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Pontos Riscados Na Umbanda
Pontos Riscados Na Umbanda
Pontos Riscados Na Umbanda
O curso, “Pontos Riscados na Umbanda conforme a doutrina dos Sete Reinos Sa-
grados”, foi desenvolvido na forma presencial no Núcleo Mata Verde no mês de ju-
lho/2015.
Para atender aos interessados que residem distantes da cidade de Santos/SP, filmamos
e transformamos as aulas presenciais em aulas virtuais a serem oferecidas através do
módulo de ensino a distância do Núcleo Mata Verde ( ead.mataverde.org ).
Para facilitar o entendimento daqueles alunos que estão fazendo os cursos à distância,
novos recursos didáticos foram incluídos (textos on-line, imagens, arquivos de áudio, sli-
des do PowerPoint etc...) .
Entre estes recursos inclui-se esta apostila, que é um material complementar e que deve-
rá ser consultada pelo aluno ao assistir as aulas.
Incluímos na apostila o conteúdo principal referente a doutrina dos sete reinos sagrados.
A palavra Orixá é de origem africana e significa Ori- cabeça, xá – luz, senhor ; significan-
do “A luz da cabeça”, “Dono da cabeça”, “Senhor da cabeça”.
Designa as divindades do culto africano de origem Iorubá do sudeste da atual Nigéria.
Ao consultarmos as literaturas que tratam sobre o tema veremos que na África existiam
muitos orixás, centenas de orixás.
Entre os vários tipos de divindades, podemos agrupa-las em dois grandes grupos.
Os Orixás ancestrais históricos, que viveram na Terra e os mitos tratam sobre suas vi-
das e os Orixás primordiais que viviam no Orum na presença de Olorum, muito antes
do planeta Terra ter existido.
A Umbanda é uma religião brasileira e que tem sua base doutrinária fundamentada em
várias culturas, filosofias e religiões.
De uma forma muito simples podemos dizer que possui fortes influências da religiosidade
africana, religiosidade indígena, do catolicismo e do espiritismo Kardecista (existem mui-
tas outras).
Cada Templo de Umbanda possui características próprias, conforme a predominância
destes quatro princípios citados acima, gerando uma rica diversidade de ritos nos diver-
sos Terreiros existentes.
Embora os Orixás sejam cultuados na umbanda, o entendimento e a maneira de cultuar
são bem diferentes do culto originário africano ou do Candomblé existente no Brasil.
No Núcleo Mata Verde seguimos uma doutrina denominada “Umbanda os Sete Reinos
Sagrados” que possui um conjunto de princípios que norteiam o caminho espiritual do
adepto.
A doutrina é estudada sob três aspectos: ritualístico, espiritual e o energético.
Orixá dentro do contexto doutrinário se apresenta na forma de Orixá Primordial e como
Orixá Regente de cada Reino Sagrado.
Orixá Primordial são seres espirituais de alta evolução espiritual, que se encontram no
topo da hierarquia espiritual em contato direto com o criador.
São seres de altíssima evolução espiritual e se manifestam na natureza e em nossa vida
somente através de suas vibrações espirituais.
Como seres primordiais são co-criadores universais e participaram da criação do planeta
Terra, suas vibrações espirituais (axé) se encontram em todos os lugares e regiões do
nosso planeta.
Como os Orixás primordiais não possuem um corpo físico, não utilizamos representações
(imagens) para identifica-los.
A sua identificação é feita em conformidade com o ambiente natural onde vibra mais in-
tensamente.
Por exemplo, temos orixás que se identificam com o fogo, outros com as águas, outros
com as pedreiras, outros com a mata, outros com os ventos etc...
Ao estudarmos a formação do planeta Terra há 4,7 bilhões de anos, percebemos que o
planeta foi se formando aos poucos, em períodos.
Começou seu processo como uma esfera de alta temperatura (Fogo), que aos poucos foi
esfriando e formando a crosta terrestre (terra), após milhões de anos a primeira atmosfe-
ra terrestre (ar) ,na sequência surge a água em nosso planeta (água), a vida surge na
água.
Passados mais alguns bilhões de anos as primeiras florestas cobrem a superfície terres-
tre (matas) e finalmente surge sobre o planeta o ser humano (humanidade), estes espíri-
tos que encarnam e desencarnam formam a espiritualidade planetária (almas); esses são
os sete reinos sagrados.
Agregando ao conhecimento cientifico a visão religiosa dos orixás, obtemos o que cha-
mamos de Sete Reinos Sagrados ou fases evolutivas do planeta Terra.
