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FARMACOLOGIA

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FARMACOLOGIA

HISTÓRICO E EVOLUÇÃO
Farmacologia: do Grego, pharmakos, droga, e logos, estudo.
É a ciência que estuda como os medicamentos ou substâncias interagem com o
organismo, sendo capazes de promover alterações funcionais e estruturais.
Na antiguidade = doenças associadas a possessões divinas ou demoníacas, castigo dos
deuses, sendo tratadas e curadas com preparos de origem vegetal, mineral ou animal,
principalmente por plantas.

Paracelsus (1493-1541) - Idade Média disse que “toda substância tem potencial tóxico,
o que diferencia um medicamento de um veneno é a dose”. As substâncias podem
causar tanto efeitos benéficos quanto nocivos.

Século XIX, descoberta da química orgânica as primeiras drogas puderam ser


identificadas e isoladas, favorecendo a evolução para a farmacologia moderna.

Em 1805 – Sertüner - Primeira droga isolada foi a morfina que a extraiu do ópio.

Em 1847, Rudolf Buchheim fundou o primeiro Instituto de Farmacologia, na


Universidade de Dorpat, na Estônia, sendo, portanto, um dos pioneiros no
desenvolvimento da farmacologia como uma ciência.

Século XX: indústria farmacêutica revolucionou o mercado farmacêutico. A produção


em massa de substâncias sintéticas fez declinar o trabalho dos boticários.

Fleming (1928) – Penicilina - uma substância produzida por fungos com capacidade de
impedir o desenvolvimento de bactérias patogênicas.

Beyer (1950) - Sedativos, hipnóticos, analgésicos, servindo como protótipos para a


descoberta de uma infinidade de medicamentos hoje existentes na terapêutica.

A Farmacologia é reconhecida como ciência no final do século XIX – Alemanha.


As ervas já serviam para a manipulação de remédios há bastante tempo e as drogas de
origem vegetal predominaram no tratamento das doenças até a década de 1920
quando a indústria farmacêutica moderna iniciou o desenvolvimento produtos
químicos sintéticos.

A tecnologia avançou bastante e hoje temos a Biofarmácia (atua através da biologia


molecular, visando o estudo dos biofármacos, ou seja, medicamentos cujo princípio
ativo é obtido de microrganismos ou células modificadas geneticamente).

A disciplina Farmacologia consiste no estudo do mecanismo pelo qual os agentes


químicos afetam as funções dos sistemas biológicos.
Envolve o estudo da interação dos compostos químicos (drogas) com os organismos
vivos atuando, em maioria, através da influência das moléculas das drogas em
constituintes das células.

OBJETIVOS DA FARMACOLOGIA
Profilática: O medicamento tem ação preventiva contra doenças. Exemplo: As vacinas.

Terapêutica: O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia. Exemplo: Os


antibióticos.

Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença,


mas não promove a cura. Exemplo: Os anti-hipertensivos; os antitérmicos e
analgésicos.

Diagnóstica: O medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames radiográficos.


Exemplo: Os contrastes são medicamentos que, associado aos exames radiográficos,
auxiliam em diagnósticos de patologias.
A farmacologia é importante ferramenta para os profissionais de saúde, assim como
para aqueles que têm o contato direto ou indireto com os medicamentos.

Ao estudar os efeitos e mecanismos de ação das drogas, pode-se compreender não


somente como os fármacos atuam, mas também conhecer a fisiologia normal do
organismo.

Esse conhecimento permite empregar os medicamentos de forma mais objetiva,


melhorando o tratamento.

LEGISLAÇÃO NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS
O Código de Ética dos profissionais de Enfermagem traz aspectos que direcionam a
atuação frente à execução do preparo e da administração dos medicamentos, segundo
a resolução COFEN 311/2007.

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Descreve que a Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a
qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional da Enfermagem atua
na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em
consonância com os preceitos éticos e legais.
Seção I - Das relações com as pessoas, família e
coletividade.
DIREITOS
Artigo 10º - O profissional deve recusar-se a executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao
profissional, pessoa, família e coletividade.

RESPONSABILIDADE E DEVERES
Artigo 12º - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre
de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

Artigo 13º - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e
somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si
e para outrem.

Artigo 14º - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em


benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.

Artigo 21º - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de


imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de
saúde.

Artigo 25º - Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e


indispensáveis ao processo de cuidar.

PROIBIÇÕES
Artigo 30º - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-
se da possibilidade de riscos.

Artigo 31º - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos
previstos na legislação vigente e em situação de emergência.

Artigo 32º - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a


segurança da pessoa.

Seção II - Das relações com os trabalhadores de


enfermagem, saúde e outros.
DIREITOS
Artigo 37º - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não
constem a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situação de
urgência e emergência.

Parágrafo único: O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar


prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.

PROIBIÇÕES
Artigo 42º - Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como permitir
que suas ações sejam assinadas por outro profissional.

Seção III - Das relações com as organizações da categoria

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão. O profissional da equipe que
prepara e administra uma medicação deve conhecer a legislação que regulamenta o
exercício de sua profissão, as normas da instituição que trabalha, realizando a
medicação conforme a Prescrição Médica garantindo a segurança e bem-estar de sua
clientela.

NOÇÕES SOBRE FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES:
Farmacologia: Definida como a ciência que estuda a natureza e as propriedades dos
fármacos e principalmente a ação dos medicamentos.

Medicamento: É toda a substância que, introduzida no organismo humano, vai


preencher uma das seguintes finalidades:

• Preventiva ou Profilática: Quando evita o aparecimento de doenças ou reduz a


gravidade da mesma.
• Diagnóstica: Localiza a área afetada.
• Terapêutica: Quando é usada no tratamento da doença.
• Paliativa: Quando diminui os sinais e sintomas da doença, mas não promove a
cura.
Droga: É toda substância originada do reino animal e vegetal que poderá ser
transformada em medicamento.

Dose: É uma determinada quantidade de medicamento introduzida no organismo para


produzir efeito terapêutico e promover alterações ou modificações das funções do
organismo ou do metabolismo celular.

Fórmula farmacêutica: É o conjunto de substâncias que compõem a forma pela qual


os medicamentos são apresentados e possui os seguintes componentes:

• Princípio ativo (agente químico)

• Corretivo (sabor, corantes, açúcares)

• Veículo (dá volume, em forma de talco, pós).


Forma farmacêutica: É a maneira física pela qual o medicamento se apresenta. Ex:
Lasix comprimido, Ambroxol suspensão.

Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenças.

Prescrição medicamentosa: É o documento ou a principal fonte de informações. Nela


deve constar o nome do paciente, a data da prescrição, o registro e o nome do
medicamento, a dose, a frequência e horário da administração e a assinatura e
carimbo do profissional. Só poderá ser verbal em situação de emergência.

Princípio Ativo: É a substância que existe na composição do medicamento,


responsável por seu efeito terapêutico. Também pode ser chamado fármaco.

Medicamento Simples: Aqueles usados a partir de um único fármaco. Ex. Xarope de


Vitamina C.

Medicamento Composto: São aqueles preparados a partir de vários fármacos. Ex.:


Comprimido de Ácido Salicílico + Cafeína.

Medicamento de Uso Externo: São aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas


mucosas. Ex.: Cremes, Xampus.

Medicamentos de Uso Interno: São aqueles que se destinam à administração no


interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, ânus,
ouvidos, olhos etc.).

Medicamentos de Manipulação: São aqueles preparados na própria farmácia, de


acordo com normas e doses estabelecidas por formulários e com uma designação
uniforme.
Efeito Adverso ou Indesejado: Ação diferente do efeito planejado.

Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação


de outro fármaco.

Efeito Colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação do
fármaco.

Medicamentos Placebos: São substâncias ou preparações inativas, administradas para


satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar drogas.

Medicamentos Homeopáticos: São preparados a partir de substâncias naturais


provenientes dos reinos animal, vegetal e mineral, e não apenas plantas como muitos
acreditam.

Medicamento Fitoterápico: São medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais.


Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato,
tintura, óleo, cera, exsudato, suco e outros).

Medicamento de Referência ou de Marca: Os laboratórios farmacêuticos investem


anos em pesquisas para desenvolver medicamentos e por isso, possuem a
exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante um determinado período,
que pode chegar em até 20 anos.

Estes medicamentos são denominados de referência ou marca. Após a expiração da


patente, há a liberação para produção de medicamentos genéricos e similares.

Nome Fantasia ou Comercial: É aquele registrado e protegido internacionalmente e


que identifica um medicamento como produto de uma determinada indústria.
A expressão "nome de fantasia" nada tem a ver com as características químicas ou
farmacológicas dos medicamentos. São criados mais em função de uma identificação
comercial dos produtos.

Medicamento Genérico: Contém o mesmo fármaco (princípio ativo), dose e forma


farmacêutica, mesma via de administração e mesma indicação terapêutica do
medicamento de referência no país. É bem mais barato porque os fabricantes de
genéricos, ao produzirem medicamentos após ter terminado o período de proteção de
patente dos originais, não precisam investir em pesquisas e refazer os estudos clínicos
que dão cobertura aos efeitos colaterais, que são os custos inerentes à investigação e
descoberta de novos medicamentos, visto que estes estudos já foram realizados para a
aprovação do medicamento pela indústria que primeiramente obtinha a patente.
Na embalagem dos genéricos deve estar escrito "Medicamento Genérico" dentro de
uma tarja amarela. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é
o princípio ativo do medicamento.

Medicamento Similar: Cópia do medicamento de referência. Alguns itens, porém,


podem ser diferentes, como dose ou indicação de administração, tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo
sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Um medicamento referência
vendido somente sob a forma de comprimido pode possuir um similar na forma
líquida. Representados por meio de uma marca comercial própria, esses
medicamentos são uma opção ao medicamento de marca.

EXEMPLO:
Nome similar: Paracetamol
Nome químico: 4-hidroxiacetanilida, p-acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol
Nome de fantasia: Tylenol

ORIGEM DOS MEDICAMENTOS:


• Naturais: Extraídos de órgãos, glândulas, plantas ou peçonhas de animais. Ex:
Insulinas.
• Sintéticos: Preparados com o auxílio de matéria-prima natural, são resultados
exclusivamente do trabalho de laboratórios. Ex: alguns antibióticos.
• Semi-Sintéticos: Resultam de alterações produzidas em substâncias naturais,
com a finalidade de modificarem as características das ações por elas exercidas.

AÇÃO DOS MEDICAMENTOS:


Ação Local: Aquele que exerce seu efeito no local da aplicação, sem passar pela
corrente sanguínea (pomadas e colírios).

