linfócitos,


macrófagos com proliferação vascular associada e fibrose.

Caracterizada por células que chegam depois ou permanecem desde o inicio


do processo inflamatório.

Observações:

Quando o processo inflamatório agudo ele não é resolvido (não ocorre o


reparo), aquela inflamação de longa duração (estendeu) passa a ser uma
inflamação crônica (permanência de células como macrófagos e linfócitos,
atração por fibroblastos gerando uma fibrose local).

❖ INFLAMAÇÃO AGUDA:
- ELA APRESENTA DUAS VIAS DE MÃO:

PRIMEIRA POSSIBILIDADE:

1. Fenômenos irritativos: reconhecimento do agente invasivo;

Lesão cariosa que veio se estendendo, atingiu a polpa e lesa as células que
constituem a polpa. Assim, há um reconhecimento do agente lesivo, ou seja, as
células de defesa migram para aquela área para tentando assim fagocitar e
eliminar o agente agressivo da polpa. Para que as células de defesa migrem
para essa área, vai haver alterações vasculares (vasodilatação e aumento da
permeabilidade), ou seja, as células do endotélio se espaçam e assim permite
a passagem das células de defesa para o lugar que esta acontecendo à
agressão.

2. Alterações vasculares: vasodilatação e aumento da permeabilidade


vascular;
3. Exsudação plasmática e celular: saída de leucócitos e proteínas do
sangue em direção ao local da infecção: remoção do agente agressor.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 2

4. Controle da resposta;
5. Resolução: reparo da área lesada.

Seria a situação IDEAL!!

Conseguindo remover os agentes agressores vai haver um controle da


resposta e um reparo da área lesada.

Nem sempre acontece.

SEGUNDA POSSIBILIDADE:

1. Não remoção do estimulo agressor;


2. Não tratamento do processo inflamatório: PROCESSO INFLAMATÓRIO
CRÔNICO.

Acontece em casos em que: há uma pulpite irreversível, que chega a uma


necrose, evolui para um granuloma e cisto.

Um processo agudo que não foi tratato, que é de longa duração, o organismo
tentou inibir o processo inflamatório, mas as células de defesa não
conseguiram eficientemente eliminar os agentes agressores.

Dura de meses a anos.

❖ INFLAMAÇÃO CRÔNICA:

Processo inflamatório agudo não foi completamente resolvido

Estimulo continuo de produção de macrófagos

Secretam mediadores da inflamação que promovem destruição tecidual e


induzem a fibrose.

Proliferação de fibroblastos

GRANULOMA E CISTO

Os macrófagos vão se direcionar para área que esta a inflamação, para


tentar remover o agente agressor por meio de fagocitose, gerando uma
destruição tecidual, e quando há uma destruição tecidual vai haver uma
proliferação de fibroblastos na região, que vão gera os tecidos granulação e
fibrose.

O organismo não conseguiu instituir um reparo.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 3

DEVO MEDICAR DIANTE DE QUALQUER PULPOPATIA OU


PERIAPICOPATIA? NÃO!!

Prescreve uma medicação sistêmica em inflamações agudas, já em processos


crônicos, não. Em processos crônicos devem apenas instituir um tratamento,
pois o organismo sozinho não conseguiu instituir o reparo.

❖ QUANDO MEDICAR?

PRESENÇA OU POSSIBILIDADE DE DOR:

✓ Analgésico;
✓ Anti-inflamatórios;

COMPROMETIMENTO SISTÊMICO:

✓ Antibiótico.

❖ FISIOPATOLOGIA DA DOR:
Trata-se de uma experiência genuinamente subjetiva e pessoal, de caráter
sensorial e emocional desagradável, estando ela associada a um dano real ou
potencial.

Cada pessoa tem seu limiar de dor e seus fatores modificadores que estão
potencializando ou reduzindo aquela dor.

DANO REAL: há um dano e por mais que institua um tratamento, não pode
mais reverter à situação. Exemplo: pulpite irreversível.

DANO POTENCIAL: ocorreu um dano que pode ser revertido após instituir o
tratamento. Exemplos: hiperssenbilidade dentinária e pulpite reversível. Se não
for tratada evolui para um dano real.

Aconteceu a penetração de bactérias no tecido e diante dessa penetração o


organismo recebeu a informação da presença de bactérias e corpos estranhos,
e diante disso, promove uma vasodilatação (um maior aporte sanguíneo) na
área e aumento da permeabilidade para direcionar as células de defesa para
aquela região, esse aumento do volume do vaso sanguíneo e aumento das
células de defesa no interstício, promove um EDEMA. Esse edema vai
provocar um processo doloroso.

Subjetividade e pessoalidade: não pode ser mensurada por instrumentos


físicos e objetivos;

DANO POTENCIAL: HIPERSSENBILIDADE DENTINÁRIA. SE NÃO


HOUVER INTERVENÇÃO, ELA VAI EVOLUIR PARA UM DANO REAL –
PULPITE IRREVERSÍVEL.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 4

Diante de uma necrose, se não instituir um tratamento endodôntico logo, essas


bactérias presentes no canal podem migrar para o periápice, formando outro
dano real (reabsorção óssea, deposição de tecido de granulação).

SENSAÇÃO DOLOROSA

FUNÇÃO PROTETORA

AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO
ADVERTÊNCIA AO
PARA O CLIÍNICO
PACIENTE

INSTALAÇÃO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO ESTÍMULO DOLOROSO

SENSIBILIDADE DAS TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES GERAÇÃO DE


IMPULSOS NERVOSOS SISTEMA NERVOSO CENTRAL.

Instalação do processo inflamatório: vasodilatação, aumento da


permeabilidade, permitindo a passagem das células de defesa para o
local lesado.

RESUMO:

Estimulo lesivo ocorreu: vasodilatação dos vasos, aumento da permeabilidade,


saída das células de defesa para o local. Diante dessa vasodilatação e
aumento da permeabilidade, vai ter o EDEMA. Esse edema vai haver uma
sensibilização das fibras nervosas, fibra nervosa aferente que vai levar o
estimulo nervoso para o SNC, após receber essa informação que alguma coisa
está acontecendo, fibras nervosas eferentes vão levar respostas e sensação
dolorosa para o local.

FIBRAS NERVOSAS CONDUTORAS:

✓ Fibras A delta: periferia


✓ Fibras C: central

São as fibras A delta que são dessensibilizadas de imediato quando há uma


agressão que chega à dentina. São responsáveis por estímulos rápidos e
dolorosos, de dor provocada.

Se o estimulo lesivo que chegou inicialmente na dentina e ficou sensibilizando


as fibras A delta ele não é tratado, vai haver uma lesão dessas fibras. Aquele
estimulo continua e vai chegar ao ponto de sensibilizar as fibras C.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 5

As fibras C estão relacionadas ao estimulo mais potente e uma situação mais


tardia.

❖ Fibras A delta

São fibras mielínicas: há uma camada de mielina ao decorrer da fibra nervosa.

Baixo limiar de estimulo: não precisa de um estimulo mais “forte” para sentir.

Movimentação hidrodinâmica dentro dos prolongamentos odontoblásticos;

Relacionadas à dor provocada e inicial: pois estão na periferia.

Condução rápida do estimulo: 12 – 30 m/s (por serem mielinizadas).

Se não trata a lesão: a fibra fica lesada, destruída, e a capacidade rápida de


sentir o estímulo é perdida, a condução do estimulo fica lento (fibra C).
Caracteristica muito parecida com a fibra C, quando a fibra A fica lesionada.

Tem relação direta com o complexo dentino-pulpar.

Hiperssenbilidade dentinaria, pulpite reversível.

❖ Fibras C

Sub-adjacente às fibras A delta: centralmente ao estroma pulpar;

Não tem relação direta com o complexo dentino-pulpar (há células da


polpa na dentina, pois isso que quando há uma carie na dentina, sente
dor, pois sensibiliza das fibras nervosas, as células da polpa que estão
presente na dentina): não esta em intima relação com a dentina, está mais
central.

Alto limiar de estimulo: relacionada à permanência de dor;

Relacionadas ao estimulo mais tardio e de alta intensidade.

Amielínicas: não há rápida condução, o estimulo é lento.

Demora de sentir e demora de passar.

Condução lenta do estímulo: 0,5 a 2 m/s

Papel predominante na codificação da dor de origem inflamatória: pois até


sensibilizar essas fibras, o processo está muito avançado.

Associada à PULPITE IRREVERSÍVEL.

Relacionada ao dano real.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 6

AGRESSÃO LESÃO PRIMÁRIA VASODILATAÇÃO E LIBERAÇÃO DE

MEDIADORES FIBRAS NERVOSAS AFERENTES SNC FIBRAS

NERVOSAS EFERERENTES DOR. Acontece novamente: FNA – SNC – FNE:


estimula uma vasoconstrição e redução da liberação de mediadores, porque
diante do estimulo agressivo, vai haver um aumento da permeabilidade dos
capilares para permitir que as células de defesa remova o agente agressor, mas
paralelo a isso vai ter enviar uma nova resposta para diminuir o edema e
mediadores, dos quais provocam a dor.
Mediadores químicos: prostaglandina (aumenta a permeabilidade celular nos canais de cálcio,
gerando processo doloroso).

DOR:

✓ Fatores mecânicos: edema.


✓ Fatores químicos: histamina, serotonina, cininas, prostaglandinas.
As prostaglandinas potencializa o efeito das demais.

FORMAÇÃO DE PROSTAGLANDINAS:

MEMBRANA LESADA (LIPIDEOS) FOSFOLIPASE A2 LIBERAÇÃO

DO ACIDO ARACDÔNICO LIPOGENASE: LEUCOTRIENOS OU

CICLOGENASE (1 E 2): PROSTAGLANDINA;


TROMBOXINAS, PROSTACICLINAS.

Prostaglandina: vasodilatação;

Tromboxinas: aumento da permeabilidade

Prostaciclina: vasoconstrição.

Todos esses são mediadores, ou seja, são liberados para que estimulem
a migração das células de defesa para o local da inflamação.

➢ GRUPOS DE MEDICAMENTOS:
✓ Ansiolíticos;
✓ Analgésicos;
✓ Anti-inflamatórios;
✓ Antibióticos;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 7

❖ CONTROLE DA ANSIEDADE:

NÃO FARMACOLÓGICOS:

✓ Verbal;
✓ Relaxamento muscular;
✓ Condicionamento psicológico;
✓ Música;
✓ Vídeos;

FARMACOLÓGICOS:

✓ Ansiolíticos.

ANSIOLITICOS: classe de drogas direcionadas ao controle da ansiedade.

✓ Benzodiazepínicos;
✓ Óxido nitroso e oxidação.

“Uma discreta depressão do nível de consciência, produzida por método


farmacológicos que não afeta a habilidade do paciente de respirar de forma
automática e independente e de responder de maneira apropriada à
estimulação física e ao comando verbal.”

Efeitos colaterais dos ansiolíticos: sonolência, efeitos paradoxais


(excitabilidade, agitação, irritabilidade).

Midazolam: crianças. Pelo fato do tempo de ação.

Adultos: alprazolam: pelo tempo intemediario e menor índice dos efeitos


paradoxal. O midazolam tem efeitos paradoxal mais em adultos e idosos.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 8

Idosos: essas medicações terminam se depositando em tecido adiposo, assim,


vão sendo liberadas lentamente. O uso destas em idosos tem mostrando um
elevado índice de queda. A que tem menos deposita é triazolam e lorapezam.

ÓXIDO NITROSO E OXIGÊNIO:

Vantagens:

✓ Tempo curto para atingir a sedação (5 minutos);


✓ Administração incremental: pode ir colocando no paciente e requerendo
o nível de sedação de acordo com o que preciso para finalizar o
tratamento.
✓ Duração e intensidade controlada.

Desvantagens:

✓ Custo inicial de investimento;


✓ Somente com habilitação.

❖ ANALGÉSICOS: principal classe de drogas direcionadas ao


controle de dor.

OPIÓIDES: ação central.

- Eles bloqueiam a resposta para não chegar ate o SNC.

NÃO-OPIÓIDES: ação periférica.

- Eles impedem a formação das prostaglandina, age na COX.

- Há uma membrana lesada e os lipídios daquela membrana eles são


transformados, pela ação da fosfolipase A2, em ác. Araquidônico, este sobre
ação da COX e da lipoxgenase. A cox termina formando mediadores químicos
(prostaglandina, prostaciclinas, tromboxanas). A lipoxgenase forma os
leucotrienos, eles vão ter uma ação sobre a quimiotaxia, ou seja, atração dos
glóbulos brancos (células de defesa) para o local da inflamação.

➢ OPIÓIDES: indicados para efeito analgésico mais efetivo DOR


INTENSA.

Inibe a transmissão do sinal nociceptivo;

Geralmente utilizados em associação com o paracetamol;

✓ para inibir os efeitos adversos, ele é associado a um não-opoide


(paracetamol).

Desencorajados pelos efeitos adversos:

✓ Sonolência;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 9

✓ Depressão respiratória;
✓ Vertigem, etc.

Deprimem o SNC.

Uso prolongado causa dependência.

Clássicos da odontologia: CORDEÍNA / CLORIDRATO DE TRAMADOL.

CORDEÍNA: CLORIDRATO DE TRAMADOL:


Posologia: 7,5 e 30mg Posologia: 50 mg
1cp de 4/4 horas, somente enquanto houver 1 a 2 cp de 4/4 horas ou de 6/6 horas,
dor. somente enquanto houver dor.
OU
2cp de 6/6 horas, somente enquanto houver DOSE MÁXIMA: 400 mg/dia
dor.
DOSE MÁXIMA: 240 mg/dia
A cordeina só é comercializada juntamente com o paracetamol, pelos efeitos
adversos.

➢ NÃO-OPIÓDES:

Clássicos da odontologia: DIPIRONA SÓDICA / PARACETAMOL

Usados para dor leve a moderada.

DIPIRONA SÓDICA: PARACETAMOL:


Posologia: Posologia:
1cp ou 2cp de 4/4 horas, somente em caso de 1cp de 6/6 horas, somente em caso de dor.
dor.
DOSE MÁXIMA: 4000mg DOSE MÁXIMA: 4000mg/dia

*Novalgina. Há de 500 mg e 1g. *Tylenol.

Reações adversas da dipirona sódica:

✓ Agranulocitose: Efeito da medicação sobre os glóbulos brancos, as


células de defesa, os granulocitos. Vai haver uma baixa na imunidade do
individuo, impedindo a quimiotaxia e a formação de glóbulos brancos no
sangue do paciente. Paciente fica muito imunodeprimido.
✓ Reações adversas nas doses terapêuticas.

Reações adversas do paracetamol:

✓ Extremamente seguro em doses terapêuticas;


✓ Hepatotóxico: alcóolatras e hepatite.
✓ Há 750 mg e 500 mg: depende da necessidade para o paciente.
Paciente que vai sentir dor: 500. Paciente já chega com dor: 750
mg. Vai ponderar de acordo com o caso clínico.
✓ Metahemoglobulinemia: transformação da hemoglobina, em uma que
não tem a capacidade de transportar o sangue pelo sangue. Cada
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 10

molécula de hemoglobina carrega 04 de oxigênio, essa


metahemoglobina não tem a capacidade de transportar essas 04
moléculas, ou seja, aquela oxigenação daquele tecido fica
comprometida, vindo causar necrose.

A dipirona é metabolizada no intestino: se o paciente tiver algum problema


no trato gastrointestinal passa PARACETAMOL.

Paciente hepatopata, se houver algum comprometimento no fígado: passa


DIPIRONA.

Deve avaliar a CONDIÇÃO SISTÊMICA DO PACIENTE.

CONVINIENCIA DO PACIENTE (experiência do paciente): o paciente relata


que aquele medicamento não serve, ele toma e não passa a dor. E que faz
o uso e é eficaz.

❖ ANTI-INFLAMÁTORIOS:

AINES: tem como sua principal ação a inibição da síntese de


prostaglandina. Assim, ela impede que a enzima cicloxigenase aja sobre o
ácido araquidônico.