Aqueles que quiserem conhecer melhor estes reinos, recomendamos o curso a distância
Umbanda os Sete Reinos Sagrados.
A cada um destes sete reinos é identificado um Orixá Regente do reino, que necessariamente
não é um orixá primordial.
Vinculadas aos sete reinos sagrados se manifestam na natureza e em nossas vidas sete
tipos de forças.
As sete forças são chamadas pelo nome em tupi.
Chamamos estas forças de “forças primordiais”, pois sempre existiram, mesmo antes da
formação do planeta Terra.
Estas forças possuem características físicas, etéricas, mentais, emocionais e espirituais.
Estas forças estão presentes em tudo aquilo que existe, tanto na dimensão física quanto
espiritual.
Na água, em uma pedra, numa flor, num animal, no ser humano, no vento, no fogo, no
mar iremos encontrar as sete forças primordiais em quantidades diferentes conforme a
natureza do elemento.
São estas forças que manipulamos quando realizamos nossas oferendas ou trabalhos de
movimentação energética (magia).
Para estudar com mais detalhes recomendamos que faça o curso a distância “Oferendas
na Umbanda, conforme princípios dos Sete Reinos Sagrados”.
Como já estudamos existem sete forças primordiais na natureza que estão vinculadas
aos sete reinos sagrados e que possuem propriedades físicas, etéricas, mentais, emoci-
onais e espirituais.
Estas sete forças primordiais se mesclam na natureza e na dimensão espiritual forman-
do os pontos de força.
A este processo chamamos de Entrecruzamento energético.
Pontos de força são regiões espirituais onde as sete forças primordiais se cruzam,
formando regiões energéticas vibracionais com as características das forças consti-
tuintes.
A imagem abaixo apresenta os pontos de forças espirituais e os entrecruzamentos
energéticos.
Para facilitar o entendimento as sete forças primordiais foram numeradas e dese-
nhadas com as cores correspondentes.
Linhas horizontais e linhas verticais e no cruzamento os diversos pontos de força,
para ajudar no estudo adicionamos os números de cada reino sagrado e os orixás
regentes.
À partir das Sete Linhas da Umbanda encontramos quarenta e nove (49) pontos
de forças.
Falanges são agrupamentos de espíritos que possuem afinidades espirituais e vi-
bracionais.
Cada pontinho preto da imagem acima é um ponto de força e a cada ponto de for-
ça vibracional se associam as falanges espirituais.
Em cada ponto de força podem existir várias falanges associadas àquela natureza
vibracional espiritual.
Uma linha de trabalho espiritual nada mais é do que um conjunto de pontos de força
espiritual.
Da geometria sabemos que uma linha é definida como um conjunto de pontos, da
mesma forma na umbanda, cada uma das sete linhas da umbanda é formada por
um conjunto de pontos de forças onde existem as várias falanges de trabalho.
Vamos exemplificar, descrevendo em detalhes a Linha de Ogum.
A linha de Ogum é uma das sete linhas da umbanda e é representada na imagem
pela linha vermelha horizontal.
(1,2) Ponto de força formado pela força tatá pyatã e yby pyatã
Este ponto de força dará formação a falanges de Oguns, que atuam no reino da ter-
ra.
São falanges deste ponto de forças aquelas que se identificam como Ogum das pe-
dreiras, Ogum sete pedreiras, Ogum sete montanhas, Ogum das Cavernas, Ogum
de Lei etc...
São as falanges de Ogum que trabalham no reino de Xangô.
Os pontos cantados falam de Ogum e Xangô e os pontos riscados possuem sinais
que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Xangô.
(1,3) Ponto de força formado pela força tatá pyatã e ybytu pyatã
Este ponto de força dará formação a falanges de Oguns, que atuam no reino do ar.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum ventania,
Ogum dos Ventos, Ogum Tempestade, Ogum sete raios etc...
São falanges de Ogum que trabalham no reino de Iansã.
Os pontos cantados falam de Ogum e Iansã e os pontos riscados possuem sinais
que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Iansã.
(1,6) Ponto de força formado pelas forças tatá pyatã e Abá pyatã.
Este ponto de força dará formação a falanges de oguns, que atuam no reino da hu-
manidade.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum Sete Es-
trelas, Ogum Matinata, Ogum de Malê etc...
São falanges de Ogum que trabalham no reino de Oxalá.
Os pontos cantados falam de Ogum e Oxalá e os pontos riscados possuem sinais
que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Oxalá.
(1,7) Ponto de força formado pelas forças tatá pyatã e Anga pyatã.
