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OrientacaoEstudoM2 FINAL
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MÓDULO 2
ASPECTOS AVALIATIVOS PARA ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS
Apresentação do módulo
1
Diário de bordo
2
Unidade 1
Autoavaliação
Cursista, vamos abordar a autoavaliação como tema central para desenvolver o auto-
conhecimento e compreender sua influência nas competências socioemocionais. A
seguir, conheça o conceito e os benefícios da autoavaliação.
Conceito
A autoavaliação é um procedimento recorrente no autoconhecimento. É uma ferramenta
que pode transformar seu jeito de pensar e agir e que, se acompanhada de um plano de
ação, pode orientar seus passos em direção aos seus objetivos.
Benefícios
• Desenvolvimento de inteligência emocional que pode apoiar a construção do seu Projeto
de Vida e seu plano de estudos.
• Desenvolvimento da autorregulação.
Todos esses benefícios tornam-se mais claros quando olhamos para a autoavaliação
como base para uma crítica construtiva e um desenvolvimento pessoal formativo.
3
Sob a perspectiva docente, uma avaliação assume, muitas vezes, a decisão de apre-
sentar dados que comprovem a promoção ou a retenção dos estudantes. Como ex-
plica Hoffmann (2009), inúmeros professores, pela sua história de vida e por várias
influências sofridas, enxergam a avaliação como uma obrigação a cumprir na sua pro-
fissão, que deve ser exercida da forma mais séria possível.
Hoffmann (2009) defende que a avaliação deve ser concebida como uma ação media-
dora na qual alguns princípios devem ser considerados, como:
oportunizar momentos de discussão para aqueles que foram avaliados e para quem
os avaliou;
4
Propósito da avaliação: Dar oportunidade para o professor rever a metodologia uti-
lizada em sua prática pedagógica e, para o estudante, uma oportunidade de refletir
sobre si mesmo e sobre a construção do seu aprendizado.
Para que os estudantes realizem sua autoavaliação, é necessário que, numa etapa
anterior, eles sejam avaliados pelo professor e, assim, possam refletir sobre as ex-
pectativas de aprendizagem que ainda não conseguiram atender. Para isso, existem
vários aspectos que precisam ser estudados ou reconhecidos. Vamos iniciar pelas
Inteligências múltiplas.
5
Unidade 1.1
6
Vamos praticar
Você sabe qual é o tipo de inteligência que você mais desenvolveu? Que tal descobrir
realizando o teste a seguir?
Responda com atenção às questões escolhendo apenas uma única alternativa para cada
uma e veja o resultado ao final do teste.
1. Que tipo de pergunta mais faço:
a) Onde?
b) Como?
c) Quem?
d) Para quê?
e) Por quê?
f) O quê?
g) Quando?
h) Se... isso?
2. Na minha casa:
a) Não fico parado.
b) Conserto as coisas.
c) Ajudo outros com as tarefas.
d) Fico em meu canto.
e) Falo sobre meu dia.
f) Organizo cada detalhe.
g) Sempre escuto música.
h) Cuido das minhas plantas/animais.
3. Durante meu tempo livre gosto de:
a) Dançar.
b) Fazer trabalhos manuais.
c) Sair com os amigos.
d) Meditar e refletir.
e) Ler um livro.
f) Passar o tempo com jogos de estratégia.
g) Ouvir música.
h) Passear no campo.
4. Que coisas você mais gosta de fazer:
a) Praticar esportes.
b) Dirigir.
c) Compartilhar atividades.
d) Refletir sobre meus sentimentos.
7
e) Debater ideias.
f) Ordenar coisas.
g) Cantar.
h) Estar na natureza.
5. Tenho mais propensão para:
a) Adquirir habilidades pela prática.
b) Analisar e descobrir formas e detalhes.
c) Ouvir e compartilhar ideias.
d) Elaborar teorias.
e) Discutir informações.
f) Obter e classificar informações.
g) Ler, ouvindo música.
h) Identificar plantas e animais.