- apresentam o mesmo principio de ação dos analgésicos, isso explica o


porquê os anti-inflamatórios tem ação analgésica.

*em azul: os mais usados na endo.

A cox 2 é a principal nos quadros de inflamação.

A cox 2 regula a PA.

A cox 1: proteção gástrica, agregação plaquetária.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 11

Todos possuem efeito anti-inflamatório similar.

Metabolizados prioritariamente no fígado hepatotoxicidade.

Se for um paciente com problema gástrico: COXIBES.

Como escolher:

✓ Condição financeira do paciente;


✓ Conveniência para o paciente: experiência do paciente. Se o paciente já
está tomando algum medicamento, não passa outro, pois os aines têm
efeitos inflamatórios similares.
✓ Condição sistêmica do paciente;
✓ Experiência profissional.

ASPIRINA (ASS): DICLOFENACO:


Posologia: Posologia:
1 a 2cp de 6/6 horas ou de 8/8 horas. DICLOFENACO SÓDICO (100mg): 1cp de
12/12 horas;
DOSE MÁXIMA: 4000mg/dia
DICLOFENACO POTÁSSICO (50mg) : 1cp de
8/8 horas;

DOSE MÁXIMA: 200mg dia


CETOCLORATO: IBUPROFENO:
Posologia: Posologia:
1co de 6/6 horas ou de 8/8 horas; 1 a 2cp de 8/8 horas ou de 6/6 horas.

DOSE MÁXIMA: 60mg/dia DOSE MÁXIMA: 2400mg/dia.

*Toragesic (10mg). Apresentações: 200mg, 400mg, 600 mg.


*UTILIZADO MUITO EM QUADROS DE Quadro com possibilidade de dor: 200mg.
PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA. Normalmente usado p efeito analgésico.
É SUBLINGUAL (10mg). (tranquilizar o paciente, dor psicológica)
ALTO PODER ANALGÉSICO. Utilizado em dor De 400 e 600mg utilizado com efeito anti-
intensa. inflamatório.

CETOPROFENO: NIMESULIDA:
Posologia: Posologia:
1cp 50 mg de 8/8 horas. 1 cp de 12/12 horas.
1cp de 100mg de 12/12 horas
1cp de 150 mg de 12/12 horas DOSE MÁXIMA: 400mg/dia

DOSE MÁXIMA: 300mg/dia

*Profenid

*PROFENID RETARD: 300mg


1cp por dia.
DOSE MAXIMA: 300mg/dia.
PIROXICAM: CELECOXIBE: (coxibe)
Posologia: Posologia:
1cp de 20mg por dia. 1cp de 200 mg de 12/12 horas.

DOSE MAXIMA: 20mg por dia. DOSE MÁXIMA: 400mg/dia


*feodene.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 12

*Celebrex (100mg)
*Celebra (200mg)

AINE COM MENOR COMPROMETIMENTO


GÁSTRICO. (seletivos da COX2)

Observações sobre a ASPIRINA:

• Utilizado após as refeições ou com um pouco de leite: dentre os aines


que mais afetam o estômago é o ASS. Pois é indicado tomar após as
refeições ou com pouco de leite.
• Inibe a agregação plaquetária: risco de hemorragia.
• Contraindicação para doença hepática grave: metabolizado no fígado.
• Interação com ibuprofeno:
- Agregação plaquetária.

O ibuprofeno é uma medicação que aumenta a agregação plaquetária, e o As


inibe. Ou seja, o ibuprofeno interfere na ação da aspirina.

Observações sobre CETOCLORATO:


• Usa para dor moderada a severa.

São prioritariamente metabolizados pelo fígado, e por essa razão: não se deve
prescrever por tempo prolongado.

AIES:

Inibe a ação da fosfolipase A2 Impedem a formação de ác. Araquidônico.

Potente ação anti-inflamatória;

Ação imunodepressora Inibição da função leucocitária: diminui a função das


células de defesa.

As doses necessárias para a produção do efeito anti-inflamatório promovem


supressão adrenal. Devido á supressão do GLICOCORTICÓIDE NATURAL.
CORTISOL

A glândula adrenal: promove a formação do corisol.

O cortisol: nosso corticosteroide natural. Ele regula todas as funções do nosso


corpo:

✓ Cardiovasculares;
✓ Metabólicas;
✓ Imunológicas;
✓ Homeostáticas: mantem o equilíbrio do nosso corpo.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 13

Sempre optar pela administração tópica/local;

Administrar por curtos períodos de tempo: se prescrever em longo período


de tempo o nosso organismo entende que não é necessário produzir o cortisol,
comprometendo todo o sistema do corpo.

Administração sistêmica doenças autoimunes.

- Em doenças autoimunes, as células de defesa estão agindo sob as células do


nosso corpo, assim é necessário barrar o efeito dessas células de defesa. –
usa o corticoide.

CORTICÓIDES / GLICOCORTICÓIDES:

✓ Cortisol;
✓ Cortisona (OTOSPORIN)
✓ Predinisona;
✓ Predinisolona;
✓ Triamcinolona;
✓ Betametasona;
✓ Dexametasona;

OTOSPORIN: uso tópico!!

✓ Curto período do tempo.

❖ ANTIBIÓTICOS:

Abcesso dentoalveolar agudo

Diante de um flare-up: abcesso dentoalveolar agudo segundário.

Age sobre as bactérias;

Ajudam as defesas do hospedeiro a erradicar a infecção; - AUXILIA o


organismo a erradicar a infecção.

Permitem uma intervenção cirúrgica precoce: permite ao hospedeiro um


controle em processos infeccioso.

Diminuem a morbidade e mortalidade;

CARACTERISTICAS DA DROGA IDEAL:

• Ter ação microbiana seletiva: ser tóxico apenas para as bactérias e não
atuar também sob as células do hospedeiro.
• Ser bactericida e não só bacteriostático: o ideal é eliminar todas as
bactérias envolvidas no processo infeccioso, e não reduzir a população
bacteriana.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 14

• Atuar em líquidos orgânicos e exsudados sem ser destruídos por


enzimas;
• Poucos efeitos adversos;
• Não desenvolver resistência microbiana;
• Ter rápida absorção, destino e excreção para seu efeito bactericida;
• Preço acessível.

VIAS DE AÇÃO:

• Atuação sobre a parede celular impedindo sua síntese. Assim, há uma


elevação da pressão osmótica, ela explode. = BACTERECIDA. A parede
celular: proteção da bactéria. (Penicilina – Amoxicilina).
• Atuação na síntese proteica:
- Síntese de proteínas defeituosas = Bacterecidas.
- Impedem a síntese proteica = Bacteriostáticos. (Macrolideos e
Clindamicina, Eritromicina)
• Atuam na replicação de cromossomos (produção dos ác.
Nucleicos): impedindo a síntese de RNA/DNA= Bacterecida.
(Metronidazol)

PENICILINAS:

• NATURAIS:
- Penicilina G: pequeno espectro (gram positivas);
- *destruídas pelo pH do estômago – via IM e EV.
• BIOSSINTÉTICAS:
- Penicilina V: pequeno espectro (gram positivas)
- *inativadas pelas penicilinases;
• SEMISSINTÉTICAS: *FOCO
- pequeno espectro de ação: (gram positivas) – resistentes às
penicilinases.
- amplo espectro de ação: (gram positivas e negativas).

➢ SEMISSINTÉTICAS:

- Amplo espectro

✓ Amoxicilina:
- absorção via oral mais rapidamente;
- níveis séricos e teciduais mais rápidos;
✓ Ampicilina
✓ Metampicilina:
- penicilinases resistentes.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 15

AMOXICILINA:
Posologia do CLAVAM Duo (875 mg ou 125
mg)
1cp de 12/12 horas.

DOSE MÁXIMA: 2g por dia

Posologia do CLAVULIN (500 -125 mg)


1cp de 8/8 horas.

CEFALOSPORINAS:

• Classificam-se por gerações (1ª e 2ª geração).


• São bactericidas e bacteriostáticas;
• Apresentam nefrotoxicidade: sobrecarrega o rim.
• Reação cruzada com penicilinas (10 a 15%);
• Custo elevado.

CEFALOSPORINA
Posologia da CEFALEXINA (500mg):
1cp de 500mg em 12/12 horas.
OU 1cp de 1g em 12/12 horas.

DOSE MÁXIMA: 2g por dia

MACROLÍDEOS:

• São bacteriostáticos e de amplo espectro de ação (G+ e G-)


• Pacientes sensíveis a penicilinas;
• Infecções leves a moderadas;
• Baixo custo e toxicidade;
• Disponíveis em uso oral.
• Agem na síntese de protétina: BACTERIOSTATICA.

o Eritromicina: 250 e 500mg.


o Espiramicina: 250 e 500mg.
o Azitromicina: 500mg;

ERITROMICINA AZITROMICINA
Posologia do ILOSONE (500mg): Posologia: (500mg)
1cp de 6/6 horas 1cp por dia.
DOSE MÁXIMA: 2g por dia. DOSE MÁXIMA: 500mg/dia
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 16

LINCOSAMIDAS – CLINDAMICINA:

• Bacteriostática;
• Aeróbios: G+; e anaeróbios: G+ e G-.
• Infecções severas em alérgicos à penicilina (melhor escolha)
• Custo moderadamente alto;
• Baixa toxicidade;
• Distúrbios gastrointestinais (colite pseudomembranosa) – Floratil 100mg.
- Prescreve junto um regulador da flora intestinal (Floratil).

Clindamicina:
Posologia:
1cp de 6/6 horas ou 8/8 horas.

DOSE MÁXIMA: 1800mg/dia.

METRONIDAZOL:

• Excelente penetração em tecido ósseo e abcessos;


• Anaeróbias G- e facultativas;
• Administrado junto às refeições (irritação gástrica);
• Casos refratários à terapêutica com amoxicilina e clindamicina.
- As medicações não cessou a infecção, não cessou a coleção purulenta. Não
houve regressão do edema.
- Tratamento não foi efetivo, paciente apresentando comprometimento
sistêmico (febre, mal estar), ou ate mesmo não apresenta o comprometimento
sistêmico, mas aquele processo, a secreção purulenta e o edema não
regrediram, mesmo com tratamento. Se estiver um caso que há uma
resistência ao medicamento, as bactérias em questão são bactérias
facultativas, das quais não sendo contempladas naquele tratamento: USA
METRONIDAZOL;
- Enterococus Faecalls. – presente em casos refratários.
• Age na síntese do RNA / DNA

METRONIDAZOL:
Posologia: (500mg)
1cp de 8/8 horas.

DOSE MÁXIMA: 4g/dia.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 1

LESÕES TRAUMÁTICAS

INCIDÊNCIA ▪ Lacerações: língua, lábios,


mucosa jugal, palato,
Maior propensão: faixa etária de 08 a assoalho bucal, etc.
12 anos. ✓ Tecidos duros:
▪ Plano oclusal;
Causas: brincadeiras, patins, esportes, ▪ Ausência dentária;
bicicletas, acidentes, quedas... ▪ Fraturas, luxações.

Dente mais acometido: ICS (80%); EXAME RADIOGRÁFICO:


ILS; ICI; ILI. (Dentes anteriores)
▪ Inicial, 3, 6 e 12 meses;
▪ Até 9 meses.
ABORDAGEM CLÍNICA
TESTES DE SENSIBILIDADE E
HISTÓRIA DO ACIDENTE: VITALIDADE
✓ Quando; ▪ Idealmente seria o de vitalidade
✓ Como; ▪ Os testes de sensibilidade pode
✓ Onde dar falso negativo.
- antitetânica. ▪ PROSERVACAO
Vai nos guiar para o tratamento correto. Os vasos sanguíneos são muito ,ais
resistentes ao trauma que as fibras
EXAME CLÍNICO:
nervosas. Após o trauma normalmente
✓ Dor: as fibras nervosas são rompidas, mas
▪ Espontânea; não necessariamente o dente perdeu a
▪ Provocada vitalidade, por isso o ideal seria fazer
- apertamento. testes de vitalidade.
✓ Sangramento;
Os testes de sensibilidade não mede a
Se tiver sangramento gengival pode vitalidade do dente.
suspeitar trauma em tecidos moles.
Normalmente tem rompimento das
✓ Desoclusão dentária; fibras nervosas e o dente continua vital.
Sugestão de fratura de tábua óssea Dessa forma deve-se acompanhar o
paciente em 3, 6 , 12 meses. Pois o
✓ Laceracões;
dente pode receber novas conexões
✓ Desvio do contorno ósseo:
nervosas e o dente restabelece sua
▪ Exame no zigomático;
▪ Exame do ângulo e borda sensibilidade por volta de 9 meses.
inferior da mandíbula.
AGUARDA: sendo resultados
✓ Exame da ATM;
positivos ou negativos, pois
✓ Contusão, edema,
utilizando os testes de sensibilidade
sensibilidade;
está avaliando resposta das fibras
EXAME INTRA-ORAL: nervosas e não suprimento
sanguíneo. Assim, aguarda para
✓ Tecidos moles: observar se vai restabelecer ou não.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 2

CLASSIFICAÇÕES DAS FRATURAS DENTÁRIAS


LESÕES TRAUMÁTICAS
1. FRATURAS CORONÁRIAS
➢ TRINCAS CORONÁRIAS; 1.1 FRATURAS DE ESMALTE –
➢ FRATURAS DENTÁRIAS: FRATURA NÃO COMPLICADA.
▪ Fraturas coronárias;
▪ Fraturas coronorradiculares 1.2 FRATURAS DE ESMALTE E
▪ Fraturas radiculares; DENTINA
➢ LESÕES TRAUMÁTICAS DO
TECIDO DE SUPORTE: ✓ SEM EXPOSIÇÃO PULPAR -
1. Concussão; FRATURA NÃO COMPLICADA.
2. Subluxação; ✓ COM EXPOSIÇÃO PULPAR –
3. Intrusão; FRATURA COMPLICADA
4. Extrusão;
5. Luxação Lateral; FRATURAS CORONÁRIAS NÃO
6. Avulsão. COMPLICADAS:

TRINCAS CORONÁRIAS 1. FRATURAS DE ESMALTE

Trincas traumáticas Perda de estrutura dentária ligada


apenas ao esmalte;
Não é fratura verdadeira
Sem grandes complicações;
DETECÇÃO: transluminação.
Características: borda superficial
Sempre observar os dentes vizinhos.
áspera – irritação língua e lábio.
TRATAMENTO: acompanhar por 3, 6 e
Normalmente sem sensibilidade ao frio
12 meses e anualmente.
ou calor ou ar. (não sente
▪ Depende do estado pulpar – se desconfortável diante ao estímulo.)
estiver vitalizado.
Responde aos testes normalmente –
▪ Pois não se trata trinca nem se
a polpa tá viva.
restaura.
▪ Protocolo de desensibilização TRATAMENTO:
OBSERVAÇÃO: não resposta ao teste Sem comprometimento estético:
de sensibilidade não significa dizer que polimento das margens.
deve ter a terapia endodôntica, pois
pode ter dito o rompimento das fibras Com comprometimento estético:
nervosas e o dente pode tá vital. Com o restauração com resina.
tempo as fibras nervosas se arranjam e
a sensibilidade pode voltar. (9 meses). Acompanha inicial e em 3, 6, 12 meses
e anualmente.
Mas se nós exames radiográficos
perceber que houve reabsorção 2. FRATURA DE ESMALTE E
externa, presença de lesão periapical – DENTINA
indícios de necrose, dessa forma pode (SEM COMPROMETIMENTO
instituir o tratamento endodôntico. PULPAR)
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 3

Perda da estrutura dentária ligada ao TRATAMENTO


esmalte e dentina;
Tratamento conservador: pulpotomia
Superfície áspera;
Pulpectomia.
Irritação de lábio e língua
DEPENDE DE:
Queixa de sensibilidade aos estímulos
térmicos e ao ar. (Sente desconfortável ▪ Estágio de desenvolvimento do
aos estímulos quando bebe uma água dente;
gelada, sopa quente) – devido ao
Paciente jovens: ápice não
envolvimento da dentina (exposição
completamente formado (rizogenese
dos prolongamentos).
incompleta). Remove a polpa coronária
TRATAMENTO e deixa a radicular para estimular a
formação radicular.
Deve ser rápido para impedir efeitos
nocivos à polpa; ▪ Tempo entre o trauma e
tratamento – até 48 horas –
Restauração com base de Ca(OH)2 proliferação bacteriana.

