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TCC 28 - 09
TCC 28 - 09
TCC 28 - 09
Presidente Prudente
2021
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Presidente Prudente
2021
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SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES...................................................................... 06
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 10
4 SISTEMA PROGRESSIVO.....................................................................
4.1 OS TRÊS REGIMES...............................................................................
4.2 O ATUAL SISTEMA CARCERÁRIO DO BRASIL ................................
6 RESSOCIALIZAÇÃO..............................................................................
6.1 O PAPEL DOS DIREITOS HUMANOS NO CÁRCERE..........................
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1
Um detento, em sua cela, rezando diante da torre central de vigilância. 17
FIGURA 2
O Poder Punitivo no Brasil....................................................................... 23
FIGURA 3
A Última Pena de Morte no Brasil (parte 2) - Galés Perpétua.................
FIGURA 4
Vista interna da penitenciária de Stateville, Illinois, EUA………………..
FIGURA 5
Planta da casa de correção do Rio de Janeiro, 1834 (Arquivo Nacional,
Rio de Janeiro).........................................................................................
FIGURA 6 Acredite, esta é uma das imagens mais leves sobre o massacre...........
FIGURA 7 A reportagem é da revista Veja, na edição de 5 de abril:........................
FIGURA 8 A reportagem é da revista Veja, na edição de 5 de abril:........................
FIGURA 9 Presídio Ilha Grande - Colônia Dois Rios................................................
FIGURA 10 Presídio Ilha Grande - Colônia Dois Rios................................................
FIGURA 11 Placar das Diretas, 1984..........................................................................
FIGURA 12 Cesare Lombroso e sua Classificação dos Criminosos...........................
FIGURA 13 Cesare Lombroso e a Teoria do Criminoso Nato.....................................
FIGURA 14 Brasil é o terceiro país com maior número de pessoas presas, atrás
dos Estados Unidos e China....................................................................
FIGURA 15
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LISTA DE TABELAS
I INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo mostrar as reais adversidades das três
fases da aplicação penal no país, de modo a mostrar possíveis soluções para uma
gradual melhora social como a reforma educacional para reestruturar a sociedade, o
trabalho conta como uma análise das primeiras leis conhecidas pela humanidade,
passando pelas primeiras casas de detenção do país até chegar nos dias atuais.
Assim, os povos ágrafos, aqueles que não possuíam acesso à escrita, que
surgiu apenas 4.000 a.C, possuíam quatro fontes das quais criavam suas leis, sendo
elas: os procedentes, os provérbios, os costumes e pôr fim a decisão do chefe. Tais
leis eram passadas de forma abstrata, através da fala era transmitido de geração
para geração com poucas adaptações. Com núcleo religioso as leis visavam a
perpetuação dos bandos e a proteção da família, que é a primeira instituição a ser
criada pelo ser humano.
uma reforma política com ideias mais igualitárias e libertárias entre seus cidadãos
independente de sua classe social.
Por fim, em 1983 o projeto de lei que viria a ser a LEP foi aprovado,
sancionando a Lei de Execução Penal: Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984, que em
seu artigo 1º traz o propósito do projeto, sendo: “A execução penal tem por objetivo
efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições
para a harmônica integração social do condenado e do internado” (BRASIL, 1984).
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É importante salientar que tal projeto dispõe de um fim social com exigência
do bem comum, ou seja, foi criado com um propósito de recuperação do
encarcerado, visando o bem maior da sociedade como um todo de forma coletiva,
fazendo jus ao caráter ressocializador das penas de detenção em vigor.
(…) morte natural, morte natural com crueldade, morte pelo fogo até ser
feito o condenado em pó para que não tivesse sepultura ou memória,
açoites, com ou sem baraço, pregão pela cidade e vila, degredo para galés,
África, Índia, Brasil ou, ainda Costa do Marfim, para fora do reino ou para
vila do bispado, mutilações ou cortes das mãos, da língua, queimadura com
tenazes ardentes, confisco, multa, capela de chifres na cabeça (para os
maridos que condescendiam), polaina ou enxaravia na cabeça.