6. Aprendo mais por meio de:
a) Demonstrações e experiências.
b) Atividades estruturadas passo a passo.
c) Discussão de casos.
d) Leitura de livros/textos.
e) Palestras formais.
f) Exercícios de análise de fatos, dados e números.
g) Histórias e música.
h) Análise da natureza.
7. Como as pessoas me definem:
a) Esportista.
b) Competente.
c) Perceptivo.
d) Analítico.
e) Teórico.
f) Lógico.
g) Artístico.
h) Ambientalista.
8. Quando estou no trabalho ou na escola prefiro:
a) Levantar e andar periodicamente.
b) Fazer algo funcionar.
c) Trabalhar com pessoas.
d) Trabalhar sozinho.
e) Conversar sobre ideias.
f) Analisar dados.
g) Analisar padrões sonoros em equipamentos.
h) Estar em contato com o meio ambiente.
8
9. O meu perfil é:
a) Ágil.
b) Detalhista.
c) Amigo.
d) Sensível.
e) Comunicativo.
f) Racional.
g) Musical.
h) Zeloso.
10. Tenho predisposição para:
a) Aprender novos esportes.
b) Executar tarefas delicadas.
c) Trabalhar em equipe.
d) Analisar meus sentimentos.
e) Contar histórias e fatos.
f) Construir e organizar planilhas.
g) Tocar instrumentos.
h) Observar criticamente a interação homem-natureza.
Verifique a quantidade de vezes que você escolheu cada alternativa. Depois, leia o
item correspondente à alternativa pela qual você optou mais vezes e confira qual in-
teligência múltipla é mais predominante em você.
São pessoas que compreendem o mundo visual com precisão, permitindo transformar, mo-
dificar e recriar experiências visuais.
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Se optou mais vezes pela alternativa c, sua inteligência predominante é:
São pessoas que conseguem organizar frases e textos de forma clara e objetiva.
São pessoas com facilidade para solucionar problemas matemáticos, da área da informática,
química ou física.
São pessoas que apresentam boa entonação de voz, ritmo, timbre e têm sensibilidade à música.
São pessoas que se descobrem como parte integrante do mundo animal e vegetal.
10
Gostou do seu resultado? Você se identificou com uma ou mais Inteligências Múltiplas?
O autoconhecimento é uma investigação sobre si mesmo para compreender o que se
passa conosco, sejam pensamentos, sentimentos ou mesmo anseios. É fazer de você
a sua própria bússola.
Ressaltamos que é comum a identificação com mais de um tipo de inteligência, pois
elas podem se desenvolver de forma concomitante e são influenciadas por fatores
genéticos e neurobiológicos e pelas condições socioambientais, representadas pela
sociedade, pela família e pela escola. Esta última é o espaço em que o professor pode
incentivar e mediar o processo de autopercepção do estudante, com o objetivo de
orientá-lo na construção de seu plano de estudos, bem como no seu Projeto de Vida.
O professor pode realizar esse teste com suas turmas, sistematizando as informa-
ções obtidas e compartilhando-as com os professores dos demais componentes e,
principalmente, com os tutores, para juntos apoiarem os estudantes em suas neces-
sidades específicas.
11
Unidade 1.2
12
Auditivo
São as pessoas que possuem facilidade de compreensão e/ou assimilação das informações
e conteúdos ao ouvi-los. O barulho costuma incomodar mais o estudante com esse perfil.
Visual
São as pessoas que possuem facilidade de compreensão e/ou assimilação das informações
e conteúdos ao visualizarem o material que estão estudando. São aqueles estudantes que
conseguem manter o olhar fixo em toda a aula e possuem dificuldade se não houver recurso
visual algum.
Cinestésico
São as pessoas que possuem facilidade de compreensão e/ou assimilação das informações
e conteúdos ao realizarem atividades mais práticas. São aqueles estudantes que costumam
ficar inquietos durante uma aula expositiva, pois não estão se movimentando.
Sabia que todos nós possuímos três canais de aprendizagem? No entanto, cada um
de nós aprende, de forma preponderante, por meio de um desses canais.