Deve procurar pelo fragmento: Menos de 24 horas: tratamento


conservador. (Processo inflamatório
▪ Inspeção aos tecidos moles e não infeccioso).
▪ Radiografias
▪ Sem trincas – intacto ▪ Injúria periodontal;
▪ Deve encaixar perfeito ▪ Plano de tratamento
restaurador.
Possibilidade de colagem do
fragmento – caso esteja intacto. Lesão traumática dos tecidos de
suporte - pode ter rompimento do
Perder mais de 50% da estrutura: suprimentos sanguíneo.
reabilitação protética (vai ter
endodontia) FRATURAS

ACOMPANHAMENTO E CORONORRADICULARES
PROGNÓTICO:
Envolvimento coronário e radicular.
O acompanhamento deve ser realizado: Observar possibilidades de
inicial, 3, 6, 12 meses e anualmente. restauração e reabilitação.
O prognostico é favorável. CIRURGIA PERIODONTAL – para
permitir a restauração coronária.
FRATURAS CORONÁRIAS
Expõe a linha de fratura, recupera o
COMPLICADAS espaço biológico, restaura logo após.
(Resina ou prótese). Polpa respondeu
FRATURA DE ESMALTE E
normalmente,
DENTINA
(COM COMPROMETIMENTO TRATAMENTO: de acordo com o nível
de comprometimento coronário.
PULPAR)
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 4

Ex: comprometeu mais de 50 % e a Terço médio: mobilidade leve


polpa responde normal = faz a
reabilitação protética. E pode conta Terço apical: mobilidade normal
dessa reabilitação deve fazer a endo, e
FRATURA VERTICAL:
também cirurgia periodonatlnoara
restabelecer o espaço biológico. Associada a dentes tratados
endodonticamente;
Comprometimento pequeno e resposta
normal da polpa: cirurgia e restaura. ▪ Ex: desgaste excessivo da
coroa e parede do canal
Comprometimento pequeno e polpa
comprometida: cirurgia, endo, Dente com vitalidade: paciente relata
restauração. dor à mastigação.
Se expor a polpa (endo) Envolvimento periodontal:
sensibilidade á percussão e mobilidade
FRATURAS RADICULARES:
Área radiolúcida em torno da raiz.
Envolvimento do cemento, dentina e
polpa. TRATAMENTO: EXODONTIA

Ocorre em menos de 3% das lesões Paciente tratado endodonticamente e


dentárias; sente dor a mastigação, sem lesão
apical: suspeita de fratura radicular
Geralmente fratura obliqua – vestibular vertical.
para a palatina. (mais favorável)
TRATAMENTO DAS FRATURAS
Exame radiográfico em 3 angulações – RADICULARES
45º, 90º, 110º. (para observar a linha
de fratura). Reposição e esplintagem de 2 a 4
semanas.
Prognóstico: bom
Em casos de necrose do terço
Necrose apical rara.
coronário: tratamento endodôntico e
▪ A fratura acontece mais no terço obturação após a formação da barreira
apical, o suprimento sanguíneo de tecido duro apical
que vem do periodonto
Em casos de necrose do terço apical:
permanece suprindo oxigênio
para o tecido pulpar da porção ▪ NECROSE ANTES DO
radicular, apical. Mas se houver REPARO TOTAL: remoção
rompimento do suprimento cirurgia do fragmento.
(necrose; porção coronária) ▪ NECROSE APÓS O REPARO
TOTAL: tratamento
FRATURA HORIZONTAL | endodôntico.
OBLÍQUA:
Faz endo após o reparo.
Intra-alveolares;
Não faz tratamento endodôntico apical
Coronárias \ Medianas \ Apicais: no terço apical se ele não tiver necrose

Terço coronário: grande mobilidade


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 5

– radiografia. (Observar se há presença Pode haver:


de lesão, reabsorção)
▪ Alteração de cor;
Primeiro detecta necrose no terço
coronal, se tiver, faz endo no terço Não necessariamente é necrose.
coronal, sem obturação, apenas Durante a pancada pode ter
medicação. Se obter reparo, faz rompimento parcial do suprimento
obturação. Se o terço apical tiver sanguíneo e diante dessa injuria e do
necrosado, faz o tratamento processo inflamatório, houve
endodôntico as unidade interior. deposição de dentina terciária e
reparadora (dentina mais amarela). -
Se não tem reparo no terço apical, metamorfoses cálcica.
remove o terço apical.
O rompimento sanguíneo é
PADRÕES DE REPARAÇÃO: transitório e logo se restabelece.

▪ Reparação com tecido ▪ Teste de vitalidade negativo;


calcificado – há resposta
positiva ao teste de vitalidade. TRATAMENTO:
▪ Reparação com tecido conjutivo
Não requer tratamento imediato;
interproximal - há resposta
positiva ao teste de vitalidade. Acompanhamento inicial e com 3
▪ Reparação com tecido semanas e 3, 6, 12 meses e
conjuntivo e osso interproximal- anualmente.
há resposta positiva ao teste de
vitalidade. Pode restabelecer a condição pulpar
▪ Tecido interproximal inflamatório
▪ Se houver a Necrose esta
sem reparação. – resposta
normalmente é diagnóstica com 3
negativa ao teste de vitalidade. meses.
-presença de bolsa, lesão, perda
da continuidade da lamina dura. Indícios de necrose: faz endo.
- faz endo.
SUBLUXAÇÃO
ACOMPANHAMENTO: inicial, 3,6, 12
meses e anualmente. Não apresenta deslocamento;

Só faz endo se observar tecido Leve mobilidade;


inflamatório na linha de fratura que
Sangramento no sulco gengival
sugira necrose pulpar no terço coronal.
Dor à percussão;
LESÕES TRAUMÁTICAS DOS
Pode haver:
TECIDOS DE SUPORTE
▪ Alteração de cor;
CONCUSSÃO ▪ Teste de vitalidade negativo.
Ausência de deslocamento; Tratamento igual a concussão. Não
faz o tratamento de imediato, apenas
Ausência de mobilidade;
acompanha. Faz endo se houve
Dor à percussão; indícios de necrose. (3 meses).
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 6

LUXAÇÃO LATERAL Dano aos tecidos de inserção;

Deslocamento lateral – normalmente Grande probabilidade de anquilose e


para palatina. reabsorção por substituição

Pode ser para qualquer um dos lados. Necrose e reabsorção externa caso
não realize o tratamento endodôntico a
Sangramento do sulco gengival tempo.

Dor à percussão TRATAMENTO

TRATAMENTO ➢ Dentes imaturos:

Reposicionamento: pressão do REERUPÇÃO ESPONTÂNEA → SE


indicador no ápice radicular e polegar na COMPLETA EM 3 A 6 MESES
coroa. (sob anestesia)
Se até 30 dias não iniciar deve-se fazer a
Esplintagem semi-rigida por 07 a 10 dias exodontia.
– basta uma semana para restabelecer
➢ Dentes maduros:
as fibras do LP.
Até 5mm: reposicionamento
Avaliar após 3 semanas
ortodôntico (3 a 4 semanas)
Na ocorrência de necrose –
Superior a 5mm: reposicionamento
tratamento endodôntico
cirúrgico
Dentes imaturos: evitar o tratamento
Tratamento endodôntico: após o
endodôntico e esperar a
reposicionamento
revascularização. Se tiver necrose, faz a
terapia, apicificacao. ▪ Trocas de Ca (OH)2 a CAD 7
dias durante o primeiro mês.
A revascularização pode induzir a
▪ Troca de Ca (OH)2 a CAD 3
formação completa da raiz.
meses durante 24 meses.
LUXAÇÃO EXTRUSIVA ▪ Obturador após confirmação
de ligamento periodontal.
Saída parcial do dente do alvéolo
Acompanhamento por 5 a 10 anos.
TRATAMENTO
AVULSÃO
Igual ao da luxação lateral
Saída completa do dente no alvéolo.
Reposiciona
TRATAMENTO
Esplindagem
Reimplante e tratamento
Se o paciente demorar forma um endodôntico;
coagulo espesso, prognóstico ruim.
REIMPLANTE NO LOCAL DA
LUXAÇÃO INTRUSIVA INJÚRIA :

Injuria mais agressiva; ▪ Coletar a história completa;


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 7

▪ Avaliar o posicionamento do ▪ Reabsorção por substituição


dente reimplantado ▪ Em caso de reimplante –
tratamento endodôntico fora da
DENTE FORA DO ALVÉOLO: boca assepticamente.
▪ Avaliar a condição do TERAPIA COMPLEMENTAR:
remanescente e do alvéolo;
▪ Verificar o meio em que foi ✓ Antibioticoterapia durante o
acondicionado. reimplante e antes do tratamento
endodôntico.
Tempo de ressecamento: ✓ TETRACICLINA – efeito sobre
a motilidade dos osteoclastos
▪ Inferior a 60 minutos
diminuindo a reabsorção
▪ Supeiror a 60 minutos –
ausência de células viáveis do radicular.
LP. DOXICICLINA 100mg- 1cps de 12 em
12 horas por 7 dias.
TEMPO MENOR QUE 60 MINUTOS:

➢ Dentes imaturos: AMOXICILINA 500mg - 1cps de 8 em 8


horas por 7 dias,
1) Lavar em água corrente
2) Em beber a raiz em ✓ Reforçar com higiene oral
doxiciclina ou minociclina ✓ Bochecho com clorexidina por 7
por 5 minutos. a 10 dias. (Período da
3) Esplintagem: 7 a 10 dias. contenção)
4) Revascularizacão /
evitar o tratamento O antibiótico prescreve de acordo o
endodôntico. – avaliar o tempo da contenção
periodonto a cada 3 a 4
semanas.

TEMPO MAIOR QUE 60 MINUTOS:

➢ Dentes maduros:
1) Remoção dos LP: aplicação de
ácidos por 5 minutos.
2) Em beber em fluoreto estanhoso
2% por 5 minutos.
3) REIMPLANTE
4) Tratamento endodôntico

Não tem mais células viáveis

Para evitar a possibilidade de


reabsorção.

Prognóstico ruim

➢ Dentes imaturos:

Recomendação atual: não reimplantar.


BRENA LOPES – ENDODONTIA II 1

REMOÇÃO DE INSTRUMENTOS FRATURADOS

POR QUE OS INSTRUMENTOS É uma deformação onde não foi


superado o modo de elasticidade
FRATURAM? daquele instrumento.
DEFEITOS ESTRUTURAIS DO Ex: uma lima 15 tem menos massa,
INSTRUMENTO: espessura pouco menor, ela é mais
flexível que a lima 20 a diante. Por conta
✓ Dimensão reduzida; dessa flexibilidade consegue-se
✓ Geometria variada; trabalhar em canais curvos com maior
✓ Acabamento superficial; facilidade do que uma lima 40, por
✓ Dimensões nominais ≠ causa da sua elasticidade e
Dimensões reais flexibilidade. Se for preciso utilizar uma
lima 40 em um canal curvo e assim é
Todos os instrumentos há algum necessário pré-curvar essa lima, a
comprometimento estrutural, e isso muitas depender da deformação que foi
das vezes fragiliza o instrumento.
colocada ela pode não voltar mais como
Dimensões nominais não correspondem às era, isso significa que foi ultrapassado o
dimensões reais: um #40 (que modo de elasticidade do instrumento. –
corresponde na caixa) em algumas DEFORMAÇÃO PLÁSTICA.
situações não equivale a um #40 de fato.
Quando não ultrapassa o modo de
As limas especiais comtemplam entre uma elasticidade = deformação elástica,
lima e outra essa diferença de variedade. ou seja, transitória.
Esse é um fator complicador principalmente
DEFORMIDADE PLÁSTICA:
quando está trabalhando em canais
atrésicos e canais com curvatura acetuada. PERMANENTE.

INABILIDADE DO PROFISSIONAL: Toda vez que se ultrapassa o modo


de elasticidade de um instrumento
✓ Complexidade anatômica dos vai gerar uma deformação plástica,
dentes; ou seja, uma deformação
✓ Falta de conhecimento das permanente.
propriedades mecânicas dos
MORFOLOGIA DAS FRATURAS:
instrumentos;

Desconhecimento da anatomia interna; FRATURA FRÁGIL

Falta de habilidade das etapas operatórias; Propagação rápida de trincas,


acompanhadas de pouca ou
Experiência profissional;
nenhuma deformação.
CONCEITUANDO EXEMPLOS: grampos de próteses
DEFORMIDADE ELASTICA: removíveis, lâminas de bisturi.
TRANSITÓRIA Lâmina de bisturi é difícil se
deformação.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 2

A partir que imprimo uma deformação = instrumento , e logo após o instrumento


forma trincas. fratura.

FRATURA DÚCTIL: Ao estar trabalhando no canal há


deformações do instrumento devido à
Ocorre apenas após extensa anatomia e forma dos canais.
deformação plástica e se caracteriza
Partículas de 2º fase
pela propagação lenta de trincas
resultantes da nucleação e PROPAGAÇÃO ELASTICA ≠
crescimento de microcavidades. CRISTAL DA MATRIZ

EXEMPLOS: instrumentos FALHA NA INTERFASE PARTÍCULA /


endodônticos. MATRIZ

No instrumento endodôntico não so NUCLEAÇÃO /


existe um tipo de material presente, há MICROCAVIDADES EM TORNO DAS
uma matriz metálica e diversas outras PARTICULAS DE 2º FASE.
ligas das quais foram incorporadas para
aumentar a flexibilidade e resistência. Coalescência < resistência
Quando é feita uma deformação nesse do instrumento
instrumento as partículas de 2º fase (as
que foram incorporadas no instrumento
TIPOS DE FRATUTAS DOS
para potencializar e otimizar as INSTRUMENTOS:
características) elas terminam se
deslocando, se desagrupando aquela • FRATURA POR TORÇÃO
matriz metálica. • FRATURA POR
DOBRAMENTO ALTERNADO
Esse desagrupamento das partículas de • FRATURA POR FLEXÃO
2º fase formam microcavidades ou ROTATIVA (fadiga cíclica).
nucleações. Quando essas
microcavidades se fundem formam uma FRATURA POR TORÇÃO:
trinca. Essa trinca a medida que
aumenta e se propaga, o instrumento • Pode acontecer com
fica mais fragilizado, e termina instrumentos de aço
fraturando. inoxidável e Niti;
• Ocorre quando a ponta do
A partir do momento que imprime uma
deformação a matriz têm um modo de
instrumento fica imobilizada
elasticidade diferente das outras no interior do canal radicular e
partículas, com essa deformação vai na outra extremidade se
gerando uma soltura das partículas de aplica uma força de rotação
2º fase, formando nucleações (torque).
(cavidades), formando uma falha na
DESCARTAR INSTRUMENTOS
interfase partícula/matriz, com a
DEFORMADOS EXCEDE A
continuidade do estimulo (deformação),
DEFORMIDADE PLÁSTICA.
vai gerar uma coalescência, essas
nucleações vão se unir e vão ficando Torque: uma força que imprime no
cada vez maiores, fragilizando o instrumento para conseguir uma rotação
no instrumento;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 3