Havia pena de morte para os livres que cometiam homicídio, mas para eles
a legislação continuou como antes, com alternativas à forca. O
endurecimento afetou só os cativos. De 1835 em diante, escravo condenado
era escravo enforcado: “lance-se logo a corda e pendure-se o réu”.
Desta forma, o estilo positivista da época era, pela primeira vez no país,
respaldado pela ciência, seguindo análise médica do século XIX que mostravam em
teses e pareceres como o trabalho braçal obrigatório se mostrava meio de
recuperação de detentos além de ocupação para ociosidade, prevenindo assim atos
ilícitos, de modo a criticar os estabelecimentos pré-existentes devido à suas
instalações insalubres onde Machado et al.,1978 definem:
Entre as penas, encontra-se a de morte pela forca; a pena mais grave, entre
as que consistem na privação da liberdade, é a de galés, que consiste no
trabalho forçado, levando os condenados calcetas aos pés e corrente de
ferro, juntos ou separados (art. 44.)
Fonte: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.187/5888
Desta forma, em 1849 com apenas uma ala concluída para habitação, o
primeiro raio contava com duzentas celas para isolamento noturno e oficinas, iniciou-
se o recolhimentos daqueles sentenciados à pena de trabalho forçado. No ano
seguinte, 1850, o regulamento foi publicado, regulamentando metade do primeiro
raio, que viria a ser concluído apenas em 1852, a Casa de Correção foi inaugurada
com cem celas, abrigando 60 presidiários que cumpriam suas penas como
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Definido pelo Código Penal de 1830, àqueles que pagavam por seus delitos
com o trabalho forçado eram classificadas em categorias, sendo elas a correcional e
a criminal, sendo a correcional subdividida em duas classes: uma com os menores
de 14 anos que cometeram pequenos delitos segundo o artigo 13, CP de 1830, e na
segunda os vadios e mendigos que chegava a cumprir pena de 8 à 24 horas ou
detidos para cumprimento de crimes simples segundo os artigo 295 e 296 do CP de
1830 e aqueles categorizados criminal cumpriam a pena em trabalho forçado.
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Figura 6 - Acredite, esta é uma das imagens mais leves sobre o massacre
Fonte: <http://tecnew-juli.blogspot.com/2013/04/massacre-do-carandiru-segue-e-seguira.html>
Por ser considerado um país novo em comparação aos demais, o Brasil foi o
país que mais escravizou, com estimativa de 4,86 milhões de escravos traficados
entre 1501 a 1900, como foi levantado pelo Banco de Dados do Comércio
Transatlântico de Escravos (FIGUEIREDO).
(...)Pelo Código Penal em vigência no país naquela época, embora a orientação do sistema
prisional tenha sido a da “regeneração”, tanto o Carandiru quanto as demais
prisões brasileiras perfaziam um quadro bastante controverso sob o ponto
de vista do tratamento dispensado aos presos.
subiu drasticamente com o início das prisões políticas, onde apenas levando em
consideração a cidade de São Paulo, por exemplo, já em 1939 48.742 pessoas
foram encarceradas para averiguação sobre as alegações de: alcoolismo em 33%,
desordem 21%, além de ócio, desobediência, escândalo, agressão, insultos, jogo e
a ordem de autoridades concentrados em 1% cada, todos sob a justificativa de
atentados contra o regime vigente (CALCELLI).