O seu canal de aprendizagem influencia diretamente na escolha da metodologia de
estudo. Com base nesse resultado, é possível traçar estratégias e técnicas de estudo
mais individualizadas e eficazes.
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envolvendo os aspectos físicos, cognitivos, socioemocionais e culturais. Desse modo,
tanto as escolas de tempo parcial como as que integram o Programa Ensino Integral
devem proporcionar a formação integral dos estudantes, por meio da organização do
currículo, dos tempos e espaços adequados para a consolidação de conhecimentos,
valores e hábitos.
Nas aulas de Orientação de Estudos são oferecidas atividades diferenciadas e autoava-
liações que podem auxiliar o estudante a aprimorar suas competências e habilidades
cognitivas e socioemocionais, a desenvolver sua autonomia e a formar jovens prota-
gonistas, que possam interagir de forma crítica nas mais diversas situações, tanto na
escola quanto na sociedade.
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ASPECTOS QUE PODEM SER OBSERVADOS NO PREPARO DA AVALIAÇÃO OU
AUTOAVALIAÇÃO
Participação do estudante
Na relação com os demais estudantes.
Disposição e empenho em contribuir nas atividades.
Interação e definição de papéis nos grupos.
Engajamento com o grupo.
Produção de materiais/atividades
Atendimento ao que foi proposto.
Coesão, coerência e clareza na produção das atividades.
Habilidade na utilização dos recursos tecnológicos.
Cumprimento do cronograma estabelecido entre professor e estudantes.
15
Fonte: SÃO PAULO, 2021, p. 33.
Macrocompetência Autogestão
Foco: Capacidade de se concentrar na atividade que se deseja realizar e evitar distrações,
mesmo em tarefas repetitivas.
Responsabilidade: Envolve tomar para si um combinado, assumindo os compromissos de
realizar as tarefas planejadas, mesmo diante de dificuldades. Significa prever as consequên-
cias de nossos atos em função do bem-estar coletivo.
Organização: Está relacionada a organizar o tempo e as atividades, bem como planejar eta-
pas necessárias para se atingir uma meta e gerenciar compromissos futuros.
Determinação: Define-se pelo quanto nos esforçamos para conseguir aquilo que quere-
mos. Pressupõe dar o melhor de si e desafiar-se para atingir um objetivo.
Persistência: Capacidade de superar obstáculos para completar tarefas e concluir combina-
dos, em vez de procrastinar ou desistir quando as situações ficam difíceis ou desconfortáveis.
Macrocompetência Abertura ao novo
Curiosidade para aprender: Mobilizar conhecimentos prévios é um bom passo inicial para
cultivar o interesse dos estudantes e estimular a curiosidade para aprender sobre algo. Para
isso, adote estratégias como sistematizar esses conhecimentos com a turma, valorizá-los,
identificar “lacunas” e explicitar quais serão os pontos de aprofundamento nos próximos
encontros, presenciais ou on-line.
Imaginação criativa: Estimular o pensamento divergente é uma forma de fomentar a ima-
ginação criativa, ou seja, promover a abertura para que diferentes ideias possam ser trazidas
pelos estudantes, sem pressa para se chegar a um resultado final. Abrir a possibilidade para
se explorarem diferentes caminhos é uma forma de se estimular a criatividade. A partir de
ideias variadas, é possível, depois, buscar o pensamento convergente, ou seja, construir o
que será criado como resultado final.
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Macrocompetência Amabilidade
Respeito: Consiste em tratar as pessoas com bondade, consideração, lealdade, tolerância e
justiça, da mesma forma como gostaríamos de ser tratados.
Confiança: Consiste em ter expectativas positivas sobre as pessoas e acreditar que elas têm
boas intenções em suas ações, assumindo o melhor sobre elas.
Macrocompetência Resiliência emocional
Autoconfiança: Refere-se a acreditar em si mesmo e seguir adiante, mesmo quando as coi-
sas parecem difíceis ou não indo tão bem. Quando nos valorizamos e nos sentimos realiza-
dos, somos capazes de pensar de forma mais realista ante os nossos desafios. Assim, acaba-
mos por ajudar a fazer as coisas acontecerem.