Se ficar presa: girar no sentido anti- ✓ Torque deve ser menor que o
horário. instrumento (fabricante);
- Não vem especificado;
É a fratura mais difícil de se remover, pois a
ponta está presa e imobilizada no canal
- Depende do D0, da conicidade
radicular. e da ST do instrumento.
- ST quadrangular=+
A lima podendo estar fragilizada ou a força resistente, pois tem maior
imprimida nesse instrumento for maior que o massa. Suporta mais torque.
modo de elasticidade gera uma deformação
e torção e logo depois fratura. Deve fazer uma volta menos
pronunciada para que a lima suporte
Quando a lima está presa no momento da
essa deformidade e evite fratura.
rotação quem gira é a sua parte superior,
acontecendo assim uma torção. Se
As limas Hedstroem não são
continuar a deprimir acaba fraturando.
apropriados para trabalho, pois são
LIMA PRESA + TORQUE = limas que não aguentam uma força de
DEFORMAÇÃO. rotação muito grande, um torque
grande, elas tem mais chances de
RECOMENDAÇÕES: fraturar.
✓ Reduzir o avanço do instrumento
em sentido apical - 1 a 3mm FRATURA POR DOBRAMENTO
para evitar a sobrecarga no ALTERNADO:
instrumento e fratura.
✓ Reduzir preparo sentido Coroa- • Acontece em instrumentos de
Ápice;evita o travamento da aço inoxidável;
ponta da lima. Amplia os • Indução do instrumento à
terços para que a lima chegue tensões de compressão em
mais suavemente no terço um lado de sua ST e à
apical. No preparo cervical e tensões de tração na parte
médio tira deformidades e a oposta.
lima entra menos justa e entra
com menos interferência e ENCRUAMENTO DA LIGA.
suavemente,sobrecarregando • Dobramento e desdobramento
menos a lima. feito pelo profissional;
• Dobramento e desdobramento
Observações: < Calibre do instrumento
dentro do canal radicular;
< ângulo de rotação (45º) – 1/8 volta.
REDUÇÃO DA PLASTICIDADE E
Limas de menor calibre são menos AUMENTO DA FRAGILIDADE
resistentes, devido a menos massa,
menos espessura. São mais flexíveis. A DEPENDE: da liga metálica;
limagem delas deve ser,portanto, mais ângulo de dobramento; repetição
suave; cíclica

Quanto maior calibre da lima, mais


resistência. Permite uma volta maior.
Não fratura mais facilmente com voltas
pronunciadas. RECOMENDAÇÕES:
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 4

✓ Empregar a deformação Quanto mais agudo dor o ângulo,


elástica e não deformação maior é a possibilidade da fratura
plástica (dobramento); da lima
✓ Utilizar instrumentos de aço
inoxidável de menor calibre Essa fratura depende da: liga
metálica, ângulo de dobramento,
sem pré-curvamento; (#08 -
#25). repetição cíclica.
✓ Utilizar instrumento de Niti Sempre trabalhar com deformidade
para os de maiores calibres. elástica e não com deformidade
plástica.
É uma fratura que é imprimida ao
instrumento pelo profissional ou Para que não precise imprimir uma
deslocamento de entrada e saída deformação plástica e necessário
do canal radicular. adequar aos instrumentos de Niti,
principalmente quando os canais
Em muitos casos faz uma
curvatura no instrumento para tem curvatura.
evitar perfuração e degraus na
raiz. E para que esta lima
contemple a curvatura daquele FRATURA POR FLEXÃO ROTATIVA:
canal.

Ou pré curva a lima ou usa


instrumentos flexíveis (Niti), limas
K-FLEX.

Ao pré-curvar o instrumento
imprime uma deformidade
plástica, ou seja, permanente.
Assim, ao curvar a lima e depois
desdobrar ela não desdobra
sozinha

A Lima foi curvada para passar na


curvatura, ao chegar em uma
porção reta ela desdobra um
pouco e ao chegar na área
curvada assume uma posição Também chamada de fadiga
curvada. Assim, ela passou um cíclica.
por processo de dobramento e
Ocorre a fratura quando a lima está
desdobramento, formando assim
girando na região de curvatura,
nucleações, microcavidades,
sobrecarregando a lima naquele
coalescencia, trincas.
arco na região de curvatura, e
Endurecimento no ponto de fratura: repetição cíclica termina por fadigar
encruamento.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 5

a lima, fazendo com que aconteça a Quanto menor o diâmetro do canal, o


fratura. instrumento vai ser mais sobrecarregado do
que em canais com diâmetro maior.
• Instrumentos Niti e de aço Diâmetro menor – menos ciclos até o
inoxidável. instrumento fraturar.
• Ocorre quando o
Diâmetro maior – mais ciclos ate a fratura.
instrumento gira no
interiorde um canal curvo. Se tiver uma maior rigidez do instrumento,
aguenta menos ciclos até fraturar.
REPETIDAS FORÇAS
TRATATIVAS E Instrumento mais dobrado: maior
COMPRESSIVAS comprimento, mais curvatura.

- na região externa a RECOMENDAÇÕES:


concavidade ocorreu uma força
tratativa (tração, onde esticou) e ✓ Permanecer por pouco tempo
compressiva (onde dobra). com o instrumento girando no
- a repetição cíclica de forças interior do canal.Realizar
compressiva e tratativas com movimentos curtos, de
a fadiga cíclica (movimento avanços e retrocessos.
repetitivo) faz com que a lima
✓ Manter o instrumento em
se rompa.
constante avanço e
Quanto menor o raio de curvatura, menos retrocesso no interior do
ciclos (menos rotações)a lima vai aguentar canal.
até fraturar.
✓ Evitar flambar o instrumento
Uma curvatura mais acentuada é de menor no canal
raio, maior comprimento do arco, menor a ✓ Deve trabalhar com
circunferência (os eixos vão estar ,ais instrumentos flexíveis e de
próximos) = Menor número de ciclos até a
menor conicidade em
fratura acontecer. O instrumento vai
trabalhar menos vezes, pois está curvatura mais acentuadas.
sobrecarregando mais ela, instrumento mais ✓ Evitar pincelar o canal em
dobrado. região de curvatura
Uma curvatura menos acentuada,maior vai
ser a circunferência,maior vai ser o
FRATURA DOS ALARGADORES
raio,menor o comprimento do arco. = Maior GATES GLIDDEN E LARGO
número de cicloate a fratura acontecer.O
instrumento vai trabalhar mais vezes,menos Não acontece fratura de Gates e
instrumento dobrado. Largo por dobramento alternado,
Quem vai determinar o tamanho da pois não se dobra esses
circunferência são os eixos, ela deve tocar instrumentos.
nos dois eixos simultaneamente. Os eixos
são: linha em torno ao eixo do dente e • POR TORÇÃO;
linha ao longo eixo da porção apical, pós • POR FLEXÃO ROTATIVA: +
curvatura. COMUM, devido à pressão
pelo pincelamento das
paredes.A Gates não é lima
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 6

e nem é broca para ser ULTRAPASSAGEM E REMOÇÃO DOS


trabalhada em região de INSTRUMENTOS VIA CORONÁRIA:
interferência e regiões de
possíveis curvaturas. ✓ Diâmetro do canal maior que
• COMBINAÇÃO; o do instrumento:
- Canais atresicos.
< Diâmetro do instrumento ✓ Diâmetro do canal igual ao do
instrumento:
> Elasticidade < Resistência
- Canais circulares;
mecânica
✓ Depende de:
Quanto menor o diâmetro do - profundidade do ângulo
instrumento, maior será a helicoidal; as canaletas.
elasticidade – mais facilmente pode - comprimento do fragmento;
se curvar, mas menor é a sua - ângulo agudo de inclinação
resistência mecânica. das hélices

Exemplos: a Gates 1 fratura mais Quanto maior a profundidade das


que as 2 e 3, pois apresentam menor canaletas mais fácil remover.
diâmetro. Ela é mais elástica.
Quanto menor for o fragmento mais
Observações: Brocas de Largo fácil de ultrapassar e remover.
possuem maior resistência
Quanto mais agudo, mais fácil em
mecânica ( < flexibilidade) que as
encaixar um instrumento e puxar.
Gates Glidden.Permitem o
Mais fácil remoção.
pincelamento.
✓ Limas tipo K:
ONDE FRATURA MAIS:
- ângulos de 45º
Menor diâmetro próximo à haste - 3 a 4 canais helicoidais –
de fixação Raio de concordância menor comprimento;
=+ fácil para remover. O ângulo é mais agudo.
RESOLUÇÃO CLINICA PARA Em 01 mm da lima K têm 3 a 4 canais
INSTRUMENTOS FRATURADOS: helicoidais.

• Ultrapassagem e remoção ✓ Limas H:


do instrumento via coronária; - ângulo de 60º mais aberto.
- 1 canal helicoidal – maior
• Ultrapassagem e não comprimento.
remoção do fragmento;
É mais fácil em canais atresicos,
• Não ultrapassagem do pois tem mais passagem para
fragmento; remover e ultrapassar o
instrumento.
• Remoção cirúrgica do
fragmento;
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 7

Quanto menor o fragmento mais


fácil remoção.
REMOÇÃO DO FRAGMENTO VIA
Ângulo de inclinação – ângulos CORONÁRIA
mais agudos são mais fácil.
Ângulo + fechados. TIPO DE FRATURA:

ULTRAPASSAGEM DO ✓ Torção: muito difícil;


INSTRUMENTO:
A ponta do instrumento está presa.
TÉCNICA: ✓ Por fadiga (flexão rotativa)
1. Ampliar o diâmetro do canal ✓ Por dobramento alternado;
ate o DA ANATOMIA DO CANAL
fragmento;acessibilidade RADICULAR:
ao fragmento.
2. Encontrar espaço entre o ✓ Achatado e reto;
fragmento e as paredes do
Canais achatados tem mais
canal;
INSTRUMENTO DE PEQUENO
acessibilidade
CALIBRE
Canais retos – expulsividade
3. Tentativa de ultrapassar o
maior.
fragmento
AVANÇO APICAL E ✓ Circular e curvo – muito
RETROCESSO CERVICAL difícil
Ex: fratura do instrumento no preparo
Canais circulares tem uma
apical, retira o instrumento e mede na
conformação muito similar aos
régua para saber o tamanho do
dos instrumentos.
fragmento(comprimento encontrado
+ fragmento) adiciona mais 1mm para (ILS, raiz mesio-vestibular dos
fazer a ultrapassagem.
MS e MI)
CRT 19mm, fraturou 3mm (CRT=16) .
OBSERVAÇÕES: Soluções
DEVE ENTRAR COM UMA LIMA FINA
NOComprimento: 20mm irrigadoras: mesclar as soluções
irrigantes. (EDTA, soro,
MOVIMENTOS CURTOS: Hipoclorito...).
➢ Evita imobilização do A ação mecânica de irrigar e aspirar
instrumento; está promovendo uma remoção do
➢ Degraus;
fragmento.
➢ Perfurações
➢ Fratura Hipoclorito: sua ação efervescente
4. Radiografia--excelente ajuda a tentar deslocar o fragmento.
auxiliar
5. Definir o comprimento de EDTA: ter cuidado, pois ele tem ação
trabalho e realizar patência. quelante, e pode causar uma
perfuração. Ajuda a dar uma
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 8

amolecida na dentina e favorece a lima #15 ao redor do


ultrapassagem. fragmento.

● Não existe uma solução irrigante Deve fazer ampliação ate o


especifica para remoção de fragmento.
fragmentos.
OBSERVAÇÕES:
LOCALIZAÇÃO DA FRATURA:
Ele tem pontas específicas para que
✓ Terço cervical possa penetrar no canais, são bem
✓ Terço médio finas e frágeis.
✓ Terço apical – muito difícil
Ele exerce vibrações, desgastando
Os instrumentos fraturam mais em as paredes de dentina para deslocar
terço apical. o fragmento com mais facilidade.
Mas as ponta do ultrassom para
Fratura do instrumento em terço essa finalidade são muito finas,
cervical pode utilizar uma pinça e frágeis e rígidas, elas hão aceitam
puxar o fragmento. flexão elas fraturam, assim, elas
RECURSOS AUXILIARES seriam melhores em canais retos.

Não há instrumentos específicos Em canais curvos utiliza com limas.


ainda para remoção de fragmentos Insere a lima no canal, e no Cabo da
fraturados, usa-se artifícios para lima pega-se uma ponta do
ajudar a remoção. ultrassom e exerce uma vibração da
qual passa para a lima, e está tenta
O melhor artifício até hoje para deslocar o fragmento.
remoção é o ultrassom com auxílios
de Limas. CANAIS RETOS: pode ser apenas
com as pontas do ultrassom ou até
✓ Ultrassom; mesmo com limas.
✓ Masserann Kit;
✓ Endo Extractor; CANAIS CURVOS: uso de Limas
✓ Canal finder para auxiliar.

➢ MASSERANN KIT:
➢ ULTRASSON: 1. Broca GG: ampliar o trajeto do
1. Lima K manual (n° 08 ou 10) CR;
2. Lima K n°15 acoplada ao
ultrassom; Finalidade de ampliar no canal
até chegar no fragmento.
Depois que abre espaços e
com as limas finas, acopla-se a 2. Trepano oco (cânula):
lima #15 para colocar a ponta desgaste ao redor;
do ultrassom, para este 3. Dispositivos de apreensão:
transferir a vibração e tentar rotação sentido anti-horário.
deslocar o fragmento. Insere a
Não existe mais o kit.
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 9

O trepano abre, gira em sentido menos deve tentar ultrapassar, para


anti-horário e fecha, aprisiona o trabalhar por todo canal,
fragmento, traciona e puxa. Se o promovendo uma limpeza e
instrumento estiver preso impedindo reinfecção e lesões
(torção), deve trazer antes apicais.
trabalhos com limas para
ultrapassar, aliviar, soltar para Idealmente é ultrapassar e remove
por via coronária, mas se não vier,
conseguir fazer com que o
trepano encaixar e puxar. deve ultrapassar e trabalhar em toda
extensão do canal ampliando assim
O trepano é rígido, ou seja, o canal, e em casos de necrose,
trabalha em canais retos. fazer a limpeza foraminal.

➢ ENDO EXTRACTOR: Material obturador sepulta o


1. Gates Glidden; fragmento;
2. Trepano oco (desgaste no
fragmento e aprisionar); Canais infectados e/ou com lesão
– PROSERVA.
3. Extractor (aplica cola na ponta
– movimento de rotação no Deve proservar pois não foi trabalhado
sentido anti-horário). em todo canal, pois o fragmento estava lá
e não foi removido. Em casos de necrose
Não fabrica mais. e lesão principalmente deve acompanhar
sempre, pois são casos de infecções.
*agulha hipodérmica. – caso a Observar sempre se a lesão está
lima seja fina. regredindo ou aumentando, se surgiu
lesão apical (não havia, mas por ter
➢ CANAL FINDER: deixado resto necrótico, bactérias se
1. Contra ângulo especial proliferaram, mesmo obturado e chegou
ao periapice). Caso não regrida, deve
2. Limas K e uma semelhante a
reobturar.
Lima H; (tinha brocas
similares a estas limas) 1. Prepara-se até o nível do
3. Executa movimento fragmento.
alternado de ¼ de volta e
- concentração de hipoclorito de
penetração.
sódio a 2,5% no mínimo.
Quando ele trava o movimento é
interrompido. 2. Obtura: técnica
termoplastificada.(para poder
Nunca exercer pressão apical, acomodar melhor o fragmento
não só com ele. Fazer pressão na obturação)
suave, usar soluções irrigantes.

ULTRAPASSAGEM E NÃO
REMOÇÃO DO FRAGMENTO

Situação da qual não consegue a


1°opção por via coronária, mas pelo
BRENA LOPES – ENDODONTIA II 10

NÃO ULTRAPASSAGEM DO ▪ se não conseguir remover por via


FRAGMENTO. coronária e nem puxar para dentro
do canal- faz cirurgia para remover.