Tipos de ação local:


a) Anti-séptico: Impede o desenvolvimento de microrganismos. Ex: álcool iodado,
clorexedina.
b) Adstringente: Medicamento que contrai o tecido. Ex: loção para fechar os
poros.
c) Irritante: Medicamentos que irritam os tecidos.
d) Paliativo: Aplicado no local para alívio da dor.
e) Emoliente: Lubrifica e amolece o tecido.
f) Anestésico: Paralisa as terminações nervosas sensoriais.

AÇÃO GERAL OU SISTÊMICA:


A medicação é primeiramente absorvida, depois entra na corrente sanguínea para
atuar no local de ação desejado. Para produzir um efeito geral, é necessário que o
medicamento caia na corrente sanguínea, pois através dela o medicamento atinge o
órgão ou tecido sobre o qual tem ação específica.

Tipos de ação geral ou sistêmica


a) Estimulante: aumentam a atividade de um órgão ou tecido. Ex: Cafeína
estimula o SNC.
b) Depressor: diminuem as funções de um tecido ou órgão. Ex.: Morfina deprime
o SNC.
c) Cumulativo: medicamento cuja a eliminação é mais lenta do que sua absorção,
e a concentração do mesmo vai aumentando no organismo.
d) Anti-infeccioso: Capaz de destruir os microrganismos responsáveis por uma
infecção.
e) Antagônicos: Quando as duas ou mais substâncias administradas têm efeito
contrário.

Ação Remota: Ocorre em partes distantes do organismo. Uma droga pode estimular
um órgão que por sua vez estimula outro. (digitalina = coração = aumenta a circulação
= maior atividade diurética).

Ação Local Geral: Uma droga aplicada poderá produzir um efeito local, ser absorvida e
provocar um efeito geral. Ex: Epinefrina aplicada na mucosa nasal = estanca a
hemorragia = absorção da corrente circulatória = aumento da pressão arterial.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS:


São apresentados nas seguintes formas: sólido, líquido e gasoso.

Sólido:
a) Comprimidos: possuem consistência sólida e formato variável. São obtidos pela
compreensão em moldes da substância medicamentosa.
b) Pó: Deve ser tomado em colheradas ou é acondicionado em saches. (Fluimucil).
c) Drágeas: O princípio ativo está no núcleo da drágea, contendo revestimento
com goma-laca, açúcar e corante. São fabricados em drágeas os medicamentos
que não devem ser administrados em forma de comprimidos, por
apresentarem: sabor desagradável, exigem absorção no intestino,
medicamentos que atacam a mucosa e/ou que devem ser deglutidos com
facilidade.
d) Cápsulas: O medicamento está revestido por um invólucro de gelatina para
eliminar sabor desagradável, facilitar a deglutição e/ou facilitar a liberação do
medicamento na cavidade gástrica.
e) Pastilhas: É um preparado sólido, de forma circular com o princípio ativo unido
com açúcar e uma mucilagem para que a dissolução seja lenta na cavidade oral.
f) Enema, clister, enteroclisma, lavagem ou irrigação: Sua composição varia de
acordo com a indicação.
g) Supositórios: óvulos ou lápis - tem formato cônico ou oval, destina-se à
aplicação retal, pode ter ação local ou sistêmica.
h) Pomadas: Formas pastosas ou semi-sólidas constituídas de veículos oleosos, o
princípio ativo é o pó.
i) Cremes: São exclusivamente para uso tópicos, na epiderme (com ação
epidérmica, endodérmica), vaginais e retais.

LÍQUIDOS:
a) Soluções: mistura homogênea de líquidos ou de um líquido e um sólido.
b) Xarope: Solução que contém dois terços de açúcar.
c) Elixir: São preparações líquidas, hidroalcóolicas; açucaradas ou glicerinadas,
destinadas ao uso oral, contendo substâncias aromáticas e medicamentosas.
d) Emulsão: Preparação feita de dois líquidos, óleo e água.
e) Colírios: Soluções aquosas para uso na mucosa ocular.

GASOSOS:
a) Gás: Oxigênio.
b) Aerossol: Aerolin spray.

AÇÕES TERAPÊUTICAS MAIS COMUNS


Curativa ou específica: remove o agente causador da doença. Ex.: Antibiótico.
Paliativa ou Sintomática: alivia determinados sintomas de uma doença. Ex.:
Analgésicos.
Substitutiva: repõe substancias que se encontram ausentes. Ex.: Insulina.

DOSAGEM DOS MEDICAMENTOS


Dose: Quantidade de medicamento que deve ser administrado e posologia é a dose de
medicamento, por dia ou período, para obtenção de efeito terapêutico desejado.
As doses dos medicamentos podem ser classificadas em:
• Dose mínima: É a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir
efeito terapêutico.
• Dose máxima: É a dose maior capaz de produzir efeito terapêutico sem
apresentar efeitos indesejáveis.
• Dose de manutenção: Dose necessária para manter os níveis desejáveis de
medicamento na corrente sanguínea e nos tecidos durante o tratamento.
• Dose letal: É a quantidade de um medicamento capaz de produzir a morte do
indivíduo.

FATORES QUE MODIFICAM A DOSAGEM


• Idade;
• Sexo;
• Condições do paciente;
• Fatores psicológicos;
• Temperatura;
• Método de administração;
• Fatores genéticos;
• Peso corporal.

FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
FARMACOCINÉTICA: É o caminho que o medicamento faz no organismo.

FARMACODINÂMICA: É como a droga age no organismo.

FARMACOCINÉTICA
É o caminho que o medicamento faz no organismo. Não se trata do estudo do seu
mecanismo de ação mais sim as etapas que o medicamento sofre desde a
administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, bio-transformação e
excreção.

AS FASES DA FARMACOCINÉTICA

1 - Absorção
Absorção farmacológica:

A absorção é o primeiro dos processos farmacocinéticos, que ocorre após a


administração da droga no organismo. É definida como a passagem da droga do local
da sua aplicação até atingir a luz dos vasos sanguíneos ou linfáticos.
O local onde a droga é introduzida, que depende da via de administração escolhida,
influencia na velocidade e na extensão da absorção e, por consequência, nas suas
ações e efeitos.

Fármaco administrado via oral solubilizar no suco digestório estomacal ou


intestinal atravessa as membranas da mucosa endotélio vascular termina
o processo de absorção.

Para que esse processo ocorra, são gastos tempo e energia, e parte da droga pode ser
perdida no trajeto até a entrada no vaso sanguíneo ou linfático, interferindo
negativamente no processo de absorção.

FATORES QUE INTERFEREM NESSA ETAPA


• A via de administração da droga;
• O pH do meio;
• Forma farmacêutica;
• Patologias (úlceras por exemplo);
• Dose da droga a ser administrada;
• Concentração da droga na circulação sistêmica;
• Concentração da droga no local de ação.

LEMBRETE
• Droga de caráter ácido: Mais bem absorvida em meio ácido (estômago).
• Droga de caráter básico: Mais bem absorvida em meio básico (intestino).

Exemplo: O estomago tem pH ácido e drogas ácidas, como a aspirina são mais bem
absorvidas nesse ambiente, enquanto a codeína, de caráter básico, é mais bem
absorvida no intestino, uma vez que se trata de um meio básico.

DISTRIBUIÇÃO FARMACOLÓGICA
Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O
processamento da droga no organismo passa primeiramente nos órgãos de maior
vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos
de menos irrigação (tecido adiposo por exemplo).

É nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar.


BIO-TRANSFORMAÇÃO
Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a
posterior excreção. A Bio - transformação ocorre em duas fases:

• Fase 1: Etapas de oxidação, redução e hidrólise;


• Fase 2: Conjugação com o ácido glicurônico.

A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga é diferente da


fase 2, obrigatória a todas as drogas.

O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. Essa é a fase que prepara a
droga para a excreção.

EXCREÇÃO
Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio externo.
Fármacos hidrossolúveis, são filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos
renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em atravessar
membranas.

Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco. Os sítios de excreção denominam-


se emunctórios e, além do rim, incluem: pulmões, fezes, secreção biliar, suor, lágrimas,
saliva e leite materno.

FARMACODINÂMICA
É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações
bioquímicas ou fisiológicas no organismo.

A interação, a nível celular, entre um medicamento e certos componentes celulares –


proteínas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ação do fármaco. A resposta
decorrente dessa ação é o efeito do medicamento.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO


DE MEDICAMENTOS
➢ Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico a cada 24 horas;
➢ A prescrição deve ser prescrita e assinada. Em caso de emergência pode a
enfermagem atender a prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico
logo que possível;
➢ Todo medicamento administrado deve ser anotado no prontuário do paciente,
bem como observações sobre intolerância a droga, intoxicação medicamentosa
resultados obtidos;
➢ Só checar a medicação após sua administração;
➢ Fazer círculo em volta do horário no qual a medicação não foi administrada, ou
colocar F (de falta);
➢ Evitar conversas e distrações;
➢ Ter sempre a frente, enquanto prepara o medicamento a prescrição médica
contendo o nome do paciente, leito, nome do medicamento, dose prescrita, via
de administração, data de prescrição e horário de administração;
➢ Lavar as mãos;
➢ Ler o rotulo do medicamento, observar seu prazo de validade, cor, aspecto;
nunca administrar sem rótulo;
➢ Nunca administrar medicamento preparado por outra pessoa;
➢ Nunca administrar medicamento caso haja dúvidas, solicitar esclarecimento ao
enfermeiro;
➢ Orientar o cliente sobre o procedimento;
➢ Identificar o cliente antes de administrar o medicamento, solicitar que diga o
seu nome completo e certificando-se da exatidão do mesmo pelo prontuário;
➢ Nunca tocar a mão em comprimidos, cápsulas, etc.;
➢ Ter sempre o cuidado de limpar com uma gaze à boca do vidro de
medicamentos, antes de guarda-los;
➢ Certificar-se sobre as ordens de controle hídrico, dietas, jejuns suspenções de
medicamentos antes de prepara-los;
➢ Fazer rodizio nos locais de aplicação de medicação parenteral;
➢ Checar no prontuário;
➢ Organizar o material após utilizado, desprezando o contaminado;

OS 9 CERTOS DA ADMINISTRAÇÃO SEGURA DE


MEDICAMENTOS:
1º) Medicamento certo;
2º) Horário certo;
3º) Dose certa;
4º) Paciente certo;
5º) Via de administração certa;
6º) Documentação;
7º) Orientação certa;
8º) Forma certa
9º) Resposta certa.

A administração de medicamentos é muito mais que um simples serviço de entrega e


ato, trata-se de conhecimento, habilidade e técnica.
Para administrar a medicação com eficácia, necessita-se conhecer:

➢ A terminologia dos medicamentos;


➢ As vias de administração dos medicamentos
➢ E os efeitos que os medicamentos produzem depois que penetram no
organismo.