Macrocompetência Engajamento com os outros
Entusiasmo: Significa envolver-se ativamente com a vida e com outras pessoas de uma
forma positiva, alegre e afirmativa, isto é, ter empolgação e paixão pelas atividades diárias e
empregar energia para executá-las.
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Autogestão: Indica a capacidade de ser organizado, esforçado, ter objetivos claros e
saber como alcançá-los de maneira ética. Relaciona-se à habilidade de fazer escolhas
na vida profissional, pessoal ou social, estimulando a liberdade e a autonomia. Quem
é capaz de exercer mais a autogestão apresenta-se como alguém mais disciplinado,
perseverante, eficiente e orientado para suas metas.
Amabilidade: Indica o grau com que uma pessoa é capaz de agir baseada em princí-
pios e sentimentos de compaixão, justiça, acolhimento; o quanto consegue conectar-
-se com os sentimentos das pessoas e se colocar no lugar do outro.
Vamos praticar
Agora, que tal fazer uma atividade e aprofundar seus conhecimentos sobre as Macro-
competências Socioemocionais?
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1. Complete as lacunas corretamente conforme as Macrocompetências Socioemocio-
nais. Use uma destas opções: aberto a novas experiências; dialogar com as pessoas;
fazer escolhas na vida; regular suas emoções; sentimentos das pessoas.
a) Macrocompetência da Autogestão: Indica a capacidade de ser organizado, esfor-
çado, ter objetivos claros e saber como alcançá-los de maneira ética. Relaciona-
-se à habilidade de ______ profissional, pessoal ou social, estimulando a liberdade
e a autonomia. Quem é capaz de exercer mais a autogestão apresenta-se como
alguém mais disciplinado, perseverante, eficiente e orientado para suas metas.
(INSTITUTO AYRTON SENNA, 2020a)
19
Saiba mais
20
Unidade 1.3
Caro cursista, percebemos, até aqui, que o estudante poderá ser incentivado pelo seu pro-
fessor a realizar atividades que permitam desenvolver a habilidade de se autoavaliar.
21
sua rotina de estudo, como o seu horário de aulas, o tempo destinado ao estudo e à
checagem da aprendizagem, a revisão dos assuntos estudados, entre outros.
Veja, no Anexo 1, um modelo de plano de estudo que pode ser aplicado pelo professor
aos seus estudantes, lembrando que ele é uma sugestão e pode ser adaptado confor-
me a necessidade dos estudantes e a realidade da escola.
Sugerimos que, após o professor incentivar os estudantes a realizarem uma reflexão
sobre o plano de estudos e disponibilizar um período para que o preencham com o
máximo cuidado, ele também precisa proporcionar um momento para que o estu-
dante possa repensar sobre o que foi preenchido e perceber se todas as suas neces-
sidades educacionais foram atendidas. Para a reflexão, o professor poderá fazer um
checklist com os estudantes, solicitando que verifiquem se o plano de estudos con-
templa horários de estudo para todos os componentes curriculares e se há um perío-
do para a retomada de alguma habilidade não consolidada e momentos de leitura de
textos, livros ou notícias que os interessem.
Após uma semana, o professor poderá realizar, com os estudantes, uma autoavaliação
para refletir sobre as ações e as atividades realizadas, discutindo sobre a importância
do planejamento sobre as práticas diárias.
Vamos praticar
Cursista, anote em seu Diário de bordo as possíveis adequações que poderão ser incluí-
das nesse plano de estudo a partir da realidade da sua turma e da comunidade escolar
em que atua.
22
É importante que essa atividade seja adaptada, dependendo do ano/série em que
o estudante se encontra. Para os Anos Iniciais, por exemplo, o estudante poderá re-
conhecer os números e pintar os quadrados correspondentes às suas notas. Para os
Anos Finais e Ensino Médio, a atividade poderá ser adaptada, aumentando-se o nível
de dificuldade, solicitando ao estudante que realize todo o gráfico; para isso, a parce-
ria com os professores de Matemática será essencial para a construção das tabelas e
gráficos.