1. Apicetomia
2. Instrumentação
ultrassônica
3. Obturação retrógrada.

Deve avaliar bem quando o paciente relata


Não consegue nem remover e nem dor, edema, pois pode ser indício de uma
ultrapassar. O canal então não foi reinfecção ou pode ser por causa do
instrumentado. fragmento que foi sepultado no canal.
Assim, caso este paciente chegue com uma
Se a fratura foi no início do destruição coronária, deve partir do
preparo = pior. Pois não conseguiu pressuposto que aquela reinfecção, dor,
ampliar e limpar o canal, pois foi no início do edema é devido a cárie e não pelo
PQM. – cirurgia parendodontica. fragmento que foi deixado. Assim, deve-se
avaliar bem.
Se a fratura foi no final do PQM=
Sempre optar por um tratamento
PROSERVA. Pois o instrumentos conservador, remover por via coronária. Se
estavam estéreis, já havia feito no parte da não conseguir, sepulta o fragmento dentro
instrumentação, ampliou e limpou boa parte, do canal e o mantém dentro dele. E sempre
ou seja, gerou uma descontaminação acompanha o paciente.
suficiente para que o organismo possa
suprimir o restante das bactéria ali
presentes.

- acompanha rx.

REMOÇÃOCIRÚRGICA DO
FRAGMENTO

INSUCESSO:

✓ Presença de lesões
✓ Fistula
✓ Edemas
✓ Dor
✓ Reabsorção

❖ Fragmento parcialmente
em periapice.

▪ situação pior

▪ tentar puxar este fragmento para


terço apical, para dentro do canal.

▪ via de contaminação
BRENA LOPES – ENDODONTIA 1

RETRATAMENTO ENDODÔNTICO
✓ Previsibilidade do tratamento – Alto índice de sucesso (94%).
✓ Estudos revelam que o T.E. tem cerca de 90% de sucesso, porém eles variam
de acordo com o profissional que está realizando.
✓ As indicações de um T.E. é basicamente quando um dente tem uma infecção ou
uma inflamação, e devemos remover esse tecido pulpar e preencher com
material para selar a entrada coronária para que tenha uma resposta favorável
dos tecidos periapicais.

“POR QUE OS T.E. FALHAM?”

Existem algumas situações que mesmo que sejam bem-sucedidos (Dentro dos
parâmetros técnicos que é exigido, com técnica bem feita, instrumentos de boa
qualidade e isolamento absoluto), dentro desses critérios eles ainda podem falhar,
porque eles não foram realizados com os nossos parâmetros clínicos aceitáveis. Um
dente que foi realizado uma intervenção prévia, porém ela não foi suficiente para
remover essa infecção dentro dos canais radiculares, tendo assim o insucesso
endodôntico. Devendo-se assim, reintervir nesse dente com uma nova e rigorosa
instrumentação para remover a maior quantidade possível de microrganismos para
promover a saúde periapical dos tecidos para obter-se sucesso.

CONCEITOS DE RETRATAMENTO ENDODÔNTICO:

A Associação Americana de Endodontia caracteriza como “Um procedimento para


remover materiais obturadores dos canais e novamente modelar, limpar e obturar os
canais. Usualmente o tratamento original pode ser inadequado, pode ter falhado, ou
haver exposição do canal via oral por tempo prolongado.”
A Associação Européia de Endodontia caracteriza como “São dentes com canais
inadequadamente obturados, com sinais de desenvolvimento e resistência de
Periodontite Apical, tanto aguda quanto crônica, e para dentes os quais a restauração
coronária precisa ser trocada ou o clareamento foi indicado.” (No entanto, este conceito
não está totalmente completo, pois há casos não somente remover o material obturador
não irá solucionar, pois há casos que dentes não tem sucesso porque a entrada de
algum canal se quer foi encontrado, por está calcificado. Assim, vê-se a importância do
uso do microscópio para esses casos.)
“O Retratamento Endodôntico é um procedimento realizado em um dente que recebeu
tentativa anterior de tratamento definitivo que resultou em uma condição que requer um
novo tratamento endodôntico adicional para a obtenção de um resultado bem sucedido.”

COMO TRATAR?

1. Via canal – Remover a restauração coronária, onde vai ter acesso à entrada dos
canais, e vai intervir de coronário para apical.
2. Reintervenção cirúrgica – Faz um acesso na região apical do dente, onde tem
um acesso a esse tratamento de apical para coronário (Cirurgia
Parendodôntica).

RESOLUÇÃO DOS CASOS:

I. Reintervenção não-cirúrgica
II. Reintervenção cirúrgica
BRENA LOPES – ENDODONTIA 2

III. Extração do elemento dental


REINTERVENÇÃO CONVENCIONAL: 1 º escolha
➢ Não- cirúrgica (Via canal);
➢ Menos invasivo;
➢ Protocolos de tratamento são realizados via canal em casos de tratamentos
iniciais;
➢ A cirurgia é indicada quando o tratamento convencional já não obtém-se mais
sucesso, e também quando há coroas protéticas, pontes fixas ou qualquer
trabalhos reabilitadores extensos.

QUANDO RETRATAR?

➢ Avaliar sinais – Presença de fístula.


➢ Avaliar sintomas – Dor a palpação, sensibilidade ao toque, dor espontânea.
➢ Analisar Rx – Áreas radiolúcidas, tratamento endodôntico inadequado com
lesão, ausência de um tratamento restaurador adequado.
CRITÉRIOS CLÍNICOS:
▪ Dor – Dor à percussão e/ou palpação. Não é mais de origem pulpar, pois a polpa
já foi removida. Assim, não necessita mais fazer teste térmico. A dor é de origem
periapical.
▪ Edema intra e/ou extra-oral;
▪ Fístula – Pode indicar se há fratura;
▪ Perda da função mastigatória;
▪ Aumento do volume do fundo de saco de vestíbulo
OBSERVAÇÃO: Devem estar de forma presente marcante e persistente, para ser
indicativo de reintervenção.
CRITÉRIOS RADIOGRÁFICOS:
▪ Espaço do ligamento periodontal;
▪ Lesão periapical
▪ Comparação radiográfica;
▪ Reabsorção radicular;
▪ Áreas radiolúcidas;
▪ Tratamento endodôntico inadequado com lesão;
▪ Microinfiltração do material obturador do canal radicular;
▪ Tratamento insatisfatório e assintomático há necessidade de nova restauração?
T.E. INADEQUADO, ASSINTOMÁTICO, PRESENÇA DE LÂMINA DURA: NÃO há
necessidade de novo tratamento restaurador.
RETRATAMENTO CONSERVADOR:
▪ Risco de contaminação pela saliva
▪ Pino

QUANDO NÃO RETRATAR?

➢ DENTES COM FRATURA:


Etiologia: Remoção excessiva de dentina; Condensação densa; Pinos volumosos;
Forças oclusais não balanceadas/hábitos oclusais.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 3

Sinais e sintomas: Dor à mastigação; fístulas e edemas; próteses que se soltam com
facilidade; bolsas periodontais; aumento do ligamento periodontal.
➢ DENTES COM ESTRUTURA DENTAL COMPROMETIDA E SEM CONDIÇÕES
DE SER RESTAURADO;
➢ DENTES SEM FUNÇÃO (EXEMPLO: 3º MOLAR).

ETIOLOGIA DO INSUCESSO ENDODÔNTICO:

➢ Infecção primária: Regiões que não foram alcançadas pelo preparo químico-
mecânico; Bactérias remanescentes; Monoinfecções.
➢ Infecção extra-radicular: Não é uma ocorrência comum; Ocorre quando há
permanência de bactérias no interior dos tecidos periradiculares.
➢ Iatrogenias
➢ Condição periodontal
➢ Controle asséptico inadequado
➢ Anatomia: Variações anatômicas
➢ Limpeza e modelagem inadequados
➢ Falhas na obturação
Medidas para reduzir a contaminação;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
▪ Dor não-odontogênica:
✓ Dor miofascial;
✓ Disfunção temporomandibular
▪ Dor odontogênica de origem não-endodôntica:
✓ Trauma oclusal;
✓ Doença periodontal;
TRATAMENTO ENDODÔNTICO:
▪ Insucesso confirmado:
✓ Acesso viável → Não → Cirurgia
✓ Acesso viável → Sim → Considerações → Retratamento
▪ Insucesso potencial:
✓ Qualidade da obturação → Insatisfatória → Nova restauração → Sim →
Considerações → Retratamento
✓ Qualidade da obturação → Insatisfatória → Nova restauração → Não →
Controle
✓ Qualidade da obturação → Satisfatória → Controle

SEQUÊNCIA CLÍNICA:

1. AVALIAÇÃO: Diagnóstico
2. REMOÇÃO DA RESTAURAÇÃO CORONÁRIA:
✓ Remoção de pino e coroa ou restaurações;
• Desgaste com brocas
• Utilização de ultrassom;
• Tração: Daca-prótese ou saca-pino;
• Combinação
✓ Remoção do material restaurador;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 4

✓ Abertura da cavidade de acesso


• Respeitar inclinação do dente;
• Forma e tamanho da câmara pulpar;
• Remoção de interferências;
3. ACESSO CORONÁRIO;
4. DESOBTURAÇÃO/ REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR:
Técnicas:
✓ Manual: Hedstroem;
✓ Manual e mecânica;
✓ Motores rotatórios: Gattes e Largo;
Solventes:
✓ Clorofórmio: Muito volátil; Tóxico; Não biocompatível com os tecidos apicais e
periradiculares; Potencial cancerígeno.
✓ Xilol: Baixa solubilidade da guta-percha; Evaporação lenta; Pode ser empregado
entre as sessões.
✓ Eucaliptol: MUITO USADO. Menos efetivo que o clorofórmio (Exceto quando
aquecido a 30ºC); Menos irritante que o clorofórmio; Efeito antibacteriano e anti-
inflamatório; Não apresenta potencial cancerígeno.
✓ Óleo de laranja: MUITO USADO. Desintegrar cimentos de óxido de zinco e
eugenol; Solvente de cone de guta-percha semelhante ao Xilol; Não é tóxico.
5. REINSTRUMENTAÇÃO:
✓ Desobturação do conduto;
✓ Reinstrumentação completa;
✓ Limpeza e modelagem
6. OBTURAÇÃO/ SELAMENTO O PAPEL DO CIRURGIÃO-DENTISTA:
✓ Avaliar necessidade de retratamento;
✓ Determinar a etiologia e o planejamento do caso;
✓ Possibilidade de contornar dificuldades do tratamento anterior;
✓ Incorporar tecnologias;
✓ Proceder boa técnica de preparo;
✓ Selamento coronário imediato;
✓ Conversar com paciente sobre prognóstico;
✓ Proservar
BRENA LOPES – ENDODONTIA 1

RETRATAMENTO ENDODÔNTICO
INTRODUÇÃO:

O retratamento endodôntico consiste na realização de um novo tratamento,


seja porque o anterior fracassou ou, simplesmente, porque se deseja fazer um
tratamento mais correto ou adequado, principalmente nos casos em que surgiu a
necessidade de os elementos dentários servirem de suporte a trabalhos protéticos.
Basicamente, o retratamento endodôntico consiste em realizar a remoção do
material obturador, a reinstrumentação e a reobturação de canais radiculares com
o objetivo de superar as deficiências da terapia endodôntica. Ou seja, procedimentos
que removem o material obturador da cavidade pulpar e novamente
reinstrumentam (limpar e modelar) e obturam os canais radiculares, isso devido ao
tratamento anterior parecer inadequado, ter falhado ou ter contaminado por
exposições prolongadas da cavidade pulpar.
O objetivo do tratamento endodôntico é tratar ou prevenir o desenvolvimento de
lesão perirradiculares. Assim, o sucesso de um tratamento endodôntico pode ser
caracterizado como ausência de doenças perirradiculares após um período de
prosservação suficiente.
“O retratamento endodôntico é um procedimento realizado em um dente que
recebeu uma tentativa anterior de tratamento definitivo que resultou em uma condição
que requer um novo tratamento endodôntico adicional para obtenção de um resultado
bem sucedido.”

ETIOLOGIA DO INSUCESSO ENDODÔNTICO:

O insucesso endodôntico é, na maioria dos casos, resultante de falhas técnicas,


as quais impossibilitam a conclusão adequada dos procedimentos intracanais
voltados para o controle e a prevenção da infecção endodôntica.
Na maioria dos casos, o fracasso do tratamento endodôntico é resultante da
permanência de uma infecção instalada na porção apical do canal, mesmo nos casos
em que os canais, aparentemente, foram tratados de forma adequada. A microbiota
relacionada com esses casos difere daquelas de dentes não tratados, ou seja, da
infecção primária do canal. Enquanto essa ultima é tipicamente uma infecção mista, com
relativo equilíbrio entre bactérias gram-positivas e gram-negativas, predominantemente
anaeróbicas estritas.
A microbiota associada aos fracassos pode ser caracterizada como uma infecção
mista com menor diversidade (menos espécies) do que as infecções primárias,
sendo composta principalmente por bactérias gram-positivas e sem um predomínio
aparente de anaeróbicos estritos ou facultativos.
Estudos têm demostrado que Enterococcus faecalis é a espécie mais frequentemente
encontrada em casos de fracasso do tratamento endodôntico, com prevalência de
90% dos casos.
✓ Isso sugere que essa espécie pode ser importante para a manutenção ou o
aparecimento de lesões perirradiculares pós-tratamento.
✓ Cepas de E. faecalis podem ser extremamente resistentes a vários
medicamentos, incluindo o hidróxido de cálcio.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 2

✓ As substancias químicas auxiliares da instrumentação e medicações intracanais


podem não serem eficazes no combate de infecções do E. faecalis.
Além dos E. faecalis, fungos e bactérias (Actinomyces) podem ser encontrados em
casos de retratamento endodônticos.
Conclui-se então que a microbiota associada a casos de fracasso da terapia
endodôntica é constituída principalmente por microrganismos facultativos, gram-
positivos e/ou fungos, as vezes por monoinfecção, mas geralmente por infecção mista
composta até por 05 espécies.
Por outro lado, em casos de fracasso de canais tratados de forma não satisfatória, a
microbiota associada é bastante similar à de infecções primárias, contendo um número
maior de espécies bacterianas anaeróbicas estritas.
✓ Isso é bastante comum em casos em que a obturação do canal está muito aquém
do ápice ou se encontra com falhas de compactação.
Estando em canais adequadamente obturados algumas bactérias podem permanecer
no canal: em istmos, ramificações, túbulos dentinários, podendo não serem afetadas
pelas medidas usadas de controle de infecção endodôntica.
✓ Lugares onde a substancia auxiliadora não alcança e muito menos o
instrumento.
✓ As bactérias podem sobreviver por períodos longos, utilizando restos teciduais
e células mortas para sua nutrição.
O fracasso da terapia endodôntica, atribuído aos microrganismos que permanecem
viáveis, somente advirá se eles tiverem acesso aos tecidos perirradiculares, se forem
patogênicos e se alcançarem número suficiente para induzir ou perpetuar uma lesão
perirradicular.
Poucas espécies são capazes de sobreviver no interior de tecidos perirradiculares,
tornando-se, assim, responsáveis pela perpetuação de uma lesão. Assim, a principal
causa de insucesso endodôntico é a persistência de uma infecção intrarradicular,
independentemente de o canal aparentemente estar tratado satisfatoriamente ou não.
SOBREOBTURAÇÃO:
Estudos indicam que o sucesso da terapia endodôntica é reduzido em casos de
sobreobturação.
É visto que o fracasso do tratamento endodôntico associado às sobreobturação está
relacionado com a presença de infecção concomitante. Na maioria das vezes,
canais sobreobturados não apresentam um selamento apical satisfatório, o que permite
que ocorra uma percolação de fluidos teciduais para o interior dos sistemas de canais
radiculares, os quais, ricos em proteínas podem suprir substrato de m.o residuais que
sobreviveram aos procedimentos intra-canais.
Restabelecida a fonte nutricional, os microrganismos se proliferam e atingem números
compatíveis com a indução ou manutenção da lesão.
Outra situação que pode levar os m.o para região apical e causar lesão:
sobreinstrumentação.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 3

✓ Em casos de dentes despolpados, com necrose, infecção pulpar, a


sobreinstrumentação pode levar as raspas de dentina contaminadas para o
interior da lesão perirradicular.
INSTRUMENTAÇÃO NO CDC: 90% de reparo;
INSTRUMENTAÇÃO ÁQUEM DO CDC: 65% de reparo
OBTURAÇÃO 2mm DO ÁPICE: 94% de reparo
OBTURAÇÃO AQUÉM DE 2mm DO ÁPICE: 68% de reparo
NÍVEL APICAL DE INSTRUMENTAÇÃO E OBTURAÇÃO = SUCESSO
SELAMENTO CORONÁRIO:
É importante realizar selamento coronário apropriado e bem realizado, evitando que
irritantes presentes na saliva, como bactérias, produtos bacterianos, componentes da
dieta e substâncias químicas, constatam os tecidos perirradiculares.
Canais obturados expostos diretamente à saliva podem se tornar rapidamente
recontaminados, graças à solubilidade dos cimentos endodônticos e à permeabilidade
da obturação.
A exposição do canal à saliva pode ocorrer nas seguintes situações clinicas:
1. Perda do selador temporário ou da restauração definitiva;
2. Microinfiltração através do selador temporário ou da restauração
definitiva;
3. Cárie secundária ou redicivante;
4. Fratura do material restaurador e/ou da estrutura dentária.
Assim, após o tratamento endodôntico deve ser executada o mais rapidamente possível
a restauração definitiva ou o preenchimento da cavidade coronária (núcleo de
preenchimento) do elemento dentário.