QUANTO A SALA DE PREPARO DE MEDICAMENTOS:


➢ Deve ser bem iluminada;
➢ Deve ter boa ventilação;
➢ As janelas devem ter telas de proteção contra insetos;
➢ Deve ter bancadas com gavetas, pia, lixo e coletores de materiais perfuro
cortantes;
➢ As bancadas devem ser limpas com água e sabão ou com álcool 70% a cada
turno ou sempre que se fizer necessário;
➢ O local deve ser tranquilo.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

VIA ORAL
Os medicamentos são absorvidos pela mucosa do trato gastrointestinal.

VANTAGENS
➢ Maior comodidade e economia;
➢ Estabelecimento de esquemas terapêuticos fáceis de serem cumpridos pelos
pacientes;
➢ É indolor;
➢ Maior segurança (absorção mais lenta);
➢ Possibilidade de tratamentos de maior duração.

DESVANTAGENS
➢ Apresentação de efeitos adversos (náuseas, vômitos e diarreias), pela irritação
da mucosa;
➢ Variações do grau de absorção;
➢ Necessidade da cooperação do paciente;
➢ Absorção irregular pela interferência dos alimentos. (A absorção começa na
boca e no estômago, mas ocorre principalmente no intestino delgado.);
➢ Inativação ou redução dos efeitos do fármaco por sucos ou enzimas digestórias
e hepáticas;
➢ Risco de autoadministração abusiva.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
➢ Lavar mãos antes e após o preparo e a administração dos medicamentos;
➢ Perguntar ao cliente o seu nome;
➢ Mostre segurança, atenção com as necessidades do cliente;
➢ Verifique se o cliente é alérgico ao medicamento;
➢ Explique o que será feito e solicite a sua colaboração;
➢ Cumpra os nove certos;
➢ Misture medicamentos de sabor desagradável com alimentos, desde que não
sejam incompatíveis;
➢ Observe o cliente para evitar aspiração;
➢ Manuseie o medicamento com técnica asséptica, não colocando a mão no
medicamento e não devolvendo ao frasco as sobras ou os medicamentos que
forem suspensos;
➢ Checar os medicamentos no prontuário, logo após a sua administração.

VIA SUBLINGUAL
Os medicamentos são absorvidos pela mucosa oral.

VANTAGENS
➢ Facilidade de aplicação;
➢ Absorção direta e ação rápida, em razão da abundância de vasos sanguíneos na
região e da pequena espessura da mucosa;
➢ Boa aceitação pelo paciente;
➢ Possibilidade de autoadministração;
➢ Evita o contato do fármaco com sucos ou enzimas digestórias e hepáticas;
➢ Baixo custo (relativo).

DESVANTAGENS
➢ Imprópria para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis.
(O medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através
da parede intestinal e pelo fígado);
➢ Risco de autoadministração abusiva.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
➢ Siga os nove certos;
➢ Peça para o cliente abrir a boca e coloque o medicamento sob a língua;
➢ Oriente o cliente para não engolir o medicamento;
➢ Não coloque a mão na medicação, utilize uma gaze para realizar o
procedimento;
➢ Oriente o cliente para não tomar água até que o medicamento esteja
totalmente dissolvido.

VIA CUTÂNEA
Consiste na aplicação de um medicamento sobre a pele do paciente.

VANTAGENS
➢ Fármacos administrados diretamente sobre a pele e a mucosa têm ação local
ou sistêmica, na dependência da fórmula farmacêutica;
➢ Conveniência e facilidade de aplicação;
➢ Boa aceitação pelo paciente;
➢ Possibilidade de autoadministração;
➢ Possibilidade de terapias com maior tempo de duração.

DESVANTAGENS
➢ Pele ou mucosa alterada por processos ou agentes diversos (químicos, físicos
ou biológicos) aumenta a absorção dos fármacos, podendo acarretar efeitos
indesejáveis.

CUIDADOS NA APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS TÓPICO


➢ Após abrir a pomada coloque a tampa virada para cima, dentro da bandeja;
➢ Despreze a primeira porção da pomada, antes de usá-la;
➢ Coloque a pomada sobre uma espátula sem contaminá-la;
➢ Nunca recoloque a espátula dentro do pote, se for necessário mais pomada
deixe uma espátula dentro do pote para ir retirando e colocando sobre gaze
estéril;
➢ Registre o procedimento e o aspecto da lesão.

VIA OTOLÓGICA (CANAL AUDITIVO)


consiste na introdução de medicamento em gota ou solução no canal auditivo.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA INSTILAÇÃO DE


MEDICAMENTOS NO OUVIDO.
➢ Não utilize soluções geladas são desconfortáveis e podem causar náuseas ou
tontura;
➢ O conta - gota não pode entrar em contato com o ouvido;
➢ O aquecimento pode ser dentro da mão ou em banho maria;
➢ Na presença de secreção, usar luvas de procedimento;
➢ Colocar o cliente sentado, com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado ou
posicioná-lo deitado de lado. Distenda o meato acústico externo da orelha do
cliente para facilitar que a medicação alcance o tímpano;
➢ No adulto, puxe suavemente para cima e para trás;
➢ Na criança, puxe para baixo e para trás;
➢ Instilar a quantidade de gotas prescritas sem contaminar o frasco do
medicamento;
➢ Solicitar ao paciente que permaneça em decúbito lateral por 2 a 3 minutos.

VIA OCULAR.
Consiste na aplicação de medicamento na conjuntiva ocular.

VANTAGENS
➢ Fármacos administrados diretamente sobre mucosa, com efeitos rápidos;
➢ Conveniência e facilidade de aplicação;
➢ Boa aceitação pelo paciente;
➢ Possibilidade de autoadministração;
➢ Indolor;
➢ Possibilidade de terapias de maior tempo de duração.

DESVANTAGENS
➢ Não é utilizada para obter absorção sistêmica.
➢ Riscos de irritação, contaminação ou ulceração da córnea.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA INSTILAÇÃO DE


MEDICAMENTOS NOS OLHOS.
➢ Paciente sentado, com a cabeça hiperestendida;
➢ Limpe os olhos com água boricada, soro fisiológico ou água destilada;
➢ Não encostar o frasco do colírio no olho do paciente;
➢ Pingar a gota sobre o fórnix do olho, não deixar a gota cair sobre a córnea para
não provocar sensação desagradável;
➢ Após a aplicação peça ao paciente para fechar os olhos e a seguir que os abra,
permitindo que o medicamento se espalhe no olho;
➢ Ofereça uma gaze para o paciente secar os olhos, sem esfregar;
➢ Fechar logo o frasco; não colocar colírios em geladeira, exceto se por
orientação do fabricante;
➢ Rotular o frasco ao ser aberto com data, hora e nome do responsável, porque
em média a validade é de 15 dias;

CUIDADOS NA APLICAÇÃO DE POMADAS NO OLHO


➢ Proceda a limpeza do olho;
➢ Afaste a pálpebra e introduza pequena quantidade no saco conjuntival, usando
a própria bisnaga da pomada;
➢ Não encostar o tubo da pomada no cliente;
➢ Peça ao cliente que feche as pálpebras e mova o globo ocular, permitindo que o
medicamento se espalhe;
➢ Limpe a abertura da bisnaga, com gaze limpa, feche e guarde;
➢ De preferência que seja de uso individual a pomada;

VIA RESPIRATÓRIA
Consiste na administração medicamentosa que se utiliza da mucosa bronco-pulmonar
como meio de absorção do medicamento.

VANTAGENS
➢ Efeito tópico ou sistêmico, pois a via inicia na mucosa nasal e vai até os alvéolos
pulmonares;
➢ Ação e efeitos rápidos, graças à vascularização no local;
➢ Conveniência e facilidade de aplicação;
➢ Boa aceitação pelo paciente;
➢ Possibilidade de autoadministração;
➢ Indolor;
➢ Possibilidade de terapias mais duradouras.

DESVANTAGENS
➢ Dificuldade da regulação da dose;
➢ Métodos de aplicação com certa complexidade e dificuldade para a
automedicação;
➢ Alguns fármacos gasosos e voláteis podem provocar irritação do epitélio
pulmonar.

VIA NASAL
Consiste em preparar e instilar um medicamento líquido na mucosa ou orifício nasal.

CUIDADOS NA INSTILAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO


NARIZ
➢ Coloque o cliente de preferência deitado com a cabeça bem inclinada para trás;
➢ Não encoste o conta-gotas no nariz do cliente;
➢ Segure o conta-gotas ligeiramente acima das narinas, para introduzir as gotas,
dirigindo sua extremidade para a parte média da concha superior do etmóide;
➢ Instrua o cliente a permanecer deitado de costas por alguns minutos, para que
o medicamento seja absorvido;

VIA RETAL
Consiste na introdução de medicamentos através do ânus, os medicamentos são
absorvidos pela mucosa retal.

VANTAGENS
➢ Administração de medicamentos a pacientes inconscientes ou com náuseas e
vômitos, particularmente em lactantes;
➢ Redução da bio-transformação do princípio ativo pelo fígado, por atingir
diretamente a circulação sistêmica.

DESVANTAGENS
➢ Absorção irregular e incompleta;
➢ Possibilidade de irritação da mucosa retal;
➢ A ocorrência de diarreia compromete a ação e o efeito do medicamento;
➢ Incômodo na aplicação.

CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


POR VIA RETAL
➢ Com o cliente em decúbito lateral esquerdo, com a perna superior fletida, insira
o supositório retal, segurando sua extremidade com gaze;
➢ Com auxílio de uma luva introduza o supositório logo além do esfincter anal,
evitando assim sua expulsão;
➢ Oriente o cliente para permanecer deitado por alguns minutos;

VIA PARENTERAL
A via parenteral consiste na administração de medicamentos através das seguintes
vias:
➢ Intradérmica – ID;
➢ Subcutânea – SC;
➢ Intramuscular – IM;
➢ Intravenosa – IV;
➢ Endovenosa – EV.

As vias parenterais, não utilizam o tubo digestivo, e compreendem as acessadas por


injeção.

CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL.
➢ Identificar os tipos e tamanhos de seringas (20ml, 10ml, 5ml, 3ml e 1ml);
➢ Cor do canhão e calibre ou tamanho das agulhas (rosa - 40x12, verde -
25X8;30X8;40X8 , preto - 25X7;30X7;40X7, roxo - 25X5,5 e marrom - 13X4,5);
➢ Exponha o cliente, somente a área necessária;
➢ Manuseio de todo o procedimento com técnica asséptica;
➢ Troque a agulha que foi aspirado o medicamento se o produto for irritante;
➢ Descarte o lixo em recipiente específico.
➢ Faça a anti-sepsia com álcool a 70% ou álcool iodado a 2%, aguarde por alguns
instantes para que o álcool não penetre junto da agulha, isto causará sensação
de ardor;
➢ Aspire sempre antes de injetar a medicação, certificando-se que não atingiu
vaso sanguíneo, caso isto ocorra, prepare nova medicação com novo material;
➢ Observe o cliente após a administração do medicamento;
➢ Anote no prontuário o procedimento realizado e as observações.
VIA INTRADÉRMICA

Consiste na introdução de medicamentos na derme, camada da pele situada entre a


epiderme e o tecido subcutâneo, por meio de punção.