Outros recursos também podem e devem ser utilizados para a realização do mapa de
desempenho, como é o caso de plataformas de software, como o Excel, que gera um
gráfico após a criação de uma tabela, ou até mesmo uma folha quadriculada.
Durante a realização dessa atividade, o professor deve sempre ter em mente que o
mais importante é que o estudante seja incentivado a refletir sobre seu próprio de-
sempenho escolar, propondo suas próprias metas de melhoria dos resultados para
identificar as fragilidades em sua rotina de estudos.
Atenção
Quando nos referimos às metas de melhoria dos resultados que o estudante pode indicar
em seu mapa de desempenho, os professores devem orientar para que a escolha desse
valor seja possível de ser alcançado, pois, quando muito alto, poderá desestimulá-lo. Por
outro lado, metas pouco ambiciosas também podem gerar o mesmo sentimento.
Cursista, nas escolas do PEI, o Professor de Orientação de Estudos pode apoiar os tu-
tores em outra atividade muito importante, a de proporcionar aos estudantes uma
reflexão sobre a organização de suas rotinas de estudos em todos os componentes
curriculares, principalmente naqueles em que seu desempenho ficou abaixo das me-
tas estipuladas por eles mesmos.
Importante
Lembre-se de que o mais importante é que o jovem compreenda que sua nota bi-
mestral nos componentes curriculares é uma ferramenta que lhe permite identificar
suas potencialidades e fragilidades, refletir sobre suas práticas de estudos e rever suas
estratégias, se necessário.
23
Veja, no Anexo 3, uma atividade autoavaliativa que o Professor de Orientação de Es-
tudos poderá realizar com os estudantes. Essa atividade tem por finalidade levar o es-
tudante a refletir sobre suas práticas de estudo. Lembre-se de que a atividade é uma
sugestão e pode ser alterada ou adaptada conforme a necessidade e a realidade da
escola.
Essa atividade incentiva o estudante a refletir sobre suas ações e sobre o impacto que
causam em sua aprendizagem e, consequentemente, no seu desempenho.
Após a atividade, o Professor de Orientação de Estudos poderá analisar cada caso para
perceber se os estudantes conseguiram refletir sobre seu desempenho escolar ou se
precisam de alguma orientação. Analisando a atividade, também é possível notar se
algum estudante se cobra demais, o que pode causar problemas em sua rotina de
estudos e impactos negativos em seu desempenho.
24
Unidade 1.4
Motivação x Hábito
Diante desta questão, surgem várias palavras em nossa mente: motivação, impulso,
despertar, início. Todas nos remetem a um começo de tarefas que precisam ser reali-
zadas para alcançarmos determinado objetivo.
Qual pode ser, então, o impulso para que o estudante desenvolva o hábito do
estudo?
Ele depende da sua vontade e de motivação para isso. Dessa forma, pode o Profes-
sor de Orientação de Estudos proporcionar atividades de reflexão, tendo como foco a
criação de um novo hábito que envolva as vontades e a motivação dos estudantes. Ao
falar das vontades dos estudantes, nos referimos a rotinas agradáveis que já realizam.
25
Sendo assim, o jovem pode ser orientado a criar o novo hábito sempre seguido de
outro que ele já está acostumado a realizar como um reforço positivo. Vamos ilustrar
com um exemplo:
• Escolher uma ação que lhe dê prazer – acessar uma rede social ou jogo de
sua preferência (para que seja um reforço positivo que incentive o novo hábito).
Atenção
Cursista, agora você será convidado a refletir sobre a criação de um novo hábito em sua
vida pessoal e, assim, poderá replicar essa reflexão em suas turmas. Veja a atividade no
Anexo 4, para realizá-la.
Essa atividade foi pensada para que você conheça as etapas que podem ser seguidas
para o desenvolvimento de um novo hábito, que, como já vimos, não é definido e sus-
tentado apenas pela motivação.
Que tal tentar replicar essa atividade com os estudantes? Não esqueça de anotar suas
impressões e resultados em seu Diário de bordo.