Este ponto de força dará formação a falanges de oguns, que atuam no reino das Al-
mas.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum Megê,
Ogum de Ronda, Ogum Naruê, Ogum Xoroquê etc...
São falanges de Ogum que trabalham no reino de Omulu (Obaluae).
Os pontos cantados falam de Ogum e Obaluae (ou Omulu) e os pontos riscados
possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Omulu.
A linha de Ogum que é uma das sete linhas da umbanda possui portanto sete pon-
tos de forças, que darão formação a várias falanges. Este raciocínio é entendido a
todas as sete linhas da umbanda, totalizando 49 pontos de energia vibracional.
Uma linha de trabalho na umbanda é formada, portanto por falanges de espíritos
que possuem afinidades espirituais com aquela energia da linha.
Todos os espíritos que trabalham na umbanda possuem um nome de trabalho.
Este nome não é o nome que aquele espírito utilizava quando viveu no planeta.
O nome de trabalho é um nome que identifica a falange que aquele espírito está ligado,
e é também o nome da falange que pertence.
Por exemplo, um Ogum Sete Ondas pertence a falange de Ogum Sete Ondas.
O nome de trabalho, portanto irá identificar a linha, qual orixá está vinculado, quais suas
ordens de trabalho, forças espirituais que movimenta e qual a falange que está vincula-
do.
Por exemplo, um Caboclo que se identifica com o nome de Caboclo Pedra Preta, signi-
fica que está vinculado aos orixás Xangô e Obaluae (Omulu), aos reinos da terra e das
almas e movimenta as forças Yby Pyatã e Anga Pyatã.
O termo Pedra identifica o reino da Terra (Xangô) e o termo Preta a cor do sétimo reino
(Omulu/Obaluae).
Lembrando que o Caboclo Pedra Preta pertence a falange dos Caboclos Pedra Pre-
ta.
Para saber mais sobre a natureza vibracional destas forças e reinos recomendamos o
curso da doutrina Umbanda os Sete Reinos Sagrados, onde detalhamos várias vibra-
ções, qualidades, sentimentos, profissões, plantas, minerais, metais, órgãos do corpo
humano e doenças etc...
Além do nome de trabalho os espíritos utilizam os Pontos Riscados para se identifica-
rem.
Este é o assunto principal deste curso.
É importante registrar que para entendermos os pontos riscados das entidades que tra-
balham na umbanda será necessário conhecer bem os princípios seguidos por aquele
Terreiro onde a entidade se manifesta.
Em nosso caso estamos apresentando os conceitos referentes a doutrina dos sete rei-
nos sagrados.
Os princípios fundamentais da doutrina já foram apresentados acima e agora já pode-
mos partir para estudar os sinais riscados.
O ponto riscado de identificação de um espírito irá mostrar de forma semelhante ao
nome de trabalho, embora mais elaborado, as informações de trabalho daquele ser es-
piritual.
O ponto riscado da entidade irá apresentar qual sua linha de trabalho, sua falange, qual
orixá está vinculado e quais suas ordens de trabalho ou forças espirituais que movimen-
ta.
Para que possamos entender estes sinais riscados será necessário que se conheça,
muito bem, a organização espiritual da umbanda.
Reinos: Fases da formação do planeta terra e que são utilizadas para identificação das
hierarquias espirituais.
Hierarquias: Um conjunto de seres espirituais de diversos graus evolutivos.
Linhas: Um conjunto de falanges espirituais, ligadas ao orixá regente daquela linha.
Falanges: Um grupo de espíritos ligados por afinidades a um ponto de força.
Pontos de Força: Pontos de energia vibracional espiritual formado pelo entrecruzamen-
to das forças primordiais das sete linhas da umbanda.
Espírito: Uma consciência que já viveu encarnada no planeta e agora atua como traba-
lhador da umbanda, podendo ser um Guia ou um Protetor espiritual.
Aruanda é uma região existente no plano espiritual de onde provêm todos os trabalha-
dos da Umbanda.
Quando falamos em trabalhadores estamos falando naqueles que estão encarnados
(médiuns, cambones e ogans) e também de todos os demais espíritos que se manifes-
tam nos Terreiros.
Aruanda é comandada pelo Conselho dos Morubixabas, órgão maior formado pelos
espíritos ancestrais que dirigem as atividades de Aruanda e de todos os Terreiros de
Umbanda.
Embora nem todos os médiuns e dirigentes umbandistas tenham consciência (se recor-
dem), todos nós viemos com ordens, instruções e orientações do Conselho dos Moru-
bixabas para trabalharmos espiritualmente na umbanda.