VANTAGENS
➢ Fácil acesso;
➢ Uso de pequenos volumes (< 0,5 mL) para testes diagnósticos de alergia, prova
cutânea à tuberculina (PPD) e algumas vacinas (BCG);
➢ Usada principalmente para produzir efeito local.

DESVANTAGENS
➢ Dor e desconforto na aplicação.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS VIA INTRADÉRMICA.
➢ A solução deve ser introduzida entre a derme e a epiderme;
➢ Volume administrando no máximo 0,5 ml, sendo normalmente administrado
0,1ml;
➢ É utilizada para aplicação de BCG (aplicação ao nível da inserção inferior do
músculo deltoide). Demais aplicações, em adultos, o local mais apropriado é a
face anterior do antebraço;
➢ Seringa de 1ml e agulha para aplicação 13 x 4,5;
➢ Não realize a anti-sepsia, pois pode possibilitar reações falso positivas nos
testes e redução da atividade das vacinas administradas;
➢ Observe a formação de uma pápula, após a injeção total da solução, retire a
agulha e não faça massagem. Se apresentar sangramento no local, comprima
suavemente com uma bola de algodão seca.

VIA SUBCUTÂNEA

Consiste na aplicação na hipoderme ou tecido subcutâneo (tecido situado entre a pele


e o músculo), quando se deseja lenta e contínua absorção de medicamento, pois o
medicamento é absorvido lentamente para dentro dos capilares próximos.

Os medicamentos são absorvidos pelo endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

VANTAGENS
➢ Administração e absorção mais lenta e gradual do que por outras vias
parenterais diretas;
➢ Possibilita efeitos lentos e prolongados do fármaco;
➢ Pequena possibilidade de dano tecidual e de atingir vasos sanguíneos de maior
calibre e nervos.

DESVANTAGENS
➢ Facilidade de sensibilização dos pacientes;
➢ Dor e necrose por substâncias irritantes.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS VIA SUBCUTÂNEA.
➢ Volume a administrar nesta via 0,5 a 2,0 ml de líquido;
➢ Os locais mais comuns são a face externa da porção superior do braço, face
anterior da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea;
➢ Seringas de 1ml ou de 3ml;
➢ Anti-sepsia da região, utilizando uma bola de algodão com álcool;
➢ Não faça massagem no local, pois a massagem pode acelerar a absorção do
medicamento.
➢ Via preferencial para administração insulina, heparina e adrenalina (U/E);
➢ Agulha hipodérmica (13x4,5mm ou 13x3,8mm): ângulo de 90 graus;
➢ Indivíduos normais e magros usar a agulha hipodérmica;
➢ Agulhas mais longas como 25x5,5: ângulo de 45 graus.

VIA INTRAMUSCULAR

Administração direta do injetável na massa muscular. Esta via permite a administração


de medicamentos em soluções aquosa e oleosa.

Os medicamentos são absorvidos pelo endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

VANTAGENS

➢ Absorção rápida; - Administração em pacientes mesmo inconscientes; -


Adequada para volumes moderados, veículos aquosos, não aquosos e
suspensões.
DESVANTAGENS
➢ Dor;
➢ Aparecimento de lesões musculares pela aplicação de substâncias irritantes;
➢ Aparecimento de processos inflamatórios pela injeção de substâncias irritantes
ou mal absorvidas.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS VIA INTRAMUSCULAR.

VOLUME A SER ADMINISTRADO:

VIA ENDOVENOSA
Consiste em introduzir o medicamento diretamente na corrente sanguínea através da
veia. Por estas vias se administram na maioria das vezes preparações aquosas, em
menor caso as suspensões aquosas ou emulsões de óleo em água.

VANTAGENS
➢ Obtenção rápida dos efeitos;
➢ Administração de grandes volumes em infusões lentas;
➢ Aplicação de substâncias irritantes, diluídas;
➢ Possibilidade de controle de doses, para prevenção de efeitos tóxicos.
DESVANTAGENS
➢ Superdosagem relativa em injeções rápidas;
➢ Riscos de embolia, irritação do endotélio vascular, infecções por contaminações
bacterianas ou viróticas e reações anafiláticas;
➢ Impróprio para solventes oleosos e substâncias insolúveis.

GRUPOS FARMACOLÓGICOS
Os medicamentos agrupam-se de acordo com sua função no organismo, formando as
classes farmacológicas.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO CIRCULATÓRIO (FÁRMACOS QUE


AGEM NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA).

Digitálicos (Extraído das plantas Digitalis, strophantus e scilla), constituem um grupo de


fármacos usados no tratamento de doenças do coração (arritmias e insuficiência
cardíacas).

Insuficiência Cardíaca.

O coração não está fazendo o sangue circular em um fluxo satisfatório, levando a um


acúmulo de sangue nas veias, nas câmaras do coração e dos pulmões.

Ação: É o fortalecimento da musculatura do coração.


O resultado é o aumento a força de contração do coração.

Efeitos:

➢ Aumento do débito cardíaco;


➢ Redução da pressão venosa;
➢ Diurese;
➢ Redução do edema.

Reações Adversas:

➢ Anorexia e diarreia;
➢ Náuseas, vômitos e perturbações visuais;
➢ Confusão mental;
➢ Cefaléia, fadiga e tontura.

Quando estas reações ocorrem, a dose deve ser diminuída ou interrompida por alguns
dias. Uma dose letal de digitálico causa morte por parada cardíaca.
Especialidades Disponíveis:

➢ Cedilanide (Princípio ativo) – Amp 2ml;


➢ Digoxina e Lanoxin - cpr. de 25mg.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
➢ Observar a dose;
➢ Antes de administrar verificar o pulso;
➢ Quando EV aplicar lentamente;
➢ Observar efeitos tóxicos (anorexia, náuseas, cefaleia e confusão mental).

CATECOLAMINA (Derivado de aminoácido – CHON – Formam Proteínas).

DOBUTAMINA (DOBUTREX) é um medicamento estimulante do coração / aumenta a


força de contração deste melhorando o fluxo sanguíneo.
Uso injetável.
Indicado no tratamento insuficiência cardíaca.

Reações Adversas:

➢ Inflamação ou flebite no local da infusão;

Precauções:

➢ Monitoramento da pressão arterial.

ANTIARRÍTMICOS

Arritmia Cardíaca.

➢ Alterações na frequência e no ritmo cardíaco (irregular, acelerada ou muito


lento). Mau funcionamento do sistema elétrico do coração.

APRESENTAÇÕES:

➢ Quinidina (substância ativa);


➢ Procainamida;
➢ Verapamil;
➢ Amiodarona;
➢ (Ancoron);
➢ Lidocaina ou xilocaína (anestésico local);
➢ Propranolol (anti-hipertensivo).
QUAIS AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DESTES MEDICAMENTOS E AS REAÇÕES
ADVERSAS?

CUIDADOS

➢ Controle de pulso e PA antes e após administração da medicação;


➢ Observar reações colaterais e sinais de intoxicação.

ANTI-HIPERTENSIVOS
Atuam regulando a pressão arterial.

HIPERTENSÃO ARTERIAL.

Pressão alta ou pressão arterial elevada.


Condição em que a força do sangue contra a parede das artérias é muito grande.
PA >140 x 90.

➢ Losartana potássica ou Losartan – 50mg;


➢ Hidroclorotiazida (diurético)– 25mg;
➢ Clortalidona (diurético);
➢ Espironolactona – Aldactone (diurético) – 25mg ou 50mg;
➢ Clonidina (Atensina).
➢ Metildopa (Aldomet) – 250mg;
➢ CaptopriI – 25mg;
➢ Enalapril (Renitec) 2,5mg/5mg/10mg/20mg;
➢ Prazosin (Minipress) – 1mg;
➢ Nitroprussiato de sódio (potente vasodilatador – emergencia);
➢ Nifedipino (Adalat) – 10mg, 20mg;
➢ Propranolol 40mg.

QUAIS AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DESTES MEDICAMENTOS E AS REAÇÕES


ADVERSAS?

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

➢ Controlar a pressão arterial;


➢ Controlar o peso e diurese.

VASODILATADORES
Proporcionam melhor circulação do sangue nos tecidos, por meio de um aumento de
débito sanguíneo. Dilatação dos vasos sanguíneos.

Cinarizina (Stugeron): Também usado: tontura, zumbido no ouvido- vo – 25mg.

Reações: sonolência, náuseas e aumento peso.

Flunarizina: Também usado enxaqueca, vertigens - VO – 10mg. Reações: cefaléia,


insônia, astenia.

ANTIANGINOSOS
São fármacos usados no tratamento da angina pectoris, uma afecção dolorosa do peito
devido ao baixo abastecimento de oxigênio ao músculo cardíaco.

➢ Nifedipino;
➢ Verapamil;
➢ Propranolol;
➢ Isossorbida (Isordil) – 20mg.

VASOPRESSOR
É UM AGENTE QUE CAUSA AUMENTO DA PRESSÃO SANGUÍNEA.
(VASOCONSTRIÇÃO)

Dopamina (Revivan): indicado tratamento ICC e hipotensão aguda. Melhora debito


cardíaco e o fluxo do sangue. Via endovenosa (infusão continua).

Reações adversas: Dor no peito, dispneia, taquicardia.

Epinefrina (Adrenalina): indicado no tratamento PCR. Via subcutânea, endotraqueal e


endovenosa.

Reações adversas: Ansiedade, cefaleia, tontura, tremores, taquicardia.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA


RESPIRATÁRIO

Antitussígenos: Acalmam a tosse improdutiva, sem secreção, são também conhecidos


como sedativos da tosse.
➢ Opiáceos - Codeína (Belacodid);
➢ Não opiáceos - Clobutinol (Silomat);
➢ Fedrilato (Gotas Binelli);
➢ Dropropizina (Vibral).

Mucolíticos: Diminuem a aderência das secreções. Fluidificante das secreções.

➢ Acetil cisteína (Fluimucil);


➢ Bromexina (Bisolvon);
➢ Carbocisteína (Mucofan);
➢ Ambroxol (Mucolin, mucosolvan, sedavan).

EXPECTORANTES
Favorecem a tosse produtiva, ou seja, promovem a tosse para que as secreções sejam
eliminadas.

Promovem a irritação da via respiratória, fazendo com que as glândulas brônquicas


secretem muco.

➢ Cloreto de amônio;
➢ Guaifenesina – Transpulmin;
➢ Iodeto de potássio.

Broncodilatadores: Dilatam os brônquios, facilitando a saída do catarro e


consequentemente facilitando a respiração.