26
Unidade 1.5
27
são ferramentas que podem levar a posicionamentos críticos e conscientes e a ações
bem-sucedidas na vida dos estudantes.
No entanto, apesar dos esforços no sentido de promover uma autoavaliação que pos-
sibilite ao estudante exercer seu protagonismo em face do seu próprio aprendizado e
desempenho escolar, em alguns casos o efeito positivo pode não acontecer.
Feedback
Equívoco
• Demorar muito para dar feedback após uma atividade, em geral, faz com que o estudan-
te esqueça as dificuldades que enfrentou.
Intervenção
• Procure dar respostas sobre as atividades que os estudantes realizaram o mais breve pos-
sível, pois as reflexões serão mais oportunas e a autoavaliação, mais eficaz.
Questionamentos
Equívoco
• Fazer questionamentos abrangentes demais que não levam o estudante a identificar
suas fragilidades com clareza.
Intervenção
• Encaminhe perguntas objetivas que levem o estudante a identificar o que está dificultan-
do o progresso de uma ação.
28
Avaliação
Equívoco
• Valorizar apenas o resultado em detrimento do processo de construção de conhecimen-
tos pode trazer perdas de detalhes importantes para uma autoavaliação consistente.
Intervenção
• É importante realizar reflexões ao longo do processo, intercalando-as com as atividades
avaliativas propostas. A elaboração de Portfólios ou Webfólios também traz a possibilidade
de compreensão do processo porque deixa registros que podem ser revistos e avaliados de
maneira periódica e concreta.
Dica
Para a criação dos Webfólios, o professor poderá criar uma pasta em uma nuvem com-
partilhada com os estudantes para que eles possam alimentá-la com fotos e/ou ativida-
des que acharem mais pertinentes para registro do percurso e das atividades avaliativas.
Para isso, pode ser utilizado o e-mail institucional da Microsoft ou do Google. É importan-
te lembrar que todos conseguem o acesso ao entrar na Secretaria Escolar Digital (SED).
Vamos praticar
Agora que refletimos sobre a Autoavaliação, propomos uma atividade para consolidar-
mos nosso entendimento sobre esse tema. Vamos lá!
29
2. Associe os itens de forma a indicar a solução mais adequada a cada equívoco
apresentado.
Soluções
B – Trazer retorno sobre as atividades o mais breve possível para que a autoavalia-
ção seja eficaz.
Equívocos
30
Unidade 2
Autoavaliação significativa
31
Então, não se deve economizar tempo nem diálogo para estabelecer, com riqueza de
detalhes, os resultados esperados das atividades e ações propostas. É muito impor-
tante que o professor invista esforços para:
Levar o estudante a compreender que sua nota é resultado de critérios estabelecidos e não
apenas um número que expressa a quantidade de conhecimentos que ele mobilizou em
uma única forma de avaliação.
Esclarecer que o conhecimento dos conceitos é importante, porém não será o único critério
para a avaliação de suas potencialidades. Assim, é necessário que, além de definir os objetos
do conhecimento a serem compreendidos pelos estudantes, deve-se também definir os
procedimentos a serem seguidos e as atitudes desejadas.
Ao interpretar seu Mapa de Desempenho, o estudante deve concluir que os critérios estabe-
lecidos para serem seguidos em relação aos procedimentos indicados e atitudes adequadas
foram tão ou mais importantes para sua avaliação quanto o conhecimento dos conceitos.
32
Unidade 2.1
33
E como estabelecer uma sintonia entre conhecimentos prévios e escolares,
auxiliando os estudantes a desenharem seus Projetos de Vida?
Um dos papéis da escola é envolver o estudante na trama das ciências e despertar sua
curiosidade por temas que venham ao encontro de seus objetivos. Dessa forma, o pro-
fessor de Orientação de Estudos deve trabalhar também para promover o levantamen-
to e a revisão dos conhecimentos prévios dos estudantes, por meio das seguintes ações:
Fazer do “erro” um ponto de partida para a construção dos saberes dos estudantes
para que identifiquem e reconheçam equívocos e/ou acertos em seus conhecimentos
prévios. Para tanto, é necessário aprender o conceito científico sobre os temas propos-
tos, a fim de reconstruir a linha de raciocínio que induzia a uma resposta prévia sobre
o tema abordado.