O espaço entre o cone e as paredes dentinárias podem ser locais de proliferação


bacteriana, por isso é muito importante selar todo o canal, sem deixar espaços vazios.

AVALIAÇÃO DO SUCESSO DA TERAPIA ENDODÔNTICA:

• Avaliação clínica + avaliação radiográfica;


• Prosservação;
INDICATIVOS DE SUCESSO:
1. Ausência de dor;
2. Ausência de tumefação;
3. Ausência de fístula;
4. Ausência da perda de função;
5. Evidência radiográfica de LP normal;
6. Sem evidencias de sintomas subjetivos;
7. Ausência de dor na percussão e palpação;
8. Sem sinais de infecções;
9. Ausência de DP;
10. Mobilidade normal;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 4

11. Função na arcada: oclusão normal;


12. Eliminação da rarefação perirradicular previa;
13. Lâmina dura normal;
14. Ausência de reabsorção;
Se a radiografia releva que a lesão permanece com a mesma dimensão ou diminui de
tamanho não é considerado sucesso;
✓ Nos casos que diminuiu: por vezes não diminuiu à níveis suficientes que sejam
compatíveis a reparação completa.
OU SEJA: não significa dizer que houve uma reparação e inibiu a infecção. Tem
que haver reparação da área.
TEMPO DE PROSSERVAÇÃO:
✓ 6 meses a 10 anos;
✓ É relativa;
✓ Alguns autores relatam que a redução da lesão é de 1 a 2 anos podendo ir até
4 anos. Se após esse período a lesão ainda persistir sem sinais de redução deve
ser considerado o caso como fracasso.
Radiografias devem estar com boas qualidades e com mínimo de distorção;

DIAGNOSTICO DIFERENCIAL:

Antes de indicação do retratamento endodôntico convencional ou da cirurgia


perirradicular devemos descartar a possibilidade de dor:
1. DOR NÃO ODONTOGÊNICA: por vezes o paciente está sentindo uma dor
miofascial, dor na ATM, síndrome da cefaleia vascular, dor neurogênica,
infecção herpética, dor psicológica.
2. DOR ODONTOGÊNICA DE ORIGEM NÃO- ENDODÔNTICA: por vezes a dor é
apenas de um trauma dental, doença periodontal, fraturas dentárias.
Dores a percussão e palpação podem ser positivas em casos de fraturas, ou ate
mesmo dentes envolvimentos periodontalmente.

INDICAÇÕES:

Do ponto de vista endodôntico, toda vez que surge um insucesso, a opção é: cirurgia
perirradicular ou retratamento endodôntico convencional.
A escolha entre esses dois depende dos fatores como:
✓ Acesso ao canal;
✓ Localização;
✓ Situação anatômica do dente;
✓ Envolvimento com peças protéticas;
✓ Qualidade do tratamento endodôntico anteriormente realizado
✓ Envolvimento periodontal.
Assim, a analise criteriosa da situação clinica é fundamental para a escolha entre essas
duas opções, a fim de optar pela indicação mais acertada e com mais possibilidades de
sucesso.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 5

O RETRATAMENTO ENDODÔNTICO PODE SER INDICADO:


1. Quando o tratamento inicial apresentar, mediante o exame radiográfico,
obturação endodôntica inadequada do canal radicular.
Nos casos em que a obturação endodôntica é inadequada e uma reabilitação protética
é necessária, mesmo não havendo manifestações clinicas ou radiográficas de
insucesso, o retratamento deve ser realizado, pois pode ser que com uso de retentores
ou não, no dente com uma obturação inadequada (muito aquém do ápice) pode ser que
haja comunicação do canal radicular com o meio oral, contaminando-o e proporcionando
condições imediatas ou mediatas para surgimento de manifestações adversas em
dentes que anteriormente constatava sucesso do tratamento.
Ou seja, se tiver um canal com uma obturação inadequada, mas não tem manifestações
clinicas e não necessita de reabilitação = NÃO RETRATA.
Se tiver um canal com uma obturação inadequada, mas não tem manifestações clinicas
e necessita de reabilitação= RETRATA.
Pois possa ser que durante a reabilitação, haja um contato do meio bucal e
recontamine.
RAZÕES PREVENTIVAS

2. Quando o tratamento inicial apresentar por meio do exame clinico


exposição da obturação de um canal radicular ao meio bucal.
É recomendado o retratamento em canais expostos e em contato com a saliva por mais
de 03 meses.
3. Quando o exame clinico do dente tratado endodonticamente revelar:
- PERSISTÊNCIA DE SINTOMAS SUBJETIVOS;
- DESCONFORTO À PALPAÇÃO E PERCUSSÃO;
- PRESENÇA DE FÍSTULA;
- PRESENÇA DE EDEMA;
- MOBILIDADE;
- IMPOSSIBILIDADE À MASTIGAÇÃO;
4. Quando observar no exame radiográfico de um dente com tratamento
endodôntico presença de RAREFAÇÃO ÓSSEA em áreas perirradiculares
previamente inexistentes.
- RAREFAÇÃO LATERAL;
- ESPAÇO DO LP AUMENTADO MAIOR QUE 02mm;
- AUSÊNCIA DE REPARO ÓSSEO EM UMA REABSORÇÃO
PERIRRADICULAR;
- AUMENTO DE UMA ÁREA RADIOTRANSPARENTE;
- NÃO FORMAÇÃO DE NOVA LÂMINA DURA;
- EVIDÊNCIA DE PROGRESSÃO DE UMA REABSORÇÃO RADICULAR;
5. Dentes que serão submetidos a cirurgia perirradicular, onde o canal
radicular se apresenta inadequadamente instrumentado e obturado.
O retratamento endodôntico pode ser realizado por via convencional (coroa-ápice) ou
por meio da loja cirúrgica (retroinstrumentação e retro-obturação);
BRENA LOPES – ENDODONTIA 6

O RETRATAMENTO ENDODÔNTICO:

O retratamento endodôntico envolve etapas distintas, ou seja:

• Remoção da restauração coronária;


• Remoção de retentores intrarradiculares;
• Remoção do material obturador do canal radicular (esvaziamento);
• Reinstrumentação do canal radicular;
• MIC;
• Obturação do canal radicular;
Antes de realizar o retratamento, uma cuidadosa analise clínica e radiográfica deve
ser realizada. Nesse exame devemos observar:

• a viabilidade do retratamento;
• o tipo de restauração coronária presente;
• aspecto da obturação do canal radicular;
• presença de iatrogenias (degraus, perfurações, instrumentos fraturados,
obstruções e reabsorções).
Pode ser por via cirúrgica e não cirúrgica;
a via não-cirurgica é a 1ºescolha sempre!

REMOÇAÕ DA RESTAURAÇÃO CORONÁRIA:

• Pode ser de resina, amalgama ou até mesmo de coroas protéticas metálicas


ou cerâmicas.
• Remoção por instrumentos rotatórios;
• Em casos de restaurações complexas: manutenção ou a remoção.
• Razões para manter as restaurações: restaurações recentes, bem adaptadas,
com requisitos funcionais e periodontais bons, e quando a restauração não afetar
o acesso.
REMOÇÃO DE RESTAURAÇÕES COMPLEXAS:
✓ REMOÇÃO POR DESGASTE:
Uso de instrumentos rotatórios;
Brocas transmetais;
A restauração é desgastada da sua totalidade;
Ou secciona a restauração com a broca, no sentido do menor diâmetro até atingir
o cimento e/ou a estrutura dentária.
Material cerâmico: brocas diamantadas;
Material metaloceramico: brocas diamantadas + carbides.
Dentes anteriores: acesso palatino, movimento de alavanca, retira a coroa e
posteriormente pode ser usada como provisória.

✓ REMOÇÃO POR ULTRASSOM:


Uso de pontas;
As vibrações fazem com que o cimento se fragmente, podendo, a seguir, a
restauração ser removida.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 7

✓ REMOÇÃO POR TRAÇÃO:


Saca-prótese;
COLOCAR IMAGEM

REMOÇÃO DE RETENTORES INTRARRADICULARES:


Após a terapia endodôntica, nos casos onde há grande ou total perda de estrutura
coronária, ocorre a necessidade de uso de retentores intrarradiculares com a finalidade
de reter e facilitar a reconstrução protética do dente.
Existem diferentes tipos de retentores:
✓ Pino e núcleo fundidos;
✓ Pino pre-fabricado e núcleo de resina composta ou ionômero de vidro.
Entre os métodos e procedimentos sugeridos para a remoção de retentores
intrarradiculares , temos:
✓ TRAÇÃO:
Alicates e porta-agulhas;
Alicate saca-pinos,
✓ ULTRASSON;
✓ DESGASTE POR ROTATÓRIOS;
Brocas transmetais; LN 205, aço com wídia...
✓ COMBINAÇÕES DESSES METÓDOS;
Antes de escolher qual maneira retirar, deve analisar radiograficamente e clinicamente
o elemento dentário, a visibilidade do tratamento endodôntico e o tipo de retentor
instalado.
REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR DO CANAL RADICULAR:
Existem diversas técnicas para remoção do material obturador: utilizações de
materiais manuais e mecanizados, associados ou não a solventes, até o emprego
de calor e equipamentos de ondas sonoras.
Quaisquer seja a técnica optada, é importante ressaltar que a remoção do material
obturador do canal radicular não deve alterar a sua morfologia interna, preservando
assim um dos principais objetivos da terapia endodôntica e contribuindo para o êxito do
tratamento proposto.
A remoção total ou parcial do material obturador tem como objetivo permitir acesso do
instrumento endodôntico em toda a extensão do canal radicular. Geralmente a remoção
é parcial, sendo completada durante a reinstrumentação do canal radicular.

CANAIS OBTURADOS COM GUTA-PERCHA E CIMENTO:

• Não há muita dificuldade de remoção do guta-percha dentro do canal;


• O esvaziamento do canal pode ser feito por meios mecânicos, térmicos,
químicos ou combinações;
MECÂNICO: instrumentos endodônticos;
TÉRMICO: calcadores aquecidos, aparelhos especiais;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 8

QUÍMICO: solventes orgânicos;


COMBINAÇÕES: mecânicos-térmicos e mecânicos-quimicos;
Os cimentos endodônticos são removidos pela ação mecânica de alargamento e/ou
limagem dos instrumentos endodônticos.
A remoção do material obturados do interior do canal está relacionada com a qualidade
da 1º obturação.

OBTURAÇÕES POUCO COMPACTADAS:

• Quando o canal radicular é pobremente obturado e o cone de guta-percha


aparentemente está livre, a sua remoção é simples e pode ser facilmente
realizada com limas Hedstrom de calibre adequado.
• Após remoção do material da câmara pulpar faz irrigação-aspiração abundante
com soluções de hipoclorito de sódio 2,5% tomando cuidado de deixar a
cavidade inundada com a solução química.
• A seguir, pelo movimento de remoção, a lima H selecionada é inserida entre a
parede do canal radicular e o material obturador em sentido apical, girando a
direita.
• Uma vez ajustada, faz o tracionamento coronário, removendo-se o cone de guta-
percha que, geralmente, vem aderido com a haste da lima. Se isso não ocorrer
nas 2 ou 3 tentativas, uma nova lima H um ou dois números maiores será usada
na tentativa de engajar o cone.
OBTURAÇÕES COMPACTADAS:

• O cone pode ser removido por instrumentos manuais ou ate mesmo


mecanizados ou por instrumentos aquecidos;
• Limas tipo K de 21mm de comprimento, de secção reta transversal quadrangular
e fabricados em aço inoxidável, devem ser escolhidos.
• Movimentos de avanço e recuo;
• Uso de brocas Gates e Largo: alargamento da porção cervical, facilitando o
trabalho mais apical;
• Uso de materiais aquecidos, como os calcadores.
• Instrumentos mecanizados projetados para retratamentos;

SOLVENTES:
Os solventes são substâncias químicas que têm a capacidade de dissolver outra e
A guta-percha pode ser dissolvida com vários solventes orgânicos. Todavia é necessário
salientar que esses, geralmente, são tóxicos, e seu emprego deve ser evitado quando
possível. Vários solventes orgânicos da guta-percha vêm sendo pesquisado e testados,
os mais conhecidos são o clorofórmio, xilol e o eucaliptol.
✓ CLOROFÓRMIO:
Pouco solúvel em água;
Miscível a álcool;
Muito volátil e tóxico;
Não é biocompatível com os tecidos apicais e perirradiculares;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 9

Potencial cancerígeno;
+ USADO + EFICAZ
✓ XILOL (dimetilfenol):
Insolúvel em água;
Solúvel em álcool;
Muito tóxico;
Menor efeito solvente sobre a guta-percha;
Pode ser usado como MIC para dissolver a guta-percha entre sessões de
retratamento.
✓ EUCALIPTOL:
Pouco solúvel em água;
Miscível a álcool;
Menos irritante que o clorofórmio;
Não apresenta potencial cancerígeno;
Exibe propriedades antibacteriano e anti-inflamatório, porém não é efetivo como
solvente de guta-percha;
Quando aquecido sua capacidade de solvente é aumentada e comparável ao
clorofórmio;
✓ METILCLOROFÓRMIO;
✓ CLORETO DE METILA;
✓ HALOTANO
✓ OLEOS:
CASCA DE LARANJA;
Biocompativel
USA APENAS EM TC E TM, NUNCA EM TERÇO APICAL.
REINSTRUMENTAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES:
O retratamento endodôntico tem como objetivo a remoção de todo o material obturador
previamente existente e uma efetiva reinstrumentação das paredes dentinária do canal
radicular para a obtenção de uma forma adequada (ampliação e modelagem) que
favorecem a nova obturação.
Após o esvaziamento e a determinação do comprimento da patencia e de trabalhp (CRD
e CRT) inicia-se a reinstrumentação dos canais radiculares. Todavia, o esvaziamento e
a reinstrumentação na maioria das vezes são realizados concomitantemente.
Clinicamente, a reinstrumentação é completa quando não há mais evidencias de guta-
percha ou selador no instrumento endodôntico, quando as raspas de dentina excisadas
são de coloração clara e o canal radicular, através da sensibilidade tátil, apresenta
paredes lisas e, imaginariamente, uma forma adeuqada que permita sua posterior
obturação de maneira efetiva.
Diferentes formas de reinstrumentação:

• Manual;
• Mecanizada;
A limpeza e a forma final de um canal radicular após a sua reinstrumentação estão
associadas principalmente:

• Às propriedades mecânicas das limas metálicas dos instrumentos endodônticos;


• À complexidade anatômica dos canais radiculares;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 10

• A geometria (forma e dimensão) dos instrumentos empregados;


• Movimento aplicado aos instrumentos;
Em combinação com substancias químicas auxiliares e irrigação-aspiração, teremos
uma limpeza melhor das paredes radiculares.
Usa-se o sentido COROA-APICE;
✓ Reduz a extrusão de dentritos, restos necróticos, microrganismo, raspas de
dentina infectada, produtos bacterianos para o ápice;
✓ O diâmetro posterior tem que ser maior que o diâmetro do tratamento anterior.