➢ Salbutamol (Aerolin)- Via oral, inalação;


➢ Brometo Ipratrópio (Atrovent) – inalação;
➢ Fenoterol (Berotec) – inalação;
➢ Aminofilina (Aminofilina) - VO e Injetável.

Expectorantes,mucoliticos e Broncodilatador

➢ Torante (Hedera helix)/ Abrilar – VO;


➢ Vick (Guaifenesina + Bromidrato De Dextrometorfano) – VO;
➢ Acebrofilina – VO.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO


GASTROINTESTINAL
Antiácidos: Neutralizar e remover a acidez gástrica e proteção da mucosa. Consistem
em sais de cálcio, magnésio e alumínio.

➢ Hidróxido de alumínio - pode provocar constipação intestinal;


➢ Hidróxido de magnésio (Leite de magnésia) - pode produzir ação purgativa;
➢ Maalox / Mylanta plus;
➢ Magnésia Bisurada pastilhas – VO;
➢ ENO, Estomazil, Sonrisal (sais de sódio) – VO.

Reações Adversas: Laxativo, constipação, flatulência (gase), eructação (arroto),


distensão abdominal.

Antieméticos: Fármacos para evitar a emese. Alívio dos sintomas como enjoo, náuseas
e ou vômitos. Agem aumentando a velocidade de esvaziamento gástrico.

➢ Dimenidrinato (Dramin);
➢ Metoclopramida (Plasil);
➢ Domperidona.

Reeducadores Intestinais: Ajudar intestino a processar melhor os alimentos.

➢ Senne em pó + Tamarindus (Tamarine);


➢ Plantago (Metamucil).

Laxantes ou Purgativos: Substância que provoca contrações intestinais, que levam o


indivíduo defecar.

➢ Hidróxido de magnésio;
➢ Óleo de rícino (Laxol);
➢ Óleo mineral (Nujol);
➢ Lacto purga;
➢ Dulcolax;
➢ Minilax;
➢ Naturetti;

Antidiarreicos: Diminuem ou controlam as diarreias.

➢ Elixir paregórico – VO;


➢ Difenoxilato (Lomotil) – VOvo;
➢ Loperamida (Imosec) – VO.

Absorventes e Protetores: Protegem a mucosa intestinal inflamada ou ulcerada, ao


recobri-la com uma camada aderente e absorvente.
➢ Carvão ativado;
➢ Carbonato de cálcio;
➢ Caulim;
➢ Pectina.

Antifisético – Antiflatulento: Altera a tensão superficial das bolhas de ar, é um agente


antiespumante.

➢ Simeticona (Luftal)

Bloqueadores da Secreção Gástrica: Reduzem assim a secreção de suco gástrico.

➢ Cimetidina (Tagamet): VO e injetável. Reações Adversas: cefaléia, tontura,


diarréias.
➢ Ranitidina (Antak): VO, injetável. Reações Adversas: Dor ou aperto no peito,
respiração ofegante.
➢ Omeprazol 10mg, 20mg: VO e injetável. Reações: Cefaléia, astenia, diarréia,
dor muscular.
➢ Pantoprazol 20mg e 40mg: VO e injetável. Reações: Cefaléia, boca seca,
insonia, diarréia, náuseas.

MEDICAMENTOS QUE A TUAM NO APARELHO


GENITURINÁRIO
Diuréticos: São substâncias que atuam estimulando a liberação e a saída de líquidos do
organismo, evitando o edema.

• Hidroclorotiazida;
• Clortalidona (Higroton) – VO – Reações: urticária, falta de ar, coceira;
• Furosemida (Lasix)- VO, injetável – Reações: desidratação, hipotensão;
• Espironolactona (Aldactone) – VO – Reações: náuseas, sonolência, tontura.

Ocitócitos: Provocam a contração uterina, para induzir o parto, inibir a hemorragia


pós-parto e pós-aborto, também provocando a involução do útero.

• Ocitocina (Syntocinon) – injetável, VO, Nasal – Reações: cefaléia, taquicardia,


nauseas, vômito;
• Ergometrina (Ergotrate) – VO e injetável – Reações: aumento PA, dor no peito.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NA NUTRIÇÃO


Vitaminas: As vitaminas atuam em vários processos metabólicos, e a quantidade
necessária ao organismo é praticamente toda fornecida pela alimentação. Casos
especiais, como gravidez e pós-cirurgia podem exigir um suplemento vitamínico oral
ou injetável.

Tiamina ou Vitamina B1 (Benerva): Essencial funcionamento Sistema Nervoso e no


metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Encontrada no gérmen de trigo,
levedo de cerveja, feijão e outras leguminosas, também na carne de porco. Carência
pode ocasionar BERIBERI (fraqueza, dor nos membros, perda de apetite, falta de ar,
pés e pernas inchados).

Riboflavina ou Vitamina B2: Atua metabolismo gorduras, açucares e proteínas.


Estimula produção de sangue. Importante para saúde dos olhos, pele, boca e cabelos.
Encontrada em cereais integrais, iogurte, fígado, leite, legumes, gema de ovo, carne e
espinafre. Carência: cansaço, feridas na boca, visão cansada, anemia, diminuição no
crescimento, inflamação na pele.

Piridoxina ou vitamina B6 (Adenina): Atua metabolismo proteínas e redução da


retenção de líquidos. Encontrada no fígado, cereais integrais, ervilha, leite, legumes,
gema de ovo, carne e peixe. Carência: tonturas, língua inchada, anemia, sistema imune
fraco, náuseas, confusão, irritabilidade e convulsões.

Cianocobalamina ou vitamina B12: Boa manutenção do sistema nervoso. Encontra-se


nas verduras, fígado, gorduras, leite e levedo de cerveja. Usada no tratamento de
anemias, afecções neurológicas, especialmente as dolorosas e estimula o apetite.
Carência: depressão, esquecimento, insônia, tonturas, irritabilidade, palidez, anemia,
fraqueza, inflamação da boca, problemas de visão, AVC, paralisia.

Ácido ascórbico ou vitamina C: Participa na formação matriz óssea e dentina. A


carência de vitamina C causa a escorbuto. Encontrada em frutas cítricas, tomate,
couve, agrião e caju. Carência: fadiga, cansaço, depressão, dores musculares,
infecções, anemia, escorbuto (hemorragias, alterações e sangramento das gengivas).

Retinol ou vitamina A (Arovit): Age na visão, reprodução e ossificação. Encontra-se no


leite, manteiga, queijo, fígado, gema, vegetais verdes, tomate, cenoura e batata doce.
Carência: cegueira noturna, cegueira permanente, anemia.

Ergocalciferol ou Vitamina D: Favorece a absorção do cálcio, sendo importante para


fortalecer ossos e dentes. Está presente no fígado de peixe, salmão, ostras, na gema e
na manteiga e luz solar. Carência: ossos finos, quebradiços ou deformados, retardo no
crescimento, atraso no nascimento dos dentes, fraqueza e dor nos ossos, dor nos
músculos.

Tocoferol ou vitamina E: Tem ação antioxidante (evitam ação dos radicais livres sobre
as células ocasionando envelhecimento das mesmas). Encontrado nos óleos de gérmen
de trigo, girassol, milho, soja, espinafre, brócolis, abacate, tomate e fígado de peixe.
Carência: anemia hemolítica: falta da quantia suficiente de glóbulos vermelhos.
Dificuldade engravidar e infertilidade.

Fitomenadiona ou Vitamina K (Kanakion): participa na coagulação do sangue, auxilia


saúde dos ossos (fixação cálcio). Existe nas folhas das plantas (couve-flor, brócolis,
repolho, alface, espinafre), abacate, ovo e óleos vegetais. É produzida no intestino.
Carência: sangramento intenso.

Ácido fólico ou folato: Participa na formação de hemoglobina (proteína existente nas


hemácias responsável pelo transporte oxigênio). Encontrado no fígado, levedo e
verduras. Deficiência: anemia, cansaço, fraqueza. Pele pálida, irritabilidade, diarreia,
tontura.

• Centrum;
• Levitan;
• Apetivan BC;
• Puravit;
• Nutrinfan.

ESTIMULANTE DE APETITE
• Cobavital
• Buclina
• Profol
• Apetil
• Complexo B
• Carnabol
• Postafen
• Forten

MEDICAMENTOS ANTI-ALÉRGICOS
Anti-histamínicos ou anti-alérgicos: Agem nas reações alérgicas causadas por agentes
extrínsecos, podem causar sonolência e alguns estimulam o apetite.

• Allegra.
• Desloratadina.
• Dexametasona.
• Diprospan.
• Loratadina.
• Maleato de Dexclorfeniramina.
• Polaramine.
Corticóides: São derivados de hormônios das glândulas supra-renais (cortisona,
hidrocortisona e ACTH), com propriedades anti-inflamatórias e antialérgicas potentes.
São drogas que devem ser usadas com muita cautela, pois podem provocar o acúmulo
de líquidos no organismo (rosto arredondado), podendo causar imunossupressão.

• Predinisona (Meticorten) – Oral


• Dexametasona (Decadron) - Oral, IM e EV
• Metilprednisolona (Solumedrol) – IM
• Hidrocortisona (Solu cortef) – EV

Atenção:

• Controle de peso. O aumento de peso = edema = retenção de sódio e água;


• Controle PA;
• Indicação de dieta hipossódica ou assódica;
• Controle hídrico (líquidos ingeridos e eliminados);
• Suspensão do medicamento deve ser feita gradativamente para evitar reações
inesperadas.

MEDICAMENTOS QUE A TUAM NO SISTEMA NERVOSO


Hipnóticos: Produzem torpor, facilitando a instalação e a manutenção do sono. São
também chamados de soníferos. Dependendo da dose utilizada, podem ter efeito
hipnótico, sedativo ou anestésico geral, alguns possuem ainda efeito
anticonvulsivante. Agem por depressão do Sistema Nervoso Central (SNC).

• Fenobarbital (Gardenal) – Via Oral, IM e EV;


• Midazolam (Dormonid) - Via Oral e IM.

Psicotrópicos: Substâncias capazes de atuar seletivamente sobre as células nervosas


que regulam os processos psíquicos do homem. Interferem nos processos mentais, por
exemplo: sedando, estimulando, ou alterando o humor, o pensamento e o
comportamento.

Dividem-se em:

Neurolépticos: Têm ação sobre a excitação e a agressividade, bem como sobre a


atividade delirante e alucinatória.

• Haloperidol (Haldol);
• Clorpromazina (Amplictil);
• Levomepromazina (Neozine).
Tranquilizante: Atuam na ansiedade e tensão, quando usados em baixas doses
facilitam o sono. Alguns apresentam atividade anticonvulsivas.

• Diazepam (Valium);
• Bromazepam (Lexotan);
• Lorazepam (Lorax).

Antidepressivos: Diminuem a depressão.