Atuar em parceria, pois todos os professores que ministram aulas, tanto dos compo-
nentes da Formação Geral Básica quanto da Parte Diversificada/Itinerário Formativo,
são corresponsáveis pela formação dos estudantes. Aliando a Orientação de Estudos à
Tutoria se estabelece uma rede de apoio aos demais professores, ampliando as possi-
bilidades de melhoria do desempenho dos estudantes.
34
Unidade 2.2
Vimos no Módulo 1 que um dos objetivos das aulas de Orientação de Estudos é “de-
senvolver e/ou aprimorar as habilidades de autoavaliação” e que uma das diretrizes
desse componente é “manter uma rotina de trocas que permitam avaliar o avanço ou
as dificuldades dos estudantes”.
Neste módulo, percebemos que um dos entraves que surgem no momento da ava-
liação é quando confrontamos os aspectos qualitativos com os quantitativos, ou seja,
muitas vezes o avaliador conhece o potencial do avaliado, mas o método que esco-
lheu para avaliar (quase sempre padronizado para um mesmo grupo de indivíduos)
pode não ter favorecido o avaliado.
Veja a imagem a seguir para compreendermos melhor esta situação.
35
Na educação, a rubrica é uma ferramenta de avaliação/autoavaliação personalizada e
utilizada para comunicar expectativas de qualidade baseadas em resultados, podendo
ou não ser utilizada para pontuação (aspecto quantitativo), o que facilita muito o traba-
lho do professor ou avaliador, proporcionando confiabilidade não apenas no resultado,
mas no processo como um todo.
36
Por que usar rubricas?
Aos professores
Redução no tempo de correção de tarefas, facilidade para explicar aos estudantes seus re-
sultados e o que podem fazer para melhorar.
37
As rubricas são compostas por linhas e colunas. As linhas são utilizadas para definir
os critérios para avaliar uma determinada tarefa; já as colunas definem os níveis de
desempenho para cada critério. Existem vários tipos de rubricas.
Para tornar nosso exemplo mais didático, vamos analisar uma rubrica analítica avalia-
tiva sobre trabalho de pesquisa escolar.
O primeiro passo é def inir qual é o objetivo da rubrica, ou seja, def inir o que se
quer avaliar. Em nosso exemplo de rubrica sobre trabalho de pesquisa escolar, o
objetivo é avaliar a qualidade do trabalho de pesquisa feito pelo estudante.
38
2o Passo – Determinar os critérios
Importante
Neste momento, você deve pensar quais conteúdos, habilidades ou atitudes você acre-
dita serem relevantes para o estudante desenvolver. São os elementos em que você
estará focado em avaliar.
Dica
Que tal envolver a turma em uma discussão sobre quais critérios consideram importan-
tes entre os objetos de conhecimento trabalhados nas aulas para o desenvolvimento da
habilidade ou competência pretendida? Essa é uma forma de fazê-los refletir sobre as
atividades trabalhadas.
39
3o Passo – Estabelecer os níveis de desempenho
Nesta etapa devemos escolher expressões (nomes) para cada um dos níveis de
desempenho. Vejamos nosso exemplo:
• Procure utilizar expressões incentivadoras, como quase lá, chegou lá, muito bom, su-
perou, pode melhorar.
Emoji: é uma palavra derivada da junção dos seguintes termos em japonês: e + moji.
Com origem no Japão, os emojis são ideogramas e smiles usados em mensagens eletrô-
nicas e páginas web, cujo uso está se popularizando para além do país.
40
Dica
Procure estabelecer de três a cinco níveis de desempenho, pois o uso de muitos níveis
pode trazer dificuldades à construção da rubrica.