Pegar a xerox de considerações clinicas, pois está explicado direito.


Integrada- Endodontia | Georgea Miranda

• Acesso aos tecidos perirradiculares - fluidos


ô • Patogenicidade → as bactérias precisam ser
patógenas para serem capazes de desenvolver
a doença
Remover a obturação antiga e preencher com novo • Número suficiente → necessitam de uma
material quantidade para atuar e causar a doença

MicroSonic→ junção do microscopio eletrônico com o MIcrobiota diferente da infecção primária em


ultrasson insucessos endodônticos

1.Desgaste a porção coronária Infecção primária

2.Pino de fibra dentro do cimento de resina • Infecção mista


• Gram positivos → gram negativos
3.Desgaste pino dentro do canal usando uma broca • Anaeróbias estritas
esférica
Infecção persistente
4.Desgaste o remanescente do pino de fibra usando
um inserto ultrassônico diamantado • Monoinfecção
• Gram positivas
INSUCESSO ENDODÔNTICO
Enterococcus faecalis → 90% Bomba de prótons no
Tratamento executado - Persistente citoplasma que reduz o pH - Esta presente em 90%
dos insucessos endodônticos
Pós tratamento- Emergente
Como o hipoclorito tem ph alcalino e esta bactéria
Reapareceram tardiamente após reparo- Recorrente consegue acidificar o meio, este agente não irá ter
A blindagem é um passo importante haja vista que a uma boa atuação como agente irrigador, podendo ser
maioria dos insucessos na endodontia são em dentes utilizado a clorexidina gel
não restauráveis Fungos - candida
Endodontia de sucesso = conhecer anatomia + Actinomyces radicidentis
controlar bactérias + selamento adequado do dente
A maioria dos insucessos estão relacionados à
Infecção extrarradicular
persistência bacteriana nos tecidos periapicais
Infecção intrarradicular persistente ou secundária Fatores que podem justificar a presença de infecções
Reação de corpo estranho extrarradiculares:

Cisto→ penetração do cisto através do forame apical • Avanços de bactérias além do forame
• Bactérias de abscessos podem persistir
Bactérias podem superar as defesas do hospedeiro • Extrusão apical de detritos

FATORES MICROBIANOS Fatores inerentes ao tratamento endodôntico

• Infecção na porção apical → na sua maioria na • Mecânicos


região apical tem uma quantidade menor de • Sobreinstrumentação e sobreobturação
microorganismos, no entanto, estes são mais
Materiais biocompatíveis não induzem ou perpetuam
agressivos e tendem a gerar maior insucesso
lesão periapical
na região

Insucesso do microorganismo na região apical: Fracasso → presença de infecção


• Capacidade de sobrevivência → escassez de • Selamento apical insatisfatório
nutrientes • Percolação de fluídos → substrato para m.o
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• Sobreinstrumentação → raspas de dentina • Acesso ao canal


infectada • Localização e situação anatômica do dente
• Envolvimento com peças protéticas (custos)
• Qualidade do tratamento endodôntico
• Subsinstrumentação e subobturação → • Envolvimento periodontal
infecção
Retratamento cirúrgico: cirurgias parendodônticas
Instrumentação do CDC → 90% de reparo
Tecnicamente complicado → maior habilidade
Instrumentação aquém do CDC → 65% de reparo
→ coroas protéticas
Obturação a 2mm do ápice → 94% de reparo
→ canais obstruídos
Obturação aquém de 2mm do ápice → 68% de reparo
• Retentores
Nível apical de instrumentação e obturação→ índice • Materiais obturadores
de sucesso • Insolúveis
• Instrumentos fraturados
• Qualidade da obturação
Erros de procedimento:
Falta de densidade da obturação → espaço para o
crescimento bacteriano • Degrau
• Perfuração apical
Quanto menor a densidade de material obturador, • Transporte do forame
maior a probabilidade de insucesso • ZIP (deformação do forame)
• Laceração perfuração
Selamento coronário • Bloqueio (fratura de instrumento na região
• A exposição da obturação do canal à saliva que esta criando um bloqueio na região)
esta suceptível a recontaminação Possibilidade de sucesso do retratamento
• Deve ser feito até no máximo 30 dias endodôntico
CRITÉRIOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS: Avaliar:
• Sem evidência de sintomas subjetivos História clínica
• Ausências de sintomas à percussão e palpação
• Ausência de edema ou fístulas • Sintomatologia prévia
• Sem sinais de infecção • Situação anterior da polpa (vital ou necrótica)
• Ausência de doença periodontal • Formação de abscesso- presença de fístula
• Mobilidade normal • Tempo decorrido do último tratamento
• Função na arcada • Radiografia antigas para comparação
• ELP(espaço do ligamento periodontal) normal
ou espessamento insignificante Situação clínica atual
• Eliminação de rarefação perirradicular prévia
• Sintomatologia
• Lâmina dura normal
• Imagem radiográfica sugestiva de lesão
• Ausência de reabsorção
periapical
• Possibilidade de remoção da restauração
INDICAÇÕES DO RETRATAMENTO:
coronária e/ou retenção intraradicular
• Infiltração coronária - não restauração • Avaliação periodontal
• Insucesso de tratamentos anteriores • Proporção raiz-coroa
• Razões preventivas - colocação de novas
coroas ou pinos Dificuldades anatômicas

• Dentes anômalos
Retratamento não-cirúrgico é a primeira opção
• Canais extremamente calcificados, curvos
sempre
Integrada- Endodontia | Georgea Miranda

• Raízes divergentes Impacto na coroa → quebra do agente cimentante


• Canais extranumerários não tratados →
favorece ocorrência de acidentes Agressivo e perigoso para estrutura dentária → força
aplicada no colo anatômico da coroa → fratura
Tipo e qualidade do material obturador
Desconfortável e doloroso para o paciente
Iatrogenias
Remoção de coroas e pontes por desgaste
• Instrumentos e/ou brocas fraturadas
• Degraus, zips, perfurações Materiais cerâmicos> pontas diamantadas

A técnica do cone único só é empregado Posterior remoção do metal


quando o preparo é feito com limas rotatórias
Brocas transmentais
e reciprocantes e só é aplicado quando o
canal é muito atrésico Broca LN → para desgastar o cimento que está ao
redor
Retratamento endodôntico não cirúrgico
Mais seguras
1. Acesso ao canal radicular
Desgaste total ou seccionamento
Restaurações de resina ou amálgama devem
ser totalmente removidas antes de iniciar o Faz uma canaleta na face vestibular da superfície
novo tratamento oclusal até a gengival

RAZÕES PARA REMOÇÃO: Ponta ultra-sônica→ quebra do cimento


• Evitar bloqueios do canal por raspas da • Acesso à área apical
restauração
• Nova instrumentação
• Evidência de restauração defeituosa ou
sofrendo corrosão • Tratamento antimicrobiano
• Infiltração durante o tratamento • Nova obturação
• Invasão de microorganismos
• Estabelecimento do eixo real do dente e da
Limas reciprocantes → Voltas alternadas,
estrutura coronária remanescente
assimétricas, uso único, Pode até ser reutilizada, no
• Remoção de cáries recorrentes ou ocultas
entanto a região do cabo dela se expande quando
• Procura de trincas canais extras
coloca na esterilização o que dificulta colocar na
negligenciados no primeiro tratamento
caneta de baixa, feita com liga titânio chamada de
• Diagnóstico de fraturas
mwhite e recebem um tratamento térmico, o que
• Melhorar a orientação do clínico
permite maior flexibilidade, porém tem uma redução
• Substituição prevista no plano de tratamento
do corte
do paciente
Remoção da guta percha
RAZÕES PARA MANTER:
Solventes
• Restauração recente
• Permite o isolamento de maneira adequada Indicações:
• O acesso não vai afetar severamente
• Mantém o dente em função • Obturações densas
• Mantém a estética original • Canais curvos (evitar degraus ou perfurações)

Carbide ou transmetal → brocas indicadas para o CLOROFÓRMIO → mais eficaz e rápido →


acesso ao dente que está com extensas restaurações carcinogênico e mutagênico

Remoção de coras e pontes por tração EUCALIPTOL → mais lento- menos tóxico

Saca-prótese XILOL - mais rápido que o eucalipto mais tóxico


Integrada- Endodontia | Georgea Miranda

ÓLEO DE LARANJA - biocompatível

HOLOTANO - alta volatilidade -- menor quantidade de


solvente residual. Não é encontrado no comércio

TEREBINTINA BRANCA RETIFICADA - fraco solvente,


querer aquecimento 71º

Todos são biocompatíveis, porém alguns são menos


tóxicos

O solvente é utilizado com limas manuais, nas


rotatórias não tem necessidade, haja vista que estas já
aquecem e permitem a retirada da guta do canal
BRENA LOPES – ENDODONTIA 1

TRATAMENTO ENDODONTICO EM DENTES


PERMANENTES JOVENS
INTRODUÇÃO

É um desafio para o tratamento endodôntico.


O objetivo do tratamento endodôntico em dentes permanentes jovens é buscar
o completo desenvolvimento radicular nos casos de polpa viva e o
fechamento do forame apical por tecido duro calcificado, nos casos de
necrose pulpar.
 Formação de raiz nos dentes com ápice aberto.
Os fatores que levam a infecções dentárias geralmente são:
 Trauma;
 Fratura coronária;
 Cárie;
 Restaurações inadequadas;
Aproximadamente 50% dos dentes traumatizados em crianças sofrem necrose
da polpa (Robertson et al. 1990).
Em casos de trauma, acontece uma ruptura do feixe vasculo-nervoso causando
a necrose e a paralisação do desenvolvimento radicular.
A complementação ou o fechamento do forame apical estão relacionados
com os seguintes fatores:
 Estágio de desenvolvimento da raiz do dente;
 Condições da polpa dentária e dos tecidos perirradiculares no
momento da intervenção;
 Substância empregada;
- hidróxido de cálcio;
- MTA

RIZOGÊNSE INCOMPLETA

 03 anos para desenvolvimento completa da raiz; (formação completa da


raiz).
 Exame clínico e radiográfico.
Revela o estágio de desenvolvimento da raiz e as condições do segmento apical,
que poderá apresentar-se de forma divergente, paralela ou ligeiramente convergente.
O desenvolvimento radicular no sentido vestibulopalatino é mais lento sendo,
consequentemente, essas paredes mais curtas e o forame apical maior quando
comparados ao plano mesiodistal.

 Estado patológicos da polpa;


BRENA LOPES – ENDODONTIA 2

A inspeção, percussão/palpação e o emprego de agentes térmicos e elétricos


permitem que se chegue ao diagnóstico correto.
Os testes térmicos e, principalmente, os elétricos podem, algumas vezes, não fornecer
respostas precisas.
 Isto porque, em dentes com rizogênese incompleta, a camada parietal de nervos (plexo
de Raschkow) não se encontra desenvolvida e a polpa, sendo ainda pouco inervada,
responde menos a esses estímulos.

Os testes de vitalidade são mais precisos.

Diante de um dente com rizogênese incompleta que necessite de


intervenção endodôntica, três situações distintas da condição pulpar
podem ocorrer:
 Dentes com vitalidade pulpar;
 Dentes com tecido pulpar vivo apenas no segmento apical do canal
radicular;
 Dentes com necrose total do conteúdo pulpar.

PLANEJAMENTO DE TRATAMENTO

Em dentes com pulpite reversível (dentes maturo / imaturos) é realizado o


tratamento para polpa vital, tratamento conversador: capeamento pulpar ou
pulpotomia.
Se a polpa radicular com vitalidade for mantida, a raiz a ser formada será mais
organizada e mais bem estruturada, em razão de os
odontoblastos serem preservados.

APICIGÊNESE

É uma terapia conservadora.


Consiste em deixar a polpa radicular com o intuito de
desenvolver o ápice radicular do qual está aberto –
CASOS EM DENTES IMATUROS.

 É de suma importante deixar a polpa radicular, pois


vai estimular o desenvolvimento da raiz, pois é a
BRENA LOPES – ENDODONTIA 3

polpa que vai promover a formação da dentina radicular, sem ela não há formação
completa da raiz.

COMPLEMENTAÇÃO RADICULAR FISIOLÓGICA EM DENTES QUE APRESENTAM


TECIDO PULPAR AINDA COM VITALIDADE.
Objetivo da PULPOTOMIA:

1) Proteger o tecido com um material capeador que preserve a sua vitalidade;


2) Estimular o processo de reparo;
3) Formar tecido mineralizado;
4) Manter o tecido pulpar radicular;
Indicações da PULPOTOMIA:
1) Dentes decíduos e permanentes;
2) Exposição pulpar devido à cárie;
3) Pulpites irreversíveis em dentes com rizogênese incompleta;
4) Polpas expostas por mais de 24 horas devido a traumas;
5) Ampla destruição coronária, onde não há necessidade de pino
intrarradicular.(pino intra-dentinário).
Características favoráveis da polpa para a PULPOTOMIA:
1) Coloração vermelho vivo/rutilante;
2) Consistência firme do tecido;
3) Hemorragia abundante durante a remoção pulpar;
Alguns estudos relatam que após a pulpotomia, pode acontecer indícios necróticos na
polpa radicular, assim, após a pulpotomia e com o desenvolvimento completo da raiz –
realizar o tratamento endodôntico convencional.

TÉCNICAS PARA A PULPOTOMIA:


1) IMEDIATA: uma sessão só.

 Sempre que possível, finalizar em sessão única, pois pode haver


possibilidade de contaminação do meio. Se ficar manipulando novamente
o tecido, podendo provocar uma degeneração.

1. Bochecha com periogard;


2. Anestesia;
3. Isolamento absoluto;
4. Remoção do tecido cariado com bricas esféricas em baixa rotação;
5. Remoção do teto da c mara pulpar com brocas esféricas diamantadas
em alta rotação;
6. irrigação da câmara pulpar com soro; água de cal ou água destilada.
7. Remoção da polpa coronária com curetas afiadas;
8. Irrigação e aspiração com soro; água de cal ou água destilada.
9. Hemostasia / secagem com bolinhas de algodão estéril
10. Colocação da bolinha de algodão com otosporin

- Por 05 minutos 15 minutos. Só para ter ação anti-inflamatória, e remove.


BRENA LOPES – ENDODONTIA 4

11. Colocação da pasta de hidróxido de cálcio.


12. Colocação da base cimento de hidróxido de cálcio e civ
13. Restauração final

 Não deixa a bolinha com a medicação.

2) MEDIATA: em duas sessões;

 Vai depender da limitação do tempo e da falta de cooperação do


paciente. Não conseguiu completar em uma sessão só.

PRIMEIRA SESSÃO

1) Bochecho com periogard; 7) Remoção da polpa


coronária com caretas
2) Anestesia; afiadas.

3) Isolamento absoluto; 8) Irrigação e aspiração

4) Remoção do tecido cariado  irriga com soro, água de cal


com brocas esféricas ou água destilada.
e baixa rotação;
9) Hemostasia e secagem com
5) Remoção do teto da câmara bolinhas de
pulpar com algodão estéril;
brocas esféricas
diamantadas em alta 10) Colocação de bolinha de
rotação; algodão com otosporin;

6) Irrigação da câmara pulpar 11) Lâmina de guta percha.


com soro; água de
cal; água destilada. 12) Restauração provisória
com civ ou oze.

SEGUNDA SESSÃO:
1. Avaliar a integridade da restauração provisória; avaliar presença de sinais
e sintomas clínicos; radiografias de controle.
2. Anestesia
3. Isolamento absoluto
4. Remoção da restauração provisória, lâmina de guta percha e algodão;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 5

5. Irrigação abundante com soro fisiológico.


6. Colocação da pasta de ca (oh)2:
 Pressão adequada, pois não pode agredir ainda mais a polpa, prometendo
degeneração das fibras nervosa, que podem causar degeneração do tecido
pulpar.
 E também não pode causar um novo sangramento, com possibilidade de
formação de um coágulo espesso, impedindo a ação do hidróxido de cálcio
sobe o tecido pulpar.