• Clomipramina (Anafranil);
• Imipramina (Tofranil);
• Amitriptilina (Tryptanol).

Anestésicos-Gerais: Agem por depressão do SNC.

• Fentanil (Fentanil);
• Enflurano (Etrane);
• Halotano (Halothane);
• Isoflurano (Fluothane).

Anestésicos-Locais: Atuam pelo bloqueio dos axônios dos nervos periféricos.

• Lidocaina (Xylocaina);
• Bupivacaina (Marcaina).

Anticonvulsivantes: Atuam prevenindo as convulsões.

• Fenitoína (Hidantal) - VO e VC;


• Carbamazepina (Tegretol) - VO;
• Oxazepina (Trileptal);
• Ácido valpróico (Depakene).

Antiparkinsonianos: São drogas usadas no controle doença de Parkinson.

• Levopoda + Carbidopa (Cronomet);


• Levodopa + Benserazida (Prolopa);
• Biperideno (Akineton);
• Triexifenidil (Artane).

ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS


NÃO ESTEROIDAIS – AINES
Analgésicos Não - Narcóticos e Antitérmicos: Atuam no bloqueio da síntese de
prostaglandinas, bloqueando assim o aparecimento da dor (cefaleia, mialgias e
artralgias).

Também possuem ação antitérmica, atuam no hipotálamo (termostato) regulando a


temperatura e estimulando a perda de calor do organismo.

• Ácido acetilsalicílico - AAS, Aspirina - Contra indicado: gastrite, úlceras – VO –


Efeitos Colaterais: dor epigástrica, náuseas, vômitos, ulceras;
• Acetaminofen – Paracetamol;
• Tylenol, Dôrico – VO – Geralmente bem tolerado;
• Dipirona - Novalgina, Magnopyrol - VO, Parenteral.

Analgésicos Narcóticos: Derivados do ópio. Atuam sobre receptores opióides a nível


de SNC. Utilizados nas dores severas (cólicas renais, biliares e câncer). Podem causar
dependência, euforia, depressão respiratória, hipotensão e bradicardia.

• Morfina (Dimorf)- VO, SC e IM. Atenção: depressão respiratória e hipotensão;


• Meperidina (Dolantina, dolosal) – SC, IM, EV.
• Codeina;
• Tramadol (Sylador, Tramal) - VO, Parenteral – Contra indicação: intoxicação
aguda álcool, hipnóticos.

Analgésico Composto

• Paracetamol + Fosfato de codeíma (PACO);


• Tramadol + Codeína.

Anti-inflamatórios Não Esteroidais – AINES: Inibem a produção de prostaglandinas, as


quais estão ligadas a reação inflamatória.

• Cetoprofeno (Profenid);
• Piroxicam (Feldene);
• Diclofenaco (Cataflam e Voltaren).

Antiespasmódicos - Não Associados:

• Hioscina – Buscopan – VO, IM, EV.

Antiespasmódicos - Associados:

• Buscopan composto (butilbrometo de escopolamina e dipirona sódica) – VO;


• Buscopan Duo (butilbrometo de escopolamina e paracetamol).
HORMÔNIOS
São substâncias produzidas por glândulas e que atuam sobre órgãos e tecidos, sendo
responsáveis pelo metabolismo, crescimento sexualidade, dentre outros.

Corticóides: São derivados de hormônios das glândulas supra-renais (corticosteróides -


cortisona, hidrocortisona e ACTH), com propriedades anti-inflamatórias e antialérgicas
potentes.

São drogas que devem ser usadas com muita cautela, pois podem provocar o acúmulo
de líquidos no organismo e imunossupressão. Indicado em reações inflamatórias,
asma, alergias, dentre outras.

Corticóides:

• Prednisona (Meticorten);
• Dexametasona (Decadron);
• Metilprednisolona. (Solumedrol)

Corticosteróides:

• Hidrocortisona (Solucortef).

Sexuais: Compreendem os androgênios, estrogênios e progestágenos.

Androgênios: Constituem os hormônios sexuais masculinos, sendo produzidos nos


testículos. São utilizados no tratamento paliativo do câncer mamário, da anemia
aplástica (insuficiente produção células sanguíneas – glóbulos vermelhos, branco e
plaquetas) e para aumentar o ganho ponderal nos pacientes cronicamente magros.

• Testosterona (Durateston) – IM;


• Oximetolona (Hemogenin) – VO;
• Nandrolona (Deca-durabolim) – IM.

Estrogênios: Produzidos nos ovários, são utilizados nos distúrbios da menopausa e nas
irregularidades menstruais.

• Estrogênios conjugados (Premarin);


• Estriol (Styptanon);
• Estradiol (Estraderm).
Progestágenos: Utilizados em alguns tipos de esterilidade, no tratamento de distúrbios
menstruais, amenorréia, dismenorréia, endometriose (crescimento tecido fora do
útero), adenoma de próstata e carcinoma de endométrio.

• Progesterona (Provera) – VO;


• Medroxíprogesterona (Depo provera) – IM;
• Noretisterona (Primolut Nor) – VO;
• Hidroxiprogesterona (Primolut Depot) – IM.

Hipotalâmicos: Regulam a secreção dos hormônios hipofisários.

• Gonadorelina (HRF) - Usado na infertilidade masculina e feminina;


• Ocitocina (Syntocinon) - Provoca contração uterina.

Hipofisiários: Necessários para o crescimento normal do organismo e seu perfeito


desenvolvimento sexual.

• Gonadotrofinas (FSH - hormônio folículo estimulante e LH - hormônio


luteinizante) – regula desenvolvimento, crescimento e maturação da
puberdade e reprodução;
• Bromocriptina (Parlodel) - inibe a produção de prolactina;
• Hormônio do crescimento - somatotrófico – GH.

Tireoidanos: Usados no tratamento do hipotireoidismo (pele seca, cansaço, bócio,


inchaço e ganho de peso), infertilidade, obesidade e neoplasias da tireóide.

• L - tiroxina (Puran T4) – VO.

Insulina: Hormônio produzido no pâncreas, e liberado na corrente circulatória sempre


que a concentração de glicose estiver elevada. A elevação da glicose no sangue indica a
presença de diabete.

Tipos de Insulina:

1. Quanto a origem: humana, bovina e suína;


2. Quanto ao tempo de ação: insulina regular ou simples; insulina lenta ou NPH;
insulina prolongada (Lantus).
3. Via administração: geralmente SC.
4. Armazenamento: Guardar geladeira (2 a 8 °C). Nunca deixar congelar!
TIPO AÇÃO INÍCIO DA AÇÃO DURAÇÃO/ EFEITO
Regular ou RÁPIDA 30 MIN 5A7H
Simples
NPH INTERMEDIÁRIA 1A3H 24 A 28H
Protamina- PROLONGADA 4 A 6H 36H
Zíncica

HIPOGLICEMIANTES OU ANTIDIABÉTICOS
Insulina

Antidiabéticos orais

Sulfonilureias: Estimulam a produção de insulina endógena, não atuam em pacientes


que não tem esta produção, como em casos de diabete juvenil.

Em pacientes com mais de 40 anos, só tem ação quando a doença está no começo.

• Clorpropamida (Diabinese);
• Glibenclamida (Daonil).

Biguanidas: Diminuem a absorção de glicose na mucosa interna e o organismo passa a


precisar menos de insulina, é indicada nos mesmos casos das sulfoniluréias.

• Fenformina (Debei);
• Cloridrato Metformina.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE O SANGUE


ANTICOAGULANTE: São substâncias que tem a capacidade de prevenir ou diminuir a
coagulação do sangue.

• Heparina (Liquemine). Substâncias anticoagulante. É inativa por via oral, sendo


por isso empregada por via parenteral.

Hemostáticos e coagulantes: São substâncias cujo efeito final é a interrupção da


hemorragia.

Hemostáticos: Interrompem a hemorragia estancando o sangue.

• Esponja de gelatina (Gelfoam, Surgicel, Hemospon – Gelatina absorvível).


Obtenção hemostasia. Indicado procedimentos cirúrgicos.
Coagulantes: Provocam a coagulação do sangue.

• Vitamina K (Kanakion) - Via SC ou IM.

ANTIANÊMICOS: A anemia é causada pela falta de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico.
O ferro é indispensável para a formação de hemoglobina.

• Sulfato ferroso - Gotas, comprimidos e injetável. A carência de vitamina B12 e


ácido fólico acarreta a mal formação das células do sangue. Reações: náuseas,
pirose, vômito, diarreia.

MEDICAMENTOS COLINÉRGICOS
Atuam estimulando a ação parassimpática (SNP - Sistema Nervoso Autônomo) -
estimulam o peristaltismo (contração musculares) e provocam miose (contração
pupila).

Neostigmina (Prostigmine) - Constipação, atonia intestinal - SC, IM, EV – Reações:


náuseas, vômitos, diarreia, cólica, miose.

Pilocarpina (Pilocarpina -colírio) – Glaucoma - Reações: irritação ocular, cefaleia.

MEDICAMENTOS ANTICOLINÉRGICOS
Atuam bloqueando a ação parassimpática (inibem a peristaltismo e provocam
midríase).

• Atropina (solução injetável e colírio);


• Escopolamina (Buscopan).

ANTIBIÓTICOS
São substâncias que em condições propícias, tem a propriedade de inibir ou destruir o
crescimento de micro-organismos patogênicos. Classificam-se em:

Bacteriostáticos: Atuam impedindo o CRESCIMENTO bacteriano. Tetraciclina,


Eritromicina, Lincomicina, Cloranfenicol, Sulfa.

Bactericida: Atuam provocando a MORTE da bactéria. Penicilina, Vancomicina,


Aminoglicosídeos (Gentamicina, Amicacina, Netilmicina, Neornicina), Cefalosporinas -
(Cefalexina, Cefaclor, Cefalotina, Ceftriaxona, Ceftazidima, etc).
Penicilinas (Fleming 1928).

São bactericidas e podem ser administradas: VO, IM e EV. Por via oral são facilmente
destruídas pelo suco gástrico. Tem como principal efeito colateral a hipersensibilidade.
Indicações: infecções ouvido, garganta, urina, pneumonia, sinusite, meningite, etc.

As penicilinas se dividem em:

Naturais ou Benzilpenicilinas:

• Penicilina Cristalina – EV;


• Penicilina G Procaína – IM;
• Penicilina G Benzatina (Benzetacil) – IM;
• Penicilina V – VO.

ATENÇÃO:

Penicilina G Benzatina (Benzetacil): Antibiótico largamente utilizado nos casos de


sífilis.
Contra indicado: Sensibilidade a droga.
Via administração: Exclusivamente IM profunda.
Reações adversas: Dor local aplicação, erupções cutâneas, urticárias.
Apresentação: Frasco ampola de 600.000 UI e de 1200.000 UI.