Atenção
Esta é a etapa mais complexa da construção da rubrica. Busque descrever cada re-
sultado de forma clara e objetiva. Apesar de ser uma tarefa complexa, este trabalho
servirá tanto para a avaliação em si quanto também será a devolutiva (feedback) ao
estudante. Dessa forma, o estudante poderá refletir sobre seu desempenho e com-
preender o que se espera dele.
Dica
Opte por começar as descrições sempre pelo nível tido como o ideal, nunca pelo “exce-
lente”, e, a partir desse nível, definir os outros; isso facilitará seu trabalho.
41
Veja nosso exemplo:
Atenção
Procure manter uma distinção clara entre os níveis, de forma a evitar sobreposições;
caso contrário, poderá comprometer o resultado da avaliação.
42
3. Agora é com você, cursista! Leia a rubrica “Trabalho de pesquisa escolar”. Depois, as-
socie quais definições completariam corretamente os espaços de cada nível x critério.
Critérios avaliados
A – Apresentação
B – Organização
C – Elementos gráficos
D – Pontualidade
Níveis de desempenho
( ) Trabalho com capa, título da pesquisa, nome do(s) autor(es) e páginas unidas
com um clipe ou grampo. Trabalho com capa, identificação da escola, do(s) au-
tor(es), do local e ano, contracapa, páginas agrupadas e unidas com grampo, tri-
lho, colchetes ou similar de mesma função e sem amassados.
43
Cursista, vale lembrar que esse é um bom exercício para trabalhar com seus estudan-
tes para que possam compreender o significado e o objetivo da avaliação.
Importante
44
Encerramento do módulo
Chegamos ao final do Módulo 2! Esperamos que você possa ter aprofundado seus
conhecimentos sobre avaliação e autoavaliação, entendendo que são ferramentas es-
senciais para:
As aulas de Orientação de Estudos oferecem apoio aos estudantes na busca pelo au-
toconhecimento, a fim de desenvolver as competências cognitivas e socioemocionais
e contribuir para a formação de jovens protagonistas.
45
Referências Bibliográficas
46
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48
Gabaritos
1. c) Macrocompetência Amabilidade: Indica o grau com que uma pessoa é capaz de agir
baseada em princípios e sentimentos de compaixão, justiça, acolhimento; o quanto con-
segue conectar-se com os sentimentos das pessoas e se colocar no lugar do outro.
2. A sequência correta é: B; A; C.
49
3. A sequência correta é: C; B; D; A.
Comentários:
A rubrica completa é:
Imagens sobre avaliação e autoavaliação (p. 4, 16) desenhadas para o curso com base
nas fontes indicadas. Imagem sobre macrocompetências e competências socioemo-
cionais (p. 17): Instituto Ayrton Senna. Tirinha (p. 36) e imagens sobre rubricas avaliati-
vas (p. 38-43; 50) elaboradas para o curso. Demais imagens: Getty Images.
50
Anexo 1
Autoavaliação
Conseguiu cumprir tudo o que previu para a
Sim Não
semana?
Por qual motivo não cumpri
alguma tarefa?
51
Anexo 2
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
Língua Portuguesa
Língua Portuguesa
Educação Física
Educação Física
Língua Inglesa
Língua Inglesa
Matemática
Matemática
Geografia
Geografia
Ciências
Ciências
História
História
Arte
Arte
TOTAL DE FALTAS
52
Anexo 3
53
Anexo 4
v
PRIMEIRO QUADRANTE SEGUNDO QUADRANTE
Comportamentos que são DIFÍCEIS de Comportamentos que são DIFÍCEIS de
executar, mas possuem uma ALTA executar, mas possuem uma BAIXA
PROBABILIDADE DE EFEITO. PROBABILIDADE DE EFEITO.
Esta ação é fácil de realizar, terá seu realizar e terá um alto impacto no
livro, mas terá uma baixa seu novo hábito. Afinal, ler é uma
54
3. Agora é com você, com base na sua lista de comportamentos,
analise em quais quadrantes poderia encaixá-los.
v
PRIMEIRO QUADRANTE SEGUNDO QUADRANTE
v
QUARTO QUADRANTE TERCEIRO QUADRANTE
55