A linha de Ogum, vinculada ao primeiro reino tem como símbolos as espadas, lanças,
escudos e em alguns casos uma bandeira.
A linha de Xangô, vinculada ao segundo reino tem como símbolos o machado de dois
lados, montanhas, pedreiras um triangulo.
A linha de Iansã, vinculada ao terceiro reino tem como símbolos o raio e a espiral.
A linha de Iemanjá, vinculada ao quarto reino tem como símbolos o coração e as ondas
do mar.
A linha de Oxossi, vinculada ao quinto reino tem como símbolos o flechas, folhas, arco e
flechas.
A linha de Oxalá, vinculada ao sexto reino tem como símbolo a estrela de cinco pontas.
A linha de Omulu, vinculada ao sétimo reino tem como símbolo a cruz, cruzeiro das al-
mas.
Iremos a partir de agora, através de desenhos, começar o estudo dos pontos riscados.
Lembre-se que os conceitos apresentados até este momento, são conceitos definidos
na doutrina dos sete reinos sagrados.
Infelizmente muitos Terreiros são possuem estudos para seus membros, o que acaba
gerando uma grande confusão. Ao pesquisarmos os diversos tipos de pontos riscados
existentes, nem sempre iremos encontrar uma concordância doutrinária com os princí-
pios da doutrina dos sete reinos sagrados.
A falta de estudos, o animismo existente em muitos médiuns, e até a má fé de algumas
pessoas ajudaram a criar este clima de confusão existente em relação aos Pontos Ris-
cados de identificação das entidades.
Agora que já estudamos de forma simples e rápida os principais conceitos, da doutrina
dos Sete Reinos Sagrados, começaremos a exercitar.
Os sete reinos sagrados pode ser considerado uma lei universal, uma sequência de for-
ças primordiais que se manifestam em todo o universo de forma cíclica.
Podemos, portanto representar os sete reinos sagrados da seguinte forma:
Na videoaula explicamos em detalhes a formação da Flor dos Sete Reinos, quais suas
forças primordiais, quais os reinos ativos, os reinos passivos, o significado da estrela de
Davi etc...
O circulo ao redor dos sete reinos simboliza o universo.
É a partir da Flor dos Sete Reinos que iremos encontrar o espaço onde serão traçados
os pontos riscados de identificação das entidades.
E chegamos na imagem abaixo:
Existem sete regiões do espaço sagrado (universo) onde é apresentado o ponto riscado.
É a principal região do ponto, é nesta área que a entidade risca sua principal energia, é
o sétimo reino e representa a espiritualidade.
É a partir desta região central que iniciamos a interpretação do ponto.
É nesta região central que a entidade irá dizer se é um Caboclo, Preto Velho etc...
É, também, na região central que ela se identificará como sendo de Ogum, Xangô, Ian-
sã, Iemanjá, Oxum, Nanã, Oxossi, Oxalá ou Omulu.
.
As outras seis (6) regiões indicarão as demais forças, compromissos e preocupações
que a entidade está vinculada.
Num mesmo ponto podem ser utilizadas várias cores, cada cor é utilizada no símbolo
correspondente ao Orixá.
Os sinais utilizados pelas entidades, conforme já estudamos, costumam ser espadas,
lanças, escudos, bandeiras, machados duplos, montanhas, triângulos, raios, espiral, co-
ração, ondas, Lua, folhas, flechas, arco e flechas, estrela de cinco pontas (pentagrama),
Sol, cruz e cruzeiro.
Este ponto com uma cruz ao centro significa que a entidade pertence ao reino das al-
mas, o reino dos velhos.
Provavelmente será um Preto Velho, demais sinais no ponto completarão as atribuições
desta entidade.
É importante destacar que todo ponto de preto velho deve ter ao centro a cruz, ou ben-
gala, ou cachimbo.
Caso não existam estes sinais no ponto, algum problema está ocorrendo.
Uma mediunidade com problemas (animismo), ou um espírito enganador querendo se
passar por outra entidade (Kiumba).
Uma flecha desenhada na vertical apontando para cima, mas deslocada para o lado di-
reito do ponto, estará ligando o reino do ar ao reino da terra.
Uma interpretação simples pode ser Expansão da Justiça.
Já a flecha desenha na posição vertical, apontado para cima e na região central estará
ligando o reino da água ao reino do fogo.
Uma interpretação simples será Amor a Luta.
Lembramos que cada reino possui muitas qualidades e características e que a interpre-
tação poderá sofrer alterações conforme a observação do trabalho da entidade, mas
mantendo sempre as vibrações de ambos os reinos em evidencia.