Semi-Sintéticas: Ampicilina / Oxacilina inj. / Amoxicilina (Amoxil, Clavulin).

AMPICILINA: Ação bactericida.


Via administração: Oral, IM e EV;
Reações adversas: Diarreia, vômito, urticária, exantema.

AMOXICILINA: Ação bactericida. VO.


Reações adversas: Diarreia e exantema.

CEFALOSPORINAS: São agentes bactericidas, possuem amplo espectro (ampla


cobertura antimicrobiana), tem pouco efeito colateral. Indicações: infecções
bacterianas (epticemia, pneumonia, ITU, Sinusite). Classificam-se de acordo com seu
desenvolvimento tecnológico:

1ª Geração (Disponível 1978): Ação antimicrobiana mais estreito.

• Cefalotina (Keflin): Indicação: Endocardite, infecções de pele, ossos, urinária,


pulmonar. EV. Reações: distúrbios gastrointestinais e alergias;
• Cefalexina (Keflex): Indicação: ITU, otite. Via Oral. Reações: náuseas, vômitos,
diarréia, dor abdominal.
2ª Geração: Tem espectro maior de ação que a anterior.

• Cefoxitina – Indicações: infecções abdominais, ginecológicas, septicemias - EV –


Reações: flebite, alergias, hipotensão, diarreia.
• Cefuroxima (Zinacef) – Indicações: infecções urinárias, respiratórias, pele,
ouvido - IM- Reações: dor local aplicação.

3ª Geração

• Ceftriaxona – Indicações: infecções urinárias, respiratórias, ouvido – IM, EV.


Reações: distúrbios gastrointestinais.
4ª Geração

• Cefepima – Indicações: pneumonias, ITU, meningites, infecções hospitalares


graves- IM, EV – Reações: alergia local aplicação, urticária pele ou diarreia.

Macrolideos: Antibiótico cuja ação pode ser bactericida ou bacteriostática.


Indicações: amigdalite, faringite, piodermite, septicemia,otite, pneumonia.

• Eritromicina - VO e Tópico – Efeitos adversos: diarréias, nauseas, desconforto


abdominal;
• Espiramicina - VO – Efeitos: dor abdominal, nausea, vômito, diarréia;
• Azitromicina (Astro) – VO - Efeitos: nauseas, vômito, azia, diarréia.

Tetraciclinas: Antibióticos cuja ação é bactericida. Indicações: ITU, otite, faringite,


conjuntivite, pneumonia, sífilis.

Tetraciclina – VO – reações alérgicas, náuseas, vômitos e diarreia.

Doxiciclina – VO – reações alérgicas, anemia.

Cloranfenicol: Antibiótico bacteriostático.


Indicação: Meningites, septicemias, otites, pneumonias.
Via de Administração: VO, injetável, cremes e pomadas.
Reações: náuseas, diarreia, vomito, reações alérgicas.

Aminoglicosídeos: Antibiótico bactericidas. Não são absorvidos por via oral e podem
ser nefrotóxicos e ototóxicos.

• Gentamicina (Garamicina): indicado meningite, otite, infecções cutâneas. EV ou


IM.

Tobramicina - Indicação: conjuntivites. Uso Tópico (gts). Exclusivo uso oftálmico.


Amicacina (Novamin) - Indicações: meningites, pneumonia, septicemia, infecções pele.
Via IM e Infusão venosa.

Sulfato de neomicina (Nebacetin): Indicações infecções de pele. VO, tópicas.

Lincomicina (Frademicina): Indicações - Pneumonias, infecções pélvicas, obstétricas e


septicemias. Via IM e infusão venosa. Efeitos: enjoo, vômito, dor abdominal.

Clindamicina: Antibiótico bacteriostático. VO e EV, Tópico, Vaginal. Indicações:


amigdalite, faringite, otite, bronquite, pneumonia. Efeitos:diarréia, dor abdominal.

Rifampicina: Antibiotico bactericida. Indicação: Tuberculose. Via Oral. Reações:


anemia, cefaléia, tontura, nausea e vômito.

Vancomicina: Indicações: septicemias, infecções ossos, trato respiratório, pele. Via


oral e EV. Reações: dor local aplicação, hipotensão, urticarias, falta de ar.

SULFAMIDICOS: Antibacterianos de ampla aplicação, podem causar reações alérgicas


graves, além de náuseas, vômitos e tonturas.

Indicações: bronquite, pneumonia, otite, ITU, infecções genitais, diarreias, infecções


pele.

• Sulfametoxazol + Trimetropina (Bactrin): VO;


• Sulfadiazina: VO. Reações: náuseas, vômito, diarreia, anorexia, cefaleia, insônia.

ANTIVIRAIS
São drogas úteis na profilaxia de vírus, utilizados nas infecções virais (herpes,
meningites) e no controle do vírus da AIDS.

Aciclovir – Indicação: herpes. VO e tópico. Reações: cefaleia, tonteira, náuseas,


vômito, diarreia.

Lamivudina – Indicação: HIV. Via Oral. Reações: cefaleia, náuseas, vômito, dor
abdominal, fadigam febre, mal-estar, anemia.

Zidovudina (AZT) – Indicação: HIV. Via Oral e EV - Reações: anemia, astenia, cansaço,
constipação, diarreia, cefaleia, perda apetite.

ANTIFÚNGICOS ou ANTIMICÓTICO
É uma medicação fungicida (mata fungo) ou fungistática (inibe crescimento) utilizada
para tratar e prevenir micoses, candidíase, infecções sistêmicas como a meningite
(Cryptococcus spp).

Anfotericina B – É fungicida. Indicações: Candidiase (oral, vaginal), criptococose


(micose pode afetar pele, olhos, trato urinário) – Via infusão intravenosa e tópico.
Reações: nefrotóxico.

Nistatina (Micostatin): Ação fungistática e fungicida. Indicação: Candidiase (Candida


albicans) trato digestivo e vaginal. Via Oral e Via Vaginal. Reações: Diarreias, náuseas,
vômito.

Griseofulvina: Ação fungistática. Indicações: infecções pele (tinhas/pitiríase–


impingem/pano branco), pés (frieira, pé de atleta) e unhas (onicomicoses). Via oral.
Reações: urticaria, cefaleia, desconforto gástrico.

Cetoconazol: É fungicida e fungistático. Indicações: Micoses de pele, candidíase oral,


vaginal, dermatite seborreica. Vias: oral e tópica. Reações: Vômito, náuseas, dor
abdominal, cefaleia, irritação local, queda de cabelo, coceira.

Fluconazol – Indicação: Ação fungicida. Candidiase vaginal, dermatomicoses. Via Oral,


tópico e EV. Reações: cefaleia, dor abdominal, diarreia, náuseas, vômito.

Itraconazol – Ação fungicida. Indicações: Candidiase vulvovaginal, Dermatomicoses,


Onicomicoses. Via oral. Reações: cefaleia, náusea, dor abdominal.

Flucitosina - Ação fungicida e fungistática. Indicação: candidíase sistêmica grave,


pneumonia por Cryptococcus. Via oral. Reações: anemia, diarreia, falta de apetite, dor
abdominal, vômito, cefaleia.

ANTIPARASITÁRIOS
São drogas que atuam sobre as parasitoses, provocando sua expulsão ou morte sem
lesar de forma grave o hospedeiro.

Antiprotozoários: Cloroquina – plasmodium - Indicação: malária. Função: destruir


plasmodiumno sangue. Via oral e IM. Reações: hipotensão, arritmias, convulsões,
cefaleia, irritação trato gastrointestinal.

Metronidazol (Flagyl) – Indicação: giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites.


Reações: formigamento, tontura, convulsões. Via oral, tópico, EV.
Tinidazol – Giardíase, amebíase e tricomoníase. Via oral. Reações: diminuição
leucócitos, diminuição apetite, cefaléia., vertigem, vômito, diarreia, náuseas e dor
abdominal.

Anti-helmínticos ou vermicidas ou vermífugos – Piperazina (Xarope de piperazina) –


Ação: paralisa o parasita facilitando a saída ainda vivo pelas fezes – Indicação
ascaridíase (lombriga) e oxiúros (tuxina). Efeitos: falta apetite, náuseas, vômito. Via
oral.

Levamisol (Ascaridil) – Indicação: Ascaradíase. Via oral. Reações: dor abdominal,


diarreia, náusea e vômito, erupção cutânea.

Mebendazol (Pantelmin) – Ação: mata ovos e verme. Indicação: ascaridíase, teníase,


oxiurose, tricuríase. Via Oral. Reações: desconforto abdominal, diarreia, flatulência e
erupção cutânea.

Tiabendazol (Helmiben, foldan) – Ação: morte do parasito. Indicações: verminoses


intestinais. Via oral e tópico. Reações: náuseas, vômito, diarreia, falta de apetite, boca
seca, vertigem, sonolência.

Obs: usado nos casos de escabiose (micose).

Praziquantel – Teníase (ingestão carne bovina ou suína mal cozida com ovos do
parasita, esquistossomose (barriga d’água), cisticercose (ingestão fezes humanas
infectadas com tênia). Via Oral. Reações: sonolência, tontura, cefaléia, mal-estar,
náuseas, vômito, dor epigastrica, urticária.

Albendazol – Ação: mata ovos e verme. Indicação: ascaridíase, teníase, oxiurose,


tricuríase. Via Oral. Reações: desconforto abdominal, diarreia, flatulência e erupção
cutânea.

Annita = Nitazoxanida

INDICAÇÕES:

• gastroenterites virais provocadas por rotavírus;


• Anti-helmínticos; amebíase; giardíase.

VIA ADMINISTRAÇÃO: VIA ORAL

REAÇÕES ADVERSAS – Reações comuns: Dor abdominal do tipo cólica, diarreia,


náusea, vômito e dor de cabeça.
Ivermectina - Fármaco usado no tratamento de vários tipos de infestações por
parasitas: piolhos, sarna, oncocercose, estrongiloidíase, tricuríase, ascaridíase.
Pode ser administrada por via oral ou aplicada na pele.

SOLUÇÕES ENDOVENOSAS
Solução É uma mistura homogênea composta de duas partes distintas, que são:

• Soluto - é a substância a ser dissolvida. Ex.: cloreto de sódio;


• Solvente - é o liquido no qual o soluto será dissolvido. Ex.: água

Expressão das drogas em solução, a quantidade de soluto contida em uma solução


pode ser indicada diretamente ou vir expressa em proporção, porcentagem, p.p.m. e
mEq.

a. Diretamente: é expressa a quantidade do soluto em relação a um determinado


volume de solvente. Ex: Cloranfenicol susp. 150mg/5ml.
b. Porcentagem: expressa a quantidade de grama do soluto contida em 100ml do
solvente. Ex: 10% de Cloreto de Potássio -10g de Kcl em cada 100ml.
c. Proporção: Expressa as partes do soluto (g) em relação as partes de solvente
(ml). Ex: Perm. K 1:10.000 ou seja, 1g de KMn para 10.000 ml de água.
d. P.P.m: quer dizer (partes de soluto por um milhão) de partes de solvente. Ex:
Hipoclorito de sódio 10.000 ppm - 10.000g em 1.000.000 de ml de água.
e. Miliequivalente – mEq: expressam as quantidades de eletrólitos a serem
administrados. Não se usa unidades de peso (g, mg) porque a atividade elétrica
dos íons deve ser expressa por mEq. Ex. Cloreto de sódio 20% = 3,4 mEq/ml.