7. Colocação da base cavitária.


1) Cimento de hidróxido de cálcio OU MTA
2) Remoção do excesso das paredes laterais;
3) CIV;
8. Resina

SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS – FORMAÇÃO DA BARREIRA MINERALIZADA (ponte


de dentina).
 HIDROXIDO DE CÁLCIO;
 MTA
 CIMENTOS BIOCERÂMICOS;

HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

 Pó branco;
 pH 12,8 (antimicrobiano);
 Pouco solúvel (1,2g / L de agua a
25oC);
 Radiopaco;
 Antimicroniano;
 Anti-inflamatório;
 BIOATIVO: induz a formação do
tecido mineralizado
 Solvente de materia orgânica
BRENA LOPES – ENDODONTIA 6

Formação da barreira mineralizada, após a


pulpotomia.

CIMENTOS BIOCERÂMICOS:

São definidos como aglomerados que não só endurecem através de reações com água,
como também formam um produto resistente a umidade.
Características dos cimentos biocerâmicos:
 Hidrofílico;
 Antibacteriano;
 Biocompatível;
 Selamento;
 Estabilidade dimensional;
 Bioativo;
 Biocompatível;
 Radiopaco;
 Resistente a compressão;
Indicações dos cimentos biocerâmicos:
 Pulpotomia;
 Reabsoção radicular;
 Apicificação;
 Apicigênese;
 Proteção pulpar;
 Perfuração de furca;
 Perfuração da raiz;
 Retroobturação;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 7

Em dentes imaturos com pulpite irreversível é preciso verificar se há o


fechamento do ápice radicular.
Com ápice fechado tratamento endodôntico convencional
(pulpectomia).
Com ápice aberto fechamento do ápice radicular e obturação.

APICIFICAÇÃO
Também chamado de fechamento apical, é o processo pelo qual um dente
permanente imaturo não vital, que perdeu sua capacidade de desenvolvimento
radicular, é induzido a formar uma barreira calcificada no ápice.
 Essa barreira forma uma matriz contra a qual a obturação radicular ou o material
restaurador possam ser condensados com controle no comprimento .

Tratamento para DENTES NECROSADOS COM ÁPICE ABERTO, que visa ao


selamento do forame apical por meio da neoformação de um tecido mineralizado
induzido pela ação de uma medicação à base de hidróxido de cálcio usada para
preencher o canal radicular.
 Abordagem questionadora – as trocas da medicação.
 Raizes finas – fraturas

- permanece a fragilidade e suscetibilidade de fraturas, visto que não há o reforço da parede


radicular.

Diferentemente dos procedimentos de capeamento pulpar, pulpotomia e apicogênese,


a apicificação ocasionará fechamento apical.
 Não se espera que ela ocasione desenvolvimento radicular adicional em termos de
comprimento e espessura de parede. Desta forma, ela é encarada como um tratamento
de último recurso em dentes imaturos que perderam a vitalidade.

Os fatores mais importantes para o sucesso da


apicificação parecem ser o debridamento completo
do canal radicular (remoção de todo o tecido pulpar
necrótico e infecção microbiana) e o selamento do
dente (para evitar o ingresso de bactérias e
substrato67).
 A apicificação não ocorre quando o ápice do dente
penetra a lâmina cortical. Para ela ser bem-
sucedida, o ápice deve estar completamente
dentro dos limites das lâminas corticais.

Indicações de APICIFICAÇÃO:
1) Traumas severos (intrusão ou avulsão);
2) Reabsorções dentárias pós-trauma;
3) Ápices abertos com necrose pulpar;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 8

SEQUÊNCIA CLINICA:
1) Anestesia;
2) Abertura coronária;
3) Isolamento absoluto;
4) Descontaminação inicial com gel de clorexidina a 2%
A clorexidina é indicada nesses casos devido aos ápices abertos, evitando assim usar
o hipoclorito de sódio (extravasamento – solvente em matéria orgânica);
5) Instrumentação suave das paredes do canal para remover detritos e restos
pulpares;
6) Irrigação vigorosa com soro fisiológico;
7) Aspiração do conteúdo do canal com Capilary Tip (Ultradent);
8) Inserção no canal radicular do material obturador temporário, em
pequenas porções, com o auxílio de condensadores manuais, com os
diâmetros apropriados de acordo com a amplitude do canal;
- MEDICAÇÕES BIOATIVAS
9) Compressão do material no canal radicular até o completo selamento;
10) Verificação da qualidade da vedação do canal com radiografia;
11) Selamento da porção cervical do canal (2 a 3mm abaixo da junção
amelocementária);
12) Controle clinico nas primeiras 48 horas;
13) Acompanhamento clinico e radiográfico depois de 30,90,180 e 360 dias;
OBSERVAÇÃO: Durante o período de controle, se não houver reabsorção do material
obturador temporário, não é necessária a troca da obturação por materiais definitivos.

CONTROLE: Recomenda-se o primeiro exame 30 dias após a colocação da pasta de


hidróxido de cálcio (HPG) no interior do canal radicular, seguido de controles trimestrais.
Embora, em alguns casos, a apicificação possa ocorrer em 6 meses, é normal o
processo de fechamento apical demorar 18 meses ou mais, tempo esse aparentemente
relacionado com o tamanho da lesão perirradicular inicial e com o estágio de
desenvolvimento radicular.
 A renovação da pasta está relacionada com diversos fatores: composição da
pasta, proporção pó/líquido (consistência), natureza do veículo, abertura do
forame e deficiência do selamento coronário.
Obtida a apicificação, a pasta de hidróxido de cálcio deverá ser removida do interior
do canal radicular até o limite da barreira calcificada, nem sempre visível em nível
BRENA LOPES – ENDODONTIA 9

radiográfico, mas clinicamente comprovada pelo instrumento, endodôntico junto do


ápice.
Dependendo do estágio de desenvolvimento apical do dente com rizogênese
incompleta, podemos empregar o MTA como tampão apical na obturação do canal
radicular.
Após o preparo do canal radicular e do uso da medicação intracanal (HPG) por um
tempo mínimo de 3 dias, estando o dente livre de sinais e sintomas de infecção
observáveis, sobretudo pela inspeção, palpação e percussão, a pasta de hidróxido de
cálcio é removida e, a seguir, realiza-se a imediata colocação do MTA.
MANOBRA DO TAMPÃO APICAL: Colocação de um material obturador
biologicamente compatível com os tecidos periapicais no segmento apical do
canal radicular (tampão apical), sendo o restante obturado de forma convencional
(cimento endodôntico e guta-percha).
 Ca(OH)2, MTA, Biocerâmicos.
O material será inserido na região apical com o emprego de instrumentos
especiais (seringas) ou mesmo levado com auxílio de instrumentos endodônticos
de ponta truncada (compactadores). O material deve ser colocado numa extensão
de até 3 mm e seu limite apical comprovado pelo exame radiográfico.
A proposta terapêutica do tampão apical tem como vantagens:
 Um menor número de consultas para a conclusão do tratamento;
 Maior previsibilidade quanto à formação da barreira apical;
 Além de reduzir a necessidade de consultas de acompanhamento.
COM MTA: Única sessão

 Maior previsibilidade quanto à formação da barreira apical;


 Reduz a necessidade de consultas de acompanhamento;
 Favorece a não contaminação do canal radicular e permite prontamente o
restabelecimento da função mastigatória e estética;
 Melhor barreira apical;
 Excelente biocompatibilidade;
 Induzir formação de células;
 Pode ser utilizado na presença de umidade.
Como alternativa ao tratamento com hidróxido de cálcio, sugeriram a técnica de tampão
apical com o MTA, observando as seguintes vantagens:
 Redução do tempo de tratamento;
 Possibilidade de restaurar o dente com o mínimo atraso;
 Evitar mudanças nas propriedades mecânicas da dentina em virtude do uso
prolongado de hidróxido de cálcio. Além disso, por causa da atoxicidade, o MTA
tem boas propriedades biológicas e estimula a reparação.
BRENA LOPES – ENDODONTIA 10

REVASCULARIZAÇÃO PULPAR

Revascularização pulpar é um conjunto de procedimentos de base biológica


destinado a substituir fisiologicamente estruturas dentárias danificadas,
incluindo dentina e estruturas radiculares, assim como células do complexo
dentinopulpar.
Tratamento de dentes com: Necrose Pulpar e Rizogênese Incompleta.
A vantagem da revascularização pulpar em relação aos métodos tradicionais de
apicificação está no fato de se obter o completo desenvolvimento radicular, com
aumento da espessura das paredes do canal.
Mesmo na presença de ápice aberto, a revascularização pulpar necessita de uma
adequada e criteriosa desinfecção do espaço pulpar antes do procedimento
regenerador propriamente dito.
 A ação mecânica de instrumentos endodônticos é, na maioria das vezes, contraindicada,
pois agravaria a fragilidade das paredes dentinárias.

COMO A REVASCULARIZAÇÃO ACONTECE?


Invaginação de células indiferenciadas da região apical de dentes de pacientes jovens
com ápice aberto. Esse método permite a formação de um novo tecido no interior do
canal radicular, permitindo que a raiz complete sua maturação, evitando paredes finas
e frágeis, reduzindo assim o risco de fratura da raiz. (Nagata; Soares; Gomes, 2013)
BRENA LOPES – ENDODONTIA 11

Objetivos do Tratamento:
1) Promover o completo desenvolvimento radicular com evidências
radiográficas de aumento da espessura da parede do canal e fechamento
do forame apical.
2) Manutenção do dente, principalmente durante o desenvolvimento
craniofacial.
3) Tratar a lesão perirradicular.
Indicações:
1) Dente permanente com necrose pulpar e ápice radicular aberto.
METÓDO DE TRATAMENTO

SEQUÊNCIA CLINICA
 SESSÃO ÚNICA:
1. Fazer uma radiográfica inicial para planejamento;
BRENA LOPES – ENDODONTIA 12

2. Anestesia
3. Abertura coronária;
4. Isolamento absoluto;
5. Preencher o canal com clorexidina em gel a % e fazer uma
descontaminação progressiva do canal com limas tipo K;
6. Irrigação com soro fisiológico – remover detritos e restos necróticos.
7. Renovar a substância química auxiliar;
8. Odontometria;
9. Instrumentar suavemente as paredes do canal radicular para remover
debris e biofilme bacteriano e irrigar o canal.
10. Aspirar o conteúdo do canal com uma ponta Capilary Tip (Ultradent) –
evitar cones de papel.
11. Transpassar o forame apical cerca de 2 a 3mm com lima tipo K #70 ou #80
para estimular a formação de um coágulo.
12. Se conseguir que o coágulo preencha o canal radicular, fazer uma barreira
com hidróxido de cálcio PA (pó), levando ao canal um porta amálgama,
aguardar até a formação de uma barreira para amparar o MTA, que é o
material utilizado para promover o selamento coronário.
13. Prepara o MTA numa consistência fluida;
14. Levar o MTA ao canal com auxílio de uma sonda lisa e colocar sobre a base
de hidróxido de cálcio;
15. Secar com um jato suave e continuo de ar para que ocorra uma rápida
evaporação de excesso de líquidos.
16. Completar a barreira de MTA com novas camadas até o limite de 2mm
abaixo da JAC (evitar escurecimento da coroa);
17. Se não conseguir a formação do coágulo no interior do canal, deixar o
espaço vazio apical de 10 a 12 mm para induzir o crescimento de tecido
conjuntivo do LP a partir do coágulo apical.

 DUAS SESSÕES:
1. Fazer uma radiográfica inicial para planejamento;
2. Anestesia
3. Abertura coronária;
4. Isolamento absoluto;
5. Preencher o canal com clorexidina em gel a % e fazer uma
descontaminação progressiva do canal com limas tipo K;
6. Irrigação com soro fisiológico – remover detritos e restos necróticos.
7. Renovar a substância química auxiliar;
8. Odontometria;
9. Instrumentar suavemente as paredes do canal radicular para remover
debris e biofilme bacteriano e irrigar o canal.
10. Aspirar o conteúdo do canal com uma ponta Capilary Tip (Ultradent) –
evitar cones de papel.
11. MIC

SEGUNDA SESSÃO:
12. Anestesia;
13. Remoção da restauração;
14. Isolamento absoluto;
15. Irrigar o canal para remover a medicação intracanal (hidróxido de cálcio);
BRENA LOPES – ENDODONTIA 13

16. Transpassar o forame apical cerca de 2 a 3mm com lima tipo K #70 ou #80
para estimular a formação de um coágulo.
17. Se conseguir o preenchimento do canal com coágulo, realizar os passos
para formação da barreira cervical com MTA.
18. Se não conseguir o preenchimento do canal com coágulo, preencher o
canal com hidróxido de cálcio PA e fazer a base para colocação do MTA
no terço cervical, deixando um espaço intrarradicular de 10 a 12mm para
que ocorra a invaginação do tecido conjuntivo do periodonto apical.
19. Barreira de coltosol sobre o MTA
20. Restauração.

PROTOCOLO DO LIVRO SIQUEIRA & LOPES:


1ª CONSULTA
1. Anestesia local, isolamento absoluto, limpeza e descontaminação do
campo operatório com solução de peróxido de hidrogênio a 3% (água
oxigenada a 10 volumes), seguidos de hipoclorito de sódio (NaOCl) a 2,5%
ou clorexidina a 2%;
2. Acesso coronário irrigando copiosamente a câmara pulpar com NaOCl a
2,5%;
3. Determinação da odontometria com uma lima posicionada a 1 mm do
término radicular;
4. Irrigação do canal radicular com NaOCl a 1,5% (20 mL/canal por 5 minutos),
seguida de irrigação com soro fisiológico (20 mL/canal por 5 minutos), por
meio de agulha de irrigação posicionada a 1 mm do término radicular;
5. Secagem do canal com cones de papel estéreis;
6. Preenchimento do canal com uma pasta à base de hidróxido de cálcio ou
uma associação de dois ou três antibióticos (ciprofloxacina, metronidazol
e minociclina, empregando não mais de 100 μg de cada medicamento/mL);
7. Selamento coronário provisório.
CONSULTA FINAL (2ª) (agendada 2 a 4 semanas após a primeira consulta)
BRENA LOPES – ENDODONTIA 14

1. Exame clínico prévio para assegurar ausência de sensibilidade moderada


ou severa à percussão e à palpação.
Caso essa sensibilidade se confirme, ou seja, observada a presença de fístula ou tumefação,
deve-se repetir o tratamento da primeira consulta.

2. Anestesia local com mepivacaína a 3% sem vasoconstrictor.


3. Isolamento absoluto, limpeza e descontaminação do campo operatório.
4. Acesso ao canal e remoção do medicamento intracanal por meio de
irrigação com EDTA a 17% (30 mL/canal, 10 minutos).
5. Secagem do canal com cones de papel estéril.
6. Indução de sangramento no canal girando uma lima nº 25 pré-curvada até
2 mm além do forame apical. O sangramento deve ser mantido a 3 mm da
junção cemento/esmalte; após 15 minutos, forma-se um coágulo
sanguíneo nesse local.
7. Uma vez formado o coágulo, coloca-se uma camada de aproximadamente
3 mm de MTA branco sobre este.
8. Aloca-se uma camada de ionômero de vidro com 3 a 4 mm, fluindo
suavemente sobre o MTA, seguido de fotopolimerização por 40 segundos.
9. Restauração com resina composta adesiva reforçada sobre a camada do
ionômero de vidro.
Por meio de exame clínico e radiográfico, a proservação deve ser realizada após 3 e 6
meses e, anualmente, durante 4 anos. Nesse período, pode-se observar o crescimento
radicular, o aumento da espessura da parede do canal e o fechamento do forame apical.
Em alguns casos, pode ocorrer resposta pulpar positiva aos testes frio e/ou elétrico.
Todavia, se após 3 meses não se observar o desenvolvimento radicular, deve-se optar
pela apicificação tradicional.
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