Esta flecha desenhada do lado esquerdo do ponto, apontando para cima liga o reino das
matas ao reino da Humanidade.
Uma interpretação bem simples seria Conhecimento da Fé.
Estas entidades possuem muita fé, e quando estão na Terra trabalhando estão ensinan-
do e estimulando todos a desenvolver sua fé.
Deixamos as demais possibilidades como exercício para o aluno.
Estude com atenção cada reino sagrado, suas características e qualidades e explore as
diversas combinações possíveis.
Um coração ou ondas colocado na região central do ponto indica que aquela entidade
está ligada ao reino das águas.
Normalmente identifica uma entidade feminina.
O amor, a vida e demais características do reino são suas principais vibrações.
Sempre estará vinculado a Iemanjá ou Oxum.
Normalmente o coração simboliza Oxum e as ondas Iemanjá.
Um coração e uma cruz localizados na região central do ponto indicam que a entidade
esta sob a supervisão de Nanã (mulheres velhas).
O coração simboliza o reino das águas e a cruz o reino das almas (velhos).
Como Nanã é uma mulher velha sua simbologia é o coração com a cruz seu interior.
Lembramos que Nanã é sincretizada com Sant’Ana a mãe de Maria e avó de Jesus
Cristo.
O coração associado a flechas na região central do ponto indicam que o ponto pode ser
de uma Cabocla ou um Caboclo ligado ao reino das águas.
A vida e o amor estão em destaques no trabalho desta entidade, as flechas irão comple-
tar as demais vibrações e ordens de trabalho deste espírito.
Este ponto é bastante conhecido na umbanda, é o ponto do Caboclo das Sete Encruzi-
lhadas.
Ao analisarmos este ponto, conforme os princípios da doutrina dos sete reinos sagra-
dos, observamos três (3) principais elementos: Coração, Flecha e pequena estrela no
alto do ponto.
O coração significa que a entidade tem como missão principal a vida e o amor, simboli-
zando as mães.
A estrela na parte superior central do ponto indica a energia do reino do fogo, a lideran-
ça, o primeiro.
A flecha apontando para baixo ligando o reino da terra ao reino das matas indica que a
entidade veio mostrar a Lei do Conhecimento.
Embora até hoje existam dúvidas se o Caboclo das Sete Encruzilhadas era um Caboclo
de Oxossi ou de Ogum, no seu ponto identificamos a flecha de Oxossi, o coração das
águas e a pequena estrela na posição de Ogum.
O reino das águas é muito importante neste ponto riscado, pois ocupa a região central
do ponto.
Embora alguns autores digam que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fosse um cabo-
clo de Oxossi e outros digam que ele era um Caboclo de Ogum, chamamos a atenção
para o coração em seu ponto.
Com toda certeza foi a vibração deste coração central que motivou o Caboclo das Sete
Encruzilhadas a batizar a primeira Tenda de Umbanda do Brasil como Tenda Nossa Se-
nhora da Piedade, uma grande mãe que carrega em seus braços o corpo de Jesus.
A espiral na região central do ponto identifica que aquele espírito é ligado ao reino do ar.
Sua qualidade é a expansão, a alegria o crescimento; estão vinculados a Iansã.
Se a espiral estiver associada com espadas indicam oguns ligados ao reino do ar, se as-
sociada a flechas indicam Caboclos ligados ao reino do ar e se associados a cruz indi-
cam entidades velhas ou seres ligados ao reino das almas.
Além da espiral são utilizados também os raios.
Um triangulo na região central indica que a entidade é ligada ao reino da terra, na vibra-
ção de Xangô.
Este triangulo voltado para cima representa os três reinos ativos ( fogo, ar e matas) e
também representa o equilíbrio.
Na doutrina dos sete reinos sagrados o segundo reino que é regido por Xangô é o reino
das leis, regras, limites, estruturas e perfeição.
As entidades vinculadas a Xangô também utilizam o machado duplo e a representação
de montanhas na área central do ponto.
Pequenas estrelas e cruzes podem complementar o ponto, mostrando os demais atribu-
tos da entidade.
Lembramos que este material deve ser utilizado em complemento as videoaulas do curso
“Introdução aos Pontos Riscados” que é apresentado na plataforma de ensino do Núcleo Mata
Verde no endereço ead.mataverde.org
Este primeiro curso teve o objetivo de passar alguns conhecimentos básicos ao aluno, em breve es-
taremos apresentando o curso avançando de pontos riscados, onde serão apresentadas várias técni-
cas de movimentação de forças através da lei de pemba.