SOLUÇÕES PARENTERAIS DE GRANDE VOLUME

• Glicose em Solução Isotônica de Cloreto de Sódio (Glico-fisiológico) -


Indicações: desidratações, especialmente quando há perda de energia.
Apresentação: frasco de 250, 500 e 1000 ml. Composição: glicose 5g, cloreto
de sódio 0,9 g, água para injeção 100ml.
• Cloreto de Potássio a 10% - Indicações: hipocalemia (quantidade baixa de
potássio presente na corrente sanguínea). Apresentação: ampola 10 ml.
Composição: 10 ml.
• Solução de Glicose a 5% - Indicação: suprimento de calorias, toxicose,
hipoglicemia, choque, diarreia infantil. Apresentação: frasco 250, 500 e 1000
ml. Composição: glicose 5g, água para injeção 100ml.
• Solução de Glicose a 10% - Indicação: suprimento de calorias, toxicose,
hipoglicemia, choque, diarreia infantil. Apresentação: frasco 250, 500 e 1000
ml. Composição: glicose 10g, água para injeção 100ml.
• Solução de Glicose 25% - Indicação: perdas hídricas, pós-operatório, vômitos,
queimaduras, edemas, intoxicações. Apresentação: ampola 10 e 20 ml.
Composição: glicose 25g, água para injeção 100ml.
• Solução de Glicose a 50% - Indicação: perdas hídricas, pós-operatório, vômitos,
queimaduras, edemas, intoxicações. Apresentação: ampola 10 e 20 ml.
Composição: glicose 50g, água para injeção 100 ml.
• Solução de Cloreto de Sódio 0,9%. Indicações: acidose metabólica,
hiperidratação, anemia, veículo para medicamentos. Apresentação: frasco 250,
500 e 1000 ml. Composição: cloreto de sódio 0,9g, água para injeção 1000 ml.
• Solução de Ringer Simples - Indicação: desidratação, vômitos, desequilíbrio
eletrolítico, toxicose. Apresentação: frasco 250 e 500 ml. Composição: cloreto
de sódio 0,860g, cloreto de potássio 0,03g, cloreto de cálcio 0,033g, água para
injeção 100ml.
• Solução de Ringer com Lactato de Sódio - Indicação: correção de eletrólitos,
queimaduras, desidratação, nefrites, vômitos, pós--operatório, toxicose.
Apresentação: frasco 250, 500 e 1000 ml. Composição: cloreto de sódio 0,6g,
cloreto de potássio 0,03g, cloreto de cálcio 0,02g, lactato de sódio 0,3g, água
para injeção 100ml.
• Solução de Manitol - Indicação: edema cerebral, insuficiência renal, ascite,
neurocirurgia. Apresentação: frasco de 250 ml. Composição: manitol 20 g, água
para injeção 100ml.
• Solução de Bicarbonato de Sódio 8,4% - Indicação: acidose metabólica,
insuficiência renal aguda, choque, intoxicação por barbitúricos, inseticidas.
Apresentação: ampola de 20 ml. Composição: bicarbonato de sódio 8,4g, água
para injeção 100ml.
• Solução de Cloreto de Sódio 20% - Indicação: hiponatremia (NÍVEL BAIXO DE
SÓDIO), hipercloremia (Nível alto de cloro no sangue). Apresentação: ampola
20 ml. Composição: cloreto de sódio 20g, água para injeção 100ml.

CALCULO DE MEDICAÇÕES
Método pelo qual se calcula a quantidade de medicação a ser administrado.

OPERAÇÕES MATEMATICAS

1. ADIÇÃO:

EX: 248 460 20


+4 +380 + 12
2. SUBTRAÇÃO

EX: 212 460 20


-2 -380 -12

3. MULTIPLICAÇÃO

EX: 2 12 24
x2 x3 x13

4. DIVISÃO

EX.
14/7 =
120/2 =
144/2 =
270/15 =

OPERAÇÕES MATEMÁTICAS FRAÇÕES DECIMAIS

a) ADIÇÃO

EX: 13,08+13,04+112,13 =
EX: 230+110,20+12,03 =

b) SUBTRAÇÃO

EX: 5,02 – 2,03 =


EX: 230 – 110,20 =

c) MULTIPLICAÇÃO

EX: 240,1 X 0,11=

d) DIVISÃO

EX: 28,26/1,2 =

Multiplicação de frações decimais por múltiplos de 10

EX: 0,4 x 10=


0,4 x 100 =
0,4 x 1000 =

REGRA DE TRÊS

Temos três dados conhecidos e um a ser descoberto (X).

Na montagem colocamos na mesma coluna unidades semelhantes.

Ex:
2mg 1ml
4mg Xml

Ex:
2mg 1ml
4g Xml

EXERCÍCIO 1

Tenho 3 ampolas de dipirona com 2ml de solução. Quantos ml existem em 3


ampolas?

2ml 1 ampola
X ml 3 ampolas

X=2x3
X = 6ml

EXERCÍCIO 2

Em um frasco de medicamento tem 5ml. Quantos ml existem em 4 frascos?

1 frasco 5ml
4 frascos Xml
X = 20ml

SOLUTO: Substância que será diluída (dexametasona).


SOLVENTE: Substância responsável pela diluição do soluto (água destilada/soro
fisiológico).
SOLUÇÃO = SOLUTO + SOLVENTE

UNIDADES DE MEDIDA PESO, VOLUME, TEMPO.


• PESO = g (grama)/mg (miligrama).
• VOLUME: L (litro)/ml (mililitro).
• TEMPO: H (hora)/minuto/segundo
EX:

1 L = 1000 ml
1 g = 1000 mg
1 h = 60 min
1 min = 60 seg

EXERCÍCIO 3:

Transforme para mg:

1g=
0,8 g =
0,5 g =
0,2 g =
0,1 g =

Resposta:

1g = 1000mg
0,8g = 800mg
0,5g = 500mg
0,2g = 200mg
0,1g = 100mg

LEMBRE-SE!

g mg (multiplica 1000)
mg g (divide 1000)

EXERCÍCIO 4:

Transforme para ml:

2L=
0,6L =
0,15 L =
3,2L =
0,52 L =

Resposta:

2L =2000ml
0,6L =600ml
0,15L = 150ml
3,2L = 3200ml
0,52L = 520ml

LEMBRE-SE!

L ml (multiplica por 1000)


ml L (divide por 1000)

OBS: se na questão vier o número acompanhado do símbolo % significa g (mg).

EX:

8% dexametasona = 8g
0,4% dexametasona = 0,4g

FORMAS DE MEDIDAS

1c sopa = 15ml
1c sobremesa = 10ml
1c de chá = 5ml
1c café = 2,5ml ou 3ml
10ml = 20 gts
1ml = 60 microgotas
1 gota = 3 microgotas

EXERCÍCIO 5:

Dipirona 500mg VO de 6/6h.


Apresentação: Dipirona de 250mg em comprimido.

500mg Xcp
250mg 1cp
250 . X = 500 . 1
X = 500 = 2CP
250

DIPIRONA 250mg VO de 6/6h.


Apresentação: dipirona 1g em comprimido.

1g = 1000mg 1cp
250mg Xcp
1000X = 250
X = 250 / 1000
X = 0,25 cp = ¼ cp

Garamicina 40mg, IM, 12/12h.


Apresentação: Garamicina 80mg ampola de 2ml.

40mg X ml
80mg 2 ml
80 . X = 2. 40
80 . X = 80
X = 80 / 80 = 1ml, ou seja, ½ ampola.

Garamicina 80mg, IM, 12/12h.


Apresentação: Garamicina 40mg, ampola de 1ml.

80mg Xml
40mg 1ml
40. X = 80 . 1
X = 80 = 2 ml
40 ou seja, 2 ampolas

Administrar 150mg de ampicilina. Apresentação: Frasco 1mg diluído em 10ml de


água destilada. Após a diluição quanto deve ser aspirado?

10ml 1g (1000mg)
X 150mg

X = 10 . 150
1000
X = 1500 = 1.5 ml
1000

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO

GOTAS/MIN
Nº de gotas = Volume Total
3 x Tempo (H)

MICROGOTAS/MIN

Nº de Microgotas = Volume Total


Tempo (H)

Prescrição: 500ml da solução e gotejamento 10gts/min. Tempo?


Dados:
Volume: 500ml
Gotas: 10gts/min
T: ?

Nº gotas = Volume Total


3 x Tempo (H)
10 = 500
3xT
30 T = 500
T = 500/30 = 16,6

Solução 120ml
T = 30min infusão
Quantas gts/min

Dados:
V= 120ml
T= 30min = 0,5h

Nºgotas/min = Volume
3 x T (H)
Nº gotas/min= 120 = 80 gts/min
3 x 0,5

Em quanto tempo correrá o seguinte esquema de soro: 500 ml de SG 15% + 40ml SG


50% + 10ml KCl10% cujo o número de gotas é de 40?

Soluções: 500ml + 40ml +10ml: 550ml


Gotejamento: 40gts
Tempo: ?

Nº gotas/min = Volume
3 x T (H)
40 = 550
3T
120 T = 550
T = 550/120 = 4,5 h

Uma mulher deverá receber de 12/12h soro para manutenção com eletrólitos cujo
volume total corresponde a 500ml. Qual número de gotas/min a ser infundido.

Dados:
Volume: 500ml
Tempo: 12h

Nºgotas/min = Volume
3 x T (H)
Nº gotas = 500
3 x 12
Nº gotas = 500 = 13,88 = 14
36

Você deverá infundir num paciente 1200ml SG em 8h. Na unidade os frascos são de
500ml. O número de gotas por minuto que deverá correr em cada etapa dessa
hidratação é de?

Nº gotas/min = Volume
3 x T (H)
Nº gotas/min = 1200
3x8
Nº gotas/min = 50 gts/min

Infusão de 500ml soro fisiológico para correr em 6h. Qual o número de gotas/ min? e
o de microgotas/min?

Nºgotas/min = Volume
3 x T (H)

G = 500 = 500 = 27,7 = 28


3x6 18

Nº Microgotas = Volume Total


Tempo (H)

Nº Microgotas = 500
6
Nº Microgotas = 83,33
Nº microgotas = 84 microgotas

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