Fonte: <História da antiga Colônia Penal Cândido Mendes na Ilha Grande, RJ -Fotos, Vídeo>
Vargas, que portanto foi deposto oito anos após o golpe pelos militares que o
ajudaram a fazê-lo através de mais um golpe organizado pela União Democrática
Nacional (UDN) em 1945. (POLITIZE)
Ditadura 1964-1985
Eu comecei a ser torturado no momento em que cheguei lá. O capitão Albernaz, que já era
conhecido como um dos piores carrascos do DOI-CODI, me disse: 'Começa
a falar porque a guerra acabou pra você. Se não falar o que sabe, vai virar
presunto.’ Esse era o termo que usavam no esquadrão da morte para os
cadáveres que ‘surgiam’, que eram encontrados nos terrenos baldios de
São Paulo, assassinados pela polícia. (SANDRÉ)
Miguel Chikaoka
https://www.politize.com.br/regimes-prisionais-os-3-tipos/
indivíduos que destoam, que infringem as leis e por isso são presos, porém, é fato
que a sociedade não se aproxima gradualmente da harmonia na mesma medida em
que esses indivíduos são presos como traz o filósofo Eduardo Migowski “Há uma
visão estereotipada do brasileiro como um povo pacífico, alegre e tolerante. Tal
interpretação da nossa cultura, contudo, não se confirma em nossa história.” E isso
nos mostra a ineficácia do sistema carcerário em relação ao seu impacto social para
os indivíduos que permanecem na sociedade.
dos indivíduos que residem na Cracolândia são reincidentes por crimes como tráfico,
roubo e furto.
Isso nos mostra o verdadeiro futuro da maioria dos indivíduos que passam
pelo sistema carcerário, o intuito deste trabalho não é desacreditar no sistema
carcerário e sugerir a impunidade, mas sim encontrar meios de com melhorias no
sistema possamos verdadeiramente fazer com que esses indivíduos retribuam à
sociedade o dano que causaram de modo eficaz, pois na situação atual o indivíduo
sai pior do que entrou.
Fonte: <Com 726 mil presos, Brasil tem terceira maior população carcerária do
mundo>
Ocupando a 26ª posição no ranking dos países que mais prendem, estima-
se que no Brasil a cada 100 mil habitantes 322 estão encarcerados. Tal
levantamento feito pelo G1 leva em consideração o número atual de presos (680 mil)
e o número atual de brasileiros (213 milhões). Porém considerando o montante de
presos, o Brasil ocupa a 3ª posição, ficando apenas atrás da China e Estados
Unidos.
http://memoriasdaditadura.org.br/dignificacao-do-sistema-prisional/
https://ladih.wordpress.com/tag/seletividade-penal/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-06/brasil-
ultrapassa-marca-de-62-mil-homicidios-por-ano
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5.2 SUPERLOTAÇÃO
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6 RESSOCIALIZAÇÃO
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http://memoriasdaditadura.org.br/dignificacao-do-sistema-prisional/
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REFERÊNCIAS
BORGES, Cláudia. Conheça a Origem da Expressão 'Olho por Olho, Dente por
Dente', 2019.
Disponível em:<https://url.gratis/NmnPIp> Acesso em: 23/09/2021.
FIGUEIREDO, Patrícia. Brasil foi o local que mais recebeu escravos nas
Américas, 2018.
Disponível em:<https://url.gratis/8Doj29> Acessado em: 16 de set. de 2021.
G1, Com 322 encarcerados a cada 100 mil habitantes, Brasil se mantém na 26ª
posição em ranking dos países que mais prendem no mundo, 2021.
Disponível em: <https://url.gratis/ZFZpo2> Acessado em: 26 de jun. de 2021.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal. São Paulo: Atlas, 2004.
PAULA, FERREIRA, SILVA & OLIVEIRA, Mariana Chiarello de, Gessica Roberta,
Aline Ferreira, Tamires Caroline de, A História do Sistema Carcerário e as
Possíveis Causas da Crise Atual No Brasil, 2019.
Disponível em: <https://url.gratis/yEFzXH> Acessado em: 15 de set. de 2021.
REIS, Luís Fernando Scherma, O Direito Surgiu Antes da Escrita Law Came
Before off Writing, 2018.
Disponível em: <https://url.gratis/SPUb3T> Acessado em: 15 de jul. de 2021.
SUNDRÉ, Lu, Entenda o que foi o AI-5, ato ditatorial defendido por Eduardo
Bolsonaro, 2019.
Disponível em:<https://url.gratis/19QZRV> Acessado em:16 de set. de 2021.